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PROPEDEUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER UNID 3

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PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
Unidade III
5 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM GINECOLOGIA
Nesta unidade serão discutidas as doenças sexualmente transmissíveis, o câncer de colo de útero e 
de mama e a assistência de enfermagem a fim de prevenir, diagnosticar e tratar essas doenças.
5.1 Abordagem sindrômica e principais doenças sexualmente transmissíveis
As DSTs são consideradas um dos problemas mais comuns de saúde pública no mundo. Sabe‑se 
que as estratégias de prevenção primária, como o uso do preservativo; e secundária, diagnóstico e 
tratamento, podem permitir o controle das DSTs e das suas consequências.
O enfermeiro está inserido nesse cenário a fim de promover ações de prevenção primária e secundária 
nas Unidades Básicas de Saúde e possui autonomia para avaliar pacientes com queixas relacionas às 
DSTs, diagnosticá‑las, tratá‑las e prevenir a ocorrência dessas doenças na população brasileira.
Portanto, o enfermeiro deve utilizar protocolos propostos pelo Ministério da Saúde e colocar em 
prática o seu conhecimento e suas habilidades técnicas em ginecologia.
Apesar dos avanços na Atenção Básica, as DSTs ainda não são consideradas uma emergência e, por isso, 
muitas vezes, quando a população procura o serviço com alguma queixa relacionada às DSTs, uma consulta é 
agendada. O ideal seria atender de imediato, pois os sintomas podem desaparecer e o paciente pode não retornar.
Também é necessário o aconselhamento, em grupo ou individual, a fim de criar um vínculo com o 
paciente. À medida que as necessidades, dúvidas, preocupações e angústias do paciente relacionadas ao 
seu problema de saúde são identificadas e acolhidas, tornam‑se possíveis o desenvolvimento de uma 
relação de confiança e a promoção de apoio emocional, facilitando:
• a troca de informações sobre DSTs e Aids, suas formas de transmissão, sua prevenção e seu tratamento;
• a avaliação de riscos, permitindo a compreensão e a consciência a respeito dos riscos pessoais de 
infecção para a DST atual e para a Aids;
• a identificação dos limites e as possibilidades existentes para a adoção de medidas preventivas, 
estimulando o cuidado de si e dos parceiros;
• a adesão ao tratamento;
• a comunicação e o tratamento ao(s) parceiro(s) sexual(is).
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Unidade III
O ideal é que os parceiros sejam trazidos para aconselhamento, diagnóstico e tratamento pelos 
próprios pacientes. No caso do não comparecimento dos parceiros convidados, outras atividades poderão 
ser desenvolvidas, de acordo com as possibilidades de cada serviço.
Serão considerados parceiros, para fins de comunicação ou convocação, os indivíduos com quem 
o paciente se relacionou sexualmente entre 30 e 90 dias, segundo o quadro a seguir, excluindo‑se os 
parceiros de mulheres com corrimento por vaginose bacteriana e candidíase (BRASIL, 2005).
Quadro 5 – Tempo de contato sexual para comunicação dos parceiros
Úlceras Corrimento uretral ou infecção cervical
Doença 
inflamatória pélvica Sífilis Tricomoníase
Tempo de 
contato sexual 90 dias 60 dias 60 dias
Secundária = 6 meses
Latente = 1 ano Parceiro atual
Adaptado de: Brasil (2005).
Ao chegar no serviço de saúde, o parceiro deve ser considerado um portador da mesma síndrome 
ou doença que acometeu o paciente, mesmo que não apresente nenhum sintoma ou sinal, e receber o 
mesmo tratamento recomendado para a sua condição clínica.
Quadro 6 
Síndrome
Sinais e 
sintomas 
mais comuns
DST Agente Tipo Transmissão sexual Curável Secreção
Úlceras Presença da úlcera genital
Sífilis Treponemapallidum Bactéria Sim Sim Não
Cancro mole Haemophilus ducreyi Bactéria Sim Sim Não
Herpes Herpes simplex Vírus Sim Não Não
Donovanose Klebsiellagranulomatis Bactéria Sim Sim Não
Linfogranuloma Chlamydiatrachomatis Bactéria Sim Sim Não
Corrimentos
Corrimento 
vaginal ou 
cervical, 
prurido, dor 
na micção, 
dor durante 
a relação 
sexual ou 
dispareunia, 
odor fétido, 
pode ocorrer 
edema e 
hiperemia de 
vulva
Vaginose 
bacteriana Múltiplos Bactéria Não Sim
Corrimento vaginal 
branco‑acinzentado, pode ser 
bolhoso, odor vaginal tipo peixe
Candidíase Candida albicans Fungo Não Sim Corrimento branco‑amarelado tipo coalhada
Gonorreia Neisseria gonorrhoeae Bactéria Sim Sim
Corrimento endocervical 
geralmente amarelo, purulento
Clamídia Chlamydia trachomatis Bactéria Sim Sim
Corrimento 
endocervical geralmente 
amarelo‑esverdeado, purulento
Tricomoníase Trichomonas vaginalis
Protozoário Sim Sim
Corrimento vaginal 
amarelado‑esverdeado, bolhoso, 
fétido, purulento, abundante e 
às vezes com prurido
Verrugas Presença da verruga Condiloma
Papilomavírus
humano Vírus Sim Não Não
Adaptado de: Brasil (2005).
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PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
Nesse contexto, a abordagem proposta pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2005) visa apresentar 
as síndromes, o agente etiológico, o fluxograma e as condutas que o profissional deverá tomar se 
diagnosticada determinada DST.
Úlceras
A abordagem sindrômica para as úlceras genitais ocorrem da seguinte maneira por meio do fluxograma:
Paciente com queixa de úlcera genital
Realizar anamnese e exame físico
História ou evidência de lesões vesiculosas
Lesões com mais de 4 semanas
Tratar 
herpes
Tratar sífilis 
e cancro 
mole
Tratar sífilis e cancro mole. 
Fazer biópsia e tratamento para 
donovanose
Não
Não
Sim
Sim
Figura 28 – Fluxograma da abordagem sindrômica para as úlceras genitais
Sífilis
É uma doença infectocontagiosa, endêmica, causada pelo Treponema pallidum. O principal sintoma 
da doença é o cancro duro, a lesão inicial da sífilis. Essa fase é chamada de sífilis primária. É geralmente 
uma lesão única, ulcerada indolor, com bordos endurecidos, fundo liso, brilhante e secreção serosa escassa. 
A lesão aparece entre 10 e 90 dias (média de 21) após o contato sexual infectante. É acompanhada de 
adenopatia regional não supurativa, móvel, indolor e múltipla.
Na sífilis secundária, as manifestações clínicas iniciam‑se dois meses após o contágio. Além de 
lesões cutâneas, ocorrem lesões mucosas, micropoliadenopatia, febre, mal‑estar geral, dores articulares, 
cefaleia, rouquidão e perda de peso.
Na sífilis terciária, as lesões tornam‑se mais localizadas e circunscritas, porém são mais destrutivas, 
sendo o exemplo típico a goma, caracterizada por nódulo que amolece e úlcera, podendo drenar 
material necrótico.
Para o diagnóstico, as reações sorológicas utilizadas são o Veneral Disease Research Laboratory 
(VDRL) e teste de absorção de anticorpos treponêmico fluorescente (FTA‑ABS), que são testes com base 
em antígenos lipídicos e treponêmicos, sendo a combinação dos dois resultados o melhor método para 
detecção da sífilis e de suas fases.
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O VDRL deve ser solicitado para todo portador de DST e para gestantes, como rotina, no período 
pré‑natal. Os testes tendem a tornarem‑se reativos a partir da segunda semana após o aparecimento do 
cancro (sífilis primária) e ficam mais elevados na fase secundária da doença.
