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PCSP - Direitos Humanos - Polícia Civil do Estado de São Paulo

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Direitos Humanos 
 
 
 
 
 
Direitos Humanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livro Eletrônico 
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
DIREITOS HUMANOS
PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
DIREITOS HUMANOS
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HISTÓRICO
Findada a 2ª Guerra Mundial, institui-se, por meio da Carta da ONU, no ano de 1945, a 
Organização das Nações Unidas – ONU.
Em 1948, a Assembleia Geral da ONU adotou e proclamou, mediante a Resolução 217 
A (III), em 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos – DUDH.
Como pleitear que um país respeite os Direitos Fundamentais de uma pessoa? A DUDH não 
tinha previsão para que nenhum cidadão pudesse chegar a um Conselho ou Comitê os direitos 
violados.
Em razão disso, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos da ONU (atualmente Conse-
lho), foram elaborados dois tratados que visaram atribuir conteúdo jurídico à Declaração Universal:
° Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (Decreto n. 592, de 1992) (Direitos de 1ª geração);
° Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Decreto n. 591, de 
1992) (Direitos de 2ª geração).
Esses Pactos foram adotados no âmbito da XXI Sessão da Assembleia Geral da ONU:
° Pacto dos Direitos Civis e Políticos foi adotado em 16 de dezembro de 1966;
° Pacto dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais foi adotado em 19 de dezembro de 1966.
A China faz parte do Conselho de Segurança da ONU, mas não faz parte do Pacto dos 
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Esses dois Pactos, junto com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, compõem a 
Carta Internacional dos Direitos Humanos (International Bill of Rights), a partir do qual se 
inaugurou o sistema global de proteção dos direitos humanos ou sistema onusiano.
Histórico da aprovação do Pacto pelo Brasil
• Congresso Nacional aprovou o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos 
por meio do Decreto Legislativo n. 226, de 12 de dezembro de 1991;
• Internacionalmente, este Pacto entrou em vigor para o Brasil, em 24 de abril de 1992;
• Posteriormente, foi expedido o Decreto n. 592, de 6 de julho de 1992, por meio do qual 
se incorporou o Pacto ao ordenamento jurídico brasileiro;
• Anexo ao Decreto n. 592, de 1992, que promulgou o Pacto, está o texto do Pacto Inter-
nacional sobre Direitos Civis e Políticos;
• Este Pacto é composto por um preâmbulo e 6 partes.
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
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Preâmbulo
Os Estados Partes são aqueles que aderiram ao Pacto;
Os Estados Partes do presente Pacto;
Considerando que, em conformidade com os princípios proclamados na Carta das Nações Unidas, 
o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos 
iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;
Reconhecendo que esses direitos decorrem da dignidade inerente à pessoa humana;
Reconhecendo que, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, não se pode 
realizar o ideal do ser humano livre, gozando das liberdades civis e políticas, libertos do terror e da 
miséria, a não ser que se criem condições que permitam a cada pessoa gozar dos seus direitos civis 
e políticos, assim como dos seus direitos econômicos, sociais e culturais;
Considerando que a Carta das Nações Unidas impõe aos Estados a obrigação de promover o res-
peito universal e efetivo dos direitos e das liberdades do homem;
Compreendendo que o indivíduo, por ter deveres para com seus semelhantes e para com a coleti-
vidade a que pertence, tem a obrigação de lutar pela promoção e observância dos direitos reconhe-
cidos no presente Pacto.
Acordam o seguinte:
Compromisso dos Estados-partes do Pacto
• Respeitar e garantir a todos os indivíduos que se achem em seu território e que estejam 
sujeitos a sua jurisdição os direitos reconhecidos no presente Pacto, sem discriminação 
alguma por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natu-
reza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou qualquer condição.
O estrangeiro que está apenas de passagem pelo Brasil não tem direito aos direitos fun-
damentais enumerados no artigo 5º da CF? Se tem, por que no caput desse artigo apenas 
são referidos os estrangeiros residentes? Os estrangeiros de passagem pelo Brasil não têm 
direito, por exemplo, a habeas corpus? Sim, o Supremo Tribunal Federal assim o considerou 
numa interpretação extensiva do caput do artigo 5º.
• Tomar as providências necessárias com vistas a tornar efetivos os direitos reconheci-
dos no Pacto, levando em consideração seus respectivos procedimentos constitucio-
nais e as disposições do Pacto;
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
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• Garantir que toda pessoa, cujos direitos e liberdades reconhecidos no Pacto tenham 
sido violados, possa ter o recurso efetivo, mesmo que a violência tenha sido cometida 
por pessoas que agiam no exercício de funções oficiais;
• Garantir que toda pessoa que interpuser tal recurso terá seu direito determinado pela 
competente autoridade judicial, administrativa ou legislativa ou por qualquer outra auto-
ridade competente prevista no ordenamento jurídico do Estado em questão;
• Garantir o cumprimento pelas autoridades competentes de qualquer decisão que julgar 
procedente tal recurso.
• Assegurar a homens e mulheres igualdade no gozo de todos os direitos civis e políticos 
enunciados no Pacto.
DIREITOS ENUMERADOS NO PACTO
DIREITO À AUTODETERMINAÇÃO
Todos os povos têm direito à autodeterminação. Em virtude desse direito, determinam 
livremente seu estatuto político e asseguram livremente seu desenvolvimento econômico, 
social e cultural.
Para a consecução de seus objetivos, todos os povos podem dispor livremente se suas 
riquezas e de seus recursos naturais, sem prejuízo das obrigações decorrentes da coopera-
ção econômica internacional, baseada no princípio do proveito mútuo, e do Direito Internacio-
nal. Em caso algum, poderá um povo ser privado de seus meios de subsistência.
Os Estados-Partes do presente Pacto, inclusive aqueles que tenham a responsabilidade 
de administrar territórios não autônomos e territórios sob tutela, deverão promover o exercício 
do direito à autodeterminação e respeitar esse direito, em conformidade com as disposições 
da Carta das Nações Unidas.
Direito à vida
O direito à vida é inerente à pessoa humana.
Esse direito deverá ser protegido pela lei
Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida.
Na CF está estabelecido que não haverá pena de morte, salvo nos casos de guerra decla-
rada nos termos (...). Se for um caso de guerra declarada, não é arbitrário.
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
DIREITOS HUMANOS
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Direito à vida – pena de morte
Nos países em que a pena de morte não tenha sido abolida, esta poderá ser imposta 
apenas nos casos de crimes mais graves, em conformidade com legislação vigente na 
época em que o crime foi cometido e que não esteja em conflito com as disposições deste 
Pacto, nem com a Convenção sobra a Prevenção e a Punição do Crime de Genocídio.
Poder-se-á aplicar essa pena apenas em decorrência de uma sentença transitada em jul-
gado e proferida por tribunal competente.
Qualquer condenado à morteterá o direito de pedir indulto ou comutação da pena. A anis-
tia, o indulto ou a comutação da pena poderá ser concedido em todos os casos.
A pena de morte não deverá ser imposta em casos de crimes cometidos por pessoas 
menores de 18 anos, nem aplicada a mulheres em estado de gravidez.
Proibição da tortura
Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, desumanos 
ou degradantes.
Esse direito não tem nenhuma exceção.
Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a experiên-
cias médicas ou científicas.
Durante a 2ª Guerra Mundial muitos foram submetidos a experiências médicas ou 
científicas.
��������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Luciano Monti Favaro. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos II
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PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS II
PROIBIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
• Ninguém poderá ser submetido à escravidão; a escravidão e o tráfico de escravos, em 
todos as suas formas, ficam proibidos.
• Ninguém poderá ser submetido à servidão.
• Ninguém poderá ser obrigado a executar trabalhos forçados ou obrigatórios;
• É admissível, nos países em que certos crimes sejam punidos com prisão e trabalhos 
forçados, o cumprimento de uma pena de trabalhos forçados, imposta por um tribunal 
competente;
• Para os efeitos do presente parágrafo, não serão considerados “trabalhos forçados ou 
obrigatórios”:
° qualquer serviço de caráter militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo 
de consciência, qualquer serviço nacional que a lei venha a exigir daqueles que se oponham 
ao serviço militar por motivo de consciência;
° qualquer serviço exigido em casos de emergência ou de calamidade que ameacem o 
bem-estar da comunidade;
° qualquer trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
O Pacto de San José da Costa Rica é um documento no âmbito regional, o que está sendo 
aqui tratado é o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que é do âmbito interna-
cional: um é no sistema global, sistema da ONU, e outro no sistema da OEA, que é um sis-
tema regional.
