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Bruna Oliveira – 144 
 
• Epidemia de desnutrição. 
• Desequilíbrio entre suprimento de energia e 
nutrientes X demanda do organismo. 
• Adaptação para sobrevivência: redução da 
taxa metabólica e emagrecimento. 
• Peso adequado -> emagrecido -> perda de 
crescimento -> Emagrecido com parada de 
crescimento. 
• Condições socioeconômicas: 
✓ Pobreza crônica; 
✓ Moradia inadequada; 
✓ Déficit de água e saneamento – teoria 
de Wash: intestino habitado por muitos 
microrganismos que competem pelos 
nutrientes. 
• Fatores de risco: 
✓ Ausência de AME; 
✓ Introdução inadequada da alimentação 
complementar; 
✓ Desnutrição materna; 
✓ Condições precárias de moradia, 
saneamento e higiene; 
✓ Acesso limitado a água potável; 
✓ Cuidados inapropriadas de saúde; 
✓ Renda familiar insuficiente; 
✓ Dificuldade de acesso aos serviços de 
Saúde; 
✓ Vínculo mãe e filho como protetor 
nutricional e psicológico, e que promove 
vigilância. 
Classificação 
• Etiologia: 
✓ Primária: ingestão insuficiente; 
✓ Secundária: dificuldade de absorção ou 
aumento de perdas (Ex. Doença celíaca 
ou outras disfunções do TGI) 
• Tempo: 
✓ Aguda: mais grave e de maior 
mortalidade. 
✓ Crônica 
• Gravidade 
✓ Leve 
✓ Moderada 
✓ Grave 
Diagnóstico 
• 2 de Desvios Padrões (DP) abaixo da mediana: 
desnutrição 
• 3 DP abaixo da mediana: desnutrição grave 
• Fatores avaliados 
✓ Peso 
✓ Altura (marcador fundamental) 
✓ IMC 
• Exame físico: 
✓ Edema (desnutrição grave) 
✓ Perda de massa muscular 
✓ Lesões de pele 
o Hipovitaminose; 
o Cabelo é um ótimo indicador, 
pois é uma das primeiras coisas 
que reflete a desnutrição. 
• É fundamental relacionar o comportamento da 
curva e o peso altura e IMC pois dados isolados 
podem sugerir conclusões erradas 
• RCUI: criança nasce pequena e pode permanecer 
pequena, mas proporcionada. 
• Perda de estatura não recupera 
• Desnutrição muito precoce pode provocar um 
fenótipo poupador que é uma programação 
metabólica que predispõe a obesidade pois 
aumenta a adipogênese. 
• Circunferência média do braço é um demais se 
reflete a perda de massa magra na infância 
(na vida adulta é na perna) tem alta 
sensibilidade para desnutrição ele faz 
realização e o parâmetro é 11,5 cm. 
Desnutrição grave 
• Alta mortalidade de 10 a 30% 
• Circunferência do braço menor que 11, 5cm. 
• Edema nutricional bilateral. 
• Infecções frequentemente são a causa do 
internamento: 
✓ Diarréia; 
✓ Pneumonia; 
✓ Infecções sistêmicas (Staphylococcus, 
Streptococcus, Salmonella, Klebsiella e E. 
coli). 
Fisiopatogenia 
• Alterações de fosfato podem causar arritmia 
pois falta fosfato na bomba. 
• Microbiota disbiótica inflamada e alteração na 
cepa favorece manutenção de infecções 
crônicas (compete pelos nutrientes). 
• Febre pode não se manifestar nos desnutridos 
graves (subestima infecções). 
• Infecção da pele pode não ter pus. 
• Bactérias intestinais normalmente não 
ofensivas podem se tornar patogênicas e 
translocar, podendo levar a quadros sépticos. 
• BCG normalmente cursa com PPD positivo 
alguns meses após a vacina mas em 
desnutridas e se depender ficar negativo pois 
não reage como deveria. 
• Vitamina A é um sinalizador das funções de TH1 
• A resposta vacinal é diminuída, mas não é 
