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Regionalização, posição.... Brasil

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FICHA 02 
POSIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO DO 
TERRITÓRIO BRASILEIRO 
 O território brasileiro está localizado, quase 
em sua totalidade, mais precisamente 93% do 
território, no Hemisfério Sul, ocupando apenas 7% do 
Hemisfério Norte. O país está estabelecido no 
ocidente, ou seja, a oeste do meridiano de Greenwich; 
além disso, é cortado ao norte pelo paralelo do 
Equador. Encontra-se na zona intertropical, zona 
temperada sul e no Trópico de Capricórnio. O Brasil 
compõe a América do Sul e faz fronteira com todos os 
países dessa porção do continente americano, exceto 
Equador e Chile. 
 O Brasil destaca-se quanto à extensão 
territorial, ocupando o quinto lugar do mundo, por 
isso é considerado um país de dimensão continental. 
O espaço geográfico ocupado representa 5,7% das 
terras emersas do planeta, com uma área de 
8.514.876,6 km². O litoral brasileiro totaliza 7.367 km 
e de fronteiras, 15.719 km. O extremo do país no 
sentido leste (Ponta do Seixas) a oeste (Serra 
Contamana) possui uma distância de 4319 km, já no 
sentido de norte (Monte Caburaí) a sul (Arrroio 
Chuí), 4.394 km. Essas dimensões favorecem a 
formação de três fusos horários distintos. 
O território do Brasil já passou por diversas divisões regionais. A primeira proposta de 
regionalização foi realizada em 1913 e depois dela outras propostas surgiram, tentando adaptar a 
divisão regional às características econômicas, culturais, físicas e sociais dos estados. A 
regionalização atual é de 1970, adaptada em 1990, em razão das alterações da Constituição de 1988. 
O órgão responsável pela divisão regional do Brasil é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). Veja o processo brasileiro de regionalização: 
1913. A primeira proposta de divisão regional do Brasil surgiu em 1913, para ser utilizada 
no ensino de geografia. Os critérios utilizados para esse processo foram apenas aspectos físicos – 
clima, vegetação e relevo. Dividia o país em cinco regiões: Setentrional, Norte Oriental, Oriental, 
Meridional. 
1940 
Em 1940, o IBGE elaborou uma nova proposta de divisão para o país que, além dos aspectos físicos, 
levou em consideração aspectos socioeconômicos. A região Norte era composta pelos estados de 
Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e o território do Acre. Goiás e Mato Grosso formavam com Minas 
Gerais a região Centro. Bahia, Sergipe e Espírito Santo formavam a região Leste. O Nordeste era 
composto por Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas. Paraná, Santa Catarina, 
Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro pertenciam à região Sul. 
1945 
Conforme a divisão regional de 1945, o Brasil possuía sete regiões: Norte, Nordeste Ocidental, 
Nordeste Oriental, Centro-Oeste, Leste Setentrional, Leste Meridional e Sul. Na porção norte do 
Amazonas foi criado o território de Rio Branco, atual estado de Roraima; no norte do Pará foi 
criado o estado do Amapá. Mato Grosso perdeu uma porção a noroeste (batizado como território 
de Guaporé) e outra ao sul (chamado território de Ponta Porã). No Sul, Paraná e Santa Catariana 
foram cortados a oeste e o território de Iguaçu foi criado. 
1950 
Os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos e os estados do Maranhão e do Piauí passaram 
a integrar a região Nordeste. Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro formavam a região 
Leste. Em 1960, Brasília foi criada e o Distrito Federal, capital do país, foi transferido do Sudeste 
para o Centro-Oeste. Em 1962, o Acre tornou-se estado autônomo e o território de Rio Branco 
ganhou o nome de Roraima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1970 
Em 1970, o Brasil ganhou o desenho regional atual. Nasceu o Sudeste, com São Paulo e Rio de 
Janeiro sendo agrupados a Minas Gerais e Espírito Santo. O Nordeste recebeu Bahia e Sergipe. Todo 
o território de Goiás, ainda não dividido, pertencia ao Centro-Oeste. Mato Grosso foi dividido 
alguns anos depois, dando origem ao estado de Mato Grosso do Sul. 
1990 
Com as mudanças da Constituição de 1988, ficou definida a divisão brasileira que permanece até os 
dias atuais. O estado do Tocantins foi criado a partir da divisão de Goiás e incorporado à região 
Norte; Roraima, Amapá e Rondônia tornaram-se estados autônomos; Fernando de Noronha deixou 
de ser federal e foi incorporado a Pernambuco. 
 
