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CAPA – HIGIENE DO TRABALHO 1 SUMÁRIO 2 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3 3 CONCEITOS ............................................................................................................................. 4 3.1 Higiene ocupacional ......................................................................................................... 4 3.2 Risco ................................................................................................................................... 6 4 AGENTES FíSICOS ................................................................................................................. 9 4.1 Ruído .................................................................................................................................. 9 4.2 Vibrações ......................................................................................................................... 11 4.3 Pressões anormais ......................................................................................................... 14 4.4 Temperaturas extremas ................................................................................................ 15 4.4.1 Calor ......................................................................................................................... 15 4.4.2 Frio ........................................................................................................................... 19 4.5 Radiações Ionizantes ..................................................................................................... 19 4.6 Radiações não ionizantes ............................................................................................. 21 4.7 Umidade ........................................................................................................................... 23 5 AGENTES QUíMICOS .......................................................................................................... 24 6 AGENTES BIOLóGICOS ...................................................................................................... 27 7 Agentes ergonômicos ............................................................................................................ 30 8 PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ............................ 36 9 PCMSO .................................................................................................................................... 39 10 cipa ....................................................................................................................................... 42 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 47 2 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 3 CONCEITOS 3.1 Higiene ocupacional FONTE: WWW.CIDMED.MED.BR No Brasil para definir a ciência que dedica ao estudo dos ambientes de trabalho e à prevenção das doenças causadas os principais termos utilizados são: Higiene ocupacional, Higiene Industrial e Higiene do Trabalho. A Higiene Ocupacional é uma ciência, porque está baseada em fatos comprováveis, empíricos e analisáveis por método cientifico por meio da Física, Química, Bioquímica, Toxicologia, Medicina, Engenharia e Saúde Pública. Por outro lado, também são consideradas a individualidade de cada trabalhador e as características da atividade e do local de trabalho. (FUNDACENTRO, 2004) Para a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) Higiene Ocupacional é a ciência e a arte do reconhecimento, da avaliação e do controle de fatores ou tensões ambientais originados do ou no local de trabalho e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade. Outra definição conhecida para Higiene do Trabalho é da American Industrial Hygiene Association – AIHA que diz: “ciência que trata da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos originados nos locais de trabalho e http://www.cidmed.med.br/ que podem prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, tendo em vista também o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente. ” A Higiene do Trabalho é constituída por três etapas: Reconhecimento, Avaliação e Controle dos agentes ambientais (agentes físicos, químicos e biológicos). (SALIBA, 2011) Na primeira etapa chamada Reconhecimento, é realizado o reconhecimento dos agentes ambientais que afetam a saúde dos trabalhadores. É importante observar que se um agente tóxico não for reconhecido, ele não será avaliado e nem controlado. Desta forma, para que esta etapa seja bem-sucedida, devemos ter conhecimento profundo do processo produtivo, ou seja, dos produtos envolvidos no processo, dos métodos de trabalho, do fluxo do processo, do arranjo físico das instalações, do número de trabalhadores expostos, dentre outros fatores relevantes. Na etapa de Avaliação, realiza uma avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos postos de trabalho. É nesta fase que deve detectar os contaminantes, fazer a coleta das amostras, realizar medições e análises das intensidades e das concentrações dos agentes, realizar cálculos e interpretações dos dados levantados no campo, comparando os resultados com os limites de exposição estabelecidos pelas normas vigentes. Com base nos dados obtidos nas etapas anteriores, na etapa de Controle deve-se propor e adotar medidas que visem à eliminação ou minimização do risco presente no ambiente. De acordo com SALIBA (2011) deve-se ter em mente uma ordem relativa ao controle de agentes ambientais, são elas: - Adoção de medidas relativas ao ambiente ou medidas coletivas: são medidas aplicadas na fonte ou trajetória, como: substituição do produto tóxico usado no processo, isolamento das partes poluentes, ventilação local exaustora, ventilação geral diluidora, dentre outros. - Medidas administrativas: compreendem, entre outras, a limitação do tempo de exposição do trabalhador, educação e treinamento, exames médicos (pré- admissional, periódico e demissional). Os exames médicos, além de avaliar a saúde dos trabalhadores expostos aos agentes ambientais, avaliam a eficácia das medidas de controle adotadas. - Medidas relativas ao trabalhador (EPI): não sendo possível o controle coletivo ou administrativo, ou enquanto essas medidas estiverem sendo implantadas, ou ainda, como complemento às medidas já adotadas, devemos utilizar o Equipamento de Proteção Individual adequado ao risco. Perceba que essa medida é a última linhade defesa a ser empregada e não a primeira como muitos pensam. Logo, pode-se compreender que os objetivos de um programa de higiene do trabalho são reconhecer, avaliar e controlar os riscos ambientais presentes nos ambientes de trabalho. A figura abaixo ajuda a compreender melhor o funcionamento das atividades de higiene do trabalho: FONTE: GROSS, 2008. 