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Surgimento da filosofia

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1 
 
 
 
 
01 - (Ufpr) Quando soube daquele oráculo, pus-me a 
refletir assim: “Que quererá dizer o Deus? Que sentido 
oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho consciência de 
ser nem muito sábio nem pouco; que quererá ele então 
significar declarando-me o mais sábio? Naturalmente 
não está mentindo, porque isso lhe é impossível”. Por 
longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por 
fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma 
investigação, que passo a expor. 
(PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os 
Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.) 
 
O texto acima pode ser tomado como um exemplo 
para ilustrar o modo como se estabelece, entre os 
gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa 
passagem é caracterizada: 
a) pela transição de um tipo de conhecimento racional 
para um conhecimento centrado na fabulação. 
b) pela dedicação dos filósofos em resolver as 
incertezas por meio da razão. 
c) pela aceitação passiva do que era afirmado pela 
divindade. 
d) por um acento cada vez maior do valor conferido ao 
discurso de cunho religioso. 
e) pelo ateísmo radical dos pensadores gregos, sendo 
Sócrates, inclusive, condenado por isso. 
 
 
02 - (Uece) “Como se sabe, a palavra mythos raramente 
foi empregada por Heródoto (apenas duas vezes). 
Caracterizar um logos (narrativa) como mythos era 
para ele um meio claro de rejeitá-lo como duvidoso e 
inconvincente. [...] Situado em algum lugar além do 
que é visível, um mythos não pode ser provado.” 
HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Brasília, Editora da 
UnB, 2003, p. 37. 
 
Sobre a diferença entre mythos e logos acima sugerida, 
é INCORRETO afirmar que 
a) o problema do mythos era limitar-se ao que é visível 
e, por isso, não podia ser pensado. 
b) filosofia e história nasceram, na Grécia clássica, com 
base numa mesma reivindicação do logos contra o 
mythos. 
c) o mythos não poderia ser submetido à clarificação 
argumentativa e à prova — demonstração — 
discursiva. 
d) em contraposição ao mythos, o logos era um uso 
argumentativo da linguagem, capaz de criar as 
condições do convencimento. 
 
03 - (Upe) Observe o texto a seguir sobre a gênese do 
pensamento filosófico. 
 
Com a filosofia, novo critério de verdade se impunha: 
o critério da logicidade. Verdade é aquilo, que 
concorda com as leis do lógos (pensamento, razão). É a 
razão, que nos dá garantia da verdade, porque o real é 
racional. 
LARA, Tiago Adão. A Filosofia nas suas origens gregas, 1989, p. 54. 
 
Sobre a gênese do pensamento filosófico, está 
CORRETO afirmar que 
a) a evidência da verdade com o crivo da racionalidade 
tem resposta no mito. 
b) o critério da logicidade está presente na adesão à 
crença e ao mito. 
c) a gênese do pensar filosófico e a inspiração criadora 
de sentidos consistem na fantasia. 
d) a origem do pensamento filosófico surge entre os 
gregos, no século VI a.C., na busca por explicação do 
sobrenatural com a força do divino. 
e) o despertar da filosofia grega surge na verdade 
argumentada da razão com o critério da interpretação. 
 
 
04 - (Upe) Sobre a gênese da filosofia entre os gregos, 
observe o texto a seguir: 
 
Seja como termo, seja como conceito, a filosofia é 
considerada pela quase totalidade dos estudiosos 
como uma criação própria do gênio dos gregos. Quem 
não levar isso em conta não poderá compreender por 
que, sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental 
tomou uma direção completamente diferente da 
oriental. 
(ANTISERI, Dario e RELAE, Giovanni. História da Filosofia, 1990, p. 
11). 
www.professorferretto.com.br
ProfessorFerretto ProfessorFerretto
Surgimento da Filosofia – Passagem do Mito ao Logos 
 
2 
 
Sobre a gênese do pensamento filosófico entre os 
gregos, é CORRETO afirmar que 
a) a experiência concreta da racionalidade estava 
isenta da vida política na Pólis Grega. 
b) a prática político-democrática, atrelada ao enfoque 
irracional da vida em sociedade, foi o terreno fértil para 
a gênese do pensamento filosófico. 
c) sob o impulso dos gregos, a dimensão racional se 
impõe como critério de verdade. A filosofia é fruto 
desse projeto da razão. 
d) a filosofia é fruto do momento cultural em que a 
sensibilidade e a fantasia impõem-se sobre a razão. 
e) na gênese do pensamento filosófico grego, na 
civilização ocidental, a forma de sabedoria que se 
sobrepunha à ciência filosófica, eram as convicções 
religiosas fundamentadas na razão pura. 
 
