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Ferramentas de Triagem Nutricional: 
Roteiro: triagem nutricional, avaliação nutricional, procedimento diagnóstico (estabelece o diagnóstico), planos de 
cuidado (orientação e prescrição nutricional), documentação ou registro. 
Desnutrição: Antes era um diagnóstico tardio, quando o paciente já estava com desnutrição proteico-calórica grave, 
perda de massa magra, perda da bola gordurosa de bichat e outros. 
Triagem Nutricional: Processo capaz de identificar um paciente como desnutrido, ou em risco de desnutrição, a fim 
de determinar se é necessário uma avaliação nutricional detalhada. Deve ser realizado em todos pacientes do hospital, 
para aqueles pacientes que irão para a UTI deve ser feito em 24h, para demais pacientes em até 72h. É uma ferramenta 
barata, de rápido uso e fácil. Pacientes que possuem risco nutricional devem ser enviados para uma avaliação 
nutricional completa. O objetivo é que o problema do paciente seja solucionado e todas informações devem ser 
anexadas no prontuário do paciente, para toda equipe conseguir ter acesso. Quanto maior o número de dias de 
internação no hospital, maior será o risco de desnutrição. 
Objetivos da triagem: Problemas fisiológicos, complicações, falhas no tratamento, mortalidade, tempo de 
permanência hospitalar, custos de assistência médica. O paciente que tiver desnutrição terá uma piora em seu quadro 
de saúde e internação. Pacientes com risco nutricional ou desnutrição apresentam: maiores taxas de infecção, maior 
tempo de internação e mortalidade. Em 2005 o Ministério de Saúde do Brasil determinou a importância de 
rastreamento do processo de desnutrição e tornou obrigatória a implantação de protocolos de triagem e avaliação 
nutricional nos hospitais do SUS. 
Ferramentas de Triagem Nutricional: ASG é a mais completa por ter avaliação física, porém é mais difícil e acaba 
sendo complicado seu uso. A MAN é apenas para idosos. 
Polimedicamentos: é o uso de vários medicamentos por idosos e pode acarretar em um quadro de desnutrição. 
- Se a triagem nutricional for positiva, não é necessário fazer o resto do questionamento do MNA. 
Registro de Evolução em Prontuário: 
Prontuário – definição: documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, 
geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de 
caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multidisciplinar e a 
continuidade da assistência prestada ao indivíduo. Apenas o responsável legal pelo paciente tem possibilidade de 
olhar o prontuário do paciente, sendo esse não uma pessoa da equipe hospitalar. 
Atividades desenvolvidas pelo Nutricionista: triagem nutricional, classificação do nível de atendimento nutricional 
(conforme grau de complexidade e ações do nutricionista), ações de atenção nutricional, história alimentar e 
nutricional (anamnese), avaliação do estado nutricional, acompanhamento, orientação da alta, registro do prontuário 
(competência do nutricionista). 
De acordo com RESOLUÇÃO CFN N° 594 (2017): Prontuário do paciente deve ser preenchido de forma impessoal, 
clara, sucinta, informativa, precisa e completa, sem termos populares, ou informações informais. Uso de linguagem 
técnica. As informações dadas pelo paciente devem estar transcritas entre aspas ou seguidas pela sigla SIC (Segundo 
Informações Coletadas). 
Método SOAP: S – subjetivo; O – objetivo; A – análise/avaliação; P – plano de tratamento. 
SOC – Subjetivo, objetivo, conduta. 
SOP – Subjetivo, objetivo, plano de tratamento. 
Subjetivo: queixas e informações fornecidas pelo paciente ou acompanhante (o que se sente, se observa, acredita, 
suas reações, alterações no apetite, sintomas referidos, alteração no consumo alimentar); Objetivo: exame físico e 
achados de exames complementares; Avaliação: Conclusões sobre a situação do paciente, pensamentos relativos e a 
resposta ao tratamento; Planos: exames a serem solicitados (e razão para sua solicitação), planejamento terapêutico, 
informações e orientações ao paciente. 
Dietas Hospitalares: 
Dietoterapia: Objetivo é fornecer nutrientes para um organismo debilitado, com nutriente adequados para melhorar 
a saúde do paciente. 
Objetivo geral: recuperar ou manter o estado de saúde do paciente, levando às suas atividades normais. 
Objetivos Específicos: ajustar a dieta para ter alimentos que o corpo possa digerir, absorver e tolerar; contribuir para 
compensar estados específicos de deficiência nutricional; estimular ou dar repouso a um órgão; educar pacientes e 
familiares para os cuidados alimentares compatíveis com a saúde deste. 
Prescrição da dieta no hospital: equipe médica prescreve a dieta, o nutricionista monta a dieta de acordo com a 
prescrição e faz ajustes se necessário, monta-se a dieta e escolhe o tipo de via para o paciente. O médico pode liberar 
a dieta, mas não pode construir ou prescrever, o fonoaudiólogo diz qual a consistência correta para a dieta e a via 
adequada. 
Prescrição Dietética: Anamnese alimentar, avaliação do estado nutricional, hipótese de diagnóstico nutricional, 
determinação da conduta alimentar e definição da assistência alimentar. 
Adequação da dieta para o paciente: Consistência, volume, temperatura, valor calórico e nutrientes. Ter cores e 
sabores. 
Tipos de dietas hospitalares: Líquida, pastosa, branda e normal. 
Terapia Nutricional: Oral – adição de suplemento nutricional (líquido ou pó); Enteral – alimentação por meio de 
sondas colocadas posicionadas no trato gastrointestinal; Parenteral – administração de nutrientes no sistema venoso 
quando o trato gastrointestintal não funciona. 
Valor calórico: Normocalórica (25 a 30Kcal/Kg peso/dia); Hipocalórica (<25Kcal/Kg peso/dia); Hipercalórica 
(>30Kcal/Kg peso/dia). 
 
