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Plenitude do Espírito

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0 LIVRO DE ATOS. DETALHADO EM
a « s o s m CRAIGS. KEENER
CARTA DA CPAD
R O N A LD O R. D E SO U ZA
Diretor-executivo 
da CPAD
Quando vivemos 
e andamos no 
Espírito, isso 
significa dizer 
que vivenciamos 
a plenitude do 
Espírito Santo 
em nossas vidas
Vivenciando a 
plenitude do 
Espírito
Esta edição de Obreiro Aprovado é especialmente dedi­
cada ao tema da plenitude do Espírito, isto é, ao que 
significa biblicamente viver a inteireza da atividade 
do Espírito Santo em nossas vidas. A Bíblia fala que 
devemos não apenas viver no Espírito, mas andar no Espírito 
(Gálatas 5.25). Quando vivemos e andamos no Espírito, isso 
significa dizer que vivenciamos a plenitude do Espírito Santo 
em nossas vidas. Tal estado envolve não apenas a manifestação 
dos dons espirituais, mas também e simultaneamente a mani­
festação do fruto do Espírito.
Para falar sobre esse tema, temos o pastor Douglas Baptista 
(DF), que trata sobre "O que é a Plenitude do Espírito?"; o 
pastor Gil Monteiro (RJ), que trata sobre "Andar no Espírito: 
o Fruto do Espírito"; o pastor Rayfran Batista (MA), que fala 
sobre "Viver no Espírito: o Revestimento do Espírito"; o pastor 
Elias Torralbo (SP), que aborda o tema "Mantendo o fluxo do 
Espírito em nossa vida"; e, finalmente, o pastor Esequias Soares 
(SP), que trata sobre "A importância dos princípios bíblicos".
Abrilhantando esta edição, o nosso entrevistado é o pastor 
Juan Carlos Escobar, líder da Assembléia de Deus na Espanha, 
que fala sobre a última edição do Congresso Mundial das As­
sembléias de Deus, realizado em seu país há poucos meses, e 
da atual situação das igrejas na Espanha e na Europa.
Que esta edição seja bênção para a sua vida! E que possamos 
sempre viver a plenitude das bênçãos de Deus para as nossas 
vidas.
SUMARIO
OBE1RO
APROVADO
ANO 47 - N° 105 - 2o TRIM ESTRE 2024
Presidente da Convenção Geral
José Wellington Costa Junior
Presidente do Conselho Administrativo
José Wellington Bezerra da Costa
Diretor-executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Editor-Chefe
Silas Daniel
Editor
Eduardo Araújo 
Gerente Financeiro 
Josafá Franklin Santos Bomfim 
Gerente de Produção e Arte 
Jarbas Ramires Silva 
Gerente de Publicações 
Alexandre Claudino Coelho 
Gerente Comercial 
Cícero da Silva
Chefe do Setor de Arte e Design
Wagner de Almeida
Projeto Gráfico
Fábio Longo
Diagramação e Capa
Fábio Longo 
Projeto Digital 
Alan Valle 
Ilustrações
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Fotografia
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de cartão de crédito.
OBREIRO - Revista evangélica trimestral, criada 
em outubro de 1977, editada pela Casa Publicadora 
das Assembléias de Deus, é destinada à liderança 
pentecostal de modo geral. Registrada sob n." 
007.022.328, conforme Lei de Imprensa.
A correspondência para publicação deve ser endereçada ao 
Departamento de Jornalismo e as remessas de valor (pa­
gamento de assinatura, publicidade etc.) exclusivamente 
à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda 
matéria piibliçada. Perante a Igreja, os artigos assinados 
são de responsabilidade de seus autores, não representan­
do necessariamente a opinião da revista. Assegura-se a 
publicação, apenas, das colaborações solicitadas.
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06. CARTA À LIDERANÇA PENTECOSTAL 
O SACRIFÍCIO DE JESU S INAUGUROU O CAMINHO 
À SALVAÇÃO DO HOMEM
O pastor José Wellington Costa Junior, presidente da Convenção Geral dos Mi­
nistros das Igrejas Evangélicas Assembléia de Deus no Brasil (CGADB), traz uma 
meditação sobre os efeitos da Obra de Cristo no Calvário.
É</)
>ui
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I-zUI
14. ARTIGO
O QUE É A PLENITUDE DO ESPÍRITO?
O pastor Douglas Roberto de Almeida Baptista, líder da Assembléia de Deus de 
Missão do Distrito Federal e do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, e 
vice-presidente da Rede Assembleiana de Ensino (RAE), discorre sobre a defini­
ção bíblica de plenitude do Espírito.
22. ARTIGO
ANDAR NO ESPÍRITO: O FRUTO DO ESPÍRITO
O professor Gil Monteiro, pastor no Ministério ADEJA, em Nova Iguaçu (RJ); gra­
duado em Teologia, pós-graduado em História da Igreja, autor e articulista, abor­
da todos os aspectos do Fruto do Espírito.
29. RESENHA
O Fruto do Espírito - Antonio Gilberto
O Batism o no Espírito e as Línguas com o sua Evidência - Silas Daniel
30. ARTIGO
VIVER NO ESPÍRITO: O REVESTIM ENTO DO ESPÍRITO
O pastor Rayfran Batista, líder da Assembléia de Deus em Santa Inês (MA), 
diretor do Instituto Bíblico Pastor Estêvam Ângelo de Souza (IBPE), professor de 
várias disciplinas bíblicas e teológicas, trata sobre como as Escrituras descrevem 
o revestimento do Espírito.
38. ARTIGO
MANTENDO O FLUXO DO ESPÍRITO EM NOSSA VIDA
O pastor Elias Torralbo, mestre em Teologia Sistemática e diretor-executivo da 
Faculdade Evangélica de São Paulo (Faesp), discorre, à luz das Escrituras, sobre 
como a igreja e o cristão mantêm o fluxo do Espírito em sua vida.
44. ARTIGO
A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS
O pastor Esequias Soares, líder da Assembléia de Deus em Jundiaí (SP) e presi­
dente do Conselho Deliberativo da Sociedade Bíblica do Brasil e da Comissão de 
Apologética da CGADB, fala sobre a racionalidade da fé cristã e as diferenças 
entre princípios, tradição, costume e doutrina.
O pastor Juan Carlos Escobar, líder da Assembléia de Deus na 
Espanha, fala sobre a última edição do Congresso Mundial das 
Assembléias de Deus, realizado em seu país, e da atual situação 
das igrejas na Espanha e na Europa.
mailto:assinaturas@cpad.com.br
mailto:cpadweb@cpad.com.br
MENSAGENS
r
Enriquecim ento
m inisterial
A revista Obreiro Aprovado é uma ferra­
menta indispensável para todo aquele que 
deseja manusear bem a Palavra de Deus. 
Os comentários, as pesquisas, as indica­
ções de livros e estudos são de uma rique­
za inigualável. Ler esta revista é enrique­
cer nosso ministério e, mais ainda, fartar a 
nossa alma com um alimento rico em pro­
teínas e vitaminas espirituais oferecidos 
por Deus para a nossa vida ministerial.
Pr. Gilson da Silva M otta,
Porto Alegre (RS)
Pica fonte de 
pesquisa
Para mim, a revista Obreiro Aprova­
do tem sido uma fonte de pesquisa 
riquíssima. Ter acesso a este periódi­
co é também uma forma de manter­
mos contato com assuntos teológicos 
relevantes e com os mestres da nossa 
Assembléia de Deus.
Pr. (Meder Moreira,
Igarapava (SP)
Aprofundamento 
na fé cristã
Este periódico tem desempenhado um 
papel fundamental na vida do público 
evangélico. Com conteúdo cuidadosa­
mente selecionado, esta revista oferece 
orientação espiritual, ensinamentos 
bíblicos profundos e uma visão edifi­
cante para pastores, líderes e todos que 
desejam se aprofundar na sua fé.
Pr. Agisse Levi da Silveira (SC)
Enlevo espiritual
Esta revista é um periódico muito atual, 
mostrando, através das doutrinas bíbli­
cas, o que acontece hoje em dia. O seu 
conteúdo doutrinário fortalece o perfil 
assembleiano e o pentecostalismo em 
nossos dias. Recomendo a revista Obrei­
ro Aprovado aos leitores que desejam se 
manter atualizados e firmar ainda mais 
as suas estacas na fé e na doutrina cris­
tã pentecostal.
Pr. Kléber Gustavo Gonçalves da Silva, 
São Paulo (SP)
Sendo obreiro aprovado
A revista Obreiro Aprovado é um periódico 
cujas páginas trazem matérias de grande enle­
vo espiritualpara aqueles que militam na Sea­
ra do Mestre. Procuro sempre ler, estar sempre 
bem informado, mas nunca esquecendo que o 
saber é uma fonte inesgotável, e o verdadeiro 
sábio conhece tudo o que diz e não diz tudo o 
que sabe. Leiamos, estudemos e sejamos obrei­
ros aprovados.
Pr. Daniel M essias, R io de Janeiro (RJ)
Quer também 
mandar sua mensagem?
Então escreva para a revista O breiro A provado. Pode 
enviar sua m ensagem para o em ail obreiro@ cpad.com .br 
ou, se preferir, enviar sua carta para o endereço 
Avenida Brasil, 34.401, Bangu, Rio de Janeiro (RJ) 
C EP 21852-002.
Esperamos o seu contato!
mailto:obreiro@cpad.com.br
CARTA À LIDERANÇA PENTECOSTAL
PR. JOSÉ WELLINCTON 
COSTA JUNIOR
Presidente da 
Convenção Geral dos 
Ministros das Igrejas 
Evangélicas Assembléias 
de Deus no Brasil
O que aconteceu 
no Egito é 
uma analogia 
da proteção 
dispensada a nós 
por nosso Deus 
através de Cristo
O sacrifício de Jesus 
inaugurou o caminho 
à salvação do homem
Nesta oportunidade, vamos discorrer acerca do sacri­
fício do Senhor Jesus e sua importância para a vida 
humana. Observemos na Carta aos Hebreus 10.12-14 
que o sacrifício de nosso Senhor alcançou não somente 
a comunidade judaica, mas toda a humanidade. Esse sacrifício 
vicário ocorreu uma só vez, mas vale por toda a eternidade. Não 
existe necessidade de outro sacrifício, pois este aperfeiçoou para 
sempre os que são santificados.
Jesus já morreu pela humanidade e Seu sangue tem poder todo o 
tempo. O sangue de Cristo ainda é reconhecido e liberta o ser humano 
de seus pecados. Na Antiga Aliança, havia a necessidade de se derramar 
o sangue de um cordeiro, mas agora isso não é mais necessário, por 
causa da eficácia do sacrifício do Cordeiro de Deus que tira o pecado 
do mundo! Em uma noite no Egito, os judeus precisaram manchar os 
umbrais das portas das suas casas para evitar a morte dos primogênitos 
no ambiente do lar. Hoje em dia, estamos marcados com o sangue do 
Cordeiro para a nossa salvação.
E sabido que temos um inimigo que nos odeia e milita contra nós de 
forma implacável. Prezado leitor, você não imagina o quanto Satanás 
almeja o nosso mal. Este ser maligno engendra as suas artimanhas 
que nos são impossíveis de identificar a “olho nu"; apesar disso, nós 
estamos protegidos pelo sangue do Cordeiro. O que aconteceu no Egito 
é uma analogia da proteção dispensada a nós por nosso Deus através 
de Cristo. O Diabo não pode fazer nada contra você, pois a sua vida 
está nas mãos do Senhor. Além do mais, o crente é morada do Espírito 
Santo. Isso significa que somos marcados com sangue por fora e temos 
a Terceira Pessoa da Trindade em nosso homem interior.
