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VINÍCIUS MACHADO MOREIRA
Economia Regional – Noturno 
Fichamento Bibliográfico – Wilson Cano
[...] Deve-se lembrar que, infelizmente, é raro o trabalho ou estudo que apresente uma visão integrada do fenômeno regional, inserido na dinâmica social de toda a nação. Esse erro, o de ver compartimentadamente o problema, tem conduzido o debate, em alguns casos, a uma verdadeira disputa ‘entre estados’ (CANO, W, p.17)
[...] Em nível internacional, a CEPAL advertia o mundo subdesenvolvido para o enorme crescente hiato entre as nações ricas e pobres, em face dos resultados da forma do sistema de divisão internacional do trabalho, via relacionamento ‘centro-periferia’, com o que, se não fossem tomadas medidas urgentes e concretas, as nações ricas tornar-se-iam cada vez mais ricas, e as pobres, cada vez mais pobres. (CANO, W, p.18)
[...] Seu principal problema teórico, no que se refere às tentativas de aplica-lo à dimensão regional de uma nação, consiste em que a concepção “centro-periferia” só é válida quando aplicada ao relacionamento entre Estados-Nações, e não entre regiões de uma mesma nação[...] (CANO, W, p.18). Quanto a influência da CEPAL na Regional Science e o seu principal problema teórico.
Contudo não foram apenas as secas que desencadearam todas as pressões que resultaram na criação dessas instituições. Em 1951 e 1952, começavam a ser divulgadas as Contas Nacionais do Brasil, com dados que se iniciavam em 1939, mostrando os desníveis entre o volume e o ritmo de crescimento das rendas regionais. (CANO, W, p.20). Uma complementação ao problema das secas que passaram a ser coordenadas pela SUDENE.
Do ponto de vista do diagnóstico da ‘Questão Regional’, o caso do NE era não apenas o mais dramático, mas o mais bem estudado (CANO, W, p.21).
Um dos seus equívocos foi tentar, ainda que parcialmente, transplantar para o marco regional uma política cepalina de substituição de importações referida ao marco nacional, tentando compensar, precariamente, através de incentivos fiscais, a inexistência de fronteiras políticas regionais lastreadas por dispositivos alfandegários ou fiscais protecionistas ao NE. (CANO, W, p.21) Quanto ao erro da política implementada pela equipe de Furtado ao tentar fazer com que o NE se tornasse um centro autônomo de produção do setor “lagging”.
O que talvez a economia política do GTDN deveria ter se dado conta era que, desde a década de 30, a acumulação de capital, com o comando a partir de SP, estava integrando o mercado nacional, condicionando-o portanto a uma complementaridade inter-regional ajustada às necessidades ditadas pela acumulação daquele centro dominante (CANO, W, p.22). Quanto ao baixo nível dos capitais locais e a influência de SP nas demais regiões.
[...] o mito de tomar como paradigma do “desenvolvimento” as regiões industrializadas como SP, e advogar para as regiões mais pobres do país, uma política de industrialização como meio de eliminar o atraso, as disparidades, o desemprego e o subemprego (CANO, W, p.23). Crítica a questão regional.
[...] o mito de que a felicidade (o desenvolvimento) de SP se deve a ‘desgraça’ (o subdesenvolvimento) da periferia nacional (CANO, W, p.24). Crítica a questão regional.
[...] o equívoco de se pensar que, apenas através de um sistema de planejamento regional, se possa obter a panaceia para o atraso regional (CANO, W, p.24). Crítica a questão regional.
[...] Do ponto de vista do emprego, não foi a indústria, como setor diretamente produtivo, mas sim a industrialização no sentido amplo, com seus desdobramentos no setor terciário funcional e moderno, que ampliou o mercado de trabalho urbano. (CANO, W, p.25). Quanto a industrialização paulista.
[...] Equivocam-se, ao brandir lanças contra pseudoverdades; esquecem-se de que a raiz desses problemas reside exatamente na periferia – mas não apenas nela –; que o fulcro da questão reside exatamente na perversa estrutura fundiária do país (CANO, W, p. 27). Quanto a questão do aumento da especulação de terras.
