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RESUMO DIREITO ADMINISTRATIVO

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editora e livraria leal esquematiza ltda
EVANGELHO: DIREITO ADMINISTRATIVO I
AS CRÔNICAS DO PASTOR LEAL – TÁ CHEGANDO LÁ & SÓ MAIS UM POUQUINHO
José Vinícius de Cristo Leal Araújo
18/03/2018
PREFÁCIO
Este resumo é preliminar, portanto, deve ser utilizado apenas como auxílio para o estudo. Contêm tudo que foi copiado por mim durante aulas de D’Lara , acrescido de seus comentários sobre os artigos e súmulas, bem como, a opinião do autor Alexandre Mazza.
PRODUÇÃO EDITORAL
EDITORA E LIVRARIA LEAL ESQUEMATIZA LTDA 
IMPRESSO NO BRASIL
É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL, POR QUALQUER MEIO OU PROCESSO, INCLUSIVE QUANTO ÀS CARACTERISTICAS GRÁFICAS E/OU EDITORIAIS. A VIOLAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS CONSTITUI CRIME(CÓDIGO PENAL, ART. 184 E $$, e Lei Nº10.695 DE 01/07/03) SUJEITANDO-SE À BUSCA E APREENSÃO E INDENIZAÇÕES DIVERSAS (LEI Nº9610)/98) 
DO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO 
1. Conceito de Direito Administrativo 
Segundo D’Lara, D.A. é o ramo do Direito Público que disciplina as relações entre o Estado e o administrado, mediante leis e atos administrativos, atuando mediante Poder de Império para a realização dos interesses públicos. Ato contínuo, o autor Celso Bandeira afirma que D.A. seria o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa, bem como, as pessoas e os órgãos que a exercem.
Na visão do autor José dos Santos, seria o conjunto de normas e princípios, que visando sempre ao interesse publico, regem as relações jurídicas entre pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir. Por fim, na visão de Alexandre Mazza, o direito administrativo seria o ramo do D.P. que estuda princípios e normais reguladoras do exercício da função administrativa.
2. Objeto do D.A.- > O objeto do direito administrativo abrange todas as relações internas a administração pública - entre os órgãos e entidades administrativas, uns com os outros, entre a administração e seus agentes, estagiários e celetistas, todas as relações entre a administração pública e os administrados, regidas de forma predominantemente pelo direito público ou pelo direito privado, bem como atividades de administração pública em sentido material exercidas por particulares sob regime de direito público, a exemplo da prestação de serviços públicos mediante contratos de concessão ou de permissão. 
3. Competência para Legislar 
Segundo D’LARA, a regra geral é de que a competência para legislar sobre direito administrativo é de que cada ente político (União, Estados, Df e Municípios). Exceções: A União legisla, disciplina em normas gerais acerca de algumas matérias, fazendo com que os demais entes políticos sigam sua legislação; A regra geral é de que cada ente político defina seu modo de atuar. Ex: Bens Públicos, Desapropriação, nesses casos os entes políticos seguem o que legisla a União. 
Na visão de Alexandre Mazza, a competência para criar leis sobre D.A, em regra, é concorrente entre a União, Estados e o DF. Nesse caso, os Municipios não participam da competência concorrente (Art 24ª da CF-88), mas isso não impede que os municípios criem leis sobre municípios, a única limitação é o fato de não poder criar leis sobre direito administrativo com base na competência concorrente. Em tempo: O art. 24 da CF88 não incluiu o município no rol dos detentores de competência concorrente: “Compete a União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente sobre...”. 
Ainda seguindo o que preceitua Alexandre Mazza (tema que D’Lara não comentou): Existem exceções à competência concorrente; é o caso da competência para legislar sobre desapropriação, que é privativa da União (Art. 22 CF), outro exemplo, seria a competência de legislar sobre normas gerais de licitação. 
4. Princípios do Direito Administrativo
4.1 Indisponibilidade do Interesse Público -> Na visão de Alexandre Mazza: o princípio enuncia que os agentes públicos não são donos do interesse por eles defendidos, explica-se, no exercício da função administrativa, os agente públicos estão obrigados a atuar do modo determinado pela legislação e não segundo sua vontade. Como decorrência do da indisponibilidade, não se admite que os agentes RENUNCIEM as poderes legalmente conferidos ou que transacionem em juízo. 
Na visão da professora D’Lara, significa que os interesses públicos não são passíveis de renúncia por parte do administrador, não está disponível. “A Administração Pública não é titular do interesse público, é apenas guardiã”. Para que possa haver renuncia de bens ou de interesse da administração pública, será necessário que seja definido por lei; o legislador pode renunciar se entender que essa renúncia é do interesse público. 
4.2 Supremacia do Interesse Público (sobre o particular)-> Na visão de MAZZA, é um princípio implícito na atual ordem jurídica, significa que os interesses da coletividade são mais importantes que os interesses individuais. Essa é a razão pela qual a administração recebe da lei, poderes especiais não extensivos aos particulares. Esses poderes conferem a administração pública uma posição de superioridade diante do particular. Obs: Seriam exemplos de prerrogativas especiais conferidas à adm pública e seus agentes decorrentes da supremacia do interesse público: “I – Possibilidade de transformar compulsoriamente propriedade privada em pública (Desapropriação); II – Autorização para usar propriedade privada em situação de iminente perigo público”. 
4.3 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS – ART 37 DA C88
L – LEGALIDADE I – IMPESSOALIDADE M – MORALIDADE P – PUBLICIDADE E – EFICIÊNCIA 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (..)”.
A) Legalidade
O princípio da legalidade representa a subordinação da administração pública à vontade popular. Na visão de Mazza, o exercício da função administrativa não pode ser pautado pela vontade da administração ou dos agentes públicos, mas deve obrigatoriamente respeitar a vontade da Lei. 
“O princípio da legalidade vincula a Administração aos mandamentos da lei”. “A administração pública só pode praticar as condutas autorizadas em lei, o princípio impõe que os agentes públicos, observem fielmente, todos os requisitos expressos na lei”. 
Por fim, na visão de D’Lara a CF exige lei no sentido estrito (lei ordinária ou complementar) para disseminar toda e qualquer matéria no âmbito administrativo. 
B) Impessoalidade
 Estabelece um dever de imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo discriminações ou privilégios (perseguições ou favoritismo). Segundo a lei do processo administrativo, trata-se de uma obrigatória “objetividade no atendimento do interesse público”, veda assim, a promoção pessoal de agentes ou autoridades. Na visão de Hely Lopes, “nada mais é do que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para seu fim legal”. 
Na visão de D’LARA, Os atos da administração Pública não serão realizados no interesse do administrador e nem de terceiros, mas sim, de toda a coletividade. Os atos dos agentes públicos são de responsabilidade da administração pública e não deles mesmos. 
 * A atuação dos agentes públicos é imputada ao Estado, significando um agir impessoal da administração. Assim, as realizações não devem ser atribuídas à pessoa física do Agente Público, mas à pessoa jurídica estatal, a que estiver o agente ligado. Por isso, a responsabilidade pela reparação de danos causados no exercício regular da função administrativa é do Estado, e não do agente que realizou a conduta. 
** Nenhuma obra ou serviço público deve ter ou estar vinculada ao nome ou a pessoa do administrador. 
C) Moralidade
A moralidade administrativa possui conteúdo específico, que não coincide com a moral comum da sociedade, em determinados momentos históricos; não obstante, determinados comportamentos administrativos ofensivos à moral comum podem ensejar
a invalidação do ato, por afronta concomitante à moralidade administrativa. 
