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Resumo: Controle Interno

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5 
 MÓDULO - CONTROLE INTERNO: 
 
I - INTRODUÇÃO: 
 
 Nos países mais desenvolvidos é dada uma grande importância aos métodos científicos de 
administração pois dessa forma sabem que se torna muito mais fácil alcançar os objetivos 
planejados. 
É de lá que provém os termos "INTERNAL CHECK" e "INTERNAL CONTROL". 
Os problemas de Controle Interno encontram-se em todas as áreas das empresas modernas. Como 
exemplo disso podemos citar: vendas, fabricação, compras, tesouraria, etc. 
 Quando exercido adequadamente sobre cada uma das funções acima, o controle assume 
fundamental importância objetivando atingir os resultados mais favoráveis com menores 
desperdícios. 
 É preciso que saibamos que o termo "Controle Interno" não tem, como muitos pensam, o 
mesmo significado de "Auditoria Interna". A Auditoria Interna eqüivale a um trabalho organizado de 
revisão e apreciação de trabalho, normalmente executado por um departamento especializado, ao 
passo que Controle Interno se refere a procedimentos e organização adotados como planos 
permanentes da empresa. 
 
II CONCEITO E SUBDIVISÃO: 
 
 Ao estudarmos o conceito de Controle Interno, descobrimos muitas diferenças conceituais 
entre os vários autores que, a respeito dele, escreveram. O que podemos deduzir disso é que não 
existe unidade de pensamento sobre o que vem a ser o seu correto significado. 
 O Instituto Americano dos Contadores Públicos Certificados nos diz que o verdadeiro significado 
do termo Controle Interno é muito vasto. Assim diz ele: 
 "O Controle Interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas 
adotadas na empresa para salvaguardar seus ativos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados 
contábeis, desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas 
administrativas prescritas". 
 Podemos conceituar também, de uma forma mais simples, o Controle Interno da seguinte 
forma: 
 6 
 "São todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação 
administrativa, que permitam prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que se 
verificam dentro da empresa e que produzam reflexos em seu patrimônio". 
 Através da extensão de seu conceito, verificamos que o Controle Interno não se atém apenas 
aos aspectos relacionados com as funções de contabilidade e finanças, mas sim, a todos os 
aspectos das operações de uma empresa. 
 
 
SUBDIVISÃO: 
 
 Os Controles Internos se subdividem em: 
 
 CONTROLES CONTÁBEIS: Referem-se ao plano de organização e a todos os métodos e 
procedimentos utilizados para salvaguardar o patrimônio e a propriedade dos itens que o compõem, 
estando compreendido por: 
.Segregação de funções criando independência entre as funções de execução operacional, custódia 
dos bens patrimoniais e a sua contabilização. 
.Sistema de Autorização compreendendo o controle das operações através de métodos de 
aprovações, de acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos. 
.Sistema de Registro compreendendo a classificação dos dados dentro de uma estrutura formal de 
contas, existência de um Plano de Contas que facilite o registro e preparação das Demonstrações 
Contábeis e utilização de um manual descritivo para o uso das Contas. 
 
 CONTROLES ADMINISTRATIVOS: Referem-se ao Plano de Organização e a todos os 
métodos e procedimentos utilizados para proporcionar eficiência às operações, dar ênfase à política 
de negócios da companhia bem como a seus registros financeiros. Compreendem: 
.Normas salutares observando práticas saudáveis aos interesses da empresa no cumprimento dos 
deveres e funções. 
.Pessoal qualificado que esteja apto a desenvolver suas atividades desde que bem instruído e 
supervisionado por seus responsáveis. 
 Poderemos entender melhor os Controles Contábeis e Administrativos se pudermos segregá-
los em partes: 
 1- PLANO ORGANIZACIONAL: É a forma como estão sendo organizados os sistemas. A 
estrutura organizacional precisa obedecer a uma divisão adequada e balanceada, de formas a que 
 7 
sejam estabelecidas as relações de autoridade e responsabilidade entre os vários níveis pelas 
parcelas de trabalho exigidas para a consecução dos objetivos da empresa, e de maneira que sejam 
definidas, claramente, as autoridades e responsabilidades de cada um que nela trabalha. 
 2- A ESCOLHA DE MÉTODOS E PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS: Eles 
estabelecem os caminhos e os meios de comparação e julgamento para se chegar a determinado 
fim, mesmo que não tenham sido preestabelecidos formalmente. 
 Como já foi dito acima, a organização de uma empresa faz com que ela seja composta de 
vários subsistemas. Cada um destes é formado por uma cadeia de procedimentos destinados a 
gerar e registrar as informações que lhes forem pertinentes. 
 Ao planejar um sistema, devemos pensar em torná-lo eficiente, prático, econômico e útil. Uma 
forma prática de se fazer isso, passa pela definição dos procedimentos que promoverão o controle 
sobre as operações e atividades através de normas constantes em Manuais de Procedimentos. 
 
 
 III - IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO: 
 
 Podemos entender a importância do Controle Interno a partir do momento em que verificamos 
que é ele que pode garantir a continuidade do fluxo de operações e informações com as quais 
convivem as empresas. Nesse contexto, a contabilidade dos resultados gerados por tal fluxo, 
assume vital importância para os empresários que se utilizam dela para a tomada de suas 
decisões. Com isso, podemos entender que toda empresa possui Controles Internos, sendo que em 
algumas eles são adequados e em outras não. A diferenciação entre uma e outra pode ser feita ao 
analisarmos a eficiência dos binômios operações/informações X custos/benefícios. 
 A implantação ou aprimoramento de um tipo de controle é tanto viável quanto positiva for a sua 
relação custo X benefício. O grau máximo de avaliação do benefício deve ser atribuído à importância 
e qualidade da informação a ser gerada. Em relação ao custo é bom lembrar que sempre que for 
possível, devemos utilizar o conceito de custo de oportunidade que é bastante amplo. 
 O Controle Interno gira em torno dos aspectos administrativos, que têm influência direta sobre 
os aspectos contábeis. Por isso precisamos considerá-los, também conjuntamente, para efeito de 
determinação de um adequado sistema de Controle Interno. 
 A função da contabilidade como instrumento de controle administrativo é hoje reconhecida 
por todos. Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado em eficiente Controle Interno é, até 
certo ponto, inútil, uma vez que não é possível confiar nas informações contidas nos seus relatórios. 
Informações contábeis distorcidas podem gerar conclusões erradas e danosas para a empresa. 
 8 
Apesar disso, embora pareça absurdo, existem muitas empresas para as quais o Controle Interno 
eficiente é desconhecido. Suas direções pensam que, tendo empregados de confiança, estarão 
cobertas contra qualquer irregularidade. Confiar nos subordinados não deixa de ser correto. 
Entretanto, é necessário admitir que confiança exagerada pode dar margem a toda espécie de 
fraudes. Basta dizer que grande parte das irregularidades nos negócios, segundo se tem verificado, 
deve-se a empregados nos quais se mais confiava. Além disso, quando não existem procedimentos 
adequados de Controle Interno, são freqüentes os erros involuntários e os desperdícios. 
 
 
 IV -PRICÍPIOS E OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO: 
 
 Podemos dividir os Princípios e Objetivos do Controle Interno em 05(cinco) grupos. Estes, por 
sua vez, poderão também estar divididos em subgrupos: 
 
 1 - Salvaguarda dos Interesses: 
 Esse objetivo do ControleInterno refere-se à proteção do patrimônio contra quaisquer perdas 
e riscos devidos a erros ou irregularidades. As empresas, possuem bens, direitos e obrigações que 
se encontram divididos por diversos departamentos e setores que cuidam individualmente da parte 
que lhes cabe. Assim como o setor de pessoal é responsável pelo controle da Folha de Pagamento 
dos funcionários e seus respectivos encargos sociais, à Tesouraria cabe controlar os pagamentos e 
recebimentos feitos pela empresa e, por sua vez, ao Almoxarifado compete cuidar das peças de 
reposição e consumo da mesma. 
 Portanto, podemos ver que a empresa possui uma grande variedade de atividades que 
requerem especialização, conhecimento e entendimento de forma que possam ser levadas em 
padrões adequados, reduzindo ao mínimo as possibilidades de riscos e perdas. Podemos atingir tal 
objetivo através de: 
 1.1 Segregação de Funções: Sendo um dos mais importantes aspectos do Controle Interno, 
cria independência para as funções de execução operacional, custódia física e contabilização de 
tudo o que for de interesse da empresa. Ninguém deve ter sobre sua inteira responsabilidade todas 
as fases inerentes a uma operação. Cada uma dessas fases deve, se possível, ser executada por 
pessoas e setores independentes entre si. 
 1.2 Sistema de Autorização e Aprovação: Isso faz com que o controle das operações seja feito 
através de aprovações por pessoal responsável, levando sempre em consideração os riscos 
 9 
envolvidos. Sempre que possível, a pessoa que autoriza não deve ser a que aprova os atos para não 
expor a riscos os interesses da empresa. 
 1.3 Determinação de Funções e Responsabilidades: Através de organogramas claros as 
empresas podem definir as linhas de autoridade e responsabilidade de seus funcionários. Isso faz 
com que eles saibam corretamente até onde podem ir no exercício de suas funções. 
 1.4 - Rotação de Funcionários: Fazendo o rodízio dos funcionários através dos setores que 
compõem a empresa, nós reduzimos as oportunidades de fraudes, deixamos mais de uma pessoa 
apta a executar um determinado serviço e geramos novas idéias de trabalho para as funções. 
 1.5 Carta de Fiança: Tal instrumento, ao ser cobrado dos funcionários que lidam com 
valores, protege a empresa, dissuadindo psicologicamente aqueles em tentação. Podemos utilizar 
também o Seguro Fidelidade junto ou não da Carta de Fiança. 
 1.6 - Seguro: Corresponde ao ato de manter uma apólice de seguros, a valores adequados de 
reposição, para os bens, valores e riscos a que está sujeito a empresa. 
 1.7 Manutenção de Contas de Controle: Através dessas contas podemos controlar os 
saldos do Razão das principais contas da empresa. Caixa, Bancos, Contas a Receber, a Pagar, etc. 
 1.8 Atualização à Legislação: Isso diz respeito à atualização dos funcionários das empresas 
às mais recentes modificações nos aspectos legais afim de que estes não cometam falhas que 
possam expô-las a contingências fiscais e legais pela não obediência aos preceitos atuais vigentes. 
 1.9 Diminuição de Erros e Desperdícios: Fazer a divisão racional do trabalho, com a 
identificação clara e objetiva das normas, procedimentos, impressos, arquivos e número de 
subordinados compatível, fornece condições razoáveis que permitam supervisão suficiente e a 
prevenção de erros e desperdícios. 
 1.10- Contagens Físicas Independentes: Fazendo contagens físicas através de funcionários 
que não sejam os responsáveis pelas custódias, de forma periódica, estaremos maximizando os 
controles físicos e resguardando os interesses da empresa. 
 1.11- Alçadas Progressivas: Devemos determinar a distribuição de procurações diferentes a 
funcionários também de níveis diferentes afim de que estes possam, de acordo com os seus níveis, 
assumir as responsabilidades pelos seus atos. Operações de maior volume devem ser efetuadas 
com autorização de pessoal de nível hierárquico superior. 
 
