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SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS - Direitos Humanos

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sistema interamericano de 
direitos humanos 
• O Sistema interamericano de direitos humanos se insere dentro de uma estrutura maior 
que tem dois grandes pilares: o sistema global de direitos humanos e os sistemas 
regionais de direitos humanos 
• O sistema global e tudo que se conhece hoje em termos de proteção da pessoa humana 
nasce a partir do holocausto, no final da Segunda Guerra Mundial, em que todo aquele 
cenário de morte gera um compromisso entre os países envolvidos de maneira a não 
permitir que aquilo não se repita. 
• Para isso acontecer, em termos de Estado, considerando a comunidade internacional de 
1945 em que cada estado estava coberto por sua soberania e só respondia a si próprio 
a respeito do que acontecia dentro de suas fronteiras, falar de direitos humanos (como 
algo que ultrapassa as fronteiras de cada país) era algo muito difícil 
• Para chegarmos no ponto em que hoje é falado de direitos humanos de forma muito 
mais natural, muitas coisas tiveram que acontecer em termos normativos. São os 
principais marcos: 
o Criação da ONU (1945) 
o Declaração universal dos direitos do homem (1948) 
▪ Apesar da sua importância, era uma resolução e, portanto, não tinha 
força de tratado e, portanto, não era obrigatória 
o Pactos de direitos civis e políticos e pactos de direitos econômicos, sociais e 
culturais (1966) 
▪ Reforço normativo 
o Esses três documentos vão formar a carta de direitos humanos, sendo o passo 
inicial para uma normatização e universalização da ideia de direitos humanos. 
Nesse sentido, não é só cada estado que irá tratar por si só sobre o tema, mas 
haverá a criação de um parâmetro normativo que está acima e ao qual os 
estados irão concordar e se submeter 
• Consideração de que cada região tem uma realidade muito distinta uma da outra, não 
sendo possível compará-las. Dessa maneira, em que pese haver um padrão básico, deve-
se fazer o possível para desdobrar esse padrão de maneira a aplicar dentro da realidade 
cultural de cada região. Dessa maneira, foram criados os sistemas regionais de direitos 
humanos, sendo o sistema interamericano de direitos humanos um deles. 
• Ideia foi criar uma organização (que dará a estrutura logística), uma convenção base em 
que os direitos sejam organizados e que sirva de ponto de partida para sua proteção e 
uma comissão, que seria um órgão intermediário de fiscalização sobre o cumprimento 
ou descumprimento desses direitos 
• No sistema global, há a proteção do indivíduo em termos maciços. 
o Tribunal Penal Internacional – órgão permanente 
o Tribunais Internacionais Especiais – aqueles criados por resolução do conselho 
de segurança da ONU para dar conta de violações maciças de direitos humanos 
quando ainda não existia o TPI 
▪ Crítica: muitos dizem que esses tribunais eram tribunais de exceção, 
pois eram criados para um caso específico e depois se desfaziam 
• O sistema global não conseguia alcançar a ideia de prevenção e controle adequados, 
então se criou sistemas regionais. 
• No caso do sistema interamericano de direitos humanos, a organização responsável é a 
OEA (Organização dos Estados Americanos) 
o Originalmente composta por 35 membros 
o Criada em 1948 
• Sistema Interamericano de Direitos Humanos: 
o Sistema regional de proteção no âmbito da Organização dos Estados 
Americanos (OEA) 
o Coexiste com o Sistema Universal de Direitos Humanos da Organização das 
Nações Unidas (ONU) 
o Criação: 
▪ 1948 – 9ª Conferência Interamericana de Estados Americanos, Bogotá 
– adoção da Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem 
▪ 1959 – criação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) 
– encarregada de promover o respeito aos direitos humanos. Ainda não 
tinha todas as competências de que é dotada hoje, o que só ocorre em 
1965 
▪ 1965 – estatuto da CIDH é alterado, o que autoriza a CIDH a “examinar 
as comunicações que lhe sejam dirigidas e qualquer informação 
disponível, para que se dirija ao governo de qualquer dos Estados 
americanos com o objetivo de obter as informações que considere 
pertinentes e para que lhes formule recomendações, quando considere 
apropriado, a fim de tornar mais efetiva a observância dos direitos 
fundamentais” 
• Acompanhar como está sendo a efetivação desses direitos 
pelos Estados e fazer recomendações 
▪ 1969 – adoção da Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos 
(Pacto de São José) – entrou em vigor em 1978 
• 23 Estados-partes: são 35 Estados membros da OEA 
• Venezuela e Trinidad y Tobago denunciaram a Convenção em 
2012 
▪ A Convenção Americana estipulou também a criação da Corte 
Interamericana de Direitos Humanos 
▪ Brasil ratificou a Convenção Americana em 1992 
▪ Somente em 1998 aceitou a competência contenciosa da Corte 
Interamericana como órgão encarregado de questões pendentes de 
solução judicial 
• Pacto de São José era questionado acerca do seu grau hierárquico dentro do 
ordenamento jurídico brasileiro. STF em 2008 chegou à conclusão de que a Convenção 
Interamericana de Direitos Humanos tem valor supralegal (acima da legislação 
ordinária, mas abaixo da constituição), assim como todas as convenções anteriores à 
EC45/94 
o Há quem defenda que tem valor materialmente constitucional, mas isso não é 
reconhecido normativamente ainda. 
