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2 www.grancursosonline.com.br
COMPILADO SIMULADOS DA SEMANA PF
DIREITO PENAL
ÉRICO PALAZZO
Marco Antônio, maior imputável, sequestrou sua prima, Camila Silva, menor de idade, 
hipótese em que o crime de sequestro qualificado terá pena de reclusão de 2 a 5 anos. 
Diante desse fato, julgue os itens 1 e 2.
1. Se, durante o sequestro, surgir uma nova lei que venha a punir o sequestro qualificado 
com pena de reclusão de 3 a 6 anos, ela não poderá ser aplicada ao fato, uma vez que 
se trata de novatio legis in pejus.
Errado.
Apesar de ser uma nova lei prejudicial ao réu, a Súmula 711 do STF determina: “A lei penal 
mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é an-
terior à cessação da continuidade ou da permanência.”
2. Se durante o sequestro surgir uma nova lei que venha a incluir a pena de multa ao pre-
ceito secundário do sequestro qualificado, ela não poderá ser aplicada ao fato, uma vez 
que se trata de pena pecuniária, devendo ter sido prevista antes do início da execu-
ção do crime.
Errado.
Se a nova lei traz previsão referente à pena de multa, aplica-se normalmente a Súmula 
711 do STF.
3. Normas não incriminadoras não se sujeitam ao princípio da estrita legalidade.
Certo.
Somente as normas incriminadoras e prejudiciais ao réu se sujeitam ao princípio da estrita 
legalidade. Por essa razão, a analogia in bonam partem, os costumes e as medidas provi-
sórias (de acordo com o STF) podem ser utilizadas para beneficiar o réu.
4. Ao crime praticado a bordo de uma aeronave brasileira de propriedade particular ou mer-
cante aplica-se a lei penal brasileira se o crime for praticado enquanto ela se encontrar 
em pouso no território de países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas.
Errado.
Não se aplica a lei penal brasileira nessa situação, vide art. 5º, §1º, do Código Penal, exceto 
se o crime não for julgado no país de sua ocorrência.
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COMPILADO SIMULADOS DA SEMANA PF
5. Em razão do princípio da justiça universal, também denominado princípio cosmopolita, 
ficam condicionalmente sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os 
crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil tenha se obrigado a reprimir. 
Certo.
A alínea “a” do inciso II do art. 7º do CP traz uma hipótese de extraterritorialidade condicio-
nada em razão do princípio da justiça universal ou cosmopolita.
6. O arrependimento eficaz, que reduz a pena do agente, pode ocorrer nos crimes cometi-
dos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até 
o recebimento da denúncia ou da queixa.
Errado.
Não é o arrependimento eficaz, mas sim o arrependimento posterior que pode ocorrer nos 
crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída 
a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, gerando 
uma diminuição da pena de 1/3 a 2/3 (vide art. 16 do Código Penal).
7. O indivíduo que age em legítima defesa sucessiva reage ao excesso praticado pela 
pessoa que inicialmente agiu acobertada pela legítima defesa real.
Certo.
A legítima defesa sucessiva é praticada pelo agente que se defende do excesso praticado 
por aquele que se defendeu legitimamente da agressão injusta.
Felipe, maior imputável, tem recebido ameaças de morte proferidas por Pedro, também 
maior imputável e assassino contumaz. Diante desse fato, Felipe, prezando por sua pró-
pria vida, adquire uma faca e mata Pedro.
Diante dessa situação hipotética, analise os itens 8 e 9.
8. É possível o reconhecimento da legítima defesa por parte de Felipe, uma vez que, se não 
matasse Pedro, provavelmente seria morto.
Errado.
Felipe não agiu acobertado pela legítima defesa, pois, apesar da ameaça, não matou Pe-
dro diante de uma agressão injusta atual ou iminente, mas sim diante de uma agressão 
injusta futura.
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COMPILADO SIMULADOS DA SEMANA PF
9. Se o juiz entender que Felipe praticou homicídio impelido por motivo de relevante valor 
moral, sua pena deverá ser, obrigatoriamente, reduzida.
Certo.
Isso ocorre porque o homicídio praticado sob motivo de relevante valor moral impõe ao juiz 
o reconhecimento do homicídio privilegiado (art. 121, §1º, CP). Nessa situação, apesar de 
a lei utilizar a expressão “o juiz pode reduzir a pena”, é pacífico o entendimento de que a 
diminuição da pena é direito subjetivo do agente.
10. Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, vantagem patrimonial, 
como condição ou preço do resgate configura o crime de extorsão com restrição de 
liberdade.
Errado.
A conduta descrita no enunciado da questão é a extorsão mediante sequestro, prevista no 
art. 159 do CP. A extorsão com restrição de liberdade, por sua vez, é uma modalidade da 
extorsão e encontra-se prevista no art. 158, § 3º, do CP.
11. Com o advento da Lei n. 13.964/2019 (Pacote Anticrime), o roubo com emprego de arma 
branca passou a ser considerado hediondo.
Errado.
O Pacote Anticrime criou a majorante do roubo com emprego de arma branca (art. 157, §2º, 
VII, CP), mas não o definiu como hediondo.
12. Tício, funcionário público, subtrai, valendo-se de facilidade proporcionada pelo cargo, 10 
canetas que pertencem a sua repartição pública. Juntas, as canetas totalizam o valor de 
R$ 30,00. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, não é possí-
vel aplicar o princípio da insignificância à conduta de Tício. 
Certo.
Este é o teor da Súmula 599-STJ: “O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes 
contra a Administração Pública”. 
13. Pratica tráfico de influência o agente que faz a intermediação entre um deputado fede-
ral e um empresário para que os interesses do último sejam atendidos pelo primeiro, 
mediante oferecimento de vantagem indevida a este.
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COMPILADO SIMULADOS DA SEMANA PF
Errado.
A situação descrita pela questão configura o crime de corrupção ativa (art. 333 do CP), e 
não de tráfico de influência (art. 332 do CP). 
Petrechos para falsificação de moeda 
Art. 291. Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maqui-
nismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação 
de moeda: 
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Diante do tipo penal acima, julgue o item a seguir.
14. Apesar do tipo penal autônomo de petrechos para falsificação de moeda, se o agente 
possui maquinismo destinado à falsificação de moeda e alcança seu intento de fabricar 
moeda falsa, deverá ser responsabilizado somente pelo delito de moeda falsa.
Certo.
No caso, a falsificação de moeda (crime fim) absorve o delito de petrechos para falsificação 
de moeda (crime meio), em razão do princípio da consunção.
15. Configura falsificação de documento público a adulteração de livros mercantis.
Certo.
Vide art. 297, § 2º, do Código Penal:
Art. 297. (...)
§ 2º Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, 
o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mer-
cantis e o testamento particular.
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COMPILADO SIMULADOS DA SEMANA PF
INFORMÁTICA
JÓSIS ALVES
Dado o IP 192.168.0.100 e a máscara de rede 255.255.255.128, julgue os itens de 1 a 3.
16. É correto afirmar que teremos 2 sub-redes e 128 endereços IPs em cada sub-rede e que 
o IP em questão pertence à primeira sub-rede.
Certo.
17. O endereço de broadcast da primeira sub-rede é 192.168.0.127 e o da segunda sub-rede 
é 192.168.0.255.
Certo.
18. A máscara de rede poderá ser corretamente representada como /25.
Certo. 
19. A máscara de rede para um endereço IPv4 da classe B é 255.0.0.0.
Errado.
A máscara de um endereço IPv4 é 255.255.0.0
20. A principal causa de descarte de pacotes na rede é o congestionamento. O controle de 
congestionamento oferecido pelo protocolo TCP evita que um transmissor mais rápido 
sature o destinatário com o envio de um fluxode pacotes que ele não pode receber.
Errado. 
Quem evita que o transmissor mais rápido sature o destinatário com um fluxo de pacotes 
maior do que ele pode processar é o controle de fluxo.
21. Exploits zero-day exploram vulnerabilidades desconhecidas pelos fabricantes de sof-
tware, que por desconhecerem a existência da vulnerabilidade, sequer produziram as 
correções para as brechas de segurança.
Certo.
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22. Uma forma de realizar um ataque DDoS é utilizando uma botnet.
Certo.
23. A melhor forma de reduzir o risco de perda de dados por conta de um ataque de ran-
somware é mantendo os softwares atualizados e o backup dos dados.
Certo.
24. As vulnerabilidades exploradas pelos atacantes podem vir de softwares desatualizados 
ou da falta de configuração de equipamentos.
Certo.
25. A inserção de scripts maliciosos em páginas confiáveis por alguma vulnerabilidade 
encontrada por atacantes é uma forma de realizar ataques que exploram a confiança do 
usuário no servidor web.
Certo.
Ataque XSS.
26. Considerando a metodologia de detecção baseada em comportamento utilizada em siste-
mas de detecção de intrusão, podemos afirmar que ela apresenta muitos falsos-positivos.
Certo.
27. Dados estruturados são a maioria dos dados gerados na atualidade.
Errado. 
Dados não estruturados.
