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CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ANA FLÁVIA OLIVEIRA CAETANO ANDRÉ LUIZ SANTOS MARINHO ANTÔNIO DOS SANTOS RAMOS NETO ELIANE VALVERDE BARRETTO NETA FERNANDO STÉPHANIE CRISTINA MONTEIRO SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS NO SETOR DE SAÚDE: melhorias de processos em um hospital de Sergipe através da implantação do Pipefy Orientador: Fulano de Tal, DSc/MSc/Esp. Aracaju – Sergipe 2019.2 LISTA DE FIGURAS/TABELAS/QUADROS/GRÁFICOS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 14 3. MÉTODO ............................................................................................ 31 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 38 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 55 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 57 ANEXOS ............................................................................................................ 60 APÊNDICE ........................................................................................................ 66 1 INTRODUÇÃO De acordo com Cardoso (2006), os Sistemas de Informações surgiram antes mesmo da informática; baseados em técnicas de arquivamento e recuperação de informações de grandes arquivos. A informação é fundamental para as organizações, constituindo-se, em um ferramental seguro e eficaz, pois sem ela, as tomadas de decisão não contêm a qualidade necessária, podendo ocasionar resultados ruins para as organizações, tais como o não atingimento dos objetivos traçados. Atualmente, os gestores enfrentam grandes desafios no cenário competitivo mundial, demandando informações que espelham as necessidades organizacionais na obtenção dos resultados esperados. O desenvolvimento dos sistemas de informações gerenciais levam às organizações a terem a segurança necessária no seu processo administrativo. A correta utilização dos seus dados é essencial para que as organizações continuem produzindo e, quando esses dados são transformados em informações, irão servir de auxílio ao processo decisório. Deste modo, os sistemas de informações gerenciais, asseguram respostas de ágeis e temporais aos gestores, na busca, ao diferencial de competitividade. Situação problema Um dos parâmetros para garantir a satisfação dos clientes no setor de saúde é a rapidez nos processos administrativos. Isso deve-se à urgência no recebimento de alguns documentos que os pacientes necessitam com maior rapidez, o prontuário médico é um deles, sendo o tempo de atendimento um fator influenciador na melhoria desse processo. Esses prontuários médicos contém todos os atendimento (exames, procedimentos médicos realizados, etc...) e dados referentes ao paciente, muitas desses pacientes realizam esses atendimentos por convênio e muitas vezes pagam o procedimento primeiro para após receber o reembolso, no qual tem prazo para apresentação ao convênio. Partindo dos pressupostos apresentados, notou-se a necessidade de diminuir o tempo de entrega dos prontuários, para isso, foi implantado um Sistema de Informação Gerencial (SIG) chamado Pipefy, o qual organiza e otimiza o número de processos com o objetivo de aumentar a eficiência dos mesmos. Pergunta problematizadora. Objetivo Geral O presente trabalho possui o objetivo geral de demonstrar a importância dos sistemas de informações gerenciais na área da saúde através da aplicação do Pipefy em um hospital de Sergipe. Objetivos Específicos Caracterização da empresa A Rede Primavera nasceu em Sergipe através da unificação das Clínicas Diagnose, Policlin e do Hospital Primavera. Visando oferecer um novo conceito de atendimento médico hospitalar unificado, ela foi planejada e estruturada para oferecer tecnologia de ponta na área de diagnóstico, atendimentos exclusivos e humanizados, além de um corpo clínico composto por renomados profissionais do Estado, distribuídos em todos os estabelecimentos da Rede. Além de proporcionar atendimento em urgência e emergência 24h, diagnóstico, exames laboratoriais, cirurgias de pequeno, médio e grande porte, entre outros, a Rede também implantou um avançado conceito de gestão em saúde, com apoio de profissionais experientes, alguns procedentes de grandes instituições estabelecidas fora do estado de Sergipe. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo serão apresentadas as bases teóricas com as definições fundamentais utilizadas para o cumprimento do objetivo desta pesquisa. 2.1 Sistema de Informações Gerenciais Os sistemas de informações gerenciais são utilizados em diversas empresas de ramos distintos, com o objetivo de transformar dados em informações seguras para facilitar as tomadas de decisões. “Sistema de Informações Gerenciais - SIG - é o processo de transformação de dados em informações que são utilizadas na estrutura decisória da empresa, proporcionando, ainda, a sustentação administrativa para otimizar os resultados esperados.” (OLIVEIRA, 2014, p. 26). Figura 1: Interação da informação com o processo decisório. Oliveira (2014, p. 32) destaca que o SIG, sob determinadas condições, proporciona diversos benefícios para as empresas, por exemplo: • redução dos custos das operações; • melhoria no acesso às informações, propiciando relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço; • melhoria na tomada de decisões, através do fornecimento de informações mais rápidas e precisas; • melhoria nos serviços realizados e oferecidos, quer sejam eles internos à empresa, mas, principalmente, externos à empresa; • melhoria na estrutura organizacional, por facilitar o fluxo de informações; • redução dos níveis hierárquicos. 2.2 Sistema de Informações Gerenciais aplicados no setor de saúde A implantação dos sistemas de informações na área da saúde visa reduzir os problemas relacionados à geração da informação. Tais sistemas são definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como instrumentos complexos e compostos pelas etapas de coleta de dados, processamento, análise e transmissão da informação necessária, com vistas à gestão dos serviços de saúde, promovendo a organização, a operacionalização e a produção de informações. “[...] espera-se que as informações sobre o atendimento aos pacientes, sua história clínica e evolução estejam inseridas em prontuários eletrônicos, que as prescrições sejam automatizadas, possibilitando o registro claro e adequado, que os relatórios com indicadores sejam precisos, que o fluxo dos pacientes nos setores esteja atualizado e que haja um controle efetivo dos insumos.” (CAVALCANTE; SILVA; FERREIRA, 2011, p. 291). “O principal objetivo de um sistema de informação em saúde (SIS) é apoiar e provocar mudanças na organização para melhorar o funcionamento dos processos de trabalho e o cuidado da saúde. Então, deve haver algum grau de mudança que um SIS possa introduzir. Por outro lado, se um sistema de informação de saúde tende a mudar muito os processos de uma organização, poderá trazer com isso um risco de fracasso.” (CAVALCANTE; SILVA; FERREIRA, 2011, p. 294). 2.3 Pipefy A plataforma Pipefy permite que os gerentes padronizem e executem processos e fluxos de trabalho complexos por meio de uma experiência do usuário no estilo Kanban , sem a necessidade de TI, habilidades técnicas ou serviços profissionais. Todo processo em uma empresa é chamado de "Pipe" e é dividido em estágios ou fases, seguindo o método Kanban. Cada fase é composta de cartões, que são os itens de trabalho que eles estão gerenciando. Um cartão contém todos os requisitos que precisam ser especificados, concluídos ou cumpridos por membros do Pipe ou usuários externos (via Formulário público ). Um exemplo de cartão é um produto que uma organização está comprando para o escritório ou para uma solicitação de TI. Para a organização que está comprandoum produto, as fases podem incluir Solicitação, Aprovação, Compra e Entrega - qualquer fase ou itens necessários podem ser facilmente personalizados. A visualização Kanban de Pipefy oferece uma visão clara e intuitiva das demandas exclusivas de cada estágio do processo, partes responsáveis, proximidade do prazo e atraso da ação. O que diferencia o Pipefy de todas as outras alternativas de software kanban disponíveis no mercado é que ele permite definir um conjunto diferente de regras de trabalho para cada fase do processo, com acionadores e, se necessário, com um proprietário designado. 