3.2 Risco O risco é a combinação da probabilidade de ocorrência e a gravidade de um evento indesejado, como na expressão: Obs.: É importante lembrar que devemos adotar, como prioridade, medidas de controle relativas à fonte, pois assim estaremos eliminando o risco do ambiente. O dano ocorre sempre sobre os seres vivos, como o ser humano, animais, vegetais ou sobre materiais, como edifício, equipamentos e automóveis. Há danos que são visíveis e mensuráveis, como efeito de um terremoto sobre uma cidade, outros, como o dano moral que são difíceis de medir. (FUNDACENTRO, 2004) Os eventos ocorridos antes do dano são chamados de causas quando apresentam certa ligação de causalidade (causa-efeito). Esta relação de causalidade nem sempre é clara pois os acontecimentos não acontecem exclusivamente após o outro, e sim simultaneamente. Além disso, uma causa pode gerar várias consequências, assim como o inverto também é verdadeiro. As causas são denominadas de fatores ou situações de risco. (FUNDACENTRO, 2004) Como exemplo na tabela: FONTE: FUNDACENTRO, 2004. Sempre pode-se observar que existe uma causa predominante que é chamado agente de risco ou fator de risco principal. Há também os fatores de RISCO = PROBABILIDADE DE OCORRER O DANO X GRAVIDADE DO DANO risco secundário que que são fatos que ocorrem além dos predominantes, mas que colaboram para o acontecimento do dano. Os fatores de risco estão geralmente relacionados entre si. Muitas vezes, eliminando se um dos fatores de risco o evento indesejado não ocorre. Por exemplo, a ausência de faísca elétrica previne o incêndio; a manutenção de uma ponte previne seu desmoronamento. Assim, quando não é possível eliminar a causa principal do dano, investe-se na prevenção, reduzindo os fatores de risco secundário. (FUNDACENTRO,2004) Exemplos de fatores de risco e danos: FONTE: FUNDACENTRO, 2004 ATENÇÃO: FATORES DE RISCO SECUNDÁRIOS PODEM ESTAR PRESENTES FORA DO AMBIENTE DE TRABALHO. Ex.: questão de saúde pública, hábitos alimentares, uso e abuso de medicamentos, fatores genéticos, sociais e econômicos. Os agentes de risco também chamados de fatores de risco são classificados: - Agentes físicos. - Agentes químicos. - Agentes biológicos. - Agentes ergonômicos. 4 AGENTES FÍSICOS De acordo com a Norma regulamentadora n° 9 consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, umidade, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. 4.1 Ruído FONTE: SESI – DN (2005) A norma regulamentadora n°15 classifica ruído como contínuo ou intermitente e como ruído de impacto. Sendo as definições: Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Lembrete: Limite de tolerância é a concentração ou intensidade máxima ou mínima relacionada à natureza e tempo de exposição ao agente. De acordo com o Anexo I da NR 15 os níveis de ruído continuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) e os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no Quadro abaixo: FONTE: NR 15 - (ANEXO N° 1) Caso a jornada de trabalho acontecerem em dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, deverá considerar os seus efeitos combinados, sendo a soma das seguintes frações: Onde: Cn = tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído específico. Tn = a máxima exposição diária permissível a este nível. Já o limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear) e nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. Segundo os anexos I e II da Norma Regulamentadora n° 15 as atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente, caso o risco contínuo ou intermitente for superior a 115 dB (A) e a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB (C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST). 4.2 Vibrações Um corpo vibra quando realiza um movimento oscilatório em relação a um corpo de referência (BREVIGLIERO, POSSEBON E SPINELLI, 2012). O número de ciclos do movimento por segundo é denominado frequência e sua unidade é o Hertz (Hz). (Apud Beltrami e Stumm, 2013) Podemos citar dois tipos de vibração: - Vibrações de corpo inteiro que acontecem quando todo ou a maior parte do corpo está exposto a movimentos vibratórios e geralmente são de baixa frequência. Exemplos de equipamentos que provocam esse tipo de vibração são a retroescavadeira e o trator. FONTE: NAOMETOQUERS.COM.BR - Vibrações localizadas que são conduzidas somente às mãos e aos braços através de marteletes pneumáticos, rompedores, lixadeiras e motosserras. Vale lembrar que esse tipo de vibração pode também ser chamado de vibrações de extremidade. FONTE: DETRONIC.COM.BR Cada uma dessas vibrações traz consequências à saúde do trabalhador. Um trabalhador diariamente exposto à vibração de corpo inteiro poderá apresentar desde reações mais comuns, mas que após um período de descanso desaparecem, são a fadiga, a insônia, tremores e dores de cabeça ou reações que podem ser ainda piores se a exposição for contínua, como problemas na região dorsal e lombar, no aparelho digestivo e intestino, no sistema reprodutivo, na visão e degeneração da coluna vertebral. Já um trabalhador exposto a vibrações localizadas poderá dar origem a Síndrome de Vibração de Mãos e Braços, conhecida como HAVS (Hand and Arm Vibration Syndrome) e