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PRÉ PROJETO - THAIANE

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2
VIVENCIAS DO SOFRIMENTO NO LUTO MATERNO
Nome do aluno: THAIANE RODRIGUES LOPES RIBEIRO 
Professor da disciplina: RAPHAEL DO AMARAL VAZ
1. INTRODUÇÃO 
Após a perda de um ente querido, é esperado que haja uma profunda tristeza e uma perda de sentido em viver. É um período de esvaziamento e de confusão, e dependendo da relação que se tinha com esse ente, torna-se um momento de reestruturação. Essa restruturação é subjetiva, podendo levar mais tempo para uns, do que para outros. Mas e quando esse luto é vivido pela mãe? Quais impactos e consequências que a morte de um filho pode lhe causar? Quais os sentimentos de alguém que perdeu um ente que ocupava grande sentido em sua vida? Culturalmente, a imagem da mulher está associada diretamente à maternidade. Então como é perder alguém que se tornou a sua verdadeira razão de viver? 
Em nossa sociedade a mãe é responsável por proteger seus filhos, é atribuído a ela o dever de cuidar e zelar pelo bem estar do filho, e qualquer falha ela também se sente responsabilizada. A culpa da mãe se faz presente até mesmo nas frustações ao decorrer da vida, e quando o filho morre, é comum que ela também se responsabilize pelo ocorrido. Ela carrega consigo o sentimento de culpa, que traz bastante sofrimento. Outra característica também presente no luto materno é a dor, embora os sofrimentos sejam vividos de maneira subjetiva, a dor é algo comum em todas as mães enlutadas. (FREITAS; MICHEL, 2014)
Essa será a discursão nesse trabalho. As vivências no luto materno. Quais os sentimentos dessa mãe? Quais as consequências desse luto? Há um caminho para a reestruturação? Qual o papel da família com relação a esta mãe? Qual o papel do Psicólogo nesse contexto?
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA 
 Na sociedade a qual se vive, não se fala em morte, e muito menos pensa-se nela. Porém, este é um fato que se faz presente na vida de muitas mães. Uma mãe quando perde um filho traz uma convicção pessoal que tal perda causa uma dor particularmente intensa e imensurável. Busca-se então, identificar o sofrimento das mães enlutadas, as reações, os sentimentos, e também as características do mundo interno de mães diante da morte de um filho. 
No processo de luto deve-se reconhecer a importância de falar sobre a perda. Isso pode tornar a aceitação um fardo mais leve. Falar sobre essa experiencia, muitas vezes é complexo, porém necessário para que se possa lidar com a dor da perda. É fundamental que a família atravesse todas as etapas para que se possa superar a dor e seguir a vida guardando lembrança e saudade.
 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA 
O luto será o tema abordado neste projeto, especificamente o luto materno e as consequências que ele traz para a mãe, como o sentimento de profunda tristeza, as repercussões físicas e emocionais que esse acontecimento traz para a vida de quem sente, bem como ajuda psicológica que essa mãe irá precisar para conviver com essa nova realidade, sem que sua integridade física/emocional seja acometida de forma negativa e para que entenda, e lide da melhor forma com a experiencia desse intenso sofrimento que é a perda de um filho.
 1.3 PROBLEMA DA PESQUISA 
A morte faz parte do desenvolvimento humano, e a experiência da perda é um dos eventos mais doloroso que se pode vivenciar. Quando uma mãe perde um filho, o fato parece contrariar as leis naturais do ciclo da vida, onde os filhos devem sobreviver aos pais. No entanto, quais as implicações do luto causadas na mãe após perda de um filho? 
1.4 HIPÓTESE 
Acredita-se que frente a ocorrência da morte de um filho, uma mãe enlutada tem sua saúde psicológica afetada de forma significativa, podendo influenciar o seu bem estar físico e até mesmo social com sua própria família.
1.5 OBJETIVOS 
 1.5.1 Objetivo Geral 