Dieta Líquida Restrita ou Sem Resíduos: 
Objetivo: Saciar sede, hidratar tecidos, manter um equilíbrio do sistema hidroeletrolítico e função renal, repouso do 
TGI e amenizar a sintomatologia. 
Indicação: No preparo de exames, pré e pós operatório, como progressão e nas doenças do TGI; 
Características: Líquida, isenta de lactose e sacarose, baixo teor de resíduos. VET: 900 a 1000 Kcal por dia, com 
suplemento até 1300Kcal por dia. De 6 a 7x por dia em fracionamento. Baixo teor de fibras alimentares, de proteína 
e lipídeos. Não atinge as recomendações nutricionais. 
Alimentos que podem: chás claros, caldo de sopas, caldo de carne, suco de fruta natural coado, gelatina diet. 
Alimentos proibidos: café preto e chá preto, leite e derivados, chimarrão, suco de frutas cítricos, caldo de 
leguminosas. 
Dieta Líquida Completa: 
Objetivo: Hidratar, nutrir e diminuir a sintomatologia. 
Indicação: Pós-operatório como dieta de progressão, pacientes que tem dificuldade para ingerir sólidos, é usada em 
pouco período de tempo. 
Características: Líquida, que inclui lactose e sacarose, de rápida absorção. VET entre 1500 e 1600Kcal por dia, 
proteínas de 40 a 60g por dia, com 7 refeições por dia e é incompleta nutricionalmente. 
Alimentos permitidos: leite e derivados, suco de fruto coado, caldo de leguminosas, sopas liquidificadas, mingau a 
3%. Alimentos proibidos: qualquer alimento sólido ou pastoso, além de bebidas gasosas. 
Dieta Líquida Pastosa ou Pastosa Liquidificada: 
Objetivo: Diminuir o trabalho do TGI e presença de resíduos no cólon. 
Indicação: Pacientes com dificuldade para mastigar, deglutir e necessidade de repouso do TGI. Pós-operatório e 
outros. 
Características: Alimentos líquidos ou liquidificados, consistência líquida e homogênea. Fibras vegetais devem ser 
cozidas e fracionadas. VET de 1800 a 2200Kcal por dia, proteína de 60 a 80g por dia, de 6 a 7 refeições por dia. 
Alimentos permitidos: Todos da dieta líquida + sopas espessadas ou liquidificadas, queijos cremosos e mingaus 
espessados. 
Dieta Pastosa: 
Objetivo: Dieta que pode ser oferecida e precisade pouco ou nenhum esforço para ser deglutida. 
Indicação: Pacientes com necessidade de mastigação, ingestão, deglutição facilitadas; repouso do TGI e pós-
operatórios. 
Características: Normoglicídica, normoproteica, normolipidica, consistência pastosa e abrandada pela cocção e 
processos mecânicos. VET de 1800 a 2200Kcal por dia, proteína de 60 a 70g por dia, de 6 a 7 refeições por dia. 
Alimentos permitidos: Todos da dieta normal com consistência pastosa. Pães de forma macios sem casca, bolo caseiro 
com geleia, podem consumir. Alimentos proibidos: duros e carnes integras além de grãos. 
Dieta Branda: 
Objetivo: Fornecer calorias e nutrientes, além de manter o estado de saúde, facilitar mastigação, ingestão e 
deglutição. 
Indicação: Pacientes normais, convalescentes, com alterações orgânicas no TGI. 
Características: Normoglicídica, normoproteica, normolipidica, consistência macia, pobre de fibras, tecido conjuntivo, 
modificada por cocção. VET de 1800 a 2200Kcal por dia, de 5 a 6 refeições por dia. 
Alimentos permitidos: cozidos, grelhados, vegetais não flatulentos, leite e derivados, açúcar, frutas cruas e cozidas. 
Alimentos proibidos: frituras e gordurosos, pimenta e condimentos com pimenta, doces concentrados e outros. 
Dieta Normal ou Livre: Para pacientes sem nenhum problema e que estão bem. 
Hipercalórica: Dieta para ganhar peso. Hipocalórica: Dieta para perder peso. 
Patologias que induzem a um estado catabólico ou hipermetabólico: infecções, desnutrição proteico calórica, câncer, 
cicatrização e outras. Indicada para pacientes que precisam ter redução no peso por questões de saúde. 
Hipossódica: Previne e controla edemas, insuficiência cardíaca, hipertensão crônica grave, distúrbios renais, hepáticos 
e pulmonares. Evita o consumo de alimentos industrializados e embutidos, alimentos sem sal + sal adicionado depois. 
A OMS recomenda 2000mg de sódio por dia, equivalente a 5g de sal por dia por pessoa. Na dieta deste tipo, o médico 
coloca a quantidade de sódio permitida, se não tiver quantidade de sódio, é uma dieta sem sal. 
Rica em Fibras: Usada em casos de constipação e diabetes; mais de 25g de fibra; pode causar distensão abdominal, 
flatulências, cólicas, diarreia e saciedade; o nutri deve inserir novos alimentos para evitar a monotonia. Um desafio 
desta dieta é o consumo de água, o paciente precisa ingerir o equivalente ao consumo de fibras. 
Hipocalêmica: Dieta com restrição de potássio e técnicas para tal. Não se usa sal diet. Deve-se evitar a banana, laranja, 
abacate, e a carambola é proibida por ter neutroxicidade que pode levar ao óbito. 
Hipoproteica: Abaixo de 0,8g/kg/dia de proteína; para pacientes com insuficiência renal e hepática, depende do grau 
de evolução da doença. 
Pobre em Resíduos: O objetivo é diminuir o volume fecal; pode ter flatulências, diarreias e alterações gastrointestinais, 
exclusão de alimentos fonte de CHO, pois podem não serem bem absorvidos e fermentados, leguminosas, fibras, leite 
e derivados. Os resíduos são elementos dietéticos que não são absorvidos e ficam no lúmen intestinal, aumentando 
o bolo fecal e seu peso. 
Dietas de Jejum: Dieta chamada de Zero, NPO. Indicado no pré e pós-operatório de exames e cirurgias. 
Dietas para Preparo de Exames: Não se tem muitos estudos. Alimentos permitidos: dieta branda e pobre em resíduos 
nas 48h antecedentes, dieta líquida restrita nas 24h antecedentes. 
Alimentos que podem ser excluídos na dieta branda: Grãos, bebidas gaseificadas, frituras, feijões, condimentos, 
ultraprocessados, vegetais flatulentos. 
 
 
 
 
Semiologia Nutricional: É o estudo de sinais e sintomas. 
Semiologia Nutricional: exame físico que engloba inspeção, palpação e ausculta; identificar os sinais que podem levar 
aos sintomas não informados pelo paciente; é um processo obrigatório nas avaliações nutricionais. 
Exame físico da cabeça aos pés: cabelo, pele, face, olhos, lábios, boca, língua, unhas, tórax, dorso, membros, 
abdômen, tecido subcutâneo, sistema músculo-esquelético. A verificação correta dos sinais e sintomas falados pelo 
paciente e percebidos pelo nutri permitem a solicitação de exames laboratoriais para confirmação de problemas de 
saúde. 
Abordagem do Paciente: Respeitar o paciente, fazer um atendimento humanizado e empático. 
 
Locais e Sinais a Serem Absorvidos no Exame Físico: Gordura subcutânea (suborbital, tríceps, bíceps e região 
clavicular); massa muscular (região temporal, clavicular, deltoide, trapézio e outros); edema (verificar sinal cacifo no 
tornozelo, joelho e região sacral); abdome (plano, distendido, escavado e ascite); coloração (alteração na cor das 
mucosas, pele e conjutiva). 
Fáceis – Desnutrição: Desnutrição aguda (paciente não consegue manter os olhos abertos por muito tempo, exausto, 
cansado); Desnutrição crônica (parede deprimido, triste, não quer dialogar – atenção a alterações no humor). 
Fáceis – Anemia: Causas hematológicas (leucemia, linfomas, aplasia de medula óssea; Causas secundárias (deficiência 
de ferro, vitamina B12, ácido fólico, hemorragias, hipotireoidismo, cirrose hepática, IRC, desnutrição). Sintomas: 
palidez na pele, tonturas, dor no peito, dores de cabeça. 
Fácies – Desidratação: A desidratação no paciente idoso pode ficar grave e se tornar uma atenção médica 
rapidamente. Os sintomas podem variar de acordo com o quadro, pode ter sede intensa, astenia, fraqueza, apatia, 
sonolência, agitação psicomotora e convulsões em casos graves. Formas de investigar: pedir ao paciente para salivar; 
brilho dos olhos; tensão ocular (olhos tendem a ficar encovados quando desidratados); umidade das mucosas. As 
causas podem ser variadas. 
Fácies – Icterícia: Impregnação de pigmentos biliares na pele e mucosas; cuidado na hora de avaliar o paciente que 
consome muitos carotenoides ou negros. Principais causas: hepatite, cirrose, obstrução de vias biliares por cálculos, 
tumores e outros. Implica em problemas na absorção de vitaminas lipossolúveis, além de maior perda de sódio na 
urina. 
Xantelasma: Hiperlipidemia. 
Manchas de Bitot: Deficiência de vitamina A; aumento da concentração de queratina na conjuntiva; manchas brancas-
acizentadas, ovais, espumosas e de formato irregular, na parte interna dos olhos. 
Fácies – Febre: Avaliada no oco axilar, pode ser avaliada na boca e reto; o paciente com febre tem taxa metabólica 
maior, além de risco para desidratação, menor ingestão de alimentos, com risco de desnutrição, ou agravar a 
desidratação. Tem que aumentar o aporte de água e logo comerá mais. 
Fáceis – Análise da Musculatura Temporal da Bola Gordurosa de Bichart: Deve analisas individualmente os lados; 
atrofia bitemporal (paciente parou de usar a mastigação de forma correta para ingerir alimentos – hipo ou anorexia, 
disfagia); perda da bola de Bichart (bilateralmente, redução prolongada da reserva calórica); asa quebrada (perda 
proteico-calórica prolongada). A análise precisa ser de ambos lados, se a deformação por apenas de um lado, pode 
ser alguma doença. 
Alterações na Cavidade Oral: Língua com coloração magenta, glossite (compleo B), branca (falta de mastigação), 
quelite angular (hipovitaminose C), monilíase (candidíase ou sapinho). 
Escorbuto: Doença aguda ou crônica devido carência de vitamina C. 
Verificação das massas musculares no pescoço, tórax dorso e membros inferiores: atrofia da região do pescoço e 
clavícula, indica que paciente já perdeu massa muscular há muito tempo (perda crônica). 
Verificação do Exame do Abdome: Distendido, plano ou escavado, a depender da doença de base ou do tempo de 
instalação da desnutrição proteico-calórica. Pode ser privação de alimento por longo período de tempo. Escavado: 
perda de reserva calórica. 
Unhas Coloniquias: deficiência de ferro; doença chamada de coiloníquia; unhas achatadas e com cavidades; 
Baqueteamento Digital: Hipocratismo digital; relacionado a doenças pulmonares ou cardíacas; unhas de forma 
arredondasanormal; 
Exame de Membros Inferiores: Atrofia dos músculos da panturrilha, é a mais precoce atrofia quando se começa a 
desnutrição proteico-calórica. Tem atrofia nas coxas também. 
Petéquias: Pequeno ponto vermelho no corpo, na pele ou mucosas, causada por hemorragias de vasos sanguíneos. 
Pelagra: Deficiência de niacina (ácido nicotínico – vitamina B3), ou falta de triptofano, aminoácido essencial. 
Edema: Falta de sódio e albumina. Relacionado com a presença de hiponatremia, destacando a hipoalbuminemia. 
Valores de proteínas inferiores a 5,0 d/L ou albumina menor que 2,5g/ d/L capazes de gerar edema. Verificar áreas 
dos pés, tornozelo, face anterior. 
 