O Art. 2º, parágrafo Único, IV da Lei Nº 9784 de 99 define a moralidade nos processos administrativos como um dever de “atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé”, já o art. 166º da Lei 8112 de 90 elenca como deveres dos servidores públicos “ser leal às instruções que servir e manter conduta compatível com a moralidade administrativa”. 
D) Publicidade
Pode ser definido como o dever de divulgação oficial dos atos administrativos. Os indivíduos tem livre acesso a informação de seu interesse e transparência na atuação administrativa. Como os agentes públicos atuam na defesa dos interesses da coletividade, a proibição de condutas sigilosas é um corolário da natureza funcional de suas atividades. Basicamente, o princípio da publicidade tem como objetivo preservar o direito do administrado de ter ciência da tramitação de processos administrativos em que tenha a condição de interessado. Na visão de D’Lara, os atos administrativos, por regra, tem que ser públicos. 
Quando o ato é destinado a toda coletividade, a sua forma de publicação será a de PUBLICAÇÃO, P. Ex: No diário oficial ou em jornais de grande circulação, quando o destinatário for só um individuo e não toda a coletividade, será feito por intimação. 
Exceções ao princípio da publicidade (D’Lara + Mazza)-> A CF define três exceções ao princípio da publicidade, autorizando o sigilo nos casos de risco para: A) segurança do Estado, art. 5 XXXIII da CF, EX: Informações militares; B) Segurança da sociedade, ex: sigilo das informações sobre o interior de usina nuclear e C) a intimidade dos envolvido, Art. 5, X, CF. Ex: processos administrativos disciplinares. 
E) Eficiência-> O serviço prestado pela administração pública deve ser feito visando ser o mais qualificado, eficaz e satisfatório possível (Foco em diminuir os desperdícios). A eficiência deve ser dar tanto na quantidade quanto na qualidade. Na visão de Mazza, o princípio foi um dos pilares da reforma administrativa que procurou implementar o modelo de administração pública gerencial voltada para um controle de resultados na atuação estatal. 
4.4 Especialidade-> Na visão de D’Lara: “melhor preparar para poder atuar”; Forma de melhorar o serviço prestado. Uma pessoa jurídica criada com especialidade em uma determinada área. O princípio se relaciona com a administração pública indireta. (Ela só falou isso). Na visão de Alexandre Mazza, esse princípio recomenda que sempre que possível as funções administrativas devem ser desempenhadas por pessoas jurídicas autônomas criadas por lei, especificamente para tal finalidade. É o caso das autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
4.5 Finalidade-> Se relaciona com o princípio da impessoalidade. A FINALIDADE PÚBLICA DOS ATOS ADMINISTRATIVOS-> “(...) sem exceção, todo ato administrativo tem que ter finalidade pública”. Isto é, quando o ato tem finalidade pública, ele é impessoal. 
Segundo Alexandre MAZZA, o princípio está definido no Art. 2, parágrafo único, II, da Lei 9784 de 1999, como o dever de “atendimento a fins de interesse geral”, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competência, salvo autorizado em lei. Obriga a administração pública a sempre agir, visando a defesa do interesse público primário. Em outras palavras, o princípio proíbe o manejo das prerrogativas da função administrativa para alcançar objetivo diferente daquele definido na legislação. 
4.6 Isonomia-> Impõe ao legislado e à administração pública, o dever de dispensar tratamento igual a administrados que se encontram em situação equivalente. Exige igualdade na lei e perante a lei. É importante salientar que esse tratamento idêntico não deve ocorrer em todas as situações, há diversas situações onde o princípio recomenda uma diferenciação (vagas reservadas a portadores de deficiência física, por exemplo). Na visão de Mazza, não configura violação ao princípio da isonomia as diferenciações realizadas pela lei e pela administração pública quando houver coerência entre a distinção e o tratamento diferenciado decorrente.
 
4.7 Motivação-> A regra geral é de que o ato administrativo é motivado; Na visão de Mazza, o princípio impõe à administração pública o dever de indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinaram a prática do ato (Art. 2º. Parágrafo Único, VII da Lei 9784\99). Assim, a validade do ato administrativo está condicionada à apresentação por escrito* dos fundamentos fáticos e jurídicos da decisão adotada. 
Na visão de D’Lara, o ato administrativo tem que ser motivado e ocorre quando o administrador expõe as razões (motivos) que o levam a praticar tal ato administrativo. “Uma sentença do Juiz tem que ser fundamentada para não ser nula”. 
EXCEÇÕES À MOTIVAÇÃO-> Motivação dispensada: Existem atos que dispensam motivação escrita e basicamente ocorrem em três casos; são eles o de Motivação evidente, motivação inviável e nomeação e exoneração de cargos comissionados (D’Lara só citou o ultimo). 
4.8 Razoabilidade e Proporcionalidade-> Ser razoável, é uma exigência inerente ao exercício de qualquer função pública. Sob a vigência do Estado de Direito não se pode admitir a utilização de prerrogativas públicas sem moderação e racionalidade. Impõe a obrigação de os agentes públicos realizarem suas funções com equilíbrio, coerência e bom senso, comportamentos que sejam imoderados, abusivos, irracionais ou inadequados não são compatíveis com o interesse público, pois, geram a possibilidade de invalidação judicial ou administrativa do ato deles resultante. Por exemplo, o ministro da previdência social obrigando idosos de 80 anos a irem a um posto do Inss para renovar o benefício sob pena de perder o mesmo. 
Segundo D’Lara, seria a atuação como se espera do “homem médio”, não se espera que ele atue além de suas forças. Adequação dos fins aos meios ou equivalência entre atos e suas conseqüências. 
O ato administrativo pode ser quanto à liberdade do Administrador:
	
 (Ato) Vinculado (à própria lei)-> A lei diz os fins e os meios de como o administrador chegará a esse fim.	O ato vinculado é aquele praticado pela administração pública sem margem alguma de liberdade, pois a lei define de antemão todos os aspectos da conduta. Os atos vinculados não podem ser revogados por não possuírem mérito, que é o juízo de conveniência e oportunidade relacionado à prática do ato.
O exemplo de D’Lara foi: Quero que o administrador faça um bolo de laranja (fins). Para isso, o administrador não poderá criar uma receita própria (meios), terá que seria a receita já existente (lei). 
 	
 (Ato) Discricionário-> Seria uma liberdade dada ao administrado de chegar ao fim sem utilizar a receita, porém, é uma liberdade vigiada. Pois, no ato discricionário, o administrador poderá seguir sua própria receita só tendo que atingir o fim previsto. Mas, para escolher seus próprios meios deverá adotar dois requisitos, são eles: conveniência e oportunidade, é o que faz sua liberdade ser vigiada. Basicamente, a técnica manda que quando o administrador for escolher os meios mais adequados, os dois critérios acima devem ser fundamentais para tal decisão. 
Em outras palavras, são atos praticados pela administração dispondo de margem de liberdade para que o agente público decida diante do caso concreto, qual a melhor maneira de atingir o interesse público. Esses atos são caracterizados pela existência de um juízo de conveniência e oportunidade no motivo ou no objeto conhecido como mérito. Por isso, podem tanto ser anulados na hipótese de vício de legalidade quanto revogados por razões de interesse público. 