Na Antiga Aliança, somente o sumo sacerdote tinha acesso ao local 
denominado Santo dos Santos a fim de apresentar o sacrifício em favor 
do povo e de si mesmo. Era um local vedado aos demais. Existia o 
véu que separava as pessoas desse local sagrado. O escritor da Carta 
aos Hebreus indica que o sacrifício de Jesus abriu o caminho para que 
qualquer pessoa possa ter acesso a Deus sem impedimento algum. Os 
sacerdotes e os levitas não foram responsáveis por esse evento, mas a 
cortina do Santo dos Santos foi rasgada quando se ouviu o brado na cruz 
do Nazareno, que foi injustamente condenado: "Está consumado!". Os 
Evangelhos informam que aconteceram abalos sísmicos e outros sinais 
na morte do Filho de Deus. O acesso ao santuário agora está aberto e 
um novo caminho foi consagrado pelo próprio Jesus, conforme lemos 
em Hebreus 10.20, uma caminho que seria impossível conseguir pelos 
esforços do ser humano.
OB
6
RE RO
ENTREVISTA
Pastor 
Juan Carlos 
Escobar
OB RO
Avaliando as 
Assembléias 
de Deus no 
mundo, na 
Europa e na 
Espanha
Nosso entrevistado 
desta edição da re­
vista Obreiro Apro­
vado é o pastor Juan 
Carlos Escobar. Ele se converteu 
a Cristo em 1981, aos 17 anos de 
idade, na província de Barcelona, 
na Espanha. Pouco tempo de­
pois, iniciou a sua carreira minis­
terial, pastoreando a sua primei­
ra igreja em 1987. Desde então, o 
seu ministério tem sido caracteri­
zado por intensa dedicação como 
evangelista e plantador de igrejas 
na Espanha.
No âmbito das suas responsa­
bilidades eclesiásticas, ele é pre­
sidente da Igreja da Comunidade 
Cristã Sendero de la Cruz, do 
Conselho Executivo da Federa­
ção das Assembléias de Deus da 
Espanha e da Fraternidade das 
Assembléias de Deus do Sul da 
Europa (SEAGF). Pastor Escobar 
também é membro do Comitê 
Executivo da World Assemblies 
of God Felloship (WAGF) e do 
Comitê MM33 do WAGF. É for­
mado em Teologia pelo Centro 
Superior de Teologia das Assem­
bléias de Deus (CSTAD) e é dou­
tor honoris causa em Teologia 
pelo Seminário Teológico Inter­
nacional Antioquia. A
Em nossa conversa, o líder da 
Assembléia de Deus espanhola 
fala sobre o 9o Congresso Mun­
dial das Assembléias de Deus, 
ocorrido na Espanha em outubro 
de 2023; sobre como está a igreja 
na Espanha e em toda a Europa; 
e sobre como ele vê o futuro que 
está se abrindo para as Assem­
bléias de Deus no mundo nos 
próximos anos.
Como foi para o senhor e 
a igreja na Espanha receber 
o Congresso Mundial das As­
sembléias de Deus?
Receber o Congresso Mun­
dial foi uma grande alegria, um 
grande privilégio. Foi um aconte­
cimento histórico, pois não havia 
acontecido outro grande evento 
como este na história das Assem­
bléias de Deus em nosso país. Por 
outro lado, significou um passo 
de fé, já que nosso tamanho e 
nossas possibilidades exigiram 
que tivéssemos a capacidade de 
trabalhar juntos, de acreditar em 
Deus e, por outro lado, lutar con­
tra uma série de obstáculos que a 
realização deste evento implicou. 
O primeiro e mais importante 
deles foi a pandemia. Isso nos 
levou a cancelar o evento duas 
vezes. E agora, nesta terceira vez, 
ele foi finalmente realizado aqui, 
em outubro de 2023. Isso signifi­
cou organizar pela terceira vez, o 
que nos desafiou. Mas vimos que 
Deus esteve conosco, e acredita­
mos que, no mundo espiritual, 
no que diz respeito à convicção 
e à fé da igreja na Espanha, este 
acontecimento trouxe a seguran­
ça de que quando estamos uni­
dos, não importa o tamanho da 
igreja, não importa a dimensão 
do trabalho, não importa qual 
seja o orçamento, quando é algo 
de Deus, prevalece o que é de
Deus, e é isso que pudemos ver. 
A Espanha está muito grata, sen­
te-se privilegiada.
Qual a sua avaliação do 
evento?
Quando pensamos na ava­
liação do evento, o que acredi­
tamos em primeiro lugar é que 
Deus esteve conosco. Este foi 
um evento histórico. Tivemos 
mais de 4,2 mil inscrições, com 
representantes de mais de 120 
países. A Espanha não tem uma 
igreja que possa representar um 
evento grande e massivo como 
esse. Por isso, estudamos e pre­
paramos com o Comitê Mundial 
a realização do evento em um 
local adequado, que pudesse re­
ceber a maior parte dos líderes 
mundiais mais representativos. 
Tivemos uma grande represen- 
tatividade., o que significa que o 
impacto, por assim dizer, foi ex- 
ponencial e muito forte. Devido 
à representatividade, a influên­
cia do evento foi muito grande, 
apesar de não contar com grande 
público. Por outro lado, a realiza­
ção do primeiro Congresso Mun­
dial de Lideranças de Jovens das 
Assembléias de Deus foi muito 
importante, uma vez que a par­
ticipação das novas gerações no 
evento foi uma novidade nunca 
antes feita, bem como a partici­
pação das crianças, pois tivemos 
um evento paralelo para os fi­
lhos dos que vieram, filhos dos 
líderes, filhos dos obreiros, filhos 
dos participantes, que ficaram 
muito emocionados e foram mui­
to abençoados. Houve batismos 
com o Espírito Santo, eles tive­
ram a sua própria experiência. 
Eles tiveram uma participação 
bastante relevante. Por outro 
lado, acreditamos que o Senhor 
nos permitiu cobrir um grande
Acreditamos 
que para este 
tempo Deus 
tem um novo 
impulso, uma 
nova etapa no 
desenvolvimento 
do que tem sido 
a história da 
Assembléia de 
Deus
desafio de fé, devido ao orçamen­
topara este evento, algo signifi­
cativo para nós, mas Deus foi fiel 
e nos abençoou. Por outro lado, o 
número de estandes que tivemos 
foi muito significativo, pois prati­
camente superou as expectativas. 
Foram quase 90 estandes de dife­
rentes ministérios. Isso também 
foi uma riqueza extraordinária e 
maravilhosa.
O que o senhor gostaria 
de destacar em relação ao 
que foi discutido durante o 
evento?
Neste Congresso, como sem­
pre acontece a cada três anos, 
são renovados os cargos na lide­
rança das Assembléias de Deus. 
Além disso, esta é uma assem­
bléia onde todos os líderes das 
Assembléias de Deus do mundo 
se reúnem para discutir alguns 
ajustes organizacionais. Durante
o Congresso, o que foi muito sig­
nificativo foi a adoção do projeto 
de visão MM33, onde planejamos 
realizar o impacto da criação de 
mais de um milhão de igrejas 
no mundo até 2033. Atualmente, 
as Assembléias de Deus contam 
com cerca de 370 mil igrejas no 
mundo, o que significa que es­
tamos falando de mais que du­
plicar as igrejas atuais até o ano 
de 2033. Portanto, é uma década 
importante. A ênfase na plan­
tação de igrejas foi muito forte. 
A ênfase nas missões também 
é muito importante. Também 
enfatizamos a necessidade de 
reavivamento. Foi enfatizada a 
necessidade de retornar ao po­
der do Espírito Santo, à doutrina 
baseada em nossa pentecostali- 
dade. Também foram lembradas 
quais são as nossas origens como
Assembléia de Deus, quais são 
os alicerces das Assembléias de 
Deus, e acreditamos que para 
este tempo Deus tem um novo 
impulso, uma nova etapa no de­
senvolvimento do que tem sido 
a história das Assembléias de 
Deus até agora.
Qual foi o ponto alto da 
programação do Congresso 
Mundial das Assembléias de 
Deus?
Foram muitos os momentos 
importantes do Congresso. Os 
momentos de adoração e louvor 
foram especialmente muito bons. 
A encenação que foi realizada re­
presentando a história da igreja, 
com a luta espiritual entre a luz 
e as trevas, foi muito impactan- 
te. Percebemos que a arte com a 
música, e com a adoração, é algo
muito atual e muito apreciado 
do ponto de vista contextual dos 
nossos dias. Por outro lado, não 
há dúvida de que a exposição das 
mensagens da Palavra de Deus 
foi muito poderosa. Todos co­
mentaram que cada mensagem 
trouxe algo especial de Deus 
para os tempos em que vivemos. 
Mas, o momento mais desafiador 
foi quando a visão MM33 foi lan­
çada, com o apelo para a neces­
sidade de que todos nós a adote­
mos. A resposta foi praticamente 
muito favorável de todos os pre­
sentes. Lembramos também 
como significativa a homenagem 
ao pastor José Wellington Bezer­
ra da Costa, de 89 anos. Ele é o 
pastor com mais idade que atual­
mente faz parte da liderança das 
Assembléias de Deus no mundo, 
à frente de um movimento como A
ROOB
9
REI
[ Y
~ m íB ■ PTL • 3rfÂ
A população mundial 
continua crescendo, 
mas a Igreja do 
Senhor não está 
atingindo uma taxa 
de crescimento 
que exceda o nível 
de nascimentos 
ou mortes. Este 
é o nosso grande 
desafio na área de 
missões
o do Brasil, que é um dos maio­
res movimentos do mundo. Vê-lo 
vivo e participando do nosso con­
gresso foi uma oportunidade de 
homenageá-lo. Isso foi altamente 
significativo. Por outro lado, nas 
noites de evangelização, vimos 
muitas pessoas chegarem aos pés 
de Cristo através das transmis­
sões dos cultos via streaming. 
Muitos obreiros e líderes foram 
renovados, outros foram curados 
e também tiveram momentos ex­
traordinários. No encerramento, 
passamos o testemunho das As­
sembléias de Deus de Gana, onde 
será realizado no ano de 2026 o 
10° Congresso Mundial das As­
sembléias de Deus. Por assim 
dizer, foram muitos momentos 
extraordinários, com Deus fa­
zendo coisas maravilhosas neste 
Congresso.
O que o senhor vê como 
futuro para as Assembléias 
de Deus no mundo nos pró­
ximos anos?
Neste momento, as Assem­
bléias de Deus no mundo re­
presentam aproximadamente 
mais de 12% das igrejas pente- 
costais. É o maior movimento a 
nível pentecostal, mas também 
de crentes evangélicos. A cada 
62 segundos um crente é batiza­
do. A cada hora acredita-se que 
uma nova Assembléia de Deus 
está sendo plantada. Com este 
ritmo, diriamos que continua­
mos sendo o movimento mais 
forte do mundo evangélico, mas 
é preciso compreender que, ape­
sar de termos o maior número de 
fiéis como denominação, há mais 
pessoas morrendo no mundo do
OB
A igreja na Europa 
é uma igreja que 
necessita ser 
avivada na chama do 
primeiro amor. Ela 
precisa ser reavivada 
para que aquele 
gigante adormecido 
possa acordar e 
poder vivenciar uma 
expansão como 
nunca antes
que pessoas sendo convertidas. 