Compreender as vivencias de sofrimento no luto materno.
1.5.2 Objetivos Específicos 
Enfrentar a dor da perda de alguém querido é um processo difícil que não atende a padrões, porém, deve-se entender o luto; identificar as fases, pois existem estágios nesta fase no qual o enlutado está sujeito a passar; compreender as implicações causadas pelo luto; e descrever o papel do psicólogo na ajuda à pessoa enlutada encarar a perda de forma adaptativa, na reorganização de sua vida.
2. METODOLOGIA 
A metodologia utilizada para a realização deste projeto será a pesquisa básica bibliográfica, abordando um problema de natureza qualitativa, utilizando de revisão de artigos científicos, alguns enriquecidos com entrevistas à mães enlutadas, e também utilizando um livro específico sobre o assunto.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Pode ser entendida como um processo que envolve um cronograma, e neste projeto o processo ocorrerá da seguinte forma: escolha do tema; levantamento bibliográfico preliminar; busca das fontes; leitura do material; fichamento; organização lógica do assunto; redação do texto. (Gil, 2002)
O levantamento dos materiais foi feito por meio de fontes como as bases de dados Scielo, Pepsic, Google Acadêmico, livros e revistas. Os critérios utilizados para a seleção dos materiais foram escritos na língua portuguesa, com abordagem e temática do assunto.
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 O LUTO
É interessante ressaltar algumas concepções de morte, pois no passado, (e até mesmo nos dias atuais) havia muitas formas de perceber a finitude humana. O significado de morte varia em diferentes culturas, religiões, civilizações. Morte e morrer acaba sendo bastante relativo, pois cada uma delas tem suas características e valores. Por algum tempo, a morte era considerada como natural e tranquila, haviam cerimonias publicas onde todos podiam participar e expressar seus sentimentos pela perda. Na Idade Média, também era vista como algo natural onde a pessoa pressentia sua morte e preparava seus próprios rituais. E com o passar dos anos, a morte foi percebida como um fracasso à vida. Houve um período em que aconteceram mudanças, e a finitude estava ligada à religião, as causas eram concedidas pela vontade de um ser divino. E outro aspecto importante na antiguidade, era a percepção da morte como romantismo, as emoções através de música, poesias, possibilitaram as lembranças com passado, diminuindo a dor do silencio. (BASSO; WAINER, 2011)
A vida e a morte convivem juntas desde o nascimento. Há dificuldade em conviver e trabalhar com a ideia de morte. É muito difícil falar sobre o assunto, mesmo sendo algo inevitável ao longo da vida. A morte faz parte da humanidade, e é um ritual de passagem no qual não se pode fugir, pois todo aquele que nasce, um dia morrerá. Porém, existe o tabu diante deste fato, e não falar sobre isso acaba sendo refúgio para lidar com o acontecimento. (SILVA, 2013)
O luto é um evento único vivido na peculiaridade de cada um. O sofrimento, a negação, a culpa e ansiedade podem afetar o psiquismo e alterar de forma significativa o modo como as pessoas veem a vida. A morte é a única certeza da separação definitiva, e diante a perda do outro, é preciso ressignificar, da um novo sentido à maneira de viver. (SILVA, 2017)
O luto pode ser denominado em dois tipos, o normal e o patológico. No luto normal, o impacto da perda pode ser diminuído com o tempo, com a formação de novos vínculos e investimentos em atividades e na aceitação do apoio social. Já o patológico, o vinculo com a pessoa que se foi permanece intenso, há um bloqueio para novos recomeços, e isso acaba gerando grande desequilíbrio pessoal, levando à doença. Há casos, no qual há pessoas que adoecem e até morrem após a morte de um ente querido, no outro extremo, há os que nunca se permitem adoecer, e reagem naturalmente às perdas. (FREITAS, 2000)
3.2 FASES DO LUTO