As mesmas disposições estão previstas no Pacto de San José com uma única grande 
diferença: no Pacto de San Jose são referidas quatro possibilidades nas quais não são consi-
derados trabalhos forçados obrigatórios: serviço militar, os que decorrem por motivo de cala-
midade, obrigações cívicas e o trabalho que decorre para o preso – o Pacto de San Jose não 
considera como forçado o trabalho para o preso.
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos II
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DIREITO À LIBERDADE E SEGURANÇA PESSOAIS
• Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais.
• Ninguém poderá ser preso ou encarcerado arbitrariamente.
Na CF há duas hipóteses que não são arbitrárias: flagrante delito ou uma sentença penal 
condenatória.
• Ninguém poderá ser privado de liberdade, salvo pelos motivos previstos em lei e em 
conformidade com os procedimentos nela estabelecidos.
• Qualquer pessoa presa ou encarcerada em virtude de infração penal deverá ser condu-
zida, sem demora, à presença do juiz ou de outra autoridade habilitada por lei a exercer 
funções judiciais e terá o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser colocada 
em liberdade.
Qualquer pessoa que seja privada de sua liberdade por prisão ou encarceramento terá o 
direito de recorrer a um tribunal para que este decida sobre a legislação de seu encarcera-
mento e ordene sua soltura, caso a prisão tenha sido ilegal.
Qualquer pessoa vítima de prisão ou encarceramento ilegais terá direito à indenização.
RESPEITO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Toda pessoa privada de sua liberdade deverá ser tratada com humanidade e respeito à 
dignidade inerente à pessoa humana.
As pessoas processadas deverão ser separadas, salvo em circunstâncias excepcionais, 
das pessoas condenadas e receber tratamento distinto, condizente com sua condição de 
pessoa não condenada.
As pessoas processadas, jovens, deverão ser separadas das adultas e julgadas o mais 
rápido possível.
PROIBIÇÃO DE PRISÃO CIVIL
Ninguém poderá ser preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual.
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos II
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Na CF havia duas exceções: uma pessoa que não pagasse pensão alimentícia e o depo-
sitário infiel. O STF, comparando essas disposições com o Pacto de San Jose da Costa Rica, 
concluiu que lá só existe uma hipótese de prisão civil por dívida e afastou a hipótese do depo-
sitário infiel (Súmula Vinculante n. 25).
De acordo com o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, ninguém poderá ser 
preso apenas por não poder cumprir com uma obrigação contratual – sem qualquer exceção.
DIREITO À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
Toda pessoa que se ache legalmente no território de um Estado terá o direito de nele livre-
mente circular e escolher sua residência.
Toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive de seu próprio país.
O direito à liberdade de locomoção não poderá ser objeto de restrição, salvo quando estas 
estejam previstas em lei e sejam necessárias para proteger a segurança nacional, a ordem, 
a saúde ou a moral públicas, bem como os direitos e liberdades das demais pessoas, e que 
sejam compatíveis com os outros direitos reconhecidos no Pacto.
Ninguém poderá ser privado arbitrariamente do direito de entrar em seu próprio país.
EXPULSÃO
Um estrangeiro que se ache legalmente no território de um Estado Parte só poderá dele 
ser expulso em decorrência de decisão adotada em conformidade com a lei e, a menos que 
razões imperativas de segurança nacional a isso se oponham, terá a possibilidade de expor 
as razões que militem contra sua expulsão e de ter seu caso reexaminado pelas autoridades 
competentes, ou por uma ou várias pessoas especialmente designadas pelas referidas auto-
ridades, e de fazer-se representar com esse objetivo.
DIREITOS ASSEGURADOS À PESSOA ACUSADA CIVIL OU CRIMINALMENTE
Todas as pessoas são iguais perante os tribunais e as cortes de justiça. Toda pessoa terá 
o direito de ser ouvida publicamente e com devidas garantias por um tribunal competente, 
independente e imparcial, estabelecido por lei, na apuração de qualquer acusação de caráter 
penal formulada contra ela ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil.
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos II
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A imprensa e o público poderão ser excluídos de parte da totalidade de um julgamento, 
quer por motivo de moral pública, de ordem pública ou de segurança nacional em uma socie-
dade democrática, quer quando o interesse da vida privada das Partes o exija.
Entretanto, qualquer sentença proferida em matéria penal ou civil deverá tornar-se pública, 
a menos que o interesse de menores exija procedimento oposto, ou processo diga respeito à 
controvérsia matrimoniais ou à tutela de menores.
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA E OUTRAS GARANTIAS
Toda pessoa acusada de um delito terá direito a que se presuma sua inocência enquanto 
não for legalmentecomprovada sua culpa.
Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualmente, a, pelo menos, as 
seguintes garantias:
• ser informado, sem demora, numa língua que compreenda e de forma minuciosa, da 
natureza e dos motivos da acusação contra ela formulada;
• dispor do tempo e dos meios necessários à preparação de sua defesa e a comunicar-se 
com defensor de sua escolha;
Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualmente, a, pelo menos, as 
seguintes garantias:
• ser julgado sem dilações indevidas( procrastinação);
• estar presente no julgamento e de defender-se pessoalmente ou por intermédio de 
defensor de sua escolha;
• de ser informado, caso não tenha defensor, do direito que lhe assiste de tê-lo e, sempre 
que o interesse da justiça assim exija, de ter um defensor designado de ofício gratuita-
mente, se não tiver meios para remunerá-lo;
Toda pessoa acusada de um delito terá direito, em plena igualmente, a, pelo menos, as 
seguintes garantias:
• De interrogar ou fazer interrogar as testemunhas de acusação e de obter o compare-
cimento e o interrogatório das testemunhas de defesa nas mesmas condições de que 
dispõem as de acusação;
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Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos II
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• De ser assistida gratuitamente por um intérprete, caso não compreenda ou não fale a 
língua empregada durante o julgamento;
• De não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
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A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
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Pacto Internacional
sobre os Direitos Civis e Políticos
Professor: Luciano Favaro
Direito à personalidade jurídica
Todo o ser humano tem direito ao reconhecimento em todos os lugares
da sua personalidade jurídica.
Direito à privacidade
Ninguém poderá sofrer ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida
privada, em sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência,
nem de ofensas ilegais às suas honra e reputação.
Toda pessoa terá direito à proteção da lei contra essas ingerências ou
ofensas.
Direito à liberdade de pensamento, consciência e religião
Toda pessoa terá direito a liberdade de pensamento, de consciência e de
religião.
Esse direito implicará a liberdade de ter ou adotar uma religião ou uma
crença de sua escolha e a liberdade de professar sua religião ou crença,
individual ou coletivamente, tanto pública como privadamente, por meio
do culto, da celebração de ritos, de práticas e do ensino.
Direito à liberdade de pensamento, consciência e religião
Ninguém poderá ser submetido a medidas coercitivas que possam
restringir sua liberdade de ter ou de adotar uma religião ou crença de
sua escolha.
A liberdade de manifestar a própria religião ou crença
estará sujeita apenas a limitações previstas em lei e que se façam
necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral
públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas.
Direito à liberdade de pensamento, consciência e religião
Os Estados Partes comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais e,
quando for o caso, dos tutores legais, de assegurar a educação religiosa
e moral dos filhos que esteja de acordo com suas próprias convicções.