Entretanto, é necessário ressalvar que os atos discricionários estão sujeitos a amplo controle de legalidade perante o judiciário. Ao juiz é proibido somente revisar o mérito do ato discricionário. Deve-se observar que discricionariedade não se confunde com arbitrariedade, já que arbitrário é o ato cometido fora dos padrões da legalidade. 
Mérito administrativo
-> é a margem de liberdade que os atos discricionários recebem da lei para permitir aos agentes públicos, escolher, diante da situação concreta, qual a melhor maneira de atender ao interesse público. Trata-se de um juízo de conveniência e oportunidade que constitui o núcleo da função típica do Poder Executiva, razão pela qual é vedado ao Poder Judiciário controlar o mérito do ato administrativo. 
4.9 Oficialidade -> O julgador dará impulso ao processo administrativo até a sua conclusão ainda que as partes interessadas não mais se pronunciem no mesmo. Princípio corolário ao da verdade real. 
4.10 Economicidade-> Economia – quanto a duração. N de prazos, recursos menores. D’entre outras coisas não há o pagamento de custas, não se exige garantia, não é obrigatório ter advogado. 
4.11 Devido Processo legal-> “Ninguém será privado dos seus bens ou de sua liberdade, se não mediante o devido processo legal”, CF.
- Qual a importância desse princípio no direito administrativo? D’Lara questiona, e responde: Sim, é possível perder a sua liberdade ou bens no âmbito administrativo. Por meio de desapropriação, confisco, sendo respeitado o devido processo legal. (Sim, ela falou exatamente isso). A liberdade, não somente a de ir e vir, também se pode perder a liberdade de exercer uma atividade econômica, cassação da OAB por exemplo. 
4.12 Auto-tutela-> Consagra o controle interno que a administração pública exercer sobre seus próprios atos. A administração não precisa recorrer ao judiciário para anular seus atos ilegais e revogar seus atos inconvenientes praticados. “Controle que a ADM Púb exerce sobre os próprios atos, anulando os ilegais e revogando os inconvenientes ou inoportunos”. 
Segundo Mazza, pessoas comuns tem que recorrer ao poder judiciário para proteger seus interesses e direitos, seria a TUTELA. O princípio da auto-tutela de outra forma, versa sobre a dispensa de se recorrer ao poder judiciário para a proteção de direitos. A auto-tutela seria uma proteção dos interesses feita pelo próprio interessado que é a administração. O art. 53 da Lei 9784 de 1999, afirma “A administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos”.
Segundo D’Lara, é o poder-dever que tem a administração pública de rever seus atos, revisão feita de ofício. Se o vício for leve, pode ser feito o saneamento do mesmo e caso o ato não seja mais interessante, mesmo sendo legal, pode ser revogado. 
4.12 Tutela-> Não é a administração, é o judiciário que poderá rever alguns atos da administração pública, podendo os corrigir ou anular. A administração direta poderá controlar a finalidade da administração indireta. 
4.13 Continuidade dos serviços públicos-> A interpretação é literal. Qualquer serviço público é essencial, não podem parar suas atividades totalmente. D’Lara. (falta completar).
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA
1. Administração Pública – Conceito-> O Conjunto de pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que disciplinados por lei, mediante o poder de império gerencia a máquina estatal. (D’Lara). 
Segundo D’Lara, D.A. é o ramo do Direito Público que disciplina as relações entre o Estado e o administrado, mediante leis e atos administrativos, atuando mediante Poder de Império para a realização dos interesses públicos. Ato contínuo, o autor Celso Bandeira afirma que D.A. seria o ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa, bem como, as pessoas e os órgãos que a exercem. 
Na visão do autor José dos Santos, seria o conjunto de normas e princípios, que visando sempre ao interesse publico, regem as relações jurídicas entre pessoas e órgãos do Estado e entre este e as coletividades a que devem servir. Por fim, na visão de Alexandre Mazza, o direito administrativo seria o ramo do D.P. que estuda princípios e normais reguladoras do exercício da função administrativa.
2. Acepção Formal-> Em sentido subjetivo seriam as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos, toda a estrutura da ADM Pública. Em sentido subjetivo, formal ou orgânico, pode-se definir Administração Pública, como sendo o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado.
3. Acepção Material -> Em sentido objetivo: a atividade administrativa exercida por aqueles entes. Consoante José dos Santos Carvalho Filho, “o verbo administrar indica gerir, zelar, enfim uma ação dinâmica de supervisão. O adjetivo pública pode significar não só algo ligado ao Poder Público, como também a coletividade ou ao público em geral. O sentido objetivo, pois, da expressão, deve consistir na própria atividade administrativa exercida pelo Estado por seus órgãos e agentes, caracterizando, enfim, a função administrativa”. É a atividade administrativa executada pelo Estado, por seus órgãos e agente, com base em sua função administrativa. É a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços públicos. É a administração da coisa pública (res publica).
4. Função Administrativa -> é aquela na qual, a administração pública atua em seu nome, porém, no interesse alheio, da coletividade. Segundo Alexandre Mazza, o direito administrativo é um ramo do direito publico que estuda princípios e normas. Segundo Alexandre Mazza,o direito administrativo pode ser conceituado como o ramo do Direito Público que estuda princípios e normas reguladores do exercício da função administrativa. É possível notar que função administrativa é bastante ligado ao estudo do direito administrativo! Pode-se dizer que a função administrativa é aquela exercida pelos agentes públicos na defesa dos interesses públicos. 
5. Modos de exercícios da função administrativa: Serviço Público, Poder de Polícia, Intervenção Estatal e Fomento. 
5.1 Serviço Público -> Serviço é sempre uma obrigação de fazer; pelo poder público em prol do administrado, é atividade positiva em prol do administrado. 
Geral -> UTI UNIVERSE ->> “Utilização Universal”, significa que esse serviço será utilizado pela coletividade como todo, em boa parte das vezes se consegue identificar o usuário, outras não. Embora seja possível identificar o usuário, não será cobrado qualquer valor do usuário, porque a coletividade já pagou pelo serviço. P. Ex, segurança interna, externa.
São aqueles que a administração presta sem ter usuários determinados, para atender a coletividade no seu todo, como os serviços de polícia, iluminação pública, calçamento e outros dessa espécie. estes serviços são indivisíveis, isto é, não mensuráveis na sua utilização, por isso os serviços desta categoria devem ser mantidos por impostos que é um tributo geral. 
Específico -> UTI SINGULI->> “Utilização individual”, nesse caso o usuário é cobrado, é ele quem financia o serviço, ele é identificado! São os que têm usuários determinados e utilização particular e mensurável para cada destinatário, como ocorre com o telefone, a água e a energia elétrica. São sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo que devem ser remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público).
5.2 Poder de Polícia -> Art. 78 CTN “Considerasse poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.” 
O direito não vai ser suprimido, apenas será limitado, no mínimo terá que ser submetido a um crivo estatal para poder exercer seu direito. Por exemplo: Para poder dirigir tem que pagar taxa da renovação da CNH, vigilância sanitária.
 
É toda atividade administrativa disciplina por lei que limita e restringe direitos e liberdades individuais em prol
da coletividade. Incide sobre a saúde, educação, higiene, segurança, meio ambiente, disciplina de produção e mercado, paz social e costumes. Na visão de Mazza, “Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a administração pública para condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado”.
O poder de Polícia, diferentemente do serviço público, é uma atividade negativa, mas, calma! Isso não significa que é maléfica; o fato de restringir, limitar é o que faz a atividade ser negativa, porque alguém vai sofrer restrição, estará privado de algo.