 
 
 
 10 
 2 - Precisão e confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e 
operacionais: 
 Visa gerar informações adequadas e oportunas, necessárias para administrar e compreender 
os eventos realizados na empresa. Os efeitos produzidos pelos atos praticados pelas empresas 
devem ser escriturados e levados, em tempo hábil, ao conhecimento dos administradores. 
 A Contabilidade está sempre processando as informações a respeito dos atos administrativos 
que provocaram fatos contábeis dentro das empresas. Entretanto, ela não levanta um Balancete a 
cada operação que o Setor de Vendas efetua. Nessa hora, será necessário que as empresas 
possuam controles que possam dizer: o que foi comprado ou vendido, o que foi pago ou recebido, o 
que falta a pagar ou a receber, o que ainda resta em estoque etc. 
 Essas informações só terão validade a partir do momento em que se tornarem exatas, 
confiáveis e oportunas. Isso ocorrerá se ela for suportada em dados verídicos tempestivamente 
informados. Esse esquema se baseia em: 
 2.1-Documentação Fidedígna: Fazendo uso de documentação real e, se possível 
independente, daremos uma comprovação mais segura de que os registros das operações foram 
feitos na forma exata. 
 2.2-Conciliação: Através desse processo conferimos dados, checamos diferenças e 
acertamos as pendências sempre em tempo hábil. 
 2.3-Análise de Pendências: Visa a identificação da composição analítica dos itens em exame 
de forma a possibilitar a constatação de sua constituição. 
 2.4-Plano de Contas: Devemos classificar as contas da empresa dentro de uma estrutura 
formal com base em um Manual de Contabilidade que: instrua o uso das contas e fomente a sua 
classificação e a sua utilização adequada. 
 2.5-Tempo Hábil: As operações devem ser contabilizadas dentro do menor tempo 
possível após serem efetuadas. O desenvolvimento e a aplicação de "cut-off" visa identificar o 
adequado registro em seu período de competência. 
 2.6-Equipamento Eletrônico: Ao utiliza-lo estaremos facilitando e agilizando o registro das 
transações e, com isso, fomentando a divisão do trabalho. 
 
 3 -Estímulo à Eficiência Operacional: 
 Esse ponto aborda as políticas com as quais a empresa conta para atingir o seu objetivo como 
um todo. Isso porque cada setor possui as suas próprias atividades, interesses e objetivos. 
Entretanto, o fim da empresa é um só e cabe à administração conjugar os esforços de todos os 
 11 
setores para que ela possa atingir suas metas. O estímulo à eficiência operacional possui como 
principais meios: 
 3.1-Seleção: de pessoal qualificado a exercer com eficiência as funções específicas. 
 3.2-Treinamento: possibilita a capacitação do pessoal para a atividade proposta; dele resultam 
melhor rendimento, menores custos e pessoal atento e ativo na sua função. 
 3.3-Plano de Carreira: determina a política de remuneração e promoção do pessoal 
incentivando-os e promovendo a sua satisfação. 
 3.4-Relatórios de Desempenho: Através da análise destes relatórios podemos acompanhar a 
perfórmance de cada funcionário, constatar suas virtudes e suas falhas e sugerir alternativas 
necessárias ao seu aperfeiçoamento pessoal e profissional. 
 3.5-Relatórios de Horas Trabalhadas: Possibilita a administração mais eficiente do tempo 
despendido pelo pessoal e indica mudanças necessárias ou correção das metas de trabalho. 
 3.6- Tempos e Métodos: Facilitam o acompanhamento mais efetivo da execução das 
atividades e regulam possíveis ineficiências do pessoal. 
 3.7-Custo Padrão: Com ele podemos acompanhar permanentemente o custo de 
produção dos bens e serviços produzidos, identificando benefícios e ineficiênciasdo processo de 
produção. 
 3.8-Manuais Internos: Nos dão clara idéia sobre os procedimentos internos; possibilitam prática 
uniforme, normatizada e eficiente dos atos e previnem a ocorrência de erros e desperdícios. 
 3.9- Instruções Formais: Evitam interpretações dúbias e mal entendidos. 
 
 4 - Aderência às Políticas Existentes: 
 
 Tendo como objetivo do Controle Interno assegurar que os desejos da Administração, 
definidos através de suas políticas e indicados por meio de seus procedimentos, sejam 
adequadamente seguidos pelo pessoal, cabe à Administração estabelecer o controle e a verificação 
das atividades afim de saber se estas estão sedo realizadas satisfatoriamente. 
 O desejo de continuar operando, indefinidamente, de forma lucrativa não passa de mero 
sonho quando não se tem estrutura de apoio necessária à conjugação de suas atividades. Cada 
pessoa e cada segmento da organização precisa funcionar harmoniosamente, fazendo com que 
toda estrutura da empresa caminhe para o mesmo objetivo. 
 Para que as políticas existentes sejam respeitadas por todos devemos estabelecer: 
 12 
 4.1-Supervisão: Com uma supervisão eficiente podemos obter melhor rendimento pessoal na 
medida em que podemos corrigir mais rapidamente as dúvidas e falhas decorrentes da execução 
das atividades. 
 4.2-Sistema de Revisão e Aprovação: Nos dão a idéia de quais são as políticas e 
procedimentos que estão sendo adequadamente seguidos. 
 4.3-Auditoria Interna: Realiza a identificação de transações realizadas pela empresa que 
estejam em consonância com as políticas determinadas pela administração. 
 
 5 - Conjugação dos Objetivos do Controle Interno: 
 Os objetivos do Controle Interno visam à configuração da adequada segurança de que a 
empresa precisa no desempenho de suas atividades. 
 O Controle Interno das empresas deve basear sua fundamentação nos conhecimentos de 
Administração de Empresas, Teoria de Organização, Administração de Pessoal, Contabilidade, 
Sistemas etc. 
 A implantação dos próprios procedimentos de controle precisa levar em conta o custo de 
implantação e o benefício que eles podem trazer. Muito embora o cálculo do benefício apresente 
dificuldade prática de aplicação, por nem sempre ser possível estimar os benefícios que o controle 
propiciará no futuro, é preciso levar em conta o custo, principalmente quando este for representativo 
em relação à empresa. 
 
 
 V- CARACTERÍSTICAS DE UM EFICIENTE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO: 
 
 Sabemos que o Controle Interno está dividido em: 
 Controles Contábeis 
 Controles Administrativos 
Sabemos também que além do controle orçamentário, custos-padrão, relatórios operacionais 
periódicos, análises estatísticas, programas de treinamento de pessoal e, inclusive, Auditoria Interna, 
um forte Sistema de Controle Interno pode abranger também estudo de tempos e movimentos e 
controle de qualidade dos produtos vendidos e serviços prestados. 
 As delimitações que indicam se certos planos especiais de organização e determinados 
métodos e procedimentos podem ser classificados como controles contábeis ou administrativos 
variam, naturalmente, de acordo com circunstâncias específicas. 
 As características de um eficiente sistema de Controle Interno compreendem: 
 13 
 
 -Plano de organização que proporcione apropriada segregação de funções e correta divisão 
das responsabilidades funcionais; Embora um plano de organização apropriado varie com o tipo de 
empresa, geralmente um plano satisfatório deve ser simples e flexível, devendo prestar-se ao 
estabelecimento de linhas claras de autoridade e responsabilidade. Um elemento importante em 
qualquer plano de organização é a independência estrutural das funções de Operação, Custódia, 
Contabilidade, e Auditoria Interna. Tal independência requer uma separação de funções, de tal 
forma que os registros existentes fora de cada departamento sirvam como controles das atividades 
dentro do departamento. 
 Apesar de a independência estrutural requerer a separação, o trabalho de todos os 
departamentos deve ser integrado e coordenado, a fim de possibilitar o fluxo suave de serviço e 
eficiência total das operações. 
 Devemos, com este plano de organização, estabelecer também níveis distintos de 
responsabilidades e de autoridades para que tais responsabilidades sejam cumpridas. 
 A responsabilidade e a correspondente delegação de autoridade devem ser definidas de 
forma clara e colocadas em organogramas e manuais de procedimentos. 
 