DIREITO À VIDA. TRANSFUSÃO DE SANGUE. (...). LIBERDADE DE CRENÇA RELIGIOSA E
DIREITO À VIDA. IMPOSSIBILIDADE DE RECUSA DE TRATAMENTO MÉDICO QUANDO HÁ
RISCO DE VIDA DE MENOR. VONTADE DOS PAIS SUBSTITUÍDA PELA MANIFESTAÇÃO
JUDICIAL.(...) Conflito no caso concreto de dois princípios fundamentais consagrados em
nosso ordenamento jurídico-constitucional: de um lado o direito à vida e de outro, a
liberdade de crença religiosa. A liberdade de crença abrange não apenas a liberdade de
cultos, mas também a possibilidade de o indivíduo se orientar segundo posições religiosas
estabelecidas. No caso concreto, a menor autora não detém capacidade civil para
expressar sua vontade. A menor não possui consciência suficiente das implicações e da
gravidade da situação pata decidir conforme sua vontade. Esta é substituída pela de seus
pais que recusam o tratamento consistente em transfusões de sangue. Os pais podem ter
sua vontade substituída em prol de interesses maiores, principalmente em se tratando do
próprio direito à vida. A restrição à liberdade de crença religiosa encontra amparo no
princípio da proporcionalidade, porquanto ela é adequada à preservar à saúde da autora:
é necessária porque em face do risco de vida a transfusão de sangue torna-se exigível e,
por fim ponderando-se entre vida e liberdade de crença, pesa mais o direito à vida,
principalmente em se tratando não da vida de filha menor impúbere (...).
TRF-4 - AC: 155 RS 2003.71.02.000155-6, Relator: VÂNIA HACK DE ALMEIDA, Data de Julgamento: 24/10/2006, TERCEIRA TURMA, Data 
de Publicação: DJ 01/11/2006 PÁGINA: 686, Porto Alegre,RS
Direito à opinião
Ninguém poderá ser discriminado por suas opiniões.
Toda pessoa terá direito à liberdade de expressão.
Esse direito incluirá a liberdade de procurar, receber e difundir
informações e ideias de qualquer natureza, independentemente de
fronteiras, verbalmente ou por escrito, em forma impressa ou artística,
ou por qualquer outro meio de sua escolha.
Direito à opinião
O exercício à liberdade de opinião implicará deveres e
responsabilidades especiais.
Consequentemente, poderá estar sujeito a certas restrições, que devem,
entretanto, ser expressamente previstas em lei e que se façam
necessárias para:
– a) assegurar o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas;
– b) proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde ou a moral públicas.
Proibição de propaganda de guerra
Será proibida por lei qualquer propaganda em favor da guerra.
Será proibida por lei qualquer apologia do ódio nacional, racial ou
religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade ou a
violência.
Direito de reunião e de associação
O direito de reunião pacífica será reconhecido.
Toda pessoa terá o direito de associar-se livremente a outras, inclusive o
direito de construir sindicatos e de a eles filiar-se, para a proteção de
seus interesses.
Direito de reunião e de associação
O exercício desses direitos estarão sujeitos apenas às restrições
previstas em lei e que se façam necessárias, em uma sociedade
democrática, no interesse da segurança nacional, da segurança ou da
ordem pública, ou para proteger a saúde ou a moral públicas ou os
direitos e as liberdades das demais pessoas.
Família
A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e terá o
direito de ser protegida pela sociedade e pelo Estado.
Será reconhecido o direito do homem e da mulher de, em idade núbil,
contrair casamento e constituir família.
Casamento algum será celebrado sem o consentimento livre e pleno dos
nubentes.
Família
Os Estados Partes deverão adotar as medidas apropriadas para assegurar
a igualdade de direitos e responsabilidades dos cônjuges quanto ao
casamento, durante o casamento e por ocasião de sua dissolução.
Em caso de dissolução, deverão adotar-se disposições que assegurem a
proteção necessária para os filhos.
Direito à criança
Toda criança terá direito, sem discriminação alguma por motivo de cor,
sexo, língua, religião, origem nacional ou social, situação econômica ou
nascimento, às medidas de proteção que a sua condição de menor
requerer por parte de sua família, da sociedade e do Estado.
Toda criança deverá ser registrada imediatamente após seu nascimento
e deverá receber um nome.
Toda criança terá o direito de adquirir uma nacionalidade.Direitos políticos
Todo cidadão terá o direito e a possibilidade, sem qualquer
discriminação e sem restrições infundadas:
– de participar da condução dos assuntos públicos, diretamente ou por
meio de representantes livremente escolhidos;
– de votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por
sufrágio universal e igualitário e por voto secreto, que garantam a
manifestação da vontade dos eleitores;
– de ter acesso, em condições gerais de igualdade, às funções públicas de
seu país.
Proibição da forma de discriminação
A lei deverá proibir qualquer forma de discriminação e garantir a todas
as pessoas proteção igual e eficaz contra qualquer discriminação por
motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra
natureza, origem nacional ou social, situação econômica, nascimento ou
qualquer outra situação.
Minorias étnicas, religiosas ou linguísticas
Nos Estados em que haja minorias étnicas, religiosas ou linguísticas, as
pessoas pertencentes a essas minorias não poderão ser privadas do
direito de ter, conjuntamente com outros membros de seu grupo, sua
própria vida cultural, de professar e praticar sua própria religião e usar
sua própria língua.
Suspensão de Direitos
Quando situações excepcionais ameacem a existência da nação e sejam
proclamadas oficialmente, os Estados Partes podem adotar, na estrita
medida exigida pela situação, medidas que suspendam as obrigações
decorrentes do Pacto, desde que tais medidas não sejam incompatíveis
com as demais obrigações que lhes sejam impostas pelo Direito
Internacional e não acarretem discriminação alguma apenas por motivo
de raça, cor, sexo, língua, religião ou origem social.
Suspensão de Direitos – Exemplo
Art. 138 CF/88. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as
normas necessárias a sua execução e as garantias constitucionais que
ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República
designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no
art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes
medidas: IV - suspensão da liberdade de reunião;
Suspensão de Direitos
NÃO podem ser suspensos os seguintes direitos:
– Direito à vida;
– Proibição da tortura, penas ou tratamento cruéis, desumanos ou
degradantes;
– Proibição da escravidão e servidão;
– Proibição da prisão civil;
Suspensão de Direitos
NÃO podem ser suspensos os seguintes direitos:
–Direito à reserva legal (ninguém poderá ser condenado por atos omissões
que não constituam delito de acordo com o direito nacional ou
internacional, no momento em que foram cometidos);
– Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica em qualquer lugar;
– Direito à liberdade de pensamento, consciência e de religião.
Suspensão de Direitos
Os Estados Partes que fizerem uso do direito de suspensão devem
comunicar imediatamente aos outros Estados Partes do Pacto, por
intermédio do Secretário-Geral da ONU, as disposições que tenham
suspendido, bem como os motivos de tal suspensão.
Os Estados partes deverão fazer uma nova comunicação, igualmente por
intermédio do Secretário-Geral da ONU, na data em que terminar tal
suspensão.
Interpretação
Nenhuma disposição do Pacto poderá ser interpretada no sentido de
reconhecer a um Estado, grupo ou indivíduo qualquer direito de dedicar-
se a quaisquer atividades ou praticar quaisquer atos que tenham por
objetivo destruir os direitos ou liberdades reconhecidos no presente
Pacto ou impor-lhe limitações mais amplas do que aquelas nele
previstas.
Interpretação
Não se admitirá qualquer restrição ou suspensão dos direitos humanos
fundamentais reconhecidos ou vigentes em qualquer Estado Parte do
presente Pacto em virtude de leis, convenções, regulamentos ou
costumes, sob pretexto de que o presente Pacto não os reconheça ou os
reconheça em menor grau.
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Pacto de San José da Costa Rica
DIREITOS HUMANOS
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PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS
Histórico
Criação da Organização dos Estados Americanos, em 30 de abril de 1948, com a assi-
natura em Bogotá, Colômbia, da Carta da OEA.
A OEA entrou em vigor em dezembro de 1951.
O Brasil foi um dos fundadores da OEA assinando a Carta em 1948.
A OEA tem por objetivo alcançar, nos Estados membros, “uma ordem de paz e de justiça, 
para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua 
integridade territorial e sua independência”.
A Carta da OEA foi emendada nas seguintes ocasiões:
→ em 1967: mediante o Protocolo de Buenos Aires;
→ em 1985: mediante o Protocolo de Cartagena das Índias;
→ em 1993: mediante o Protocolo de Manágua;
→ em 1992: mediante o Protocolo de Washington.
ATENÇÃO
Não confunda: a ONU é uma organização global; a OEA possui âmbito regional.