O primeiro diz que, através do sistema bancário, SP recebe recursos líquidos da periferia nacional. O argumento em si é simplório e não resiste a um exame das estatísticas do movimento bancário nacional, que mostram que as relações “empréstimos/depósitos na periferia nacional são muito mais altas do que as verificadas para SP (CANO, W, p.29). Quanto ao primeiro argumento desmentido pelo autor sobre a questão do “imperialismo paulista”.
O segundo argumento afirma que a periferia nacional apresenta saldo positivo em seu comércio com o exterior, com o qual SP financia seu respectivo déficit. Obviamente, a compensação se dá através do comércio inter-regional, onde a periferia tem persistente déficit em suas contas com SP. (CANO, W, p.30) Quanto ao segundo argumento sobre a questão do imperialismo paulista. Mais a frente o autor também demonstra que o RJ é responsável por um déficit volumoso tanto como SP.
O terceiro argumento diz respeito a efeitos do comércio exterior e do inter-regional que podem, conjuntamente, causar perdas ou ganhos a uma região. Basicamente, devem-se aos níveis da taxa cambial, da tarifa e do nível interno e externo dos preços. (CANO, W, p. 31) Quanto ao terceiro argumento sobre a questão do imperialismo paulista, onde nas páginas seguintes o autor examina com mais detalhes a questão do comércio exterior e sobre a questão de a região não industrializada pagar altos preços em uma determinada mercadoria. Aqui também entra questões como a transferência de recursos.
O quarto argumento diz respeito a hipótese de que SP cresceu à custa do excedente periférico. Penso ter demonstrado, em trabalho anterior, que SP desenvolveu a indústria graças ao seu potencial econômico, entre fins do século passado e as primeiras décadas deste. Esse potencial foi lastreado pelo maior desenvolvimento de relações capitalistas de produção (CANO, W, p. 36).
Não pretendo, com isso, afirmar que a atuação do governo federal no NE seja suficiente e satisfatória. Acho que a região requer muito mais que isso. [...] Até mesmo na arrecadação da Previdência Social Federal, o gasto previdenciário em SP é muito inferior ao total arrecadado, financiado, portanto, a periferia nacional também nesse campo. (CANO, W, p.38) Quanto as alegações sobre o “sugamento” do excedente periférico por SP. Pouco antes o autor demonstra o problema dos saldos negativos na balança comercial nordestina com o resto do país, mostrando que esse problema é relativamente mitigado com o saldo positivo com o comércio exterior.
Do ponto de vista do ‘Planejamento Regional’, uma crítica geral que se deve fazer é sobre a quase ausência de uma coordenação em nível nacional. (CANO, W, p.39)
[...] Tanto o expediente dessa Resolução quanto o de outras medidas semelhantes, com as quais se pretende descentralizar a indústria, constituem, na verdade, escamoteações para o problema em que se resume hoje o caos urbano: poluição do ar, da agua, transportes, assistência e previdência social, habitação e outros (CANO, W, p.40). Quanto a implementação da Resolução 14. 
Um exemplo disso é o tratamento da questão urbana. Ao diagnostica-la esquecem-se de que um dos seus fundamentos está no setor rural. Programam-se desfavelamento, água, saneamento, transportes de massa, no setor urbano, sem levar em consideração não apenas o êxodo rural, mas as causas e o processo que o fundamentam (CANO, W, p.42). Quanto ao fato de que alguns autores não se dão conta de que solucionar parcialmente o problema em questão, não resolve, pois o tratamento deve ser como um todo e tudo está numa mesma dinâmica.
[...] Nós, economistas, apenas fomos mais diretamente atingidos por esse aparato teórico; também engenheiros, administradores, advogados, e outros profissionais foram, direta ou indiretamente, por essa ‘visão de mundo’ (CANO, W, p.43). Quanto ao fato de que a formação teórica comum (nossa) está conectada com a compartimentalização das coisas. Semelhança com a teoria neoclássica.
Por fim o autor demonstra ser impossível “melhorar” o “capitalismo selvagem” sem umaampla participação da sociedade no debate em questão.
REFERENCIAL 
CANO, W. Desequilíbrios Regionais e Concentração Industrial no Brasil (1930 - 1970 1970 - 1995). 2º Ed. Campinas, SP: UNICAMP//IE.

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