 
 
Avaliação Antropométrica Adulto e Composição Corporal no Adulto e Idoso: 
Composição Corporal: Principal para orientação da prescrição dietética, além do acompanhamento de indivíduos e 
populações. Boa ferramenta prognóstica para morbidade e mortalidade, perda de massa magra. 
Alterações na composição corporal: Fisiologia no envelhecimento (troca de massa magra por gordura); estilo de vida 
inadequado; gravidade de doenças; Os idosos vão perdendo massa muscular ao longo dos anos e começam a ganhar 
gordura no lugar. 
Associação da Composição Corporal com Estado de Saúde: Avaliação do estado nutricional (multifatorial – traçar 
estratégias para promoção e acompanhamento quanto a recuperação do estado de saúde). A composição corporal 
consegue identificar deficiências ou excesso dos componentes corporais como ferramentas de prevenção, diagnóstico 
e prognóstico de diversas condições de saúde. 
Massa de gordura + Massa magra = PESO TOTAL. 
Biompedância Elétrica (BIE): Princípio de condutividade elétrica, corrente elétrica de baixa amplitude para 
caracterizar os componentes condutores e não condutores. 
Antropometria: Peso e estatura; Perímetros e Circunferências; Dobras Cutâneas; Diâmetros Ósseos. 
 
 
Estatura: O ser humano apresenta redução de altura de cerca de 1 a 2,5cm por década a partir dos 40 anos. Causas: 
achatamento das vértebras, redução dos discos intervertebrais, cifose dorsal, escoliose. 
Estimativa de altura: Envergadura, hemi-envergadura, altura recumbente e altura do joelho. 
Peso: Sempre que um paciente tiver alguma amputação de determinado membro, no peso estimado iremos descontar 
o peso deste membro. Se o paciente pesou na balança de forma correta não é necessário fazer essa diferença; 
Perda de peso recente: qualquer porcentagem de perda de peso em idosos é clinicamente significativa. Perdas muito 
rápidas podem significar presença de patologias adjacentes associados com aumento da mortalidade. 
Peso desejado: É o peso que o paciente gostaria de ter é usado em casos de obesidade. Geralmente o paciente vai 
perder o peso até chegar nesse peso desejado. 
Peso Habitual ou Usual: É o peso que um paciente teve por um determinado período de tempo. É importante para 
saber se teve um ganho excessivo ou perda abrupta de peso. 
Em pacientes hospitalizados essas informações são pertinentes, pois o paciente obeso pode ter perdido muito peso 
em um curto período de tempo. Isso pode ser indicativo de doença consumptiva. 
 
Cuidar o IMC de idosos porque esse público vai perder massa magra ao invés de gordura na dieta. 
Medidas: Localizar as áreas de fazer a medida e fazer a marcação, de preferência do lado direito do paciente. 
Dobras Cutâneas em Idosos: Subescupular e tríceps. 
Perímetros Corporais para Idosos e Adultos Hospitalizados: Braço relaxado, punho, cintura, quadril, abdominal e 
panturrilha. 
Padronização CC e CA: 
CA: Linha do umbigo; 
CC: Ponto mais estreito entre o último arco costal (costela + baixa) e a crista ilíaca. Ou no ponto médio entre as duas 
referências 
 
 
 
 
 
 
Revisões de Necessidades Energéticas: 
Como medir o gasto energético: 
Calorimetria Direta: Método de maior acurácia; mede de maneira correta o calor gerado pelo corpo; tem alto custo. 
Calorimetria Indireta: Boa acurácia; estima por outro aparelho o calor gerado pelo corpo pelo consumo de oxigênio; 
normalmente usado em fisiologia do exercício ou em ambientes de pesquisa para medir o consumo de oxigênio. 
Água duplamente marcada: utiliza uma água duplamente marcada com isotópos de hidrogênio e oxigênio, diferença 
dos isotópos mede a quantidade de CO2 produzido e sua taxa, logo o gasto energético pode ser calculado; tem alto 
custo. 
Fórmulas/Equações de predições: Estimam necessidades de energia; usadas na prática clínica para prescrição de 
energia; utiliza variáveis como peso, altura, gênero e idade; tem baixo custo. 
 
As fórmulas usuais mencionadas são usadas para pacientes saudáveis, para pacientes doentes, temos que fazer 
outro cálculo específico, em que a doença será contabilizada. 
Nutrição no Envelhecimento: 
Segundo a Organização PanAmericana de saúde: um processo sequencial, irreversível, universal, individual, não 
patológico, acumulativo, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de 
maneira que o tempo os torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua 
possibilidade de morte. 
Conceitos: Bem sucedido – baixo risco de doenças ou incapacidades; funcionamento físico e mental e manter-se ativo 
na vida; Produtivo – centrado na produção de bens ou serviço, ênfase na área econômica; Saudável – não está 
centrado na falta de agravos, ou restrito a funcionalidade. Busca o desenvolvimento de ações sociais e de saúde, que 
permite a essa faixa etária vivenciar o envelhecimento da melhor forma possível; Ativo – modelo multidimensional, 
visa melhorar a qualidade de vida das pessoas conforme vão envelhecendo, fazendo participação em diversas áreas 
da vida. 
Capacidade Funcional: Habilidade de gerir a própria vida ou de cuidar de si, influenciado pelo grau de autonomia e 
independência. 
Autonomia: Capacidade individual de decisão e comando sobre sua vida, estabelecido conforme suas regras. 
Independência: Capacidade de fazer as coisas pelo seu próprio meio, sem precisar de terceiros. 
Atividade Básica de Vida Diária 
Atividade Instrumentais de Vida Diária 
Atividades Avançadas de Vida Diária. 
 