 
 
 
 
NOVAS REGIONALIZAÇÕES: OS COMPLEXOS REGIONAIS 
Uma das várias regionalizações existentes sobre o território brasileiro é a regionalização 
geoeconômica, que divide o país em três grandes complexos regionais: o Centro-Sul, o Nordeste e 
a Amazônia. Essa divisão foi proposta pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger em 1967. 
Essa divisão caracteriza-se por não considerar a divisão política entre estados ou municípios, 
obedecendo somente a critérios econômicos e sociais. Tal divisão é importante no sentindo de 
facilitar a compreensão acerca das relações de ligação e interdependência no território brasileiro. 
Em linhas gerais, as três grandes regiões dessa divisão atendem a determinadas 
características: o Nordeste é a região com mais problemas sociais, o Centro-Sul é a região mais 
industrializada e a Amazônia é o território onde se encontra a fronteira agrícola e de povoamento 
do país. 
Em termos de cronologia da ocupação do território, o complexo regional do Nordeste foi 
o primeiro do país a ser povoado pelos povos colonizadores. Em seguida, essa ocupação se entendeu 
ao Centro-Sul e, atualmente, encontra-se avançando pelo complexo da Amazônia. 
 
Complexo regional Nordeste 
 
O complexo regional do Nordeste ocupa 
20% do território nacional e abriga cerca de 25% da 
população total. Essa região assistiu, a partir do final 
do século XIX, a um processo de emigração em 
massa para a região Centro-Sul do país. Entretanto, 
no início do século XXI, o que se percebe é um fluxo 
migratório em movimento oposto, o que representa 
uma espécie de “retorno” da população para o 
Nordeste. 
Essa região geoeconômica foi a primeira no 
país a ser povoada e já abrigou a primeira capital 
brasileira: Salvador. Com a expansão e 
industrialização do país concentrada na região 
centro-sul, a região nordestina passou a ser vista 
como uma região problema, em razão da má 
distribuição de renda e das condições precárias de 
parte da população. É importante lembrar, porém, 
que as condições de fome e miséria existem em todo 
o território brasileiro e não são exclusividades do 
Nordeste. Por se tratar de um complexo regional 
muito heterogêneo, o Nordeste é dividido em 
quatro principais sub-regiões: Zona da Mata, Agreste, 
Sertão e Meio Norte. 
 
Complexo regional Centro-Sul 
 
A região centro-sul do Brasil é a mais populosa, mais industrializada e considerada a mais 
desenvolvida do país. Ela possui uma área de aproximadamente 2,2 milhões de km², cerca de 70% 
da população e 78% do PIB brasileiro. Nesse complexo regional estão localizadas as duas 
megalópoles ou cidades globais, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa região recebeu grandes quantidades 
de imigrantes provenientes do Nordeste ao longo do século XX. Apesar dos avanços e do 
desenvolvimento econômico, é nessa região que se encontram os maiores contrastes e a mais 
acentuada concentração de renda do país. Trata-se, portanto, de uma região extremamente 
heterogênea, possuindo uma economia tanto industrial quanto agrícola. 
Complexo regional Amazônia 
É a maior das regiões geoeconômicas do país, com uma área que se aproxima a 5 milhões 
de km². É também a região menos industrializada e que apresenta as menores densidades 
demográficas do país. Em vários pontos dessa região encontram-se áreas denominadas como “vazios 
demográficos”, de modo que a maior parte da sua população se encontra nas duas principais cidades: 
Belém e Manaus. 
É no complexo regional da Amazônia que se encontra atualmente a fronteira agrícola do país. 
Por fronteira agrícola entende-se a porção do território em que os domínios naturaisestão sendo 
substituídos pelo avanço da agricultura. É comum em muitas áreas dessa região a prática de crimes 
ambientais e conflitos pela posse da terra. 
Apesar da baixa dinâmica econômica e do baixo índice de industrialização, a região conta 
com dois importantes centros industriais, a saber: a Zona Franca de Manaus e o Polo Petroquímico 
da Petrobras. Destacam-se ainda as práticas da agropecuária, do extrativismo vegetal e da mineração. 
 
OS QUATRO BRASIS 
Veremos a seguir duas formas de divisão do território nacional: A proposta de divisão 
regional feita pelo professor e geógrafo Milton Santos e a divisão em regiões polarizadas. Vamos 
conhecer cada uma delas. 
A Região Nordeste é formada por 
Maranhão, Ceará, Piauí, Bahia, Rio Grande do 
Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e 
Sergipe. Existe um sinal de industrialização, há 
fluxo descontínuo de informação e os locais 
de urbanização estão, principalmente, 
estabelecidos na faixa litorânea. 
A Região Centro-Oeste é constituída 
por Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Mato 
Grosso do Sul. A economia é desenvolvida a 
partir da agricultura de exportação de milho, 
arroz, soja e algodão e sua modernização é 
subordinada às demandas do centro 
econômico do país (Sudeste e Sul). 
 
