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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA/FNDE 
 
 
 
 
 
 
 CURSO CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
Tamirys de Morais Brito 
Telma gonçalina da Costa Ribeiro 
 
 
 
 
 
O DIAGNÓSTICO DO PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS (PAR) DA REDE 
MUNICIPAL DE ENSINO 
 
 
 
 
 
TUTORA: Olinete 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poconé, MT – 10 de Fevereiro de 2021 
 
PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA/FNDE 
CURSO CENSO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
Tamirys de Morais Brito 
Telma Gonçalina da Costa Ribeiro 
 
 
 
 
 
 
 
O DIAGNÓSTICO DO PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS (PAR) DA REDE 
MUNICIPAL DE ENSINO 
 
 
 
Atividade final de conclusão do Curso Plano de 
Ações Articuladas (PAR). 
 
 
 
 
 
 
 
TUTORA: Olinete 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poconé MT – 10 de Fevereiro de 2021 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO. ................................................................................................. 04 
2. Desenvolvimento .............................................................................................. 05 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 13 
4. REFERÊNCIAS. ............................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
O Plano de Ações Articuladas 
 
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foi lançado em março de 2007, com 
o objetivo de promover a realização de metas e ações consideradas capazes de garantir a 
melhora da qualidade da educação básica no país. O Índice de Desenvolvimento da Educação 
Básica (IDEB) foi então estabelecido como eixo de articulação do PDE para avaliar a situação 
de cada município brasileiro, e é resultado da combinação de dois outros indicadores: a) a 
pontuação média dos estudantes em exames padronizados ao final de determinada etapa da 
educação básica (4.ª e 8.ª séries do ensino fundamental e 3.º ano do ensino médio) e b) taxa 
média de aprovação dos estudantes da correspondente etapa de ensino. O que caracteriza o 
IDEB como um indicador de desenvolvimento educacional – para além dos indicadores de 
desempenho já existentes – é o fato de combinar informações de desempenho em exames 
padronizados – Avaliação Nacional da Educação Básica (ANEB) e Avaliação Nacional do 
Rendimento Escolar (Prova Brasil) – com informações sobre fluxo escolar – obtidas por meio 
do Censo Escolar (Fernandes, 2007, p. 07-08). 
Em 2005, o IDEB observado no Brasil como um todo para os anos iniciais do ensino 
fundamental foi de 3,8. Projeta-se para o ano de 2022 que este índice seja 6,0, resultado 
obtido pelos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE), quando aplicada a metodologia do IDEB em seus resultados educacionais (MEC, 
2007b). 
O Plano de Ações Articuladas – PAR é uma das ferramentas do PDE, que em regime 
de colaboração entre as unidades federadas, estados e municípios, a partir de um diagnóstico 
de caráter participativo, tem o objetivo de promover uma análise compartilhada da situação 
educacional da rede pública de ensino. O instrumento de diagnóstico PAR foi elaborado para 
qualificar informações sobre a rede municipal de ensino da educação básica de todos os 
municípios do país que tivessem obtido resultados no IDEB menores ou iguais a 2,7. A partir 
da avaliação da situação da educação básica em cada município apontada pelo IDEB, o 
governo federal se propõe a destinar recursos financeiros e apoio técnico aos municípios cujo 
desempenho estivesse aquém do esperado, desde que estes municípios realizassem o PAR e se 
 
 
 
 
 
comprometessem formalmente com o desenvolvimento de ações que possibilitem o alcance 
das 28 metas estabelecidas no Termo de Adesão ao Plano de Metas Compromisso Todos pela 
Educação. (Decreto n.º 6.094, de 24/04/2007). A expectativa é de que tais ações se traduzam 
objetivamente no aumento do IDEB. Mais tarde os Estados também viriam a elaborar seus 
Planos de Ações Articuladas para o atendimento, do mesmo modo - com recursos financeiros 
e apoio técnico - para a rede estadual de ensino. 
A destinação de recursos técnicos e financeiros pela União aos municípios segue os 
critérios, os parâmetros e os procedimentos para a operacionalização da assistência financeira 
suplementar a projetos educacionais, no âmbito do Compromisso todos pela Educação, 
estabelecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), através da 
Resolução CD/FNDE n.º 29, de 20 de junho de 2007. Por meio deste documento, o FNDE, 
considerando o IDEB, selecionou os municípios de todo o país que, mediante a adesão ao 
Compromisso, poderão gozar de prioridade de atendimento na concessão de benefícios. 
 