 
Características no Processo de Envelhecimento: Saúde – Longevidade, estética, adequações específicas; Doença – 
manejo dietoterápico, sobrepeso/obesidade, desnutrição, condições específicas. 
Senescência: Alterações que não são doença. Decorre do processo de envelhecimento natural. Exemplo: surgimento 
de cabelo branco ou queda, perda da flexibilidade da pele e outros. 
Senilidade: Complemento da senescência no processo de envelhecimento. Condições que acometem no decorrer da 
vida das pessoas por questões fisiopatológicas, alterações que decorrem de doenças crônicas, interferências 
ambientais e medicamentos que podem comprometer. São alterações que não são normais. 
Modificações fisiológicas: alterações no paladar, olfato, digestivas (menor motilidade do tubo digestório e menor 
secreção gástrica); 
Polimedicação (polifarmácia): consequência da cascata de remédios usados; 
Modificações na composição corporal: redução de massa magra, aumento do tecido adiposo, menor atividade do 
metabolismo energético de repouso; 
Desnutrição X Alteração da composição corporal: importante diferenciar; 
Desnutridos em idosos: 1% a 15% em domicílio; 35% a 65% internados em hospitais, 25% a 60% instituições de idosos 
(lares de permanência). 
Desnutrição: transtorno corporal causado pelo desequilíbrio do aporte de nutriente e necessidades do indivíduo, 
devido alimentação inadequada ou fatores que comprometem a ingestão, absorção e utilização dos nutrientes 
decorrente de alguma doença ou por necessidades aumentadas. 
Disfagia: dificuldade em engolir líquidos (inclusive a própria saliva) ou alimentos, causado por vários motivos; Disfagia 
Sarcopênica: dificuldade de engolir devido à sarcopenia (perda de massa magra). DISFAGIA CAUSA MENOR ESTÍMULODO CONSUMO DE BEBIDAS E ALIMENTOS CAUSANDO DESIDRATAÇÃO E DESNUTRIÇÃO. 
Paladar: Mudanças na boca alteram a percepção dos sabores; perda de células gustativas; não percebe o sabor 
salgado ou amargo; menos dificuldade com doces; mudanças mais drásticas em idosos que tomam muitos 
medicamentos; fatores que podem interferir são doenças neurodegenerativas, paralisia facial, diabetes e outras. 
Hipogeusia (altera a capacidade de perceber os sabores doces e salgados); Ageusia (perda completa ou severa da 
sensação do paladar, geralmente acompanhada do transtorno do paladar); Disgeusia (sentido do paladar danificado 
talvez por procedimento dentário recente). Xerostomia é boca seca. 
Gigantes da Geriatria: condições comuns nos idosos. Instabilidade postural e quedas; incontinência (urinária e fecal) ; 
incapacidade cognitiva (demência delirium, depressão e doença mental), imobilidade, lesão por pressão, latrogenia 
(efeitos adversos ou complicações causadas por ou resultantes do tratamento médico. – Fazem parte da senilidade e 
podem determinar o surgimento de uma ou mais síndromes geriátricas, por condições multifatoriais, associam-se 
à perda da independência e da autonomia. Outras condições: insuficiência familiar, sarcopenia e fragilidade. 
Marcha, postura e equilíbrio: Comum menor hesitação no andar, no balançar dos braços e em passos menores; 
Podem arrastar os pés devido à falta de mobilidade que se tinha na juventude; Base de sustentação fica maior e o 
centro de gravidade corporal tende a se adiantar; Nessa fase da vida há maior probabilidade de risco de quedas, o 
que agrava a saúde dos pacientes. A possibilidade de caírem faz com que alguns fiquem em depressão. 
Sono e Repouso: Acordam fácil e demoram para adormecer; dormem menos e logo tem menos gasto calórico; o sono 
deles é entrecortado – apnéia (para de respirar por alguns segundos durante o sono); o idoso pode acabar dormindo 
muito tarde e acordar mais tarde ainda, ou dormir mais tarde e acordar cedo no outro dia, mas passar o resto do dia 
dormindo para repor o sono que perdeu durante a noite que passou; cansaço e mau humor; diminuição da memória; 
cefaléia e depressão; O riso de não dormir bem durante à noite faz com que o idoso fique propenso a maiores riscos 
nutricionais, com risco também para a saúde mental deles. 
Pele: Processo mais lento para renovação da pele; menor quantidade de fibras de colágeno e elásticas; menor número 
de vascularização para irrigação da pele com nutrientes; diminuição da lubrificação; menor tecido subcutâneo; 
hipertrofia das células de pigmentação púrpura senil. 
Ouvidos e Nariz: Espessamento do tímpano; degeneração do ouvido interno; menor capacidade auditiva; menor 
capacidade olfativa; cerume (maior quantidade de cera no ouvido); aumento do tamanho do nariz e orelha. 
Cavidade Oral: Perda de dentes (por cáries, queda, doença periodontal, desmineralização óssea); retração da gengiva; 
menor quantidade de saliva na boca; alterações do paladar; perda das papilas gustativas; menor força na mastigação; 
perda da elasticidade das mucosas; disfagia orofaríngea. 
Estômago: Diminuição da secreção do ácido clorídrico e pepsina; Alterações no esvaziamento gástrico – gastroparesia 
(o alimento fica nesse órgão por mais tempo, causando um efeito de saciedade por maior tempo e sentindo fome 
mais tarde); menor diminuição de protaglandinas; alterações nas absorções dos nutrientes e medicamentos; maior 
possibilidade de úlceras e sangramentos digestivos. 
Intestino: Atrofia da mucosa; menor número de vilosidades; menor absorção de vitaminas e nutrientes; lentidão do 
intestino (principalmente para vitamina D e ferro, que causa constipação); predisposição a divertículos. 
Fatores para Avaliação do Consumo Alimentar: Presença de doenças crônicas; alcoolismo; mudanças sensoriais; dor 
(perguntar se sente dor para engolir, o grau da dor, pois se necessário, deve ser feito um tratamento para avaliar este 
risco); polimedicamentos (uso de vários remédios que podem danificar a absorção de nutrientes, principalmente 
vitamina B12, o omeprazol diminui a absorção das vitaminas do complexo B, que sua deficiência pode causar 
Alzheimer e demências); problemas para mastigação; questão monetária; morar sozinho (pode desencadear em 
quadros de depressão); incapacidade cognitiva (demências); qualquer infecção na boca do paciente pode ser letal 
para os idosos, pois entra diretamente na corrente sanguínea do paciente, levando a casos extremos de sepse. A dieta 
pode ser excessiva ou insuficiente. 
30 a 35Kcal por KG de peso corporal ao dia; CHO – 45 a 65% de calorias totais; LIP – 20 – 30% de calorias total. 
- A quantidade de Kcal será pensada de forma individual, se o idoso tiver capacidade devemos indicar atividades físicas 
de resistência muscular, para melhorar a qualidade de resistência. Deve se atentar a restrição calórica em pacientes 
idosos, com risco de perder muito peso e ganhar gordura, aumentando seu percentual de gordura e diminuindo o 
de massa magra. A dieta pode ser por VO, enteral ou parenteral. 
Recomendação proteica: 1,0 - 1,5g de proteína por Kg de peso por dia. Idosos saudáveis – 1,0g a 1,2g; Idosos com 
doença aguda ou crônica – 1,2g a 1,5g podendo chegar a 2,0g por Kg de peso. 
- A proteína deve estar distribuída nas refeições do paciente; evitar o catabolismo por meio da inclusão de moderadas 
porções de proteínas (iguais ou inferiores a 20g) de alto valor biológico em cada refeição. Aqueles pacientes que tem 
menos de 45% de CHO na dieta, talvez precisem de um valor maior de proteína RDA. 
Princípios Gerais da Terapia Nutricional No Envelhecimento: Objetivo – Fornecer quantidade de nutrientes adequada 
de calorias, proteínas, micronutrientes e líquidos, com intuito de melhorar o estado nutricional durante o 
envelhecimento e garantir qualidade de vida. Recomendações são individuais, sendo necessário garantir um bom 
aporte de proteínas e micronutrientes, visando melhorar a qualidade de vida do paciente seja clínico ou em casa. 
Importante determinar a proteína do idoso; o VET e logo em seguida a quantia de proteínas, devido a alteração 
corporal que pode causar perda de massa magra e ganho de gordura. - Nutrição errônea pode promover a má 
qualidade de vida e complexa etiologia da sarcopenia e síndrome da fragilidade; 
Alterações Fisiológicas no Envelhecimento: Sarcopenia – perda generalizada da massa magra, com maiores 
dificuldades para se manter em pé, fraqueza e dor. 
Obesidade sarcopênica: Tem alterações nos hormônios sexuais para ambos sexos, que atua na distribuição da massa 
gorda no corpo e regeneração muscular. Com a obesidade a possibilidade do corpo resistir a insulina, o que favorece 
a um quadro de obesidade grave. Indivíduos obesos e sarcopênicos tem menor mobilidade e maior propensão a 
quedas, maior ocorrência de alterações metabólicas, comorbidades, diabetes e doenças cardiovasculares. 
Recomendação de Fibra: 25g por dia, associado a uma ingestão de líquidos correta, 30 a 35ml de líquidos por kg de 
peso. 
Recomendação de Probióticos: Disponibilizados para pacientes saudáveis e com objetivo de prevenir e tratar a 
disbiose intestinal (desequilíbrio na microbiota intestinal, com modificações na quantidade e qualidade da flora). Em 
determinados casos o uso de probióticos não se deve ser feito, já que o paciente pode ser contaminado por estes 
organismos. 
Vitamina D: Estudos recentes mostram que sua suplementação com cálcio ou não auxiliam na prevenção de fraturas 
ou outras doenças. 
Aceitação da Dieta: Temperatura deve estar em ambiente; utilizar sabores (temperos); textura e apresentação. 
- Processo de envelhecimento: aumento progressivo de depósito de gordura; menor quantidade de gordura na região 
dos ombros e maior na área do abdômen. 
Perda de peso em idosos obesos: A perda de peso controlada por equipe médica e nutricional é benéfica para 
prevenir de doenças. Já a perda de peso semacompanhamento de uma equipe pode indicar alguma doença e risco 
de saúde para o paciente. 
Anorexia do Envelhecimento: Menor apetite e ingestão de alimentos; síndrome geriátrica que pode levar à 
desnutrição; Deve-se adequar a dieta para correta ingestão de nutrientes por via oral e uso de suplementos 
hipercalórico e hiperproteico ou oferta de nutrição enteral e parenteral. Ficar atento ao fato de achar que o emagrecer 
em grande quantidade é normal... 
Triagem Nutricional: Diagnóstico do risco de desnutrição e traçar o tratamento nutricional. Realizado após 24h depois 
da internação. 
Avaliação Nutricional: Deve ser feita imediatamente se após a triagem for um quadro positivo de risco nutricional. 
Avalia: modificações de peso corporal, alterações de ingestão, anamnese alimentar, presença de sinais e sintomas, 
distúrbios do TGI, revisão dos sistemas, gasto energético relacionado a doença de base, exame físico para avaliar perda 
de massa magra e gordura. 
 
