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AULA 04

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1- INTRODUÇÃO – ASPECTOS COMUNS AOS REGIMES ADUANEIROS 
ESPECIAIS: 
Quando uma mercadoria é importada ou exportada, a regra geral é 
que deverá ocorrer a incidência tributária e serem cobrados os tributos 
devidos. No entanto, em algumas situações especiais, por razões de ordem 
econômica, logística ou mesmo facilitação de comércio, as mercadorias 
importadas ou exportadas podem fugir à regra geral. 
Nesses casos, quando não se aplica às mercadorias importadas ou 
exportadas o regime comum de importação, dizemos que as mercadorias são 
submetidas a regimes aduaneiros especiais. 
Com efeito, quando uma mercadoria entra no país, ela pode se 
submeter a três tipos de regimes aduaneiros: o regime comum, regimes 
aduaneiros especiais ou regimes aduaneiros aplicados em áreas 
especiais. 
As mercadorias submetidas ao regime comum de importação são 
aquelas que entram a título definitivo no país, ou seja, são nacionalizadas. 
Seria o caso, por exemplo, de automóveis importados por uma empresa que 
irá revendê-los no país. Nesse tipo de importação, haverá recolhimento 
tributário integral, sendo as mercadorias despachadas para consumo. Os 
bens beneficiados com isenção e imunidade, por entrarem a título definitivo no 
país, também sofrem despacho para consumo e, portanto, estão sujeitos ao 
regime comum de importação. 
As mercadorias submetidas a regimes aduaneiros especiais na 
importação, por sua vez, entram no país com a exigibilidade do crédito 
tributário suspensa. Há, ainda, uma situação em que a mercadoria entra com 
isenção tributária: o regime aduaneiro de drawback, na modalidade isenção. 
Os regimes aduaneiros especiais representam, portanto, uma exceção à regra 
geral do recolhimento tributário. Destaque-se que a suspensão ou isenção do 
crédito tributário ocorrerá devido a características especiais da operação que 
está sendo realizada. 
São inúmeros os Regimes Aduaneiros Especiais previstos na legislação 
brasileira, sendo estes discriminados no Decreto nº 6759/2009. Neste tipo de 
regime, as mercadorias sofrem despacho para admissão, com exceção 
das mercadorias importadas ao amparo do drawback, que sofrem 
despacho para consumo. Assim, embora o drawback seja um regime aduaneiro 
especial, as mercadorias nele admitidas não sofrerão despacho para admissão, 
mas sim despacho para consumo. 
“Ricardo, você pode dar um exemplo da aplicação de um regime 
aduaneiro especial a uma situação em concreto?” 
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Claro, meu amigo! Vamos lá! 
Suponha que será realizada uma exposição de obras de arte no Brasil 
e que, para isso, serão importadas esculturas e quadros de artistas 
estrangeiros. Essas obras de arte permanecerão no país durante o período de 
realização da exposição e depois retornarão ao exterior. Será que os tributos 
serão exigidos pela Receita Federal do Brasil nesta operação? Não, a 
importação dessas obras de artes será feita ao amparo do regime aduaneiro 
especial de admissão temporária. Dessa forma, a entrada desses bens no 
país será realizada com suspensão dos tributos incidentes. Percebam, no 
entanto, que a entrada desses bens com suspensão de tributos está 
condicionada ao regresso para o exterior. Moral da história: esses bens 
permanecerão no país apenas por um período de tempo determinado. 
Conseguiu entender esse exemplo, meu amigo? 
“Entendi, Ricardo! Agora falta você explicar o que são regimes 
aduaneiros aplicados em áreas especiais.” 
Os regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais são aqueles 
que existem em áreas específicas do território nacional com o objetivo de 
promover o desenvolvimento regional. Como exemplos de regimes aduaneiros 
aplicados em áreas especiais, citamos a Zona Franca de Manaus, as Zonas de 
Processamento de Exportações (ZPE’s) e as Áreas de Livre Comércio. 
A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de 
importação e exportação cuja criação teve por objetivo o estabelecimento de 
um pólo regional em Manaus, promovendo seu desenvolvimento. Assim, em 
face de condições especiais daquela região (grande distância dos principais 
centros consumidores), esta recebe incentivos governamentais. 