 -Observação de práticas salutares no cumprimento dos deveres e funções de cada um dos 
departamentos da organização. 
 O esmero nas práticas observadas na execução das tarefas e nas funções atribuídas a cada 
um dos departamentos da empresa determinará a eficiência do Controle Interno e das contas que 
dele fazem parte. 
 As práticas salutares devem prover os meios para assegurar a integridade das autorizações, 
registros e custódias. 
 
 -Sistema de autorização e aprovação: São procedimentos de escrituração adequados, que 
proporcionem controle eficiente sobre o ativo, passivo, receitas, custos e despesas. Tal sistema deve 
incluir meios de controle sobre: 
.operações e transações através de métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e 
riscos envolvidos em cada uma de suas partes; 
.registros das operações e transações através de documentos originais e segundo o fluxo normal 
delas; e 
.a classificação dos documentos dentro de uma estrutura formal de contas (Plano de Contas). 
 14 
 Para que uma operação ou transação se concretize de maneira eficaz, é necessário que haja 
aprovação em cada uma das etapas ou nos pontos de equilíbrio, para o cumprimento do programa 
de administração, segundo as responsabilidades determinadas. Um Plano de Contas bem elaborado 
facilita a contabilização e o conseqüente controle contábil das operações. 
 Os meios de controle extra-contábil das operações são criados através do planejamento lógico 
do fluxo dos procedimentos relativos à escrituração e das normas de aprovação nos setores aos 
quais elas ocorrem. Os formulários, as instruções relativas ao fluxo dos procedimentos de 
escrituração e as normas de aprovação são, freqüentemente, incorporados aos Manuais de 
Procedimentos. 
 
 -Pessoal com adequada qualificação técnica e profissional, para a execução de suas 
atribuições. 
 Um sistema de Controle Interno que funcione corretamente não depende apenas do 
planejamento efetivo da empresa e da eficiência dos procedimentos e práticas instituídas. Ele 
depende também da competência de todo o pessoal envolvido, para levar adiante, de forma eficiente 
e econômica, os procedimentos que devem ser adotados. 
 
 
 Categorias e Principais Tipos de Controles: 
 
 Os Controles Internos podem ser divididos nas seguintes categorias: 
.Controles Gerenciais; 
.Controles Funcionais; 
.Controles Independentes; e 
.Controles de Fluxo. 
 
 Controles Gerenciais: 
 
 Esquema pelo qual as informações são produzidas e fornecidas à Administração das 
empresas de forma que possam ser controladas, revisadas e utilizadas. Nessa forma, a empresa 
terá meios de identificar erros e omissões graves nos Registros Contábeis. Ao trabalhar com esse 
tipo de controle, o Auditor visa: 
-Identificar seus pontos fortes e verificar se os controles do Sistema de Informações merecem a sua 
confiança; 
 15 
-Verificar até onde o ato de confiar nos controles do Sistema de Informações pode fornecer 
subsídios para liberá-lo da checagem de outros procedimentos de controle; 
-Avaliar a maneira pela qual a Administração utiliza os Relatórios e Análisesobtidos do Sistema, 
para se certificar sobre a integridade e exatidão dos Registros Contábeis, identificando erros ou 
omissões; 
-Identificar recomendações significativas e úteis para melhorar o Sistema Auditado. 
 
 Controles Funcionais: 
 
 Tais controles são voltados para a estrutura funcional e organizacional da empresa e visam 
distribuir as funções e responsabilidades de cada indivíduo de forma correta e normatizada. 
 Como principal premissa devemos ter sempre em mente que deve haver uma correta divisão 
nas atribuições das funções afim de que nenhuma pessoa possa, isoladamente, controlar todas as 
fases do processo de uma transação. Chamamos a isso, como já foi dito anteriormente, de 
"Segregação de Funções". Quer o Auditor, ao checar esse tipo de Controle e sua Documentação: 
-Verificar a maneira com a qual a Administração distribui Funções e estabelece Limites de 
Autoridade como forma de Controle Efetivo; 
-Considerar como a Administração determina e comunica Políticas e Procedimentos e checar o 
cumprimento de Normas Internas; 
-Apurar os pontos fortes e verificar se os Controles Organizacionais são confiáveis para o Auditor; 
-Apurar falhas e verificar até que ponto elas podem fazer com que outros controles se tornem 
ineficazes; 
-Fornecer sugestões e recomendações significativas e úteis para otimizar o sistema. 
 
 Controles Independentes: 
 
 A Administração os estabelece mais não o relaciona ao fluxo diário da documentação. 
Exemplo: 
-Conferência do saldo das contas do Razão auxiliar com o da conta de controle; 
-Análise periódica e regularização de pendências nas contas; 
-Reconciliação das contas bancárias com os extratos e avisos vindos dos bancos; 
-Investigação de documentos com valores que não estejam batendo com os que deveriam ter; 
-Revisão dos procedimentos por outro funcionário para assegurar que os mesmos foram executados 
de forma correta; 
 16 
-Inspeção Física nos Ativos da empresa, (caixa, estoques, etc.); 
-Auditoria Interna. 
 Tais controles tem a finalidade de apurar erros e omissões já ocorridos, e não a de evitar que 
eles aconteçam. 
 Entre as finalidades da documentação dos procedimentos de controles independentes pelo 
auditor incluem-se: 
-Identificar pontos fortes e determinar se tais Procedimentos de Controle Independente são 
confiáveis para o Auditor; 
-Verificar até que ponto o ato de confiar nos Controles Independentes permite ao Auditor reduzir ou 
eliminar a confiança por ele depositada nos procedimentos do fluxo de documentação; 
-Considerar a maneira pela qual a Administração faz uso dos Controles Independentes para apurar 
falhas e omissões nos registros contábeis; 
-Formular recomendações e sugestões importantes para otimizar o sistema. 
 
 Controles de Fluxo: 
 
 Consistem em controles que são inseridos no próprio fluxo dos documentos e tem a finalidade 
de assegurar que os procedimentos sejam tomados de acordo com as normas. Exemplo: A 
verificação, pelo Contas a Pagar, de uma Ordem de Pagamento ou Cheque emitido pela tesouraria 
para pagamento de uma duplicata. 
 Temos como finalidades destes controles: 
-Verificar se a empresa vem procedendo checagens em pontos do processo; 
-Identificar pontos fortes e determinar se os Controles de Fluxo de Documentação suportam a 
confiança que o Auditor lhes deposita; 
-Apontar recomendações e sugestões úteis para otimizar o sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
 VI - PRINCIPAIS CONTROLES INTERNOS: 
 
 
 Disponibilidades: 
 
 Em um Sistema de Controle Interno sobre as disponibilidades devemos considerar: 
 
 1-Em relação à estrutura organizacional: 
.Segregação das tarefas de forma adequada e racional entre os setores de Caixa e Bancos; 
.Separação entre as funções de Tesouraria e Contabilidade; 
.Definição clara e por escrito das responsabilidades e autoridades de cada funcionário que trabalha 
no departamento; 
.Obtenção de Cartas de Fiança e Seguro Fidelidade dos funcionários que lidarem com valores; 
.Remuneração adequada a quem trabalha com dinheiro; 
.Concessão de férias regulares aos funcionários que lidam com o Caixa, dentre outras. 
 
 2-Em relação aos Valores em Caixa: 
.Adequadas medidas de segurança e proteção; 
.Existência de Seguro para os valores; 
.Limitação do acesso ao local onde se guardam os fundos, a outras pessoas que não sejam o caixa. 
.Inventários periódicos dos Valores em Caixa por pessoas independentes das Funções de Caixa, 
sendo enumerados, datados e assinados por pessoa responsável; 
 
 3-Em relação ao Manejo dos Valores: 
.Existência de Políticas definidas e adequadas; 
.Obtenção de informações confiáveis para a decisão sobre a aplicação de excedentes financeiros; 
.As decisões tomadas verificando se elas estão levando em conta as políticas e normas 
preestabelecidas e se estão devidamente aprovadas; 
.Preparação, em bases razoáveis, de previsões de pagamentos e recebimentos; 
.Comparações entre essas previsões e o ocorrido realmente verificando também as causas das 
principais variações. 
 
 4-Em relação às cobranças: 
 Que hajam normas, por escrito, dispondo sobre: 
 18 
.Depósito integral de todos os valores recebidos; 
.Completo detalhamento dos cheques recebidos e depositados; 
.Efetivação de Controle Físico e Contábil dos recebimentos a partir do momento em que se tornarem 
acessíveis a funcionários da companhia; 
.Emissão de recibos pré-numerados tipograficamente para todos os valores recebidos; 
.Verificação dos descontos outorgados por funcionário alheio às atividades do Caixa, visando checar 
se eles foram dados de acordo com as condições de vendas preestabelecidas; 
.Segregação das funções, visando evitar que uma pessoa só, tenha o controle físico e contábil de 
uma transação inteira. 
 
 5-Em relação aos pagamentos em dinheiro: 
 Que haja regulamentação sobre: 
.Limitação dos pagamentos em dinheiro até um valor previamente estipulado pela diretoria da 
empresa; 
.O estabelecimento de um Fundo Fixo de Caixa que possa fazer face a pequenas despesas com o 
uso de dinheiro; 
.A forma de funcionamento deste Fundo Fixo de Caixa; 
.Emissão de Vales Provisórios em formulários adequados, com as seguintes características: 
 .preenchimento a tinta; 
 .com o valor do adiantamento expresso em número e por extenso; 
 .com a assinatura de quem receber; 
 .com a data e o objetivo do adiantamento; e 
 .com o visto do responsável pelo setor onde trabalha quem pediu o Vale. 
 