Todo processo de luto é único e pessoal, porem alguns autores consideram que o luto ocorre em cinco fases. A primeira fase, o “choque” está ligada ao peso que a morte tem no início do processamento. Nessa fase são vivenciados sentimentos como negação, confusão, afastamento ou isolamento, etambém tristeza, revolta e culpa. Após este primeiro impacto, quando a realidade e a dor se instalam, fazem surgir vários sentimentos e profunda intensidade. O enlutado fica sem saber o que fazer. O choque é uma atitude ainda mais notória quando a morte é repentina. A fase de choque, a pessoa deseja se comunicar com os outros, mas ao mesmo tempo deseja estar só. Este período pode durar cerca de seis, sete meses dependendo da circunstância, visto que um período de dois a três meses é considerado “normal”. (SILVIA, 2004)
Na segunda fase, os sentimentos que a caracterizam é o de culpa, autocensura e impotência. O enlutado se responsabiliza pela morte, se sente culpado, querendo recuperar e trazer de volta a vida da pessoa perdida. Esta fase é vista como um papel amortecedor, onde os enlutados sentem a presença da pessoa morta, conversam e sonham com ela. Já na terceira fase, alguns autores caracterizam pelo aparecimento do sentimento de raiva, que é sentido pelo fato de o morto não ter se cuidado como deveria. O sentimento de raiva muitas vezes é associado ao sentimento de culpa, geralmente quando o enlutado se culpa por sentir raiva do morto. (SILVIA, 2004)
A tristeza surge na quarta fase. Este sentimento é predominante quando o enlutado reconhece a morte do ente querido, é quando “cai a ficha” do acontecimento. Nesta fase também surgem sentimentos como a dor a agonia. Os sentimentos passam ser difíceis de suportar, por mais que o enlutado tente evitar. A última fase desse processo consiste na adaptação ou recuperação. Esta fase consiste na tomada de consciência de que não adianta viver no passado, e passa a saber lidar com ele através de recordações e lembranças, isto constitui uma forma de ligar o passado e o futuro. (SILVIA, 2004)
Kubler (1995) afirma que quando o luto é superado e vivenciado de forma saudável, com o tempo, a pessoa enlutada começa a desvincular suas expectativas e memorias, conseguindo então, retomar sua vida, e rotina. Porém, quando o luto é patológico, o enlutado tende a se dedicar de forma intensa as emoções e lembranças, e se recusa a se desligar de quem partiu, não chegando à aceitação. No entanto, não há tempo determinado para cada fase, isto varia da subjetividade de cada um. (MARVILA et al., 2018) 
3.3 OS SENTIMENTOS QUE ENVOLVEM A MÃE PÓS-PERDA DE UM FILHO
A separação repentina da relação mãe-filho causa uma grande desestruturação na figura materna, onde há grande dificuldade de assimilar, e compreender o luto, pois culturalmente, na ordem cronológica pré estabelecida, é esperado que os filhos velassem os pais. E quando isto ocorre de maneira contrária, há um forte abalo emocional. Para a mãe principalmente, o sentimento é ainda mais complexo, pois perder um filho é como perder uma parte dela, é como perder uma parte do seu corpo. (MARVILA e col., 2018)
Para Freud (1915) este luto exacerbado é normal, pois o filho está diretamente ligado às questões narcisistas da mulher. O filho nasce para atender as necessidades fálicas dessa mãe, o que dificulta a ruptura e o processo de luto. Após essa perda, a mãe investe boa parte da sua libido em seu sofrimento o que desmotiva na execução de tarefas corriqueiras, até mesmo tornando precário o relacionamento interpessoal. (MARVILA e col. 2018, p. 06)
Pais que perdem um filho por uma morte repentina carrega consigo uma mistura e sentimentos, como culpa, pânico, angústia, e isto dificulta e retarda o processo na elaboração do luto, muitas das vezes não conseguem chegar ao estágio de aceitação passando a viver o “luto eterno”, comprometendo sua estrutura psíquica. Uma mãe quando perde um filho repentinamente, entra em estado de irrealidade, vive na esperança de que qualquer momento o filho vai entrar dentro de casa, ressalta Freitas (2000). Há autores que relatam também que desespero aparece quando a busca pela pessoa perdida jamais será reencontrada, e isso se prolonga por anos. Porém, a busca pelo filho morto e a esperança de encontrá-lo parecem ser eternas para as mães enlutadas. (MARVILA e col., 2018)