Desnutrição em Idosos: Causa multifatorial (anorexia, xerostomia e outros), usa tratamento com equipe 
multidisciplinar; desnutrição é associada a maiores números de internações e maiores risco de doenças. 
Recomendações gerais para idosos em risco nutricional ou desnutridos: Idosos devem receber auxílio durante as 
refeições. Devem comer em local tranquilo e se possível em companhia, pois aumenta a possibilidade de comerem 
bem. 
Suplementação de idosos: Indicado para idosos em risco de desnutrição ou desnutridos e com ingestão oral 
insuficiente. SNO ofertado até 400 Kcal até 30% oriundo de PTN (30g ou 0,4g por refeição), prescrito por mínimo de 
35 dias. 
 
 
Terapia Nutricional Enteral ou Parenteral: 
TNE – Somente para idosos com bom prognóstico, quando via oral contraindicada ou insuficiente, com apenas 60% 
por três dias diretos; objetivo garantir oferta adequada de calorias e nutrientes; 
TNP – Idoso com bom prognóstico, quando TNE não for suficiente por 3 dias diretos ou menor que 50% das 
necessidades energéticas por mais de uma semana. Não indicada quando não se espera que beneficie o paciente. 
Desidratação em Idosos: A ingestão de idosos se baseia em todos líquidos que eles gostem de beber, pois é mais difícil 
eles sentirem sede nessa época de vida. Mulheres idosas devem receber 1,6 litos; homens idosos 2,0 litros. Sinais de 
desidratação: tontura, fraqueza, apatia, pele seca; osmolalidade: usa exames. 
 
 
 
Fisiopatologia e Terapia Nutricional nas Doenças da Boca, Esôfago e Estômago: 
Cavidade Oral: Recebe o alimento depois da mastigação, tem a ação salivar (amilase e lipase), formação do bolo 
alimentar; 
Esôfago: bolo alimentar passa pela faringe e chega até o estômago – processo de deglutição sem alteração fisiológica. 
O esôfago só transporta o alimento. 
Estômago: ação da secreção gástrica que transforma o bolo alimentar em quimo. Digestão de algumas PTN e CHO. 
Intestino Delgado: Tem a absorção de nutrientes. 
Intestino grosso: Transforma em fezes. 
Intestino Grosso Distal: Armazenamento de fezes. 
Distúrbios Digestivos: Terapia nutricional visa o tratamento e a nutrição dos pacientes, além de possíveis deficiências. 
Modificações de estilo de vida e alimentação podem melhorar a qualidade de vida do paciente. 
- Deglutição: disfagia (afagia) e odinofagia (dor para deglutir); 
- Digestão: dispepsia (dor na parte superior do estômago) e flatulência; 
- Absorção: micorvilosidades e enzimas; 
- Excreção: diarreia e constipação. 
Cavidade Oral: Mucosite (inflamação da mucosa que acontece devido ao tratamento de quimioterapia, radioterapia. 
Aparece como eritema ou ulceração). A mucosa fica mais avermelhada, com diversas aftas, algumas vezes as aftas da 
boca seguem até o anus do paciente e pode desencadear um quadro mais grave. Estomatite (inflamação dos tecidos 
moles orais); Utiliza uma dieta sem alimentos cítricos, ácidos, sem grãos e uma dieta mais pastosa. 
Conduta Nutricional em Mucosite e Estomatite: dieta individualizada; refeições frequentes com pouco volume; maior 
consumo de proteínas e calorias; excluir alimentos com alto teor de sal, apimentados, ácidos e cítricos; de 2l a 3l litros 
de líquido por dia; evitar vegetais frescos crus e cereais integrais, especialmente sementes; 
Doença do Refluxo Gastroesofágico e Esofagite: o refluxo é quando o alimento retorna ao local de origem. 
Relaxamento transitório persiste por cerca de 20 segundos (normal 5 segundos); aumento da pressão intra abdominal 
(gravidez e obesidade). Diminuição do tônus EEI ou aumento da pressão intra-abdominal. 
Alimentos que desencadeiam a DRGE: álcool, xantinas e cafeína (diminuem a pressão do EEI); obesidade e gravidez 
(aumenta a pressão intra abdominal); hérnia de hiato (protusão no umbigo do paciente); retardo do esvaziamento 
gástrico e aumento do volume gástrico (o alimento fica parado mais tempo no intestino do paciente, o que pode 
causar seu retorno para o esôfago e fazer mal). 
 