Em outras palavras, é o poder de fiscalização da Administração. Quem cria obrigações para o particular é a lei e quem cria a lei é o legislador. Assim a lei impõe obrigações para o particular e cabe à Administração fiscalizar se estes particulares estão cumprindo a lei. Conforme o artigo 5º, inciso II da CF/88 “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Exemplo: polícia sanitária fiscaliza o cumprimento das leis sanitárias, que regulamentam as atividades de restaurantes, bares e farmácias, protegendo a saúde e a segurança dos consumidores. 
5.3 Intervenção Estatal-> Na propriedade particular; em bens, imóveis, direitos. 
Servidão Administrativa-> Quando a Administração Pública toma a posse em conjunto com o particular, ela fica com a posse dividindo com o próprio proprietário, por exemplo, a colocação de um poste no terreno para ser prestado serviço de iluminação pública, outro exemplo quando a administração coloca uma placa identificando o nome da rua no terreno. Também existe a desapropriação, quando o direito de propriedade é suprimido pela administração, o bem é tomado pelo Estado, respeitado o devido processo legal. 
O direito de propriedade esta assegurado pelo artigo 5º, XXII da CF/88 e consiste num direito e garantia fundamental. No entanto, esse direito não é absoluto sofrendo, por sua vez, diversos condicionamentos e limitações advindas dessa atividade administrativa. São institutos que permitem a incidência administrativa sobre o exercício do direito de propriedade: a desapropriação, o tombamento, a requisição administrativa, a limitação administrativa, a ocupação temporária e a servidão administrativa.
No domínio econômico-> legislar, fiscalizar e se for o caso, sancionar, Caso de interesse público ou segurança nacional utiliza—se do monopólio. É aquela atividade em que a Administração atua por meios diretos e indiretos no mercado capitalista. A Administração vai regulamentar esse mercado, apenas no caso de ser verificado relevante interesse coletivo ou algum fator ligado à segurança nacional. Essa intervenção está prevista no artigo 173 da CF/88, que dispõe: “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”.
5.4 Fomento-> Incentivo ou patrocínio; o poder público tem poder-dever de patrocina, incentivar algumas atividades econômicas, cria órgãos, programas, como por exemplo, apoio ao pequeno produtor rural, pesquisas científicas, bolsas de estudos e incentivos fiscais. Consiste no incentivo que a Administração faz a particulares especiais visando um bem comum. Está diretamente ligado ao terceiro setor, que são particulares especiais, os quais buscam interesses públicos, e por esse motivo são incentivados pela Administração a continuarem exercendo essas atividades. Exemplo: organizações sociais que buscam interesses sociais sem fins lucrativos.
6. DA INTERPRETAÇÃO NA RELAÇÃO ADMINISTRATIVA.
Desigualdade Jurídica -> Quando há conflitos de interesse entre a administração e o administrado, vence o direito da coletividade. Ocorre a desigualdade jurídica porque a administração pública está em um patamar hierarquicamente superior. 
6.1 Presunção de legitimidade\veracidade do ato administrativo -> O ato admite-se verdadeiro, ele estar cheio de vício, mas se não houver contestação deste ato, se presumirá verdadeiro. Estará de acordo com a lei! Quando se fala isto, é em relação a competência, forma, motivo, objeto e finalidade (presunção de legitimidade). Já a presunção de veracidade, é a de que os atos ali elencados são verdadeiros, há fé pública no ato. 
6.2 Deve-se interpretar a relação administrativa considerando que a lei, por vezes, dá poderes ao administrador para que ele possa atuar discricionariedade. A discricionariedade remete ao ato discricionário que dá uma certa margem de liberdade para a administração pública, usando isso para realizar o exame de mérito administrativo. 
DA ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA	
1. Composição da Administração Pública -> Pessoas jurídicas (que são o próprio poder público, responsável pela função administrativa), também compõe a administração pública os órgãos públicos e os agentes públicos (pessoas físicas que atuam em nome do Estado). 
2. Das pessoas jurídicas -> A administração se divide em direta e indireta, fazem da parte da administração direta a União, Estados, DF e Municípios, já dá ADM indireta, fazem parte as autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e associações (consórcios públicos). 
3. ÓRGÃOS PÚBLICOS -> Não são pessoas jurídicas. Pessoas jurídicas são as pessoas da Administração Indireta. Os órgãos públicos existem tanto na administração direta quanto na indireta. O órgão Público é uma pessoa da administração pública!!!!! É um “departamento” ou um setor; Não é um TODO, cada setor tem uma competência específica. 
3.1 Definição -> Consiste no conjunto de competências criado por lei inserido na administração pública e indireta para o cumprimento da função administrativa. Em outras palavras, são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. (uma agencia do INSS é um órgão, etc.)
3.2 Criação -> Se cria órgão público por meio de Lei Ordinária, por iniciativa do chefe do executivo. P. Ex, necessidade de criar um novo departamento na faculdade de medicina de Recife etc. Também é por meio de lei que se altera a competência do órgão público, deixa de fazer o serviço “x” para fazer o serviço “y”. Por fim, também é por lei que se extingue órgão público (Ex. Fechar agência do Banco do Brasil). 
3.3 Responsabilidade -> O órgão público não tem responsabilidade pelos seus atos! Se ele causar dano, quem responderá será a pessoa jurídica que o representa. Exemplo: Um ato do superintendente do INSS ou do Presidente do DETRAN quem responde será o DETRAN! 
3.4 Legitimidade Processual -> Considerando que o TJPE é órgão do Estado, qualquer ato cometido por um agente público, em serviço, que cause um dano será de responsabilidade do Estado de Pernambuco e não do órgão público! Existe uma exceção: órgão público terá legitimidade processual quando estiver na defesa de suas prerrogativas funcionais para defender suas competências!
 Explica-se: Considerando que exista o órgão A e o B ambos da mesma pessoa jurídica, só que ambos tem competências distintas quanto ao aspecto territorial. E, considerando que um agente do órgão A realizou um ato do agente do outro órgão. Quando ocorre essa situação, para a defesa de suas prerrogativas funcionais, o órgão terá sim legitimidade processual, ele mesmo poderá entrar com a ação em face do outro órgão, fora isso, só a pessoa jurídica poderá ser acionada. 
3.5 Patrimônio -> O órgão Publico não é pessoa, nem física e nem jurídica, logo não tem patrimônio. Podemos questionar, e os bens que existem nos órgãos, computadores, mesas... A resposta: Isso ocorre apenas para controle de material! Na verdade o bem pertencerá a pessoa jurídica a quem esse órgão pertence. 
3.6 Autonomia -> A lei que cria o órgão dá a competência ao mesmo, definindo em quais áreas de atuação esse órgão poderá atuar, o serviço que vai ser prestado
também será informado pela lei. Agora, como o órgão funciona internamente será definido pelo próprio! A autonomia se divide em gerencial, que é aquela onde o órgão internamente definirá como funcionará o órgão, suas repartições, nota-se que não será modificado o serviço à ele atribuído por lei!! Mas definir horário de funcionamento, locação de servidor definir o setor de cada servidor, poderá ser feito pelo órgão! O outro tipo de autonomia é a financeira mesmo não tendo patrimônio, tem de prestar conta ao tribunal de contas de todas as receitas e despesas, mas pode gerenciar suas receitas, gerenciar suas finanças, só tendo que prestar contas ao poder público. 