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COMPILADO SIMULADOS DA SEMANA PF
28. Uma API é criada quando uma empresa de software tem a intenção de que outros cria-
dores de software desenvolvam produtos associados ao seu serviço. Existem vários 
deles que disponibilizam seus códigos e instruções para serem usados em outros sites 
da maneira mais conveniente para seus usuários. O Google Maps é um dos grandes 
exemplos na área de APIs. Por meio de seu código original, muitos outros sites e aplica-
ções utilizam os dados do Google Maps adaptando-o da melhor forma a fim de utilizar 
esse serviço. 
Fonte: <https://canaltech.com.br/software/o-que-e-api/>
Se o dono de um restaurante quiser disponibilizar, em sua página na internet, a API do 
Google Maps, ele terá de utilizar a mesma linguagem implementada pelo Google em seu 
site do restaurante.
Errado.
As APIs proporcionam a integração entre sistemas que possuem linguagens totalmente dis-
tintas de maneira ágil e segura.
29. O seguinte código em Python está correto e exibirá como saída a seguinte mensagem:
Eu serei aprovado na PF!
a = 20
b = 5
if (a * b) != 25:
 aprovado = “Eu serei aprovado na PF!” 
print (aprovado)
Certo. 
30. Dado o seguinte código, teremos como saída o seguinte resultado [2,10,100,200].
carteira = [200, 2, 10, 100]
carteira.sort ()
print (carteira)
Certo. 
O método sort ordena os elementos de uma lista.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
GEILZA DINIZ
Acerca das provas no processo penal, julgue os seguintes itens.
31. Segundo a regra de ônus da prova prevista no Código de Processo Penal, é vedado ao 
juiz ordenar, antes de iniciada a ação penal, a produção de provas, ainda que considera-
das urgentes ou relevantes para a persecução penal.
Errado.
O art. 156, I, faculta ao juiz, de ofício, ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a 
produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessi-
dade, adequação e proporcionalidade da medida.
32. É sabido que são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas 
ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. As 
provas derivadas da ilícita, no entanto, podem ser admitidas no processo, desde que não 
evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas pude-
rem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras, conforme expressa determi-
nação legal.
Certo.
O art. 157, caput, do CPP, prevê a primeira parte do item, enquanto a segunda parte está 
prevista no §1º do mesmo artigo. 
33. O exame de corpo de delito é indispensável quando a infração deixar vestígios, e deve-
-se dar prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime 
que envolva violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. 
Certo.
Art. 158, caput, do CPP prevê a indispensabilidade do exame de corpo de delito nos cri-
mes que deixam vestígios e o art. 158, parágrafo único, prevê a prioridade no caso descri-
to no item.
O inquérito policial é um procedimento preparatório, administrativo, que tem por finalidade 
a apuração de indícios de autoria e materialidade para formar a convicção do titular da 
futura ação penal. Sobre o tema, julgue os seguintes itens.
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34. O inquérito policial, nas ações penais públicas incondicionadas, é procedimento obriga-
tório para a propositura da ação penal, sob pena de inépcia. 
Errado.
Conforme o art. 46, §1º, do CPP, o inquérito é dispensável.
35. A atribuição da polícia judiciária para a apuração das infrações penais e sua autoria não 
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
Certo. 
Conforme art. 4º, parágrafo único, do CPP. 
36. Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em 
que caiba ação pública poderá, apenas por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e 
esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
Errado.
O art. 5º, §3º, do CPP também autoriza que a comunicação seja oral. 
37. Para verificar a possibilidade de a infração ter sido praticada de determinado modo, a 
autoridade policial deverá proceder à reprodução simulada dos fatos, ainda que essa 
não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
Errado. 
O art. 7º do CPP determina que a diligência é facultativa e só pode ser feita se não contrariar 
a moralidade e a ordem pública. 
38. O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, 
mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, a materialidade e 
suas circunstâncias.
Certo. 
Conforme art. 2º, §6º, da Lei n. 12.830/2013.
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Sobre prisões, julgue os seguintes itens. 
39. Considere a seguinte situação hipotética: Richardson sequestrou Marielza, com a fina-
lidade de extorquir dinheiro da família da vítima. As negociações sobre o valor duraram 
cerca de trinta dias, tendo a vítima sido mantida privada de sua liberdade durante todo 
esse tempo. Nessa situação, apenas nas primeiras vinte e quatro horas do crime, seria 
possível a prisão em flagrante, na modalidade flagrante próprio. Depois disso, seria pos-
sível o flagrante presumido.
Errado. 
De acordo com o art. 303 do CPP, seria cabível o flagrante próprio enquanto não cessasse 
a permanência do crime, ou seja, durante os cerca de trinta dias mencionados. 
40. Considere a seguinte situação hipotética: Flavielson foi preso em flagrante por uma 
pessoa comum do povo, que o levou, em seguida, à delegacia mais próxima. Nessa 
situação, considerando que o condutor não era policial, o delegado não precisa ouvi-lo 
desde logo, podendo deixar para colher o seu depoimento ao final, conforme previsto na 
lei processual penal. 
Errado.
O art. 304 não faz distinção sobre a qualidade do condutor. 
41. Considere a seguinte situação hipotética: Robervaldo foi preso em flagrante e conduzido 
à delegacia pela prática de crime de roubo. Nessa situação, o delegado deverá fazer 
constar do auto de prisão em flagrante a informação sobre a existência de filhos, suas 
respectivas idades e se possuem alguma deficiência, além do nome e do contato de 
eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado por Robervaldo. 
Certo. 
Conforme art. 304, §4º, do CPP.
42. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena 
privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. Nos demais casos, a 
fiança será requerida ao juiz, quedecidirá em 48 horas. 
Certo. 
Nos termos do art. 322 do CPP.
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À luz das expressas disposições do CPP, julgue os itens a seguir. 
43. A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemu-
nhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, 
sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes.
Certo. 
Nos termos do art. 229 do CPP.
44. As cartas particulares não serão admitidas em juízo, ainda que não interceptadas ou 
obtidas por meios criminosos. 
Errado. 
Somente se interceptadas ou se obtidas por meios criminosos não serão admitidas em juízo. 
45. A busca pessoal dependerá de mandado específico da autoridade judicial, ainda que 
realizada no curso de busca domiciliar. 
Errado. 
Nos termos do art. 244 do CPP.
RACIOCÍNIO LÓGICO
DIEGO RIBEIRO
As proposições P, Q e R a seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo André, Bruno, 
Carlos e Diego:
P: “Diego não é culpado”. 
Q: “Bruno é mentiroso”. 
R: “André e Carlos são culpados”.
Considerando que ~X representa a negação da proposição X, julgue os itens a seguir.
46. As proposições P e Q são proposições simples e a proposição R é composta.
Certo.
Questão duvidosa quando se trata de Cebraspe. Até 2018 (prova da PF), a banca conside-
rava proposição simples quando havia sujeito composto e apenas um verbo.
Analisando as proposições P, Q e R, nota-se que as duas primeiras são, claramente, propo-
sições simples. A discussão fica apenas para a proposição R: André e Carlos são culpados.
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47. A proposição “Bruno é mentiroso se e somente se Diego é culpado” pode ser represen-
tada simbolicamente por (Q) → (~P).
Errado.
A proposição “Bruno é mentiroso se e somente se Diego é culpado” é uma bicondicional, 
cujo conectivo lógico “se e somente” é representado simbolicamente por ↔.
Logo, o correto seria: (Q) ↔ (~P).
48. Se as três proposições P, Q e R forem falsas, então pelo menos duas das pessoas envol-
vidas no ilícito penal serão culpadas.
Errado.
Negando as 3 proposições, temos:
P: “Diego é culpado”. 
Q: “Bruno não é mentiroso”. 
R: “André e Carlos não são culpados”.
Portanto, sabemos apenas que Diego é culpado e que André e Carlos não são culpados, 
restando dúvida sobre Bruno.
Então pelo menos uma pessoa (Diego) será culpada, e não duas.
49. A proposição “Bruno é mentiroso ou André e Carlos não são culpados” pode ser repre-
sentada simbolicamente por (Q) ^ (~R).
Errado.
O conectivo lógico apresentado é o da conjunção. O correto seria (Q) v (~R).
50. A proposição ~(P^Q) representa simbolicamente “Diego é culpado e Bruno não é 
mentiroso”.
Errado.
Um caso no qual aplicamos a primeira Lei de Morgan. Em linguagem simples, podemos di-
zer o seguinte: negar duas proposições ligadas com “e” – uma conjunção – é o mesmo que 
negar duas proposições e ligá-las com “ou” (transformá-las em uma disjunção).
Simbolicamente, ~ (P ∧ Q) = (~ P) ∨ (~ Q). Logo, o correto seria “Diego é culpado ou Bruno 
não é mentiroso”.
Em uma superintendência da PF, os policiais Antônio, Breno e Cézar possuem pistola, 
revólver e fuzil, não necessariamente nessa ordem, mas cada um possui uma única arma. 
Os aparelhos de pontaria (mira) das armas são aberta padrão, holográfica ou aberta com 
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fibra óptica. Antônio usa mira aberta padrão; o policial que tem pistola usa mira aberta com 
fibra óptica; e Cézar não tem revólver.
Essas informações podem ser visualizadas na tabela seguinte, em que, no cruzamento de 
uma linha com uma coluna, V corresponde a fato verdadeiro e F, a fato falso.