Para o tratamento, podem ser utilizados os seguintes medicamentos:
• Penicilna G benzatina, 2,4 milhões UI, via intramuscular (IM), em dose única (1,2 milhão UI em cada nádega).
• Doxiciclina 100 mg, via oral (VO), de 12/12 horas, por 14 dias ou até a cura clínica (contraindicado 
para gestantes e nutrizes).
Cancro mole
É uma doença causada pelo Haemophilus ducreyi, mais frequente nas regiões tropicais, e de 
transmissão sexual.
As manifestações clínicas são múltiplas lesões dolorosas, a borda é irregular, apresentando contornos 
eritemato‑edematosos e fundo irregular recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido,que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil. No homem, as localizações 
mais frequentes são no frênulo e sulco balanoprepucial; na mulher, na fúrcula e face interna dos 
pequenos e grandes lábios. É mais comum nos homens.
O tratamento do cancro mole é realizado da seguinte maneira:
• Azitromicina 1 g, VO, em dose única, ou ciprofloxacina 500 mg, VO, de 12/12 horas, por 3 dias 
(contraindicado para gestantes, nutrizes e menores de 18 anos) ou eritromicina (estearato) 500 
mg, VO, de 6/6 horas, por 7 dias (indicado para gestantes).
• Ceftriaxona 250 mg, via IM, em dose única (indicado para gestante).
Herpes genital
É causada pelo vírus herpes simples, que é transmitido por contato direto com lesões ou 
objetos contaminados.
Geralmente, pode apresentar pódromos como aumento de sensibilidade, formigamento, mialgias, 
ardência ou prurido antecedendo o aparecimento das lesões.
As lesões são do tipo vesículas. No homem, localizam‑se mais frequentemente na glande e prepúcio; 
na mulher, nos pequenos lábios, clitóris, grandes lábios, fúrcula e colo do útero.
Nas gestantes portadoras de herpes simples, deve ser considerado o risco de complicações obstétricas. 
A infecção primária materna, no final da gestação, oferece maior risco de infecção neonatal do que o 
herpes genital recorrente. O maior risco de infecção ocorre durante a passagem do feto pelo canal de parto.
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O tratamento para herpes genital deve ocorrer da seguinte maneira:
• Para o primeiro episódio: aciclovir 200 mg, de 4/4 horas, 5x/dia, por 7 dias ou 400 mg, VO, 8/8 
horas, por 7 dias.
• Para episódio recorrente: aciclovir 400 mg, de 12/12 horas, por até 6 anos.
Em gestantes, deve‑se evitar tratar recidivas e tratar o primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação.
A dor pode ser aliviada com analgésicos e anti‑inflamatórios. O tratamento local consiste em: solução 
fisiológica ou água boricada a 3%, para limpeza das lesões.
Donovanose
É uma doença causada pela bactéria Klebsiella granulomatis, de transmissão sexual.
Pode ocorrer uma lesão isolada ou múltiplas lesões, incialmente, observa‑se uma lesão nodular 
localizada no subcutâneo que evolui para úlcera do tipo granulomatosa, de aspecto vermelho, com 
borda plana e hipertrófica, bem delimitada.
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais através da observação de corpúsculos de 
Donovan em esfregaço de amostra de lesões suspeitas ou de cortes tissulares corados.
O tratamento da donovanose deve ser realizado da seguinte maneira:
• Doxiciclina 100 mg, VO, 12/12 horas por, no mínimo, 3 semanas ou até cura clínica.
• Eritromicina (estearato) 500 mg, VO, de 6/6 horas por, no mínimo, 3 semanas ou até a cura clínica.
• Sulfametoxazol/Trimetoprim (800 mg e 160 mg), VO, de 12/12 horas por, no mínimo, 3 semanas, 
ou até a cura clínica.
• Tetraciclina 500 mg, de 6/6 horas, durante 3 semanas ou até cura clínica; ou azitromicina 1 g, VO, 
em dose única, seguido por 500 mg/dia, VO, por 3 semanas ou até cicatrizar as lesões.
Linfogranuloma venéreo
É uma doença sexualmente transmissível causada pela Chlamydia trachomatis. Muitas vezes as lesões 
não são percebidas. Os principais sinais e sintomas da doença são úlceras que geralmente desaparecem 
após 3 a 5 dias, e posteriormente voltam a aparecer com aspecto inflamado e com presença de sangue 
e pus, acompanhadas de febre, mal‑estar, vômitos, dor na cabeça, costas e articulações, emagrecimento, 
suor noturno, inflamação no reto e linfonodos na região inguinal que, se não tratados, evoluem para 
rompimento espontâneo e com saída de pus.
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A obstrução linfática crônica leva à elefantíase genital, que na mulher é denominada estiomene. 
Podem ocorrer fístulas retais, vaginais, vesicais e estenose retal.
Na maioria dos casos, o diagnóstico é feito em bases clínicas, não sendo rotineira a comprovação 
laboratorial. O teste laboratorial identifica anticorpos contra todas as infecções por clamídia, e se torna 
positivo após 4 semanas da infecção.
O tratamento é realizado de forma semelhante ao da donovanose.
Além disso, é necessário que o profissional realize as seguintes ações complementares essenciais, 
que valem também para as outras síndromes, como:
• Aconselhar e oferecer sorologias anti‑HIV, VDRL, hepatite B e C se disponíveis.
• Vacinar contra hepatite B, se a idade for inferior a 30 anos (restrito por disponibilidade da vacina).
• Enfatizar a adesão ao tratamento.
• Orientar para que a pessoa conclua o tratamento mesmo se os sintomas ou sinais tiverem desaparecido.
• Interromper as relações sexuais até a conclusão do tratamento e o desaparecimento dos sintomas.
• Oferecer preservativos, orientando sobre as técnicas de uso.
• Encorajar o paciente a comunicar a todos os seus parceiros(as) sexuais do último mês, para que 
possam ser atendidos e tratados. Fornecer ao paciente cartões de convocação para parceiros(as) 
devidamente preenchidos.
• Notificar o caso no formulário apropriado.
• Marcar o retorno para conhecimento dos resultados dos exames solicitados e para o controle de 
cura em 7 dias.
• Recomendar o retorno ao serviço de saúde se voltar a ter problemas genitais.
• Após a cura, usar preservativo em todas as relações sexuais, caso não exista o desejo de engravidar, 
ou adotar outras formas de sexo mais seguro.
Corrimentos vaginais e cervicites
O fluxograma dos corrimentos vaginais e cervicites deve ser utilizado quando não estiver disponível 
a microscopia.
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PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
Paciente com queixa de corrimento vaginal
Anamnese e avaliação de risco + exames ginecológicos
Critérios de risco positivo e/ou sinais de cervicite com 
muco pus/teste do cotonete/friabilidade/sangramento 
do colo
Realizar teste do pH vaginal: Teste de KOH a 10%
Aconselhar, oferecer anti‑HIV, VDRL, hepatites B e C se disponível, 
vacinar contra hepatite B, enfatizar a adesão ao tratamento, 
notificar, convocar e tratar parceiros e agendar retorno
Tratar gonorreia 
e clamídia
Avaliação de Risco 
(OMS) 
•Paciente com múltiplos 
parceiros sem proteção
• Parceiro com sintomas
• Paciente pensa ter sido 
exposta a uma DST
• Paciente proveniente 
de região de alta 
prevalência de gonococo 
e clamídia
Não
pH > 4,5 e/ou KOH (+)
Tratar vaginose bacteriana 
e tricomoníase
Sim
pH < 4,5 e KOH (‑)
Aspecto do corrimento:
grumoso ou eritema vulvar
Não
Causa 
fisiológica
Sim
Tratar 
candidíase
Figura 29 – Fluxograma da abordagem sindrômica para as úlceras genitais
A vagina é habitualmente úmida, devido à contínua secreção da região vulvar, das glândulas de 
Skene, de Bartholin, da descamação celular, do muco cervical, bem como de outros líquidos de origem 
tubária e endometrial.