3.7 TEORIAS QUE EXPLICAM A RELAÇÃO ENTRE O ESTADO E O ÓRGÃO PÚBLICO!
Se busca saber qual a natureza jurídica da relação entre o Estado e o Órgão Público! Saber a relação entre uma autarquia e seu órgão X. As três teorias são as: Mandato; Representação e órgão ou imputação.
 3.7.1 Mandato -> Nos países onde repercute essa teoria: O poder público (Estado) seria o mandante (ou outorgante) e o órgão seria o mandatário (ou outorgado). Esse mandato pressupõe que o outorgado seja uma pessoa jurídica ou física e tivesse capacidade, o que não acontece no órgão público, por não ser pessoa jurídica. O órgão público atua em nome do Estado com poderes estipulados pela lei e não por mandato!
 3.7.2 Representação -> De acordo com o direito do brasileiro, o contrato de representação (jurídica) pressupõe que o representado ele seria uma pessoa incapaz, como por exemplo, o tutelado ou curatelado daí a existência do representante jurídico. O representante, neste contrato de representação, expressa sua própria vontade no interesse do representado. Síntese: Se preciso de representante é porque sou incapaz! O representante vai ter que expressar sua vontade! O que é conflitante, já que o Estado não é incapaz, então, o órgão público não pode ser representante (não age mediante sua vontade). 
 3.7.3 T. do Órgão ou Imputação -> Segundo esta teoria, é imputada ao poder público a responsabilidade pelos atos dos órgãos. A responsabilidade do órgão e do agente público é do Poder Público. Fazendo uma comparação do filho menor com os pais. Os danos cometidos pelo filho menor sempre são da responsabilidade dos pais, fazendo uma analogia, os atos do órgão público sempre foram de responsabilidade do poder público, elas não são transferidas como nas outras duas teorias, ele já nasceram com essa responsabilidade. 
 4. AGENTE PÚBLICO-> É uma pessoa física, que mediante disciplina legal, de maneira remunerada ou não, por tempo indeterminado ou não, exerce cargo público para a concepção\realização dos interesses da coletividade. 
4.1 Político – Ou Governamental -> Exercem cargos de cúpula, normalmente se vinculam por meio de eleição, mas também pode ser por nomeação, e em alguns casos por concurso público. Cargos de Cúpula -> Sua competência está prevista na CF88, a rigor, estão acima das normas administrativistas. Seriam exemplos: Chefe do executivo, membros do legislativo e também juízes e os representantes do Ministério Público. São os ocupantes dos altos cargos da Administração Pública. São os dirigentes governamentais, e aqueles que orientam, criam diretrizes e supervisionam os Governos.
4.2 Estatutários -> Regidos pelo estatuto do servidor público (Civil ou militar), possuem estabilidade. 
4.3 Comissionados -> Acesso ao cargo é por nomeação. (Não se exige concurso ou exame simplificado – Livre Nomeação) e é de livre exoneração (Não precisa de motivos para demitir ou pré-avisar e nem indenizar).
4.4 Temporários -> Não se exige concurso, apenas processo simplificado de seleção (Análise concurso, dinâmicas de grupo, professores substitutos – concurso de prova e título, pesquisadores, agentes de saúde em combate a epidemias).
4.5 Empregado Público -> Tal qual a CLT; Celetista contratado por concurso público, mas não tem estabilidade, apesar disso não há a possibilidade de ocorrer demissão sumária, para ser demitido tem que ser após processo administrativo, onde tem que ser garantido o direito à ampla defesa e o contraditório. São aqueles que possuem a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT como norma jurídica disciplinadora de suas relações de trabalho, e não um estatuto próprio. 
Diferentemente dos estatuários: As peculiaridades existentes nas definições de empregados (regidos pela CLT) e servidores públicos estatutários (regidos por estatutos) já demonstram algumas diferenças estruturais em relação a essas categorias de trabalhadores. 
4.6 Honoríficos -> Não são remunerados; Os Agentes Honoríficos não são profissionais contratados pela Administração Pública. Eles apenas colaboram transitoriamente com o Estado, para exercer determinadas funções. Como não há vínculo profissional, é muito raro que sejam remunerados. Alguns exemplos: mesários eleitorais, membros dos Conselhos Tutelares, membros do tribunal do júri etc. As vantagens dessa função é o direito de tirar falta no emprego sendo abonadas. 
DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Concentração -> É a técnica de cumprimento de competências administrativas por meio de órgãos públicos despersonalizados e sem divisões internas. Trata-se de uma situação raríssima, pois, pressupõe a ausência completa de distribuição de tarefas entre repartições públicas internas. Em outras palavras, a função administrativa é exercida no âmbito interno de cada entidade (política ou administrativa), por apenas um órgão público, sem qualquer divisão.
2. Desconcentração-> As atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica. Também pode ser conceituado como repartição das competências (setorização) inserida na administração direta e indireta, através dos órgãos públicos. É importante deixar claro que a "descentralização" não se confunde com a “desconcentração”. Tanto uma quanto outra, é verdade, são formas de distribuição de competências. Contudo, na descentralização essa distribuição se dá externamente, ou seja, de uma entidade para outra, pressupondo, portanto, duas pessoas jurídicas distintas, a estatal (entidade política) e a pessoa jurídica por ela criada (entidade meramente administrativa). Já na desconcentração, a distribuição de competências ocorre internamente, dentro da própria entidade com competência para desempenhar a função, entre os seus próprios órgãos.
A desconcentração cuida-se de uma técnica de administração, destinada a desafogar o exercício da função administrativa, haja vista que, podendo uma determinada entidade pública exercer sua atividade por meio de um único órgão público, ou seja, “concentradamente”, ela pode, para facilitar o desempenho dessa atividade, exercê-la por mais de um órgão, o que o faz “desconcentradamente”. Na desconcentração, reitere-se, há uma divisão interna de competências ou funções, no interior do próprio Estado ou das entidades de direito público que cria.
Diferença entre concentração e desconcentração -> A diferença leva em conta a quantidade de órgãos públicos encarregados do exercício das competências administrativas. 
3. Centralização -> É ligada a administração direta; É quando o ente político exerce “pessoalmente” através de seus órgãos, os serviços típicos de Estado; prestados com o poder de império, a administração pública não delega estas funções. Em outras palavras, é a técnica de cumprimento de competências administrativas por uma única pessoa jurídica governamental. É o que ocorre com as atribuições exercidas diretamente pela União, Estados, DF e Municípios. 
4. Descentralização -> Se dá quando a administração direta cria pessoa jurídica diferente para quem delega a prestação de serviço e\ou o cumprimento de função administrativa. Em outras palavras, as competências administrativas são distribuídas a pessoas jurídicas autônomas, criadas pelo Estado para tal finalidade, p. exemplo, as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Diferença entre Centralização e
Descentralização -> A diferença se baseia no número de pessoas jurídicas autônomas competentes para desempenhar tarefas públicas. 
5. Comparação entre Desconcentração e Descentralização -> Desconcentração são competências atribuídas a órgãos públicos sem personalidade própria! Já a descentralização, são competências atribuídas a entidades com personalidade jurídica autônoma. Outra diferença seria de que na primeira, o conjunto de órgãos forma a chamada Administração Pública Direta ou Centralizada, enquanto no segundo o conjunto de entidades forma a chamada Administração Pública Indireta ou Descentralizada. Mais algumas diferenças, na Desconcentração, os órgãos não podem ser acionados diretamente perante o poder judiciário, com exceção de alguns órgãos dotados de capacidade processual especial, enquanto na descentralização são entidades descentralizadas que respondem judicialmente pelos prejuízos causados a particulares. São Exemplos de Desconcentração: Ministérios, Secretarias, Delegacias de Policia. São Exemplos de Descentralização: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. 