1948: adotada, em Bogotá, a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem;
ATENÇÃO
Não confundir a Declaração Americana dos Direitos e Deveres o Homem com a Declara-
ção Universal dos Direitos Humanos. Uma foi feita no âmbito das América, a outra é global.
1948: celebrado o Tratado Americano de Soluções Pacíficas; 
1969: celebrada a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.5m
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Pacto de San José da Costa Rica
DIREITOS HUMANOS
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CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos foi adotada no âmbito da Organização 
dos Estados Americanos, em São José da Costa Rica, no dia 22 de novembro de 1969.
É também conhecida por Pacto de San José da Costa Rica.
Esse Pacto entrou em vigor internacional em 18 de julho de 1978, na forma disposta no 
art. 74, § 2º.
Art. 74. […]
§ 2º Esta Convenção entrará em vigor logo que onze Estados houverem depositado os seus res-
pectivos instrumentos de ratificação ou de adesão.
ATENÇÃO
É um documento de 1969. No entanto, somente entrou em vigor internacionalmente 
em 1978.
O Brasil somente aderiu esta Convenção em 25 de setembro de 1992, após a aprovação 
de seu texto pelo Congresso Nacional mediante o Decreto Legislativo n. 27.
Posteriormente, pelo Decreto n. 678, de 6 de novembro de 1992, promulgou-se a Con-
venção Americana sobre Direitos Humanos.
DECRETO N. 678, DE 1992 
O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição, e 
Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da 
Costa Rica), adotada no âmbito da Organização dos Estados Americanos, em São José da 
Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, entrou em vigor internacional em 18 de julho de 
1978, na forma do segundo parágrafo de seu art. 74;
Considerando que o Governo brasileiro depositou a carta de adesão a essa conven-
ção em 25 de setembro de 1992; Considerando que a Convenção Americana sobre Direitos 
Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) entrou em vigor, para o Brasil, em 25 de setem-
bro de 1992, de conformidade com o disposto no segundo parágrafo de seu art. 74;
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Pacto de San José da Costa Rica
DIREITOS HUMANOS
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DECRETA:
Art. 1º A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), ce-
lebrada em São José da Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, apensa por cópia ao presente 
decreto, deverá ser cumprida tão inteiramente como nela se contém.
Art. 2º Ao depositar a carta de adesão a esse ato internacional, em 25 de setembro de 1992, o 
Governo brasileiro fez a seguinte declaração interpretativa: “O Governo do Brasil entende que os 
arts. 43 e 48, alínea 4d’, não incluem o direito automático de visitas einspeções in loco da Comis-
são Interamericana de Direitos Humanos, as quais dependerão da anuência expressa do Estado”.
Art. 3º O presente decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Perceba, portanto, que ao aderir o Pacto o Brasil fez uma declaração interpretativa no 
que tange aos arts. 43 e 48, alínea “d” do Pacto. 
Obs.: � O Pacto de São José da Costa Rica é um tratado que possui força de norma supra-
legal, pois não seguiu o rito do art. 5º, § 3º, CF.
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS
Estrutura da Convenção Americana sobre Direitos Humanos
Ela possui Preâmbulo e 3 partes: 
 – Parte I: Deveres dos Estados e Direitos protegidos (arts. 1. ao 32);
Obs.: � direitos de primeira geração.
 – Parte II: Meios de proteção (arts. 33 ao 73);
 – Parte III: Disposições Gerais e Transitórias (arts. 74 ao 82).
PREÂMBULO
Os Estados Americanos signatários da presente Convenção,
• Reafirmando seu propósito de consolidar neste Continente, dentro do quadro das ins-
tituições democráticas, um regime de liberdade pessoal e de justiça social, fundado no 
respeito dos direitos humanos essenciais;
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Pacto de San José da Costa Rica
DIREITOS HUMANOS
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• Reconhecendo que os direitos essenciais da pessoa humana não derivam do fato de 
ser ela nacional de determinado Estado, mas sim do fato de ter como fundamento os 
atributos da pessoa humana, razão por que justificam uma proteção internacional, de 
natureza convencional, coadjuvante ou complementar da que oferece o direito interno 
dos Estados americanos;
• Considerando que esses princípios foram consagrados na Carta da Organização dos 
Estados Americanos, na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e 
na Declaração Universal dos Direitos do Homem, e que foram reafirmados e desenvol-
vidos em outros instrumentos internacionais, tanto de âmbito mundial como regional;
• Reiterando que, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, só 
pode ser realizado o ideal do ser humano livre, isento do temor e da miséria, se forem 
criadas condições que permitam a cada pessoa gozar dos seus direitos econômicos, 
sociais e culturais, bem como dos seus direitos civis e políticos; e
• Considerando que a Terceira Conferência Interamericana Extraordinária (Buenos 
Aires, 1967) aprovou a incorporação à própria Carta da Organização de normas mais 
amplas sobre os direitos econômicos, sociais e educacionais e resolveu que uma Con-
venção Interamericana sobre Direitos Humanos determinasse a estrutura, competên-
cia e processo dos órgãos encarregados dessa matéria;
Convieram no seguinte:
PARTE I – DEVERES DOS ESTADOS E DIREITOS PROTEGIDOS 
Deveres
São deveres dos Estados:
• Respeito aos direitos e liberdades reconhecidos na Convenção;
• Garantia do livre e pleno exercício da Convenção a toda pessoa, sem discriminação.
ATENÇÃO
Para efeitos da Convenção Americana considera-se pessoa todo ser humano.
• Adoção de medidas, no direito interno, a fim de tornar efetivos os direitos constantes 
na Convenção.
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Pacto de San José da Costa Rica II 
DIREITOS HUMANOS
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PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA II
PARTE I – DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
São direitos de 1ª geração.
Direito à vida
É o direito ao reconhecimento da personalidade jurídica. O direito à vida, em regra, 
começa desde o momento da concepção.
ATENÇÃO
O Código Civil, art. 2º, dispõe que a personalidade civil começa do nascimento com 
vida. Já o texto da Convenção dispõe que vida começa desde o momento da concep-
ção. Para as provas, é importante saber fazer essa distinção.
A concepção ocorre quando o feto é concebido e o nascimento com vida, quando é 
retirado do ventre da mãe. Perceba que “nascer com vida” não é um pleonasmo, pois é 
possível nascer morto (natimorto).
Como esse assunto é cobrado:
• Nos países que não houverem abolido a pena de morte, essa só poderá ser imposta 
pelos delitos mais graves.
• No Brasil, por exemplo, prevê-se que não haverá pena de morte, salvo em caso de 
guerra declarada, o que não é uma abolição total.
PEGADINHA DA BANCA
Já aconteceu de as bancas cobrarem “para os delitos graves”, mas a hipótese que a 
Convenção prevê é “para os delitos mais graves”.
• Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
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Pacto de San José da Costa Rica II 
DIREITOS HUMANOS
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Assim, se um país abolir totalmente a pena de morte, ele não pode voltar a tê-la. Essa 
é, inclusive, uma das características dos direitos humanos: eles não podem retroceder 
(efeito cliquet).
• Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada a delitos políticos.
Mesmo que os delitos políticos sejam conexos aos crimes comuns, não é permitida a 
aplicação da pena de morte.
• Não se deve impor pena de morte aos menores de 18, maiores de 70 e mulhe-
res grávidas.
• A pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da 
pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a 
pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade 
competente. 
Se algum país das Américas descumprir essas regras, ele poderá ser punido pela Comis-
são ou até mesmo pela Corte.
Direito à integridade pessoal
• Direito à integridade pessoal: toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade 
física, psíquica e moral.
• Não submissão a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. 
Algumas observações:
 – A pena não pode passar da pessoa do delinquente. Se o delinquente morre, por 
exemplo, a pena (no sentido de condenação penal) é extinta.
 – Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias 
excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de 
pessoas não condenadas.
 – Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos 
e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu trata-
mento. No Brasil, há a Vara da Infância e da Juventude específica para os menores.
 – As penas privativas da liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a 
readaptação social dos condenados.
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Pacto de San José da Costa Rica II 
DIREITOS HUMANOS
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Proibição da escravidão e da servidão
Ninguém pode ser submetido a escravidão ou a servidão, e tanto essas como o tráfico de 
escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as suas formas.