A flora vaginal possui bacilos de Dordelein e outras bactérias, além de pequena quantidade de 
polimorfonucleares.
 Lembrete
Os bacilos de Doderlein são bacilos da flora vaginal, protetores, que se 
nutrem de glicogênio e são produzidos por células contidas na vulva.
As vulvovaginites são processos inflamatórios e/ou infecciosos que acometem o trato genital 
feminino inferior e que se manifestam em graus variáveis de desconforto vaginal, como prurido vulvar, 
dispareunia, ardor vulvar e vaginal, hiperemia e edema.
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Evidencia‑se por um aumento do conteúdo vaginal de diferentes aspectos. O enfermeiro deve saber 
diferenciar o conteúdo vaginal fisiológico do patológico.
As vulvovaginites podem ser causadas por agentes infecciosos endógenos (vaginose bacteriana 
e candidíase), por agentes sexualmente transmitidos (tricomoníase),ou por fatores físicos 
(traumas), químicos (uso de lubrificantes e de absorventes internos e externos), hormonais (hiper e 
hipoestrogenismo), anatômicos e orgânicos (imunodepressão secundária à doença sistêmica ou outras 
imunodepressões). A prática de coito vaginal imediatamente após o coito anal e o uso de DIU podem 
favorecer as vulvovaginites, alterando a flora vaginal.
A endocervicite é uma inflamação da mucosa endocervical (epitélio colunar do colo uterino), 
causada, na maioria das vezes, por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
A vaginose bacteriana pode ser causada por diversas bactérias, dentre elas, a mais comum é a 
Gardnerella vaginalis, e por outros microrganismos anaeróbicos, o principal tratamento medicamentoso 
é o metronidazol 400‑500 mg de 12/12 horas VO por 7 dias.
A leucorreia que essa inflamação provoca é homogênea, acinzentada, não alcança grande volume, 
eleva o pH até 5,5 ou mais, possui odor desagradável, semelhante a peixe podre, provocado por enzimas 
produzidas pelas bactérias anaeróbicas. Na maioria das pacientes, é assintomática.
A Candida albicans é um fungo dimórfico, gram‑positivo, que se reproduz em pH ácido de 4 e 
5 e apresenta‑se na vagina de 25% das mulheres de forma comensal. Alterações na flora vaginal 
tornam‑no patógeno.
Geralmente, o fluxo vaginal aumenta, torna‑se espesso, caseoso, branco‑amarelado, muitas vezes, 
descrito pela mulher, como semelhante à coalhada ou à nata do leite.
Para o tratamento, geralmente, são utilizados cremes vaginais à base de nistatina e educação 
sobre higiene genital, atividade sexual, higiene de roupas íntimas e, no caso de desconforto ou dor 
na região vulvovaginal, são indicados banhos de assento. A atividade sexual pode ser desencorajada 
durante o tratamento.
Um dos principais medicamentos prescritos é o miconazol, creme a 2%, via vaginal, uma aplicação 
à noite ao deitar‑se, por 7 dias.
A gonorreia é causada pela bactéria gram‑negativa Neisseria gonorrhoeae. Geralmente infecta a 
uretra, poupando a vagina e o útero. Nas mulheres, são assintomáticas na maioria das vezes. No homem, 
ocorre disúria, febre baixa e aparece um corrimento amarelo purulento saindo da uretra.
A infecção gonocócica na gestante poderá estar associada a um maior risco de prematuridade, 
ruptura prematura de membrana, perdas fetais, retardo de crescimento intrauterino e febre puerperal. 
No recém‑nascido, a principal manifestação clínica é a conjuntivite, podendo haver septicemia, artrite, 
abcessos de couro cabeludo, pneumonia, meningite, endocardite e estomatite.
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A oftalmia gonocócica precisa ser tratada imediatamente, para prevenir dano ocular. A terapia 
recomendada é a seguinte: ceftriaxona 25 a 50 mg/kg/dia, via IM, no máximo 125 mg em dose única.
A profilaxia, no período pós‑neonatal, deve ser realizada rotineiramente com nitrato de prata a 1% 
(Método de Crede), aplicação única, uma hora após o nascimento.
O tratamento da gonorreia é com ceftriaxona 25 a 50 mg/kg/dia, via IM, no máximo 125 mg em 
dose única.
A clamídia é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, pode ser transmitida para o recém‑nascido 
na passagem pelo canal de parto.
Nos homens, pode causar epididimite e orquite, e, nas mulheres, pode ultrapassar as trompas e 
causar doença inflamatória pélvica (DIP). A doença ainda pode ocasionar infertilidade tanto no homem 
quanto na mulher.
O recém‑nascido também pode apresentar conjuntivite.
As manifestações clínicas são disúria, poliúria e presença de uma secreção fluida amarelo‑esverdeada 
e purulenta. Nas mulheres, podem aparecer sangramento intermenstrual e dor pélvica.
O tratamento é realizado da seguinte maneira:
Azitromicina 1 g, VO, em dose única, ou doxicilina 100 mg, VO, de 12/12 horas, durante 7 dias.
Em gestantes ou menores de 18 anos: contraindicar ofloxacina. Indicar azitromicina, eritromicina ou 
amoxacilina (500 mg, VO, de 8/8 horas, por 7 dias).
A tricomoníase é causada pelo Trichomonas vaginalis, um protozoário unicelular, flagelado 
que ocasiona corrimento geralmente copioso, que banha os tecidos vulvares e perineais, 
tipicamente bolhoso, amarelo‑esverdeado, de consistência variada, com pH entre 5 e 7, de odor 
fétido. Produz vulvite irritativa que pode se estender à face interna das coxas com prurido e 
ardência. Pode levar à dispareunia.
A vagina pode ter um aspecto de framboesa, disúria e polaciúria são os sintomas urinários mais comuns.
O tratamento é realizado com metronidazol 2 g, VO, em dose única ou metronidazol 400‑500 mg de 
12/12 horas, VO, por 7 dias.
 Observação
Enfermeiros só podem prescrever tratamento se houver protocolo na 
instituição. A antibioticoterapia só é prescrita pelo médico.
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Unidade III
 Saiba mais
Para mais informações sobre as DSTs, consulte:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Programa Nacional de DST e Aids. Manual de controle das doenças 
sexualmente transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível 
em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_controle_das_
dst.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2017.
5.2 Anamnese, semiologia ginecológica e coleta da colpocitologia oncótica
A consulta de enfermagem em ginecologia compreende ações e procedimentos voltados para a 
identificação, diagnóstico e tratamento precoce de doenças do aparelho reprodutivo com foco na 
prevenção de DST, câncer (de mama e de útero) e orientação sobre planejamento familiar.
No atendimento motivado por DST, prevenção do câncer de colo de útero e mama, os profissionais 
de saúde devem conhecer a anatomia e a fisiologia do trato genital feminino. Nesses casos são 
recomendados exame clínico e exame genital minuciosos.
Anamnese
Na anamnese, os seguintes dados devem ser coletados pelo enfermeiro:
• Identificação:
— Nome.
— Idade.
— Situação conjugal.
— Profissão.
— Ocupação atual.
— Data de nascimento.
— Número do prontuário.
— Naturalidade.
— Escolaridade.
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PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
• Motivo da consulta.
• Conhecimento sobre questões de saúde:
— Exame colpocitológico ou Papanicolaou ou cérvico‑uterino.
— Autoexame das mamas.
• Hábitos de vida:
— Etilismo e tabagismo.
• Antecedentes pessoais:
— Gerais:
– problemas urinários e intestinais;
– histórico de transfusão sanguínea;
– histórico de doenças anteriores (tuberculose, diabetes, hipertensão etc.), cirurgias e 
internações).