6. Administração Pública Direta-> União (Legislativo, Executivo, Judiciário, TCU, MPU e demais órgãos e agentes públicos), Estados (Executivo, Legislativo, Judiciário, TCE, MPE etc), DF (Igual ao Estado) e Municípios (Legislativo, executivo, judiciários e demais órgãos e agente). Todas esses são órgãos dos Entes Políticos. 
7. Administração Pública Indireta -> Autarquia, Fundação, Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista, associação – (consórcio público). Todos estes acrescidos de órgãos e agentes públicos. 
7.1 Personalidade Jurídica da Administração Pública Indireta-> Se divide em duas, a de direito público e a de direito privado! Em relação a primeira, as pessoas jurídicas de direito público são criadas por lei (Art. 37, XIX da CF), o que significa dizer que o surgimento da personalidade jurídica ocorre com a publicação de lei instituidora, sem necessidade de registro em cartório. Já as pessoas jurídicas de direito privado, são autorizadas por lei, ou seja, é publicada uma lei PERMITINDO a criação, depois o executivo expede um decreto regulamentando a criação, e por fim, a personalidade nasce com o registro dos atos constitutivos em cartório. 
7.2 Pessoas de Direito Privado -> Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações Governamentais. (Não podem atuar com poder de império!). 
Seria por exemplo, uma terceirização pelo DETRAN (que é uma autarquia) do setor de fiscalização, essa empresa privada fariam a fiscalização, sem problema algum, porém, impor sanção não seria possível, pois, não tem poder de império, não é legítimo! O terceirizado de direito privado, deveria encaminhar o resultado da fiscalização para um funcionário do DETRAN concurso, legitimado, para que este exerça o poder de polícia. 
7.3 Pessoas de Direito Público -> Autarquias, fundações públicas, agências reguladoras e associações públicas.
7.4 A administração pública indireta tem autonomia gerencial (gerenciar internamente suas repartições) e também tem autonomia financeira, pode gerir suas contas, receitas e despesas. Também tem patrimônio próprio. Regra geral, seus agentes são concursados. Os bens públicos de alguns têm garantias outras pessoas não. Sobre o controle, no controle hierárquico as pessoas da administração DIRETA não exercer qualquer tipo de controle sobre a administração indireta, o controle hierárquico ocorre dentro da própria administração indireta. P. Ex, presidente da república não interfere no funcionamento do INSS. Já sobre o controle finalistico ou de finalidade, é aquele onde a administração DIRETA faz controle sobre a indireta. 
8. Autarquias -> São pessoas jurídicas de direito público, pertencentes à administração pública indireta, criadas por lei específica para o exercício de atividades típicas da ADM PÚBLICA. Exemplos: INSS, BACEN, IBAMA, CADE, INCRA. Geralmente quando tem no nome “instituto” é porque é uma autarquia. O conceito legislativo de autarquia está no Art. 5º, I do Decreto Lei Nº200\67: “serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”.
8.1 Definição de D’Lara -> É a pessoa jurídica de direito público criada por lei para realizar serviços ou atividades típicas de Estado, serviço prestado com poder de império. Por ser de direito público, o regime jurídico aplicável a tais entidades é o regime jurídico público, e não as regras de direito privado. 
8.2 Personalidade Jurídica-> Pessoa Jurídica de Direito Público.
8.3 Área de Atuação -> Serviços típicos de Estado; atuação com poder de império, inclusive, é a única pessoa que pode exercer poder de polícia no rol da administração indireta. 
8.4 Criação -> Se dá pela mera publicação de uma lei específica, em outras palavras, a personalidade jurídica de uma autarquia surge com a publicação da lei que a institui, dispensando o registro dos atos constitutivos em cartório. Nesse sentido, estabelece o art. 37, XIX da CF que somente por lei específica será criada autarquia. Esse requisito de lei específica se dá para que se afaste a possibilidade de criação de tais entidades por meio de lei multitemáticas, então, a lei específica é a que trata exclusivamente da criação da autarquia. E da mesma forma, se a criação depende de lei, sua extinção se dará também por lei. Essa lei pode ser ordinária, não precisa ser complementar. Diferentemente das pessoas jurídicas da ADM INDIRETA de Direito PRIVADO, neste tipo de PJ, a mera publicação da lei não é suficiente para criar, ou seja, essa autorização legislativa depende de outro ato subseqüente que é a criação mediante registro em cartório.
 
8.5 Bens-> São públicos; Têm o mesmo tratamento da fazenda pública; os bens são impenhoráveis, inalienáveis, imprescritíveis e não oneráveis (não podem ser dados em garantia). 
8.6 Agentes -> São agentes concursados, na maioria das vezes serão estatutários, depende do regime do Ente Político. Mas também pode ser empregado público, dependerá do ente político. Por fim, eles obedecem ao teto remuneratório do serviço público no Brasil. 
8.7 Controle -> Financeiro e Orçanamentário pelo Tribunal de Contas e poder legislativo; Já o controle de finalidade cabe a administração direta. Em outras palavras, as autarquias não estão subordinada hierarquicamente a Administração direta, não sofre esse tipo de controle da mesma, mas sofre o controle finalístico ou de finalidade chamado de supervisão ou tutela ministerial. 
8.8 Nunca exercem atividade econômica -> As autarquias somente podem desempenhar atividades típicas da administração pública, como serviços públicos, poder de polícia ou promover o fomento. 
8.9 Licitação-> Precisa de licitar, está dentro das pessoas que precisam passar pela licitação, regra geral.
8.10 Imunidade tributária -> Por força do art. 150 parágrafo 2º da CF, autarquias não pagam nenhum imposto. Em razão da norma só mencionar impostos, as taxas, contribuições de melhoria, Empréstimos compulsórios e contribuições especiais são devidos normalmente. Segundo D’Lara, seria a imunidade recíproca, União, Estados, Municípios não podem cobrar impostos sobre patrimônio renda e serviço, pois, ela tem essa imunidade a partir da CF.
9. Autarquias Especiais-> Se caracterizam pela existência de determinadas peculiaridades normativas que diferenciam das autarquias comuns, como uma mais acentuada autonomia. Em outras palavras, são aquelas que desfrutam de maior grau de independência administrativa em relação a Administração Direta, nos termos da lei. 
9.1 Financeira -> Controla e regulamenta a atividade bancária no Brasil e também a moeda (banco central). 
9.2 Ensino -> Universidades Públicas. 
9.3 Trânsito -> Fiscaliza e controla as leis de trânsito, DETRAN. 
9.4 Meio Ambiente -> Ibama. 
9.5 Órgãos ou conselhos de Classe -> Entidades, Pessoas
Jurídicas, disciplinam, fiscalizam e regulamentam atividades profissionais. No caso da OAB, deixou de ser autarquia em 2007, não faz mais parte da administração indireta do Brasil, passou a ser pessoa jurídica de direito privado. São exemplos deste tipo de autarquia: CREA, CREMEPE etc. A OAB deixou de ser autarquia visando ter mais autonomia e controle, por exemplo, não precisa de concurso, licitar, apesar de ter saído do grau das autarquia tem imunidade tributária. 