Implantação do PAR no Mato Grosso 
 
No estado de Mato Grosso, cujo IDEB para as séries iniciais do ensino fundamental 
observado em 2005 foi 3,6, foram identificados como prioritários 21 (vinte e um) municípios, 
que apresentaram IDEB/2005 menor ou igual a 2,7, além de dois outros municípios, que 
possuem população superior a 200 mil habitantes. 
Tomando por base o Artigo 237 da Constituição Estadual de 1989 e a Lei 
Complementar 49, de 1.º de outubro de 1998, que estabelecem o regime de colaboração entre 
Estado e Municípios para gestão unificada das ações do sistema público de educação básica, o 
Estado de Mato Grosso decidiu que através da parceria entre a Secretaria de Estado de 
Educação (SEDUC) e o Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso 
(IE/UFMT), estenderia o desenvolvimento do PAR a seus 141 municípios, desde que todos 
manifestassem interesse em aderir ao regime de colaboração, em um programa específico de 
ações conjuntas. Segundo a proposta elaborada pela SEDUC, em cada município deveria ser 
organizada uma Comissão Local de Acompanhamento Permanente do Regime de 
Colaboração – com representantes das redes de ensino estadual e municipal – para coordenar 
a elaboração e acompanhar a implantação do Plano Qüinqüenal de Educação do Município, 
bem como organizar, com a participação dos estabelecimentos de ensino e das entidades 
 
 
 
 
 
representativas da população local, o seu respectivo Plano Anual de Ações Articuladas 
SEDUC/Município, nos moldes do Plano de Ações Articuladas desenvolvido pelo MEC. 
Elaborado com apoio de técnicos da SEDUC e dos pesquisadores do IE/UFMT, o 
Plano Anual de Ações Articuladas de cada município deve servir como um instrumento de 
definição de ações comuns, das fontes de recursos e das responsabilidades a cargo da SEDUC 
– como representante do Estado – e das respectivas Secretarias Municipais de Educação ou 
órgão municipais equivalentes – como representantes dos municípios. 
Mato Grosso se propôs então, para além dos 23 municípios definidos pelo MEC, a 
realizar o PAR em todo o Estado. Por sua vez, o Instituto de Educação se propôs a 
acompanhar esse processo iniciado junto à equipe técnica da SEDUC, a investigar seus 
desdobramentos com pesquisas amplas para análise das demandas e políticas públicas da 
educação do Estado, pautadas por critérios científicos, para gerar novos conhecimentos acerca 
da atual situação do ensino público existente neste Estado, tendo em vista o objetivo comum 
de melhoria da qualidade da educação básica brasileira. 
Todo esse movimento colaborativo, articulado e de caráter participativo tem gerado 
expectativas positivas no sentido de obtermos uma leitura mais precisa da situação 
educacional do estado, na tentativa de identificar suas contingências e potencialidades. Nesse 
mesmo sentido, as fissuras do sistema educacional ficam expostas para que se possam tomar 
providências, otimizando os recursos das diferentes redes de ensino do estado e dos 
municípios, na busca de soluções comuns. 
A avaliação dos sistemas de ensino tem se constituído desta forma, importante 
instrumento para definição de políticas e estabelecimento de novas perspectivas para a 
educação. Na busca da superação deum modelo de avaliação apenas mensurativo, o 
instrumento de diagnóstico utilizado, trata de indicar pontuações para cada um dos 
indicadores avaliados, que mais qualificam as situações do que quantificam suas informações. 
Importa salientar que quatro grandes dimensões foram analisadas nesses termos, “Gestão 
Educacional”, “Formação de Professores e dos Profissionais de Serviço e Apoio Escolar e 
Condições de Trabalho”, “Práticas Pedagógicas e Avaliação”, e “Infra-estrutura Física e 
Recursos Pedagógicos”. 
 