— Ginecológicos:
– idade na menarca;
– data da última menstruação;
– características do ciclo menstrual;
– presença de leucorreia e características;
– história de cauterização;
– problemas mamários;
– uso de métodos anticonceptivos.
— Obstétricos:
– número de gestações anteriores (G);
– paridade (P);
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– resolução dos partos: normal (N), cesárea (C) ou fórceps (F);
– história de abortos (A);
– neomortos e natimortos;
– uso de método anticoncepcional (MAC).
Após a coleta de dados, é necessário que a mulher esvazie a bexiga e seja orientada a tirar as roupas 
e colocar o avental com a abertura para frente.
O enfermeiro deve realizar o exame físico geral e o especial (ginecológico).
• Exame físico geral:
— Verificar sinais vitais, peso e altura.
— Realizar o exame no sentido cefalopodal ou por sistemas.
— Realizar a avaliação neurológica e avaliações da pele e mucosas, dos sistemas pulmonar e 
cardíaco, do sistema gastrointestinal, do sistema geniturinário e do sistema locomotor.
• Exame físico especial (ginecológico):
— Está relacionado com a avaliação das mamas, do abdômen e da genitália feminina.
Mamas
A inspeção das mamas deve ser realizadapelo enfermeiro, considerando os seguintes aspectos:
• Inspeção estática das mamas:
— Observar o número de mamas, a consistência (firme ou flácida), o volume (hipertrofia) e a 
forma (cônica, pêndulo e esféricas).
— Observar o tipo de mamilo (protuso, semiprotuso, invertido ou pseudoinvertido).
— Verificar a simetria.
— Verificar a forma das mamas das papilas e das aréolas.
— Verificar alterações da superfície (depressões, abaulamentos e retrações).
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• Inspeção dinâmica das mamas:
— Realizar o levantamento dos braços e, depois, colocar as mãos no quadril.
— Observar contração dos músculos peitorais.
— Avaliar abaulamentos, retrações e tumores.
• Palpação das mamas:
— Realizar a palpação com mãos espalmadas e pontas dos dedos, as mamas devem ser palpadas 
de forma circular, de fora para dentro e no fim sendo realizada a expressão do mamilo a fim de 
identificar a presença de secreção.
— Realizar a palpação de linfonodos axilares, supra e infraclaviculares e cervicais.
— Identificar possíveis alterações, como: pele com aspecto de casca de laranja (câncer), sinais 
flogísticos, massas, secreções, áreas de condensação e nódulos.
Na identificação de um nódulo, devem ser observados:
• Localização (quadrantes).
• Tamanho.
• Formato (oval, redondo, lobulado ou indiferenciado).
• Consistência (friável ou duro).
• Mobilidade.
• Diferenciação (presença de outros nódulos).
• Mamilo.
• Pele sobre o nódulo.
• Sensibilidade.
• Linfonodos palpáveis.
• Expressão dos mamilos:
— Deve ser realizada com os dedos indicador e polegar.
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— A presença de secreção indica processo inflamatório, lesão benigna ou maligna.
Cabe ao enfermeiro, no momento do exame das mamas, realizar a ação educativa sobre a realização 
do autoexame das mamas. Essa ação educativa será abordada posteriormente.
Abdômen
O exame físico do abdômen deve ser realizado por meio da inspeção, ausculta, percussão e palpação. Pode 
ser realizado considerando a divisão dos quatro quadrantes ou das nove regiões e em sentindo horário.
• Inspeção:
— Pele: cicatrizes, estrias, veias dilatadas, lesões e erupções.
— Contorno (tipo) de abdômen: plano, globoso, escavado.
— Pulsações: a pulsação da artéria aorta na região epigástrica é visível.
— Simetria: a fim de identificar massas ou visceromegalia.
• Ausculta:
— A ausculta deve ser realizada com o estetoscópio por pelo menos 2 minutos. Os sons normais 
da ausculta abdominal são denominados de ruídos hidroaéreos. Quando ocorrem em maior 
quantidade, devido ao aumento do peristaltismo, é possível auscultar sons hiperativos, como 
ocorre em diarreias. Quando ocorrem em menor quantidade, são denominados de sons 
hipoativos, em caso de peritonite e íleo paralítico.
• Percussão:
— A percussão deve ser realizada em todo o abdômen a fim de identificar os sons como:
– timpanismo: ocorre na maior parte do abdômen devido à presença de gases no sistema 
gastrointestinal e às vísceras serem ocas;
– som maciço ou submaciço: relacionado à presença de líquidos ou fezes no sistema 
gastroinstestinal ou à presença de víscera que não é oca, por exemplo, o fígado.
— A manobra especial, como piparote, também pode ser realizada, se necessário.
• Palpação:
— A palpação deve ser realizada em todo o abdômen a fim de identificar massas, regiões dolorosas 
e a presença de órgãos.
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— Pode ser feita a palpação superficial, profunda e a realização de manobras especiais, como o 
sinal de Bloomberg, que verifica a presença de dor abdominal à descompressão rápida e pode 
indicar peritonite.
Posteriormente, o exame ginecológico é executado.
Exame dos órgãos genitais externos
O exame ginecológico deve ser realizado com a mulher em posição ginecológica ou de litotomia.
Deve‑se observar:
• Higiene.
• Lacerações e ulcerações na região vulvar.
• Aumento das glândulas de Bartholin e de Skene.
• Presença de secreção: anotar as características da secreção e avaliar se é fisiológica ou se tem 
relação com alguma DST.
• Períneo:
— Avaliar integridade.
— Caracterizar lacerações ou roturas em relação ao grau:
– 1º grau: apenas mucosa;
– 2º grau: mucosa e musculatura, sem lesão do esfíncter anal;
– 3º grau: com lesão do esfíncter anal.
O útero é mantido na posição graças ao aparelho de fixação do assoalho pélvico. Devido às funções 
do aparelho genital, como a reprodução, pode ocorrer o prolapso. Entre os prolapsos genitais, pode 
ocorrer a colpocele, projeção da coluna rugosa do terço inferior da vagina.
A colpocele pode ser anterior, ou seja, colpocistocele e, geralmente, é associada à cistocele, que é o 
prolapso de bexiga. Nesse caso, ocorre desconforto pélvico, incontinência urinária de esforço, polaciúria, 
retenção urinária e possível infecção.
Pode ocorrer a colpocele posterior ou colporretocele, que é acompanhada de retocele ou exteriorização 
do reto. Nesse caso ocorre a eliminação involuntária de gases e fezes líquidas.
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Unidade III
Exame dos órgãos genitais internos
Realiza‑se por meio do toque vaginal e do exame especular.
• Toque vaginal:
— O toque vaginal pode ser simples (unidigital ou bidigital) ou combinado (toque feito com uma 
mão na vagina e outra no abdômen):
– o toque vaginal simples possibilita avaliar o assoalho perineal e sua tonicidade, modificações 
da vagina e do colo do útero;
– o toque vaginal combinado possibilita avaliar as características da vagina e do colo uterino, 
assim como do trato genital superior (útero e anexos).
Figura 30 – Toque vaginal combinado
Exame especular
O exame especular tem a finalidade de visualizar as partes acessíveis do aparelho genital feminino 
(colo uterino e vagina). Também possibilita a coleta de material para colpocitologia oncótica, conhecido 
por preventivo ou Papanicolau.
Esse exame é o método mais difundido mundialmente para o rastreamento de células cancerosas e 
pré‑cancerosas. Também é utilizado na detecção de outras alterações, por exemplo, vulvovaginites.
• Técnica para colocação do espéculo.
— Separar o material: espéculo de Collins e luva de procedimento.
— Colocar a mulher em posição ginecológica ou litotômica.
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— Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimento.