à Síndrome do Canal Cárpico. De acordo com Brevigliero, Possebon e Spinelli (2012) a HAVS afeta nervos, vasos sanguíneos, músculos e articulações da mão, pulso e braço, incluindo, ainda, a Síndrome dos Dedos Brancos (quando as artérias digitais se fecham). E a Síndrome do Canal é uma perturbação nervosa com dores, dormência e, ainda, fraqueza em partes da mão. (Apud Beltrami e Stumm, 2013). http://detronic.com.br/ SALIBA (2011) diz que é possível controlar a vibração com medidas coletivas, administrativas ou de organização do trabalho. Podemos citar quanto a vibrações de corpo inteiro: - Como medidas coletivas: Usar assentos com amortecedor; calibrar os pneus do veículo; pavimentação de vias de percurso; controlar a velocidade do veículo; usar bancos com descanso para os braços e usar cabines com suspensão. - Como medidas administrativas e de organização do trabalho: Limitar o tempo de exposição; monitorar a exposição e controle médico frequente. Quanto às vibrações localizadas algumas medidas serão: - Como medidas coletivas: Usar ferramentas com características antivibratórias; substituir o equipamento por outro e executar práticas adequadas de trabalho para que as mãos e o corpo se mantenham aquecidos. - Como medidas administrativas e de organização do trabalho, poderá ser as mesmas utilizadas na exposição à vibração de corpo inteiro. O anexo VIII da NR 15 diz que as atividades e operaçõesque exponham os trabalhadores, sem a proteção adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro, serão caracterizadas como insalubres, através de perícia realizada no local de trabalho. Esta perícia visa à comprovação ou não da exposição e deve tomar por base os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização - ISO, em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas. Também de acordo com o anexo VIII, no laudo da perícia obrigatoriamente deverá constar: a) o critério adotado; b) o instrumental utilizado; c) a metodologia de avaliação; d) a descrição das condições de trabalho e o tempo de exposição às vibrações; e) o resultado da avaliação quantitativa; f) as medidas para eliminação e/ou neutralização da insalubridade, quando houver. IMPORTANTE: A insalubridade, quando for constatada, será de grau médio. 4.3 Pressões anormais As pressões anormais são também chamadas condições hiperbáricas onde os trabalhadores estão expostos a pressões muito acima do normal, tem como características as atividades de mergulho e trabalhos realizados em tubulões de ar comprimido. O anexo VI da Norma Regulamentadora n°15 trata dos trabalhos sob ar comprimido e dos trabalhos submersos. A mesma se refere a tubulão de ar comprimido como uma estrutura vertical que se estende abaixo da superfície da água ou solo através da qual os trabalhadores devem descer, entrando pela campânula (câmara) para uma pressão maior que a atmosférica e trabalho submerso como qualquer trabalho realizado ou conduzido por um mergulhador em meio líquido. FONTE: SITES.GOOGLE.COM FONTE: SINDIPETROALSE.ORG.BR 4.4 Temperaturas extremas Temperaturas extremas são situações térmicas rigorosas onde atividades profissionais podem ser realizadas, dentre elas podemos destacar o calor e o frio intenso. 4.4.1 Calor Conforme SALIBA (2011) o calor constitui um fator de risco relevante do ponto de vista da saúde ocupacional. A exposição a este agente físico pode ocorrer em diversos ambientes de trabalho, tais como: siderúrgicas, fundições, indústrias têxteis, padarias, entre outros (Apud Beltrami e Stumm, 2013) Uma pessoa, quando exposta a diferenças de temperatura, pode: • Ganhar ou perder calor por condução, convecção e radiação, dependendo se a temperatura da sua pele está mais alta ou mais baixa que a temperatura do ar; • Ganhar calor por metabolismo (gerado pelo seu próprio organismo, dependendo da atividade física que está realizando); http://sindipetroalse.org.br/ • Perder calor por evaporação (por meio do suor). O Anexo III da NR-15, que trata dos limites de tolerância para exposição ao calor, determina que devemos empregar na avaliação da exposição do calor o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG), a partir das equações a seguir: - Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg - Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg Onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural tg = temperatura de globo tbs = temperatura de bulbo seco. O anexo III da Norma Regulamentadora n°15 também cita os aparelhos que são usados nesta avaliação que são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. O IBUTG também considera o tipo de atividade desenvolvida (leve, moderada, pesada), e a NR-15 prevê um regime de trabalho (envolvendo trabalho e descanso) para duas situações distintas: - Regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço. - Regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de descanso). Nas situações que o descanso e o trabalho ocorrem no mesmo local, a avaliação da exposição ao calor é realizada de acordo com o Quadro 1 do Anexo 3 da NR-15: Observação: A determinação do tipo de atividade (Leve, Moderada ou Pesada) é feita consultando-se o Quadro n.º 3. Já quando o trabalhador descansa em local diferente (termicamente mais ameno) do lugar em que trabalha, é utilizado outro critério para avaliar a exposição ao calor, então calcula-se o IBUTG do ambiente de trabalho e o IBUTG do ambiente de descanso e com esses valores é calculado o IBUTG médio, ponderado por hora. Para este cálculo o Anexo III da Norma Regulamentadora 15 fornece através do quadro 2 os limites de tolerância e usa-se a formula abaixo: Onde: M = a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. Md = taxa de metabolismo no local de descanso. Td = soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. De acordo com BELTRAMI E STUMM (2013) a segunda coluna do Quadro 2 do Anexo 3 da NR15 equivalem ao maior valor do IBUTG médio ponderado, que é admissível ao respectivo metabolismo. O IBUTG médio ponderado para uma hora, chamado de , é determinado pela seguinte fórmula: Onde: IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho. IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. Tt e Td = como anteriormente definidos. Há um conjunto de medidas que podem ser utilizadas ao trabalhador visando reduzir a sobrecarga térmica. Dentre elas, tem as medidas de caráter administrativo e outras específicas ao pessoal, como: - Exames médicos - Aclimatização - Reposição hídrica e salina - Limitação do tempo de exposição - Equipamentos de Proteção Individual (EPI) - Educação e treinamento Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + Td = 60 minutos corridos. 