 
05 - (Ueg) A cultura grega marca a origem da civilização 
ocidental e ainda hoje podemos observar sua 
influência nas ciências, nas artes, na política e na ética. 
Dentre os legados da cultura grega para o Ocidente, 
destaca-se a ideia de que 
a) a natureza opera obedecendo a leis e princípios 
necessários e universais que podem ser plenamente 
conhecidos pelo nosso pensamento. 
b) nosso pensamento também opera obedecendo a 
emoções e sentimentos alheios à razão, mas que nos 
ajudam a distinguir o verdadeiro do falso. 
c) as práticas humanas, a ação moral, política, as 
técnicas e as artes dependem do destino, o que negaria 
a existência de uma vontade livre. 
d) as ações humanas escapam ao controle da razão, 
uma vez que agimos obedecendo aos instintos como 
mostra hoje a psicanálise. 
 
 
06 - (Uema) Leia a fábula de La Fontaine, uma possível 
explicação para a expressão ― ”o amor é cego”. 
No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua 
chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é 
cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a 
Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. 
Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. 
Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do 
assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, 
impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe 
privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar 
por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis 
– a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, 
Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu 
filho não podia ficar cego. Depois de estudar 
detalhadamente o caso, a sentença do supremo 
tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir 
de guia ao Amor. 
Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores 
contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: 
Ediouro, 2007. 
 
A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para 
uma realidade humana. Esse tipo de explicação 
classifica-se como 
a) estética. 
b) filosófica. 
c) mitológica. 
d) científica. 
e) crítica. 
 
07 - (Ufsj) A construção de uma cosmologia que desse 
uma explicação racional e sistemática das 
características do universo, em substituição à 
cosmogonia, que tentava explicar a origem do universo 
baseada nos mitos, foi uma preocupação da Filosofia 
a) medieval. 
b) antiga. 
c) iluminista. 
d) contemporânea. 
 
08 - (Ueg) O ser humano, desde sua origem, em sua 
existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, 
recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de 
fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu 
comportamento teórico e prático. Entretanto, houve 
um momento em sua evolução histórico-social em que 
o ser humano começa a conferir um caráter filosófico 
às suas indagações e perplexidades, questionando 
racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse 
sentido, pode-se afirmar que a filosofia 
a) é algo inerente ao ser humano desde sua origem e 
que, por meio da elaboração dos sentimentos, das 
percepções e dos anseios humanos, procura consolidar 
nossas crenças e opiniões. 
b) existe desde que existe o ser humano, não havendo 
um local ou uma época específica para seu nascimento, 
o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade 
mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão. 
c) inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas 
e as certezas cotidianas que nos são impostos pela 
tradição e pela sociedade, visando educar o serhumano como cidadão. 
d) surge quando o ser humano começa a exigir provas 
e justificações racionais que validam ou invalidam suas 
crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da 
verdade revelada pela codificação mítica. 
 
09 - (Ueg) O surgimento da filosofia entre os gregos 
(Séc. VII a.C.) é marcado por um crescente processo de 
racionalização da vida na cidade, em que o ser humano 
abandona a verdade revelada pela codificação mítica e 
passa a exigir uma explicação racional para a 
3 
 
compreensão do mundo humano e do mundo natural. 
Dentre os legados da filosofia grega para o Ocidente, 
destaca-se: 
a) a concepção política expressa em A República, de 
Platão, segundo a qual os mais fortes devem governar 
sob um regime político oligárquico. 
b) a criação de instituições universitárias como a 
Academia, de Platão, e o Liceu, de Aristóteles. 
c) a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos 
como legado a recusa de uma fé inabalável na razão 
humana e a crença de que sempre devemos acreditar 
nos sentimentos. 
d) a recusa em apresentar explicações 
preestabelecidas mediante a exigência de que, para 
cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um 
fundamento racional. 
 