 
Para que vocês não fiquem com dúvidas com relação aos tipos de 
despacho aduaneiro, vale a pena recordamos mais uma vez! 
Há três tipos de modalidades de despacho aduaneiro: i) despacho 
para consumo; ii) despacho para admissão e; iii) despacho para 
internação. 
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Os bens submetidos ao regime de importação comum sofrem 
despacho para consumo. Nesse caso, em regra, há recolhimento tributário 
integral. No caso de bens importados com isenção ou imunidade, também se 
aplica o despacho para consumo. Com efeito, o despacho para consumo está 
ligado ao ânimo de definitividade da importação. 
Por sua vez, os bens submetidos a regimes aduaneiros 
especiais sofrem despacho para admissão. Há, todavia, uma exceção 
importante: o drawback. Em que pese o drawback ser um regime aduaneiro 
especial, os bens a ele submetidos sofrem despacho para consumo. Os bens 
que ingressam na ZFM com isenção tributária também sofrem despacho para 
admissão; os bens que entram na ZFM sem isenção tributária sofrem despacho 
para consumo. 
Já o despacho de internação é o que ocorre quando bens que 
tenham ingressado na Zona Franca de Manaus com o benefício de isenção são 
internalizados no território brasileiro. Considerando-se que a entrada de bens 
na ZFM recebe isenção tributária, o ingresso desses bens na ZFM sofrerá 
despacho para admissão. Caso esses bens sejam vendidos a empresa situada 
em outro lugar do Brasil, sofrerão despacho para internação, havendo 
recolhimento tributário. 
 
a) Mercadorias submetidas ao regime comum de 
importação: despacho para consumo 
b) Mercadorias submetidas a regime aduaneiro 
especial: despacho para admissão, à exceção do 
drawback, que sofre despacho para consumo. 
c) Mercadorias ingressadas na ZFM: despacho para 
admissão (quando receberem isenção tributária) ou 
despacho para consumo (quando não receberem 
isenção tributária). 
d) Mercadorias vendidas da ZFM para qualquer 
outra parte do território brasileiro: despacho para 
internação. 
Mais adiante em nosso curso, trataremos individualmente de cada um 
dos regimes aduaneiros especiais e, ainda, da Zona Franca de Manaus e das 
Zonas de Processamento de Exportações. 
Antes disso, porém, vamos falar sobre algumas regras gerais 
aplicáveis a todos os regimes aduaneiros especiais, as quais estão 
definidas pelos art.307 a 314 do Decreto nº 6759/2009 (Regulamento 
Aduaneiro). 
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Os art. 307 e 308 definem como funciona a suspensão de tributos em 
razão da aplicação de regimes aduaneiros especiais: 
Art. 307. O prazo de suspensão do pagamento das obrigações fiscais 
pela aplicação dos regimes aduaneiros especiais, na importação, será 
de até um ano, prorrogável, a juízo da autoridade aduaneira, por 
período não superior, no total, a cinco anos. 
§ 1o A título excepcional, em casos devidamente justificados, o prazo 
de que trata este artigo poderá ser prorrogado por período superior a 
cinco anos, observada a regulamentação editada pelo Ministério da 
Fazenda. 
§ 2o Quando o regime aduaneiro especial for aplicado a mercadoria 
vinculada a contrato de prestação de serviço por prazo certo, de 
relevante interesse nacional, o prazo de que trata este artigo será o 
previsto no contrato, prorrogável na mesma medida deste. 
§ 3o Nas hipóteses de que trata o § 2o, o prazocontratual prevalece 
sobre aqueles referidos no caput, no § 1o, e em dispositivos específicos 
deste Título. 
 
Art. 308. Ressalvado o disposto no Capítulo VII, as obrigações fiscais 
suspensas pela aplicação dos regimes aduaneiros especiais serão 
constituídas em termo de responsabilidade firmado pelo beneficiário do 
regime, conforme disposto nos arts. 758 e 760. 