 
 
O Diagnóstico PAR 
 
 
 
 
 
A pesquisa que estamos desenvolvendo é parte deste esforço colaborativo dos entes 
federados e busca configurar um panorama amplo da Rede Municipal de Educação Básica do 
Estado de Mato Grosso a partir dos dados do Diagnóstico do PAR (Plano de Ações 
Articuladas) e dos resultados de 2005 e 2007 do IDEB (Índice de Desenvolvimento da 
Educação Básica), analisando as correlações possíveis entre essas duas formas distintas de 
avaliação, das condições de ensino no estado e dos resultados aferidos. Estamos, portanto, no 
âmbito da pesquisa qualitativa, que consiste num conjunto de práticas materiais e 
interpretativas que dão visibilidade ao objeto de estudo. 
Para Denzin e Lincoln (2006), essas práticas transformam o mundo em uma série de 
representações, incluindo notas de campo, entrevistas, conversas, fotografias, gravações etc. 
Nesse nível, a pesquisa qualitativa envolve uma postura interpretativa do mundo, o que 
significa que os pesquisadores estudam temáticas em cenários naturais, tentando entender ou 
interpretar os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem. 
Interessa-nos especialmente, discutir as concepções apresentadas nesse instrumento, 
nas quatro dimensões apresentadas, para ampliar e aprofundar o diagnóstico desenvolvido, 
através da reflexão de outras dimensões constitutivas da realidade dos municípios atendidos a 
partir da realização do PAR.. 
A reflexão dessas concepções deve propiciar uma compreensão mais qualificada da 
realidade da rede pública de ensino do estado de Mato Grosso, que será explicitada na 
apresentação de um panorama amplo dos dados levantados, e nas correlações investigadas. 
O processo de coleta dos dados e a elaboração dos planos (PAR) nos 141 municípios, 
foi realizado in loco, de forma conjunta pelos técnicos da SEDUC/MT e professores doutores, 
mestrandos e bolsistas de graduação do IE/UFMT. Esta fase foi desenvolvida de novembro de 
2007 a julho de 2008, e ficou conhecida como “diagnóstico PAR”. 
A cada município foi enviada uma equipe que se reuniu por 2 ou 3 dias com os 
membros da comunidade local, representantes das redes estadual e municipal de ensino, e 
demais segmentos envolvidos com a educação do município. 
A fase do diagnóstico do PAR em Mato Grosso foi concluída em julho de 2008, e 
atualmente está em processo a fase do monitoramento do PAR no Estado, com previsão de 
término em 2011. O diagnóstico - concebido como uma ferramenta do PDE - foi proposto 
como instrumento participativo de planejamento das ações dos Municípios, Estados e do 
Governo Federal. 
 
 
 
 
 
A sistematização dos dados disponibilizados e a análise das correlações possíveis entre 
os índices (resultados do IDEB) - dos quais partiram os diagnósticos do PAR - e as 
pontuações que os gestores públicos e demais representantes da organização escolar e da 
sociedade civil atribuíram a cada um dos indicadores, constituem-se objeto de pesquisa para 
aprofundar essa investigação inicial, propondo a ampliação das discussões apenas 
inauguradas na elaboração desses Planos de Ações Articuladas nos Municípios de Mato 
Grosso. 
 