Medidas para o paciente melhorar: elevar a cabeceira da cama em 15cm; moderar ingestão de gorduras, cítricos, 
cafés, bebidas alcoólicas e outros; cuidados para medicamentos de risco; evitar deitar nas 2h depois da refeição; evitar 
mesmas refeições; reduzir drasticamente ou cessar o fumo; emagrecer. 
Esofagite: Inflamação do esôfago. Objetivo da TN nessa patologia: prevenir a irritação da mucosa esofágica na fase 
aguda; prevenir a DRGE; contribuir para o aumento da pressão do EEI; corrigir e manter o peso ideal (perda 
programada). 
Complicações da DRGE: Esôfago de Barret (células ficam parecidas com as células do estômago, o que causa câncer); 
Estenose (estreitamento por inflamação e forma cicatrizes, com disfagia progressiva com sólidos e líquidos, o 
tratamento cirúrgico pode ser uma opção, mas demora). 
Consequências: Disfagia, regurgitação, ingestão insuficiente, comprometimento do estado nutricional e inflamação 
da mucosa esofágica. 
Objetivos da TN: Adaptar a dieta para o grau de disfagia, sendo a dieta mais líquida, menor quantidade de nutrientes. 
Promover a recuperação do estado nutricional. 
Disfagia: Alteração da consistência, fracionamento das refeições e temperatura adequada; recuperação nutricional 
por meio de dieta hipercalóricae hiperproteica (aumentando a densidade energética e proteica das refeições). Pode 
usar leite e derivados sem gordura ou com redução de gorduras. 
Estômago: Se a patologia neste órgão danificar as mucinas (células que protegem do ácido) pode haver queimaduras 
na parede do estômago. 
Gastrite (Aguda ou Crônica): inflamação do estômago (mucosa gástrica); a aguda é a inflamação rápida e sintomas 
rápidos, sendo auto limitante; a crônica pode ocorrer durante um período de meses, com sintomas recorrentes, que 
passam em uma época e depois voltam. Tem náuseas, vômitos, mal-estar, anorexia, hemorragia e dor epigástrica. É 
uma dor na parte alta do estômago. 
- Doença inflamatória do estômago com ruptura dos mecanismos de proteção. 
Fisiopatologia: menor síntese de mucinas em idosos, pode ser causada pela helicobacter pylori (bactéria que pode 
causar a gastrite e é descoberto por meio do exame de endoscopia). Anti-inflamatórios com menor secreção de 
bicarbonato, ingestão de substâncias químicas (ácidos e bases), com lesão celular direta (consumo excessivo de álcool, 
fumo, queimaduras, radioterapias e quimioterapias). 
Gastrite Crônica: Causada pela Helicobactery pylori, com aumento da secreção ácida, o que causa úlcera péptica (no 
estômago ou duodeno). Terá menor absorção dos três principais nutrientes responsáveis pela produção de hemácias: 
ferro, vitamina B12 e ácido fólico. 
Úlcera Péptica: Ocorre devido a perda das proteções o que causa vômito com sangue, náuseas e vômitos. Pode ter 
complicação de sangramento. Objetivo da terapia: recuperar o tecido; facilitar a digestão; aliviar a dor e melhorar o 
estado nutricional. 
Hernia de Hiato: protusão do estômago através do orifício peloqual o esôfago passa. É assintomática em 90% dos 
casos. Causa: azia, eructações, dor semelhante à angina, refluxo dos gases que podem chegar até a garganta e causar 
tosse ou sensação de vômito, sintomas parecidos com DRGE. Deve evita alimentos gordurosos, álcool e bebidas 
gaseificadas, líquidos durante refeições, refeições menores, leves e próximas uma das outras, travesseiros mais altos, 
evitar comer antes de dormir. 
 
 
 
 
Doenças Inflamatórias do Sistema Imunológico: 
Constipação: Evacuações difíceis ou infrequentes, a cada 3 – 4 dias; esforço excessivo; sensação de defecar 
incompletamente. Evacuação digital é a pedra que se forma nas fezes. Considerado constipação primária, e tem como 
fatores de risco: envelhecimento, baixa ingestão de fibras e baixa hidratação. Constipação secundária: é orgânica, 
seus fatores podem ser por tumores, diverticulites e outros; problemas psicológicos como depressão, desordens 
alimentares e outros. 
Normal: Fezes até 3x no dia, em 3x na semana. Consistência normal semissólida, coloração amarronzada e forma 
cilíndrica. 
Diarreia: Aguda/Crônica, sendo por presença de pelo menos 3x ou mais de episódios de evacuações líquidas ou 
semilíquida em 24h; diarreia aguda tem 3 ou mais evacuações aquosas em 24h; disenteria terá sangue nas fezes. 
Diarreia persistente, com início agudo, dura mais que 14 dias. Pode ser osmótico (quando algum nutriente não é 
absorvido e fica no lúmen intestinal); secretor, quando a água pode ficar secretando no lúmen; inflamatório, com 
destruição das vilosidades ou capacidade de transformação de inflamação; alteração na motilidade. 
Diarreia – OMS: Paciente com trânsito acelerado do conteúdo intestinal pelo delgado; diminuição da digestão 
enzimática dos gêneros alimentícios; diminuição da absorção de líquidos e nutrientes. Pode ser causado por doença 
infecciosa, fungos e bactérias, pelo consumo em excesso de açúcar e outros. Deve ter tratamento com reposição 
hídrica e de eletrólitos, evitando alimentos hiperosmóticos que são mal digeridos, ou que estimulem a secreção de 
líquidos e aceleram o TGI. 
Doenças Inflamatórias Intestinais: Desconhecida e multifatorial, porém são apontados os seguintes possíveis fatores: 
genéticos, luminais (relacionados com a microbiota intestinal) e barreira intestinal (referentes à imunidade nata). É 
um termo usado para falar sobre inflamação crônica do TGI. Os tipos mais comuns são: Retocolite Ulcerativa – 
inflamação de longa duração e feridas (úlceras) no revestimento interno do intestino grosso (cólon) e reto, se limita 
apenas intestino grosso e ao reto. Afeta a camada da mucosa mais superficial, tem intensidade na inflamação, o 
sintoma clássico são fezes com presença de muco (inflamatório) e sangue; Doença de Crohn – inflamação do 
revestimento do TGI, que pode se espalhar pelos tecidos afetados, podendo atacar qualquer área do TGI; é transmural, 
suas complicações podem ser fístulas e estenose, com diversidade de gravidade, raro no esôfago, estômago e 
duodeno, o íleo é o local mais acometido. 
- Essas duas doenças têm momentos de exacerbações e remissões, com intensidade variável. Podem ter complicação 
devido à má absorção intestinal, sendo anemia e doenças ósseas metabólicas as principais, além de risco de carcinoma 
intestinal. Podem ter um grau de comprometimento nutricional, já que 70% a 80% tem perda de peso; O aumento 
dessas doenças está ligado aos alimentos industrializados, tabagismo, estresse, mudança na dieta e estilo de vida. 
Alguns pacientes têm medo de comer e ter evacuações significativas, logo ficam sem comer também. Observar a 
porcentagem de perda de peso. 
Crises de remissões: Os pacientes estáveis ficam mas estáveis, com a doença inativa em 80% a 90% de permanecer 
assim no ano seguinte. Com crises de recidiva, de 70% a 80%, te chance de continuar igual no próximo ano. 
Diagnóstico: Não se tem um diagnóstico conclusivo. Deve ser feito um histórico clínico e físico, exames laboratoriais, 
fezes, de sangue e ileocolonoscopia com biópsia, que serve como padrão ouro para diferencias as doenças. 
Tratamento: Visa o controle dos sintomas (doença crônica sem cura), indução de remissão (sem cura, porém 
controlada), reduzir o efeito de toxicidade dos medicamentos em curto e longo prazo (uso de corticoide por muito 
tempo), retardo de recidivas da atividade da doença, restauraração e manutenção do estado nutricional, promover o 
desaparecimento das lesões inflamatórias. 
Avaliação Nutricional: Paciente pode apresentar perda significativa das funções do TGI, depois de anos com 
exacerbações da doença. Causa comprometimento nutricional. Deve verificar perda de peso, anemia, cálcio sérico e 
vitamina D, deficiência de vitaminas e minerias pela absorção, hipoalbuminemia, sendo avaliado albumina sérica e 
proteína C reativa. Alguns pacientes podem usar corticosteroides em excesso, o que causa edemas em grande parte 
do rosto e corpo desses pacientes. 
Alterações Nutricionais: Desnutrição e deficiências específicas de micronutrientes. Má absorção de nutrientes devido 
à inflamação; tem aumento das necessidades energéticas pela doença; infecções recorrentes; menor apetite e menor 
ingestão alimentar, além de ter medo da piora dos sintomas. 
Objetivos do Suporte Nutricional: Recuperar ou manter o estado nutricional (em função da característica metabólica 
da doença); fornecer aporte adequado de nutrientes; contribuir para diminuir a atividade e aumentar o tempo de 
remissão da doença. 
Recomendações Nutricionais: considerar a tolerância individual (tentando ver o que causa a piora do paciente) , 
preservando o bom estado nutricional; TNE está sendo indicada; Oral – fase de remissão; enteral e parenteral + oral 
– fase aguda. 
Fase aguda: Tem que evitar determinados alimentos para a melhora do quadro. 
FODMAPs: Dieta totalmente restritiva, depois do processo de descoberta da doença, onde por meio dessa dieta, se 
busca saber o que causa os desconfortos no paciente, os alimentos são colocados aos poucos novamente na rotina 
do paciente. CHO presente em alimentos, que são pouco absorvidos e altamente osmóticos, o que pode provocar 
muitos gases. Nesse tipo de estratégia o paciente fica sem peidar. 
Diverticulose e Diverticulite: Divertículos são hernias na mucosa do intestino; quase sempre benignos; fatores de 
risco são consumo de alimentos ultraprocessados, baixo consumo de fibras, tabagismo, alto consumo de carne 
vermelha e outros. 
Classificação: É assintomática, com presença de divertículos sem sintomas. Sintomas comuns: dores abdominais, 
inchaço, alteração de funcionamento intestinal e constipação; sintomas recorrentes: aumento de sintomas da 
diverticulite aguda, inflamação e hemorragia. 
Diverticulite: na maioria assintomática; causado por hábitos alimentares inadequados. Sintomas: diarreia, 
constipação, cólica/dor abdominal, fezes ressecadas, mucorréia, distensão abdominal e febre (processo inflamatório). 
Fatores para o risco: idade avançada, sedentarismo, má alimentação e baixo consumo de fibras, obesidade. 
Tratamento – Diverticulite Aguda Não Complicada: Jejum, associado ou não de descompressão nasogástrica, ou dieta 
líquida sem resíduos, com uso de antibióticos; Não precisa ser hospitalizado, pode ser tratado em casa; indicação 
cirúrgica para pacientes após uma crise complicada. Abscesso pequeno com antibióticoterapia ou tratamento 
cirúrgico; abscessos maiores, drenagem percutânea ou tratamento cirúrgico; fístula colovesical (ligação da vesícula 
com o colo); tratamento cirúrgico com ressecção do segmento inestinal. 
Terapia Nutricional da Diverticulite Aguda – 3 Fases: 
Fase 1: Início do quadro, com dor abdominal. Repouso do TGI e facilitação da digestao, usando alimentos que fazem 
poucas fezes. Dieta líquida com evolução de acordo com a melhora. Mantida por 1 semana. 
Fase 2: Tem melhora dos sintomas. Inclui alimentos pastosos e aumento da ingestão de fibrasde forma lenta e 
progressiva, o que evita a formação de gases e dor abdominal. É interrompida se tiver piora dos sintomas. Dura de 2 
a 3 semanas. 
Fase 3: Remissão de sintomas, não se tem mais dor abdominal por 3 semanas. Pode ser reintroduzida fibras em 
quantidade controlada. 
- Atualmente se admite o consumo de alguns grãos a depender da dieta individualizada para cada paciente, que não 
está associado ao aparecimento de novos sintomas, mas sim de gases em determinados casos. A TOLERÂNCIA É 
INDIVIDUAL DE CADA CASO. 
 