 
10 - (Enem) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar 
crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-
se desprezar as evidências empíricas. No entanto, 
depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem 
honesto pode ignorar que uma outra atitude 
intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com 
base em razões e evidências e questionar tudo o mais 
a fim de descobrir seu sentido último. 
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São 
Paulo: Odysseus, 2002. 
 
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a 
formação do pensamento Ocidental. No texto, é 
ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os 
autores que, em linhas gerais, refere-se à 
a) adoção da experiência do senso comum como 
critério de verdade. 
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento 
resultante de evidências empíricas. 
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a 
verdade. 
d) defesa de que a honestidade condiciona a 
possibilidade de se pensar a verdade. 
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada 
racionalmente. 
 
 
11 - (Unicentro) A passagem do Mito ao Logos na 
Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e 
processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de 
explicação do real conviveram sem que se traçasse um 
corte temporal mais preciso. Com base nessa 
afirmativa, é correto afirmar: 
a) O modo de vida fechado do povo grego facilitou a 
passagem do Mito ao Logos. 
b) A passagem do Mito ao Logos, na Grécia, foi 
responsabilidade dos tiranos de Siracusa. 
c) A economia grega estava baseada na 
industrialização, e isso facilitou a passagem do Mito ao 
Logos. 
d) O povo grego antigo, nas viagens, se encontrava com 
outros povos com as mesmas preocupações e culturas, 
o que contribuiu para a passagem do Mito ao Logos. 
e) A atividade comercial e as constantes viagens 
oportunizaram a troca de 
informações/conhecimentos, a 
observação/assimilação dos modos de vida de outros 
povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a 
construção da passagem do Mito ao Logos. 
 
 
12 - (Unioeste) “É no plano político que a Razão, na 
Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e 
formou-se. A experiência social pode tornar-se entre os 
gregos o objeto de uma reflexão positiva, porque se 
prestava, na cidade, a um debate público de 
argumentos. O declínio do mito data do dia em que os 
primeiros Sábios puseram em discussão a ordem 
humana, procuraram defini-la em si mesma, traduzi-la 
em fórmulas acessíveis a sua inteligência, aplicar-lhe a 
norma do número e da medida. Assim se destacou e se 
definiu um pensamento propriamente político, 
exterior a religião, com seu vocabulário, seus 
conceitos, seus princípios, suas vistas teóricas. Este 
pensamento marcou profundamente a mentalidade do 
homem antigo; caracteriza uma civilização que não 
deixou, enquanto permaneceu viva, de considerar a 
vida pública como o coroamento da atividade 
humana”. 
 
Considerando a citação acima, extraída do livro As 
origens do pensamento grego, de Jean Pierre Vernant, 
e os conhecimentos da relação entre mito e filosofia, é 
incorreto afirmar que 
a) os filósofos gregos ocupavam-se das matemáticas e 
delas se serviam para constituir um ideal de 
pensamento que deveria orientar a vida pública do 
homem grego. 
b) a discussão racional dos Sábios que traduziu a ordem 
humana em fórmulas acessíveis a inteligência causou o 
abandono do mito e, com ele, o fim da religião e a 
decorrente exclusividade do pensamento racional na 
Grécia. 
c) a atividade humana grega, desde a invenção da 
política, encontrava seu sentido principalmente na vida 
pública, na qual o debate de argumentos era orientado 
por princípios racionais, conceitos e vocabulário 
próprios. 
d) a política, por valorizar o debate publico de 
argumentos que todos os cidadãos podem 
compreender e discutir, comunicar e transmitir, se 
distancia dos discursos compreensíveis apenas pelos 
4 
 
iniciados em mistérios sagrados e contribui para a 
constituição do pensamento filosófico orientado pela 
Razão. 
e) ainda que o pensamento filosófico prime pela 
racionalidade, alguns filósofos, mesmo após o declínio 
do pensamento mitológico, recorreram a narrativas 
mitológicas para expressar suas ideias; exemplo disso 
e o “Mito de Er” utilizado por Platão para encerrar sua 
principal obra, A República. 
 