Dados e Análises Preliminares 
 
A pesquisa conta hoje com a sistematização dos dados em uma planilha eletrônica, 
onde todas as pontuações recebidas para os 52 indicadores foram agrupadas nas quatro 
dimensões trazidas pelo instrumento de campo do Plano de Metas Compromisso Todos pela 
Educação, disponibilizado pelo MEC em abril de 2007. Figuram todos os 141 municípios do 
Estado, agrupados segundo os treze pólos de atendimento do CEFAPRO (Centro de 
Formação e Atualização do Professor) da SEDUC, pois na medida da articulação das ações, 
deve-se garantir a otimização dos recursos já existentes e instalados nas regiões do estado. 
Quanto às pontuações, definidas em reuniões de ampla representatividade nos 
municípios, poderiam assumir valores de 1 a 4, sendo que as pontuações 1 e 2 geravam ações 
a serem desencadeadas pelos municípios quase sempre em parceria com o MEC, que incluíam 
aporte de recursos financeiros e/ou apoio técnico, e as pontuações 3 e 4 caracterizavam 
situações menos ou mais favoráveis nos indicadores avaliados. 
Todos os dados referentes ao IDEB foram colhidos do site oficial do Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), assim como, os dados 
referentes ao diagnóstico PAR foram reproduzidos a partir do Sistema Integrado de 
Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC). 
Importante observar que a distribuição dos municípios, segundo os pólos do 
CEFAPRO, não garante a paridade entre os pólos com relação ao número de escolas, 
professores ou alunos. Da mesma forma, no instrumento de campo, as quatro dimensões são 
avaliadas com um número diferente de indicadores, sendo imprescindível que as análises 
garantam o reconhecimento dessas discrepâncias, tanto no número de municípios em relação 
aos pólos em que foram agrupados, quanto ao número de indicadores em relação às 
dimensões pontuadas. Assim, são necessários critérios bem definidos para a leitura dos dados 
 
 
 
 
 
que buscamos, no sentido de superar quaisquer intenções meramente comparativas, 
oferecendo análises de aprofundamento e cunho interpretativo. 
A planilha vem sendo ampliada na medida em que as investigações e reflexões 
teóricas nos permitem vislumbrar as correlações possíveis entre os dados do diagnóstico PAR 
e os resultados do IDEB nos anos de 2005 e 2007. Parte do trabalho já desenvolvido foi 
apresentado no I Fórum de Avaliação do PAR no Estado de Mato Grosso, que ocorreu em 
Cuiabá nos dias 13 e 14 de novembro de 2008, e as discussões reordenaram as investigações 
que estamos conduzindo. Como se trata de uma pesquisa que se desenvolve ao mesmo tempo 
em que essa política pública de educação vem sendo implementada, as análises procuram 
também responder a demandas que vão surgindo no decorrer do processo de implantação do 
PAR. 
Análises preliminares quanto às dimensões da “Formação de Professores e dos 
Profissionais de Serviço e Apoio Escolar e Condições de Trabalho” e das “Práticas 
Pedagógicas e Avaliação”, foram realizadas, verificando o estabelecimento de pólos 
prioritários caso houvesse a necessidade de se elencar pontos de partida para o atendimento 
dessas demandas, especialmente em seus aspectos formativos, dadas as atribuições do 
CEFAPRO nesse sentido. Esses resultados foram observados por ocasião da construção do 
Plano Estratégico para Formação de Professores do Estado de Mato Grosso. 
Dos 52 indicadores do instrumento, na dimensão 2 da “Formação de Professores e dos 
Profissionais de Serviço e Apoio Escolar e Condições de Trabalho” temos 10 indicadores, e 
na dimensão 3, das “Práticas Pedagógicas e Avaliação” são 8 indicadores. Nesse estudo 
preliminar, que tinha por objetivo verificar as prioridades de atendimento, caso o critério 
estabelecido fosse dos pólos que apresentassem maior número de indicadores com pontuações 
1 e 2, oferecemos algumas ponderações. 
Na dimensão 2, observando quando 7 ou mais indicadores (dos 10) receberam 
pontuações 1 ou 2, encontramos 69 dos 141 municípios do Estado nesta situação. Ou seja, em 
48,9% dos municípios, temos 70% ou mais dos indicadores da dimensão “Formação de 
Professores e dos Profissionais de Serviço e Apoio Escolar e Condições de Trabalho” com 
pontuações 1 ou 2, quesignificam respectivamente - segundo o instrumento de campo - uma 
situação crítica ou situação insuficiente. Quando analisamos os pólos que se destacam em 
relação a essa demanda, temos Juína, Alta Floresta, Confresa, Matupá, Rondonópolis, São 
 