4.4.2 Frio A exposição do trabalho ao frio pode ser observada em atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio. Além da hipotermia (queda excessiva da temperatura corporal), vários outros estados patogênicos, conhecidos como lesões do frio, podem afetar nosso organismo. Dentre estas lesões, podemos citar (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012, Apud Beltrami e Stumm, 2013): - Enregelamento dos membros: que pode levar à gangrena (apodrecimento do tecido) e amputação dos mesmos. - Pés de imersão: quando os trabalhadores permanecem com os pés umedecidos ou imersos em água fria por longos períodos, provocando estagnação do sangue e paralisação dos pés e pernas. - Ulcerações do frio: feridas, bolhas radiadoras e necrose poderão ocorrer devido à exposição ao frio intenso. Podemos citar algumas medidas de controle que alteram os fatores que influenciam as trocas térmicas, são elas: - Aclimatização. - Vestimentas de trabalho e EPIs. - Limitação do tempo de exposição. - Exames médicos. 4.5 Radiações Ionizantes Para SALIBA (2011) as radiações ionizantes são largamente utilizadas na área da saúde para diagnóstico médico e odontológico e para tratamento de doenças. Elas, também, são empregadas em atividades industriais para medição de nível de silos, radiografia industrial, análises laboratoriais, dentre outros (Apud Beltrami e Stumm, 2013). São vários os efeitos das radiações ionizantes no organismo, dentre eles podemos citar: - Perda de leucócitos, diminuição do número de plaquetas, anemia. - Inibição da proliferação celular, diminuição ou supressão de secreções. - Inflamação, eritema e descamação. - Redução da fertilidade ou esterilidade. - Pericardites. - Fibrose renal. - Hepatite de radiação. Na norma CNEN-NN-3.01 consta os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e controles básicos para a proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados pelaradiação ionizante. Assim como para os demais agentes, as medidas de controle da radiação ionizante podem ser realizadas por meio de medidas coletivas, administrativas e no trabalhador. Dentre essas, podemos destacar as seguintes (SALIBA, 2011, Apud Beltrami e Stumm, 2013): I - Blindagem das fontes de radiação ionizante. II - Uso de barreiras ou paredes revestidas com chumbo. III - Controle de distância entre o trabalhador e a fonte, devendo ser as áreas, isoladas e sinalizadas. IV - Limitação do tempo de exposição em área controlada. V - Monitoramento individual de todos os trabalhadores ocupacionalmente expostos à radiação ionizante. VI - As mulheres ocupacionalmente expostas, em caso de gravidez, tão logo tomem conhecimento devem comunicar ao seu empregador. VII - Controle médico de todos os trabalhadores ocupacionalmente expostos. 4.6 Radiações não ionizantes Caracterizam-se por radiações de natureza eletromagnética que, quando absorvidas, o efeito mais importante é a excitação dos átomos, aumentando sua energia interna. Produzem aquecimento do corpo, podendo conduzir a efeitos eritêmicos (queimaduras), catarata, fadiga, efeitos carcinogênicos (câncer de pele), conforme seu comprimento de onda. (Peixoto e Ferreira, 2012) Para o anexo VII da norma regulamentadora n°15 são radiações não ionizantes as micro-ondas, ultravioletas e laser. 3.6.1 Micro-ondas - Produzidas em estações de radar, radiotransmissão e em alguns processos industriais e medicinais. Causam aquecimento localiza-do na pele. A exposição às micro-ondas resulta perigosa, principalmente, quando são emitidas elevadas densidades de radiação. Além de nossos fornos domésticos, a radiação de microondas é utilizada em esterilização, vulcanização, radiodifusão FM, ressonância magnética e muitas outras atividades. FONTE: BRASILESCOLA.UOL.COM.BR 3.6.2 Ultravioletas - De origem natural (sol – UVA e UVB) ou artificial (arco voltaico em operações de solda, lâmpadas ultravioletas). A radiação ultravioleta é pouco penetrante e seus efeitos serão sempre superficiais, normalmente envolvendo a pele e os olhos. Um efeito importante e reconhecido da radiação ultravioleta é o câncer de pele. Como medidas de controle, podemos citar barreiras e equipamentos de proteção individuais (óculos e protetor solar), etc. FONTE: WWW.METALICA.COM.BR 3.6.3 Laser - O laser tem como característica a grande quantidade de energia concentrada em uma área muito pequena (grande perigo de queimaduras graves). Um laser comum (os vendidos para apresentações) pode causar lesões nos olhos, se apontado direta e frontalmente. Quanto maior a potência do laser, mais perigosa é sua radiação. Os lasers verdes vendidos em camelôs podem ter potência cem vezes maior que os lasers vermelhos mais comuns. http://www.metalica.com.br/ FONTE: MUNDOEDUCACAO.BOL.UOL.COM.BR De acordo com a NR-15 as operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. De acordo com SALIBA (2011) as medidas de controle, as exposições perigosas podem ser minimizadas com a aplicação de medidas apropriadas a cada classe de risco do laser, por exemplo (Apud Beltrami e Stumm, 2013): - Os feixes de laser devem ser totalmente protegidos em seu trajeto, e quando isso não ocorrer, deve-se definir a área controlada e sinalizá-la - Treinamento do operador - Limitar a presença de pessoas em áreas controladas - Os EPIs recomendados são óculos com fator de proteção adequado, roupas apropriadas e barreiras para a proteção dos raios laser 4.7 Umidade O anexo X da Norma Regulamentadora n˚ 15 apenas diz que as atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Doenças respiratórias, como pneumonia e resfriados, doenças circulatórias, reumáticas, quedas e doenças de pele são exemplos de como a umidade pode afetar no organismo do trabalhador. Temos diversos trabalhos onde há presenca de umidade, como: Lavanderias, Lava á Jato, Frigoríficos, Cozinhas, Pesca, Areais, dentre outros. 