• Convenção interamericana de direitos humanos: 
o Obrigações: 
▪ Garantir a todos o livre e pleno exercício dos direitos reconhecidos 
• Todo rol de direitos estabelecidos na convenção está abrangido 
como um direito dos indivíduos para ser exercido em face do 
Estado 
• Estado enquanto possível violador de direitos humanos 
▪ Prevenir, investigar e sancionar toda violação dos direitos reconhecidos 
▪ Procurar o restabelecimento do direito violado e a reparação dos danos 
causados pela violação 
o Principais direitos da Convenção: 
▪ A convenção enuncia, precipuamente, direitos de primeira dimensão – 
direitos civis e políticos similares ao previsto no Pacto Internacional de 
Direitos Civis e Políticos 
• Limite de atuação do Estado na esfera individual 
▪ Os Direitos de segunda dimensão – direitos sociais, econômicos e 
culturais – tiveram alcance progressivo. Previsão no Protocolo Adicional 
de San Salvador, em vigor desde 1999. 
▪ Direito à personalidade jurídica 
• Ao ser humano não pode ser negado o reconhecimento de sua 
personalidade jurídica, ou seja, de sujeito de direitos 
▪ Direito à vida 
• Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente 
• Em geral, é um direito resguardado desde a concepção 
• A convenção não proíbe a pena de morte, apenas impõe 
algumas restrições: 
o Para gestantes, crianças (menor de 18 anos) e idosos 
(acima de 70 anos) 
o Para delitos políticos 
Artigo 1. Obrigação de respeitar os direitos 
 1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os 
direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda 
pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, 
cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem 
nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. 
 2. Para os efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano. 
 
 
Artigo 2. Dever de adotar disposições de direito interno 
 Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no artigo 1 ainda não estiver 
garantido por disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados Partes 
comprometem-se a adotar, de acordo com as suas normas constitucionais e com as 
disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem 
necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades. 
 
• Entretanto, nos últimos anos houve um protocolo facultativo 
para a abolição da pena de morte 
o Estados que já aboliram a pena de morte não poderão 
voltar a adotá-la novamenteo Estados que ainda têm a pena de morte, esta só poderá 
ser imposta para os delitos mais graves e em 
cumprimento de sentença final de tribunal competente 
e em conformidade com a lei. Não é possível aumentar 
o rol de crimes puníveis com pena de morte. 
▪ Direito à integridade 
• Física, psíquica e moral 
• Problema do encarceramento (mais de 200 denúncias sobre 
violações aos direitos humanos ocorridas no âmbito carcerário) 
• Vedação à tortura 
• Pena não pode passar da pessoa do delinquente 
• Processados devem ficar separados dos condenados, salvo 
condições excepcionais 
• Convenção não veda diminuição da maioridade penal 
• Menores de idade, quando puderem ser processados, devem 
ser separados dos adultos e conduzidos a tribunais específicos 
com a maior rapidez possível 
• Penas privativas de liberdade devem ter por finalidade a 
reforma e adaptação social dos condenados 
▪ Direito a não ser submetido à escravidão 
• Tráfico de escravos e de mulheres é proibido 
• Ninguém pode ser submetido a situações de escravidão ou 
servidão 
• Ninguém pode ser constrangido a prestar trabalho forçado ou 
obrigatório 
▪ Direito à liberdade 
• Liberdade individual física 
• Liberdade e segurança pessoais 
• Ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas 
causas e condições previamente fixadas por lei 
• Ninguém pode ser submetido a detenção ou encarceramento 
arbitrários 
• Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da 
detenção e notificadas sem demora das acusações formuladas 
contra ela 
• Toda pessoa presa deve ser conduzida sem demora à presença 
de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer 
função judicial e tem o direito de ser julgada em prazo razoável 
ou de ser posta em liberdade sem prejuízo de que se prossiga o 
processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que 
assegurem o seu comparecimento em juízo 
o Protocolo do desaparecimento forçado – aplicação no 
Brasil: audiência de custódia 
• Ninguém pode ser preso em razão de dívida, com exceção de 
dívida alimentar 
o Deu origem à súmula vinculante n. 35 – inconstitucional 
a prisão do depositário infiel em razão de critérios de 
proporcionalidade 
▪ Garantias judiciais 
• Toda pessoa tem o direito de ser ouvida, com as devidas 
garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou tribunal 
competente, independente e imparcial, estabelecido 
anteriormente por lei na apuração de qualquer acusação penal 
formulada contra ela ou na determinação de seus direitos ou 
obrigações de caráter civil, trabalhista ou fiscal ou de qualquer 
outra natureza 
• Direito a um julgamento justo 
• Direito à compensação em caso de erro judiciário 
• Resguardo à honra e à dignidade 
• Princípio do duplo grau de jurisdição 
▪ Direito à privacidade 
• Direito à intimidade 
• Não ingerência na vida privada 
• Discussão sobre escutas e interceptações telefônicas: limites, 
circunstâncias e valor probatório 
▪ Direito à liberdade de consciência e religião 
• Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e religião. 
Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião e suas 
crenças, mudar de religião e de crenças, bem como a liberdade 
de professar e divulgar sua religião e crenças individual e 
coletivamente, tanto em público como no privado. 
▪ Direito à liberdade de pensamento e expressão 
• Liberdade de procurar, receber e difundir informações e ideias 
de qualquer natureza, sem qualquer consideração de 
fronteiras, verbalmente ou por escrito. Esse exercício não pode 
estar sujeito a censura prévia, mas pode estar sujeito a 
responsabilização ulterior quando expressamente previstas na 
lei. 
▪ Direito à resposta 
▪ Direito à liberdade de associação 
• Liberdade de reunião e associação 
• Pacífica e sem armas 
▪ Direito ao nome 
▪ Direito à nacionalidade 
• Direito do indivíduo, não apenas uma questão de soberania do 
Estado 
▪ Direito à liberdade de movimento e residência 
▪ Direito de participar do governo 
▪ Direito à igualdade perante a lei 
• Igualdade perante a lei = igualdade formal. Não ter privilégios 
nem discriminações. 
• Igualdade na lei = igualdade material. Igualdade de condições. 
Igualamento das condições materiais. Lei pode estabelecer 
diferenciações para compensar a própria desigualdade 
material. Tratar os iguais igualmente e os desiguais 
desigualmente na medida das suas desigualdades. 
▪ Direito à proteção judicial 
• Ideia da tutela jurisdicional 
• Inafastabilidade da jurisdição 
• Acesso à justiça 
• Dois órgãos responsáveis pelo sistema interamericano de direitos humanos: 
o Comissão interamericana de direitos humanos 
▪ Órgão de entrada, responsável por receber, processar as denúncias, 
tomar os relatórios, solicitar informações, dar o encaminhamento para 
saber se existiu a violação, se é possível acordo, etc. 
▪ Composta por 7 membros, eleitos pela Assembleia Geral da OEA para 
um período de 4 anos, podendo ser reeleitos apenas uma vez 
▪ Função principal: promover a observância e a defesa dos direitos 
humanos (art. 41) 
• Estimular a consciência dos direitos humanos na América Latina 
• Formular recomendações aos governos 
• Preparar estudos ou relatórios para o desempenho de suas 
funções 
• Solicitar aos governos dos Estados-membros informações 
acerca de direitos humanos 
• Atender às consultas da Assembleia Geral 
• Atuar com respeito às petições que recebam com relação às 
denúncias 
▪ Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não governamental 
legalmente reconhecida em um ou mais Estados-Membros da 
Organização pode apresentar à Comissão petições que contenham 
denúncias ou queixas de violação da Convenção por um Estado-parte 
(art. 44) 
▪ Sede: Washington DC – OEA 
▪ É uma competência obrigatória = membro da OEA reconhece 
automaticamente a competência da comissão 
o Corte interamericana de direitos humanos 
▪ Órgão jurisdicional 
▪ Tem estrutura jurisdicional 
▪ Faz coisa julgada 
▪ Sentença é título executivo 
▪ Imposto aos Estados que reconhecem a competência da Corte 
▪ Composta por 7 juízes, eleitos a título pessoal pela Assembleia Geral da 
OEA para um mandato de 6 anos, podendo ser reeleitos apenas uma 
vez 
▪ Somente os Estados-parte e a Comissão têm direito de submeter caso 
à decisão da Corte (art. 61, I) 
• Indivíduo não pode submeter caso à Corte, via de regra. 