 Em pesquisa realizada com algumas mães enlutadas destacam-se alguns elementos principais no qual elas vivenciam durante o luto, como alterações e dificuldades no viver, dor, desespero, perda da existência, perda do sentido da vida, sentimento de arrependimento e culpa, e sentimentos negativos despertados pelas lembranças. As alterações e dificuldade no viver diz respeito as mudanças no cotidiano da mãe com dificuldade em continuar a viver. Refere-se aos obstáculos enfrentados quanto à alimentação, aos afazeres domésticos, ao sono, e até mesmo na higienização pessoal. Muitas precisam se medicalizar com antidepressivos para dormir. Com a perda, o individuo se desestabiliza, e precisa de um tempo, singular, para que haja uma reorganização e ressignificação no seu viver, o que não significa superação. As dificuldades no cotidiano, se dá ao sofrimento pela falta da presença do filho. (ASSIS e col., 2019)
O desespero está relacionado com uma sensação de enlouquecimento, e é expressada por gritos e choros. A ausência do filho emerge uma dor inexplicável, constante, que não há remédio nenhum que amenize esse sentimento. A dor no luto de uma mãe não se refere apenas ao emocional, mas também surge no corpo, dores no peito, dificuldades de respirar, entre outros resultados de sofrimento. A dor também é singular, porém é a expressão principal causada no luto materno. A perda da existência refere-se a perda do modo como esta mãe vivia, pois quando um filho morre, uma parte dela também se vai, metaforicamente, é como perder um membro do corpo. Há uma mudança de identidade, na sua maneira de ser, sendo necessária uma ressignificação, tendo que viver com uma presença- ausente. (ASSIS e col., 2019)
A vida parece perder a cor, e resta apenas o vazio, o sentimento de falta. A vida passa a não ter sentido, pois há falta. A perda de um filho provoca revisão de valores, sentimentos de desamparo, de solidão, de falta e de perspectiva. O sentimento de culpa e arrependimento está ligado a não poder ter ajudado o filho em seus últimos minutos de vida. Este sentimento é frequente, as mães muitas das vezes acreditam que poderiam ter evitado a morte do filho, e se culpa por isso. A presença-ausência de um filho se dá nas memorias, nas recordações e estes se fazem presente por meio de lembranças, fatos e objetos. Porem estas lembranças muitas das vezes difíceis e suportar, pois os sentimentos e sofrimentos são revividos. (ASSIS e col., 2019)
As recordações trazem consigo angústias. As recordações têm principalmente foco no passado, o que é capaz de provocar a dor em si. O tempo também é outro fator fundamental quanto à angústia. A perda torna o assunto principal dentro do ambiente familiar e é direcionado a todos os momentos da vida. Para o inconsciente Freud (1915) explica que o tempo é diferente da versão cronológica. O indivíduo se isola dos projetos e planos da família, pois está alienado sob presente e o futuro. (MARVILA e col., 2018) 
Desde que a distância não tem importância para o pensamento - desde que o que fica mais afastado tanto no tempo quanto no espaço pode sem dificuldade ser abrangido num único ato de consciência - assim também o mundo da magia tem um desprezo telepático pela distância espacial e trata as situações passadas como se fossem atuais (FREUD, 1996, p. 96).