— Expor o introito vaginal, afastando os lábios com os dedos da mão esquerda.
— Introduzir o espéculo com a mão direita, de forma oblíqua.
Existem vários tamanhos de espéculos, que são classificados em pequeno, médio e grande ou 1, 2 e 3, 
e o espéculo para mulher que ainda não teve relação sexual. Pode ser de aço ou de material descartável.
Seguem as orientações para a escolha do espéculo:
• O tamanho pequeno (1) deve ser utilizado em pacientes que não tiveram parto vaginal, muito 
jovens, muito magras ou menopausadas.
• O espéculo grande (3) deve ser usado para multíparas e obesas.
• O espéculo médio (2) deve ser usado para todas as outras situações.
Não se deve utilizar vaselina para lubrificar o espéculo, pois pode alterar o resultado do exame. Se 
necessário, apenas lubrificar com solução fisiológica ou água destilada, antes de sua introdução.
Avalia‑se, no exame especular, o canal vaginal em relação ao comprimento (7 a 8 cm), distensibilidade 
(propriedade elástica) e superfície (na mulher jovem tem aspecto rugoso e a partir do climatério, aspecto 
liso). Também avalia‑se o colo uterino em relação à forma (cônica, cilíndrica ou cilíndrico‑cônica), 
à superfície (lisa, regular, convexa, brilhosae de cor rósea brilhante), o orifício externo (circular em 
nuligestas e em fenda transversa nas multíparas).
Coleta de material para colpocitologia oncótica
Faz parte da consulta de enfermagem coletar material cérvico‑vaginal para exame citológico, a fim 
de reduzir a morbimortalidade por câncer de colo uterino.
Para a realização do exame, a mulher deve ser orientada da seguinte maneira:
• Não estar menstruada no dia do exame.
• Não fazer uso de duchas e cremes vaginais, pelo menos, 48 horas antes do exame.
• Não manter relações sexuais, pelo menos, nas 48 horas que antecedem o dia do exame.
Os materiais necessários para a coleta são:
• Mesa ginecológica.
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• Foco de luz.
• Um par de luvas de procedimento.
• Espéculo.
• Pinça de Cheron.
• Espátula de Ayres (para coleta de material da ectocérvice).
• Escovinha (para coleta de material da endocérvice).
• Gazes.
• Cuba redonda (para acondicionar solução de lugol, se for realizar teste de Schiller).
• Ácido acético a 3%.
• Fixador que poderá ser álcool a 95% ou outro.
• Lâmina com borda fosca.
• Tubete com arestas.
• Lápis preto (para identificação da lâmina).
• Lixeira.
• Balde com solução desinfetante (para depósito do espéculo não descartável).
A técnica para coleta de material cérvico‑vaginal para colpocitologia oncótica deve ser realizada da 
seguinte maneira:
• Preparar todo o material necessário.
• Identificar a lâmina com o lápis preto com o número do prontuário e as iniciais do nome da 
paciente.
• Identificar o tubete onde a(s) lâmina(s) será(ão) colocada(s).
• Escolher o tamanho do espéculo levando em consideração a história obstétrica e ginecológica da 
paciente.
• Colocar as luvas.
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• Introduzir o espéculo na vagina.
• Retirar o excesso de muco ou corrimento vaginal se estiver presente com auxílio da pinça Cheron 
e de uma gaze.
• Visualizar o colo uterino.
• Coletar secreção da ectocérvice, com a extremidade da espátula de Ayres em chanfradura, 
apoiando a parte mais protuberante da chanfradura no orifício externo do colo e realizando uma 
volta de 360º, depois, colocar a secreção na lâmina e desprezar a espátula no lixo.
• Aplicar o fixador e colocar a lâmina no tubete.
• Coletar secreção da endocérvice com a escovinha. Introduzir no orifício externo toda a extremidade 
com cerdas da escovinha e realizar um movimento de 360º, após colocar a secreção na lâmina, 
realizando movimentos rotatórios. Desprezar a escovinha no lixo.
• Aplicar o fixador na lâmina.
• Colocar a lâmina no tubete.
A B
Figura 31 – Coleta de material para colpocitologia oncótica
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2006a) recomenda a realização da coleta do material apenas 
da ectocérvice e da endocérvice para todas as mulheres. A amostra de fundo de saco vaginal não é 
recomendada, pois o material coletado é de baixa qualidade para o diagnóstico oncótico.
Na gravidez, deve‑se coletar apenas da ectocérvice, a fim de evitar abortos e trabalhos de partos prematuros.
Teste de Schiller
O teste de Schiller consiste na aplicação da solução de lugol no colo uterino com a finalidade de 
identificar alterações celulares, mediante a fixação do iodo nas áreas ricas em glicogênio.
O teste será considerado negativo se houver a fixação do iodo tingindo o colo marrom.
Na ausência de glicogênio, o tecido permanecerá da mesma cor, pois o iodo não será fixado e o teste 
será Schiller positivo. Isso ocorre na presença de alterações celulares (células displásicas ou carcinomatosas).
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É importante descrever no relatório do exame físico e na ficha que será enviada ao laboratório a área 
do colo em que o teste de Schiller foi positivo (não corou).
5.3 Ações educativas
As ações educativas na consulta de enfermagem em ginecologia são realizadas a fim de orientar 
sobre o autoexame das mamas, para prevenir o câncer de mama, sobre a realização do exame de citologia 
oncótica no período recomendado pelo Ministério da Saúde, para prevenir o câncer de colo uterino e 
sobre orientações de planejamento familiar.
Autoexame das mamas
O autoexame das mamas deve ser realizado de forma periódica pela mulher, conforme apresentado 
a seguir:
• Mensal: de 7 a 10 dias após a menstruação.
• Nas mulheres a partir da menopausa: um dia fixo do mês, por exemplo, o dia do aniversário ou dia 
do pagamento.
• Nas mulheres que amamentam: mensalmente, após o bebê esvaziar a mama.
Etapas do autoexame das mamas:
• Inspeção estática e dinâmica: a mulher deve realizá‑la em frente ao espelho.
• Palpação das mamas: deve ser realizada em pé durante o banho ou em frente ao espelho. 
Com a mão direita, deve‑se palpar a mama esquerda e vice‑versa, fazendo um movimento 
circular de fora para dentro, a fim de identificar alterações, como a presença de nódulos. 
Deve‑se realizar, também, a palpação dos linfonodos nas regiões axilares, supraclaviculares, 
infraclaviculares e cervical.
• Expressão dos mamilos: deve ser realizada com o polegar e o dedo indicador.
Orientação para coleta de material para colpocitologia oncótica ou Papanicolau
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2006a) preconiza que o exame pelo método de Papanicolau seja 
realizado a cada três anos, após a obtenção de dois exames com resultados negativos, com intervalo de 
um ano entre eles.
Dessa forma, o enfermeiro deve orientar que o exame seja realizado anualmente, até a mulher obter 
dois exames com resultados negativos. Também deve encorajar a procura do serviço para a coleta do 
Papanicolau e em caso de ocorrência de alguma DST.
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Orientação de planejamento familiar em ginecologia
Para prevenir gestações indesejadas e DSTs, o enfermeiro deve aproveitar a consulta de enfermagem 
em ginecologia para orientar sobre os métodos contraceptivos que são disponibilizados de forma 
gratuita pelo governo e encorajar o seu uso.
Deve, também, focar o uso do preservativo, pois além de evitar a gravidez, também previne a 
ocorrência de DST.
 Lembrete
O planejamento familiar envolve a orientação que o enfermeiro presta à 
mulher e ao seu parceiro sobre os principais métodos contraceptivos como 
o preservativo masculino ou feminino, a pílula, os medicamentos injetáveis, 
o DIU, entre outros, a fim de prevenir uma gestação indesejada.