5 AGENTES QUÍMICOS FONTE: GESTAOSST.COM A NR 9 considera agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Poeiras, fumos, névoas, neblinas e fibras são chamados de aerodispersoides que nada mais é que dispersões de partículas sólidas ou líquidas no ar em forma de partículas de tamanho reduzido geradas e projetadas no ambiente de trabalho. Exemplos de cada aerodispersoides: - Poeira: lixamento, explosão, carvão. - Fumos: Fumos de soldagem e de fusão de metais. - Névoas: névoas de água, de inseticidas, pintura com pistola e outros tipos de pulverizações. - Neblina: neblina ácida. - Fibras: Lã, algodão, asbesto são exemplos de fibras. Obs.: Classificamos as névoas e neblinas como particulados líquidos e as poeiras, fibras e fumo como particulados sólidos. Já os Gases e vapores podem ser classificados como irritantes, anestésicos e asfixiantes conforme sua atuação no organismo do homem. - Irritantes: atacam nossas vias respiratórias, tanto o nariz e a garganta quanto os bronquíolos e alvéolos. Esse fato está diretamente ligado à solubilidade do agente. Dividem-se, ainda, em gases irritantes primários, que causam somente irritação local, e secundários, que além da irritação são altamente tóxicos (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012, Apud Beltrami e Stumm, 2013) a) Primários: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, formaldeído, cloro, bromo, ozônio, gases nitrosos. b) Secundários: produtos químicos, gás sulfídrico, álcoois, éteres. - Anestésicos: De acordo com SESI (2007) o efeito anestésico é causado devido à ação depressiva que acontece no SNC, ou seja, diminui a atividade do cérebro. Quando isso acontece, o indivíduo fica mais “lento”. As substâncias que causam esse efeito chegam ao nosso organismo por meio das vias respiratórias e, em alguns casos, pela pele (Apud Beltrami e Stumm, 2013). Eles se dividem em: a) Primários: butano, propano, etileno, éteres, aldeídos, acetonas. b) De efeitos sobre as vísceras (fígado e rins): tetracloreto de carbono, diclorometileno. c) De ação sobre o sistema formador de sangue: benzeno, tolueno, xileno. d) De ação sobre o sistema nervoso central: álcool etílico, álcool metílico. e) De ação sobre o sistema circulatório e o sangue: nitrobenzeno, nitrotolueno, nitrato de etila, anilina. - Asfixiantes: São dois os tipos de asfixiantes: a) Simples: sem efeito tóxico. b) Químicos: interferem nas trocas gasosas (oxigênio e dióxido de carbono) nos nossos pulmões. A insalubridade nos ambientes de trabalho que utilizam agentes químicos se caracteriza em função do limite de tolerância (LT) e da inspeção do ambiente. A NR 15, no anexo XI a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro n° 1, lembrando que os valores fixados no quadro são válidos para absorção apenas por via respiratória. Os limites de tolerância fixados no Quadro n° 1 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 horas por semana, já para jornadas de trabalho que excedam as 48 horas semanais será obrigatório o cumprimento do disposto no art. 60 da CLT. O controle dos agentes químicos pode ser feito, adotando-se as seguintes medidas: relativasao ambiente (adotadas na fonte e/ou na trajetória), administrativas e relativas ao trabalhador. De acordo com SALIBA (2009) primeiramente, devem-se adotar medidas que eliminem ou diminuam o uso de agentes prejudiciais à saúde. Em seguida, que previnam a liberação de tais agentes e por último, medidas que reduzam os níveis dos agentes químicos no ambiente de trabalho. (Apud Beltrami e Stumm, 2013) São exemplos de algumas medidas: Substituir o produto tóxico por outro menos tóxico, alterar o processo usando pintura por imersão ao invés de pistola, por exemplo, enclausurar a operação por meio de confinamento, umidificação, ventilação diluidora fazendo a insuflação e exaustão do ar, ventilação exaustora captando os poluentes na fonte e outras mais. A prioridade para o controle dos agentes químicos recai primeiramente sobre o controle na fonte, depois, no percurso e por último, no trabalhador, como exemplifica a imagem abaixo: FONTE: (BELTRAMI E STUMM, 2013) 6 AGENTES BIOLÓGICOS FONTE: VALORCRUCIAL.COM.BR Segundo a Norma Regulamentadora (NR 9) consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. Geralmente, estes microrganismos estão presentes em hospitais, estabelecimentos de serviços de saúde em geral, cemitérios, matadouros, laboratórios de análises e pesquisas, frigoríficos, indústrias – como a farmacêutica e alimentícia, empresas de coleta e reciclagem de lixo, estações de tratamento de esgotos, incineradores, dentre outros. De acordo com o anexo I da Norma Regulamentadora n° 32 os agentes biológicos são classificados em: Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano. Obs: Não demonstraram capacidade comprovada de causar doença no homem ou em animais sadios. Classe de risco 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Já no anexo II da NR 32 é apresentado uma tabela dos agentes biológicos, classificados nas classes de risco 2, 3 e 4, de acordo com os critérios citados no Anexo I. E se caso necessitar de algumas informações adicionais, é usado os seguintes símbolos: A: possíveis efeitos alérgicos E: agente emergente e oportunista O: agente oncogênico de baixo risco O+: agente oncogênico de risco moderado T: produção de toxinas V: vacina eficaz disponível (*): normalmente não é transmitido através do ar “spp”: outras espécies do gênero, além das explicitamente indicadas, podendo constituir um risco para a saúde. A NR-15 no anexo XIV regulamenta que a