A população mundial continua 
crescendo, mas a Igreja do Se­
nhor não está atingindo uma 
taxa de crescimento que exceda 
o nível de nascimentos ou mor­
tes. Este é o nosso grande desa­
fio na área de missões. Portanto, 
o futuro da igreja Assembléia de 
Deus não é conformar-se com o 
que hoje pode significar cresci­
mento. O crescimento é significa­
tivo e muito importante, mas não 
é suficiente para poder dobrar a 
curva que nos levará a ver uma 
expansão como nunca antes na 
história.
Qual é a situação hoje das 
igrejas na Europa?
A igreja na Europa é um gi­
gante adormecido. É uma igreja 
que está neste momento com a 
necessidade de ser despertada. 
A igreja da Europa foi uma igre­
ja missionária, como a igreja em 
Éfeso. A igreja efésia em algum
' • B B B F
m | ê
momento se tornou a mãe das 
igrejas na Ásia e na Europa, mas 
depois, quando lemos o Livro do 
Apocalipse, vemos ser dito à igre­
ja de Éfeso que, apesar de suas 
obras, apesar de ter sido uma lu­
tadora contra as falsas correntes, 
contra os ataques do próprio in­
ferno, ela perdeu o essencial, que 
é o primeiro amor. Esse primeiro 
amor nos fala da paixão da pre­
sença de Deus, paixão por Deus. 
Às vezes, vejo a igreja europeia 
muito mais ocupada com as ati­
vidades do ministério do que 
com o Deus do ministério. São 
desenvolvidas muitas tarefas, 
por assim dizer, nos aspectos so­
ciais, mas, mesmo assim, a igreja 
vive sob uma forte apatia. Vejo 
cumprido na igreja da Europa o 
que Jesus advertiu sobre òs últi­
mos tempos, que, por causa do 
aumento da iniquidade, o amor 
de muitos esfriaria. Vemos que 
há como que uma chama apaga­
da no coração de grande parte da 
igreja na Europa. É verdade que 
são diferentes a igreja do Norte e 
a igreja do Sul. No Sul, estamos 
vendo algo de Deus que é muito 
fresco, muito novo; e no Norte, 
a igreja, que é mais histórica, o 
protestantismo histórico, precisa 
de uma nova ênfase, de um novo
despertar. Em todo caso, não po­
demos ser categóricos, mas po­
demos falar de uma igreja na Eu­
ropa que, diriamos, é uma igreja 
que nesse momento necessita ser 
avivada na chama do amor, da 
paixão pelo primeiro amor. Ela 
precisa ser reavivada para que 
aquele gigante adormecido possa 
acordar e poder vivenciar uma 
expansão como nunca antes.
E especificamente na Es­
panha, como a igreja está?
A Assembléia de Deus na Es­
panha é uma igreja que acabou de 
completar 60 anos. Temos experi­
mentado um crescimento signifi­
cativo na última década. Há dez 
anos, tínhamos quase 300 congre­
gações, mas hoje já ultrapassamos 
o número de 600 congregações. 
Apesar da pandemia de Covid-19, 
continuamos crescendo. Estamos 
dando forte ênfase na plantação 
de igrejas. Estamos muito focados 
em acreditar que a plantação de 
igrejas consolida a evangelização 
e promove espaços para o surgi­
mento de novos ministérios. É 
verdade que não é uma igreja mui­
to grande. É verdade que é uma 
igreja muito nova, mas, mesmo 
assim, sentimos os céus abertos, 
sentimos que há algo que Deus A
o b S í r o
J K v J k A|| Êk igjfe: •• -ájÊSm
■ : na t Jk'Á,
I f ] 
I l
está querendo fazer no nosso país 
e que está sendo uma inspiração 
para a Europa, já que a Espanha 
é considerada um país difícil 
para o evangelho. Mas estamos 
vendo que, com base na fé e na 
paciência, estamos herdando as 
promessas. A Espanhaé um país 
que tradicionalmente tem sido re­
sistente ao impacto da Reforma. A 
Reforma não penetrou neste país 
por causa da forte Inquisição que 
existiu aqui, uma Contrarrefor- 
ma que impediu o avanço do que 
aconteceu em toda a Europa com 
o impacto da Reforma. A Espanha 
ficou atrasada nesse sentido, mas, 
mesmo assim, Deus sempre man­
teve um remanescente fiel. Aqui 
houve muitos mártires que deram 
suas vidas pelo evangelho e claro 
que isso não foi esquecido. O Se­
nhor tem uma promessa para esta
terra. É assim que acreditamos 
que está acontecendo neste tempo 
em que vemos que o Senhor nos 
permite viver novos tempos ma­
ravilhosos.
Por outro lado, somos muito 
gratos a Deus pelo apoio de tan­
tos que vieram de outras latitu­
des, especialmente da América 
Latina, para viver na nossa Es­
panha, como resultado do mo­
vimento migratório. Esse movi­
mento migratório, ocorrido por 
quaisquer razões, tornou-se a 
influência mais forte a nível de 
igreja em nosso país. Muitos se 
converteram aqui, outros já vie­
ram convertidos, mas fato é que 
a igreja se renovou, se fortaleceu. 
E uma igreja diversa, multicolo- 
rida. É uma igreja que, apesar da 
grande diversidade, cresce unida, 
já que a Espanha é um país que
geralmente acolhe todos aqueles 
que aqui chegam. No nosso caso, 
das Assembléias de Deus, temos 
ministérios aqui fundados por 
missionários de dezenas de paí­
ses, dentre eles missionários do 
Brasil que vieram trabalhar co­
nosco nas Assembléias de Deus 
da Espanha. Nossas Assembléias 
aqui permitem a autonomia das 
igrejas, o que possibilita que 
elas trabalhem conosco e não te­
nham que romper seus vículos 
com suas Convenções no Brasil. 
Acreditamos que a Assembléia 
de Deus na Espanha é uma igreja 
de referência, que está crescendo 
e levantando uma geração mui­
to forte. Com a ajuda do Senhor, 
acreditamos que veremos um 
crescimento ainda mais signifi­
cativo da Assembléia de Deus na 
Espanha nos próximos anos. B
RO
HA SEMELHANÇAS ENTRE 
0 PENTECOSTALISMO E OS 
PROFETAS BÍBLICOS?
É inegável que o pentecostalismo 
possui grandes afinidades com os 
profetas bíblicos. Nesta obra, 
José Gonçalves elabora um estudo 
das ações carismáticas dos profetas 
Elias e Eliseu e analisa os pressupostos 
sociológicos, teológicos e morais de 
suas atividades proféticas. Para o autor, 
a narrativa sobre os profetas bíblicos 
são uma referência para a práxis 
neopentecostal contemporânea.
Código: 352368 
Formato: U ,5 x 22,5 cm
JOSÉ GONÇALVES
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PROFÉTICO E 0 
PENTECOSTALISMO 
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Pastor Douglas Baptista é líder da 
Assembléia de Deus de Missão 
do Distrito Federal (ADMDF) e do 
Conselho de Educação e Cultura da 
CGADB; presidente da Academia 
Evangélica de Letras do Distrito 
Federal (AELDF); graduado em 
Teologia, Filosofia e Pedagogia; 
especialista em Docência do Ensino 
Superior; mestre em Ciências 
das Religiões pela Faculdade 
Unida de Vitória (FUV), doutor em 
Teologia pelas Faculdades EST e 
comentarista das Lições Bíblicas de 
Adultos CPAD.
A plenitude 
do Espírito 
corresponde 
a ser cheio 
do Espírito, e 
isso envolve 
o batismo no 
Espírito, dons e o 
fruto do Espírito
D ouglas B ap tis ta
O que é a ple
O vocábulo plenitude 
é derivado do ver­
bo grego plêróõ, que 
significa "tornar 
cheio, completar, preencher até 
o máximo",1 isto é, a condição de 
pleno, de algo que está completo, 
preenchido até o topo. Refere-se 
ao grau máximo da espiritua­
lidade e da fé. Neste sentido, o 
termo "plenitude do Espírito" 
corresponde à expressão "cheio 
do Espírito".
No presente artigo, aborda­
mos o significado dessa expres­
são no derramamento do Espíri­
to Santo no Dia do Pentecostes; 
sua atuação no ministério do 
apóstolo Pedro, como requisito 
para a consagração de obreiros, 
sua ação no ministério do após­
tolo Paulo, na concessão dos 
dons espirituais e na evidência 
do fruto do Espírito na vida do 
crente regenerado.
No Pentecostes
Por ocasião do Pentecostes, 
as Escrituras registram que os 
discípulos reunidos no cenáculo 
"foram cheios do Espírito Santo, 
e começaram a falar noutras lín­
guas, conforme o Espírito Santo 
lhes concedia que falassem" (At 
2.4). Aqui o historiador Lucas
emprega uma forma prolongada 
do vocábulo grego ttàeco (pleo), 
que neste caso aparece conju­
gado como £7iÀf]a0qoav (eples- 
tesarí), uma forma reduplicada 
de mpTTÀqiai (pimplemi), que tem 
o sentido de "foram repletos" 
ou "ficaram cheios" do Espírito 
Santo.2
O Comentário Bíblico Pentecos- 
tal do Novo Testamento (CPAD), in­
terpreta a passagem do seguinte 
modo:
Este verbo é usado por 
Lucas para ind icar o processo 
de ser ungido com o poder do 
Espírito para o serviço d ivi­
no. Ser cheio com o Espírito 
significa o m esm o que ser 
batizado com o Espírito ou 
receber o dom do Espírito (cf. 
At 1.5; 2 .4 ,38).3
Matthew Henry ratifica que 
todos os presentes no Pentecostes 
"foram dotados de poderes mila­
grosos para proveito do Evan­
gelho [...] Eles também foram, 
como prova disso, enchidos com 
os dons do Espírito Santo, que é 
o propósito específico do evento 
narrado neste texto".4
Nesse aspecto, o versículo em 
apreço indica claramente que o 
enchimento com o Espírito os ca­
pacitava a falar noutras línguas 
sem nunca antes as terem apren­
dido. Era o Espírito que lhes 
concedia tanto as línguas como
1 GINGRICH, F. Wilbur. Léxico do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1993, p.168.
2 RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave Linguística do NT Grego. São Paulo: Vida Nova, 2000, p.195.
3 ARRINGTON, L. F. (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.632.
4 HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento - Atos a Apocalipse. Rio: CPAD, 2008, vol. 2, p. 14.
OB01RO
nitude do Espírito?
o conteúdo da mensagem. Este 
sinal é repetido no livro de Atos 
como indicativo do "batismo no 
Espírito Santo" (At 10.46; 19.6). 
Assim, o poder sobrenatural do 
falar em línguas sinaliza que os 
discípulos estavam "cheios do 
Espírito" ou "plenos do Espírito".
Com esse entendimento, a De­
claração de Fé das Assembléias de 
Deus no Brasil ratifica que o falar 
em línguas é a evidência inicial 
do batismo no Espírito Santo. O 
batismo no Espírito Santo é uma 
bênção resultante da obra de 
Cristo no Calvário (At 2.32,33). 