Pistola Revólver Fuzil Antônio Breno Cezar
Aberta padrão V
Holográfica
Aberta com fibra óptica V
Antônio
Breno
Cézar F
Considerando a situação apresentada e, no que couber, o preenchimento da tabela acima, 
julgue os itens seguintes.
51. Considere que Cézar não seja o mais velho dos três, que Breno tenha nascido 10 anos 
depois de Cézar e que, no final de 2020, apenas dois dos três terão completado 40 anos 
de idade. Nesse caso, é correto afirmar que Cézar nasceu antes de 1981.
Certo. 
Se Cézar não é o mais velho dos 3 e se Breno nasceu 10 anos depois dele, então certamen-
te Cézar é o do meio e a sequência, do mais velho para o mais novo, será:
Antônio / Cézar / Breno.
Considerando o final de 2020, completará 40 anos ou mais quem nasceu em 1980 ou antes.
Logo, sabendo que apenas dois terão completado 40 anos, entende-se que não será Breno, 
por ser o mais novo. Portanto, Cézar e Antônio enquadram-se na condição. Ambos nasce-
ram em 1980 ou antes, pois, se tivessem nascido em 1981 ou depois, não teriam 40 anos 
ou mais até o final de 2020.
52. Se Antônio tem fuzil, então Cézar não usa holográfica.
Certo.
Sabe-se que:
1 – Cada policial possui uma única arma;
2 – Cézar não tem revólver;
3 – O policial que tem pistola usa mira aberta com fibra óptica;
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Se Cézar não tem revólver, então ele tem pistola e usa mira aberta com fibra óptica.
Dessa forma, na condicional anterior, a proposição consequente é V (Cézar não usa holo-
gráfica) e, nessa situação, independentemente do valor lógico atribuído à proposição ante-
cedente (Antônio tem fuzil), a condicional será VERDADEIRA.
Pistola Revólver Fuzil Antônio Breno Cezar
Aberta padrão F V F F
Holográfica F F
Aberta com fibra óptica V F F F
Antônio F
Breno F
Cézar V F F
53. Das informações apresentadas é possível inferir que Breno tem revólver.
Errado.
Pistola Revólver Fuzil Antônio Breno Cezar
Aberta padrão F V F F
Holográfica F F
Aberta com fibra óptica V F F F
Antônio F
Breno F
Cézar V F F
Das informações apresentadas, concluímos que Breno pode ter revólver ou fuzil, pois é 
certo que ele não tem pistola, a qual pertence a Cézar.
Nas olimpíadas dos policiais federais de 2020, competição de âmbito nacional que conta 
com delegações de todas as unidades federativas, constatou-se que:
140 policiais competiram tiro;
130 policiais competiram jiu-jitsu;
170 policiais competiram futebol;
45 policiais competiram tiro e jiu-jitsu;
55 policiais competiram tiro e futebol;
55 policiais competiram jiu-jitsu e futebol;
30 policiais competiram as três modalidades.
Com base nessas informações, julgue os próximos itens.
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54. Trezentos e quinze policiais federais competiram em 2020.
Certo.
140-70 130-7045-30
55-30 55-30
170-80
90 F
JT
70
30
60
90 + 60 + 70 + 15 + 25 + 25 + 30 = 315
55. Duzentos e vinte policiais competiram em apenas uma modalidade.
Certo.
90 + 60 + 70 = 220
56. Considerando que os 5 policiais mais bem classificados na competição de tiro foram 
para a grande final e que serão premiados apenas os 3 melhores, então há menos de 50 
maneiras de compor o pódio. 
Errado.
Como nesse caso a ordem importa, trata-se de Arranjo: 
An,p = n!/(n-p)!
A5,3 = 5!/(5-3)! = 5x4x3x2!/2! = 60
60>50
57. Sabe-se que, além dos competidores, cada unidade da Federação (Estados e Distrito 
Federal) levou cinco policiais de apoio. Caso seja escolhido ao acaso um policial pre-
sente no referido evento esportivo, a probabilidade de ele ter competido apenas fute-
bol é de 20%.
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Certo. 
27 unidades federativas: 27 x 5 = 135
315 (competidores) + 135 (apoio) = 450
P(F) = n(F)/N(T) = 90/450 = 1/5 = 0,2 = 20%
Uma delegacia é composta por 50 policiais federais, dos quais 80% são do sexo mascu-
lino. Sabendo que 70% dos policiais do sexo feminino são agentes e que 12,5% dos poli-
ciais do sexo masculino não são agentes, julgue os itens a seguir.
58. Caso um policial escolhido ao acaso seja agente, a probabilidade de ele ser do sexo 
feminino será superior a 0,2.
Errado. 
Policial Masculino: 40 – 40 – 5 = 35 agentes
Policial Feminino: 10 – 7 agentesP(F) = n(F)/n(T) = 7/42 = 1/6 = 0,166
0,166 < 0,2
59. Considerando que a entrega de intimações é realizada por uma equipe de dois agentes, 
então o chefe da delegacia dispõe de 861 equipes distintas para intimar uma pessoa.
Certo. 
Na delegacia existem 42 agentes. Organizá-los de 2 em 2, uma vez que a ordem não impor-
ta, é um caso de Combinação.
Cn,p = n!/p!.(n-p)!
C42,2 = 42x41x40!/2!x40! = 21x41 = 861
60. Considerando que P, Q e R sejam proposições simples, é correto concluir que a proposi-
ção ~(PvQvR) → ~(P^Q^R) é uma TAUTOLOGIA.
Certo.
P Q R P v Q v R P^Q^R ~(P v Q v R) ~(P^Q^R)
~(P v Q v R) 
→ ~(P^Q^R)
V V V V V F F V
V V F V F F V V
V F V V F F V V
V F F V F F V V
F V V V F F V V
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F V F V F F V V
F F V V F F V V
F F F F F V V V
LÍNGUA PORTUGUESA
ELIAS SANTANA
1 Aurélia estava ocupada em reunir os diversos casais e enviá-los ao meio da sala; 
desembargadores de todo o tope e calibre, conselheiros carunchosos, viscondes mofa-
dos, marqueses carranças: tudo tratava de executar-se da melhor vontade, que era o meio 
de tomar mais leve a penitência.
5 Nisto chegou-se a Lísia Soares ao braço de Fernando. A travessa trazia nos lábios um 
sorriso maligno; o olhar beliscava como um alfinete.
 � — Está muito entretida com os outros e não se lembra de si — disse ela.
 � — Como? — perguntou Aurélia voltando-se.
 � — Não disfarce. A justiça começa por casa; aqui está seu marido. Dê o exemplo.
10 Aurélia compreendeu a vingança da amiga, despeitada por não valsar com o Alfredo 
Moreira.
 � Desde a primeira vez que apareceu na sociedade, depois do luto de sua mãe, Aurélia 
que, apesar da palavra afouta e viva, tinha o casto recato de sua pessoa, resolveu não 
valsar para não arriscar-se a encontrar um desses pares que põem ao vivo a comparação 
15 poética da trepadeira enroscada ao tronco musgoso.
 � Declarou, portanto, que não sabia valsar e que nunca poderia aprender porque o giro 
rápido causava-lhe vertigem. Havia nesta segunda parte um fundo de verdade. Quan-
do valsava no colégio com as amigas, sentia tão vivo prazer nessa dança impetuosa 
que deixava-se arrebatar e, desprezando o compasso da música, volvia uma velocidade 
20 prodigiosa até que o atordoamento a obrigava a sentar.
 � Convencida de que ela não sabia realmente valsar, Lísia lembrou-se de tomar uma 
desforra, obrigando-a a fazer triste figura na sala, ou então a retratar-se de sua esquisitice 
e acabar com a tal valsa dos casados. O que mais estimulara a moça fora a suspeita de 
que Aurélia fizera aquilo por maldade, e só para privá-la de dançar com o Moreira.
25 Nisto era injusta. A razão que movera Aurélia, não sei; mas que ela nesse momento 
não se lembrava da existência da Lísia e do Moreira, disso posso dar certeza.
 � — Não seja má, Lísia! — disse Aurélia, com um modo queixoso, que não ocultava de 
todo o fino motejo do olhar.
 � — Nada, minha cara; você não dispensa ninguém, tenha paciência.
30 — Eu não sei valsar!
 � — Aí é que está a graça. Meu pai também não sabia.
 � — Ela sabe, era meu par no colégio — observou uma senhora.
 � — Há de dançar.
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 � — Pena de talião — dizia um velho advogado gotoso que voltava da valsa tão estafado 
35 como nunca o deixara a mais complicada defesa do júri.
 � — Caso de justa represália! — acudiu um velho diplomata que fizera sua carreira em 
eterna disponibilidade, sem trocadilhos.
 � — A coroa cede ante a opinião! — orava um ministro para quem coroa e opinião no 
Brasil eram a chapa e o cunho da mesma moeda em que se recebia o salário.
40 As senhoras insistiam para se despicarem da entrega que lhes fizera a dona da casa; 
as moças por pirraça; e os rapazes pelo desejo de quebrar o encanto a Aurélia e terem-na 
daí em diante como par certo de valsa.
 � — Não é preciso essa revolução. Eu me submeto — disse Aurélia, curvando gentil-
mente a cabeça.