 
 
 
 
Fisiopatologia e Terapia Nutricional nas Doenças da Vesícula Biliar e Pâncreas: 
Pancreatite Aguda e Crônica: Pancreatites são distúrbios inflamatórios no pâncreas. Podem ser doenças autolimitadas 
(80%) ou processos amplamente destrutivos (com risco de morte). Associado a déficits leves e passageiros ou sérios 
e permanentes. Pancreatite aguda – a doença pode passar se a inflamação for retirada; Pancreatite crônica – 
inflamação que persiste e tem destruição irreversível, o que causa comprometimento da absorção, e pode levar a DM 
por insuficiência da produção de insulina. 
Distúrbios inflamatórios do pâncreas – etiologia: obstrusão dos ductos (de 40-50% dos casos); causado por abuso 
prolongado de álcool, ativação inapropriada de enzimas digestivas pancreatites; pode causar danos acinares primários 
(por toxinas, infecções, isquemia ou trauma); fatores genéticos; obesidade é um fator de risco. 
Diagnóstico de pancreatite: Aspectos clínicos – dor abdominal (pode irradiar nas costas), anorexia, vômitos, diarreia 
e desnutrição progressiva (quadro crônico); por exames pancreáticos (amilase e lipase); ecografia, tomografia. 
Triagem e Avaliação Nutricional: Avaliar perda involuntária de peso (referência peso usual), devemos cuidar a 
porcentagem de perda de peso. Alteração de apetite e trati gastrointestinal, alergias e intolerâncias alimentares, uso 
de suplementos e medicamentos, exames. 
Pancreatite Aguda: Suas inflamações podem ser por várias causas. A gravidade do caso varia, podendo ter edemas 
em uma porçao do pâncreas, ou até mesmo necrose hemorrágica. Pode ter dores e colapso vascular fatal. Os sintomas 
são dores extremamente fortes, vômitos, grau de comprometimento nutricional, pois aumentam devido ao curso da 
inflamação; 
- O consumo de álcool pode causar efeitos tóxicos diretos na doença. A ingestão crônica causa secreção de fluído 
pancreático rico em proteína, o que pode levar a obstrusão dos pequenos ductos pancreáticos. 
Terapia Nutricional: Visa minimizar o trabalho pancreático; promover a recuperação do estado nutricional. É UMA 
DOENÇA HIPERMETABÓLICA E HIPERCATABÓLICA. Tradicionalmente usa jejum e NPT (terapia nutricional parenteral 
para uso de medicamentos por veia). O repouso intestinal por muito tempo leva à atrofia intestinal, o que aumenta o 
risco de infecções e complicações sépticas. Últimos estudos mostram que o uso de dieta enteral se mostra mais 
eficiente. Pancreatite aguda aumenta a resposta metabólica e inflamatória e do catabolismo, o que pode causar 
deterioração do estado nutricional e grande consumo de massa magra. 
Pancreatite Crônica: É uma inflamação permanente causada pelo alcoolismo. Caracterizado pela ativação precoce de 
enzimas digestivas dentro do pâncreas; inflamação duradoura, fibrose e destruição do pâncreas exócrino. Pode causar 
má absorção crônica, o que leva a quadros de Diabetes. Fatores menos comuns para o surgimento da doença: doenças 
autoimunes, fatores genéticos. Sintomas – náuseas, vômitos, anorexia, diarreia, dor, o que pode causar 
comprometimento nutricional. 
Terapia Nutricional: Minimizar o trabalho pancreático, promover recuperação do estado nutricional, manejo do 
controle glicêmico, reduzir a estatorreia. Pode causar DM2, uma função secundária prejudicada. Abstinência total do 
álcool, dieta por VO com consistência normal, pode usar ou não enzimas pancreáticas, manejo da DM2, cuidar a oferta 
de lipídios devido à estatorreia, substituir o óleo de soja por TCM. 
Doenças da Vesícula Biliar: 
- Excreção dos sais biliares serve como rota principal para remoção do colesterol do organismo. Esses sais auxiliam na 
digestão, quando quebram a gordura. Auxiliam na absorção de vitaminas lipossolúveis e eliminação de resíduos. 
Principal componente orgânico da bile. 
- Bile produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. Essencial para digestão e absorção de gorduras e certas 
vitaminas. 
Distúrbios da Vesícula Biliar: 
Colelitíase (cálculos biliares dentro da vesícula sem infecção, assintomático) e Coledocolitíase (pedras que se 
deslocam para ductos, com dor, obstrução e cólicas). 
Cálculos biliares/litíase biliar: Maioria de cálculos de colesterol não pigmentados, compostos de colesterol, bilirrubina 
e sais de cálcio. A ingestão de muita gordura pode ser um predispor a formação de cálculos biliares, pois tem maior 
produção de colesterol para síntese de bile necessário na produção de digestão de lipídeos. Fatores que podem 
favorecer os cálculos: maior em sexos femininos, gravidez, + de 40 anos, obesidade na família, diabetes, drogas e 
outros. 
Sintomas: Maioria é assintomático, se tem sintomas pode ter complicações sérias, como: dor epigástrica após 
ingestão alta de lipídeos, náuseas, vômitos, eructações, febre, icteríca discreta. 
Terapia Nutricional: Ajustado as necessidades do paciente (ANP). A obesidade está relacionada com maior síntese de 
secreção biliar de colesterol; sendo normoglicídica, normoproteica, hipolipídica com ácidos graxos insaturados. Evitar: 
leite integral, queijos amarelos, frituras e preparações com gordura. O colesterol deve ser diminuído, ideal ser abaixo 
de 200mg e no máximo 300mg. Líquidos é ANP. O fracionamento da dieta é aumentado, de 5 a 6 refeições. Volume 
será variado. Consistência ANP e branda; vitaminas e minerais é conforme RDA. 
Colecistite: Inflamação da vesícula biliar. Bilirrubina, componente dos pigmentos biliares. Provoca pele amarelada e 
coloração dos olhos atípica. 
Colecistite Aguda: Dor no quadrante superior direito do abdome há mais de 6 horas, febre e elevação de proteína C 
reativa (que é um marcador inflamatório ou de risco cardiovascular – a depender da porcentagem do valor do exame). 
Terapia Nutricional – NPO (sendo nada por oral e nem enteral durante ataque agudo), TNP pode ser orientado se o 
paciente estiver desnutrido ou previsão de VO zero prolongado. VET = ANP; Normoglicídica, normoporteica (ANP), 
hipolídica. Líquidos e fibras por ANP; EVITAR ALIMENTOS POR DIFICULDADE DE DIGESTÃO. A alimentação após cirurgia 
começa depois da inflamação ter sido parada. 
Colecistite Crônica: Inflamção por longo período; causa crises leves; sua consequência é espessamento das paredes, 
perde a possibilidade de concentrações e armazenamento. VET é por ANP. Evitar alimentos com enxofre, líquidos 
aumentado na presença de vômitos. 
Colecistectomias: Indicado em crises de dor e migração dos cálculos, podendo ter ressecção total da vesícula biliar, 
na ausência da vesícula biliar, a bile é secretada diretamente no intestino, quando ingerido muita gordura, essa bile e 
a gordura irão causar diarreia. 
Terapia Nutricional Pós-cirurgia: VO iniciado após voltar o movimento peristaltismo. De 24 a 48h recomenda-se ANP, 
líquida restrita/clara, líquida completa, branda e normal. 
 