 6-Em relação aos pagamentos com cheques: 
.Emissão de cheques apenas com duas assinaturas; 
.Autorização para emissão de cheques e seus respectivos pagamentos; 
.Imediata comunicação aos bancos quando um funcionário, com poderes para assinar cheques, não 
mais fizer parte da empresa; 
.Identificação e cancelamento dos documentos pagos; 
.Conservação dos cheques cancelados para o controle da seqüência numérica; 
.Controle dos cheques emitidos a serem entregues aos seus favorecidos; .Rígido controle dos 
cheques em branco para que não sumam e nem sejam emitidos fora de ordem. 
 
 19 
 7-Em relação aos avisos bancários: 
.Que o recebimento dos avisos bancários seja feito por um setor alheio às atividades do Caixa; 
.Que os avisos, bem como todos os documentos vindos dos bancos sejam revisados de forma 
criteriosa; 
.Que se procedam reclamações junto aos bancos quando estes atrasarem no envio de avisos e 
documentos. 
 
 8-Em relação aos procedimentos e registros contábeis: 
 É necessário que hajam normas claras e precisas quanto aos procedimentos contábeis para o 
registro das operações que se relacionem com o movimento das disponibilidades. Para isso é 
preciso: 
.Que haja um controle específico para cada FundoFixo de Caixa e cada Conta Bancária da 
empresa; 
.Que sejam conferidos pela Contabilidade todos os Recibos, Cheques emitidos, Notas de Venda, 
Notas de Débito ou Crédito, etc., verificando sempre a sua seqüência numérica; 
.Que o registro das Disponibilidades seja feito o mais rapidamente possível, de formas a mantê-lo 
sempre apto a prestar informações ao setor financeiro; 
 
 9-Em relação às contas bancárias: 
 Para um bom controle é aconselhável: 
.Que as conciliações bancárias sejam preparadas pelo menos uma vez por mês. As pendências, 
quanto mais ficarem velhas maior será a dificuldade em serem resolvidas. Por isso, as conciliações 
bancárias semanais, quando forem possíveis, são mais indicadas; 
.Que as conciliações sejam preparadas por funcionário independente dos registros de Caixa; 
.Que na conciliação das contas sejam tomados os seguintes procedimentos: 
 .Comprovação dos registros contábeis com os extratos bancários; 
 .Investigação de lançamentos no extrato sem reflexo no razão e vice-versa; 
 .Investigação de lançamentos que se compensam e que apareçam so mente nos Registros 
Contábeis ou no Extrato Bancário; e 
 .Checagem da liquidação de pendências da conciliação anterior. 
.Que as conciliações sejam preparadas em formulários apropriados; 
.Que elas sejam examinadas e aprovadas por pessoa distinta de quem as preparou ou de nível 
superior a ela. 
 20 
.Que haja segregação adequada entre as funções de Caixa e Tesouraria, dissociando tais funções 
das de Contabilidade e Controle das Contas a Receber etc., restringindo-se somente aos registros 
detalhados de caixa; 
.Que as procurações para a movimentação das Contas Bancárias sejam estabelecidas pela diretoria, 
restringindo sempre possíveis sub-rogações; 
.Que todas as Contas Bancárias sejam sempre abertas em nome da empresa; 
.Que haja, juntamente com o banco, um processo de controle composto de: 
 .Pagamento de cheques somente com duas assinaturas; 
 .Limitação de valores para que cheques de valores muito elevados só sejam pagos com 
assinatura dos diretores; 
 .Cancelamento de procurações quando o funcionário deixar a empresa etc. 
.Que haja proibição quanto a assinatura de cheques em branco, emissão de cheques ao portador e 
controle sobre a guarda dos talões de cheques ainda não utilizados, processo de preparação dos 
cheques, assinatura, cancelamento de cheques e documentos etc. 
 Procedimentos como os descritos acima são de grande importância para que o Auditor possa 
formar sua opinião a respeito da segurança dos controles da empresa e com isso definir como será 
o seu trabalho. 
 Existem algumas questões que, ao serem formuladas pelo Auditor, podem ajudá-lo a 
compreender melhor o Sistema em funcionamento da área a ser auditada: 
 
1) As contas bancárias são regularmente reconciliadas pela companhia? 
 
2) Quem as prepara e revisa, toma parte na preparação e na assinatura dos cheques? 
 Quando bem efetuada, uma reconcilação bancária representa, para o Auditor, um exame 
parcial dos recebimentos e pagamentos do período reconciliado, além de, com ela, ele constatar a 
existência do montante disponível no caixa de propriedade da companhia. 
 Não deverão tomar parte no preparo das reconciliações bancárias por poderem influir na 
emissão e no desconto de cheques: 
.O funcionário que assina e o que endossa os cheques; 
.O funcionário que revisa a documentação que suporta a emissão dos cheques. 
 Ainda que as reconciliações bancárias sejam preparadas por uma pessoa adequada a esse 
serviço é possível que elas não revelem a existência de pagamentos irregulares através da 
manipulação das conciliações. 
 
 21 
3)Os extratos bancários e os cheques pagos pelo banco são encaminhados diretamente ao 
funcionário que prepara as reconciliações bancárias? Procedimentos como este representam 
uma das poucas formas de se dar alguma segurança de que qualquer anormalidade ocorrida seria 
revelada nas reconciliações bancárias. Caso isto não seja obedecido, cria-se a oportunidade para 
que as pessoas interessadas, tendo o acesso aos extratos e cheques pagos, possam manipulá-los 
para encobrir fraudes. 
 
4)Os procedimentos adotados para as reconciliações atendem a todos os aspectos 
essenciais para uma boa reconciliação? 
 
5)Existe comparação dos cheques pagos com os registros? 
 
6)Existe comparação do saldo com o Razão? 
As reconciliações bancárias devem conter todos os detalhes necessários para que possam 
esclarecer todas as possíveis pendências. Para isso, a sua preparação não deve se limitar a uma 
simples pesquisa dos itens pendentes de conciliação. O escopo desse trabalho deve ser de 100%. 
Fazer as comparações citadas acima, conferir a exatidão das somas dos registros de caixa e 
procurar sanar as pendências apuradas nas reconciliações, são procedimentos que tornam o ato de 
reconciliar as contas um excelente instrumento de controle interno. 
 
7)É feita uma revisão de todas as reconciliações bancárias e investigações de itens não 
usuais por um funcionário categorizado e não relacionado diretamente com tais funções? 
Transações não usuais, ao serem reveladas, poderão indicar as irregularidades que os controles 
procuram conter. 
O ato de comparar aritimeticamente os saldos demonstrados nos livros da empresa com os 
apresentados nos extratos bancários pode não ser suficiente para detectar possíveis diferenças. 
Explicações satisfatórias deverão ser dadas a todas as pendências encontradas. 
Caso o responsável pela revisão esteja envolvido com as funções de caixa ou bancos, poderá ter 
um certo interesse em fazer suas investigações de uma forma mais superficial, para que não seja 
levantado o que a ele não interessa. 
 
8)Quando o banco devolve algum cheque recebido e nele depositado pela empresa, este 
cheque é diretamente encaminhado para outra pessoa que não o caixa? 
 22 
A existência de devolução de valores registrados na contabilidade e devolvidos pelo banco pode 
estar relacionada a alguma irregularidade. 
Caso o caixa esteja manipulando os fundos, não lhe será difícil controlar temporariamente a 
situação. Basta que este deposite um cheque sem fundos cobrindo a diferença na contagem de 
caixa para que os fundos possam se apresentar intactos, pois a diferença apareceria nos livros 
como estando depositada e demoraria algum tempo para que o mau cheque fosse devolvido pelo 
banco, principalmente se fosse sacado contra bancos de outra localidade. 
 
9)As datas de recebimento e pagamento são apostas nos registros das transações de caixa? 
Ao fazermos essa pergunta visamos nos certificar de que não haja diferença significativa entre a 
efetiva data das transações e a data em que foram contabilizadas o que poderia revelar uma 
tentativa de encobrir irregularidades. 
Para os depósitos a investigação é mais simples de ser feita. Excetuando-se alguns casos em que 
eles ficam em trânsito, basta conferir a data do crédito no extrato bancário. 
O caso que apresenta maior dificuldade ocorre quando os cheques não são prontamente 
apresentados aos bancos pelos seus favorecidos. Entretanto, o exame dos cheques e a avaliação 
da razoabilidade do tempo decorrido entre a data da emissão e a data de apresentação, 
confrontadas com a adequação dos procedimentos para a entrega dos cheques aos favorecidos, 
podem nos dar a segurança de que não tenham sido registrados com a única finalidade de reduzir 
os passivos sem o real dispêndio de numerário. 
 
10)As transações bancárias são efetuadas sob controle contábil, através de contas especiais? 
Visamos, ao manter essas contas especiais verificar se os débitos e os créditos ficam compensados 
dentro do mesmo período, evitando, deste modo, a possibilidade de registro somente do depósito 
como um débito às disponibilidades e o registro do crédito em outra conta qualquer, como,por 
exemplo, uma conta de resultado ou contas a receber, falsificando, deste modo, a contabilidade. 
Manter tais contas não é tarefa essencial pois adequadas técnicas de auditoria, em qualquer 
circunstância, revelarão tal tipo de irregularidade. Entretanto, este tipo de controle é altamente 
desejável e, quando a empresa não o tiver, o Auditor deverá ficar em estado de alerta, 
principalmente quando estiver examinando transações ocorridas próximo ao período de 
encerramento do exercício social da empresa. 
 