13 - (Unb) No início do século XX, estudiosos 
esforçaram-se em mostrar a continuidade, na Grécia 
Antiga, entre mito e filosofia, opondo-se a teses 
anteriores, que advogavam a descontinuidade entre 
ambos. 
A continuidade entre mito e filosofia, no entanto, não 
foi entendida univocamente. Alguns estudiosos, como 
Cornford e Jaeger, consideraram que as perguntas 
acerca da origem do mundo e das coisas haviam sido 
respondidas pelos mitos e pela filosofia nascente, dado 
que os primeiros filósofos haviam suprimido os 
aspectos antropomórficos e fantásticos dos mitos. 
Ainda no século XX, Vernant, mesmo aceitando certa 
continuidade entre mito e filosofia, criticou seus 
predecessores, ao rejeitar a ideia de que a filosofia 
apenas afirmava, de outra maneira, o mesmo que o 
mito. Assim, a discussão sobre a especificidade da 
filosofia em relação ao mito foi retomada. 
 
Considerando o breve histórico acima, concernente à 
relação entre o mito e a filosofia nascente, assinale a 
opção que expressa, de forma mais adequada, essa 
relação na Grécia Antiga. 
a) O mito é a expressão mais acabada da religiosidade 
arcaica, e a filosofia corresponde ao advento da razão 
liberada da religiosidade. 
b) O mito é uma narrativa em que a origem do mundo 
é apresentada imaginativamente, e a filosofia 
caracteriza-se como explicação racional que retoma 
questões presentes no mito. 
c) O mito fundamenta-se no rito, é infantil, pré-lógico 
e irracional, e a filosofia, também fundamentada no 
rito, corresponde ao surgimento da razão na Grécia 
Antiga. 
d) O mito descreve nascimentos sucessivos, incluída a 
origem do ser, e a filosofia descreve a origem do ser a 
partir do dilema insuperável entre caos e medida. 
 
14 - (Unioeste) "Advento da Polis, nascimento da 
filosofia: entre as duas ordens de fenômenos os 
vínculos são 
demasiado estreitos para que o pensamento racional 
não apareça, em suas origens, solidário das estruturas 
sociais e mentais próprias da cidade grega. Assim 
recolocada na história, a filosofia despoja-se desse 
caráter de revelação absoluta que às vezes lhe foi 
atribuído, saudando, na jovem ciência dos jônios, a 
razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo. A 
escola de Mileto não viu nascer a Razão; ela construiu 
uma razão, uma primeira forma de racionalidade". 
Jean Pierre Vernant. 
 
Sobre a Filosofia seguem as seguintes afirmações: 
 
I.Ela foi revelada pela deusa Razão a Tales de Mileto 
quando este afirmou que o princípio de tudo é a água. 
II. Ela foi inventada pelos gregos e decorre do advento 
da Polis, a cidade organizada por leis e instituições que, 
por meio delas, eliminou todo tipo de disputa. 
III. Ela rejeita o sobrenatural, a interferência de agentes 
divinos na explicação dos fenômenos; problematiza, 
discute e põe em questão até mesmo as teorias 
racionais elaboradas com rigor filosófico. 
IV. Surgiu no século VI a.C. nas colônias gregas da 
Magna Grécia e da Jônia, apenas no século seguinte 
deslocou-se para Atenas. 
V. Ocupa-se com os princípios, as causas e condições 
do conhecimento que pretenda ser racional e 
verdadeiro; põe em questão e problematiza valores 
morais, políticos, religiosos, artísticos e culturais. 
 
Das afirmações feitas acima 
a) I, III e V são corretas. 
b) I e II são incorretas. 
c) II, IV e V são corretas. 
d) todas são corretas. 
e) todas são incorretas. 
 
15 - (Unimontes) A passagem da mentalidade mítica 
para o pensamento racional e filosófico foi gestada por 
fatores considerados relevantes para a construção de 
uma nova mentalidade. Algumas novidades do período 
arcaico ajudaram a transformar a visão que o mito 
oferecia sobre o mundo e a existência humana. Nesse 
aspecto, são todos fatores relevantes: 
a) a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e a 
imprensa. 
b) a invenção da escrita e do telefone, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
c) a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
d) a invenção da escrita e da religião, a lei escrita e o 
nascimento da pólis. 
 