9.6 Previdenciárias -> Além do INSS, também tem a FUNAP, nos regimes próprios. 
9.7 Agências Reguladoras -> Regulamentar a prestação de serviços públicos e controlar ou fiscalizar os serviços públicos privatizados. Foram introduzidas no direito brasileiro para fiscalizar e controlar a atuação de investidores privados que passaram a exercer as tarefas desempenhadas antes da privatização pelo próprio Estado. 
9.8 Agências Executivas -> Consiste na titulação concedida pela administração pública direta à uma autarquia já existente ou fundação mediante aprovação de projeto e concessão de novos recursos públicos, receber viaturas, cessão de funcionários públicos, além de dinheiro. Em outras palavras, é um título atribuído pelo governo federal a autarquias, fundações públicas e órgãos que celebrem contrato de gestão para aplicação de sua autonomia mediante a fixação de metas de desempenho. Assim, não são uma nova espécie de pessoa jurídica da ADM PUBLICA, mas uma qualificação obtida por entidades e órgãos públicos. 
10. FUNDAÇÃO PÚBLICA -> São pessoas jurídicas de direito público interno, instituídas por lei específica mediante a afetação de um acervo patrimonial do Estado a uma dada finalidade pública. Exemplos: FUNAI, FUNASA, IBGE, FUNARTE. São espécies de autarquias revestindo-se das mesmas características jurídicas aplicáveis às entidades autárquicas. Podem exercer todas as atividades típicas da ADM PÚBLICA, como prestar serviços públicos e exercer o poder de polícia. 
10.1 Definição -> Consiste na destinação de patrimônio à determinada atividade. É uma pessoa jurídica com tipo social que não tem pessoas. Não tem também finalidade empresária, não visa lucro. Em outras palavras, é a pessoa jurídica pertencente ao Estado sem finalidade lucrativa criada mediante autorização legislativa para atuar na prestação de serviço público. 
10.2 Personalidade Jurídica-> Se divide em fundação de direito público e de Direito Privado, as de direito público são autarquias e a de direito privado são as fundações governamentais. Detalhe: Quando for fundação de direito público não é na verdade uma fundação! De fundação, só tem o nome, é na verdade uma AUTARQUIA “fundação autárquica ou autarquia fundacional”. Quando se trata de Fundação pública de direito privado, é a fundação genuína, chamada de Fundação Governamental. 
10.3 Criação -> Autorização Legislativa, diferente da autarquia, tem que registrar no cartório correspondente. A publicação da lei não cria automaticamente, apenas da a oportunidade de que se crie. 
10.4 Área de atuação -> Saúde, Educação, Ciência e tecnologia, cultura, arte, meio ambiente, assistência social, moral e religião. 
10.5 Agentes -> Sempre concursados, e podem ser estatutários ou celetistas, depende de cada Ente Político. 
10.6 Bens -> Têm tratamento de Bem Público, garantias contra impenhorabilidade, não oneráveis, etc.
10.7 Controle -> Financeiro feito pelo tribunal de constas e legislativo, Controle finalístico feito pelo MP e não pela ADM DIRETA!
10.8 Licitações -> Deve se licitar.
10.9 Imunidade Tributária -> Assim como a autarquia, também tem imunidade tributária não sofre impostos sobre patrimônio, renda e serviços. 
11. EMPRESAS ESTATAIS -> Engloba as pessoas jurídicas de direito privado pertencentes à Administração Pública Indireta que são empresas públicas e sociedades de economia mista. É pessoa jurídica de direito privado criada por autorização legislativa para prestação de serviço público e\ou exploração de atividade econômica sem fins lucrativos. Pertence ao Poder Público mas sua Natureza Jurídica é de Direito Privado. Atuam visando a segurança nacional e interesse público, tem como finalidade o de não visar o lucro (Monopólio). 
12. EMPRESA PÚBLICA -> São pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização legislativa, com totalidade de capital público e regime organizacional livre, são exemplos: BNDES, CORREIOS, CAIXA, INFRAERO. 
12.1 Área de Atuação -> Prestação de Serviço Público e exploração de atividade econômica. 
12.2 Criação -> Por autorização legislativa e registro, se a empresa for explorar atividade econômica o registro é feito na Junta Comercial e se for de serviço público, registro normal. Sempre que se utilizar a expressão mediante autorização legislativa, é porque a forma de criação da entidade submete-se a um procedimento distinto da simples “criação por lei”. 
12.3 Tipo Social -> Será qualquer um dos existentes, EXCETO SOCIEDADE ANÔNIMA DE CAPITAL ABERTO. 
12.4 Capital -> Totalmente Público. Não existe dinheiro privado integrando o capital social. 
12.5 Agentes -> Concursados, SEMPRE CELETISTAS! Sobre a limitação do salário: Se a empresa pública recebe dinheiro da União, os salários estão limitados ao teto, se a empresa pública se sustentar sozinha, não obedece ao teto remuneratório. 
12.6 Bens -> Se for de prestação de serviço público, tem a garantia de bem público, porém, se for de atividade econômica não tem a proteção. 
12.7 Controle -> Financeiro é submetido a tribunal de contas e legislativo. Já o controle de finalidade é submetido a supervisão ministerial. 
12.8 Licitações -> Estão dentro do dever de licitar, como a maioria das entidades. 
12.9 Imunidade Tributária -> Não têm, não se pode beneficiar a empresa pública se não beneficiar a empresa privada.
13. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA -> São pessoas jurídicas de direito privado, criadas mediante autorização legislativa, com maioria de capital público, e organizadas obrigatoriamente como sociedades anônimas. Exemplos: Petrobras, Banco do Brasil, Telebras, Eletrobras e FURNAS. 
13.1 Definição -> “A entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica sob a forma de SOCIEDADE ANÔNIMA, cujas ações com direito a voto pertençam EM SUA MAIORIA à União ou à entidade da ADM INDIRETA. ATENÇÃO! Assim como nas empresas públicas, o conceito de S.E.M exige a criação mediante autorização legislativa, e não por lei, além de explorar atividades econômicas e prestar serviços públicos. 
13.2 Área de atuação-> Igual as empresas públicas. 
13.3 Criação
13.4 Tipo Social -> Só pode ser criada em UM tipo, a de S\A de capital aberto, as suas ações são negociáveis no mercado imobiliário. OBS: O poder público pode comprar ações da S\A de Capital Aberto, isso não fará tal empresa se tornar pública ou de S.E.M, para isso acontecer tem que ter a maioria das ações com direito a voto.
13.5 Capital -> A maioria do capital é público, na composição o capital votante, pelo menos 50% mais uma das ações com direito a voto devem pertencer ao Estado. É obrigatória, entretanto, a presença de capital votante PRIVADO, ainda que pequeno, sob pena da empresa converte-se em pública. Quanto às ações sem direito a voto, a legislação não faz qualquer exigência em relação a seus detentores, podendo ser totalmente privado. O poder público só exige manter o controle administrativo da entidade. 
13.6 Agentes -> Igual a Empresa Pública.
13.7 Bens -> Mesmo que seja prestadora de serviço, não terá garantia dos bens por ter capital privado. 
13.8 Controle -> Igual as empresas públicas. 
13.9 Imunidade Tributária -> não tem. 
14. CONSÓRCIOS PÚBLICOS -> Não é uma pessoa jurídica, é um contrato. Não entra empresa privada ou pública, só União, Estado, DF (entes políticos, união + município p. ex). 