 
 
 
 
Félix do Araguaia e Barra do Garças, todos com mais de 50% de seus municípios 
apresentando 7 ou mais indicadores dos 10 observados, com pontuações 1 ou 2. 
Na dimensão 3, observando quando 5 ou mais indicadores (dos 8) receberam 
pontuações 1 ou 2, encontramos 46 dos 141 municípios do Estado nesta situação. Ou seja, em 
32,6% dos municípios, temos 63% ou mais dos indicadores da dimensão “Práticas 
Pedagógicas e Avaliação” com pontuações 1 ou 2, que significam respectivamente - 
novamente segundo o instrumento de campo - uma situação crítica ou situação insuficiente. 
Quando analisamos os pólos que se destacam em relação a essa demanda, temos Tangará da 
Serra, Rondonópolis, Barra do Garças e Sinop, todos com mais de 40% de seus municípios 
apresentando 5 ou mais indicadores dos 8 observados, com pontuações 1 ou 2. 
Podemos, portanto, indicar um ranking para o atendimento prioritário dos pólos que 
apresentem um maior percentual no número de municípios, que se destacam quanto à 
urgência no atendimento das demandas relativas às dimensões 2 e 3, oferecendo a 
possibilidade de ações emergenciais, se necessário, conforme Quadro 1. 
Dimensão 2– 
Formação de 
Professores e 
dos 
Profissionais de 
Serviço e Apoio 
Escolar e 
Condições de 
Trabalho 
 
 
Municípios 
(apenas os que 
apresentam 
dificuldades no 
pólo) 
 
 
Percentual de 
Municípios 
do Pólo com 
pontuações 1 
ou 2 
 
 
Dimensão 3– 
Práticas 
Pedagógicas e 
Avaliação 
 
 
Municípios 
(apenas os que 
apresentam 
dificuldades no 
pólo) 
 
 
Percentual de 
Municípios do 
Pólo com 
pontuações 1 
ou 2 
 
Pólo de Juína 
8 municípios 
Aripuanã, 
Brasnorte, 
Castanheira, 
Colniza, 
Cotriguaçu, 
Juruena, 
Rondolândia. 
 
 
87,5 
 
Pólo de 
Tangará da 
Serra 
 
7 municípios 
Campo Novo dos 
Parecis, Denise, 
Nova Olímpia, 
Porto Estrela, 
Sapezal, Tangará 
da Serra. 
 
 
85,7 
 
Pólo de Alta 
Floresta 
 
7 municípios 
Alta Floresta, 
Apiacás, 
Carlinda, Nova 
Bandeirantes, 
Nova Canaã do 
Norte, Paranaíta 
 
 
85,7 
 
Pólo de 
Rondonópolis 
 
17 municípios 
Alto Araguaia, 
Alto Garças, Alto 
Taquari, 
Araguainha, 
Jaciara, 
Juscimeira, Pedra 
Preta, Tesouro. 
 
 
47,1 
 
 
Pólo de 
Confresa 
 
6 municípios 
 
Canabrava do 
Norte, Confresa, 
Porto Alegre do 
Norte, Santa 
Cruz do Xingu, 
Vila Rica. 
 
 
 
83,3 
 
 
Pólo de Barra 
do Garças 
 
17 municípios 
Água Boa, Barra 
do Garças, 
Campinápolis, 
General Carneiro, 
Nova Nazaré, 
Novo São 
Joaquim, Pontal 
do Araguaia, 
Ribeirãozinho. 
 
 
 
47,1 
 
 
 
 
 
Dimensão 2– 
Formação de 
Professores e 
dos 
Profissionais de 
Serviço e Apoio 
Escolar e 
Condições de 
Trabalho 
 
 
Municípios 
(apenas os que 
apresentam 
dificuldades no 
pólo) 
 
 
Percentual de 
Municípios 
do Pólo com 
pontuações 1 
ou 2 
 
 
Dimensão 3– 
Práticas 
Pedagógicas e 
Avaliação 
 
 
Municípios 
(apenas os que 
apresentam 
dificuldades no 
pólo) 
 
 
Percentual de 
Municípios do 
Pólo com 
pontuações 1 
ou 2 
Pólo de 
Matupá 
 
7 municípios 
Guarantã do 
Norte, 
Marcelândia, 
Matupá, Novo 
Mundo, Terra 
Nova do Norte. 
 