insalubridade por exposição ao agente biológico deve ser feita através da avaliação qualitativa mediante inspeção nos locais de trabalho, considera-se: Insalubridade de grau máximo Trabalho ou operações, em contato permanente com: - Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados; - Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); - Esgotos (galerias e tanques); - Lixo urbano (coleta e industrialização). Insalubridade de grau médio Trabalhos e operações em contato permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: - Hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados); - Hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais); - Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos; - laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao pessoal técnico); - Gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se somente ao pessoal técnico); - Cemitérios (exumação de corpos); - Estábulos e cavalariças; - Resíduos de animais deteriorados. Os controles dos agentes biológicos seguem o mesmo critério dos agentes químicos sendo feito, adotando-se as medidas: relativas ao ambiente, administrativas e relativas ao trabalhador. 7 AGENTES ERGONÔMICOS Os agentes ergonômicos estão relacionados à execução de tarefas, à organização e às relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse. Para ajudar no controle e eliminação desses agentes foi criada a norma regulamentadora (NR) nº 17 que tem como objetivo estabelecer os parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A norma regulamentadora (NR) 17 expõe a seguinte estrutura: I) Levantamento, transporte e descarga individual de materiais FONTE: WWW.APROVACONCURSOS.COM.BR Para a norma entende-se como transporte de carga todo transporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga. Não deve ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador cujo peso possa comprometer sua saúde ou sua segurança. Todo trabalhador tem que receber treinamento ou instruções quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar quando este for designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, a fim de proteger sua saúde e prevenir acidentes. Ainda segundo a NR 17, quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança. II) Mobiliário dos postos de trabalho O trabalho sendo manual sentado ou que deva ser feito em pé as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e deve atender alguns requisitos mínimos como: http://www.aprovaconcursos.com.br/ Ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento; Ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; Ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais. A norma regulamentadora 17 também diz que os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; Borda frontal arredondada; Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar. Em atividades que os trabalhadores devem realizar em pé, deverão ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas. Já em atividades onde o trabalho deve ser realizado sentado, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador (a partir da análise ergonômica do trabalho). III) Equipamentos dos postos de trabalho Para a norma regulamentadora 17 todos os equipamentos que compõem o local de trabalho devem estar adequados de acordo com as características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Para atividades onde é feito leitura de documentos para digitação, datilografia ou mecanografia deve ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual, e deve ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível (não sendo permitido a utilização do papel brilhante ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento). Sobre os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de vídeo terá que ser observado: As condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; Se o teclado é independente e tem mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; Se a tela, o teclado e o suporte para documentos estão colocados de maneira que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais; Se os equipamentos estão posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. IV) Condições ambientais de trabalho Segundo a Norma Regulamentadora n°17, subitem 17.5.2, nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO; b) índice de temperatura efetiva entre 20oC e 23oC; c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; d) umidade relativa do ar não inferior a 40 por cento. Observação: Para as atividades que tem as características apresentadas acima, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 Db. A NR 17 diz também que em todos os locais de trabalho deve ter iluminação adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. No caso da iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. E a iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. V) Organização do trabalho. De acordo com a norma regulamentadora 17 a organização do trabalho, deve levar em consideração: a) as normas de produção; b) o modo operatório; c) a exigência de tempo; d) a determinação do conteúdo de tempo; e) o ritmo de trabalho; f) o conteúdo das tarefas. A respeito das atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, a NR 17 diz que deve ser observado o seguinte: a) Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; b) Devem ser incluídas pausas para descanso; c) Quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, exceto o determinado em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: a) O empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie; b) O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; c) O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; d) Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho; e) Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente. Além dessa estrutura, há também na norma regulamentadora nº 17 dois anexos sobre as condições ergonômicas nas áreas de Operadores de Checkouts e Tele atendimento/Telemarketing. Os agentes ergonômicos podem causar alguns riscos à saúde, podemos citar: - LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios osteomusculares relacionados ao Trabalho) - Cansaço físico - Dores musculares - Hipertensão arterial - Alteração do sono - Diabetes - Doenças nervosas - Taquicardia - Doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera) - Tensão - Ansiedade - Problemas de coluna, entre outras. 