45 Dirigindo-se ao marido, que estava defronte e a quem a Lísia não consentira que se 
retirasse, tomou-lhe resolutamente o braço e deixou-se conduzir ao meio da sala.
 � — Por que se constrange? Não quer valsar; eu tomo sobre mim a recusa — segredou 
Seixas.
 � — É questão de vaidade. Compreende a força que tem para nós, mulheres, este nosso 
50 ponto de honra? — tornou Aurélia também à meia voz.
 � — Neste momento, não; não compreendo.
 � — Veja a Lísia como está saboreando o meu vexame de não saber valsar, e o fiasco 
que me espera? Demais...
 � Sua voz teve uma nota vibrante.
55 — Demais, o senhor pode pensar que tenho medo.
 � Aurélia pousara a mão no ombro do marido, e, imprimindo ao talhe um movimento 
gracioso e ondulado, como o arfar da borboleta que palpita no seio do cacto, colocou-se 
diante de seu cavalheiro e entregou-lhe a cintura mimosa.
 � Era a primeira vez, e já tinham mais de seis meses de casados; era a primeira vez que 
60 o braço de Seixas enlaçava a cintura de Aurélia. Explica-se, pois, o estremecimento que 
ambos sofreram ao mútuo contato, quando essa cadeia viva os surpreendeu.
José de Alencar. Senhora
61. As palavras “má” (l. 27), “aí” (l. 31) e “há” (l. 33) são acentuadas de acordo com a 
mesma regra.
Errado. 
“Má” e “há” são acentuados pela regra dos monossílabos tônicos. “Aí” é acentuado pela 
regra do hiato. 
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62. Na linha 60, o vocábulo “pois” poderia ser substituído por porquanto ou por uma vez 
que, sem trazer ao texto prejuízos sintáticos ou semânticos.
Errado. 
O “pois”, no contexto, possui valor conclusivo.
63. As expressões “mais leve” (l. 4) e “como par certo de valsa” (l. 42) exercem a mesma 
função sintática nos períodos em que ocorrem.
Certo. 
São dois predicativos do objeto.
64. Na linha 34, o advérbio “estafado” indica o modo como o advogado voltou da valsa.
Errado. 
“Estafado” não é um advérbio, e sim um adjetivo.
65. Observa-se uma agramaticalidade na linha 14 do texto: a forma pronominal “se”, em 
“arriscar-se”, deveria estar em posição proclítica.
Errado. 
Nesse caso, o “não” não é fator de atração, uma vez que o verbo está no infinitivo (e a co-
locação pronominal é facultativa).
66. Na linha 10, a retirada da vírgula alteraria o sentido original do texto.
Certo. 
Há mudança de explicação para restrição no contexto.
67. Apesar da coloquialidade, é possível notar que o vocábulo “que”, na linha 12, funciona 
como um pronome relativo.
Certo. 
A oração iniciada pelo “que” é do tipo adjetiva explicativa e tem a responsabilidade de carac-
terizar o substantivo “vez”. Além disso, segundo a norma culta, seria necessário empregar 
a preposições “em” antes do pronome relativo, que é sintaticamente um adjunto adverbial.
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68. Na linha 5, é adequado inserir um acento grave no vocábulo “a”, uma vez que antecede 
um substantivo próprio feminino.
Errado. 
O termo “a Lísia Soares” é sintaticamente sujeito (e não pode ser preposicionado).
69. “A mais complicada defesa do júri” (l. 35) funciona, na oração em que se insere, como 
complemento do verbo “deixara” (l. 35).
Errado. 
Na verdade, é sujeito (só que está posposto ao verbo).
70. Na linha 60, pode-se substituir “o estremecimento” por os tremores, sem ferir a correção 
gramatical do texto.
Errado. 
“O estremecimento” é sujeito paciente de “explica-se”; com a mudança, seria necessário 
ajustar a concordância verbal.
71. Na linha 25, a forma verbal “movera” poderia ser substituída por havia movido.
Certo. 
Ambos são pretéritos mais-que-perfeitos (aquele é simples; este, composto).
72. Pelos sentidos do texto, percebe-se que o discurso direto da linha 32 foi proferido por 
Aurélia, o que indica que ela era o par de dança do pai de Lísia.
Errado. 
É a fala de uma senhora acerca de Aurélia.
73. O pronome “se”, nas linhas 39 e 60, possui a mesma classificação.
Certo. 
Ambos são partículas apassivadoras.
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74. Infere-se do texto que Seixas demorou para enlaçar a cintura de sua esposa porque ela 
sentia vertigens ao dançar.
Errado. 
Pelo texto, não é possível garantir que as vertigens eram a causa de Seixas ter demorado 
para enlaçar a cintura de sua esposa.
75. O texto é predominantemente narrativo, apesar de algumas passagens descritivas.
Certo. 
O objetivo principal do texto é contar uma história (por isso, narrativo), mas há trechos do 
texto que possuem descrição de pessoas e cenas. 
LEIS PENAIS ESPECIAIS
DIEGO FONTES
76. Na Lei de Drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferta drogas, eventu-
almente e sem objetivo de lucro, a pessoa do seu relacionamento, para juntos a consu-
mirem, desde que essa pessoa a quem a droga foi oferecida seja inimputável.
Errado.
A conduta prevista no § 3º do art. 33 não faz distinção entre a oferta dirigida a pessoa impu-
tável ou inimputável.
77. Julgue a assertiva a seguir tendo em consideração a Lei n. 11.343/2006 e a jurisprudên-
cia do STF.
O sujeito que, de dentro de unidade prisional, organiza a dinâmica de grupo e comanda 
o tráfico de drogas, dando ordens para que seus comparsas, de fora do presídio, execu-
tem a comercialização do entorpecente responde pelo crime de tráfico de drogas, sendo 
inaplicável a majorante do art. 40, III (infração cometida nas dependências ou imedia-
ções de estabelecimentos prisionais), tendo em vista que a droga não passou por dentro 
do presídio.
Errado.
De acordo com o Informativo 659 do STF, não é necessário que a droga passe por dentro 
do presídio para que incida a majorante prevista no art. 40, III, da Lei n. 11.343/2006. Esse 
dispositivo não faz a exigência de que as drogas efetivamente passem por dentro dos locais 
a que se busca dar maior proteção, mas apenas que o cometimento dos crimes tenha ocor-
rido em seu interior.
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78. De acordo com a Lei n. 11.343/2006, levando em conta a jurisprudência do STJ, o indi-
víduo que há 3 anos foi condenado definitivamente pelo crime de furto e que é preso 
em flagrante por estar portando drogas para consumo pessoal está sujeito às penas de 
advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviços à comunidade e medida 
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo, podendo as duas últimas 
serem aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez meses), tendo em vista a reincidência. 
Errado.
De acordo com o STJ, a reincidência de que trata o § 4º do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 é 
a específica, ou seja, quanto ao crime do art. 28 (Informativo 662 do STJ).
79. De acordo com a Lei n. 13.445/2017, visitante é a pessoa nacional de outro país ou apá-
trida que trabalha ou reside e se estabelece temporariamente no Brasil. 
Errado.
O visitante não tem pretensão de se estabelecer temporariamente no território nacional, ele 
apenas vem ao Brasil para estadas de curta duração. 
80. Nos termos da Lei n. 13.445/2017, residente fronteiriço é a pessoa nacional de país 
limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência habitual em município fronteiriço de 
país vizinho. 
Certo.
Não precisava nem ter estudado a nova lei de migração para acertar essa questão, já que o 
conceito é bastante intuitivo. 
81. Entendimento recente do STF enquadrou homofobia e transfobia como crimes de racismo 
ao reconhecer omissão legislativa.
Certo.
Tal decisão se deu em sede da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, 
de relatoria do ministro Celso de Mello, e do Mandado de Injunção (MI) 4733, relatado pelo 
ministro Edson Fachin.
82. Constitui crime de abuso de autoridade, previsto na Lei n. 13.869/2019, a conduta de 
manter, na mesma cela, por mero capricho ou satisfação pessoal, criança ou adoles-
cente na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado.
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Certo.
Trata-se de delito previsto no parágrafo único do art. 21 da Lei.
83. Constitui crime de abuso expressamente previsto na Lei n. 13.869/2019 a conduta 
de solicitar que funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada 
admita para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou 
momento de crime, prejudicando sua apuração.
Errado.
“Solicitar” não! A Lei utiliza a expressão “constranger, sob violência ou grave ameaça”.
84. Constitui crime de abuso de autoridade previsto na Lei n. 13.869/2019 proceder à obten-
ção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio cuja licitude é 
controvertida na doutrina e na jurisprudência.
Errado.
De acordo com o art. 25 da Lei, corresponde a abuso de autoridade proceder à obtenção de 
prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito. 
Se é controvertido na doutrina e na jurisprudência, não é manifestamente ilícito.
85. As atribuições extraordinárias da Polícia Federal enumeradas na Lei n. 10.446/2002 não 
serão exercidas com caráter de exclusividade.
Certo.
O art. 1º da Lei é expresso nesse sentido, ao enunciar que, no exercício dessas atribuições, 
não haverá prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 
144 da Constituição Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados.
86. Os crimes de sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro sempre que pra-
ticados por motivação política serão apurados pela Polícia Federal.