 
 
 23 
 
Contas a Receber / Vendas: 
 
 É na forma de um questionário que podemos apurar até onde vão os Controles Internos da 
área de Contas a Receber/Vendas. Entretanto, apesar de os questionários procurarem atender a 
grande parte das necessidades de um bom sistema de controle, não contemplam, em nenhuma 
hipótese, as perguntas que possam suscitar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários à 
compreensão da área. 
 Como ilustração de nossas idéias podemos sugerir as seguintes perguntas: 
 
 A) A respeito dos Controles Gerenciais: 
.Quais são os relatórios preparados para que a diretoria/gerência possa acompanhar a evolução das 
vendas e compará-la com o período imediatamente anterior? 
.Quais são as análises que ajudam a diretoria/gerência a acompanhar a evolução das operações no 
Contas a Receber? 
.Que atitudes a diretoria/gerência costuma tomar quando se depara com irregularidades ou quando 
necessita de esclarecimentos? 
.Os índices operacionais, as tendências e as idades dos saldos são analisados? 
.O que a diretoria/gerência faz com as análises de índices e tendências para avaliar a idade e a 
liquidez das Contas a Receber? 
.Existem relatórios e análises que permitam à diretoria/gerência detectar transações anormais, 
inadimplência de clientes e transações de valores significativos? 
 
 B) A respeito dos Controles Administrativos: 
.Como é feita a colocação de preços nos produtos? 
.Como é feita a fiscalização do correto cumprimento das tabelas de preços? 
.Como se alteram as tabelas de preços?, e quem as aprova? 
.As tabelas são manuais ou computadorizadas? 
.As alterações ocorridas nos preços constantes das tabelas são comunicadas de forma correta e em 
tempo hábil aos representantes comerciais? 
.Como são aprovadas as notas de crédito de clientes? 
.Existe uma forma de limitação de crédito aos clientes? Quem o aprova? 
.Como é fiscalizada a concessão de crédito aos clientes visando a limitação de seus valores? 
Qual o procedimento para baixar as contas a receber duvidosas e quem as aprova? 
 24 
 
 C) A respeito dos Controles Independentes: 
.Quais são os procedimentos que asseguram que as vendas e contas a receber extraídas dos 
controles diários e auxiliares conferem com os controles contábeis? 
.A análise dos saldos é preparada por quem e quando? 
.A idade dos saldos é confrontada por alguém, junto aos registros contábeis? 
.Por quem e quando é preparada a análise da situação em que se encontram as duplicatas a 
receber? 
.Quem confronta as duplicatas a receber com os registros contábeis? 
.O que é feito quando da apuração de diferenças entre o Controle das Duplicatas a Receber e o 
Razão? Quem investiga e soluciona? 
.Como a empresa se certifica de que tudo que foi vendido foi faturado? 
 
 D) A respeito dos Controles de Fluxo: 
.Como é feita a verificação dos preços e condições de venda? 
.Como é feita a verificação da existência de material disponível no estoque? 
.Quais são os procedimentos adotados para a concessão de crédito aos clientes? 
.O que é feito para que se autorize a execução das vendas? 
.O que é feito para se garantir que só as quantidades pedidas são despachadas e que só as 
despachadas são faturadas? 
.Como é informado ao setor de faturamento que toda a mercadoria despachada foi faturada? 
O que é feito para informar ao setor de Crédito e Cobrança ou Contas a Receber que toda nota 
fiscal emitida possui uma duplicata correspondente? 
.Que procedimentos geram a cobrança das duplicatas? 
.Qual é a documentação que evidencia a cobrança das duplicatas? 
.Que procedimentos são adotados para a custódia e o controle das duplicatas a receber enquanto 
estas permanecerem em carteira?. 
.O que é feito para verificar se os saldos totais das duplicatas em carteira e em poder de bancos 
conferem com o montante existente no razão? 
.Como são detectadas as duplicatas em atraso? 
.Que documentos internos evidenciam que a duplicata foi cobrada e que o produto de tal cobrança 
foi depositado no Banco? 
.Que controles asseguram que os recebimentos feitos pelo caixa são depositados imediatamente em 
conta-corrente bancária? 
 25 
 
 
Compras e Contas a Pagar: 
 
 Por ser uma área que envolve grandes volumes de dinheiro e interesses e também, através 
dos tempos, ter se revelado preferida para e execução de práticas irregulares, o Compras/Contas a 
Pagar é um setor que merece especial atenção por parte do Controle Interno das empresas. 
Podemos citar como sendo alguns exemplos de erros ou fraudes comuns nestas áreas: 
-Alteração do valor devido nas faturas a serem pagas; 
-Registro e pagamento de faturas fictícias; 
-Escrituração contábil em duplicidade do pagamento de faturas reais; 
-Esquema montado entre os funcionários que fazem as nossas compras e os fornecedores, visando 
a efetivação de compras nem sempre pelos menores preços. 
 
 Alguns aspectos positivos que um bom sistema de Controle Interno deve ter: 
 
 a)-Em relação à organização da função de compras: 
 Existem vantagens, dependendo de cada situação, em se centralizar ou descentralizar as 
Funções de Compras, de acordo com as características de cada empresa ou produto etc. 
.A centralização permite maiores descontos, melhores condições de negociações com os 
fornecedores, maior controle sobre os níveis de estoques, melhor aproveitamento dos materiais não 
utilizados em um setor por outro setor, etc; 
.A descentralização permite menor burocracia, maior conhecimento dos produtos por parte dos 
compradores, menores distâncias diminuindo os valores dos fretes cobrados, menor necessidade de 
locais para armazenamento das mercadorias, etc. 
 
 b)-Em relação à execução das compras: 
.As autorizações para a efetivação das compras devem ser dadas por escrito e ter as 
responsabilidades claramente definidas; 
.Os bens e serviços a serem adquiridos devem satisfazer adequadamente a relação custo X 
benefício, o que tem relação com o binômio qualidade X preço; 
.As quantidades de compras devem ser decididas através do uso de fórmulas adequadas para a sua 
determinação (estoque mínimo necessário, lote econômico, estoque máximo etc:); 
 26 
.Os meios de transporte, para serem escolhidos, devem ser seguros, rápidos, terem preços 
acessíveis e boas condições de pagamento; 
.Os fornecedores devem ter ficha limpa, ou seja: boa qualidade em seus produtos e capacidade de 
entregá-los no tempo combinado; 
.Devem ser feitas cotações de preços em diversos fornecedores antes de se efetuar as compras; 
.É necessário existir uma política de seguros para o transporte das mercadorias quando este for feito 
através de meios próprios. 
 
 d)-Com relação às compras realizadas: 
.É necessário que haja autorização para as ordens de compra; 
.A recepção deve emitir informações ou relatórios pré-numerados das mercadorias recebidas; 
.Essas informações devem ser enviadas aos seguintes setores: Compras, Contabilidade, Setor 
Fiscal, Planejamento de Produção, Almoxarifado etc.; 
Deve haver um rigoroso controle de qualidade; 
.Os preços e as condições devem ser conferidos com as cotações de preço e estas com as ordens 
de compra expedidas; 
.As entregas parciais devem ser controladas. 
 
 e)-Com relação às Contas a Pagar: 
.Toda fatura, após ser paga, deve ser cancelada para quese evite a sua reapresentação e o 
conseqüente pagamento em duplicidade; 
.Devem ser apostos nas faturas carimbos de PAGO ou LIQUIDADO de formas que todos possam 
ver facilmente quando elas já estiverem quitadas; 
.As faturas só devem compor os arquivos para pagamento após estarem devidamente conferidas 
com as mercadorias na chegada e serem aprovadas por quem de direito. 
 
 f)-Com relação aos funcionários que trabalham na área: 
.É necessário que se obtenha declarações por escrito do pessoal que lida na área quanto a 
inexistência de conflitos de interesses. 
.A segregação de funções é algo de extrema importância aqui; 
.Deve haver uma boa rotação nas funções exercidas pelos funcionários desta área, bem como um 
intercâmbio de pessoal com as outras áreas. 
 
 
 27 
 g)-Com relação à existência física: 
.O local onde se deve manter as mercadorias tem que ser seguro e estar sob a responsabilidade de 
pessoal capacitado e de nível hierárquico suficiente para tal. 
 
 h)-Com relação aos registros e procedimentos contábeis: 
.É preciso que hajam normas e procedimentos de registro que estejam claramente definidos; 
.A posição de qualquer fornecedor deve ser de fácil localização na hora em que esta for necessária; 
.Devem ser feitas reconciliações mensais entre os Registros Auxiliares e o Razão; 
.O envio de extratos aos fornecedores deve ser periódico; 
.Os Relatórios Estatísticos devem ser elaborados mensalmente. Dentre eles podemos citar: Custo 
Médio, Custo Unitário, Quantidades Compradas, custo de reposição, etc. 
 