8 PPRA - PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS FONTE: WWW.MEGATRAB.COM.BR Um dos desafios da Higiene Ocupacional é o de acompanhar o avanço do gerenciamento de riscos por sistemas. Uma vez que os sistemas são organizados de modo que facilitam a tomada de decisões quanto à correção de um ambiente de trabalho, da mesma maneira que são os métodos que que pode antecipar a avaliação dos riscos de acidentes ou doenças que é o objetivo principal da Higiene Ocupacional. (FUNDACENTRO, 2004) O Programa de Prevenção de Acidente (PPRA) é um exemplo de guia para elaboração de sistemas de gerenciamento de riscos ambientais. O PPRA é regido pela Norma Regulamentadora NR 9 foi instituído pela Portaria n.º 25 de 29 de Dezembro de 1994, e visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. De acordo com a NR 9 o PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO previsto na NR-7. O programa de prevenção de Riscos Ambientais de acordo com a Norma Regulamentadora n°9 deverá estar disposta da seguinte maneira: - Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; - Estratégia e metodologia de ação; - Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; - Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. Uma análise global do programa deve ser feita ao menos uma vez por ano ou quando necessário para avaliar seu desenvolvimento e realizar ajustes necessários e também estabelecer novas metas e prioridades. O PPRA deve estar detalhado num documento-base, sendo este, suas alterações e complementações mostrados e discutidos pela CIPA, de acordo com a NR-5, onde sua cópia deve anexada no livro de atas. A Norma Regulamentadora n° 9 estabelece que o Programa de Prevenção de riscos ambientais (PPRA) deve incluir as etapas a seguir: - Antecipação e reconhecimentos dos riscos; - Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; - Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; - Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; - Monitoramento da exposição aos riscos; - Registro e divulgação dos dados. Os dados deverão ser mantidos arquivados durante no mínimo 20 (vinte) anos, juntamente com o histórico administrativo e técnico do desenvolvimento do PPRA. De acordo com a NR 9 o empregador deve estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição. Já os trabalhadores devem colaborar e participar na implantação e execução do PPRA, seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA e informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores. 9 PCMSO FONTE: ALTURAANDAIMES.COM.BR O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), é um programa médico que deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos danos à saúde relacionados ao trabalho. O PCMSO possui extrema intimidade com o Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA (NR-09) e a ele vincula a partir de interesses definidos pela NR-09, da portaria n° 24 de 29/12/94. O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional terá que ser criado e executado baseado nos riscos à saúde dos trabalhadores. Portanto, o PPRA servirá de base na elaboração do PCMSO. A NR-7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. De acordo com a Norma regulamentadora n°7 é de competência do empregador: - Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia; - Custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO; http://alturaandaimes.com.br/ https://areasst.com/riscos-ambientais/ - Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SES0MT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO; - No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; - Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO. O médico do trabalho indicado para coordenar o PCMSO deve realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 da Norma Regulamentadora n° 7 ou encarregar os mesmos a um profissional médico familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado. Dentre esses exames podemos citar: - Admissional; - Periódico; - De retorno ao trabalho; - De mudança de função; - Demissional. Para cada exame médico realizado o médico deverá emitir o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias, sendo a primeira via do arquivada no local de trabalho do trabalhador e a segunda via obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo. A Norma Regulamentadora n°7 apresenta as seguintes informações que devem conter no Atestado de Saúde Ocupacional: I - Nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função; II - Os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho-SSST; III - Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; IV - O nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; V - Definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; VI - Nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; VII - Data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. Por fim a NR-7 estabelece que todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida e manter esse material guardado em local adequado, aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. IMPORTANTE! Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registradas em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico- coordenador do PCMSO e deverão ser mantidos por período mínimo de 20 anos após o desligamento do trabalhador. 