6 PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS: CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E MAMAS
6.1 Câncer de colo de útero
O câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer mais comum que ocorre em mulheres. Sabe‑se 
que devido a sua alta incidência e mortalidade, a atenção volta‑se para prevenção e detecção precoce 
desse evento nas mulheres.
Nesse cenário, sendo o enfermeiro um membro da equipe multidisciplinar na Atenção Básica, cabe a 
ele atuar de forma preventiva, garantido a detecção precoce e o tratamento oportuno.
A ocorrência do câncer de colo do útero envolve alterações celulares que têm uma progressão 
gradativa, lenta e silenciosa e é por isso que é uma doença curável quando descoberta no início.
Os principais fatores de risco para a ocorrência do câncer de colo uterino são (BRASIL, 2014):
• Infecção pelo papilomavírus (HPV) – sendo esse o principal fator de risco.
• Início precoce da atividade sexual.
• Multiplicidade de parceiros sexuais.
• Tabagismo, diretamente relacionados à quantidade de cigarros fumados.
• Baixa condição socioeconômica.
• Imunossupressão.
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• Uso prolongado de contraceptivos orais.
• Higiene íntima inadequada.
Sendo o HPV o principal fator de risco, é necessárioque o enfermeiro conheça os principais aspectos 
dessa doença.
Ela é causada pelo papilomavírus, vírus capazes de infectar a pele e mucosas. Existem mais de 150 
tipos de HPV, dos quais 40 podem infectar o trato genital e 12 podem provocar câncer (tipos 16, 18, 31, 
33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59) (BRASIL, 2014).
O HPV de tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer do colo de útero em todo o mundo 
(cerca de 70%). Eles também são responsáveis por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos 
cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar (BRASIL, 2014).
O vírus HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar‑se com uma única exposição, 
e a sua transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal 
forma é pela via sexual, que inclui contato oral‑genital, genital‑genital ou mesmo manual‑genital 
(BRASIL, 2014).
Em um pequeno número de casos, o vírus pode se multiplicar e então provocar o aparecimento 
de lesões, como as verrugas genitais ou lesões que só são visíveis através de aparelhos com lente de 
aumento (microscópio), chamadas de lesão subclínica (BRASIL, 2014).
Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente. 
Existe uma fase pré‑clínica, sem sintomas, com transformações intraepiteliais progressivas importantes, 
em que a detecção de possíveis lesões precursoras são realizadas por meio da realização periódica do 
exame preventivo do colo do útero (BRASIL, 2014).
A lesão progride lentamente, por anos, antes de atingir o estágio invasor da doença, quando a cura 
se torna mais difícil, senão impossível. Nessa fase os principais sintomas são sangramento vaginal, 
corrimento e dor.
O diagnóstico das verrugas anogenitais pode ser feito em homens e em mulheres por meio do exame 
clínico. As lesões subclínicas podem ser diagnosticadas por meio de exames laboratoriais (citopatológico, 
histopatológico e de biologia molecular) ou do uso de instrumentos com poder de magnificação (lentes 
de aumento), após a aplicação de reagentes químicos para contraste (colposcopia, peniscopia, anuscopia). 
E, para distinguir a lesão benigna da maligna, são realizadas biópsias e confirmação histopatológica 
(BRASIL, 2014).
Os tratamentos existentes têm o objetivo de reduzir, remover ou destruir as lesões proporcionadas 
pelo HPV. São eles: químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
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As medidas de prevenção mais importantes são:
• Uso do preservativo (camisinha) nas relações sexuais.
• Evitar ter muitos parceiros ou parceiras sexuais.
• Realizar a higiene pessoal.
• Vacinar‑se contra o HPV.
A vacina aplicada no Brasil é a quadrivalente, protegendo o indivíduo dos tipos 6, 11, 16 e 18 da 
doença. Meninas com idade entre 9 a 14 anos e meninos com idade de 12 e 13 anos são vacinados. Os 
meninos e as meninas nessa faixa etária devem tomar duas doses da vacina, sendo que a segunda dose 
deverá ser administrada seis meses após a primeira dose.
O exame Papanicolau detecta as alterações que o HPV pode causar nas células e um possível câncer, 
mas não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é considerado o melhor método para 
detectar o câncer do colo de útero e suas lesões precursoras.
Com relação ao resultado da amostra de colpocitologia oncótica (Papanicolau) que foi colhida e 
encaminhada ao laboratório, será classificada em:
• amostra insatisfatória;
• amostra satisfatória, mas limitada;
• amostra satisfatória.
Uma amostra será considerada insatisfatória quando houver:
• ausência de identificação na lâmina ou na requisição;
• lâmina quebrada ou com material mal fixado;
• células escamosas bem preservadas cobrindo menos de 10% de superfície da lâmina;
• obscurecimento por sangue, inflamação, áreas espessas, má fixação, dessecamento etc., que 
impeçam a interpretação de mais de 75% das células epiteliais.
Nesses casos não é possível dar algum diagnóstico e, por isso, o exame deve ser repetido.
Uma amostra será considerada satisfatória, mas limitada quando houver:
• falta de informações clínicas pertinentes;
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• ausência ou escassez de células endocervicais ou metaplásicas representativas da junção 
escamo‑colunar (JEC) ou da zona de transformação;
• esfregaço purulento, obscurecido por sangue, áreas espessas, dessecamento etc., que impeçam a 
interpretação de aproximadamente 50 a 70% das células epiteliais.
Também o resultado pode indicar se há uma lesão precursora, ou seja, neoplasia intraepitelial cervical 
(NIC), que dependendo de sua gravidade, poderá ou não evoluir para câncer.
NIC I é a alteração celular que acomete as camadas mais basais do epitélio estratificado do colo do útero 
(displasia leve). Cerca de 80% das mulheres com esse tipo de lesão apresentarão regressão espontânea.
NIC II é a existência de desarranjo celular em até três quartos da espessura do epitélio, preservando 
as camadas mais superficiais (displasia moderada).
NIC III é a observação do desarranjo em todas as camadas do epitélio (displasia acentuada e carcinoma 
in situ), sem invasão do tecido conjuntivo subjacente.
As lesões precursoras de alto grau (NIC II e III) são encontradas com maior frequência na 
faixa etária de 35 a 49 anos, especialmente entre as mulheres que nunca realizaram o exame 
citopatológico (Papanicolau).
No resultado compatível com NIC I, recomenda‑se a repetição do exame de colpocitologia oncótica 
após 6 meses. Nos resultados compatíveis com NIC II ou NIC III, recomenda‑se o encaminhamento imediato 
para a colposcopia, para confirmação histopatológica de que não houve invasão do tecido conjuntivo.
Os termos Ascus e Agus podem aparecer e correspondem às atipias de significado indeterminado 
em células escamosas (Ascus) e em células glandulares (Agus). Sob esses diagnósticos estão incluídos os 
casos com ausência de alterações celulares que possam ser classificadas como neoplasia intraepitelial 
cervical, porém com alterações citopatológicas que merecem melhor investigação e acompanhamento. 
Recomenda‑se a repetição do exame de colpocitologia oncótica após seis meses.
Após 6 meses, espera‑se a regressão espontânea das lesões (Ascus, Agus, NIC I e efeito citopático 
compatível com HPV), isso ocorre em cerca de 80% dos casos. Caso o resultado continue alterado, a 
mulher deve ser encaminhada para a colposcopia.
Carcinoma escamoso invasivo e adenocarcinoma invasivo ocorrem quando as alterações celulares se 
tornam mais intensas e o grau de desarranjo é tal que as células invadem o tecido conjuntivo do colo do 
útero abaixo do epitélio. O exame histopatológico irá determinar o grau da invasão, o que é necessário 
para o correto tratamento. Recomenda‑se que as mulheres com esse diagnóstico sejam encaminhadas 
imediatamente para a colposcopia.