Essa experiência espiritual ocor­
re após ou junto à regeneração 
acompanhada do falar em outras 
línguas.5 Este sinal é externo, 
físico e visível. Mas é somen­
te a evidência inicial, pois há 
evidência contínua da presen­
ça especial do Espírito, como a 
manifestação dos dons espiri­
tuais (ICo 12.4; 14.1) e do "fruto 
do Espírito" (G1 5.22). Portanto, 
no Pentecostes, ser "cheio do 
Espírito" indica ser batizado no 
Espírito Santo, isto é, alcançar a 
"plenitude do Espírito".
No ministério de Pedro
Pedro, juntamente com Tiago 
e João, são apresentados como os 
discípulos mais próximos de Je­
sus (Mt 17.1-9; 26.37-49; Mc 5.37). 
Não obstante, às vésperas da
Â
5 SOARES, Esequias (org.). Declaração de Fé das Assembléias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 165,166.
RO
crucificação, Cristo advertiu a 
Pedro: "Três vezes me negarás" 
(Mt 26.34). Ao que lhe retrucou 
o apóstolo: "Ainda que me seja 
mister morrer contigo, não te 
negarei" (Mt 26.35). A resposta 
de Pedro era de autoconfiança, 
ele enfatizou que mesmo que os 
outros "abandonassem" a Jesus, 
ele nunca o faria.
Apesar da impetuosidade 
das palavras, antes do romper 
da aurora, Pedro negou Cristo 
por três vezes. Reconhecido por 
uma escrava, o instinto de auto- 
preservação prevaleceu e, ate­
morizado, Pedro desconversou: 
"Não sei o que dizes" (Mt 26.70). 
Uma segunda criada o identifica 
e, mentindo, o apóstolo declara
com juramento: "Não conheço 
tal homem" (Mt 26.72). Na sequ­
ência, apontado pelo sotaque, co­
meça a praguejar, dizendo: "Não 
conheço esse homem" (Mt 26.74).
O relato denuncia a fragili­
dadeespiritual do apóstolo. A 
jactância o conduziu ao fracasso 
e à vergonha. Pedro falhou mise­
ravelmente. Após conviver com 
Cristo cerca de três anos e meio, 
integrar o colégio apostólico e 
participar do círculo mais ínti­
mo, Pedro demonstrou fraqueza 
e instabilidade espiritual.
Essa atitude deplorável pode 
ser contrastada com o Pedro após 
o Pentecostes. Agora, revestido 
pelo poder do Espírito, Pedro 
age de modo completamente di­
ferente. No seu sermão no Dia 
de Pentecostes, ele demonstra 
ousadia ao acusar os judeus de 
crucificarem e matarem a Jesus 
pelas mãos de injustos (At 2.23). 
Em seguida, brada à Casa de Is­
rael que "a esse Jesus, a quem vós 
crucificastes, Deus o fez Senhor e 
Cristo" (At 2.36).
Dias depois, Pedro e João, 
em nome de Jesus, operaram 
um milagre na vida de um coxo 
(At 3.6-8). O ato miraculoso e a 
mensagem do Evangelho e da 
ressurreição de Cristo despertam 
a fúria das autoridades judaicas 
(At 4.1-2). Assim, os dois apósto­
los são encarcerados (At 4.3), e os 
membros do Sinédrio lhes per­
guntam: "Com que poder ou em
nome de quem fizestes isto?" (At 
4.7). Diante dos juizes, Pedro não 
titubeou, mas, cheio do Espírito, 
testemunhou sobre o poder de 
Jesus e pregou a ressurreição e a 
salvação em Cristo (At 4.8-12).
A sabedoria da mensagem de 
Pedro impressionou os juizes, 
sabendo que eram homens sem 
letras e indoutos (At 4.13). O Siné- 
drio os proibiu de pregar ou en­
sinar em nome de Jesus (At 4.18). 
A resposta destemida de Pedro e 
João é que não ouviriam homens, 
mas obedeceriam a Deus, porque 
não poderiam deixar de falar do 
que tinham visto e ouvido (At 
4.19,20).
Percebe-se nas palavras de 
Pedro uma radical mudança de 
postura. Outrora um discípulo 
acovardado e temeroso; agora, 
um arauto denunciando o peca­
do e anunciando a salvação em 
Cristo. Isso significa que o batis­
mo no Espírito Santo o revestiu 
de poder e o capacitou de autori­
dade, de modo que todos os seus 
medos foram superados. Assim, 
cheio do Espírito, Pedro tornou- 
-se o apóstolo da circuncisão (G1 
2.8), enfrentando, no fim, a mor­
te como um mártir da fé (2Pe 
1.14,15).
Na instituição dos diáconos
O texto lucano registra que, 
na Igreja Primitiva, enquanto 
os discípulos se multiplicavam, 
deu-se início a uma murmura- 
ção entre os cristãos helênicos e 
os cristãos hebreus. A queixa era 
que as viúvas de língua grega es­
tavam sendo negligenciadas na 
assistência de suas necessidades
(At 6.1). Mercê destes fatos, os lí­
deres reuniram a igreja para deli­
berar sobre o assunto.
Na ocasião, argumentou-se 
não ser adequado que os apósto­
los deixassem de ensinar e anun­
ciar a Palavra de Deus para cui­
dar de questões administrativas 
(At 6.2). A solução foi a institui­
ção da diaconia, termo que se ori­
gina do verbo grego diakoneo, que 
literalmente significa "servir”. 
Nos requisitos para compor o 
corpo diaconal, exigia-se que os 
homens fossem qualificados com 
"boa reputação, cheios do Espíri­
to Santo e de sabedoria" (At 6.3).
A exigência de ser "cheio do 
Espírito Santo" significa que o 
candidato deveria ser capacitado 
pelo Espírito como os discípulos 
no Dia do Pentecostes.6 Significa 
dizer que os diáconos deveriam A
OBItH iRO
ser batizados no Espírito Santo 
(Lc 24.49). Lucas ratifica que os ho­
mens eleitos naquela assembléia 
eram "cheios de fé e do Espírito 
Santo" (At 6.5). Aqui a palavra 
"cheio", do grego píeres, refere-se 
à plenitude do Espírito que habi­
litava os candidatos tanto a falar 
sob grande inspiração como a re­
alizar sinais e prodígios.7
Corrobora esse entendimento 
a ênfase que se dá ao ministério 
de Estevão. Ele é mencionado 
como "cheio de fé e de poder, 
que fazia prodígios e grandes si­
nais entre o povo" (At 6.8). Essa 
afirmação sinaliza que o Espírito 
Santo o revestiu com dons espi­
rituais. Enquanto ele ministrava 
a Palavra, o Espírito Santo o ca­
pacitava com o dom espiritual da 
sabedoria: "Não podiam resistir
à sabedoria, e ao Espírito com 
que falava" (At 6.10).
Por conseguinte, vemos que, 
no texto lucano, "ser cheio do 
Espírito" equivale a ser batiza­
do no Espírito e capacitado com 
dons espirituais. Por essa razão, 
na Declaração de Fé das Assembléias 
de Deus, para a consagração de 
obreiros, exceto para os coope- 
radores, entre outros requisitos, 
observa-se a necessidade da ex­
periência do batismo no Espírito 
Santo.8
No ministério de Paulo
Paulo pertencia à tribo de 
Benjamim e era nascido em Tar­
so da Cilicia (At 22.3), tendo sido 
educado como fariseu aos pés de 
Gamaliel (At 22.3; G1 1.14). Ferre­
nho perseguidor da igreja, a ca­
minho de Damasco converteu-se 
a ouvir a voz de Cristo em meio 
a uma forte luz que o cegou (At 
9.1-6). Ao chegar em Damasco, 
recebeu a visita de Ananias que 
"impondo-lhe as mãos, disse: Ir­
mão Saulo, o Senhor Jesus, que te 
apareceu no caminho por onde 
vinhas, me enviou, para que tor­
nes a ver e sejas cheio do Espírito 
Santo" (At 9.17). Após a interces- 
são de Ananias, Paulo "recupe­
rou a vista; e, levantando-se, foi 
batizado" (At 9.18).
O contexto desta passagem, 
implica dizer que a experiência de 
Paulo em Damasco de ser "cheio 
do Espirito Santo" referia-se ao 
batismo no Espírito Santo que in­
clui o falar em outras línguas. Em­
bora Lucas não mencione o fato
6 ARRINGTON, 2003, p. 658. 
7ARRINGTON, 2003, p. 659. 
8 SOARES, 2017, p. 137.
de Paulo ter falado em línguas, ao 
escrever aos Coríntios, o apóstolo 
dos gentios testemunhou que fa­
lava em outras línguas (ICo 14.18).
Além disso, no relato lucano, 
"ser cheio do Espirito" significa 
ser revestido do poder do Espírito 
para a proclamação do Evange­
lho. Paulo recebera a plenitude do 
Espírito por meio do batismo no 
Espírito Santo a fim de cumprir o 
chamamento divino como "vaso 
escolhido, para levar o meu nome 
diante dos gentios, e dos reis e dos 
filhos de Israel" (At 9.15).
Ratifica essa compreensão 
os inúmeros episódios sobrena­
turais vividos por Paulo em seu 
profícuo ministério. Por exemplo, 
por ocasião da primeira viagem 
missionária, realizada por volta 
do ano 47 d.C., Paulo enfrentou 
na ilha de Chipre um certo judeu 
mágico, chamado Barjesus, que 
tudo fazia para obstruir a prega­
ção do Evangelho (At 13.6-8). Ao 
discernir a ação do adversário da 
cruz de Cristo, Paulo "cheio do
Espírito Santo, fixando os olhos 
nele" (At 13.9) o identificou e o 
repreendeu com toda a autorida­
de: "Ó filho do diabo, [...] não ces­
sarás de perturbar os retos cami­
nhos do Senhor?" (At 13.10). Em 
seguida o falso profeta ficou cego 
(At 13.11). Diante do inusitado, o 
procônsul da ilha, creu, maravi­
lhado da doutrina do Senhor (At 
13.12).
O evento demonstra que es­
tar "cheio do Espírito" significa 
estar capacitado com a "plenitu­
de do Espírito" por meio do re­
vestimento do poder do alto, e 
exercer autoridade sobre o poder 
das trevas. Paulo, pelo poder do 
Espírito, pronunciou julgamento 
sobre aquele inimigo do Reino. 
Este milagre confirmou a men­
sagem do Evangelho e conduziu 
o governador local à conversão 
a Cristo (At 13.7,12). Na conti­
nuidade de seu ministério, Pau­
lo tornou-se sistematizador do 
Evangelho e o grande apóstolo 
dos gentios (Rm 11.13).
Nos dons espirituais
Segundo as Escrituras, o ba­
tismo no Espírito Santo é um 
dom ("...e recebereis o dom do 
Espírito Santo", At 2.38) que está 
disponível para todos os cren­
tes: "Porque a promessa vos diz 
respeito a vós, a vossos filhos 
e a todos os que estão longe: a 
tantos quantos Deus, nosso Se­
nhor, chamar" (At 2.39). Porém, 
os dons do Espírito Santo, ou 
"dons espirituais", são restritos 
(ICo 12.29,30), no sentido de que 
nenhum dos dons é dado igual­
mente a todas as pessoas.9
Nesse aspecto, Paulo incentiva 
a igreja a desejar e buscar com zelo 
os dons espirituais, principalmen­
te aqueles que edificam o corpo de 
Cristo (ICo 12.31; ICo 14.1). Esses 
dons são capacitações sobrenatu­
rais concedidas pelo Espírito de 
Deus ao crente para o serviço es­
pecial na execução dos propósitos 
divinos.10Os dons espirituais são 
distribuídos pelo Espírito Santo à 
Igreja para sua edificação, confor- A
«ARRINGTON, 2003, p. 1.019.