 
Recursos Humanos e Benefícios a Empregados: 
 
 Sendo comum a todas as empresas, a área de pessoal, como é mais conhecida, carece de 
especial atenção por parte do Auditor pois representa um percentual relativamente grande na 
composição de seus custos. Posto isto, o controle sobre os funcionários, seus salários, 
encargos, benefícios e descontos, deve ser bastante forte afim de se evitar os riscos de 
irregularidades que possam gerar demandas trabalhistas e outras pendências. 
 Podemos montar o arquétipo de um questionário narrativo da seguinte forma, apesar de 
existirem outras questões que possam ser formuladas durante os trabalhos de Auditoria: 
 
 a)-Em relação aos Controles Funcionais: 
.Quem admite os empregados? 
.Quem demite os empregados? 
.Quem solicita a admissão de um novo empregado? 
.Quem monta a Folha de Pagamento? 
.Quem aprova a Folha de Pagamento? 
.Quem efetua o pagamento? 
.Quem faz os lançamentos do setor de pessoal na contabilidade? 
.Como são autorizadas as contratações e demissões de empregados? 
.Como se define o valor do salário a ser pago a cada funcionário? 
.Como são definidas as faixas salariais existentes na empresa? 
 28 
.Como são autorizados os descontos? 
.Como são autorizados os benefícios? 
 
 
 
 b)-Em relação aos Controles Gerenciais: 
.Que relatórios são preparados para que a Diretoria/Gerência possa avaliar a variação nas contas 
relacionadas com os funcionários? 
.Como estas Análises são efetuadas? 
.O que a Diretoria/Gerência faz para detectar, através de suas análises, possíveis transações não 
usuais e relativamente significativas? 
.De que forma é feita a razoabilidade de saldos correlatos, tais como despesas de salários e 
ordenados com os respectivos encargos sociais de INSS, FGTS, Provisões de Férias, Décimo 
Terceiro Salário, Imposto de Renda, Salário Família, etc.? 
 
 c)-Em relação aos Controles Independentes: 
.Como é feita a conferência e aprovação da Folha de Pagamento? 
.Que procedimentos asseguram que todos os salários foram provisionados e pagos? 
.Quais são os atos praticados para assegurar que todas as admissões são inseridas na Folha de 
Pagamentos, e que todas as demissões foram excluídas da mesma? 
.O que nos dá a garantia de que os adiantamentos concedidos aos empregados tem os seus acertos 
efetivados o mais breve possível ou, no mais tardar, no mês seguinte à concessão dos mesmos? 
.O que é feito para dar garantia de que o montante dos salários líquidos a pagar corresponde ao 
total da Folha de Pagamento? 
.Quais são os controles que reconciliam a movimentação física dos empregados com os registros 
contábeis e fiscais? 
.São feitas verificações e contagem de empregados em períodos relativamente curtos e em caráter 
de surpresa? 
 
 
 
 
 
 
 29 
 d)-Em relação aos Controles de Fluxo: 
 Para checarmos esses controles devemos adotar os seguintes procedimentos: 
.Relacionar os procedimentos adotados para controlar a movimentação física dos funcionários e 
descrever quais são os documentos que dão suporte a tais procedimentos e controles. 
.Fazer a relação dos procedimentos e respectivos documentos necessários para a admissão e 
demissão de funcionários. 
.Elaborar uma descrição dos procedimentos que possibilitam, a cada nova admissão, verificar se 
houve uma demissão, ou se tem a ver com a expansão das atividades da empresa. 
.Para os empregados que trabalhem fora da empresa, (Cobradores, Vendedores, Técnicos em 
Manutenção etc:), descrever os procedimentos e documentos internos que asseguram que os 
mesmos continuam trabalhando. 
.Que procedimentos são utilizados para aprovação e controle das horas adicionais trabalhadas? 
.O que é feito para que se analise a relação horas adicionais/empregado/setor ou departamento? 
.Quais são os procedimentos e que documentação suporte é necessária para assegurar que todos 
os empregados estejam incluídos na Folha de Pagamento? 
.Que procedimentos de conferência da Folha de Pagamento são utilizados e quem os implementa? 
.Quais são os controles existentes no caso de Pagamento por Tarefa? 
.Como são controlados os saldos de salários não reclamados? 
 
 
Controle Interno e Sistema de Processamento Eletrônico de Dados: 
 
 A crescente aplicação de meios eletrônicos de processamento de dados nos sistemas de 
informações das empresas causam, como conseqüência, a implantação de novos aspectos de 
Controle Interno nesses sistemas. Essa afirmação é decorrente do fato de que uma única unidade 
(CPD) esteja centralizando o processamento de uma quantidade substancial dos dados referentes 
ao funcionamento das empresas. 
 Podemos dividir o Controle Interno desta área em 05(cinco) aspectos importantes. São eles: 
 
.Programas de Computador: 
 Este aspecto se refere aos documentos que explicam e dão suporte aos programas de 
computador, bem como às alterações neles procedidas. Tais programas devem ser cuidadosamente 
elaborados, modificados quando necessário e mantidos em local seguro dentro das empresas. 
Precisam também passar pela aprovação dos que tiverem autoridade bastante para fazê-lo. 
 30 
 
 
.Procedimentos de Entrada: 
 Quando os dados já partem errados para o computador torna-se bem mais difícil resolver os 
problemas. Por isso são necessários procedimentos adequados e formais para que se obtenha 
exatidão nos dados de entrada e se fortaleça, com isso, os controles da área. 
 
.Processamento: 
-As instruções aos operadores devem ser precisas e por escrito; 
-Os códigos numéricos de identificação devem ser compostos com dígitos autoconferidores devendo 
haver também "check-points" e testes de consistência durante todo o processamento. 
-Não devem ser emitidos relatórios em duplicidade quando uma única via puder atender a todos os 
interessados. 
- Devemos ter sempre em mente o custo de nossos atos para verificar se eles são compatíveis com 
os benefícios que podem nos trazer. 
 
.Manutenção de Arquivos: 
-Devem existir controles físicos que impeçam rasuras ou reutilizações inadvertidas de fitas, discos 
etc. Ao mesmo tempo este controle deverá facilitar a obtenção dos dados ali armazenados. 
 
.Manutenção do Equipamento: 
-A existência de condições físicas adequadas bem como de uma manutenção regulardo 
equipamento são condições imprescindíveis ao seu bom funcionamento. 
 
 
 VII -RESPONSABILIDADE PELA DETERMINAÇÃO DO CONTROLE INTERNO: 
 
 Sendo responsável pelo planejamento, instalação e supervisão de um adequado sistema de 
Controle Interno, as administrações das empresas sabem que qualquer Controle pode se deteriorar 
se não for periodicamente revisto. Esse sistema deve então estar sujeito a contínua supervisão para 
determinar se: 
-As linhas traçadas pela Administração estão sendo corretamente interpretadas e postas em prática 
pelos funcionários da empresa; 
 31 
-As modificações implementadas criaram impecílios ao funcionamento da empresa na medida em 
que tornaram os procedimentos complicados, obsoletos ou inadequados às atuais circunstâncias em 
que se encontra a mesma; e 
-Quando ocorre alguma falha no sistema, são tomadas prontamente atitudes que possam saná-la de 
forma eficaz. 
 
 Apesar de o próprio conceito de Controle Interno definir a responsabilidade acerca dos 
procedimentos a serem adotados ao longo de toda a empresa, nem sempre o seu significado é 
entendido em toda a sua extensão, ocorrendo casos em que ele fica colocado à mercê de sua 
própria sorte. Isso normalmente ocorre no momento em que a administração se esquece de sua 
responsabilidade pela boa gestão do patrimônio da empresa. 
 Sabemos que deve haver alta prioridade para o Controle Interno. Entretanto, muitos 
administradores tem avaliado os custos e os benefícios de cada ação, sendo que raramente um 
Controle Interno traz óbvio e explícito o seu benefício em termos de custo. 
 Existe uma pressão por benefícios que força os administradores das empresas a fugir dos 
custos que não gerarem receitas satisfatórias imediatas. Esses administradores tendem a acreditar 
que o Controle Interno coloca os funcionários em situação difícil, principalmente aqueles que tentam 
efetuar negócios de forma agressiva, citando, inclusive, que os Controles Internos são redundantes 
e não se aplicam aos funcionários de confiança. 
 É importante dizer que talvez a maior dificuldade em se chamar a atenção dos 
administradores para a necessidade de um melhor Controle Interno seja o fato de ela ter enorme 
facilidade em se esquecer dos perniciosos impactos causados pela falta de um bom Controle 
Interno. 
 Certos empresários acreditam ser mais importante satisfazer seus clientes, o que, muitas 
vezes, implica em passar por cima dos Controles Internos de suas empresas. Dar aos clientes o que 
eles querem aumenta as pressões em se obter trabalho rápido e correto. Assim, os Controles 
Internos deixam de ser vistos como sustentação para se tornarem entraves que só servem para 
atrapalhar as operações e frustrar os funcionários. 
 Em vários casos as conseqüências de Controles Internos fracos costumam chamar a atenção 
somente quando as falhas já ocorreram e os prejuízos já se tornaram irremediáveis. Para reduzir 
esse risco, já que de todo nunca se pode eliminá-lo, é necessário que o pessoal-chave envolvido na 
determinação de políticas, práticas e procedimentos esteja ciente e empenhado em agir com 
prudência. 
 
 32 
 1- Responsabilidade da Administração: 
 As empresas, geralmente, são constituídas com base na representação hierárquica de sua 
administração. No momento em que ela passa a influenciar e pressionar o Sistema de Controle 
Interno, costuma obter a aderência do pessoal que depende de suas ações. 
 As funções de controle existem em todos os níveis da organização. Entretanto, elas devem 
ser posicionadas nos mais altos níveis para preservar sua independência e objetividade. Isso deve 
ocorrer independentemente do nível hierárquico do pessoal, pois tal posição não deve ser 
confundida com a verdadeira natureza da responsabilidade de supervisão. 
 