Essa ênfase aos escravos e às mulheres se dá em razão de esses grupos, dada a sua 
vulnerabilidade, requererem uma proteção especial. Tal ênfase não deve ser entendida como 
um menosprezo, mas sim como uma proteção maior. 
Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório.
Nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade acom-
panhada de trabalhos forçados, essa disposição não pode ser interpretada no sentido de 
proibir o cumprimento dessa pena, imposta por um juiz ou tribunal competente.
O trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual 
do recluso.
ATENÇÃO
Não constituem trabalhosforçados ou obrigatórios:
• Os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento 
de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente (no 
Brasil, a própria Lei de Execução Penal já traz a previsão de trabalho para os presos). 
Tais trabalhos ou serviços devem ser executados sob a vigilância e controle das autori-
dades públicas, e os indivíduos que os executarem não devem ser postos à disposição 
de particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter privado;
• Serviço militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de consciência, 
qualquer serviço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;
• O serviço exigido em casos de perigo ou de calamidade que ameacem a existência ou 
o bem-estar da comunidade;
• O trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
Direito à liberdade pessoal
Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais. Consequentemente, nin-
guém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas condições previa-
mente fixadas pelas constituições políticas dos Estados-Partes ou pelas leis de acordo com 
elas promulgadas.
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Pacto de San José da Costa Rica II 
DIREITOS HUMANOS
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Ninguém pode ser submetido a detenção ou encarceramento arbitrários. Para saber o 
que não é arbitrário, é necessário observar o que dispõe o texto constitucional: não é arbitrá-
rio se for em flagrante delito ou se houver ordem fundamentada de autoridade judiciária, nos 
casos, por exemplo, de prisões cautelares. Do contrário, será arbitrário e caberá até mesmo 
alguns remédios constitucionais.
Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal compe-
tente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção 
e ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais. Esse texto refere-se ao habeas 
corpus, mas não trouxe tal nome; porque, em outros países da América Latina, esse recurso 
é chamado de juicio de amparo.
Nos Estados-partes cujas leis preveem que toda pessoa que se vir ameaçada de ser pri-
vada de sua liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente a fim de que 
este decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem abo-
lido. Aqui há, mais uma vez, a proibição ao retrocesso dos direitos humanos.
O recurso pode ser interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa.
Ninguém deve ser detido por dívidas.
Esse princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos 
em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar. Por exemplo, um pai que não paga 
pensão para o filho pode, sim, ser preso.
Prisão por dívida – CF/1988
Art. 5º, LXVII, CF/1988 – Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.
Súmula Vinculante 25 – STF
Sum. 25. Ilicitude – Prisão Civil de Depositário Infiel – Modalidade do Depósito.
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
Para chegar a essa decisão, o Supremo teve de confrontar o texto da convenção com o 
texto constitucional. No entanto, essa parte da Constituição permanece inalterada, porque o 
Supremo não pode revogar a Constituição, mas pode interpretá-la.
Por isso, diz-se que esse texto está com a eficácia suspensa, e o Congresso Nacional 
pode fazer uma emenda constitucional para retirar essa última parte (que se refere ao depo-
sitário infiel). Isso não seria abolição dos direitos, mas sim uma ampliação deles. 
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Pacto de San José da Costa Rica II 
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GARANTIAS JUDICIAIS
Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo 
razoável, por um juiz ou tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido ante-
riormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou para que 
se determinem seus direitos ou obrigações de natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer 
outra natureza.
O PULO DO GATO
Um tribunal competente é diferente de um tribunal de exceção. O Cebraspe já cobrou 
se, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma pessoa pode ser 
julgada por um tribunal ad hoc, isto é, aquele tribunal que é criado para uma finalidade 
específica (o mesmo que um tribunal de exceção, parcial). Na verdade, o que se prevê 
é um tribunal competente que não seja de exceção.
Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não 
se comprove legalmente sua culpa (presunção de inocência).
Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garan-
tias mínimas:
• Direito do acusado de ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete, se não 
compreender ou não falar o idioma do juízo ou tribunal;
• Comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;
• Concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a preparação de 
sua defesa;
• Direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por defensor de 
sua escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;
• Direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, 
remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele 
próprio nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei;
• Direito da defesa de inquirir as testemunhas;
• Direito de não depor contra si mesmo;
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Pacto de San José da Costa Rica II 
DIREITOS HUMANOS
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• Direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior.
Confissão
Pergunta: é válida a confissão?
Resposta: só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza.
Ne bis in idem e processo penal público
Ne bis in idem: o acusado absolvido por sentença passada em julgado não poderá ser 
submetido a novo processo pelos mesmos fatos.
O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os inte-
resses da justiça. 
Princípio da legalidade e retroatividade
Ninguém poderá ser condenado por atos ou omissões que, no momento em que foram 
cometidos, não constituam delito, de acordo com o direito aplicável (princípio da legalidade).
Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a aplicável no momento da ocorrên-
cia do delito (princípio da retroatividade). As penas não podem retroceder, exceto se o fize-
rem para beneficiar. Por exemplo, se hoje uma pena é de 10 anos e amanhã ela passa a ser 
de 20 anos, a pessoa que cometeu o crime hoje deve receber a pena de 10 anos.
Se, depois de perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de pena mais leve, o delin-
quente deverá dela beneficiar-se.
Direito à indenização por erro judiciário
Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido conde-
nada em sentença passada em julgado, por erro judiciário.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA III
DIREITO DE PROTEÇÃO DA HONRA EDA DIGNIDADE
Ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, na 
de sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais à sua 
honra ou reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais ingerências 
ou tais ofensas.
Obs.: � Sem dúvidas, a relação disposta no direito corresponde principalmente a vinculação 
entre cidadão e Estado, também se referindo a relação entre pessoas (particu-
lares), onde um sujeito não poderá interferir na vida privada, familiar ou no domicí-
lio de outro.
DIREITO DE LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E DE RELIGIÃO
Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito implica 
a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de cren-
ças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual 
ou coletivamente, tanto em público como em privado.
Ninguém pode ser submetido a medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de 
conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças.
ATENÇÃO
A liberdade de manifestar a própria religião e as próprias crenças está sujeita apenas às limi-
tações prescritas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, 
a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas.
Exemplo: Determinação por parte de alguns estados brasileiros para o fechamento de 
igrejas e templos religiosos como forma de combate a pandemia do Covid-19.
DIREITO DE LIBERDADE DE PENSAMENTO E EXPRESSÃO 
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expressão. Esse direito 
compreende a liberdade de buscar, receber e difundir informações e ideias de toda natureza, 
sem consideração de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa ou artís-
tica, ou por qualquer outro processo de sua escolha.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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Obs.: � Ainda que a difusão de informações seja de fato livre, a divulgação de informações 
falsas ou prejudiciais a terceiros enseja em possível responsabilização posterior.
O exercício do direito da liberdade de pensamento e expressão não pode estar sujeito 
à censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente pre-
vistas em lei e que se façam necessárias para assegurar:
a) o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas;
b) a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou da moral públicas.
• A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo exclu-
sivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da infância e da adolescência;
• A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio 
nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à discriminação, à hostilidade, 
ao crime ou à violência. 
DIREITO DE RETIFICAÇÃO OU RESPOSTA
Toda pessoa atingida por informações inexatas ou ofensivas emitidas em seu prejuízo 
por meios de difusão legalmente regulamentados e que se dirijam ao público em geral, tem 
direito a fazer, pelo mesmo órgão de difusão, sua retificação ou resposta, nas condições 
que estabeleça a lei.
DIREITO DE REUNIÃO PACÍFICA E SEM ARMAS
O exercício de tal direito só pode estar sujeito às restrições previstas pela lei e que 
sejam necessárias, numa sociedade democrática, no interesse da segurança nacional, da 
segurança ou da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a moral públicas ou os direitos 
e liberdades das demais pessoas.
Obs.: � Novamente, a pandemia do Covid-19 que assolou inclusive o mundo e não apenas 
o Brasil resultou em restrições no direito de reunião fundamentadas pela preser-
vação da saúde pública.