10 SOARES, 2017, p. 171.
19
me a soberana vontade do Senhor, 
para o que for útil (ICo 12.7).
Embora o recebimento dos 
"dons espirituais" façam par­
te da "plenitude do Espírito", 
convém enfatizar que os dons 
não devem ser usados de forma 
egoísta para autopromoção ou 
exaltação de espiritualidade. Os 
dons devem servir para a edifi­
cação da Igreja (ICo 14.12). Qual­
quer outra motivação é contrária 
aos ensinos bíblicos e se caracte­
riza como grave equívoco.
Nossa Declaração de Fé ensi­
na que os dons espirituais não 
são atestados pessoais de san­
tidade que induzem as pessoas 
a acreditar que são mais santas 
ou mais espirituais que outras. 
Eles também não transformam 
as pessoas em superespirituais, 
nem as tornam melhores ou su­
periores a outros crentes. Eles 
não são para exibição ou supe­
rioridade particular no seio da 
Igreja, mas são para a glória de 
Deus (At 3.12).n
Nenhum dom individuali­
za qualquer crente, porque o 
mérito será sempre do Senhor. 
Os dons fortalecem a unidade 
da Igreja, promovendo a comu­
nhão dos membros do Corpo de 
Cristo (ICo 12.12). Caso isso não 
ocorra, então a plenitude do Es­
pírito não foi alcançada.
O Fruto do Espírito
A plenitude do Espírito in­
clui o fruto do Espírito. Este se 
relaciona com o crescimento es­
piritual e o desenvolvimento do 
caráter do cristão. Refere-se à 
nova vida em Cristo, ao modo de 
andar e proceder daqueles que 
pertencem a Cristo e são cheios 
do Espírito (G1 5.16-18; Ef 5.18).
Jesus ensinou que é pelo 
fruto que se conhece a árvore: 
"Tornem a árvore boa e o seu 
fruto será bom, ou tornem a ár­
vore má e o seu fruto será mau; 
porque pelo fruto se conhece a 
árvore" (Mt 12.33). Desse modo, 
o verdadeiro cristão é identi­
ficado pelo bom fruto que evi­
dencia no seu caminhar diário. 
Ao contrário, o fruto mau - a 
prática das obras da carne (G1 
5.19-21) - denuncia que de fato a 
pessoa ainda não experimentou 
a "plenitude do Espírito".
O Comentário de Aplicação Pes­
soal (CPAD) anota que "os cren­
tes exibem o fruto do Espírito, 
não porque eles trabalham nele, 
mas simplesmente porque o Es­
pírito controla as suas vidas".11 12 
Escrevendo aos Gálatas, Paulo 
observa que "o melhor antídoto 
contra o veneno do pecado é an­
dar no Espírito, estar em íntima 
sintonia com as coisas espiritu­
ais, dedicar-se às coisas da alma,
que é a parte espiritual do ho­
mem".13 Nesse sentido, a ênfase 
do apóstolo é assim resumida: 
"Se vivemos em Espírito, ande­
mos também em Espírito" (G1 
5.25). O Comentário de Aplicação 
Pessoal considera que as carac­
terísticas do fruto do Espírito 
classificam-se em grandes cate­
gorias, a saber: (i) as três primei­
ras são interiores e só podem vir 
de Deus - amor, gozo e paz -; (ii) 
as três seguintes dizem respeito 
ao relacionamento de cada crente 
com os demais - longanimidade, 
benignidade e bondade -; e (iii) as 
três últimas apresentam traços 
mais gerais de caráter que deve­
ríam guiar a vida de todo crente 
- fé, mansidão e temperança.14
Considerações finais
Na concepção bíblica, o termo 
"plenitude do Espírito" corres­
ponde à expressão ser "cheio do 
Espírito". Para alcançar este nível 
de espiritualidade, o crente deve 
buscar avidamente, por meio da 
oração e do jejum, o batismo no 
Espírito Santo; os dons espiritu­
ais para a edificação da igreja; e o 
fruto do Espírito como validação 
do caráter cristão e do amadu­
recimento espiritual. Por conse­
guinte, permanece a orientação 
paulina: "Deixem-se encher do 
Espírito" (Ef 5.18b - NAA) ■
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARRINGTON, L. F. (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. 
GINGRICH, F. Wilbur. Léxico do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1993.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento-Atos a Apocalipse. Rio: CPAD, 2008.
RIBAS, Degmar (Trad.). Comentário do N.T: Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009. 
RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave Linguística do NTGrego. São Paulo: Vida Nova, 2000. 
SOARES, Esequias (org.). Declaração de Fé das Assembléias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
11 SOARES, 2017, p. 171-173.
12 RIBAS, Degmar (Trad.). Comentário do N.T: Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p. 297.
13 RIBAS, 2009, vol. 2, p. 297.
14 RIBAS, 2009, vol. 2, p. 297.
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Além disso, Amorno Gilberto, uma referência na área de Escola Dominical e de Teologia Pentecostal no país, deixou 
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Pastor auxiliar na AD Jardim 
Alvorada, Nova Iguaçu, RJ; 
graduado em Teologia; pós- 
graduado em História da Igreja; 
escritor; Professor de Teologia.
A materialização 
do fruto do 
Espírito na vida 
cristã não deve 
se restringir 
ao espaço 
comunitário da 
fé, muito menos 
ficar reduzido 
a um discurso, 
ideia ou teoria
Gil M onte iro
Andar no Espír
Na epístola canônica 
escrita às igrejas da 
Galácia, Paulo, no 
capítulo 5, de forma 
dialética, apresenta o conflito e, 
porque não dizer, a guerra tra­
vada entre a velha natureza pe­
caminosa humana e a nova vida 
espiritual em Cristo (v. 17). Ele 
faz menção daquela quando trata 
das obras da carne (vv. 19-21); por 
sua vez, faz menção desta quan­
do apresenta o fruto do Espírito 
(v. 22). Esse confronto fica muito 
claro quando atentamos para a 
perícope estabelecida nos vv. 16- 
26, com o reforço do termo adver- 
sativo "mas" no v. 22. O fruto do 
Espírito pode ser definido como 
o caráter de Cristo produzido no 
crente pela instrumentalidade 
do Espírito, para que o seu viver 
manifeste o Reino de Deus nes­
te mundo. Em outros termos, é a 
existência no crente de um caráter 
semelhante ao de Cristo, produzi­
do pelo Espírito e testemunhado 
no seu viver cotidiano (ljo 2.6).
Devemos primar pela sobrieda­
de e vigilância (lPe 5.8), haja vista 
que somente quando nos rende­
mos sem reservas ao Espírito con­
seguimos, mediante o Seu poder, 
produzir o Seu fruto, resistindo e 
neutralizando os desejos, a cobiça 
e as inclinações da natureza peca­
minosa (Rm 8.13). Quando Paulo 
afirma que "a carne cobiça contra o 
Espírito, e o Espírito, contra a carne; 
e estes opõem-se um ao outro, para
que não façais o que quereis", está 
se referindo a uma guerra cons­
tante, cotidiana, rotineira. Isso nos 
leva a entender que, embora não 
haja a extinção da "carne" na vida 
do crente, ela pode ser mortificada, 
tornando-a inoperante, inativa, 
sem ação, sem capacidade de agir, 
crucificada juntamente com as 
suas paixões, desde que o crente 
se submeta em tudo ao controle do 
Espírito (Rm 8.6-10).
O termo fruto no singular 
indica a unidade e a harmonia 
do caráter de Cristo, refletidas 
no caráter do crente mediante os 
nove aspectos do fruto do Espírito, 
descrito em Gálatas 5.22. Sendo 
assim, a despeito da singularidade 
de cada um, todos são necessários 
para a sua completude, sob pena 
de uma manifestação anômala e 
desequilibrada do caráter cristão, 
comprometendo o seu propósito. 
Nesse sentido, é oportuno si­
nalizar que a materialização do 
fruto do Espírito na vida cristã 
não deve se restringir ao espaço 
comunitário da fé, muito menos 
ficar reduzido a um discurso, ideia 
ou teoria (Tg 1.22). Talvez a única 
Bíblia que muitas pessoas terãoa 
oportunidade de "ler" seja a nossa 
vida, isto é, o nosso caráter trans­
formado, nas atitudes, conduta e 
comportamento, revelando Cristo 
a este mundo perdido e pecador.
Quando nós vivenciamos o 
evangelho pelo fruto do Espíri­
to, as pessoas podem perceber o
ito: o fruto do Espírito
amor que Jesus tem por elas, e 
como Ele deseja amá-las, ou seja, 
não permanecendo na condição 
em que se encontram afastadas 
de Deus pelos seus pecados, mas, 
sim, resgatadas e redimidas pelo 
Seu amor (Mt 20.28). Para tanto, 
assim como Cristo, nossos ouvi­
dos ouvem seus clamores, nossos 
olhos veem suas necessidades, 
nossos pés nos levam a ajudá-las 
e nossas mãos se estendem para 
cuidar delas. Dessa forma, Cristo 
poderá alcançá-las - muito além 
das nossas ações pautadas pela 
alteridade - , oferecendo o que 
somente Ele pode oferecer para 
a verdadeira felicidade humana, 
que é o perdão e a remissão de 
pecados, assegurando a inclusão 
de todos os remidos na família de 
Deus nos céus e na terra (Ef 3.14- 
19). Em suma, fomos chamados 
para servir a Deus, mas também 
ao próximo.
Os princípios bíblicos da fruti­
ficação espiritual estão baseados 
nas leis agrárias estabelecidas por 
Deus, das quais podemos extrair 
valiosas lições espirituais. Uma 
delas determina que cada planta 
e árvore produz frutos segundo a 
sua espécie (Lc 6.44). Outra apon­
ta para o processo que demanda 
tempo e cuidado até a frutificação 
(Lc 13.6-9). Outra ainda destaca a 
importância da poda como recur­
so para o fortalecimento e o in­
cremento da frutificação (Jo 15.2). 
Também é de grande relevância
Á
observar que não basta a semen­
te ser boa, é preciso também que 
a terra seja boa para uma grande 
colheita (Mt 13.3-8).
Continuemos, então, refletin­
do, ainda que de modo sucinto, 
sobre alguns pontos doutrinários 
e devocionais acerca da temática 
do fruto do Espírito, mas agora ob­
jetivamente a partir dos seus nove 
aspectos ou dimensões, conforme 
descrito em G15.22 (ARA): "Mas o 
fruto do Espírito é: amor, alegria, 
paz, longanimidade, benignidade, 
bondade, fidelidade, mansidão, 
domínio próprio".
Amor
Somente aprendemos a amar 
como Cristo amou à medida que o 
Espírito desenvolve a semelhança 
de Cristo em nós (Jo 15.12). Mas, 
para isso, precisamos primeiro 
amar a Deus sobre todas as coi­
sas, pois, somente depois disso,
estaremos aptos a amar o próximo 
como a nós mesmos (Mt 22.37-39). 
Mas o crente não deve prescindir 
de amar a si mesmo e, para tanto, é 
preciso crer que os pecados e erros 
do passado já foram lançados no 
mar do esquecimento (Mq 7.19), 
perdoados pela obra expiatória 
de Cristo na cruz do Calvário (Cl 
2.13-15); como também nunca es­
quecer que temos um advogado 
no céu (ljo 2.1), bem como um 
sumo sacerdote, que se compade­
ce de nossas fraquezas (Hb 2.18; 
4.15; 7.25).