A Região Concentrada é formada por 
Sudeste e Sul do país e abriga uma parte muito grande da população brasileira. É o local com a 
melhor infraestrutura do país em quesitos como transporte, serviços, tecnologia, imprensa e 
comunicação. Trata-se do polo industrial de desenvolvimento nacional e tem grande influência 
devido à presença de metrópoles globais como São Paulo e Rio de Janeiro. 
Já Região Amazônica abrange estados da região Norte, sem o Tocantins. Possui uma 
densidade demográfica reduzida, além de baixa concentração tecnológica e urbanização, ao ser 
comparada com outras regiões. Sua principal atividade econômica é relacionada ao extrativismo 
vegetal. 
A Divisão em Regiões Polarizadas é estabelecida a partir de uma hierarquia urbana, baseada 
no grau de influência – seja pela política, economia, população, infraestrutura, presença de 
multinacionais, tecnologia ou fatores financeiros – que os centros urbanos exercem uns nos outros. 
A divisão em si é feita numa classificação da rede urbana do país em: Metrópole global (São Paulo e 
Rio de Janeiro); Metrópole Nacional (Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Recife etc.); Metrópole 
Regional (Campinas, Goiânia etc.); Centros Regionais (Manaus, Rio Branco, Natal, Santos, Vitória 
etc.); e centros sub-regionais (Sorocaba, Bauru etc.). 
 
 
 
BORA PRATICAR? 
 
01. Considerando o processo histórico de ocupação e transformação do território pela sociedade, 
que nos levou ao atual estágio do meio técnico-científico-informacional, o geógrafo Milton Santos e 
sua equipe propuseram uma outra regionalização para o território brasileiro, uma divisão regional 
em “quatro Brasis”. Essas regiões são 
 
a) Centro-Sul, Centro oeste, Nordeste e Leste. 
b) Centro-Sul, Nordeste, Amazônia e Sudeste. 
c) Região concentrada, Centro Oeste, Nordeste e Amazônia. 
d) Centro, Sudeste, Nordeste e Amazônia. 
e) Centro-Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. 
 
02. Com base no mapa a seguir e em seus conhecimentos sobre a divisão regional brasileira realizada 
pelo IBGE, assinale a alternativa correta: 
 
Mapa da porcentagem de domicílios com televisão no território nacional¹ 
 
a) A quantidade de televisores no Brasil não reflete os níveis de desenvolvimento econômico das 
respectivas regiões brasileiras. 
b) O Centro-Oeste brasileiro é a região que possui, proporcionalmente, a menor quantidade de 
televisores em suas casas. 
c) O Amapá é o único estado da região Norte que apresenta mais de 85% de seus domicílios com 
aparelhos de TV. 
d) O Nordeste é a região mais heterogênea em termos da quantidade proporcional de televisores 
entre os seus estados. 
 
04. Em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger elaborou uma divisão regional do Brasil, criando as 
regiões geoeconômicas. A principal particularidade dessa regionalização é o fato de ela não obedecer 
aos limites territoriais das unidades federativas do país, pois: 
 
a) a preocupação do elaborador eram os limites naturais do país. 
b) as divisas dos estados não coincidem com as dinâmicas econômicas. 
c) foi realizada a partir de dados historiográficos da ocupação populacional. 
d) as divisões regionais não eram muito bem definidas na época de sua elaboração. 
e) os limites dos estados impediam uma análise integral do território 
 
05. O Brasil está dividido em três regiões geoeconômicas que refletem as diferentes formas de 
ocupação humana ao longo do tempo histórico: Nordeste, Centro-Sul e Amazônica. Analise os 
aspectos que caracterizam essas regiões: 
 
I. O Nordeste é a principal área de refluxo (saída) de pessoas nas migrações internas do país. 
II. A região Centro-Sul é a mais industrializada, povoada e urbanizada do país. 
III. A Amazônia é a região menos povoada do Brasil e sofre grandes impactos ambientais. 
IV. A região nordestina apresenta muitas marcas da colonização e, por praticamente três séculos, 
foi a região mais rica do Brasil. 
Está correto o contido em 
a) I e II, apenas. 
b) I, II e III, apenas. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) I, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
06. Observe a figura a seguir: 
 
Mapa da divisão regional do Brasil 
 
O critério adotado, na divisão regional descrita no mapa, tem por referência: 
 
a) a base física territorial, onde se destacam as bacias hidrográficas. 
b) os aspectos demográficos, considerando-se a distribuição da população brasileira. 
c) o setor secundário, mediante o número de estabelecimentos industriais. 
d) as características socioeconômicas relativas à população e às atividades produtivas. 
e) os elementos de ordem natural relacionados com os tipos climáticos. 
 
07. Ao proporem para o Brasil, em 1999, uma regionalização baseada na disseminação do Meio 
Técnico- Científico-Informacional, Milton Santos e Maria Laura Silveira identificaram uma região 
como Região Concentrada. Essa região compreende: 
 
a) Somente a Região Sudeste do IBGE. 
b) As unidades políticas que formam o Centro-Sul conforme Pedro Pinchas. 
c) As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do IBGE. 
d) Todos os estados da Região Sudeste e Sul do IBGE

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