Nutrição nas Doenças Renais: 
Funções do Rim: Filtrar o sangue, removendo todos os resíduos tóxicos, presentes na circulação e que são resultados 
do metabolismo corporal, como uréia, creatinina e ácido úrico. Necessário equilíbrio de água, devido à eliminação do 
excesso de eletrólitos de água, sais e eletrólitos do organismo. Isso causa diminuição nas chances do aumento da 
pressão arterial e do aparecimento de edemas. Atua na produção da eritropoetina (atua na formação de glóbulos 
vermelhos), vitamina D (colabora na absorção do cálcio e fortalecimento dos ossos) e renina(regula a pressão arterial) . 
Homeostasia é mantida com o equilíbrio da taxa de aparecimento e de desaparecimento de determinada substância. 
Função excretória é a mais importante! 
Doença Renal Aguda: Insuficiência renal aguda, com redução aguda nas funções durante horas e dias. Tem diminuição 
da filtração glomerular e volume urinário, pode ter desequilíbrio hidroeletrolítico e ácido básico. Grupos de risco: 
pacientes em UTI, idosos, pacientes com patologias crônica e uso de medicamentos inibidores de conversão de 
angiotensina, bloqueadores de receptor da angiotensina. Manifestações clínicas: terá hipercatabolismo acentuado 
(devido à resistência insulina, aumento da circulação de hormônios catabólicos e reação de fase aguda), edemas, 
redução da diurese (oligúria e anúria), aumento de peso (aumentando ureia e creatinina). 
Avaliação e Diagnóstico Nutricional na Doença Renal: Não há um instrumento de triagem nutricional para conseguir 
diagnosticar a doença nesses pacientes. Indicadores mais importantes são: perda de peso, IMC abaixo, ingestão 
proteica baixa; para pacientes obesos se faz a medida pelo excesso de gordura abdominal, já que nesta região não 
terá edemas. Termo Desnutrição Proteico-Energético (DPE), refere quando a quantidade de proteína e energia estão 
abaixo, sendo associado à perda da capacidade funcional e estresse metabólico. 
Critérios para DPE: Albumina, pré-albumina, transferina e colesterol – medidas bioquímicas; IMC, gordura corporal 
total e perda de peso não intencional – medidas de massa corporal; massa muscular total e CMB – medidas de massa 
muscular; proteína da dieta e consumo de energia – medidas de ingestão alimentar. – PELO MENOS TRÊS DEVEM SE 
ADEQUAR AO QUADRO DE DPE. 
Recomendações Nutricionais no IRA: IRA grave está correlacionado ao hipermetabolismo e hipercatabolismo, 
associado com sepse, choques, traumas e cirurgias. A ingestão lipídica será aumentada conforme a melhora do 
paciente, de forma lenta e gradual. Proteína – A diálise faz com que ocorra muitas percas nutricionais, logo deve ter 
um maior aporte proteico. Se o paciente acabar usando proteína para produção de energia, será queimado massa 
magra, por isso não se restringe proteína para esses pacientes, e com isso a necessidade proteica fica aumentada, 
caso esteja bem, a ingestão de proteína segue a mesma para adultos saudáveis, de 0,8g a 1,0g por Kg de peso. 
Micronutrientes: Perdas no processo de diálise estão entre maiores riscos de depleção de micronutrientes. Em 
determinados casos é necessário fazer suplementação hipercalórica e hiperproteica. Sendo difícil bater macros e 
micros somente pela dieta. 
 Potássio: Pode causar anúria ou oligúria, restringindo (menos de 40mEq/dia), em casos de poliúria é sem restrição, 
avaliar os riscos séricos e o consumo alimentar. 
Sódio: Variável de 200 – 2000mg/dia; manter o equilíbrio hidroeletrolítico, sendo considerado anúria (ausência de 
produção e eliminação de urina), oligúria (baixa produção de urina), poliúria (alta produção de urina). 
Líquidos: Todos os líquidos são contabilizados na dieta deles. Fibras: ANP. 
Insuficiência ou Doença Renal Crônica: Lesão presente por três ou mais meses, definida por anormalidades 
estruturais ou funcionais do rim. Os grupos de risco são HAS e DM. Tem prevalência de altos níveis de desnutrição, 
com redução da ingestão alimentar e do anabolismo de nutrientes, com presença de hipercatabolismo. Sobrepeso e 
obesidade são frequentes, e nestes casos a obesidade serve como “prevenção” do paciente não perder gordura na 
diálise, mas não pedimos ao paciente para ser obeso. 
 
 Tratamento conservador na DRC: Manter ou restabelecer o estado nutricional, retardar a progressão da doença 
renal, minimizar o acúmulo de compostos nitrogenados tóxicos e minimizar os distúrbios hidroeletróliticos, mineral, 
ácido basico e hormonal. Controle da ingestão proteica, restrição do sódio, tratar a dislipidemia, 
Tratamento Renal Substitutivo/Terapia de Reposição Renal: 
Diálise: método de substituição da função renal. 
Hemodialíse: Rim artificial é usado para depurar o sangue, capaz de remover excesso de líquidos e metabólicos, em 
média 4h e 3x na semana. 
Dialíse Peritoneal: usa a membrana peritoneal como filtro semipermeável. 
Causas de Desnutrição e Possíveis Intervenções em Pacientes em Dialíse: diálise insuficiente (com uremia), dietas 
restritas, doenças gastrointestinas, interação drogra nutrinte, perda de nutrientes em excesso, atividade física 
reduzida. 
Objetivos da terapia nutricional: recuperar e manter o estado nutricional; minimizar o catabolismo proteico; 
assegurar a quantia de proteína correta; melhorar os efeitos metabólicos de absorção contínua de glicose; melhorar 
o prognóstico do paciente. 
Recomendações Nutricionais: 
 
Cálcio: Na TN a quantidade de cálcio pode ser reduzida, já que os alimentos fonte são proteínas; na maioria dos 
casos há suplementação de cálcio. O ferro também pode ser suplementado em razao da reduzida ingestão de carne. 
Líquidos: Todos os tipos. Pacientes em hemodiálise se recomenda no máximo 1l de água por dia. 
Anemia: Complicação mais comum e frequente em DRC. Associada com a evolução da doença, risco de doenças 
cardiovasculares, mortalidade e diminuição da qualidade de vida do paciente. Causas – deficiência da eritropoietina, 
deficiência de ferro, B12 e folato; podendo ser agravada pela perda de sangue durante a diálise.

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