A colposcopia consiste na visibilização do colo através do colposcópio (um aparelho que possui 
iluminação e lentes de aumento), após a aplicação de soluções de ácido acético, entre 3% e 5% e lugol. É 
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um exame usado para avaliar os epitélios do trato genital inferior e, quando necessário, orientar biópsia 
e cirurgia de alta frequência (CAF).
A CAF é um procedimento que utiliza um bisturi elétrico de alta frequência para a retirada de uma 
lesão. Esse aparelho simultaneamente corta e faz a hemostasia do leito cirúrgico sem causar danos 
ao tecido removido. O objetivo desse tratamento cirúrgico é retirar totalmente a lesão intraepitelial, 
promovendo o controle local da doença e a mutilação mínima, por esse motivo tem que ser feito sob 
observação colposcópica. É realizado no ambulatório e tem como grande vantagema possibilidade de 
utilização do fragmento para estudo histopatológico e afastar a possibilidade de invasão do estroma.
O diagnóstico de doenças que causam processos inflamatórios na vagina e no colo do útero 
pode ser identificado no exame de colpocitologia oncótica, como tricomoníase, candidíase e 
vaginoses bacterianas.
6.2 Câncer de mama
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o primeiro entre as 
mulheres. É, provavelmente, o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e, sobretudo, 
pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal.
O câncer de mama tem origem em uma lesão no DNA herdada ou adquirida, a qual produz alterações 
no padrão de multiplicação celular. As células tumorais tendem a invadir a camada que dá sustentação 
ao tecido dos ductos mamários, chamada membrana basal. Quando isso ocorre, o câncer é considerado 
invasivo. Se não houver infiltração da membrana basal, o tumor é considerado in situ (BRASIL, 2006a).
É relevante apresentar que desde o início da formação do câncer até a fase em que ele pode ser 
descoberto pelo exame físico, ou seja, quando tem em torno de 1 cm de diâmetro, passam‑se, em média, 
10 anos (BRASIL, 2006a).
No início da fase subclínica (nódulo impalpável), tem‑se a impressão de crescimento lento, porque 
as dimensões das células são mínimas. Porém, depois que o tumor se torna palpável, a duplicação é 
facilmente perceptível. Se não for tratado, o tumor desenvolve metástases (focos de tumor em outros 
órgãos), mais comumente para os ossos, pulmões e fígado. Em 3 a 4 anos do descobrimento do tumor 
pela palpação, ocorre o óbito (BRASIL, 2013a).
Os fatores de risco para o câncer de mama são (BRASIL, 2013a):
• História familiar é um importante fator de risco para o câncer de mama, especialmente se um 
ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade; 
entretanto, o câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total 
de casos de cânceres de mama.
• A idade constitui outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com 
o aumento da idade.
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Unidade III
• A menarca precoce (idade da primeira menstruação).
• A menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade).
• A ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos.
• A nuliparidade.
São definidos como grupos populacionais com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama:
• Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) 
com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade.
• Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) 
com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária.
• Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino.
• Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia 
lobular in situ.
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de 
dor mamária. Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações 
ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.
 Observação
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico de câncer, maior a probabilidade 
de cura.
Rastreamento significa detectar a doença em sua fase pré‑clínica, enquanto diagnóstico precoce 
significa identificar câncer da mama em sua fase clínica precoce (BRASIL, 2013a).
A prevenção do câncer de mama está embasada em três componentes:
• Autoexame: deve ser realizado por mulheres de qualquer faixa etária, mensalmente, após a 
menstruação. Toda a equipe de saúde deve estar atenta para as oportunidades de orientação 
quanto à realização periódica do autoexame pelas usuárias.
• Exame clínico das mamas: deve ser realizado pelo menos uma vez por ano pelo profissional de 
saúde (ginecologista, generalista ou enfermeiro), principalmente em mulheres com mais de 35 
anos de idade, quando em consulta ou em outras oportunidades (por exemplo, na coleta de 
citologia oncótica) independente da queixa.
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• Mamografia: para rastreamento ou para diagnóstico de lesões suspeitas.
As recomendações para o rastreamento de mulheres assintomáticas, segundo o Ministério da Saúde 
(BRASIL, 2006a) são:
• Exame clínico das mamas: para todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade, com periodicidade anual.
Esse procedimento é ainda compreendido como parte do atendimento integral à saúde da mulher, 
devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária.
• Mamografia: para mulheres com idade entre 50 a 69 anos de idade, com intervalo máximo de 2 
anos entre os exames.
• Exame clínico das mamas e mamografia anual: para mulheres a partir de 35 anos de idade, 
pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama.
É garantido o acesso ao diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as mulheres com alterações 
nos exames realizados no Sistema Único de Saúde.
Exame clínico das mamas
O exame deve ser realizado pelo enfermeiro a fim de identificar alterações clínicas nas mamas.
A inspeção pretende identificar sinais de câncer de mama. Seus sinais precoces são: achatamentos 
dos contornos, abaulamentos ou espessamentos da pele das mamas.
É importante o examinador comparar as mamas para identificar grandes assimetrias e diferenças na 
cor da pele, textura, temperatura e padrão de circulação venosa. O acrônimo Breast (em inglês) significa 
B – massa na mama (breast mass), R – retração (retraction), E – edema (edema), A – linfonodos axilares 
(axillary nodes), S – ferida no mamilo (scaly nipple) e T – sensibilidade na mama (tender breast) podem 
ajudar na memorização das etapas na inspeção.
Na palpação o enfermeiro deve examinar cada área do tecido mamário e aplicar três níveis de pressão 
em sequência: leve, média e profunda, correspondendo ao tecido subcutâneo, ao nível intermediário e 
mais profundamente à parede torácica. Devem‑se realizar movimentos circulares com as polpas digitais 
do 2º, 3º e 4º dedos da mão como se tivesse contornando as extremidades de uma moeda. A região da 
aréola e da papila (mamilo) deve ser palpada e não comprimida.
De forma geral, os resultados do exame clínico das mamas (ECM) podem ser interpretados de 
duas formas: normal ou negativo, caso nenhuma anormalidade seja identificada pela inspeção 
visual e palpação, e anormal, caso achados assimétricos necessitem de avaliação posterior e possível 
encaminhamento para especialista (referência).
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Mamografia
A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de 
mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros) (BRASIL, 2006a).
Os laudos mamográficos, denominados de Breast Imaging Reporting and Data System (BI‑RADS), 
são apresentados levando em consideração a evolução diagnóstica e a recomendação da conduta, não 
se deve esquecer da história clínica e do exame físico da mulher.
No Congresso Americano de Radiologia, em dezembro de 2003, em Chicago, foi divulgada a 4ª edição 
do BI‑RADS. O BI‑RADS é um trabalho elaborado por membros de vários departamentos do Instituto 
Nacional do Câncer, de Centros de Controle e Prevenção da Patologia Mamária, da Administração de 
Alimentos e Drogas, da Associação Médica Americana, do Colégio Americano de Radiologia, do Colégio 
Americano de Cirurgiões e do Colégio Americano de Patologistas (BRASIL, 2006a).
Tratamento do câncer de mama
Os tratamentos para o câncer de mamapodem ser: cirúrgico, quimioterápico, radioterápico ou 
hormonioterápico.
Cirurgia
A cirurgia poderá ser conservadora ou radical. Será conservadora quando retira apenas uma parte da 
mama (quadrantectomia) e radical quando retira toda a mama, ou seja, mastectomia (a cirurgia deverá 
ser complementada pela radioterapia).
Quadro 7 – Categoria BI‑RADS, interpretação, risco de câncer de mama e recomendação
Categoria 
BI‑RADS Interpretação
Risco de 
câncer Recomendação
0 Inconclusivo
Necessita avaliação adicional.
Encaminhar para a unidade de 
referência.