 
16 - (Unimontes) No mundo grego, podemos encontrar 
uma série de relatos mitológicos sobre diversos 
aspectos da vida humana, da natureza, dos deuses e do 
universo. Dois tipos de relatos merecem destaque: as 
cosmogonias e teogonias. Os relatos citados tratam da 
5 
 
a) origem dos homens e das plantas. 
b) origem do cosmo e dos deuses. 
c) origem dos deuses e dos homens. 
d) origem do cosmo e das plantas. 
 
17 - (Ifsp) Comparando-se mito e filosofia, é correto 
afirmar o seguinte: 
a) A autoridade do mito depende da confiança 
inspirada pelo narrador, ao passo que a autoridade da 
filosofia repousa na razão humana, sendo 
independente da pessoa do filósofo. 
b) Tanto o mito quanto a filosofia se ocupam da 
explicação de realidades passadas a partir da interação 
entre forças naturais personalizadas, criando um 
discurso que se aproxima do da história e se opõe ao 
da ciência. 
c) Enquanto a função do mito é fornecer uma 
explicação parcial da realidade, limitando-se ao 
universo da cultura grega, a filosofia tem um caráter 
universal, buscando respostas para as inquietações de 
todos os homens. 
d) Mito e filosofia dedicam-se à busca pelas verdades 
absolutas e são, em essência, faces distintas do mesmo 
processo de conhecimento que culminou com o 
desenvolvimento do pensamento científico. 
e) A filosofia é a negação do mito, pois não aceita 
contradições ou fabulações, admitindo apenas 
explicações que possam ser comprovadas pela 
observação direta ou pela experiência. 
 
18 – (Ueap) A filosofia surge na Grécia por volta do 
século VI a.C. Mudanças sociais, políticas e econômicas 
favoreceram o seu surgimento. Dentre estas 
mudanças, pode-se mencionar: 
a) A estruturação do mundo rural, desenvolvimento do 
sistema escravagista e o estabelecimento de uma 
aristocracia proprietária de terras. 
b) A expansão da economia local fundada no 
desenvolvimento do artesanato, o fortalecimento dos 
“demos” e da organização familiar patriarcal. 
c) As disputas entre Atenas e Esparta, o 
desenvolvimento de Mecenas e do comércio jônico. 
d) O uso da escrita alfabética, as viagens marítimas e a 
evolução do comércio e do artesanato. 
e) O predomínio do pensamento mítico. 
 
19 - (Unioeste) Pode-se afirmar que a Filosofia é filha 
da cidade-estado grega (pólis). A pólis grega surgiu 
entre os séculos VIII e VII a.C., e os primeiros filósofos 
surgiram por volta do século VI a.C. nas colônias gregas. 
O texto abaixo indica algumas das características da 
pólis que propiciaram o surgimento da Filosofia: 
 
“A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a 
palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, 
portanto, comum a todos, mas a palavra humana do 
conflito, da discussão, da argumentação. A expressão 
da individualidade por meio do debate engendra a 
política, libertando o homem dos exclusivos desígnios 
divinos, para ele próprio tecer o seu destino na praça 
pública. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser 
objeto de discussão; a instauração dessa ordem 
humana dá origem ao cidadão da pólis, figura 
inexistente no mundo coletivista da comunidade 
tribal.” 
(M. L. A. Aranha; M. H. P. Martins) 
Considerando o texto acima, é incorreto afirmar que 
a) para a Filosofia, os critérios de argumentação e de 
explicação são os princípios e regras da razão que 
devem ser aplicados nas discussões públicas por meio 
da linguagem. 
b) a verdade não deve ser imposta como um decreto 
divino, mas discutida, criticada e demonstrada pelos 
cidadãos. 
c) o surgimento da Filosofia na Grécia ocorreu de forma 
inesperada, isolada e excepcional, sem relação com seu 
momento histórico: foi o chamado “milagre grego”. 
d) a liberdade e a autonomia política do cidadão estão 
estreitamente ligadas à sua autonomia de 
pensamento. 
e) o mito e o sagrado, na explicação do homem e do 
mundo, contrapõem-se aos argumentos e 
demonstrações filosóficos. 
 