O amor, como fruto do Espí­
rito, é descrito de forma sublime 
em 1 Coríntios 13.4-7: "O amor é 
sofredor, é benigno; o amor não 
é invejoso; não trata com levian­
dade, não se ensoberbece. Não se 
porta com indecência, não busca 
os seus interesses, não se irrita, 
não suspeita mal. Não folga com a 
injustiça, mas folga com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, 
tudo suporta".
Alegria
O termo original traduzido 
como "alegria" ou "gozo" re­
porta a uma alegria baseada em 
uma relação com Deus, e não nas 
coisas terrenas. Ela é o resultado 
da nossa fé em Deus (Rm 15.13), 
sendo alimentada pela certeza 
de salvação (SI 13.5). A presença 
do Senhor traz alegria (SI 16.11), 
que deve ser renovada pela leitu­
ra, meditação e, principalmente, 
pela obediência à Palavra de 
Deus (Jr 16.16). Como fruto do 
Espírito, não é pautada pelas 
circunstâncias, mas, sim, por 
um estado de satisfação e grande 
contentamento, como caracterís­
tica da natureza cristã.
Nesse aspecto, ninguém me­
lhor do que Paulo como exemplo 
em sua primeira prisão em Roma
por aproximadamente dois anos, 
quando escreveu as chamadas 
epístolas prisionais. Em uma delas, 
aos Filipenses, em um pequeno 
volume de texto, o apóstolo por 
diversas vezes faz menção da ale­
gria que reinava no seu coração (Fp 
1.4,18; 2.2,17). E mais do que isso, 
consolava e estimulava os destina­
tários (Fp 2.18; 3.1; 4.4) a sentirem 
a mesma alegria! Essa postura de 
Paulo demonstra que a sua alegria 
não estava relacionada às suas cir­
cunstâncias ou ao bem-estar físico. 
Na verdade, a alegria do apóstolo 
estava na sua posição em Cristo. 
Ele reiteradamente enfatiza que 
sua alegria estava "no Senhor".
Paz
A paz, como fruto do Espírito, 
assim como a alegria, não é algo
circunstancial, como também não 
é sinônimo de ausência de con­
flito ou perturbação. Posto que 
se desenvolve em nosso interior, 
quando temos o Espírito Santo 
habitando em nós. Portanto, não 
depende do que esteja ocorrendo 
à nossa volta. Ela tem o Espírito 
como fonte inesgotável - reafir­
mamos, porém, que é assim des­
de que entreguemos plenamente 
todo o nosso ser ao Seu controle. 
Este senso de bem-estar decorre 
da consciência de que temos uma 
relação correta com Deus. Sendo 
esta relação firmada nos princí­
pios bíblicos de unidade e harmo­
nia, é maravilhoso e reconfortante 
usufruir desta paz, enquanto fruto 
do Espírito, pela convicção de que 
o Reino de Deus está dentro de 
nós (Rm 14.17). Deus, sendo o au­
tor da paz, somente Nele podemos 
encontrá-la (2Co 13.11; Cl 3.15). A 
sua base está na justificação posi­
cionai em Cristo (Rm 5.1), que nos 
reconcilia com Deus, como tam­
bém nos torna pacificadores, com 
o ministério da reconciliação (2Co 
5.18-20). Esta é a paz interior que 
nos é dada por Jesus pelo Espírito 
Santo (Jo 14.26,27; Fp 4.7). Ela nos 
dá direção e rumo, dando-nos a 
certeza de que estamos tomando 
as decisões certas. O seu alcance e 
a sua eficácia atingem não somen­
te o nosso interior, mas também o 
exterior, o nosso semelhante (Rm 
12.18; lPe 3.11).
Longanimidade
Diferente dos três primeiros 
aspectos do fruto do Espírito, vol­
tados primariamente para a nossa
A
OB RO
25
comunhão com Deus, a longani- 
midade é a primeira de um bloco 
de três qualidades do fruto como 
manifestações exteriores do amor, 
da alegria e da paz em nossas 
relações com as pessoas à nossa 
volta. O termo no original com­
bina as idéias de longanimidade, 
submissão, tenacidade, constância 
de ânimo e equilíbrio emocional, 
nas dimensões divinas. Assim 
dizendo, é o mesmo que ensinar 
ao portador a esperar no Senhor, 
sem perder a esperança, sem ser 
dominado pela raiva diante da 
prova (2Pe 1.5-8). Nessa escola, o 
sofrimento é uma disciplina indis­
pensável na grade curricular (Hb 
12.7-11; SI 119.71).
Uma das advertências mais 
graves que Jesus fez no seu minis­
tério terreno envolve as consequ­
ências da falta de longanimidade
(Mt 18-21-35). A paciência como 
fruto do Espírito é a base do per­
dão (Êx 34.6,7; lPe 3.20). Portanto, 
é essencial nos mais variados pa­
péis sociais que exercemos "para 
com todos" (lTs 5.14).
Benignidade
A benignidade, assim como a 
bondade, são duas características 
do fruto que se originam do amor. 
O termo original significa dispo­
sição afável em termos de caráter 
e atitudes, abrangendo ternura, 
compaixão e brandura. Quando 
não temos o Espírito de Cristo 
em nosso interior, a inclinação da 
nossa carne é para o que é mau e 
ruim. Mas, conforme já visto, o 
Espírito produz em nós a benig­
nidade, ajudando-nos a ministrar 
ao mundo com o amor de Jesus 
(Ef 4.31,32). Quando este fruto
espiritual é desenvolvido em nós, 
passamos a ver as pessoas como 
Deus as vê, e as alcançamos com 
o amor de Deus manifestado em 
nós, para que a transformação 
da sua natureza e caráter acon­
teça, mediante a obra da cruz. 
A benignidade nos faz voltar ao 
lugar onde fomos humilhados e 
desprezados, para levarmos as 
boas novas da salvação, como fez 
a mulher samaritana (Jo 4.28,29).
Bondade
De certa maneira, a bondade, 
como fruto do Espírito, é a prática 
ou a expressão da benignidade, 
mostrando o quanto essas duas 
qualidades estãorelacionadas, a 
ponto de ser difícil distingui-las. 
Literalmente, na língua original, 
o termo significa fazer aquilo que 
é bom. Podemos com isso afirmar
que assim como a benignidade é 
amor compassivo (misericordio­
so), a bondade é amor ministrante 
(Rm 15.14; 2Ts 1.11). Por conseguin­
te, bondade fala de serviço ou mi­
nistério uns aos outros, um espíri­
to de generosidade posto em ação, 
sintetizado na palavra "amor". Um 
dos traços mais emblemáticos da 
bondade é a generosidade, isto é, 
liberalidade (2Co 8.2,3). É o melhor 
antídoto para um coração avaren­
to e mesquinho (Mt 6.19-21).
Fidelidade
No terceiro e último bloco de 
aspectos do fruto do Espírito, o 
alvo primário não é mais a direção 
vertical (da nossa comunhão com 
Deus), nem a direção horizontal 
(do nosso relacionamento com o
próximo). O objeto primário ago­
ra é a nossa vida cristã interna, ou 
seja, o crente consigo mesmo, o 
fruto do Espírito em relação ao seu 
portador. A fidelidade é o primeiro 
deles. Dentre diferentes aspectos 
de fé, um deles é a fidelidade como 
fruto do Espírito. Embora algumas 
versões traduzam fé como fruto do 
Espírito, fidelidade é a tradução 
mais precisa. Para ser mais claro, 
fidelidade é o atributo de quem 
tem fé. Diferente do dom da fé (ICo 
12.9), que é concedido pelo Espírito, 
a fé como fruto cresce dentro de 
nós, não vem pronta e acabada, 
ou melhor, precisa ser cultivada 
(2Co 10.15; 2Ts 1.3). A nova vida 
em Cristo deve ser de fidelidade e 
sinceridade, baseada em amor (G1 
5.6), na direção oposta da velha na­
tureza desobediente, decaída pelo 
pecado. A fidelidade como fruto 
é aquilo que nós somos quando 
ninguém está nos vendo, ou seja, o 
crente sendo leal, quer esteja sendo 
observado, quer não (SI 15.4). É um 
atributo indispensável no exercício 
da mordomia cristã (ICo 4.2). O 
cristão fiel honra a sua palavra, é 
resiliente na sua conduta e desen­
volve hábitos que agradam a Deus.
Mansidão
O crente controlado pelo Espí­
rito caminha dia a dia na direção 
da mansidão como fruto, pela sub­
missão que tem pelo seu Senhor, 
protótipo perfeito deste atributo 
(Mt 11.29). Uma característica dis­
tintiva da mansidão é o crente ser 
suscetível à aprendizagem, não se
Â
27
OBREI
APROVADO
RO
deixando levar pelo orgulho e al­
tivez (Tg 1.21), como se não tivesse 
mais coisa alguma para aprender. 
Mansidão está ao alcance somente 
de um coração humilde (Ef 4.2), 
habitado, controlado e dirigido 
pelo Espírito Santo, e não pelo es­
pirito humano. A segurança para 
uma jornada abençoada diante de 
Deus e dos homens depende da 
postura de um coração manso (SI 
25.9). Cabe ressaltar, todavia, não 
obstante a mansidão ser o oposto 
de rispidez, que isso não implica a 
ideia de fraqueza ou inferioridade. 
Não há ideia de covardia na man­
sidão, mas de coragem, fortaleza 
e resolução (2Tm 1.7). Em outras 
palavras, mansidão e firmeza ca­
minham de mãos dadas. Duas das 
maiores promessas da Bíblia estão 
diretamente vinculadas aos man­
sos de coração (SI 37.11; Mt 5.5).
Domínio próprio
Também traduzido como tem­
perança, domínio próprio é sinô­
nimo de autodisciplina e autocon­
trole, não controle exatamente do 
crente, mas da operação do Espírito 
na sua vida; e como já mencionado 
para outros aspectos do fruto do 
Espírito, depende de uma completa 
rendição à orientação do Espírito 
em tudo que pensamos, queremos 
e fazemos. Na forma verbal, o ter­
mo original é utilizado por Paulo 
em outra epístola para descrever o 
treinamento sob rígida disciplina 
de atletas de sua época em prol 
de conquistar o prêmio almejado 
(ICo 9.25-27). Paulo está aludindo 
a manter o corpo em sujeição, con­
trolando os desejos, tendências, 
impulsos, hábitos, práticas e cos­
tumes que não agradam a Deus. 
Mas também não quer dizer que o 
controle demasiado e repressivo, a 
partir de um ascetismo religioso- 
-filosófico (lTm 4.3,4), seja o mes­
mo que o padrão de temperança 
exposto no Novo Testamento. 
Com isso, queremos afirmar que 
o domínio próprio como fruto do 
Espirito, implica em equilíbrio 
espiritual, físico, mental e emo­
cional. Em outras palavras, uma 
vida equilibrada, de compostura, 
comedimento e moderação. Outra 
sinalização importantíssima que 
a Bíblia faz é que a temperança 
começa com a língua (Tg 3.2). Por 
conseguinte, se o Espírito não go­
vernar a nossa língua, envolvendo 
a mente, o pensamento e o senti­
mento, o esforço será em vão.
Por fim, se o plano de Deus 
fosse somente nos salvar, o espera­
do seria irmos para a glória como 
ato contínuo à nossa conversão. 