 
71,4 
 
Pólo de Sinop 
17 municípios 
Cláudia, Colider, 
Feliz Natal, 
Ipiranga do Norte, 
Santa Carmem, 
Santa Rita do 
Trivelato, Sorriso. 
 
 
41,2 
 
 
Pólo de 
Rondonópolis 
 
17 municípios 
Alto Araguaia, 
Araguainha, 
Guiratinga, 
Itiquira, Jaciara, 
Juscimeira, 
Pedra Preta, 
Poxoréo, São 
José do Povo, 
São Pedro da 
Cipa. 
 
 
 
 
58,8 
 
 
 
Pólo de Cáceres 
21 municípios 
 
Araputanga, 
Cáceres, Indiavaí, 
Lambari D’Oeste, 
Pontes e Lacerda, 
Porto Esperidião, 
Vila Bela da 
Santíssima 
Trindade. 
 
 
 
 
33,3 
Pólo de São 
Félix do 
Araguaia 
 
7 municípios 
Alto Boa Vista, 
Novo Santo 
Antônio, São 
Félix do 
Araguaia, São 
José do Xingu. 
 
 
57,1 
Pólo de São 
Felix do 
Araguaia 
 
7 municípios 
 
Alto Boa Vista, 
Bom Jesus do 
Araguaia. 
 
 
28,6 
 
 
Pólo de Barra 
do Garças 
 
17 municípios 
Água Boa, Barra 
do Garças, 
Campinápolis, 
General 
Carneiro, Nova 
Nazaré, Nova 
Xavantina, Ponte 
Branca, Ribeirão 
Cascalheira, 
Torixoréu 
 
 
 
 
52,9 
 
 
 
Pólo de Juína 
8 municípios 
 
 
 
 
Colniza, Juína. 
 
 
 
 
25,0 
Pólo de 
Diamantino 
 
10 municípios 
Diamantino, 
Nobres, Nova 
Maringá, Rosário 
Oeste, Santo 
Afonso. 
 
 
50,0 
Pólo de 
Confresa 
 
6 municípios 
 
 
Confresa 
 
 
16,6 
Pólo de Juara 
4 municípios 
 
Novo Horizonte 
do Norte, Porto 
dos Gaúchos. 
 
 
50,0 
Pólo de Cuiabá 
13 municípios 
 
Barão de 
Melgaço, 
Paranatinga. 
 
 
15,4 
 
Pólo de Cuiabá 
13 municípios 
Barão de 
Melgaço, 
Gaúcha do 
Norte, Nova 
Brasilândia, 
Paranatinga. 
 
 
30,8 
 
Pólo de Alta 
Floresta 
 
7 municípios 
 
 
Alta Floresta 
 
 
14,3 
 
 
 
 
 
Dimensão 2– 
Formação de 
Professores e 
dos 
Profissionais de 
Serviço e Apoio 
Escolar e 
Condições de 
Trabalho 
 
 
Municípios 
(apenas os que 
apresentam 
dificuldades no 
pólo) 
 
 
Percentual de 
Municípios 
do Pólo com 
pontuações 1 
ou 2 
 
 
Dimensão 3– 
Práticas 
Pedagógicas e 
Avaliação 
 
 
Municípios 
(apenas os que 
apresentam 
dificuldades no 
pólo) 
 
 
Percentual de 
Municípios do 
Pólo com 
pontuações 1 
ou 2 
Pólo de Sinop 
17 municípios 
Cláudia, Feliz 
Natal, Itaúba, 
Santa 
Carmem, 
Santa Rita do 
Trivelato. 
 
 
29,4 
Pólo de Matupá 
7 municípios 
 
Terra Nova do 
Norte. 
 