contra indicada. Rotavírus. 
• Países onde o estado nutricional é pior tem uma 
menor eficácia das vacinas.. 
• Alta taxa Turn over celular se relaciona com 
atrofia da mucosa e as dissacarídades ficam 
justamente nas vilosidades intestinais, 
causando uma intolerancia à lactose secundária 
(reversível), isso aumenta diarreia e diminui a 
área de absorção e também pode chegar a 
ficar intolerante é monossacarídeos. 
• Perfil metabólico mitocondrial interfere-se vai 
desenvolver Kwasshakor ou marasmo. 
• Marasmo: 
✓ AG reaproveitados no fígado; 
✓ Desnutrição grave sem edema; 
✓ Sempre comeu pouco; 
✓ Maior perda de massa magra; 
✓ Adaptação e mais tempo de privação 
(controverso); 
DESNUTRIÇÃO PROTEICO CALÓRICA NA INFÂNCIA 
Bruna Oliveira – 144 
✓ Vinícius diminuição da insulina diminui o 
apetite; 
• Kwasshakor 
✓ Edema se relaciona com a diminuição de 
albumina mas também com os 
estresse oxidativo que causa uma 
transudação vascular que leva ao 
edema. 
✓ Doença do primeiro filho quando o 
segundo nasce; 
✓ Menor adaptação - maior mortalidade. 
✓ Acúmulo de ácidos graxos no fígado 
esteatose e maior perda de gordura 
nas fezes; 
✓ Diarreia + edema; 
✓ Lesões de pele; 
✓ Inadequação dos parâmetros 
antropométricos. 
Condutas 
• Antibiótico mesmo sem infecção em ambiente 
hospitalar pois está imunossuprimido. 
• Suporte nutricional: 
✓ F75 - pouca proteína e gordura pois a 
criança não tolera e tem baixa a 
superfície de absorção e muito 
carboidrato simples 
✓ F100- quando a criança já está 
estabilizada sem infecções ou 
distúrbios hidroeletrolíticos controlados 
etc. Tem muita proteína e pouca caloria 
pois muita caloria aumenta o risco de 
síndrome da realimentação. 
✓ Transição para dieta pronta para uso. 
✓ Aumento de calorias apenas após 
estabilização – 100 a 135 cal/kg/dia 
✓ Vitamina A e micronutrientes 
o Reduz mortalidade 
o Dose baixa de 5000UI durante 
internação (F75 ou nos 
alimentos prontos formulados 
pela OMS) 
o Altas doses (100.000 a 
200.000UI) apenas na ausência 
de Vit. A na dieta ou na 
presença de alterações 
oculares 
o zinco (age na recuperação das 
Barreiras mucosas) – iniciar 
precocemente nas com e sem 
diarreia (exceto no uso de dieta 
terapêutica padrão). 
Síndrome da realimentação 
• Desnutrido grave que vai a óbito por distúrbio 
hidroeletroliticos, que geram arritmias. 
• Fósforo, magnésio e potássio. 
• Restabelecimento da dieta tem que ocorrer 
com vigilância intensa dos eletrólitos. 
• Muito sódio (apesar de baixo sódio serico). 
• Reidratação deve ser mais lenta. 
• Tratamento da acidose. 
 
Rotina de Manejo 
 
1. Hipoglicemia 
2. Hipotermina 
3. Desidratação 
4. Distúrbios hidroeletroliticos 
5. Infecção 
6. Deficiência de micronutrientes 
7. Iniciar dieta terapêutica até estabilização 
8. Catch up- growth (> -2dp) – receber alta quando 
aumenta 2dp não e consenso 
9. Promover suporte afetivo e estimulação 
10. Encaminhamento pós alta 
 
Conclusões 
• Diagnósticar a desnutrição ao internar 
• Utilizar o protocolo de desnutrição 
• Suporte nutricional precoce 
• Uso de ATB de largo espectro mesmo sem sinais 
de infecção (situação de exceção). 
Referência: Aula de Margarida Antunes 2020.1

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