20 - (Uel) Sobre a passagem do mito à filosofia, na 
Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir. 
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus 
componentes, já contêm características essenciais da 
compreensão de mundo grega que, posteriormente, se 
revelaram importantes para o surgimento da filosofia. 
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da 
filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, 
na medida em que nem homens nem deuses são 
compreendidos como perfeitos. 
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os 
entende movidos por sentimentos similares aos dos 
homens, contribuiu para o processo de racionalização 
da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do 
pensamento filosófico e científico. 
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento 
filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram 
da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta 
desvinculada de, qualquer base religiosa. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) II e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) I, III e IV. 
6 
 
Gabarito: 
 
Questão 1: B 
 
Na Grécia clássica, o processo conhecido como a 
passagem do mito ao logos, que dá origem ao 
pensamento filosófico ocidental, é marcado pela 
mudança na perspectiva de entendimento da 
realidade. A partir de então, tal como identificado no 
texto da questão, os filósofos passam a buscar o 
entendimento a partir da investigação fundamentada 
no pensamento racional. Assim, a alternativa [B] deve 
ser identificada como correta. Cuidado com a 
afirmação da alternativa E, pois os filósofos gregos não 
podem ser considerados ateus. 
 
Questão 2: A 
 
A única alternativa que apresenta uma afirmação 
incorreta é a letra [A], haja vista que o mythos pode ser 
pensado na medida em que é uma forma de interpretar 
e explicar a realidade, na tentativa de compreendê-la. 
O mythos, entretanto, é uma narrativa que não se 
submete à prova, muitas vezes se fundamentando na 
autoridade de quem narra ou nas tradições de 
determinado grupo social. Além disso, o texto nos diz 
que o mythos se situa além do que é visível, de modo 
que a alternativa A também erra ao afirmar que o 
mythos se limita ao visível. 
 
Questão 3: E 
 
Como apontado pelo texto, o pensamento filosófico, 
originado na Grécia Antiga, encontra suas raízes na 
mudança de perspectiva da interpretação da realidadee dos fenômenos do mundo sensível, que passa da 
fabulação mítica para o pensamento racional. Nesse 
sentido, a realidade passa a ser identificada como 
razão, sendo a racionalidade a forma necessária para 
entendê-la e expressá-la. Embora já houvesse 
racionalidade no mito, ela não era o critério de 
validade das narrativas míticas. Somente com a 
Filosofia, a razão passa a ser o critério de validade do 
conhecimento. 
 
Questão 4: C 
 
Como apontado pela alternativa [C], o processo que 
envolveu o desenvolvimento da filosofia entre os 
gregos envolveu a mudança do critério de verdade 
mítico, baseado na fé e na autoridade narrativa, para o 
critério da razão, fundamento da prática filosófica 
iniciada a partir de então. 
 
Questão 5: A 
 
A forma proposta pelos gregos para compreender o 
universo, não foi algo que surgiu espontaneamente, ela 
foi impulsionada por fatores como: as navegações, o 
desenvolvimento da moeda, da escrita, a invenção do 
calendário e principalmente o surgimento da “polis” 
(cidade). Estes fatores possibilitaram a estes primeiros 
pensadores, concentrar suas reflexões sobre a “phisys” 
(natureza) a fim de encontrar o “arché” (princípio) por 
meio de um “logos” (discurso) que pudesse 
compreender racionalmente o “cosmos” (universo). 
A busca por explicações mais gerais, que conseguissem 
dar respostas mais duradouras e definitivas acerca 
realidade (mundo, natureza e ser humano) mostrou 
que poderia ser apreendida pelo pensamento. Desta 
forma a compreensão da natureza e de sua 
constituição permitiu o entendimento racional de leis 
pelas quais a natureza opera, sendo assim 
perfeitamente possíveis de serem compreendias e 
expressas de forma racional por meio de nosso 
pensamento. 
 