1
Benigno: as mamas são simétricas e não 
há massas, distorção arquitetural ou 
microcalcificações suspeitas presentes.
0,05% Exame de rotina.
2
Benigno: não há evidência mamográfica 
de malignidade. É uma avaliação normal, 
mas, é descrito o achado benigno no laudo 
mamográfico: fibroadenomas; múltiplas 
calcificações secretórias, lesões que contenham 
gordura (cistos oleosos, lipomas, galactoceles e 
densidade mista, hamartoma). 
0,05% Exame de rotina (unidade de referência/serviço de ginecologia).
3 Provavelmente benigno Até 2% Seguimento precoce (unidade de referência)
4 Provavelmente suspeito >20% Encaminhar para unidade de referência
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5 Provavelmente maligno >75% Encaminhar para unidade de referência de alta complexidade
6 Lesão já biopsiada e diagnosticada como maligna, mas não retirada ou tratada. 100%
Encaminhar para unidade de 
referência de alta complexidade.
Adaptado de: Brasil (2006a).
Quimioterapia
É o uso de medicamentos extremamente potentes no tratamento do câncer. Também é usada 
para completar a cirurgia, podendo começar antes ou após a operação. Ao contrário da cirurgia e da 
radioterapia, que têm efeito local; a quimioterapia age em todo o corpo, visando evitar a volta do tumor 
e o aparecimento em outros órgãos. Tem o objetivo de diminuir o tumor.
Radioterapia
É um tratamento à base de aplicação de radiação direcionada ao tumor ou ao local deste e tem por 
objetivo, se realizada antes da operação, reduzir o tamanho do tumor, e, se depois da operação, evitar 
o retorno da doença.
A radiação bloqueia o crescimento das células e deve ser utilizada apenas na área afetada. As 
aplicações duram cerca de 15 minutos e devem ser feitas diariamente, variando de 25 a 30 aplicações.
Hormonioterapia (bloqueio da ação estrogênica)
Ao examinar o nódulo retirado durante a cirurgia, uma pequena e fina fatia dele é retirada para 
que nela seja feito um importante exame: o imunohistoquímico ou receptor hormonal. Por meio desse 
exame, detecta‑se a causa do tumor que pode ser estimulado pelo estrogênio ou pela progesterona.
Se a causa do carcinoma for o estrogênio, deve‑se optar pelo tratamento que visa bloquear a ação 
estrogênica.
Papel do enfermeiro na prevenção do câncer de mama
Cabe ao enfermeiro que atua na Atenção Básica, realizar as seguintes atividades:
• Realizar o exame clínico das mamas e orientar a realização do autoexame pelas próprias mulheres.
• Receber resultados e encaminhar aquelas cujo resultado mamográfico ou cujo exame clínico 
indiquem necessidade de maior investigação para consulta com o médico ginecologista da 
unidade.
• Realizar reuniões educativas sobre câncer, visando à mobilização e conscientização para o cuidado 
com a própria saúde; à importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama; 
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à quebra dos preconceitos; à diminuição do medo da doença e à importância de todas as etapas 
do processo de detecção precoce. É preciso enfatizar o retorno para a verificação do resultado e 
dos tratamentos necessários.
• Realizar a busca ativa na população‑alvo das mulheres que nunca realizaram o ECM.
• Realizar a busca ativa na população‑alvo, para a realização de mamografia.
• Realizar a busca ativa das mulheres que apresentaram laudo mamográfico suspeito para 
malignidade e não retornaram para buscar o resultado.
 Saiba mais
A respeito dos temas tratados, consulte:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Controle 
dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde, 
2006a. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
controle_canceres_colo_utero_mama.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Controle 
dos cânceres do colo do útero e da mama. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 
2013a. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/
publicacoes/cab13.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Guia prático sobre o HPV: Guia de perguntas e respostas para 
profissional de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível 
em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/marco/07/
guia‑perguntas‑repostas‑MS‑HPV‑profissionais‑saude2.pdf> Acesso em: 
4 jul. 2017.
 Resumo
Nessa unidade foram discutidas as doenças sexualmente transmissíveis, 
o câncer de colo de útero e de mama e a assistência de enfermagem a fim 
de prevenir, diagnosticar e tratar essas doenças.
As DSTs são consideradas um dos problemas mais comuns de saúde 
pública no mundo. As síndromes estudadas foram as úlceras, ou seja, 
sífilis, cancro mole, herpes, donovanose e linfogranuloma venéreo. Com 
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PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
relação aos corrimentos vaginais e cervicites, foram estudadas as vaginoses 
bacterianas, a candidíase, a gonorreia, a clamídia e a tricomoníase. Dentre 
as verrugas, foi estudado o condiloma causado pelo HPV, que é o principal 
fator de risco para o câncer de colo de útero.
A consulta de enfermagem em ginecologia compreende ações e 
procedimentos voltados para identificação, diagnóstico e tratamento 
precoce de doenças do aparelho reprodutivo com foco na prevenção de 
DST, câncer (de mama e de útero) e orientação sobre planejamento familiar.
No atendimento motivado por DST, prevenção do câncer de colo de 
útero e mama, os profissionais de saúde devem conhecer a anatomia e a 
fisiologia do trato genital feminino. Nesses casos são recomendados exame 
clínico e exame genital minuciosos
Nesse contexto, o exame especular tem a finalidade de visualizar as 
partes acessíveis do aparelho genital feminino (colo uterino e vagina). 
Também possibilita a coleta de material para a colpocitologia oncótica, 
conhecida também por exame preventivo ou Papanicolau. É o método 
mais difundido mundialmente para rastreamento de células cancerosas e 
pré‑cancerosas. Também, é utilizado na detecção de outras alterações, por 
exemplo, vulvovaginites.
Com relação ao câncer de mama, a prevenção está embasada em três 
componentes: o autoexame, o exame clínico das mamas e a mamografia. 
E o tratamento pode ser realizado por meio de cirurgia, quimioterapia, 
radioterapia e hormonioterapia.
 Exercícios
Questão 1. (FGV 2014, adaptada) Em relação ao exame preventivo do câncer do colo do útero, 
analise as afirmativas a seguir.
I – O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o 
diagnóstico citológico.
II – A coleta na endocérvice é feita utilizando‑se uma espátula de madeira (tipo espátula de Ayre) do 
lado que apresenta reentrância, raspando a mucosa em movimento rotativo de 360º em torno de todo 
o orifício cervical.
III – A amostra de fundo de saco vaginal não é recomendada, pois o material coletado é de baixa 
qualidade para o diagnóstico oncótico.
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Unidade III
Assinale a alternativa que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D I e II, apenas.
E) I e III, apenas.
Respostacorreta: alternativa E.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: o exame deve aguardar o 5º dia após o término da menstruação para não prejudicar o 
diagnóstico citológico.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a coleta na endocérvice é feita utilizando uma escova endocervical.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: a amostra de fundo de saco vaginal é recomendada apenas em situações especiais, para 
mulheres submetidas à histerectomia total.
Questão 2. (INSTITUTO AOCP 2014) Sobre o câncer de colo de útero, assinale a alternativa correta.
A) Cistos de Naboth são afecções ginecológicas, muitas vezes, relacionados à metaplasia decorrente 
da injúria cervical causada pelo HPV.
B) A parte externa do colo do útero, chamada de ectocérvice, é revestida por um tecido de várias 
camadas de células cilíndricas produtoras de muco: o epitélio colunar simples.
C) As lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau representam as lesões verdadeiramente 
precursoras do câncer do colo do útero.
D) A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à realização do exame de 
citopatologia oncótica.
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PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DA MULHER
E) Para fins de rastreamento, o exame citopatológico deve ser iniciado aos 25 anos de idade para as 
mulheres que já tiveram atividade sexual.
Resolução desta questão na plataforma.

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