Entretanto, em casos excepcionais pode: necessidade de 
medidas cautelares e de urgência, com perigo de dano 
irreparável ou de difícil reparação 
▪ Competência contenciosa e consultiva 
▪ Brasil só reconheceu a sua competência em 1998 
▪ Competência é facultativa, Estado-membro deve reconhecê-la 
expressamente 
• Estado-membro não é obrigado a se submeter à jurisdição da 
Corte 
• Mas, caso reconheça a competência da Corte, fica obrigado a 
observar as decisões da Corte 
• Declaração formulada pelo Brasil no ato da adesão à Convenção: 
o Brasil: o governo brasileiro entende que os artigos 43 e 48, d, não incluem o 
direito automático de visitas e investigações in loco da Comissão Interamericana 
de Direitos Humanos, que dependerão da anuência expressa do Estado 
• Reconhecimento da competência da Corte: 
o O governo brasileiro declara que reconhece, por tempo indeterminado, como 
obrigatória e de pleno direito a competência da Corte Interamericana de 
Direitos Humanos, em todos os casos relacionados com a interpretação ou 
aplicação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, em conformidade 
com o art. 62, sob reserva de reciprocidade e para fatos posteriores a esta 
declaração (dezembro de 1998) 
• Denúncia perante a Comissão 
o A maior incidência de casos são os individuais, ou seja, violações a direitos 
individuais. Mas, eventualmente, casos de violações a direitos coletivos podem 
acontecer 
o Qualquer pessoa pode oferecer a denúncia: a própria vítima, terceiros, grupos 
ou organizações não governamentaisregulamentadas segundo a lei do país de 
origem. Formalizar a denúncia em uma petição, com requisitos próprios. 
o A comissão e a corte não são competentes, em geral, para receber denuncias 
de violações cometidas contra pessoas jurídicas, apenas seres humanos 
o Para casos individuais necessário reconhecimento da competência da comissão 
para esse fim (art. 45-1) 
• Requisitos de admissibilidade da petição: 
o Princípio da complementariedade: a jurisdição básica e primária é a do Estado. 
Porém, se o Estado por algum motivo não consegue lidar ou se omite em relação 
ao problema ou ele é o próprio violador, complementarmente à jurisdição do 
Estado é aplicada a jurisdição internacional 
o Para que as petições e comunicações sejam admitidas pela Comissão – art. 46: 
▪ Esgotamento ou inexistência de recursos internos para reparação do 
direito humano violado ou quando os recursos disponíveis forem 
inefetivos 
▪ Apresentação do expediente internacional no prazo de 6 meses a contar 
da decisão interna insatisfatória 
▪ Não haja outro procedimento internacional apurando a questão 
▪ Identificação, com nome, nacionalidade, domicílio e assinatura 
o Inadmissibilidade – art. 47: 
▪ Petição que não preenche os requisitos do art. 46 
▪ Fatos expostos não caracterizam violações 
▪ Denuncia manifestamente infundada e evidente sua improcedência 
▪ Reprodução de petição já analisada pela Comissão ou outro organismo 
• Processo perante a Comissão 
o Recebida a comunicação – petição –, analisa-se os requisitos de admissibilidade 
▪ Se não estiverem presentes: arquiva 
▪ Se estiverem presentes: solicita informações ao Estado acusado 
o Comissão, então, analisará a subsistência das acusações 
▪ Se insubsistente: arquiva 
▪ Se subsistente: tenta solução amistosa – prazo de 3 meses para tomar 
providências 
• Se positiva: fará relatório que será enviado ao secretário-geral 
da OEA 
o Solução para ser aceitável deve punir os culpados, 
reparar a vítima e mudar as políticas internas de modo 
a possibilitar que a violação não se repita 
• Se negativa: fará relatório que será encaminhado aos Estados-
parte envolvidos 
• Se nada fizerem, a comissão, após decorrido o prazo de 3 
meses: 
o Decidirá acerca das medidas tomadas 
o Decidirá se serão publicadas as informações da questão 
à comunidade internacional 
• Processo perante a Corte 
o Só Estado-membro ou a Comissão podem recorrer à Corte 
o Ação jurisdicional propriamente dita 
o Sentença da corte é definitiva, inapelável e constitui título executivo 
o Em uma interpretação sistemática, interpretando o art. 109, CF, cabe à Justiça 
Federal de 1º grau do lugar que seria competente para conhecer dessa ação 
executar a sentença da Corte 
o Não precisa de homologação, pois não é uma sentença estrangeira 
propriamente dita. Brasil se submete à jurisdição da Corte, então não precisa 
homologar as sentenças proferidas por ela. 
o É possível, excepcionalmente, ao indivíduo recorrer à Corte diretamente sem 
passar pela Comissão quando se tratar de uma situação de urgência.

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