 Sendo um elemento crítico do Sistema de Controle Interno, a segregação de funções é, em 
empresas pequenas, bem mais difícil de ser conseguida. Na medida do possível, a separação 
rotineira de deveres deve ocorrer, e exceções devem existir somente quando forem estabelecidas ou 
aprovadas pelos administradores, que devem revisá-las periodicamente. 
 Por serem a mais visível evidência do compromisso da administração para uma organização 
controlada, as políticas, práticas e procedimentos levam muito tempo para serem seguidos. Sua 
documentação carece de igual período para assegurar que os Controles Internos estejam sadios. 
Tudo isso, entretanto, não deve reduzir o esforço a ser efetuado no sentido de produzir manuais 
bem redigidos, consistentes e cuidadosamente revisados pelos seus administradores. 
 
 2- Padrões de comportamento que reforçam os Controles Internos: 
 Pelo que já foi dito, não é difícil entender que a conduta dos administradores que estão 
permanentemente tentando a cura dos Controles Internos, é essencial para se obter eficientes 
sistemas. As organizações que objetivam manter um sistema de Controle Interno sadio obtêm 
sucesso porque seus administradores fixam as regras do jogo. Tais organizações ressaltam o 
comportamento que desejam que seja praticado e eliminam o comportamento que segundo elas 
deve ser punido. 
 Visando a proteção do patrimônio da empresa, os executivos costumam assumir a 
responsabilidade pelos rumos que esse deve tomar. Isso faz com que a média administração e os 
demais níveis procurem repartir o empenho e assumir os padrões próprios de comportamento. 
 Para produzir os efeitos desejados, a administração deverá implementar os seguintes 
aspectos: 
 
 
 2.1- Conceder Benefícios àqueles que Buscam Controles Prevenindo a Ocorrência de Perdas. 
 33 
 Quando damos gratificações ao pessoal que gera o aumento dos negócios ou a redução dos 
custos, as ações tendem a focalizar estas atividades e não o Controle Interno. Caso os funcionários 
que violarem o Controle forem promovidos, a organização entenderá que a obediência ao controle 
não é medida significativa de mérito promocional. 
 
 
 2.2- Respeito às Políticas, Práticas e Procedimentos: 
 Embora saibamos que as políticas, práticas e procedimentos reforçam a qualidade das 
atividades, a falta de sua cobrança e, consequentemente, de seu seguimento, rapidamente motiva a 
perda da qualidade de se controlar. 
 É necessário que os administradores não se esqueçam que se o orçamento é revisado 
trimestralmente, então os controles também o deveriam ser, de forma a manter as políticas, práticas 
e procedimentos ativos. 
 
 2.3- Ênfase aos Relatórios de Auditoria: 
 As tarefas executadas pelos Auditores trazem à tona, geralmente, as deficiências dos 
Controles Internos e fornecem recomendações para as melhorias serem efetuadas. Em vários 
casos, a atenção dos administradores é insuficiente para estabelecer as prioridades em se resolver 
esses problemas. Entretanto, eles podem delegar o acompanhamento da Auditoria para assegurar a 
implementação dos controles recomendados. Através desse método, esses administradores podem 
realizar o acompanhamento das observações e recomendações, assim como o empenho na 
qualidade e oportunidade da resposta. 
 
 2.4- Cobrar de Todos o Controle: 
 É comum os administradores quererem saber a respeito de marketing, concessão de crédito e 
despesas. No entanto, raramente ficam preocupados com questões como: 
.O Contas a Pagar foi balanceado no último mês? 
.As contas paralisadas foram reconciliadas? 
.Os itens antigos foram eliminados? 
.Quais são os controles que temos para evitar processamentos errados ou fraudes? 
 Perguntas como estas chamam a atenção de todo o pessoal, despertando assim o seu 
interesse. Uma vez feita a pergunta, necessário se torna escutar a sua resposta e avaliá-la críticae 
objetivamente quanto ao seu impacto junto ao resultado obtido na execução desses procedimentos e 
aos possíveis reflexos causados pela sua realização. 
 34 
 
 2.5-Análise da Pressão Para Crescimento e seus Benefícios: 
 Esta análise deve testar as pressões exercidas contra o ambiente de controle visando 
assegurar um efetivo e balanceado padrão de benefícios. Muitas vezes os funcionários são 
demitidos visando a economia de salários e encargos sociais. Entretanto, tais demissões podem 
acarretar à organização perdas muito maiores. Caso não sejam implementados apropriados 
sistemas de controle, enormes problemas poderão aparecer. 
 
 2.6 Critérios Firmes para Recrutamento e Alocação de Pessoal: 
 Observação dos Padrões Éticos da Organização. 
 A organização deve se empenhar em informar a todos os seus funcionários, principalmente 
aos novatos sobre os padrões de conduta que por eles devem ser observados. 
 
 2.7-Programas de Treinamento com Informações Sobre o Controle Interno: 
 Todo curso de treinamento de gerentes e administradores deve conter matéria sobre Controle 
Interno. Quando o conhecimento técnico advém da prática administrativa, as chances de 
conseguirmos melhores resultados aumenta. 
 
 
 
 VIII- CONTROLE INTERNO E FRAUDE: 
 
 Após tudo o que já foi dito até aqui, podemos ter a errônea impressão de que um bom 
Sistema de Controle Interno se constitui numa garantia absoluta contra a ocorrência de fraudes e 
irregularidades. Bons controles internos apenas previnem contra a fraude e minimizam os riscos de 
erros e irregularidades, porque, por si só não bastam para evitá-los. Assim, por exemplo, a 
segregação de uma operação em fases distintas, dirigidas a diversas pessoas reduz a chance de 
ocorrerem irregularidades, porém, não pode impedir que elas ocorram, caso as diversas pessoas 
que intervêm no processo se puserem de acordo para cometer algum ato fraudulento. Apesar disso, 
os outros elementos do sistema podem, em alguns casos, atuar como controles independentes a 
ponto de revelarem a manobra. 
 A eficiência do Sistema de Controle Interno como um todo deve permitir detectar não somente 
irregularidades de atos intencionais, bem como erros de atos não intencionais. Estes podem ser: 
.decorrentes da má aplicação de uma norma ou procedimento; 
 35 
.de omissão por não aplicar um procedimento prescrito nas normas em vigor; e 
.de interpretação como, por exemplo, a aplicação errônea dos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade na contabilização das operações. 
 Sabemos que a fraude, entretanto, assume várias modalidades. Dentre elas podemos citar 
algumas que possuem interessantes características: 
 
 1-Fraudes Não Encobertas: Representam aquelas em que o autor não acha necessário 
escondê-la, porque o Controle Interno é muito fraco para encontrá-la. Podemos citar como exemplo 
o caso em que o funcionário retira dinheiro do caixa, sem efetuar nenhuma contabilização que possa 
dar suporte à falta do mesmo. 
 
 2-Fraudes Encobertas Temporariamente: Elas são efetuadas sem que se afete os 
registros contábeis. Exemplo: A retirada de dinheiro proveniente das cobranças, omitindo o registro 
delas de modo que seu montante possa ser coberto com o registro de cobranças posteriores, 
efetuando isso assim sucessivamente. Na linguagem popular isso significa "Cavar um buraco, para 
que com a sua terra se possa tampar outro". 
 
 3-Fraudes Encobertas Permanentemente (ou quase): Ocorrem quando os seus autores 
se preocupam em alterar a informação contida nos registros e outros arquivos, visando esconder a 
irregularidade. Como exemplo disso podemos citar: A retirada indevida de dinheiro recebido de 
clientes juntamente com a falsificação das somas dos controles de cobranças, das somas 
correspondentes no razão geral, da documentação suporte da primeira transação e de uma 
correspondente modificação, de preferência, em alguma conta de despesa para, assim, manter a 
necessária igualdade entre os saldos devedores e credores. Para que tudo isso ocorra, é 
necessário que o interessado tenha livre acesso a todos os setores envolvidos nessas operações. 
Este funcionário a quem imputamos tal fraude ainda incorre no risco de na hora em que a nossa 
empresa for reclamar junto a seu cliente o cumprimento do contrato, a sua trama ser desmascarada. 
 Em geral, um bom Sistema de Controle Interno deve permitir detectar todas as 
irregularidades. Entretanto, o acordo entre dois ou mais integrantes da organização pode fazer 
deteriorar e ruir o melhor Sistema de Controle Interno. 
 
 
 IX-AUDITORIA INTERNA: 
 
 36 
 Podemos definir a Auditoria Interna como sendo uma atividade de avaliação independente 
dentro da organização, para a revisão da contabilidade, finanças e outras operações como base 
para servir administrativamente às empresas. Isso significa que ela é um controle administrativo que 
serve para medir e avaliar a eficiência de outros controles. 
 Possui como objetivo geral o assessoramento da administração no desempenho eficiente de 
suas funções, fornecendo-lhe a análise, as avaliações, os comentários e as recomendações a 
respeito das atividades auditadas. 
 As Normas Usuais de Auditoria relativas ao âmbito do trabalho asseguram que a Auditoria 
Interna deve proceder ao exame e avaliação da adequação e eficiência do Sistema de Controle 
Interno e da qualidade do desempenho na realização do trabalho. 
 A finalidade da revisão da adequação do Sistema de Controle Interno é determinar se ele nos 
dá a certeza razoável de que os objetivos da organização são cumpridos de maneira eficiente e 
econômica. Ao determinar a eficiência queremos nos assegurar que o Sistema de Controle Interno 
funciona como deve. Ao revisar a qualidade do desempenho queremos saber se os objetivos da 
organização foram atingidos 
 Face ao exposto, podemos notar que enquanto a Auditoria Externa se preocupa com o 
Controle Interno, apenas quanto aos possíveis efeitos junto às Demonstrações Contábeis, que 
servem de base para a emissão de seu Parecer, a Auditoria Interna centraliza a sua atenção no que 
ele representa para a organização, visando possibilitar o desenvolvimento harmônico, seguro e 
adequado de todas as ações e permitir o reflexo disto aos setores e pessoal interessado nas 
informações. 
 A Auditoria Interna, para atingir os seus objetivos, necessita executar as seguintes tarefas: 
.Checar o grau de confiabilidade das informações contábeis e outras obtidas dentro da organização; 
.Testar se estão sendo cumpridas, corretamente, as políticas, os procedimentos e os planos 
estabelecidos; 
.Avaliar a qualidade do desempenho das tarefas delegadas; e 
.Revisar e avaliar a eficiência, a adequação e a aplicação dos controles contábeis, financeiros e 
operacionais. 
 