2.4 Kanban “O sistema kanban foi desenvolvido na década de 60 pelos engenheiros da Toyota Motors, com objetivo de tornar simples e rápidas as atividades de programação, controle e acompanhamento de sistemas de produção em lotes.”(TUBINO, 1999 : 55). O Kanban (termo japonês que significa “cartões” ou “sinalização”), é uma metodologia ágil que é utilizado nas empresas para melhorar a comunicação entre setores e aumentar a produtividade, além de estar completamente relacionado ao conceito de “just in time” (JIT), que traduzido é “momento certo”. “O sistema kanban foi desenvolvido na década de 60 pelos engenheiros da Toyota Motors, com objetivo de tornar simples e rápidas as atividades de programação, controle e acompanhamento de sistemas de produção em lotes.”(TUBINO, 1999 : 55). Este sistema tem como objetivo deixar mais claro os processos permitindo um controle visual, reduzir os estoques e trazer mais agilidade e qualidade ao sistema, para isso são utilizados cartões, post-its, placas sinalizadoras ou softwares que auxiliarão a saber o que deve ser feito, quando e quanto. Este método possibilita a visão do todo na empresa estando ainda mais conectadas as tarefas que devem ser feitas para a fabricação de tal produto, sua utilização é simples além de fornecer muitas informações que facilitarão as decisões e farão o fluxo produtivo ser mais ágil e eficiente. “O sistema kanban, também conhecido como just-in-time, não trata cada estágio de processo como independente, mas, em vez disso, reconhece todo um sistema de processos associados. Naturalmente, a construção de coisas, dessa maneira, leva a uma visão mais ampla, a uma visão orientada para o futuro, a uma visão que busca a otimização do todo.” (HINO, 2009, p. 103). 2.5 Gestão de Processos 3 MÉTODO O método utilizado foi o qualitativo, mais precisamente a analise documental para se obter as informações de que se necessita. Para Lüdke e André (1986), a análise documental, entendida como uma série de operações visa estudar e analisar um ou vários documentos na busca de identificar informações factuais nos mesmos. No contexto da pesquisa qualitativa, a análise documental constitui um método importante seja complementando informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema (Alves-Mazzotti, 1998; Lüdke & André, 1986). 3.1 Pesquisa Foi feito o acompanhamento e a observação em loco para se obter determinadas informações acerca do proposto que é a devida melhora nos processos internos afim de se obter registros claros e automatizados através das ferramentas do SIG no sistema de saúde, mais precisamente no Hospital Primavera. 3.2 Instrumento de coleta de dados O instrumento para se obter os dados foi a observação: tanto a observação sistemática quanto a observação participante: A observação sistemática designada também como estruturada, planejada controlada, o observador sabe o que procura e o que necessita de importância em determinada situação. Para Marconi e Lakatos (2003, p. 193) e Thums (2003, p. 155), neste tipo de observação há um planejamento de ações, sendo uma observação direcionada, ao inverso da assistemática. Quadros, anotações, escalas, dispositivos mecânicos são alguns dos instrumentos que podem ser utilizados nessa observação. Já a participante consiste na participação real e ativa do pesquisador como membro do grupo, trabalha junto com o grupo e participa das atividades normais deste. 3.3 Tratamento de dados Os dados obtidos através da pesquisa qualitativa foram tratados/analisados de acordo com a problemática proposta que é a melhora nos processos internos do Hospital Primavera. Buscou se entre outras coisas, o levantamento do tempo de espera de um prontuário, a clareza das informações inseridas no mesmo, bem como sua total disponibilidade no sistema SIG para um acompanhamento mais preciso. Segundo Bardin (2004, p. 89), a análise de conteúdo apresenta as seguintes etapas no seu processamento: 1) Pré-análise: nesta etapa, o pesquisador vai realizar a "escolha dos documentos a serem submetidos à análise, a formulação das hipóteses e dos objetivos e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final"; 2) Descrição analítica: o material é submetido a um estudo aprofundado orientado pelas hipóteses e pelo referencial teórico. Procedimentos como a codificação, a categorização e a classificação são básicos nesta fase. Buscamse sínteses coincidentes e divergentes de ideias; 3) Interpretação referencial: a reflexão, a intuição com embasamento nos materiais empíricos estabelecem relações, aprofundando as conexões das ideias. Nessa fase, o pesquisador aprofunda sua análise e chega a resultados mais concretos da pesquisa. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Ao aplicar a ferramenta de apoio à decisão pipefy no processo de solicitação de prontuário médico tínhamos a meta (Linha em vermelho) do tempo médio de 26 dias, essa meta foi estabelecida de acordo com o tempo médio do ano anterior, também tivemos um Benchmarking com a informação da entrega em 30 dias, com a implantação do sistema em maio podemos ter os seguintes resultados. Figura 2: Tempo médio de entrega de prontuário/mês. É possível notar uma diminuição considerável no tempo de entrega dos prontuários, dessa forma, investigamos mais a fundo o porquê da redução ter sido tão significativa. A primeira análise foi observando a quantidade de solicitações de prontuário. Figura 3: Relação entre o número de solicitações e o tempo de entrega dos prontuários. Observando os dados é possível notar que em maio o número de solicitações cresceu em relação a abril e ainda assim o tempo de entrega dos prontuários foi menor, porém no mês seguinte o número de solicitações foi menor e o tempo de entrega também foi menor, nos meses subsequentes percebe-se que não há uma correlação entre o número de solicitações e o tempo de entrega do prontuário. A segunda análise feita foi com relação o tipo do prontuário, se são atos cirúrgico e ficha anestésica (contém no máximo 5 folhas) ou demais prontuários (mais que 5 folhas). Figura 4: % de ato cirúrgico e ficha anestésica / demais prontuários. Nota-se que o número de ato cirúrgico e ficha anestésica aumentou de agosto a outubro e isso pode ter interferido no tempo de entrega desses 3 meses, pois é mais rápida a solicitação quando o número de folhas é menor, então há uma correlação entre o número de folhas e o tempo de entrega do prontuário, com isso em vista é possível ainda ter mais uma análise em relação ao percentual de solicitação do número de folhas por mês. Figura 5: Percentual da quantidade de folhas solicitadas / mês. É possível perceber que o número de solicitações de prontuários de 0 a 50 folhas cresceu significativamente, porém nos meses de maio e junho o número de solicitações acima de 150 folhas teve um aumento e mesmo assim o tempo de entrega de prontuário foi reduzido, com o aumento das solicitações de prontuário de 0 a 50 folhas a redução foi ainda maior, confirmando a correlação entre tempo de entrega e quantidade de folhas solicitadas. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo apresentado buscou fundamentalmente demonstrar ....... REFERÊNCIAS OLIVEIRA, D.P.R. Sistemas de Informações Gerenciais: estratégicas - táticas - operacionais. 16. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2014. CAVALCANTE, R.B.; SILVA, P.C.; FERREIRA,M.N. Sistemas de Informação em Saúde: possibilidades e desafios. Revista de Enfermagem da UFSM. Santa Maria, v. 1, p. 290-299, mai./ago., 2011. REDE PRIMAVERA DE SAÚDE. Sobre a Rede Primavera. Disponível em: <https://www.redeprimavera.com.br/sobre>. Acessado em 05 agos. 2019. KRIPKA, R.M.L; SCHELLER,M; BONOTTO, D.L.; Pesquisa Documental na pesquisa Qualitativa: conceitos e caracterização. V. 14 Nº 2 UNAD – Bogotá – Colômbia. GERHARDT, T.E; SILVEIRA, D.T; Métodos de pesquisa. 1º Edição – UFRGS, 2009. EXEMPLOS: AÇO ESPECIAL COMERCIAL LTDA. Informativo Comercial. Disponível em: <http://www.acoespecial.com.br/produtos_ferramenta_trabalho_frio.html>. Acessado em 28 mai. 2011. ALENCAR, L.H. Metodologia Científica. 18 dez. 2010. 31p. Notas de aula. Digitalizado. http://www.scopus.com/record/display.url?eid=2-s2.0-0036093651&origin=inward&txGid=-Mno77nvAt8bWFPSnBi7Z4S%3a2 APÊNDICES, ANEXOS, GLOSSÁRIO, ÍNDICES (opcionais)
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