Errado.
Nem sempre. Não se pode esquecer que devem ser atendidos os requisitos gerais: in-
fração penal cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repres-
são uniforme.
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87. O crime de tortura imprópria, caracterizado pela omissão perante a tortura, é crime omis-
sivo próprio.
Certo.
Cuidado pra não cair na pegadinha! É isso mesmo! A tortura imprópria é crime omissivo pró-
prio pela classificação dos crimes do direito penal. Em termos bem singelos, crime omissivo 
próprio é aquele para o qual há previsão expressa no tipo penal da omissão de um dever de 
agir, imposto normativamente. Por sua vez, nos crimes omissivos impróprios, o sujeito pode 
responder por uma omissão diante de um tipo penal comissivo, quando verificado que ele 
estava na posição de garante prevista no art. 13, §2º, do Código Penal.
88. É inviável a suspensão condicional do processo para qualquer dos crimes previstos na 
Lei n. 9.455/1997 (Lei de Tortura). 
Errado.
Na modalidade omissiva, em tese, é possível a suspensão condicional do processo, já que 
a pena mínima é de 1 ano.
89. Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, não 
basta apenas a procedência estrangeira do artefato, sendo necessária a comprovação 
da internacionalidade da ação.
Certo.
A assertiva se alinha com Tese do “Jurisprudência em Teses do STJ”: Para a configuração 
do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição não basta apenas a pro-
cedência estrangeira do artefato, sendo necessário que se comprove a internacionalida-
de da ação.
90. O STJ considera que portar granada de gás lacrimogêneo ou granada de gás de pimenta 
configura crime do Estatuto do Desarmamento.
Errado.
Em recente julgado, o STJ considerou que a conduta de portar granada de gás lacrimogê-
neo ou granada de gás de pimenta não se amolda ao delito previsto no art. 16, §1º, III, da 
Lei n. 10.826/2003. Isso porque elas não se enquadram no conceito de artefatos explosivos. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1627028/SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 
21/02/2017 (Info 599).
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DIREITO ADMINISTRATIVO
VANDRÉ AMORIM
91. A partir da descentralização funcional, também denominada de descentralização por 
colaboração, são criadas ou autorizadas por lei específica entidades integrantes da admi-
nistração indireta, tanto com natureza jurídica de direito público quanto de direitoprivado.
Errado.
A descentralização por colaboração não é sinônimo de descentralização funcional. A des-
centralização por colaboração ocorre nos casos de delegação para pessoas não integrantes 
da administração, como concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços pú-
blicos. Já a descentralização funcional, também chamada de descentralização por outorga, 
dá-se com a criação da administração indireta.
92. Embora se reconheça a natureza jurídica de autarquia dos conselhos profissionais, o 
STF julgou constitucional a contratação de pessoal sob o regime da Consolidação das 
Leis Trabalhistas (CLT) em conselhos profissionais.
Certo.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a contratação de pes-
soal sob o regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) em conselhos profissionais. 
O Plenário declarou a constitucionalidade do art. 58, § 3º, da Lei n. 9.649/1998, que prevê 
que os empregados dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas são re-
gidos pela legislação trabalhista e veda qualquer forma de transposição, transferência ou 
deslocamento para o quadro da administração pública direta ou indireta.
93. Em decorrência da incidência do regime jurídico de direito público, o STF possui entendi-
mento de que tanto as pessoas jurídicas de direito público quanto as pessoas jurídicas de 
direito privado integrantes da administração pública, como mera consequência da des-
centralização administrativa, são dotadas do exercício de poder de polícia sancionador.
Errado.
No julgamento do RE 633782, no dia 23/10/2020, o STF entendeu que “É constitucional 
a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado in-
tegrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que 
prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não 
concorrencial”. Note que não basta o simples fato de ser em uma entidade da administração 
indireta, sendo necessário que a delegação ocorra por meio de lei e que a entidade preste 
exclusivamente serviço público.
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94. São considerados atributos indispensáveis aos atos administrativos a presunção de legi-
timidade, a autoexecutoriedade e a imperatividade.
Errado.
Os atributos dos atos administrativos representam as suas prerrogativas, ou seja, o trata-
mento diferenciado que os atos administrativos recebem em razão da incidência do regime 
de direito público. No entanto, nem todos esses atributos estarão sempre presentes, não 
sendo possível, por isso, dizer que eles são indispensáveis. A presunção de legitimidade 
sempre estará presente, pois todos os atos nascem com a presunção de que respeitam todo 
o ordenamento jurídico. Já a autoexecutoriedade e a imperatividade não estarão presentes 
em todos os atos. Não haverá autoexecutoriedade em situações que a administração deve-
rá buscar no Poder Judiciário a satisfação/execução de suas medidas, como ocorre com a 
cobrança de multa. A imperatividade, por sua vez, não estará presente em atos ampliativos, 
negociais e enunciativos.
95. Embora a competência administrativa tenha como característica a irrenunciabilidade, 
admite-se, como regra geral, a delegação de parte da competência a outros órgãos ou 
agentes públicos, ainda que não haja relação de subordinação entre os envolvidos.
Certo.
De fato, nos termos dos arts. 11 e 12 da Lei n. 9.784/1999, a delegação é regra, não sendo 
admitida apenas em situações expressamente previstas em lei, como é o caso da “CENO-
RA” (Competência Exclusiva, atos NOrmativos e Recursos Administrativos).
96. A liberação de veículo retido apenas por transporte irregular de passageiros não está 
condicionada ao pagamento de multas e despesas.
Certo.
Nos termos da Súmula 510 do STJ, não há autoexecutoriedade nessas situações. No en-
tanto, em se tratando de veículo apreendido por irregularidades, a sua liberação fica condi-
cionada ao pagamento das eventuais multas vencidas.
97. Érico Castelo Grande, delegado federal, foi acusado de participar de gerência de socie-
dade privada durante o período de gozo de sua licença para tratar de interesses par-
ticulares. Nessa situação hipotética, conforme a legislação e a doutrina a respeito do 
regime disciplinar do servidor público federal, a pena disciplinar máxima a que Érico 
estará sujeito é a de demissão.
Errado.
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De fato, a Lei n. 8.112/1990, em seu art. 117, X, proíbe o servidor de participar de gerência 
ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, e de exercer o 
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário. No entanto, o parágra-
fo único do mesmo artigo dispõe que essa vedação não se aplica quando o servidor estiver 
em gozo de licença para o trato de interesses particulares, observada a legislação sobre 
conflito de interesses.
98. Segundo a jurisprudência do STJ, o prazo prescricional previsto na lei penal se aplica às 
infrações disciplinares também capituladas como crime independentemente da apura-
ção criminal da conduta do servidor.
Certo.
De acordo com o novo entendimento do STJ (MS 20.857-DF – Informativo 651), não há 
mais a exigência de que o fato esteja sendo apurado na esfera penal (não se exige que 
tenha havido oferecimento de denúncia ou instauração de inquérito policial).
99. Nos termos da jurisprudência do STJ, a portaria de instauração do processo administra-
tivo disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados.
Certo.
Esse é o teor da Súmula 641 do STJ. Não há, pois, rigorismo formal no ato de instaura-
ção do PAD.
100. De acordo com o capítulo que trata da administração pública na Constituição Federal, o 
direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar.
Errado.
Nos termos do art. 37, VII, da CF, o direito de greve será exercido nos termos e nos limites 
definidos em lei específica, e não complementar. Assim, basta a previsão em lei ordinária.
101. Nos termos da Lei n. 8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da Admi-
nistração Pública, é dispensável a licitação para a construção, a ampliação, a reforma e 
o aprimoramento de estabelecimentos penais, desde que configurada situação de grave 
e iminente risco à segurança pública.
Certo.
Nos termos do art. 24, XXXV, da Lei n. 8.666/1993, a referida hipótese configura situação 
em que a licitação poderá ser dispensada. 
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102. Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
devidamente cadastrados, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela 
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento con-
vocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que 
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apre-
sentação das propostas.
Errado.
De acordo com o art. 22, § 3º, da Lei n. 8.666/1993, os interessados a participar do convite 
que forem convidados não precisam ser cadastrados. Por outro lado, os não convidados 
que quiserem participar precisam ser cadastrados, devendo manifestar interesse com ante-
cedência de até 24 horas da apresentação das propostas. 
103. Quanto ao controle da administração púbica, dispõe a CF/1988 que compete ao Tribunal 
de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão 
de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público e as nomeações para cargo de provimento 
em comissão.
Errado.
Nos termos do art. 71, III, da CF, as nomeações para cargo em comissão não são aprecia-
das para fins de registro.
104. Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais 
de Contas estão sujeitosao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato 
de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do pro-
cesso à respectiva Corte de Contas.
Certo.
O STF, no julgamento do RE 636553, em 19/02/2020, firmou essa tese em regime de reper-
cussão geral, mudando entendimento anterior no sentido de que não haveria prazo para os 
Tribunais de Contas apreciarem a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, 
reforma ou pensão.
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105. Durante uma incursão policial, Márcio Bald, agente da Polícia Federal, agindo em legítima 
defesa de terceiro, desferiu, contra o ofensor, tiros com sua arma, cessando a agressão 
injusta. No entanto, os disparos efetuados por Márcio também atingiram um transeunte 
que estava nas proximidades. Nessa hipótese, a responsabilidade civil do Estado depen-
derá da constatação de dolo ou culpa do agente.