 Através da simples observação dos objetivos e funções da Auditoria Interna mencionados, 
podemos verificar o importante papel por ela desempenhado em termos de exame, fortalecimento e 
constante melhoria do Controle Interno das empresas. 
 
 
 37 
 X-APLICAÇÃO DO ESTUDO DO CONTROLE INTERNO: 
 
 Para a Auditoria, o Controle Interno possui enorme importância pois ele é o ponto de partida 
dos trabalhos a serem desempenhados pelo Auditor. 
 As Normas Usuais de Auditoria relativas à execução do trabalho fazem com que o Auditor 
deva efetuar o levantamento do Sistema Contábil e de Controle Interno, no intuito de avaliar o grau 
de confiabilidade e, a partir daí, estabelecer a extensão dos procedimentos a serem tomados e o 
momento de sua aplicação. Com controles fracos os testes devem ser estendidos até que se possa 
obter os dados suficientes para a formação de uma opinião. 
 Para quepossa atingir o máximo proveito no trabalho a executar, é recomendável que o 
Auditor identifique as áreas ou ciclos operacionais de maior influência ou risco sobre as atividades 
globais da empresa, para nelas concentrar sua atenção no estudo dos Controles Internos existentes. 
 
 Para determinarmos os ciclos operacionais ou áreas de maior interesse para a Auditoria 
devemos nos basear na relevância e nos riscos das operações abrangidas e seus conseqüentes 
reflexos nos resultados. 
 Todos os ciclos operacionais e áreas carecem de atenção por parte do Auditor. Entretanto, 
as operações praticadas de maneira contínua, uniforme e com alto índice de repetição ao longo do 
tempo, são examinadas de forma diferente daquelas operações ou atividades de número limitado e 
sem grandes reflexos nos resultados da empresa. 
 Em cada ciclo operacional, atividade ou área identificados pelo auditor como de interesse, o 
seu trabalho será executado de forma ordenada e dirigida para a obtenção de um conhecimento 
abrangente que lhe permita formar uma opinião sobre a efetividade e adequação do Controle Interno 
e assegurar-se do processamento das operações, inclusive quanto à elaboração de dados confiáveis 
para o seu lançamento e registro na contabilidade. 
 
 
 XI-DETERMINAÇÃO DO ESTUDO DO CONTROLE INTERNO: 
 
 É normal que o Auditor Interno se preocupe com a empresa como um todo e adote o critério 
de subdividi-la em partes, para facilitar a execução de suas tarefas. Cada segmento ou setor da 
empresa precisa ser olhado de acordo com o que representa para o conjunto. A forma como será 
vista é que deve variar de acordo com as características de cada caso; Devem ser estudadas 
separadamente as Atividades ou Ciclos Operacionais, as Atividades Departamentalizadas e as 
 38 
Demonstrações Contábeis. Em relação a essas últimas, devemos ter em mente o fato de elas 
representarem o produto final e legal da contabilidade das empresas, e que ele não deve, de forma 
nenhuma, frustrar as expectativas de seus administradores. Eles normalmente desejam vê-lo 
levantado da melhor forma possível, em tempo hábil e com lucro. 
 Para as Atividades ou Ciclos Operacionais o Auditor deve basear seu estudo a partir da 
constatação de que as operações neles envolvidas geram saldos nas Demonstrações Contábeis, 
resultantes da realização de elevado número de transações, de forma contínua e uniforme durante o 
período abrangido por eles. 
 Essa característica acumulativa, própria dessas contas, impede que o Auditor baseie sua 
opinião sobre a adequação dos valores expressos nas Demonstrações Contábeis pela simples 
execução de testes a respeito dos saldos das contas que, nesse caso, demandariam um tempo tão 
grande que tornaria proibitivo o seu trabalho. 
 Como exemplo do reflexo nas Demonstrações Contábeis do Controle Interno adotado nas 
Atividades ou Ciclos Operacionais das empresas podemos citar: Uma empresa, cuja principal 
atividade econômica esteja concentrada na comercialização de produtos, adquiridos de diversos 
fornecedores para pagamento a prazo, que são vendidos a grande número de pequenos clientes 
também a prazo. Nesse caso, os principais ciclos operacionais são decorrentes das atividades 
básicas de aquisição e das vendas realizadas aos clientes. 
 As operações envolvidas nesses dois grandes ciclos são: compras, devoluções de compras, 
pagamentos aos fornecedores, abatimentos, descontos obtidos, vendas, devoluções de vendas, 
recebimentos de clientes, abatimentos e descontos concedidos. 
 Tais operações certamente estarão relacionadas com os saldos contábeis apresentados nas 
demonstrações financeiras, nas contas, nas duplicatas a receber, provisão para devedores 
duvidosos, contas a pagar, receitas de vendas, descontos ou abatimentos recebidos, despesas com 
devoluções, descontos ou abatimentos concedidos. 
 Como conseqüência disso, a empresa incorrerá na necessidade de desenvolver outras 
operações que também podem ser configuradas em ciclos operacionais, dos quais se destacam 
como mais comuns os ciclos de custos, controles de estoques, pessoal e folha de pagamento, que 
também se relacionam com os saldos contábeis apresentados nas demonstrações financeiras. 
 A identificação dos quatro grandes ciclos operacionais e das operações neles envolvidas 
permitirá ao Auditor, estabelecer o grau de confiança que pode ser depositado nos saldos 
apresentados nas Demonstrações Contábeis e determinar os procedimentos e testes a serem 
aplicados para a formação de sua opinião. 
 39 
 Os conceitos de Controle Interno continuam uniformes, mesmo que a empresa tenha como 
atividade principal algo diferente da que fôra exemplificada acima. Assim sendo, cabe ao Auditor, 
para a consecução de seu trabalho, a identificação e avaliação dos Controles Internos envolvidos 
nos principais ciclos operacionais da empresa auditada. Dessa forma, por exemplo, o ciclo de 
vendas em uma empresa comercial ou industrial corresponde ao ciclo de vendas em uma empresa 
financeira, onde o produto negociado são os empréstimos concedidos aos clientes. Em uma 
empresa prestadora de serviços, possivelmente o ciclo de vendas será um complemento ao ciclo de 
folha de pagamentos, que formará a base para o faturamento ao cliente tomador do serviço. 
 Por outro lado, para as Atividades Departamentais estudar o Controle Interno tem o objetivo 
de dar configuração e conhecimento das práticas adotadas ao longo de um caminho horizontal que 
envolve nascimento, percurso e finalização de um evento. O estudo do Controle Interno das 
atividades departamentais tende a fechar o circuito da empresa como um todo, pois são examinadas 
as práticas no sentido vertical dentro de uma área. 
 Como exemplo disso podemos dizer que todas atividades realizadas por uma empresa tem 
efeito na tesouraria pelo fato de representarem uma entrada ou saída de numerário. Dessa forma, 
uma venda realizada à vista movimenta diretamente as disponibilidades e, da mesma forma, as 
compras de materiais, recebimento e pagamento de contas, folhas de pagamento, obrigações 
sociais e tributárias etc., também movimentam. 
 Entretanto, uma tesouraria, apesar de todos os pagamentos e recebimentos descritos, 
dispõe de outras tarefas, que são realizadas como Atividades departamentalizadas, como a guarda 
de talões de cheques; numerários e valores; abertura; encerramento; controle de fluxo de caixa; 
controle de contas bancárias; controle das pessoas autorizadas a assinar pela empresa; dentre 
várias outras funções que vão variar de acordo com a sua magnitude e controles adotados pela 
empresa. 
De acordo ainda com aquele exemplo, o trabalho que o Auditor deve desempenhar na tesouraria 
deve englobar, no caminho horizontal, o estudo do Controle Interno para os ciclos operacionais a ele 
afetos. Além disso, um trabalho relativo à atividade departamental, totalmente distinto e em 
momento diferenciado ao do ciclo operacional, deverá ser previsto para que se complete as 
atividades realizadas por aquele setor. 
 Com a finalidade de estudar e avaliar os Controles Internos de um ciclo operacional ou 
atividade departamental, o Auditor deve estabelecer os objetivos que deseja atingir, com base na 
utilidade e proveito que possa obter do objeto em exame, do qual pretenda tirar o conhecimento que 
obterá em decorrência de sua avaliação. Isto poderá lhe auxiliar no sentido de como agir em relação 
à empresa, de forma a determinar a melhor maneira de examiná-la. 
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 O trabalho do Auditor está voltado para a formação de uma opinião. Com isso, o estudo do 
Controle Interno deve levar em consideração a capacidade desse controle de assegurar que os 
dados informados para o lançamento nos registros, atendam a todos os Princípios de Contabilidade

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