DIREITO DE LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO
Todas as pessoas têm o direito de associar-se livremente com fins ideológicos, reli-
giosos, políticos, econômicos, trabalhistas, sociais, culturais, desportivos ou de qualquer 
outra natureza.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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O exercício desse direito só pode estar sujeito às restrições previstas pela lei que sejam 
necessárias, numa sociedade democrática, no interesse da segurança nacional, da segu-
rança ou da ordem públicas, ou para proteger a saúde ou a moral públicas ou os direitos e 
liberdades das demais pessoas.
O disposto neste artigo não impede a imposição de restrições legais, e mesmo a pri-
vação do exercício do direito de associação, aos membros das forças armadas e da polícia. 
PROTEÇÃO DA FAMÍLIA
A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e deve ser protegida pela 
sociedade e pelo Estado.
É reconhecido o direito do homem e da mulher de contraírem casamento e de fundarem 
uma família, se tiverem a idade e as condições para isso exigidas pelas leis internas, na medida 
em que não afetem estas o princípio da não discriminação estabelecido nesta Convenção.
Obs.: � Quanto ao primeiro ponto, no Brasil, o Supremo Tribunal Federal compreende a pos-
sibilidade de pessoas do mesmo sexo contraírem não o casamento em si, mas sim 
seus efeitos, os quais poderão ser aplicados a união em questão.
Nota-se também que o pacto de São José da Costa Rica não dispõe uma idade mínima 
para que o casamento seja consolidado, a qual deverá ser definida por cada país respectiva-
mente. No Brasil, a idade núbil é de 16 anos, desde que haja a autorização dos pais.
ATENÇÃO
O casamento não pode ser celebrado sem o livre e pleno consentimento dos contraentes.
Proteção da Família – Filhos
Os Estados Partes devem tomar medidas apropriadas no sentido de assegurar a igual-
dade de direitos e a adequada equivalência de responsabilidades dos cônjuges quanto ao 
casamento, durante o casamento e em caso de dissolução do mesmo. Em caso de disso-
lução, serão adotadas disposições que assegurem a proteção necessária aos filhos, 
com base unicamente no interesse e conveniência deles.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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Obs.: � Ainda que o dispositivo tenha entrado em vigor no Brasil em 1992 (por meio da 
Convenção), a alteração na disposição respectiva do ordenamento jurídico somente 
ocorre em 2002 (com a entrada em vigor do Código Civil). Até então, em situações de 
separação (dissolução do casamento), a disposição jurídica garantiria mais direitos 
ao homem do que para a mulher.
A lei deve reconhecer iguais direitos tanto aos filhos nascidos fora do casamento como 
aos nascidos dentro do casamento.
DIREITO AO NOME E DIREITOS DA CRIANÇA
Direito ao nome: toda pessoa tem direito a um prenome e aos nomes de seus pais ou 
ao de um destes. 
Direitos da criança: toda criança terá direito às medidas de proteção que a sua condição 
de menor requer, por parte da sua família, da sociedade e do Estado.
DIREITO À NACIONALIDADE
Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se 
não tiver direito a outra.
A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade nem do direito de mudá-la.
DIREITO DE CIRCULAÇÃO E RESIDÊNCIA
Toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive de seu próprio 
país. O exercício desse direito não pode ser restringido, senão em virtude de lei, na medida 
indispensável, em uma sociedade democrática, para prevenir infrações penais ou para pro-
teger a segurança nacional, a segurança ou a ordem públicas, a moral ou a saúde públicas, 
ou os direitos e liberdades das demais pessoas.
O exercício dos direitos reconhecidos pode também ser restringido pela lei, em zonas 
determinadas, por motivo de interesse público.
Ninguém pode ser expulso do territóriodo Estado do qual for nacional e nem ser privado 
do direito de nele entrar.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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O estrangeiro que se encontre legalmente no território de um Estado-parte na presente 
Convenção só poderá dele ser expulso em decorrência de decisão adotada em conformi-
dade com a lei.
Obs.: � A expulsão somente pode ser realizada de acordo com decisão prevista em lei. No 
caso da Lei da Migração, para que um estrangeiro seja expulso do território brasi-
leiro, deve-se garantir o direito a ampla defesa e ao contraditório (ainda que no 
âmbito administrativo).
Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em caso de 
perseguição por delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos, de acordo 
com a legislação de cada Estado e com as Convenções internacionais.
Obs.: � O dispositivo trata da possibilidade de concessão do asilo político.
Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso ou entregue a outro país, seja ou não de 
origem, onde seu direito à vida ou à liberdade pessoal esteja em risco de violação em virtude 
de sua raça, nacionalidade, religião, condição social ou de suas opiniões políticas. 
É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.
Obs.: � No Brasil, o processo que transcorre no Ministério da Justiça deverá ser individual, 
aplicando-se o mesmo ao decreto de expulsão.
DIREITOS POLÍTICOS
Todos os cidadãos devem gozar dos seguintes direitos e oportunidades:
a) de participar da condução dos assuntos públicos, diretamente ou por meio de repre-
sentantes livremente eleitos;
b) de votar e ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio univer-
sal e igualitário e por voto secreto, que garantam a livre expressão da vontade dos eleitores;
c) de ter acesso, em condições gerais de igualdade, às funções públicas de seu país.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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Obs.: � Trata-se também de direitos da primeira geração, classificação que compreende 
os direitos civis e políticos.
IGUALDADE PERANTE A LEI
Todas as pessoas são iguais perante a lei. Por conseguinte, têm direito, sem discrimina-
ção, a igual proteção da lei.
ATENÇÃO
Ainda que no art. 5º da Constituição Federal conste que somente os estrangeiros 
residentes sejam dotados de igualdade perante a lei, o Supremo interpreta que o estrangeiro 
não residente deve possuir os mesmos direitos assegurados, aplicadas as eventuais 
restrições que o próprio texto constitucional estabelece (a exemplo da extradição).
PROTEÇÃO JUDICIAL
Toda pessoa tem direito a um recurso simples e rápido ou a qualquer outro recurso efe-
tivo, perante os juízes ou tribunais competentes, que a proteja contra atos que violem seus 
direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição, pela lei ou pela presente Convenção, 
mesmo quando tal violação seja cometida por pessoas que estejam atuando no exercício de 
suas funções oficiais.
PARTE I – DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS
Na Convenção Americana sobre Direitos Humanos não são enumerados os direitos 
econômicos, sociais e culturais.
Os direitos de 2ª Geração foram enumerados no Protocolo Adicional à Convenção Ame-
ricana sobre Direitos Humanos denominado de Protocolo de São Salvador, de 17 de novem-
bro de 1988.
O Brasil faz parte desse Protocolo desde 16 de novembro de 1999, tendo ele sido incor-
porado ao ordenamento jurídico brasileiro por meio do Decreto n. 3.321, de 30 de dezem-
bro de 1999.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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Na Convenção Americana, um único dispositivo tratou dos direitos de 2ª Geração:
Art. 26. Desenvolvimento progressivo: Os Estados-partes comprometem-se a adotar as providên-
cias, tanto no âmbito interno, como mediante cooperação internacional, especialmente econômica 
e técnica, a fim de conseguir progressivamente a plena efetividade dos direitos que decorrem 
das normas econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura, constantes da Carta da Or-
ganização dos Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na medida dos 
recursos disponíveis, por via legislativa ou por outros meios apropriados. 
Obs.: � Os direitos sociais devem sempre possuir um caráter progressivo e sem hipó-
teses de regressão. Uma das críticas ao artigo é que ao relacionar a garantia de 
direitos aos recursos disponíveis, o Estado poderá declarar livremente que não teve 
sucesso ao garantir determinado direito, pois não possuía recursos suficientes para 
a sua manutenção ou pleno desenvolvimento.
SUSPENSÃO DE GARANTIAS
Pergunta: é possível suspender as obrigações dos Estados Partes constante na Convenção?
Resposta: Sim, mas desde que, na medida e pelo tempo estritamente limitados às 
exigências da situação, não gere discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, 
sexo, idioma, religião ou origem social, tampouco sejam incompatíveis com as demais obri-
gações que lhe impõe o Direito Internacional.
Pergunta: em quais situações os direitos poderão ser suspensos?
Resposta: nos casos de: guerra; perigo público; ou de outra emergência que ameace 
a independência ou segurança do Estado Parte da Convenção.