 
14,3 
 
 
Pólo de Cáceres 
21 municípios 
Araputanga, 
Campos de Júlio, 
Comodoro, 
Conquista 
D’Oeste, Nova 
Lacerda, Vale de 
São Domingos. 
 
 
28,6 
 
Pólo de 
Diamantino 
 
10 municípios 
 
 
Alto Paraguai 
 
 
10,0 
 
Pólo de Tangará 
da Serra 
 
7 municípios 
 
 
Porto Estrela 
 
 
14,3 
 
Pólo de Juara 
 
 
4 municípios 
 
 
--- 
 
 
0,0 
Quadro 1 – Ranking dos pólos prioritários ao atendimento das demandas indicadas nas dimensões 2 e 3 
(Dados de análise do PAR dos Municípios de Mato Grosso) 
 
Outras análises destacam quais indicadores em cada dimensão, que apresentando 
pontuações 1 ou 2 de forma recorrente, caracterizam situações em que todos os municípios do 
Estado apresentam situações críticas ou insuficientes. Ainda quanto às pontuações aferidas 
nos 52 indicadores, estamos construindo diversas categorizações observando a regularidade 
dos resultados no Estado, a simetria entre os pólos, e a conformidade em relação aos 
resultados dos municípios no IDEB de 2005 e 2007. 
Estas e outras indicações se revestem de importância, na mesma medida do empenho e 
da força do regime de colaboração estabelecido, e da articulação das ações a que todos se 
propuseram. Ou seja, ainda que o Plano de Ações Articuladas, etapa do diagnóstico já 
concluído em todo o estado, tenha elencado as ações e sub-ações que receberão recursos 
financeiros e/ou apoio técnico do Governo Federal, outras ações podem ser articuladas 
internamente no Estado para garantir que mais rapidamente situações emergenciais sejam 
atendidas. Ainda que não possamos esgotar as reflexões possíveis em uma base de dados tão 
extensa, esperamos contribuir para o aprofundamento das questões a partir das primeiras 
análises realizadas. 
 
 
 
 
 
Considerações Finais 
 
Tendo por competência comum proporcionar os meios de acesso à educação, tanto 
quanto a legislação concorrente sobre a mesma (exceto os Municípios quanto à legislação), a 
Constituição institui desde 1988 o “regime de colaboração” entre os entes federados na 
educação, descrito da seguinte forma “A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.” (CF, art. 211) 
Nosso interesse em ressaltar na legislação brasileira os destaques dadosà colaboração 
entre os entes federados quanto à educação, assim como os destaques à “garantia de padrão de 
qualidade” como um dos princípios elencados como base para o ensino (CF, art. 206, VII), se 
deve a serem esses os pontos fundamentais sobre os quais se assenta a proposição do Plano de 
Ações Articuladas no PDE. 
A definição do regime de colaboração como elemento fundamental da política 
educacional do País, assim como a garantia de padrão de qualidade, são princípios também 
reafirmados em 1996 pela Lei N° 9.394 que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB). 
Portanto, toda a preocupação legislativa em estabelecer as competências e 
incumbências dos entes federados, advoga a necessidade de não haver sobreposição de 
políticas públicas, o que poderia acarretar desperdícios ou disputas entre os mesmos. Essa 
preocupação já era preconizada por um grupo de intelectuais da educação em 1932, 
 
 
A unidade educativa, - essa obra imensa que a União terá de realizar sob pena de 
perecer como nacionalidade, se manifestará então como uma força viva, um espírito 
comum, um estado de ânimo nacional, nesse regime livre de intercâmbio, 
solidariedade e cooperação que, levando os Estados a evitar todo desperdício nas 
suas despesas escolares afim de produzir os maiores resultados com as menores 
despesas, abrirá margem a uma sucessão ininterrupta de esforços fecundos em 
criações e iniciativas. (O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, 1932, p.195) 
 
 
Para propor um instrumento que retratasse as diferentes realidades de cada um dos 
municípios de um país continental como o nosso, certamente seriam necessários mais que 52 
indicadores. E, se por um lado o regime de colaboração está sendo posto em andamento, 
cumprindo o que prevê a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional e também o Plano Nacional de Educação, por outro lado devemos observar que se o 
planejamento das ações articuladas já estava definido preliminarmente pelo Governo Federal, 
 