Errado.
Inicialmente, deve-se registrar que, nos termos do art. 37, § 6º, da CF, são as pessoas ju-
rídicas que responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a ter-
ceiros. Por isso, deve-se, primeiro, estabelecer a relação jurídica entre a vítima e o Estado. 
Nesse passo, por se tratar de uma ação (e não de uma omissão) por parte do agente públi-
co, a responsabilidade civil do Estado é pautada na denominada responsabilidade objetiva, 
que independe da aferição acerca do dolo ou culpa do agente público que causou o dano. 
Em segundo plano, analisa-se o chamado direito de regresso que o Estado possui em rela-
ção ao seu agente, o qual dependerá da comprovação de dolo ou culpa do referido agente.
CONTABILIDADE GERAL
FELIPHE ARAÚJO
Considerando os conceitos iniciais de contabilidade, julgue os próximos dois itens.
106. O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma entidade 
econômico-administrativa, com ou sem fins lucrativos.
Certo.
É isso mesmo! O patrimônio é o objeto de estudo da Contabilidade e é definido como o con-
junto de bens, direitos (os quais compõem o ativo) e obrigações.
107. O balancete de verificação relaciona todas as contas de acordo com a natureza do saldo 
– devedor ou credor –, sejam elas patrimoniais ou de resultado, retificadoras ou não. 
Certo.
Isso mesmo! O balancete de verificação evidencia as contas em duas colunas, saldo de-
vedor e saldo credor, buscando evidenciar a correta aplicação do Método das Partidas 
Dobradas (Soma de débitos = Soma de créditos) e a correta transposição de contas do 
Livro Razão.
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Com base na Lei n. 6.404/1976, julgue os próximos dois itens.
108. A demonstração de valor adicionado é obrigatória somente para as companhias abertas. 
Já a demonstração do fluxo de caixa é facultativa para a companhia de capital fechado 
cujo patrimônio líquido seja inferior a R$ 2.000.000,00.
Certo.
O item traz a literalidade da norma no que concerne à obrigatoriedade das demonstrações 
contábeis para a Lei das S/A:
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mer-
cantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza 
a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
I – balanço patrimonial; 
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III – demonstração do resultado do exercício; e 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; e 
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. 
§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 
(dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos 
de caixa. 
109. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência 
aos preceitos da legislação comercial e da Lei n. 6.404/1976 e aos princípios de conta-
bilidade geralmente aceitos. As disposições da lei tributária serão observadas exclusiva-
mente em livros obrigatórios de escrituração contábil, como o Diário e o Razão.
Errado.
Apenas a primeira parte da afirmativa está correta: a escrituração da companhia será man-
tida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e da 
Lei n. 6.404/1976 e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos.
Já a segunda parte está incorreta. Segundo o art. 177, §2º, da Lei n. 6.404/1976, a compa-
nhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modifi-
cação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições 
da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que 
prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis dife-
rentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demons-
trações financeiras.
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Assim, as disposições da lei tributária serão feitas à parte em registros auxiliares, não inter-
ferindo nas disposições contábeis. Por exemplo, se a legislação do imposto de renda exigir 
um método diferente do que está previsto nos critérios contábeis para atender as suas ne-
cessidades, a empresa deverá utilizar livro auxiliar para atender as obrigações solicitadas.
Julgue o item seguinte com base nos regimes contábeis.
110. Em função da competência contábil, deve ser considerado despesa de fev/2020 o valor 
do salário de empregados que tenha sido pago em 05 de fevereiro de 2020, referente ao 
mês trabalhado de jan/2020.
Errado.
Pelo regime de competência, as despesas são reconhecidas de acordo com seus fatos ge-
radores. No caso da afirmativa, como o salário se refere ao trabalho realizado em jan/2020, 
a despesa de salários deve ser reconhecida em jan/2020 independentemente de ter 
sido paga em fevereiro.
Em relação às operações com duplicatas, julgue o item seguinte.
111. A empresa GAMA Ltda. realizou, no banco em que é correntista, uma operação de des-
conto de duplicatas com incidência de juros. O lançamento necessário para contabilizar 
essa operação no Diário da empresa é um fato contábil permutativo de 3ª fórmula.
Certo.
O lançamento de desconto de duplicata é:
D – Banco (AC)
D – Encargos a transcorrer (ret. PC)
C – Duplicatas descontadas (PC)
Como não ocorre variação quantitativa do patrimônio, mas apenas permuta entre elementos 
patrimoniais, temos uma variação qualitativa. Isso caracteriza um fato contábil permutativo.
Ademais, temos 2 débitos e 1 crédito e, portanto, estamos diante de um lançamento de 
3º fórmula.
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Com base na tabela a seguir, que apresenta os saldos de algumas contas contábeis da Cia. 
ALFA, referentes ao exercício findo em 31/12/2019, julgue os próximos dois itens.
Contas Saldo (R$)
Amortização acumulada 15.000
Banco conta movimento 10.000
Capital social 25.000
Clientes 7.500
Custo das mercadorias vendidas 20.000
Depreciação acumulada 25.000
Despesas gerais 25.000
Duplicatas descontadas 11.000
Empréstimos a pagar (longo prazo) 40.500
Encargos a transcorrer de empréstimos 8.500
Intangível 35.000
Imobilizado 65.000
Mercadorias para revenda 8.500
Receita de vendas 50.000
Reserva de lucros 11.000
Reserva legal 9.000
Seguros a vencer 9.000
Tributos a recolher 7.000
Tributos sobre vendas 8.000
112. Os bens e direitos de curto prazo totalizaram R$ 35.000, ao passo que os de longo prazo, 
R$ 60.000.
Certo.
Os bens e direitos de curto prazo representam o ativo circulante da empresa, enquanto os 
de longo prazo, o ativo não circulante.
Contas Saldo (R$)
Mercadorias para revenda 8.500
Banco conta movimento 10.000
Clientes 7.500
Seguros a vencer 9.000
= Ativo Circulante 35.000
Imobilizado 65.000
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(-) Depreciação acumulada (25.000)
Intangível 35.000
(-) Amortização acumulada (15.000)
= Ativo NãoCirculante 60.000
113. Apesar de a companhia apurar um resultado bruto em 2019 de R$ 42.000, o seu resul-
tado líquido foi negativo. 
Errado.
Montando a estrutura da DRE, temos:
Saldo (R$)
= Receita de vendas 50.000
(-) Tributos sobre vendas (8.000)
= Receita líquida 42.000
(-) Custo das mercadorias vendidas (20.000)
= Resultado bruto 22.000
(-) Despesas gerais (25.000)
= Resultado líquido (3.000)
Realmente o resultado líquido foi negativo (prejuízo de R$ 3.000). Entretanto, o resulta-
do bruto foi de R$ 22.000.
114. Julgue a assertiva a seguir com base na hipótese dada.
Hipótese: determinada sociedade comercial realizou, no período corrente, o pagamento 
antecipado de um seguro no valor de R$ 12.000,00 para o período de 12 meses. Asserti-
va: no momento da apropriação mensal da despesa, a empresa deve registrar um débito 
na conta de despesa de seguros e um crédito na conta caixa no valor de R$ 1.000,00.
Errado.
Lançamento no dia do pagamento antecipado:
D – Seguros a vencer: R$ 12.000
C – Caixa: R$ 12.000
A apropriação mensal é feita da seguinte forma:
Despesa mensal = 12.000 / 12 meses = R$ 1.000,00
D – Despesa de seguros R$ 1.000
C – Seguros a vencer R$ 1.000
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Com isso, o item está errado em afirmar que o crédito na contabilidade é na conta caixa 
quando, na verdade, é na conta seguros a vencer.
Com base na Norma Brasileira de Contabilidade – NBC TSP Estrutura Conceitual/2016, 
julgue os dois itens subsequentes.
115. As informações são tempestivas caso sejam capazes de influenciar significativamente 
na tomada de decisões. 
Errado.
Essa é a caraterística da relevância (e não da tempestividade). 
116. A característica da comparabilidade se refere à utilização dos mesmos princípios ou polí-
ticas contábeis e da mesma base de elaboração, seja de período a período dentro da 
entidade ou de um único período entre duas ou mais entidades. 
Errado.
Esse conceito não se refere à comparabilidade, mas sim à consistência. A consistência se 
refere à utilização dos mesmos princípios ou políticas contábeis e da mesma base de ela-
boração, seja de período a período dentro da entidade ou de um único período entre duas 
ou mais entidades. A comparabilidade é o objetivo, ao passo que a consistência ajuda a 
atingi-lo.
O item a seguir apresenta uma hipótese e uma assertiva que deve ser julgada.
117. Hipótese: a empresa BETA Ltda. antecipou o pagamento de uma obrigação no valor de 
R$ 20.000,00, obtendo um desconto de 5%. Assertiva: o registro contábil da antecipação 
é feito por um lançamento de 2ª fórmula e representa um fato contábil misto aumentativo.
Certo.
A antecipação do pagamento gera um desconto para a empresa que deve ser reconhecido 
como receita financeira.