Os seguintes direitos não podem ser suspensos:
• Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica;
• Direito à vida;
• Direito à integridade pessoal;
• Proibição da escravidão e da servidão;
• Princípio da legalidade e da retroatividade;
• Liberdade de consciência e religião;
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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• Proteção da família;
• Direito ao nome;
• Direitos da criança;
• Direito à nacionalidade;
• Direitos políticos.
Tampouco poderão ser suspensas as garantias indispensáveis para a proteção 
desses direitos.
COMUNICAÇÃO
Todo Estado Parte que fizer uso do direito de suspensão deverá informar imediatamente 
os outros Estados Partes na presente Convenção, por intermédio do Secretário-Geral da 
OEA, das disposições cuja aplicação haja suspendido, dos motivos determinantes da sus-
pensão e da data em que haja dado por terminada tal suspensão. 
NORMAS DE INTERPRETAÇÃO
Interpretação
Nenhuma disposição desta Convenção pode ser interpretada no sentido de:
a) permitir a qualquer dos Estados Partes, grupo ou pessoa, suprimir o gozo e exercício 
dos direitos e liberdades reconhecidos na Convenção ou limitá-los em maior medida do que 
a nela prevista;
b) limitar o gozo e exercício de qualquer direito ou liberdade que possam ser reconheci-
dos de acordo com as leis de qualquer dos Estados Partes ou de acordo com outra conven-
ção em que seja parte um dos referidos Estados;
c) excluir outros direitos e garantias que são inerentes ao ser humano ou que decorrem 
da forma democrática representativa de governo; e
d) excluir ou limitar o efeito que possam produzir a Declaração Americana dos Direitos e 
Deveres do Homem e outros atos internacionais da mesma natureza.
RECONHECIMENTO DE OUTROS DIREITOS
Art. 31 Poderão ser incluídos no regime de proteção desta Convenção outros direitos e liber-
dades que forem reconhecidos de acordo com os processos estabelecidos nos artigos 76 e 77.
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Pacto de San José da Costa Rica III
DIREITOS HUMANOS
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Art. 76. Qualquer Estado Parte, diretamente, e a Comissão ou a Corte, por intermédio do Secre-
tário-Geral, podem submeter à Assembleia Geral, para o que julgarem conveniente, proposta de 
emenda a estaConvenção.
Art. 77. De acordo com a faculdade estabelecida no artigo 31, qualquer Estado Parte e a Comissão 
podem submeter à consideração dos Estados Partes reunidos por ocasião da Assembleia Geral, 
projetos de protocolos adicionais a esta Convenção, com a finalidade de incluir progressiva-
mente no regime de proteção da mesma outros direitos e liberdades.
Obs.: � Os artigos se baseiam no conceito de que quanto mais direitos fundamentais con-
cedidos ao ser-humano, melhores serão as condições para que ele possa exercer a 
sua dignidade, a qual deverá ser respeitada pelo Estado que não poderá promover 
a violação dos direitos fundamentais.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Luciano Monti Favaro. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Pacto de San José da Costa Rica IV
DIREITOS HUMANOS
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PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA IV
SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS
• Há dois órgãos de proteção dos Direitos Humanos no âmbito do Sistema 
Interamericano:
 – Comissão Interamericana de Direitos Humanos: denominada de 
Comissão. Trata-se de órgão ligado à OEA.
 – Corte Interamericana de Direitos Humanos: denominada de Corte. É 
uma Corte autônoma e não pertence à estrutura da OEA.
OOss.:� Organização dos Estados Americanos: entre os 35 países que fazem 
parte, consta o Brasil.
Artigo 33 – São competentes para conhecer de assuntos relacionados com o cum-
primento dos compromissos assumidos pelos Estados-partes nesta Convenção: 
a) a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, doravante denominada a Co-
missão; e b) a Corte Interamericana de Direitos Humanos, doravante denominada 
a Corte.
COMISSÃO CORTE
Função principal: promover a observância 
e a defesa dos direitos humanos mediante 
recomendações aos Estados.
Função principal: analisar e julgar os 
casos de violação dos Direitos Humanos 
encaminhados à sua apreciação.
É órgão pertencente à OEA que funciona 
como instância preliminar à submissão do 
caso à Corte.
Não pertence a OEA. É um órgão jurisdicional 
do sistema interamericano que resolve os 
casos de violação de direitos humanos.
OOss.:� Corte é Tribunal. Vai julgar também os Estados (membros).
Exemplo: Se o Brasil violar normas do Pacto San José da Costa Rica, quem 
vai analisar é o Sistema Interamericano composto por Comissão e Corte.
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DIREITOS HUMANOS
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 – A eventual violação tem de passar pela Comissão para, depois de feita a 
recomendação e não aceita pelo país, ser encaminhada à Corte.
Direto do concurso
11. (PMCFO/2010) O Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Huma-
nos é formado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e pela 
Corte Interamericana de Direitos Humanos, órgãos especializados da Orga-
nização dos Estados Americanos, com atribuições fixadas pelo Pacto de São 
José da Costa Rica, tratado de maior importância dentro do sistema.
Comentário
O sistema é composto por dois órgãos: Comissão e Corte, mas os dois não são 
especializados da OEA, pois, enquanto Comissão é um órgão especializado 
da OEA, a Corte não é um órgão da OEA (é um órgão independente).
OOss.:� Comissão também tem autonomia, mas está ligada à estrutura da OEA. A 
Corte é um órgão do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
OOss.:� Gabarito da questão foi anulado, pois sua primeira resposta saiu como certa.
12. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos tem por função principal a ob-
servância e defesa dos direitos humanos e, no exercício de seu mandato, tem 
a atribuição de formular recomendações aos governos dos Estados-membros.
COMISSÃO CORTE
Composição: sete membros, que deverão 
ser pessoas de alta autoridade moral e de 
reconhecido saber em matéria de direitos 
humanos.
Composição: sete juízes eleitos a título 
pessoal entre juristas da mais alta autoridade 
moral, de reconhecida competência em 
matéria de direitos humanos, e que reúnam 
as condições requeridas para o exercício das 
mais elevadas funções judiciais em seu país.
Mandato dos membros: quatro anos, podendo 
ser reeleitos uma vez.
Mandato dos juízes: seis anos, podendo ser 
reeleitos uma única vez.
Não pode fazer parte da Comissão mais de 
um nacional de um mesmo país.
Não pode haver dois juízes da mesma 
nacionalidade.
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DIREITOS HUMANOS
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Os membros da Comissão serão eleitos a título 
pessoal, pela Assembleia Geral da Organização, 
de uma lista de candidatos propostos pelos 
governos dos Estados-membros.
Os juízes da Corte serão eleitos a título 
pessoal, em votação secreta e pelo voto 
da maioria aOsoluta dos Estados-partes 
na Convenção, na Assembleia Geral da 
Organização, de uma lista de candidatos 
propostos pelos mesmos Estados.
Sede: Washington. Sede: San José, Costa Rica.
OOss.:� Corte – tem de reunir requisitos para exercer as funções mais elevadas 
do país. Como, por exemplo, para ser ministro do STF, a pessoa precisa 
ter 35 anos e ser brasileiro nato.
 – O sistema é interamericano (é das Américas).
Exemplo: Título pessoal – não vai para representar o Brasil.
 – A Comissão é anterior ao pacto.
COMISSÃO CORTE
A Comissão representa todos os membros da 
Organização dos Estados Americanos.
OOss.: Todos os 35 países.
A Corte somente tem jurisdição sobre os 
Estados que a reconhecem.
Deve, assim, haver reconhecimento expresso 
dos Estados-membros da OEA no sentido de 
reconhecer a jurisdição da Corte.
Competência: Qualquer pessoa ou grupo de 
pessoas, ou entidade não governamental 
legalmente reconhecida em um ou mais 
Estados-membros da OEA, pode apresentar à 
Comissão petições que contenham denúncias 
ou queixas de violação da Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de 
San José da Costa Rica) por um Estado-Parte.
Competências: Somente os Estados-partes e a 
Comissão podem submeter um caso à decisão 
da Corte. 
OOss.: A pessoa que levou o caso à Comissão 
não pode levar o caso à Corte.
A Corte tem competência em questões 
consultiva e contenciosa.