14.1 Definição -> É o contrato administrativo firmado entre os Entes Políticos para criação de pessoa jurídica que integrará à Administração Indireta e prestará serviço público mediante gestão associada.
14.2 Área
de Atuação -> Serviço Público seja direito privado ou público. (De direito público, é aquele serviço que só pode ser realizado por poder de império, e só quem pode fazê-lo são as autarquias, já o de direito privado, quer dizer que não é um serviço típico de Estado, que pode ser prestado por empresa privada, fornecimento de água, luz). 
14.3 Criação -> Criado por autorização legislativa mais requisitos, quais sejam: Assinar protocolo de intenções (como se fosse uma minuta de acordo, esse protocolo será publicado), Lei Específica (autorizando o consórcio), assinatura do contrato chamado de contrato-programa (diz qual serviço será prestado, a abrangência, a responsabilidade de cada ente etc.) e rateio, sendo o rateio o que dirá a responsabilidade financeira de cada Ente participante, a alteração do contrato tem que ser aprovado em assembléia geral e depois aprovado em lei. 
14.4 Pessoa Jurídica -> De Direito público – autarquia somente esta pode agir com poder de império! Já as de direito privado – a pessoa jurídica é associação. 
14.5 Agentes -> Concursados e celetistas -> Na associação pública de direito privado. (Autarquia será igual a autarquia normal). 
14.6 Controle -> Financeiro Tribunal de contas e legislativo; controle finalístico supervisão ministerial. 
14.7 Bens -> Bens públicos sem garantia. 
14.8 Licitação -> Tem que licitar.
14.9 Prerrogativas -> A) Contratação Direta -> Contratação sem licitação (consórcio x com INSS, não precisa licitar, p.ex); B) Dobro do limite-> O valor para contratação direta será o dobro, em razão do valor do contrato, o que para todos é R$8.000,00, para o consórcio é o dobro; C)Servidões -> os consórcios podem instituir servidão administrativa; D) Desapropriação -> Assim como todas as pessoas da administração indireta também pode fazer. 
15. DOS ENTES EM COOPERAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – Não fazem parte da Administração Indireta. São pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado exercendo atividades não lucrativas e de interesse social. 
16. SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO -> SESI, SENAI, ETC. 
16.1 Definição -> Pessoas jurídica de direito privado, criadas mediante autorização legislativa e que compõe o sistema S, para prestação de serviços de interesse de categorias econômicas e profissionais. O nome Sistema S, deriva do ato de tais entidades estarem ligadas à estrutura sindical e terem sempre sua denominação com a letra S de serviço. Sem finalidade lucrativa. 
16.2 Área de atuação -> Serviço de fomento e amparo; Executam serviços de UTILIDADE pública, mas NÃO SERVIÇOS PÚBLICOS. Produzem benefícios para grupos ou categorias profissionais e não pertencem ao Estado. 
16.3 Fontes de Custeio -> Suas receitas são chamadas de contratuais, onde o usuário do serviço paga, em outras palavras, são custeados por contribuições compulsórias pagas pelos sindicalizados, constituindo verdadeiros exemplos de parafiscalidade tributária, todo empregador contribui para esse sistema quando é pago o salário do trabalhador. 
16.4 Estão sujeitos a controle estatal, inclusive por meio de tribunal de contas e não precisam contratar pessoal mediante concurso público, além disso, estão obrigados a realizar licitação, por fim, também são imunes a impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços. 
17. TERCEIRO SETOR -> O Nome terceiro setor designa atividades que não são nem governamentais, nem empresariais e econômicas (primeiro e segundo setor). Desse modo, o terceiro setor é composto por entidades privadas da sociedade civil que exercem atividades de interesse público sem finalidade lucrativa. O regime jurídico aplicado é predominante privado. A administração pública incentiva o desenvolvimento das atividades do terceiro setor em razão do alcance social dessa atuação. O estimulo a tais entidades enquadra-se na função administrativa chamada de FOMENTO, que juntamente com serviços públicos e o poder de polícia formam o conjunto das três atividades precípuas da Adm Pública moderna. 
Detalha para as ONGS -> São pessoas de direito privado, sem fins lucrativos, criadas pela sociedade civil, para atuação em conjunto com o poder público. 
17.1 Organizações Sociais -> É uma qualificação especial outorgada pelo governo federal a entidades de iniciativa privada, sem fins lucrativos, cuja outorga autoriza fruição de vantagens peculiares, como isenções fiscais, destinação de recursos orçamentários, repasse de bens públicos, bem como empréstimos temporários de servidores governamentais. 
17.2 Área de Atuação das OS -> São o ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde. Desempenham, portanto, atividades de interesse público, mas que não se caracterizam como serviços públicos STRICTO SENSU, razão pela qual é incorreto afirmar que as OS são concessionárias ou permissionárias. 
De acordo com o Art. 2º da Lei 9637 de 1998, a outorga da qualificação constitui decisão discricionária, pois, além da entidade preencher os requisitos exigidos na lei, o inciso II do referido dispositivo condiciona a atribuição do titulo a haver aprovação quanto a conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal reforma do Estado. 
Assim, é correto afirmar que as entidades que preencherem os requisitos legais possuem simples EXPECTATIVA de direito à obtenção da qualificação, nunca direito adquirido. Evidentemente, o caráter discrionário desta decisão, permitindo outorgar a qualificação a uma entidade e negar a outro que igualmente atendeu aos requisitos legais, viola o princípio da isonomia, devendo-se considerar inconstitucional. 
Por fim, o que poderia ser dito é que as O.S. são uma espécie de parceria entre a ADM e iniciativa privada, exercendo atividades que até o ano de 1998 eram exclusivas das entidades públicas. 
17.3 Instrumento de vinculação -> Contrato de gestão, tem que ter um contrato de gestão, do qual um representante do poder público faça parte. A aprovação desse contrato deve ser submetida ao Ministério de Estado ou outra autoridade supervisora da párea de atuação da entidade. Esse contrato discriminará as atribuições, responsabilidades e obrigações do poder público e da Organização Social. 
18. OSCIP -> Organização Social de Sociedade Civil de interesse público . 
18.1 Definição -> São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa dos particulares, para desempenhar serviços não exclusivos do Estado, com fiscalização pelo Poder Público, formalizando a parceria com a ADM PÚBLICA por meio de termo de parceria. A outorga do título é disciplinada pela lei 9790 de 99, regulamentada pelo Decreto Nº 3100 de 1999, e permite a concessão de benefícios especiais, como a destinação de recursos públicos. 
18.2 Áreas de Atuação -> As mesmas da OS, incluindo medicina, nutrição, higiene, moral, religião etc. (o rol de atuação de uma OSCIP não é taxativo). 
18.3 Termo de Parceira -> Firmado entre o poder público federal e a OSCIP discriminará direitos, responsabilidades e obrigações das partes signatárias, prevendo especialmente metas a serem alcançadas, prazo de duração, direitos e obrigações das partes e formas de fiscalização. Ao contrário das OS, a outorgar do título é de decisão vinculada, podendo-se falar em direito adquirido a qualificação para todas as entidades que preencherem os requisitos exigidos na legislação. (D’LARA ACABOU AQUI). No termo de parceira não é obrigatório a presença de um representante do poder público, apenas é exigido no conselho fiscal. 
CÓPIA NÃO COMÉDIA, PR LEAL PRODUÇÕES.

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