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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
Resenha Crítica de Caso
Alan Pinheiro Mendes
Trabalho da disciplina
Engenharia Social e Conscientização em Segurança da Informação
Tutor: Prof. Marcelo Vasques de Oliveira
Rio de Janeiro
2020
Universidade Estácio de Sá
Disciplina: Engenharia Social e Conscientização em Segurança da Informação
Tutor: Prof. Marcelo Vasques de Oliveira
Aluno: Alan Pinheiro Mendes
Resenha Crítica do Caso Conflito no Andar de derivativos (A)
Bibliografia: Badaracoo Jr., Joseph L., Ussem, Jerry. Conflito no Andar de Derivativos(A). Harvard Business School. Rev. 09 março 2006. 312-P01.
Neste caso, acompanhamos diretamente o dilema moral, ético e religioso de um vendedor ao perceber que está no meio de um transação financeira superfaturada entre as empresas Poseidon Cruise Lines e o First America Bank.
Em março de 1986, o ainda recém formado e referido vendedor, teve o início de sua trajetória profissional, na empresa First America Bank, atuando como assistente, sendo promovido tempos depois, a vendedor de mercados futuros, na mesa de derivativos negociados em moeda estrangeira, tornando-se especialista em swaps de taxa de juros de moedas cruzadas. Completando 6 meses no cargo, em setembro de 1986, comecei a trabalhar com a Sr. Linda, vendedora de habilidades respeitadas, conhecida por sua agressividade em fechar bons negócios.
A empresa de cruzeiros marítimos precisava financiar um de seus mais ambiciosos projetos, o maior e mais luxuosos navio de sua frota. Até então, a participação em transações financeiras desta empresa possuia um perfil modesto, de baixo risco e de curto prazo. Mas devido ao seu novo projeto este perfil mudaria drásticamente para uma alta complexidade, envolvendo um valor alto de empréstimo, algo em torno de 700 milhões de dólares, criando diversas váriaveis.
Um dos pontos complexos desta operação era a construção do navio, devido ao seu grande porte, somente poderia ser construído em um estaleiro situado na França. Porém, a empresa Poseidon Cruise Lines por ser americana, tinha o seu fluxo de caixa em dólares, criando uma margem de risco significativa, o referido pagamento tinha que ser cambiado para francos, que era a moeda local. O governo francês visando a grande oportunidade de negócio, ofereceu-se para subsidiar a transação, oferecendo um empréstimo com taxas cambiais abaixo do mercado. Mesmo assim, o diretor financeiro, bem como, o tesoureiro da Poseidon Cruise Lines encontravam-se desconfortáveis e inseguros com o alto valor e complexidade da transação.
A empresa Poseidon Cruise Lines, visando o menor ônus possível, pediu a vendedora Linda que intermediasse esta negociação, haja vista, que durante a ano e meio sendo cliente do First America Bank, a referida empresa, sempre obteve sucesso em suas negociações intermediadas por ela. Aproximadamente em 3 meses, Linda em conjunto com o diretor financeiro da Poseidon Cruise Lines, elaboraram um plano estratégico para esta operação de alta complexidade. Mesmo estando em comum acordo, a cobertura contra a exposição de moeda ofertada a Poseidon Cruise Lines, faria com que a empresa ficasse a mercê do First America Bank.
Foi criada uma estrutura de 3 partes: A Poseidon Cruise Lines efetuaria um pagamento de 10% do montante contratual; Nos 3 anos subsequentes, efetuaria pagamentos ao estaleiro francês; E por fim, efetuaria pagamentos iguais, de grande soma em 3, 4 e 5 anos posteriores. O First America Bank, como intermediador, utilizando-se de um valor fixado para as futuras taxas cambiais, efetuaria o câmbio entre as empresas. Comprometendo-se a fazer pagamentos mensais ao estaleiro francês.
Foram verificadas pela vendedora Linda, muitas alternativas de cobertura contra os riscos. Convencendo o diretor financeiro da Poseidon Cruise Lines a permitir que o First America Bank fosse o responsável exclusivo pelo financiamento e na justificativa do seu argumento, Linda, explicou ao diretor financeiro da Poseidon Cruise lines, que outros bancos munidos de tais informações tentariam lucrar, aumentando e muito os custos envolvidos. A explicação dada foi aceita e o diretor financeiro munido de confiança, não pesquisou outras propostas do mercado.
Devido ao sigilo exagerado aplicado durante as negociações, o vendedor auxiliar começou a desconfiar de alguns pontos e não entendia porque os fatos não eram transparentes e em alguns pontos distorcidos. Afinal, Linda ocultava do diretor financeiro da Poseidon Cruise Lines, o lucro líquido, as altas taxas e os honorários. O vendedor auxiliar estava incomodado, pois, sentia por Linda a gratidão pelo seu primeiro emprego, além de vislumbrar o confronto entre um profissional já estabelecido e ele, apenas um iniciante.
Duvidosos quanto aos valores envolvidos na negociação, 2 executivos da empresa Poseidon Cruise Lines, informaram que suspenderiam as negociações até que fosse provado que as taxas cobradas pelos empréstimos franceses, estavam de acordo com a proposta apresentada. Após esta afirmação, Linda esmoreceu. Mesmo desiquilibrada pelo ocorrido, solicitou ao vendedor auxiliar que atendesse as ligações que surgissem, enquanto ela iria tratar com o negociador de francos futuros. Dado o seu retorno, solicitou a vendedor auxiliar que enviasse uma página de fax e posteriormente contactasse o diretor financeiro da Poseidon Cruise Lines, informando-o do envio. Lendo o documento antes de enviá-lo, percebi que havia sido alterado e que não refletia a verdade da transação.
O seu senso moral, ético e religioso conflitavam com o sentimento de gratidão, de corporativismo e lealdade a Linda. Porém, os valores por ele recebidos durante a sua formação eram contrários ao desvio de caráter, logo, ele não poderia pactuar com a falcatrua existente.
Ele pensou em solicitar ajuda a alguém, mas quem poderia lhe ajudar neste caso tão delicado? Inicialmente, solicitou ao negociador Roger que rapidamente esquivou-se e não quis tomar partido. O próximo em sua mente, mas, logo descartado por ser ineficaz, foi o Peter, funcionário de carreira e gerente de vendas de derivativos. Pensando melhor, poderia levar esta questão ao vice-presidente sênior, porém em su,a crença hierarquicamente não vislumbrava a possibilidade de um simples vendedor júnior, fazer denúncia contra um superior.
Embora o caso analisado aparentemente não divulgue o seu término, mas, nos faculta algumas informações. Podemos através destes, identificar alguns truques utilizados pela engenharia social, aproveitando-se de várias oportunidades que são encontradas pelo caminho. A vendedora Linda, como agente interno, utilizando informações e meios privilegiados, falsificando dados, intimidando o cliente com sua postura agressiva (intimidação), porém resolutiva (assistência), fazendo-o confiar completamente em seu julgamento (persuasão). Utilizando o sentimento de gratidão (bajulação) e de lealdade do vendedor auxiliar para continuar as escondidas, explorando sua ingenuidade e confiança.
Tanto outrora, como nos dias atuais, verificamos que além da necessidade de implantação de uma política de segurança da informação e de segurança física, precisamos acima de tudo conscientizar todos os envolvidos sobre o tipo de ameaça e quão prejudicial ela é.

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