Questão 6: C 
 
A fábula de La Fontaine se classifica como uma 
narrativa mitológica, pois estrutura-se por meio da 
mistura de elementos fantásticos e de elementos que 
compõe a realidade; tem o objetivo de narrar a origem 
dos acontecimentos de tempos imemoriais; cria suas 
narrativas por meio de genealogias; e busca possibilitar 
aos ouvintes o entendimento de questões complexas. 
A narrativa mitológica não se preocupava com a 
questão da coerência entre a realidade e a fantasia, seu 
objetivo era descrever através da narrativa uma 
explicação sobre as origens das questões que 
compõem a realidade humana, por meio da descrição 
de acontecimentos de tempos antigos, baseada não na 
razão, mas na autoridade de quem serve como 
interprete entre o mundo divino e o mundo natural. 
Essa narrativa era desprovida de caráter crítico ou 
científico. Embora represente a primeira tentativa de 
explicação da realidade, não se configurava ainda 
como um discurso filosófico. 
 
Questão 7: B 
 
A filosofia nasce, historicamente, em um período da 
Grécia antiga no qual se modificava a maneira com que 
os homens se relacionavam. Essa mudança, 
caracterizada pela racionalização da vida na Polis 
grega, levou à formulação de uma nova forma de 
explicação do mundo, baseada na razão. Assim, é a 
Filosofia Antiga que traz a novidade da cosmologia 
(explicação racional do universo) em oposição à 
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cosmogonia, característica das narrativas mitológicas 
sobre a geração do universo. 
 
Questão 8: D 
 
A filosofia nasce, historicamente, em um período da 
Grécia antiga no qual se modificava a maneira com que 
os homens se relacionavam. Essa mudança, 
caracterizada pela racionalização da vida na Polis 
grega, levou à formulação de uma nova forma de 
explicação do mundo, baseada na razão. Assim, a 
Filosofia nasce na Grécia Antiga, superando a 
explicação fantástica e sobrenatural das narrativas 
mitológicas. 
 
Questão 9: D 
 
A exigência de racionalidade, para explicar o mundo e 
fundamentar a ação e o discurso, é a novidade trazida 
pela Filosofia ne Grécia Antiga. A razão torna-se o 
critério de validade das ações humanas, superando a 
tradição expressa pelas narrativas mitológicas. 
 
Questão 10: E 
 
Depois de Platão e Aristóteles devemos compreender 
que a simples aceitação de uma crença qualquer é uma 
escolha, é um procedimento arbitrário e não mais uma 
posição mística agraciada por deus ou deuses 
misteriosos. 
Assim, a razão passa a ser o critério de justificativa da 
verdade. Essa postura racional diante da realidade é o 
legado deixado pelos filósofos gregos ao pensamento 
oriental, dentre os quais Platão e Aristóteles foram os 
mais destacados. 
 
Questão 11: E 
 
A mudança a respeito do pensamento cosmológico na 
Grécia Antiga é acompanhada por profundas 
transformações na estrutura social, econômica e 
política da região no período. Não se pode separar a 
relação da filosofia com a estrutura social grega. A 
racionalização da vida social observada na Polis e o 
contato dos comerciantes gregos com outras culturas 
merecem destaque nas transformações que levaram à 
passagem gradual do mito ao Logos. A única alternativa 
que trata de maneira satisfatória dessas 
transformações é a alternativa E. 
 
Questão 12: B 
 
O nascimento da filosofia não significou o abandono 
absoluto dos mitos, que continuaram presentes tanto 
na cultura grega quanto em obras filosóficas, como 
recursos de argumentação, como bem apresenta a 
alternativa E. Assim, a única alternativa incorreta é a 
alternativa B. 
 
Questão 13: B 
 
A alternativa B é a mais correta. O mito pode ser 
caracterizado pela sua narrativa fantástica e que serve 
de modelo explicativo sobre a origem das coisas e do 
porquê de elas serem como são. A filosofia, em 
contrapartida, ainda que faça indagações similares a 
essas, rejeita as explicações fantásticas, considerando 
a razão como critério de veracidade de suas análises e 
explicações. 
 
Questão 14: B 
 
Somente as afirmações I e II são incorretas sobre o 
surgimento da filosofia. A filosofia se inicia mediante a 
rejeição racional das explicações míticas e religiosas a 
respeito do mundo. Nesse sentido, não se pode dizer 
que a razão seja deusa, mas somente um instrumento 
de interpretação da realidade. Na Grécia, essa forma 
de conhecimento surge devido a uma série de 
transformações na sociedade, em um período em que 
as disputas políticas se tornaram mais constantes com 
o advento da democracia. 
 