Receita financeira = 20.000 x 5% = 1.000
Lançamento de antecipação do pagamento da obrigação:
D – Conta a pagar (reduz o passivo) 20.000
C – Caixa (reduz o ativo) 19.000
C – Receita financeira (aumenta o PL) 1.000
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Como temos 1 DÉBITO x 2 CRÉDITOS, estamos diante de um lançamento de 2ª fórmula. 
Ademais, por termos uma permuta de elementos patrimoniais (ativo e passivo) e simulta-
neamente uma variação do patrimônio que o aumenta quantitativamente (receita), a anteci-
pação do pagamento da obrigação com desconto é um fato contábil misto aumentativo. 
Uma empresa comercial iniciou suas atividades sem estoques e adquiriu, a prazo, mer-
cadorias para revenda por R$ 50.400,00, tendo pago adiantado R$ 2.750,00 de frete. 
Quando do pagamento das mercadorias ao fornecedor, por pagar no prazo estipulado, a 
empresa obteve R$ 3.150,00 de desconto financeiro sobre o preço de aquisição.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens seguintes, considerando a 
incidência de 18% de ICMS sobre compras e vendas das mercadorias. 
118. O desconto obtido em razão do pagamento no prazo estipulado influencia no valor do 
estoque das mercadorias para revenda. 
Errado. 
No cálculo do valor do Estoque (Custo de Aquisição), o Desconto Comercial (Incondicional) 
é deduzido. Entretanto, o Desconto Financeiro (Condicional), obtido por cumprir a condi-
ção de pagamento no prazo, não influenciará no seu valor, sendo apropriado como receita 
financeira pelo regime de competência. 
119. Caso não haja venda, aquisição ou baixa de mercadorias no período, o valor registrado 
dos estoques, após o pagamento da fatura ao fornecedor, será de R$ 44.078,00. 
Certo. 
No cálculo do valor do Estoque (Custo de Aquisição), inclui-se o Preço de Compra e o Frete 
sobre compras (desde que seja pago pelo adquirente das mercadorias). 
O Desconto Financeiro (Condicional) não entra no cálculo. 
O ICMS, por ser um tributo recuperável para empresas comerciais, será descontado do 
custo de estoques.
Estoque = Preço de compra + Frete s/ compras – ICMS 
Estoque = 50.400 + 2.750 – (18% x 50.400) = R$ 44.078
Para a melhoria na qualidade do atendimento ao público, certa unidade policial adquiriu 
10 computadores, que foram postos em uso na mesma data de compra, nas seguintes 
condições:
• Preço de cada computador: R$ 4.500;
• Tempo de vida útil estimada: 5 anos;
• Data da compra: 01/09/20X0.
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A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
120. O valor da despesa de depreciação dos 10 computadores a ser contabilizado pela uni-
dade ao final do exercício de 20x0 será de R$ 2.250.
Errado. 
Valor de aquisição = 4.500 x 10 computadores = 45.000
Depreciação mensal = Valor da aquisição / vida útil em meses = 45.000 / (5 x 12 meses) = 
45.000 / 60 = 750
A depreciação em 20X0 é referente a 4 meses de depreciação (meses 9, 10, 11 e 12). 
Depreciação 20X0 = 4 x Depreciação mensal = 4 x 750 = 3.000
DIREITO CONSTITUCIONAL
RICARDO BLANCO
121. Julgue o item sobre os direitos fundamentais. 
A existência de um conselho profissional com competências para selecionar, disciplinar 
e fiscalizar o exercício da profissão de músico, para proceder a registros profissionais 
obrigatórios, para expedir carteiras profissionais obrigatórias e para exercer poder de 
polícia, aplicando penalidades pelo exercício ilegal da profissão, não afronta as garantias 
da liberdade de profissão e de expressão artística. 
Errado.
As limitações ao livre exercício das profissões serão legítimas apenas quando o inadequa-
do exercício de determinada atividade possa vir a causar danos a terceiros e desde que 
obedeçam a critérios de adequação e razoabilidade, o que não ocorre em relação ao 
exercício da profissão de músico, ausente qualquer interesse público na sua restrição. 
A existência de um conselho profissional com competências para selecionar, disciplinar e 
fiscalizar o exercício da profissão de músico (art. 1º), para proceder a registros profissionais 
obrigatórios, para expedir carteiras profissionais obrigatórias (arts. 16 e 17) e para exercer 
poder de polícia, aplicando penalidades pelo exercício ilegal da profissão (arts. 18, 19, 54 
e 55), afronta as garantias da liberdade de profissão e de expressão artística (ADPF 
183, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 27-9-2019, P, DJE de 18-11-2019).
122. Julgue o item sobre os direitos fundamentais. 
A proteção contra a exposição da gestante e lactante a atividades insalubres caracteriza-
-se como importante direito social instrumental protetivo tanto da mulher quanto da crian-
ça, tratando-se de normas de salvaguarda dos direitos sociais da mulher e de efetivação 
de integral proteção ao recém-nascido, possibilitando seu pleno desenvolvimento, de 
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maneira harmônica, segura e sem riscos decorrentes da exposição a ambiente insalu-
bre. A proteção à maternidade e a integral proteção à criança são direitos renunciáveis e 
não podem ser afastados pelo desconhecimento, impossibilidade ou a própria negligên-
cia da gestante ou lactante em apresentar um atestado médico,sob pena de prejudicá-la 
e prejudicar o recém-nascido. 
Errado.
São direitos irrenunciáveis. 
A Constituição Federal proclama importantes direitos em seu artigo 6º, entre eles a proteção 
à maternidade, que é a ratio para inúmeros outros direitos sociais instrumentais, tais como a 
licença-gestante e o direito à segurança no emprego, a proteção do mercado de trabalho da 
mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei, e redução dos riscos inerentes 
ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. A proteção contra a expo-
sição da gestante e lactante a atividades insalubres caracteriza-se como importante direito 
social instrumental protetivo tanto da mulher quanto da criança, tratando-se de normas de 
salvaguarda dos direitos sociais da mulher e de efetivação de integral proteção ao recém-
-nascido, possibilitando seu pleno desenvolvimento, de maneira harmônica, segura e sem 
riscos decorrentes da exposição a ambiente insalubre (CF, art. 227). A proteção à materni-
dade e a integral proteção à criança são direitos irrenunciáveis e não podem ser afasta-
dos pelo desconhecimento, impossibilidade ou a própria negligência da gestante ou lactante 
em apresentar um atestado médico, sob pena de prejudicá-la e prejudicar o recém-nascido 
(ADI 5.938, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 29-5- 2019, P, DJE de 23-9-2019).
123. Julgue o item sobre os direitos de nacionalidade. 
Brasileira nata, que se naturaliza americana, por livre e espontânea vontade, comete cri-
me nos Estados Unidos e foge para o Brasil. Nesse caso, ela não poderá ser extraditada. 
Errado.
Poderá ser extraditada porque perdeu a nacionalidade brasileira. 
Brasileira naturalizada americana. Acusação de homicídio no exterior. Fuga para o Brasil. 
Perda de nacionalidade originária em procedimento administrativo regular. Hipótese cons-
titucionalmente prevista. Não ocorrência de ilegalidade ou abuso de poder. (...) A CF, ao 
cuidar da perda da nacionalidade brasileira, estabelece duas hipóteses: (i) o cancelamento 
judicial da naturalização (art. 12, § 4º, I); e (ii) a aquisição de outra nacionalidade. Nes-
ta última hipótese, a nacionalidade brasileira só não será perdida em duas situações que 
constituem exceção à regra: (i) reconhecimento de outra nacionalidade originária (art. 12, § 
4º, II, a); e (ii) ter sido a outra nacionalidade imposta pelo Estado estrangeiro como condição 
de permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis (art. 12, § 4º, II, b). No 
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caso sob exame, a situação da impetrante não se subsume a qualquer das exceções consti-
tucionalmente previstas para a aquisição de outra nacionalidade, sem perda da nacionalida-
de brasileira (MS 33.864, rel. min. Roberto Barroso, j. 19-4-2016, 1ª T, DJE de 20-9-2016). 
124. Julgue o item sobre os direitos políticos.
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade reflexa ou relativa. 
Certo. 
A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a ine-
legibilidade prevista no § 7º do art. 14 da CF (Súmula Vinculante 18). 
125. Julgue o item segundo o entendimento do STF.
A vedação ao nepotismo na Administração Pública decorre diretamente da Constituição 
Federal e sua aplicação deve ser imediata e verticalizada. Viola os princípios da mora-
lidade, impessoalidade e isonomia diploma legal que excepciona da vedação ao nepo-
tismo os servidores que estivessem no exercício do cargo no momento de sua edição. 
Certo. 
A vedação ao nepotismo na Administração Pública decorre diretamente da Constituição 
Federal e sua aplicação deve ser imediata e verticalizada. Viola os princípios da moralida-
de, impessoalidade e isonomia diploma legal que excepciona da vedação ao nepotismo os 
servidores que estivessem no exercício do cargo no momento de sua edição (ADI 3.094, rel. 
min. Edson Fachin, j. 27-9-2019, P, DJE de 15-10-2019).