Mas, como regra geral, não é isso 
o que acontece. Aos salvos em 
Cristo Jesus, recai uma grande 
missão e privilégio: sermos luz do 
mundo e sal da terra (Mt 5.13-16). 
E como acender a candeia para 
que as nossas boas obras possam 
resplandecer diante dos homens 
para a glória de Deus? A resposta 
está no fruto do Espírito, como ex­
pressão da nossa comunhão com 
Deus, no nosso relacionamento 
com o próximo e na nossa vida 
cristã interna. I
28
OBREI
APROVADO
RO
OBRAS PARA O 
ENRIQUECIMENTO DA 
SUA VIDA MINISTERIAL
sAntonio
Gilberto
. \ O Fruto
d o E s p ír i t o
A Plenitude de Cristo 
na Vida do Crente
O Fruto do Espírito
A nton io G ilb erto
O caráter cristão é desenvolvido à medida que o Espírito Santo 
produz seu fruto no crente. O fruto do Espírito, descrito em 
Gálatas 5.22, é resultado da ação do Espírito Santo em nossa 
vida. Este livro é um estudo sobre esse trabalhar do Espírito 
em nós. É uma investigação sobre o caráter cristão baseado 
em Gálatas 5 e textos bíblicos relacionados. Ele enfatiza o de­
senvolvimento de qualidades cristãs e sua manifestação nos 
relacionamentos e no serviço cristão. Aliando em sua escrita 
o esmero e a clareza didática que o consagraram como um 
dos mais respeitados teólogos pentecostais de sua geração, 
o pastor Antonio Gilberto traz mais luz sobre esse assunto. 
Essa obra irá ajudar o cristão a entender a importância do 
desenvolvimento de um caráter semelhante ao de Cristo e a 
descobrir como cultivar o desenvolvimento do fruto espiritual 
em sua vida diária, levando-o a alcançar a plenitude de Cristo 
em sua vida. Essa obra também está disponível na versão e- 
-book. Acesse: www.cpad.com.br/digital/e-book
f t Silas Daniel
%
O BATISM O
NO ESPÍRITO
E AS LÍNGUAS COMO
SUA EVIDÊNCIA
O Batismo no Espírito e as 
Línguas como Sua Evidência
S ilas D aniel
Muito já foi escrito sobre o Batismo no Espírito Santo e a 
contemporaneidade dos dons espirituais, mas poucos com 
tanta abrangência. Nesta obra teológica, mas de linguagem 
acessível, o pastor Silas Daniel percorre o profetismo - do An­
tigo Testamento à Nova Aliança - para abordar a atualidade 
dos dons espirituais para a vida da Igreja e a necessidade de 
uma imersão plena de cada crente nesse profetismo, ou seja, 
a necessidade de experimentar o batismo no Espírito Santo. 
Esta obra esposa a contemporaneidade dos dons espirituais; 
o lugar e a administração apropriados dos carismas à luz da 
Bíblia; a compreensão correta do batismo no Espírito Santo; 
o propósito desse batismo para a vida do crente; a função das 
línguas; e uma hermenêutica bíblica mais robustecida, que 
abraça as contribuições inegáveis do pentecostalismo para 
o enriquecimento da matéria. Ela também está disponível 
na versão e-book. Acesse: www.cpad.com.br/digital/e-book
http://www.cpad.com.br/digital/e-book
http://www.cpad.com.br/digital/e-book
Rayfran Batista da Silva é líder da 
Assembléia de Deus em Santa 
Inês (MA), Io vice-presidente da 
Convenção Estadual das Assembléias 
de Deus no Maranhão (CEADEMA), 
diretor do Instituto Bíblico Pastor 
Estêvam Ângelo de Souza (IBPE), 
professor de várias disciplinas bíblicas 
e teológicas, graduado em Filosofia, 
Letras e História; pós-graduado em 
Teologia pela FACETEN (RR) e pela 
EST (Escola Superior de Teologia 
- RS). Autor de diversas obras nas 
áreas de Bíblia, Teologia, Missões e 
História Eclesiástica, dentre eles O 
Discipulado Eficaz e o Crescimento 
da Igreja,publicado pela CPAD. 
Contatos: rayfranbatista@gmail. 
com - Instagram: @RayfranBatista - 
YouTube: Rayfran Batista da Silva
Deus está 
realizando 
uma grande 
obra no 
mundo em 
nossos dias 
e, para tanto, 
Ele conta com 
uma igreja 
cheia do Seu 
Espírito
R ayfran B a tis ta da Silva
O revestiment
O ensino bíblico sobre 
o revestimento de 
poder e o viver no 
Espírito é bastante 
claro no Novo Testamento. Para 
uma definição mais precisa, será 
necessário ao leitor uma leitura 
mais atenciosa e um olhar sem 
preconceitos — portanto, mais 
aprofundado — nas teologias 
pneumatológicas do teólogo e 
historiador Lucas e do apóstolo 
Paulo, mestre e pregador aos gen­
tios. O conceito de revestimento 
de poder entre os pentecostais 
clássicos é uma referência direta 
ao fenômeno bíblico conhecido 
como batismo com ou no Espíri­
to Santo. De acordo com o pastor 
e professor Antônio Gilberto, o 
batismo com o Espírito Santo, a 
um só tempo, é: (1) uma ditosa 
promessa da parte de Deus ("A 
promessa do Pai'1, At 1.4); (2) uma 
dádiva celestial inestimável ("O 
dom do Espírito Santo", At 2.38); 
(3) uma imersão do crente no es­
piritual e sobrenatural de Deus 
("Sereis batizados com o Espírito 
Santo", At 1.5 — a partícula ori­
ginal desta referência também 
permite a tradução "batizados no 
Espírito Santo"); e (4) um revesti­
mento de poder do alto (Lc 24.49). 
E como alguém, estando já vesti­
do espiritualmente, ser revestido 
de poder do céu. O termo "reves­
tido", no original, conduz a essa 
ideia.1
Como se pode ver, esse even­
to é conhecido também como "A 
promessa do Pai", de acordo com
A
as palavras do Senhor Jesus nos 
dias finais do Seu ministério ter­
reno. Esta declaração de Jesus foi 
registrada por Lucas, no primeiro 
volume de sua obra Lucas-Atos: 
"E eis que sobre vós envio a pro­
messa de meu Pai; ficai, porém, 
na cidade de Jerusalém, até que 
do alto sejais revestidos de po­
der" (Lc 24.49). Como se percebe, 
o texto aqui indicado menciona 
tanto a expressão "promessa do 
Pai" como também a identifica­
ção direta daquilo que se conhe­
ce como o batismo com ou no Es­
pírito Santo: "sejais revestidos de 
poder". Quando se faz a compa­
ração do texto de Lucas 24.49 com 
o texto de Atos 1.4,5, onde Jesus 
reafirma a promessa do Pai, ga­
rantindo que os Seus discípulos 
seriam batizados ou revestidos 
pelo Espírito Santo dali a alguns 
dias, não resta nenhuma dúvida 
de que as duas expressões sig­
nificam a mesma coisa, isto é, se 
referem ao mesmo fenômeno da 
nova aliança de Deus com o Seu 
povo. O pastor Silas Daniel, resu­
me de forma clara e objetiva essa 
verdade bíblica: "A expressão
'batismo no/com Espírito San­
to' aparece na Bíblia seis vezes: 
Mateus 3.11, Marcos 1.8, Lucas
3.16, João 1.33, Atos 1.5 e Atos
11.16. Em todos esses casos, a ex­
pressão aparece sempre com um 
significado carismático, isto é, 
de revestimento de poder, como 
fica ainda mais explícito a partir 
das passagens correlatas que se 
referem descritivamente à expe-
o e o viver no Espírito
riência aludida naquelas passa­
gens (Lc 24.49; At 1.8; At 2.1ss). O 
termo grego baptizo ("batismo"), 
que significa 'imersão', é usado 
figurativamente para descrever 
a imersão plena do crente nessa 
dimensão carismática, na 'vir­
tude' (dunamis, "poder", At 1.8) 
do Espírito. A preposição grega 
en - que pode significar 'em' ou 
'por' dependendo do contexto - 
é usada nessas seis porções bí­
blicas claramente com o sentido 
de 'em', uma vez que Jesus niti­
damente é apontado nelas como 
sendo o efetuador desse batismo 
e o Espírito, indicado como sendo 
o elemento no qual essa imersão 
é efetuada".2
Todas as vezes que o texto bí­
blico se refere à promessa do Pai, 
quer no Antigo, quer no Novo Tes­
tamento, o sentido prioritário é a 
capacitação que Deus quer dá ao 
seu povo por intermédio do Espí­
rito Santo para o cumprimento de 
uma missão na terra. E é o livro de 
Atos dos apóstolos que vai deta­
lhar esse revestimento de "poder 
do alto" sobre a vida dos discípu­
los, com as manifestações visí­
veis de diversas ações do Espírito 
Santo, que podiam ser reconhe­
cidas tanto com a evidência das 
línguas glossolália como também 
pela adoração revitalizada, com a 
mensagem profética e a realização 
de sinais e prodígios, bem como 
pela ousadia na proclamação da 
Palavra de Deus. Um dos objeti­
vos de Lucas na redação do seu 
livro foi exatamente o de instruir
o b S I r o
a Teófilo sobre a pessoa, os ensinos 
e as obras de Jesus ressuscitado, 
realizadas por intermédio do Es­
pírito Santo, entre os primeiros 
discípulos do Senhor Jesus Cristo. 
Assim, ele faz um levantamento 
geral das coisas que se sucederam 
na igreja de Cristo, iniciando por 
Jerusalém (At 2.1-47), e continua 
relatando as manifestações dos 
carismas e outras operações do 
Espírito Santo em Samaria (At 8.1- 
25), em Damasco (At 9.10-22), em 
Cesareia marítima (At 10.34-48), 
em Éfeso (At 19.1-20), em Corinto 
(1 Co 2.1-5), em Tessalônica (lTs 
1.5) e até chegar em Roma, a capi­
tal do império romano (At 28.16- 
31; Rm 15.14-19). Jesus é aquele que 
efetua essa capacitação e o Espírito
Santo é a pessoa divina que expõe 
e disponibiliza o seu poder, isto é, 
a força capacitadora que se mani­
festa para a execução da missão 
dos discípulos a serviço do Reino 
de Deus.
Para reafirmar a importância 
e enorme necessidade da igreja 
em conhecer, receber e exercitar 
no seu dia a dia essa graça divi­
na, esse poder que é disponibi­
lizado à Igreja de Jesus Cristo, o 
teólogo Stanley Horton pontua 
acertadamente que "os pentecos- 
tais acreditam que cada crente 
deve receber esse revestimento 
de poder especial para o serviço 
cristão. Por exemplo, a declaração 
doutrinária das Assembléias de 
Deus [nos Estados Unidos] a res­
peito do batismo no Espírito San­
to começa assim: 'Todos os cren­
tes têm direito à promessa do Pai 
e devem aguardá-la ardentemen­
te e buscá-la com sinceridade. [...] 