Questão 15: C 
 
Questão fácil e que exige somente um pouco de 
contextualização histórica. A alternativa A é errada 
porque o surgimento da imprensa se deu somente na 
Idade Moderna. O telefone é uma invenção do século 
XIX, o que exclui a alternativa B. Dentre as alternativas 
restantes, podemos afirmar que somente a C é correta. 
O Período Arcaico da Grécia Antiga é caracterizado, 
entre outras coisas, pelo nascimento da polis, pelo 
surgimento de um novo sistema de escrita, pelo 
desenvolvimento do comércio e da moeda e pelo 
trabalho dos chamados legisladores, homens que 
criaram leis escritas para as cidades-estado do período. 
Quanto à religião, esta já era presente antes mesmo 
deste período histórico. Portanto, somente a 
alternativa C é correta. 
 
Questão 16: B 
 
Gonia tem origem em duas palavras gregas: gennao 
(engendrar, gerar) e genos (nascimento, gênese, 
descendência, gênero, espécie). Sendo assim, 
cosmogonia corresponde à narrativa de geração ou 
origem do cosmo (mundo, universo). Por outro lado, 
theos significa deuses, coisas divinas. Portanto, 
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teogonia corresponde à narrativa de origem dos 
deuses e das coisas divinas. 
 
Questão 17: A 
 
O mito é a narrativa sobre a origem dos fenômenos, 
plantas, animais, astros e, sobretudo, sobre a origem 
do mundo, dos deuses e do próprio povo e se baseia na 
autoridade de quem narra. A filosofia tenta propor 
uma explicação racional para os mesmos fenômenos e, 
portanto, sua autoridade não está em quem narra e 
sim na lógica de sua argumentação. Enquanto o mito 
explica coisas que aconteceram num passado 
longínquo, a filosofia se preocupa com a totalidade do 
tempo, isto é, propõe uma explicação de como as 
coisas são, seja no passado, no presente ou no futuro. 
O mito explica a origem das coisaspor meio de lutas, 
rivalidades, alianças e relações de parentesco. A 
filosofia, em contraste, explica os mesmos fenômenos 
por meio da razão. Por fim, há nos mitos contradições 
ou aspectos incompreensíveis, mas que são 
mascarados pela autoridade de quem narra. Já a 
filosofia não admite obscuridade e se funda na lógica e 
na razão, que está presente em todos, 
independentemente de quem fala. Dessa maneira, 
somente a alternativa A está correta. 
 
Questão 18: D 
 
O nascimento da filosofia é contemporâneo a 
transformações na estrutura social grega. As principais 
estão expressas na alternativa D. 
 
Questão 19: C 
 
A relação da Filosofia grega com o mito e a polis está 
bem explicada em todas as alternativas, com exceção 
da C. O surgimento da filosofia se dá mediante uma 
série de transformações sociopolíticas, econômicas e 
culturais na Grécia e, por isso, não pode ser 
considerado desvinculado dessas transformações. 
Mesmo os autores que defendem o “milagre grego” 
levam em conta o contexto histórico. Desse modo, a 
palavra “milagre” se refere ao fato de os gregos terem 
desenvolvido a Filosofia, enquanto outros povos, que 
passaram por transformações semelhantes, não o 
fizeram. 
 
Questão 20: D 
 
Somente a afirmativa IV é falsa. A filosofia nascente na 
Grécia incorporou muito da cosmologia mitológica, 
tanto em relação à forma de interpretar o mundo, 
quanto na própria construção dos problemas 
filosóficos. Desta forma, não houve uma superação 
completa dos mitos, mas a constituição de um novo 
campo de conhecimento: a filosofia. As narrativas 
mitológicas já continham a racionalidade, mas a razão 
ainda não era o critério de validade da verdade, 
passando a ser esse critério com o advento da filosofia. 
Além disso, embora a sabedoria oriental tenha 
influenciado a criação da filosofia, não podemos dizer 
que tenha sido a assimilação dessa sabedoria que levou 
ao advento da filosofia, mas sim que o contato com 
culturas diferentes possibilitou o questionamento da 
própria cultura grega, baseada no mito. 
 
 
 
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