O sentimento de culpa é inevitável aos pais pós perda e um filho. Eles carregam consigo sentimentos e questionamentos que talvez nunca serão respondidos, como “onde foi que eu errei?”, “porque não eu?”, “Porque não ajudei meu filho?”, e a falta dessas respostas gera mais dor e fica mais difícil superar o luto. O sentimento de incompetência e culpa também se faz presente entre os pais. Estes sentimentos podem se instalar em forma de acusações entre os pais, onde um culpa o outro pela morte do filho. Este conflito familiar pode motivar rompimento de laços e agravar a relação que já está abalada pela perda. Existem situações em que o casal se separa para tentar recomeçar e ate mesmofugir do ambiente carregado de recordações. O processo de luto para ambos, podem ter etapas diferentes, onde um consegue superar, e outro não, gerando ainda mais desestruturação na relação. (MARVILA e col., 2018)
É importante o cuidado e o acolhimento de todos que estejam envolvidos diretamente a pessoa enlutada. Se todos se mostrarem disponíveis, empáticos, interessados em promover estratégias capazes de amenizar o sofrimento, isso, todavia, contribui para o bem-estar psicológico da família. (SANTOS e col., 2016)
Com o passar do tempo, as esperanças de reencontrar o filho perdido ficam cada vez mais distantes, e dá lugar à depressão. É comum encontrar mães que sofrem sozinhas, por não ter om quem dividir suas dores, pois pessoas próximas se afastam por não saber lidar com a situação, e por não saber falar sobre o luto, temendo que as recordações causem ainda mais sofrimento. (MARVILA e col., 2018).
3.4 O PAPEL DO PSICOLOGO NO PROCESSO E SUPERAÇÃO DO LUTO
O psicólogo é fundamental nesse processo pois ajuda a pessoa enlutada encarar a perda de forma adaptativa, proporcionando uma reorganização consigo mesma e com o mundo, e aprenda a conviver com a perda. (RAMOS, 2016) 
Portanto, faz-se necessário o papel do profissional psicólogo em acolher tanto a família como também a equipe, pois, nesse momento, obviamente, o profissional psicólogo deve ser o primeiro a se preocupar com o impacto da morte em sua estrutura psíquica. Primeiro, ele deve olhar para o significado desse evento, ou seja, o significado dessa realidade inexorável, com a sua participação existencial. Verifica-se, portanto, que, o profissional psicólogo remete-se a uma relação dialética com seu paciente na qual está pautada no movimento polarizado entre a onipotência e a impotência diante da dor e do sofrimento do outro e de sua possibilidade de ajuda frente à perda, diz Silva (2007). (MARVLLA e col. 2018, p.12)
Há alguns objetivos que o terapeuta deve considerar nas intervenções por meio de aconselhamento psicológico como, ajudar que o enlutado entenda que a morte ocorreu e que é preciso aprender a lidar com os sentimentos, mesmo que estes a façam sofrer; ajudar a identificar e expressar os sentimentos relativos à perda; tentar promover o enlutado a se acostumar com a perda, saber lidar com ela e continuar sua vida de forma adaptativa; facilitar o afastamento emocional e encorajar o sobrevivente a estabelecer novas relações; compreender e interpretar os comportamentos que podem indicar ou não se se trata de um luto normal; proporcionar um apoio contínuo principalmente durante o primeiro ano após a perda. Por fim, identificar no enlutado comportamentos e sentimentos disfuncionais, tendo consciência das suas limitações e encaminhar o sujeito para outro tipo de intervenção, caso necessário. De forma geral, a intervenção no luto para o desenvolver do processo, é estabelecer uma relação segura com o enlutado, favorecendo a abertura da experiencia do luto e principalmente a partilhar sentimentos. Deve-se explorar a história de vida do sujeito e a relação estabelecida com o morto, que é fundamental para a compreensão da forma como este vivencia o luto. E segundo alguns autores, é importante usar técnicas como o psicodrama e cadeira vazia, pois se revelam bastante uteis e eficientes na compreensão da perda. O objetivo principal da intervenção em torno da morte, é fortalecer as famílias para que façam o luto e siga em frente. (RAMOS, 2016)
4. CRONOGRAMA
	ETAPAS
	fev/20
	mar/20
	abr/20
	mai/20
	jun/20
	Escolha do tema 
	x
	 