126. Julgue o item sobre os direitos políticos.
Não é constitucional legislação federal que estabeleça novas eleições para os cargos 
majoritários simples, isto é, Prefeitos de Municípios com menos de duzentos mil eleitores 
e Senadores da República, em casos de vacância por causas eleitorais. 
Errado.
O Plenário, por maioria, julgou improcedente ação direta ajuizada em face do § 3º do art. 
224 do Código Eleitoral e fixou tese nos seguintes termos: “É constitucional legislação 
federal que estabeleça novas eleições para os cargos majoritários simples – isto é, Prefei-
tos de Municípios com menos de duzentos mil eleitores e Senadores da República – em 
casos de vacância por causas eleitorais” (ADI 5.690, rel. min. Roberto Barroso, j. 8-3-2018, 
P, Informativo 893).
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=11685796
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=18.NUME. E S.FLSV.&base=baseSumulasVinculantes
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=751152275
http://www.stf.jus.br/portal/processo/listarProcesso.asp%22 /t %22_blank%22 /t %22_blank
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo893.htm
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127. Julgue o item sobre os direitos fundamentais.
O habeas corpus é meio processual destinado à proteção do direito de ir e vir ameaçado 
por ilegalidade ou abuso de poder. Daí a impropriedade desse instrumento processual 
para solver controvérsia cível. Ainda que se admita que a ação de improbidade adminis-
trativa tem natureza penal, não há como trancá-la em habeas corpus, porquanto as san-
ções previstas na Lei n. 8.429/1992 não consubstanciam risco à liberdade de locomoção. 
Certo. 
O habeas corpus é meio processual destinado à proteção do direito de ir e vir ameaça-
do por ilegalidade ou abuso de poder. Daí a impropriedade desse instrumento processual 
para solver controvérsia cível. Ainda que se admita que a ação de improbidade adminis-
trativa tem natureza penal, não há como trancá-la em habeas corpus, porquanto as san-
ções previstas na Lei 8.429/1992 não consubstanciam risco à liberdade de locomoção (HC 
100.244 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 24-11-2009, 2ª T, DJE de 19-2-2010).
128. Julgue o item sobre o direito de nacionalidade. 
Segundo a Constituição Federal, os cargos de oficial da PM e dos Bombeiros são priva-
tivos de brasileiros natos.
Errado.
Art. 12. (...)
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas;
VII – de Ministro de Estado da Defesa.
129. Julgue o item sobre a segurança pública. 
A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela 
União e estruturado em carreira, destina-se a apurar infrações penais contra a ordem 
política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas 
entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática 
tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo 
se dispuser em lei.
Certo.
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=608253
http://redir.stf.jus.br/paginador/paginador.jsp?docTP=AC&docID=608253
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Art. 144. (...)
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela 
União e estruturado em carreira, destina-se a: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, ser-
viços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim 
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija 
repressão uniforme, segundose dispuser em lei;
130. Julgue o item sobre a segurança pública. 
Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a 
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, 
inclusive as militares.
Errado.
Art. 144. (...)
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada 
a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, 
exceto as militares.
131. Julgue o item sobre a segurança pública. 
As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, a polícia civil, forças auxiliares e 
reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais 
estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
Errado.
Art. 144. (...)
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do 
Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e 
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
132. Julgue o item sobre a segurança pública. 
Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus 
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
Certo.
Art. 144. (...)
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus 
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
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133. Julgue o item sobre a segurança pública. 
Recentemente, a emenda n. 104/2019 criou a polícia penal municipal, ampliando o rol 
dos órgãos da segurança pública.
Errado.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exer-
cida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, 
através dos seguintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI – polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal nº 104, de 2019)
134. Julgue o item sobre a segurança pública. 
A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela 
União e estruturado em carreira, destina-se a prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entor-
pecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendá-
ria e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência.
Certo.
Art. 144. (...) 
§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela 
União e estruturado em carreira, destina-se a: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o 
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas 
áreas de competência;
135. Julgue o item sobre a segurança pública. 
A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e estru-
turado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias 
federais e estaduais. 
Errado.
Art. 144. (...) 
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§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e es-
truturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias 
federais. 
ESTATÍSTICA
JOSIMAR PADILHA
136. Considere a situação a seguir e julgue o item.
No primeiro semestre de 2020, 80% dos computadores da Polícia Federal da superinten-
dência de Brasília – DF foram ameaçados por vírus com o intuito de serem “hackeados”. 
Pode-se afirmar que a probabilidade de que, ao serem observados 10 computadores, 
pelo menos 9 deles tenham sido submetidos a uma tentativa de hacker é inferior a 35%. 
Considere: 0,89 = 0,13 e 0,810 = 0,11.
Errado.
Temos uma distribuição binomial. 
O item informa que no mínimo 9 computadores foram submetidos a um ataque. Então pode-
remos ter 9 ou 10 computadores que foram submetidos a uma tentativa de hacker.
P = 80% (submetidos a uma tentativa de hacker = SUCESSO)
Q = 20% (NÃO submetidos a uma tentativa de hacker = FRACASSO)
C(n,k)*(P k)*[Q(n-k)]
C(10,9)*0,8⁹*0,2¹ + C(10,10)*0,8¹⁰*0,2⁰
10*0,13*0,2 + 1*0,11*1 = 0,26 + 0,11
= 0,37 = 37%
137. Considerando a situação hipotética, julgue o item.
Uma amostra Y foi extraída de uma população Normal, em que temos {5, 6, 8, 4, 8, 7, 6, 
5, 4, 7}. Dessa forma, a amplitude do intervalo de confiança para a média populacional, 
ao nível de confiança de 95%, será superior a 2. Considere que a média de A seja igual 
a 6 e P (t = 2,262) = 0,025, com um grau de liberdade igual a 9. Para √2,22... = 1,49 e 
√10 = 3,17.
Certo.
INTERVALO DE CONFIANÇA = X +- t * S/RAIZ n
t = Student (usado quando n < 30)
S = Desvio Padrão da amostra
n = número da amostra
Média de Y = 6
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t = 2,262
1-0,95 = 0,05
0,05/2 = 0,025
GL = n-1 = 10-1 = 9
(Segundo o comando, temos que para T Student, o Grau de liberdade = 9 e Alfa = 0,025)
S = Raiz 2,22 = 1,49
n = 10
IC= 6 +- 2,262 * 1,49/RAIZ 10
IC= 6 +- 2,262 * 1,49/3,17
IC= 6 +- 2,262 * 0,470
IC= 6 +- 1,06314
IC= (4,93; 7,063)
138. Considerando hipoteticamente que uma Empresa Cibernética em Segurança de Redes 
tenha proposto um indicador R, que expressa os riscos de um ataque por vírus a um 
órgão do Governo Federal, em que R = 10 – 0,2A, pode-se afirmar que, nessa situação, 
a variância de R será superior a 5% da variância de A.
Errado.
R = 10 – 0,2. A 
S2R = 10 – (0,2)2. S2A (somar uma constante não altera a soma; mas, ao multiplicar uma 
constante, a nova variância fica multiplicada pelo quadrado da constante)
S2R = (0,2)2. S2A 
S2R = 0,04. S2A 
S2R = 4%. S2A 
139. Considere a situação.
Os sistemas de telefonia e internet do STJ ficaram fora do ar desde a semana passada, 
quando as sessões de julgamento das seis turmas foram interrompidas. A informação 
inicial era que houve um problema técnico. Os ministros e servidores não conseguiam 
acessar seus próprios arquivos e e-mails. Por precaução, o presidente da corte, ministro 
Humberto Martins, centralizou as demandas urgentes na presidência. Ele acionou a Po-
lícia Federal, que abriu inquérito para investigar a extensão do ataque e conta com ajuda 
do Comando de Defesa Cibernética do Exército. 
Um ministro da corte ouvido pela ConJur contou que o hacker não teve acesso aos ar-
quivos e processos que estão guardados em nuvem. Com isso, o hacker conseguiu blo-
quear e criptografar apenas os dados que estão guardados nos computadores. Informa-
ções preliminares indicam que o ataque foi localizado vindo de uma empresa particular 
estrangeira e estava sendo programado havia três meses. 
Revista Consultor Jurídico, 10 de novembro de 2020, 15h10.
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Para verificar a sensação de segurança nas redes de computadores, uma equipe da 
Polícia Federal realizou uma pesquisa, em que abordou vários servidores do STJ que 
trabalham no local e têm acesso aos computadores. Sabendo que o número de pessoas 
que aceitou responder à pesquisa segue uma distribuição binomial, julgue o item. 
Se o valor esperado dessa distribuição é 8 e sua variância é 1,6, então a probabilidade 
de um servidor do STJ aceitar responder à pesquisa é de 80%.
Certo.
Sabendo que o valor esperado (Me) de X e a variância (Var) de X são dadas, respectiva-
mente, por: Me= n. p e Var = n. p. (1-p). 
Me= n. p 
8 = n. p
Var = n. p. (1-p). 
1,6 = 8 . (1 – p) 
1- p = 1,6 /8
1- p = 0,2
p = 1- 0,2 
p = 0,8 = 80%
Considere a tabela a seguir e suas informações, que foram extraídas de um quadro de 
análise de variância, cujo objetivo é testar a hipótese da igualdade das médias da variável 
Y: Desempenho das atividades dos Policiais Federais. Para isso, foram

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