10 CIPA FONTE: WWW.OCUPACIONAL.COM.BR A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) foi criada com o objetivo de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível a atividade laboral com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. É composta por representantes do empregador e representantes do empregado em número par de representações, cabendo ao empregador escolher entre seus funcionários de confiança sua representatividade e aos trabalhadores, por processo eleitoral, escolherem seus representantes através de voto secreto. (TAVARES, 2009) A CIPA é regulamentada pela Norma Regulamentadora n° 5 (NR-5) da portaria do MTB nº3.214 de 08 de junho de 1978. A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é obrigatória para as empresas seja ela privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, e instituições que possuam empregados com vínculo de emprego A composição da CIPA é feita por de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR-05, em função do agrupamento de setores econômicos definidos pela CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), nos Quadros II (Agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e III (Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas) e o número de empregados da empresa. De acordo com a Norma Regulamentadora n 5 os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados. Já os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados. A duração do mandato dos membros eleitos para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes(CIPA) é de um ano, sendo permitida uma reeleição. De acordo com TAVARES (2009), procurando prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, a CIPA tem as seguintes atribuições: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver; b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores; e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores; h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho; 3 l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados; m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores; n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. As reuniões ordinárias da CIPA serão mensais, de acordo com o calendário já preestabelecido, sendo realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado designado para este fim. As reuniões da CIPA terão suas atas assinadas pelos presentes com encaminhamentos de cópias para todos os membros. As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho – AIT. No caso de reuniões extraordinárias, as mesmas deverão acontecer quando houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine a aplicação de medidas corretivas de emergências, no caso de acidente do trabalho grave ou fatal e quando houver solicitação expressa dos representantes do empregador ou dos empregados (NR-5). (TAVARES, 2009) A Norma Regulamentadora 5 compete o empregador a convocar as eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA com prazo mínimo de 60 dias antes do término do mandato em curso. A NR 5 também diz que nos estabelecimentos onde houver CIPA, caberá ao Presidente e ao Vice-Presidente designar, entre seus membros, com no mínimo 55 (cinquenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral – CE, que será responsável pela organização e acompanhamento do processo eleitoral, e quando não houver CIPA, a comissão eleitoral será constituída pela empresa. O processo eleitoral observará as seguintes condições: - Publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias antes do término do mandato em curso; - Inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias; - Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, independentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante; - Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; - Realização da eleição no prazo mínimo de 30 (trinta) dias antes do término do mandato da CIPA, quando houver; - Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados. - Voto secreto; - Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral; - Faculdade de eleição por meios eletrônicos; - Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de cinco anos. Importante lembrar que havendo participação inferior a cinquenta por cento dos empregados na votação, não terá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias. Em caso de denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA. Deverá assumir os cargos de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados e em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento. Os eleitos e designados a membros da CIPA serão empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior, quando a empresa já possuir CIPA. No caso da primeira CIPA, os membros serão empossados imediatamente após a sua composição. 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELTRAMI, Monica; STUMM, Silvana Stumm. Higiene no Trabalho. Curitiba-PR: INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ, 2013. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 2011. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 2017. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-15 – Atividades e Operações Insalubres. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-17 – Ergonomia. 2018. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde. 2011. FUNDACENTRO. Introdução à Higiene Ocupacional. São Paulo, 2004. GROSS, Sergio. Higiene e Segurança no Trabalho: Um programa para a empresa Contactsul Ltda. 2008. Trabalho de Conclusão (Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas) - Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí - SC, 2008. https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf SALIBA, T. M. Manual Prático de Higiene Ocupacional e PPRA. Avaliação e Controle de Riscos Ambientais. 3ª Edição. São Paulo: LTR, 2011. SALIBA, TUFFI MESSIAS; CORRÊA, MÁRCIA ANGELIM CHAVES. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE - Aspectos Técnicos e Práticos. São Paulo, SP: EDITORA LTDA., 2015. TAVARES, Cláudia Régia Gomes. SEGURANÇA DO TRABALHO I - CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. RIO GRANDE DO NORTE: SEDIS, 2009. PEIXOTO, Neverton Hofstadler; FERREIRA, Leandro Silveira. Higiene Ocupacional I. Santa Maria-RS: UFSM, 2012.
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