Consultiva: relativa à interpretação dos artigos 
da Convenção Americana e das disposições de 
tratados concernentes à proteção dos direitos 
humanos nos Estados americanos.
Contenciosa: caráter jurisdicional para o 
julgamento de casos concretos quando se 
alega que um Estado-parte da Convenção 
Americana violou algum de seus preceitos.
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DIREITOS HUMANOS
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 – Se um país A é recomendado pela Comissão, mas esta não o aceita, 
encaminha-se para a Corte, mas o país não aceitou a jurisdição dela. 
Cláusula facultativa de jurisdição obrigatória (país assina se quiser); uma 
vez assinada, a jurisdição se tornará obrigatória. Brasil já aderiu a essa 
cláusula, mas a maioria dos países nas Américas não a aceitou.
OOss.:� Isso representa a evolução dos Direitos Humanos no Brasil. O Brasil faz 
parte da Corte.
Direto do concurso
13. (MPT/2006) Não é da competência da Comissão Interamericana de Direitos 
Humanos examinar as comunicações, encaminhadas por indivíduos ou en-
tidades não governamentais, quecontenham denúncia de violação a direito 
consagrado pela Convenção Americana, por Estado que dela seja parte.
Comentário
É, sim, da competência.
14. (IRBR/2009) Todos os Estados-membros da Convenção Interamericana so-
bre Direitos Humanos estão, ipso facto, sujeitos à jurisdição da Corte Intera-
mericana de Direitos Humanos, com sede em São José, na Costa Rica.
Comentário
ipso facto – estão realmente.
OOss.:� Não são todos. Os EUA não fazem parte da Corte, não assinaram a cláu-
sula facultativa.
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DIREITOS HUMANOS
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15. (MPT/2006) Nos termos da Convenção Americana, o indivíduo, a Comissão 
Interamericana e os Estados-partes podem submeter um caso à Corte Inte-
ramericana de Direitos Humanos.
Comentário
O indivíduo não pode submeter um caso à Corte Interamericana de Direitos 
Humanos.
16. (DPE/SE) A Comissão Interamericana de Direitos Humanos não pode aceitar 
nem processar petições individuais.
Comentário
Quem não pode é a Corte.
COMISSÃO CORTE
IMPORTANTE! Para que uma petição que 
contenha denúncia ou queixa de violação da 
Convenção e dos direitos humanos seja aceita 
pela Comissão, é necessário o preenchimento 
dos seguintes requisitos:
a) que hajam sido interpostos e esgotados 
os recursos da jurisdição interna, de acordo 
com os princípios de direito internacional 
geralmente reconhecidos;
OOss.: Tem de transitar em julgado – Já tem de 
ter pedido para o Estado conceder os Direitos 
Humanos, mas ele ficou inerte ou julgou e 
concluiu que não houve violação aos Direitos 
Humanos, por exemplo.
IMPORTANTE! Para que a Corte reconheça 
um caso, é necessário que, primeiramente, o 
caso seja analisado pela Comissão.
Sentença proferida pela Corte:
• Deve ser fundamentada;
• Definitiva e inapelável.
O quórum para as deliberações da Corte é 
constituído por cinco juízes.
OOs.: De sete membros.
A Comissão comparecerá em todos os casos 
perante a Corte.
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DIREITOS HUMANOS
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b) que seja apresentada dentro do prazo de 6 
meses, a partir da data em que o presumido 
prejudicado em seus direitos tenha sido 
notificado da decisão definitiva;
c) que a matéria da petição não esteja 
pendente de outro processo de solução 
internacional;
OOss.: Não existe somente a Comissão 
Interamericana de Direitos Humanos que 
cuida do sistema de proteção internacional, 
com isso, não pode ter litispendência.
d) que a petição contenha o nome, a 
nacionalidade, a profissão, o domicílio e a 
assinatura da pessoa, ou pessoas, ou do 
representante legal da entidade que submeter 
a petição.
OOss.:� A Comissão é uma instância que funciona como preliminar, e é obrigatória 
antes de encaminhar para a Corte.
COMISSÃO
• As disposições das alíneas “a” e “b” não se aplicarão quando:
OOss.:� Exceção.
 – Não existir, na legislação interna do Estado de que se tratar, o devido 
processo legal para a proteção do direito ou direitos que se alega terem 
sido violados.
 – Não se houver permitido ao presumido prejudicado em seus direitos o 
acesso aos recursos da jurisdição interna, ou houver sido ele impedido 
de esgotá-los.
 – Houver demora injustificada na decisão sobre os mencionados recursos.
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Pacto de San José da Costa Rica IV
DIREITOS HUMANOS
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Exemplo: Caso da Maria da Penha – não aguentava mais o sofrimento sem 
ter o seu direito humano respeitado.
• A Comissão declarará inadmissível toda petição que:
 – Não preencher algum dos requisitos mencionados.
 – Não expuser fatos que caracterizem violação dos direitos garantidos por 
esta Convenção;
 – Pela exposição do próprio peticionário ou do Estado, for manifestamente 
infundada a petição ou comunicação, ou for evidente sua total improce-
dência; ou
 – For substancialmente reprodução de petição ou comunicação anterior, já 
examinada pela Comissão ou por outro organismo internacional.
Direto do concurso
17. (PMCFO/DF/2017) No que se refere ao Sistema Interamericano de Direi-
tos Humanos, é possível classificar a atuação da Corte Interamericana de 
Direitos Humanos em que ao menos seis tipologias de atuações acerca de 
violações aos direitos humanos: 1 – violações que tratem do legado do re-
gime autoritário ditatorial; 2 – violações que tratem do regime de transição 
(transitional justice); 3 – violações que tratem dos desafios do fortalecimento 
das instituições e da consolidação do Estado de Direito (rule of law); 4 – vio-
lações que tratem de direito de grupos vulneráveis; 5 – violações aos direitos 
sociais; e 6 – violações que tratem dos novos direitos da agenda contempo-
rânea. Em relação a esse tema, é correto afirmar que o Sistema Interameri-
cano de Direitos Humanos:
a. está se consolidando como importante e eficaz estratégia de proteção dos 
direitos humanos, ainda que as instituições estatais não se mostrem falhas 
ou omissas.
b. é trifásico, contando com três órgãos distintos: a Comissão Interamericana 
de Direitos Humanos, a Corte Interamericana de Direitos Humanos e o Alto 
Comissariado dos Direitos Humanos.
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DIREITOS HUMANOS
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c. é bifásico, contando com dois órgãos distintos: a Comissão Interamericana 
de Direitos Humanos e o Alto Comissariado dos Direitos Humanos.
d. é unitário, representado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
e. contribui para a apuração de denúncias dos mais sérios abusos e viola-
ções dos direitos humanos, com vistas ao fortalecimento da accountability 
dos Estados.
Comentário
a. está se consolidando como importante e eficaz estratégia de proteção dos 
direitos humanos, ainda que as instituições estatais não se mostrem falhas 
ou omissas.
b. é trifásico, contando com três órgãos distintos: a Comissão Interamericana 
de Direitos Humanos, a Corte Interamericana de Direitos Humanos e o Alto 
Comissariado dos Direitos Humanos.
c. É bifásico.
d. Não é unitário.
e. accountability – transparência dos Estados.
18. Considerando o Sistema Interamericano de Direitos Humanos e os dois ór-
gãos que o compõe, assinale a alternativa correta:
a. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos é órgão pertencente à 
Organização dos Estados Americano, localizada na cidade de San José, 
na Costa Rica, composta por sete membros.
b. A Corte Interamericana de Direitos Humanos é composta por sete mem-
bros com notório conhecimento na matéria de direitos humanos, sendo 
prescindível que reúnam as condições requeridas para o exercício das 
mais elevadas funções judiciais em seu país.
c. Admite-se que a Comissão Interamericana, os Estados-partes e os indivídu-
os possam submeter um caso à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
d. As sentenças proferidas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos 
devem ser fundamentadas admitindo-se a recorribilidade da decisão em 
caso de discordância.
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e. Os membros da Comissão Interamericana de Direitos Humanos são elei-
tos para mandato de quatro anos admitindo-se uma única reeleição.
Comentário
a. Comissão não é na cidade de San José.
b. Prescindível – dispensável. Mas é necessário, não prescindível.
c. O indivíduo não pode.
d. Não pode

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