 
 
 
 
pouco espaço nessa “articulação” ficou a cargo dos municípios, a não ser decidir pela adesão 
ou não ao Termo de Compromisso Todos pela Educação, o que significaria – em caso 
negativo – abrir mão dos recursos que poderiam ser acessados por essa via. Já no caso dos 
governos estaduais, como não estava previsto o PAR dos Estados, tanto as ações como a 
forma de articulação foram “negociados” junto ao Governo Federal. 
Gestão pública, política pública de educação e gerenciamento de recursos financeiros 
não são construções possíveis sem suporte técnico, e uma vez que os municípios são 
autônomos para estabelecer seus planos municipais de educação e sua forma de gestão, buscar 
um núcleo comum de ações que garantam a superação das disparidades mais graves (no caso, 
escolhidos os municípios prioritários pelos menores resultados no IDEB) é um bom ponto de 
partida para a construção de um projeto nacional de educação, articulando o que pode ser 
entendido como um planejamento mínimo, uma agenda comum, e que neste momento já 
conseguiu a adesão de 100% dos entes federados. 
Queremos oferecer além de um amplo panorama dos dados relativos às escolas das 
redes municipais de ensino do Estado, um sistema de referência para que gestores municipais 
possam balizar os planejamentos estratégicos das Secretarias Municipais de Educação. O 
regime de colaboração proposto no PAR pelo Governo Federal foi apenas inaugurado com o 
diagnóstico e a construção dos planos dos municípios - e do Estado - portanto espera-se que 
as ações sejam desdobradas e articuladas na medida das necessidades particulares dos 
municípios e das possibilidades da Secretaria de Estado de Educação. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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de Metas Compromisso Todos pela Educação. Diário Oficial [da] República Federativa do 
Brasil, Brasília, DF, 25 abr. 2007. 
 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 05 out. 1988. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm. Acesso em: 
20 jul. 2009. 
 
DENZIN, Norman K. e LINCOLN. Yvonna S. (org.) O Planejamento da Pesquisa 
Qualitativa. Teorias e Abordagens. Porto Alegre: Artmed, 2006. 
 
FERNANDES, Reynaldo. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). 
Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2007. 
 
 
 
 
 
HADDAD, Fernando. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e 
programas. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 
2008. 
 
IE/UFMT (Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso). Projeto de 
Pesquisa: Acompanhamento e avaliação do processo de implantação do Plano de 
Desenvolvimento da Educação no Estado de Mato Grosso. Cuiabá, 2007. 
 
Lei no. 9.394, de 20 dez. 1996. LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm. Acesso em 21 jul. 
2009. 
 
O MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA. 1932. Disponível em: 
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb07a.htm. Acesso em 13 ago. 2009. 
 
MATO GROSSO (Estado). Constituição do Estado de Mato Grosso. Diário Oficial do 
Estado de Mato Grosso, Cuiabá, 18 out. 1989. 
 
────. Lei Complementar n.º 49, de 1.º out. 1998. Dispõe sobre a instituição do Sistema 
Estadual de Ensino de Mato Grosso e dá outras providências. Disponível em: 
http://www.secitec.mt.gov.br/TNX/storage/webdisco/2008/09/25/outros/9f7e3522be47ed07ee 
11993a530bf338.pdf. Acesso em: 19 mai. 2009. 
 
MEC. O que é o Plano de Desenvolvimento da Educação? Brasília, DF, 2007. Disponível 
em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pde/oquee.html. Acesso em: 19 mai. 2009. 
 
────. Resolução CD/FNDE n.º 29, de 20 jun. 2007. Estabelece os critérios, os parâmetros 
e os procedimentos para a operacionalização da assistência financeira suplementar a projetos 
educacionais, no âmbito do Compromisso Todos pela Educação, no exercício de 2007. 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/r29_20062007.pdf. Acesso em: 19 mai. 
2009.

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