Juntamente com ela vem o re­
vestimento de poder para a vida 
e para o serviço'. Não basta ler a 
respeito da experiência em Atos 
dos Apóstolos. Nem é suficiente 
reconhecer como sã essa doutrina 
e saber que a experiência é para 
os cristãos hoje. Se a Igreja tiver 
operando dentro dela a dimensão 
dinâmica da vida no Espírito, os 
crentes individuais deverão rece­
ber pessoalmente esse batismo no 
Espírito Santo".3
No Antigo Testam ento, as 
Sagradas Escrituras, apresentam
cerca de cem versículos que men­
cionam a pessoa e as obras do Es­
pírito Santo na vida daqueles que 
foram chamados por Deus para a 
realização de alguma tarefa espe­
cífica dentro dos propósitos divi­
nos. As expressões mais comuns 
para essa capacitação do Espírito 
no período da antiga aliança, 
podem ser facilmente identifi­
cadas: "E o Espírito de Deus se 
movia" (Gn 1.2); "E o Espírito de 
Deus o encheu de sabedoria" (Ex 
35.31); "Veio sobre ele o Espírito 
de Deus" (Nm 24.2); "E o Espírito 
do Senhor revestiu a Gideão" (Jz 
6.34); "E o Espírito do Senhor tão 
possantemente se apossou dele" 
(Jz 14.19); "E o Espírito do Senhor 
se apoderou de Davi" (1 Sm 16.13); 
"E o Espírito de Deus revestiu a 
Zacarias" (2 Cr 24.20); "Entrou em 
mim o Espírito, e me pôs em pé e 
falou comigo" (Ez 3.24). Em todas 
essas descrições, nota-se uma ação 
definida, proposital e específica
da pessoa do Espírito Santo com 
relação aos personagens envolvi­
dos. No entanto, o que se tem no 
Novo Testamento com relação ao 
revestimento e o viver no Espíri­
to é incomparavelmente maior. E 
uma operosidade tão extraordiná­
ria, conforme podemos ver tanto 
em Lucas quanto no apóstolo 
Paulo e outros escritores do Novo 
Testamento, ao fazerem menções 
diretas e indiretas a esse poderoso 
derramamento, enchimento e re­
vestimento do Espírito de Deus na 
vida dos verdadeiros seguidores 
de Jesus Cristo.
Os propósitos do revestimen­
to do Espírito Santo são inequí­
vocos para a vida daqueles que 
o recebem. Na antiga aliança, 
Deus fez a promessa usando vá­
rios dos Seus profetas (J1 2.28,29;Is 44.3; Ez 36.27; Zc 12.10), falan­
do acerca de um futuro derra­
mamento do Seu Espírito; e no 
período da nova aliança, depois
da ressurreição e ascensão do Se­
nhor Jesus Cristo, o Espírito foi 
enviado à Igreja pelo Pai e pelo 
Filho (Jo 14.16,26; 15.26), com pro­
pósitos definidos, conforme se 
pode constatar no ensino geral 
do Novo Testamento. O saudoso 
pastor e teólogo Antônio Gilberto 
sintetizou esses divinos propósi­
tos do revestimento do Espírito 
Santo: "(1) Edificação espiritual 
pessoal, mediante o cultivo das 
línguas estranhas (ICo 14.4,15;
(2) maior dinamismo espiritual, 
mais disposição e maior coragem 
na vida cristã para testemunhar 
de Cristo e proclamar o evange­
lho (comparar Mc 14.66-72 com 
At 46-20); (3) um maior desejo 
e resolução para orar e para in­
terceder (At 2.42; 3.1;4.24-31; 6.4; 
10.9; Rm 8.26); (4) uma maior glo­
rificação do nome do Senhor 'em 
Espírito e em verdade' (Jo 4,24), 
nos atos e na vida do crente (Jo 
16.13,14); (5) uma maior consci- A
ência de que Deus é o nosso Pai 
e que nós somos Seus filhos (Rm 
8.15,16; G1 4.6); (6) o batismo é 
também um meio para a outorga 
por Deus dos dons espirituais - 
'falavam línguas e profetizavam' 
(At 19.6)".4
Esse fenômeno espiritual é 
apontado por João, o Batista, 
como uma obra futura de Jesus, 
conforme os textos de Mateus 
3.11; Marcos 1.8 e Lucas 3.16. Lu­
cas, retoma a mesma terminolo­
gia em Atos 1.5, ao descrever as 
palavras de Jesus a Seus discípu­
los: "Vós sereis batizados com o 
Espírito Santo, não muito depois 
destes dias". O mesmo escritor 
usa os mesmos termos ao des­
crever como Pedro interpretou a
experiência pentecostal na casa 
de Cornélio. Ele afirma que, em 
sua pregação, o apóstolo Pedro 
relembrou as palavras do Senhor 
Jesus: "Sereis batizados no Espí­
rito Santo" (At 11.16). Essa glorio­
sa ação divina do revestimento 
de poder do Espírito Santo é um 
acontecimento tão extraordiná­
rio que o Espírito Santo inspi­
rou os sacros escritores da Bíblia 
com uma série diversificada de 
palavras, uma variedade de ex­
pressões linguísticas e termos 
conhecidos na época, para que 
não houvesse nenhuma dúvida 
de que Deus realmente estava 
operando algo novo na terra, en­
quanto tornava possível esse der­
ramamento do Seu Espírito sobre
toda a carne (At 2.16-39; 4.31; 8.14- 
17; 10.44-47; 11.24; 13.2; 19.1-6 etc.). 
De acordo com J. Rodman Willia­
ms, "a vinda do Espírito Santo 
para revestir o povo de Deus, a 
igreja, é um ato extraordinário e 
poderoso de Deus. É uma dádi­
va, um ato gracioso de Deus (Jo 
7.37-39; Jo 16.13; 15.26; 16.7). Os 
evangelhos a apontam, o livro 
de Atos dos Apóstolos a descre­
ve (At 2, 8, 10, 19) e as epístolas a 
pressupõem. O ato de Deus é dar 
e o do povo é receber. Esse é o en­
sino claro do Novo Testamento".5
E preciso lembrar que as epís­
tolas foram escritas a pessoas 
que já haviam recebido o batismo 
com o Espírito Santo. Essa é uma 
das razões por que a maior parte
34
das epístolas não apresenta, por 
exemplo, grande incentivo para 
que seus destinatários desejassem 
ou estivessem orando pelo rece­
bimento do batismo no Espírito 
Santo. A perspectiva de Paulo di­
fere da perspectiva de Lucas, pois 
enquanto Paulo enfatiza o viver 
no Espírito, Lucas, por sua vez, en­
fatiza o revestimento do Espírito. 
Viver no Espírito Santo, de acordo 
com as Santas Escrituras, significa 
não satisfazer os desejos da carne: 
"Digo, porém: andai em Espírito e 
não cumprireis a concupiscência 
da carne" (G1 5.16, ARC).
Assim, pode-se afirmar que, 
embora a Bíblia inteira esteja 
repleta de exemplos que teste­
munham a plenitude do Espírito 
Santo na vida humana para o 
desempenho de algum serviço 
designado por Deus em favor 
do Seu Reino na terra, é o Novo 
Testamento que descreve de um 
modo específico e inconfundível 
o agir dinâmico e poderoso de 
Deus por meio do Espírito Santo
vindo sobre os discípulos de Je­
sus Cristo, capacitando-os para 
a proclamação do evangelho no 
mundo inteiro. Ainda que, por um 
tempo considerável, a maior parte 
dos cristãos esteve sem conhecer 
e nem experimentar esse poder 
divino, nos últimos séculos, no 
chamado movimento de renova­
ção espiritual, também conhecido 
como Movimento Pentecostal Mo­
derno, que alcançou seguidores de 
Cristo em todas as partes do mun­
do, um número incontável de pes­
soas dão testemunho da realidade 
de estar cheias do Espírito Santo. 
Um dos exemplos mais contun­
dentes, nesse aspecto do pente- 
costalismo, é a história centenária 
da Igreja Assembléia de Deus no 
Brasil (2011-2024), que, desde a sua 
fundação e organização, tem feito 
ouvir no mundo inteiro a sua voz 
com uma mensagem solidificada 
na ortodoxia bíblica, assegurada 
por uma hermenêutica saudável 
e por uma ortopraxia equilibrada, 
cuja mensagem, de forma simpli­
ficada, pode ser assim sintetiza­
da: Jesus salva! Jesus cura! Jesus 
batiza com o Espírito Santo! Jesus 
breve voltará!
Considerações finais
Dentre as verdades apreen­
didas a partir do estudo desse 
tema, pode-se afirmar que, assim 
como a descida do Espírito Santo 
com poder sobre a igreja cristã do 
primeiro século conferiu a esta 
uma qualidade extraordinária de 
vida espiritual, assim também os 
verdadeiros cristãos pentecostais 
contemporâneos podem teste­
munhar que realmente podem 
viver, à luz da doutrina bíblica, 
essa mesma experiência hoje. E 
da vontade de Deus que o Espírito 
Santo continue infundindo poder, 
dinâmica, vida perene e visão es­
piritual à Sua Igreja a fim de que 
todos os propósitos delineados 
por Cristo a ela sejam plenamente 
alcançados.
E de extrema importância que 
o ministério do Espírito Santo A
ROOB
e a Sua plenitude, bem como as 
suas ações carismáticas, conti­
nuem sendo evidenciados pode­
rosamente assim como são de­
monstradas no livro de Atos dos 
Apóstolos, bem como na história 
do Movimento Pentecostal. Este é, 
sem dúvida, um dos grandes de­
safios da igreja contemporânea.
Vivemos em dias nos quais o 
Espírito Santo age com o máximo 
de atividade no mundo para a 
conversão dos pecadores e quan­
do também os crentes em Jesus 
podem ser cheios do Espírito e 
viver no Espírito, através da expe­
riência do batismo no Espírito, do 
exercício dos dons do Espírito e 
da produção do Seu fruto (At 2.1- 
4; Ef 5.18; ICo 12.1-8; G15.16,22,23).
A pessoa e a obra do Espírito 
Santo não devem jamais ser negli­
genciadas. Deus está realizando 
uma grande obra no mundo em 
nossos dias e, para tanto, Ele 
conta com uma igreja cheia do
Seu Espírito, pois somente as­
sim será possível que a missão 
dada por Jesus à Igreja seja ple­
namente cumprida (Mt 28.19,20). 
Cristãos que vivem no Espírito 
são pessoas que receberam o re­
vestimento de poder do Espírito 
e permanecem no altar de Deus, 
andando com Deus, guerreando 
em oração, guiados pelo Espírito 
e, assim, motivados pelo serviço 
ao Reino de Deus, se santificam 
até que Cristo volte! ■
BIBLIOGRAFIA
NORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
RICHARDS, Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. São Paulo: Editora Vida, 2004.
CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico Efésios. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. Rio de Janeiro: CPAD 2000.
0SB0RNE, Grant R. Comentário Expositivo Novo Testamento: Atos dos Apóstolos. São Paulo: Editora Carisma, 2022. 
YANCEY, Philip. Oração: Ela faz alguma diferença?, São Paulo: Editora Vida, 2007.
WHITNEY, Donald S. Disciplinas Espirituais. São Paulo: Editora Batista Regular, 2021.
UM CLÁSSICO DE 
STANLEY HORTON
ESTA DE VOLTA!
A Bíblia nos dá a certeza de que poderemos 
esperar um grande derramamento do Espírito 
antes da volta de nosso Senhor e Salvador, 
Jesus Cristo.
Pora aqueles que não compreendem o plano 
profético descrito nas Sagradas Escrituras, 
esses dias são de angústia. No entanto, para 
os filhos de Deus, é fempo de encorajamento 
e esperança.
Stanley Horton, propõe simplesmente voltar-se a 
Palavra de Deus, livro por livro, e dar

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