	 
	 
	 
	Levantamento bibliográfico 
	 
	x
	x
	 
	 
	Busca das fontes
	 
	x
	x
	x
	 
	Leitura do material
	 
	x
	x
	x
	 
	Fichamento de texto
	 
	 
	x
	x
	x
	Organização lógica do assunto
	 
	 
	 
	x
	 
	Revisão das normas
	 
	 
	 
	 
	x
	Conclusão e entrega do pré-projeto
	 
	 
	 
	 
	x
5. REFERÊNCIAS
ASSIS, Gustavo Alves Pereira de; MOTTA, Hinayana Leão; SOARES, Ronaldo Veríssimo. Falando sobre presenças-ausentes: vivências de sofrimento no luto materno. Rev. NUFEN, Belém, v. 11, n. 1, p. 39-54, abr.  2019   Disponível em<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S217525912019000100004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 mai. 2020. 
BASSO, Lissia Ana; WAINER, Ricardo. Luto e perdas repentinas: contribuições da Terapia Cognitivo-Comportamental. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 35-43, jun.  2011.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872011000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 mar. 2020.
CAVALCANTI*, Andressa Katherine Santos; SAMCZUK*, Milena Lieto; BONFIM**, Tânia Elena. O conceito psicanalítico do luto: uma perspectiva a partir de Freud e Klein. Psicol inf., São Paulo, v. 17, n. 17, p. 87-105, dez.  2013.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092013000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 15 mai. 2020.
FREITAS, Joanneliese Lucas de; MICHEL, Luís Henrique Fuck. A maior dor do mundo: o luto materno em uma perspectiva fenomenológica. Psicol. estud.,  Maringá ,  v. 19, n. 2, p. 273-283,  June  2014 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722014000200010&lng=en&nrm=iso>. acessos em  22  mar.  2020
FREITAS, Neli Klix. Luto Materno e Psicoterapia breve. Summus Editorial, 2000. 
LOPES, Cléa Maria Ballão; PINHEIRO, Nadja Nara Barbosa. Notas sobre algumas implicações psíquicas da desconstrução da maternidade no processo de luto: um caso de nascimento-morte. Estilos clin., São Paulo, v. 18, n. 2, p. 358-371, ago.  2013.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282013000200010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 mar. 2020.
MARVILA, Wanner Sobroza; Gonçalves, Ludmylla de Moraes; Ferreira, Naildo; Napolitano, Maria Angélica. A dor por traz do luto materno: Uma investigação acerca dos mecanismos de sobrevivência criados a partir do luto. Disponível em: < https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/08/a-dor-por-traz-do-luto-materno.pdf > acesso em 20 de Junho de 2020.
RAMOS, Vera Alexandra Barbosa. O processo de luto, 2016. Disponível em: <https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1021.pdf> acesso em 21 de Junho de 2020.
SANTOS, Fábio Pereira dos ; Durães, Mireille Maciel de Almeida; Abreu ,Leila Lúcia Gusmão; Finelli , Leonardo Augusto Couto. Luto na família. Humanidades, v. 5, n. 2, jul. 2016. Disponível em <http://revistahumanidades.com.br/arquivos_up/artigos/a113.pdf> acesso em 10 mai. de 2020.
SILVA, Claudete Cassimiro da. A Morte e a Elaboração do Luto na Visão de Alguns Autores. Psicologado, [S.l.]. (2013). Disponível em https://psicologado.com.br/atuacao/tanatologia/a-morte-e-a-elaboracao-do-luto-na-visao-de-alguns-autores . Acesso em 10 mai. 2020.
SILVA, Ivana de Souza Marins da. Considerações Acerca dos Processos Psíquicos do Luto. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 08. Ano 02, Vol. 01. pp 193-207, novembro de 2017. ISSN:2448-0959 disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/psiquicos-do-luto> acesso em 08 de Junho de 2020
SILVA, Maria das Dores Ferreira. Processos de luto e educação, 2004. Disponível em <https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/926/1/Processos%20de%20Luto%20e%20Educa%c3%a7%c3%a3o.pdf> acesso em 11 de Junho de 2020.
SOUZA, Andressa Mayara Silva; PONTES, Suely Aires. As diversas faces da perda: o luto para a psicanálise. Analytica, São João del Rei,  v. 5, n. 9, p. 69-85, dez.  2016.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2316-51972016000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 02 jun.  2020.
ZWIELEWSKI, Graziele; SANT'ANA, Vânia. Detalhes de protocolo de luto e a terapia cognitivo-comportamental. Rev. bras.ter. cogn., Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 27-34, jun.  2016.   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872016000100005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 mai. 2020.

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