Conforme é possível perceber a partir da leitura dos dispositivos 
supratranscritos, a suspensão de tributos não ocorre por prazo 
indeterminado. Ao contrário, no momento em que concede o regime 
aduaneiro especial, a autoridade aduaneira define o prazo pelo qual o crédito 
tributário ficará suspenso. 
Cada um dos regimes aduaneiros especiais possui regras específicas 
quanto ao prazo de concessão. No entanto, a regra geral é que as 
obrigações fiscais poderão ficar suspensas por até 1 (um) ano. Cabe à 
autoridade aduaneira, a seu juízo (ato discricionário), decidir se é cabível 
prorrogação, que não poderá ultrapassar 5 (cinco) anos. 
“Mas, Ricardo, é possível prorrogar a concessão de um regime 
aduaneiro especial por mais de 5 (cinco) anos?” 
Sim, meu amigo! Mas isso só poderá ocorrer em casos excepcionais 
devidamente justificados, conforme regulamentação do Ministério da Fazenda. 
A Portaria MF nº 320/2006 estabelece que o prazo de suspensão do 
pagamento das obrigações fiscais pela aplicação dos regimes aduaneiros 
especiais, na importação, poderá ser prorrogado por período superior a 
cinco anos, em caráter excepcional e desde que devidamente justificado 
quando se tratar de: i) protótipos ou unidades pré-séries, adaptados em 
decorrência dos ensaios e testes para o desenvolvimento de outros produtos, 
conforme exigido no programa de certificação e que não farão parte dos 
produtos seriados; e ii) motivo alheio à vontade do beneficiário do 
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regime, que venha a impedir o adimplemento do compromisso assumido, 
dentro do prazo estabelecido. 
Ainda quanto a prazos de concessão de regimes aduaneiros especiais, 
vale destacar que quando uma mercadoria importada estiver vinculada a 
contrato de prestação de serviço por prazo certo, de relevante 
interesse nacional, nenhuma das regras acima expostas será aplicável. O 
prazo de concessão do regime aduaneiro especial, nesse caso, será o mesmo 
prazo do contrato, prorrogável na mesma medida deste. 
Como exemplo, imagine que sejam importadas ao amparo de um 
contrato de aluguel, várias máquinas para serem utilizadas em uma obra de 
construção civil. Tais máquinas são, então, submetidas ao regime de admissão 
temporária. E aí, qual será o prazo de concessão do regime? Considerando 
queque as mercadorias estão vinculadas a um contrato de prestação de serviço 
por prazo certo (digamos que sejam 3 anos!), o prazo de concessão será o 
mesmo prazo do contrato. Cabe destacar que se o contrato puder ser 
prorrogado por mais 3 anos, também poderá ser prorrogado por igual período 
o prazo de concessão do regime. 
Questão controversa é a que permeia a ocorrência ou não do fato 
gerador do imposto de importação na entrada de bens no território nacional ao 
amparo de regimes aduaneiros especiais. Afinal, ocorre fato gerador do 
imposto de importação quando um bem é admitido em um regime aduaneiro 
especial? 
O posicionamento dominante, embora não-unânime, é o de que 
ocorre o fato gerador no momento em que o bem é admitido em um 
regime aduaneiro especial. Isso é o que se depreende da leitura do art. 
311 do Regulamento Aduaneiro, que dispõe o seguinte: 
Art. 311. No caso de descumprimento dos regimes aduaneiros 
especiais de que trata este Título, o beneficiário ficará sujeito ao 
pagamento dos tributos incidentes, com acréscimo de juros de 
mora e de multa, de mora ou de ofício, calculados da data do 
registro da declaração de admissão no regime ou do registro de 
exportação, sem prejuízo da aplicação de penalidades específicas. 
Vamos entender esse dispositivo! 
Interpretando o art. 311 do R/A, parte da doutrina afirma que, 
quando um bem é admitido em um regime aduaneiro especial, ocorre o fato 
gerador dos tributos e há incidência tributária. No entanto, a exigibilidade do 
crédito tributário fica suspensa. Com efeito, a suspensão do pagamento 
dos tributos de mercadorias admitidas em regimes aduaneiros 
especiais está sujeita a uma condição resolutória, que é o 
descumprimento dos requisitos para concessão do regime. Nesse 
sentido, caso ocorra a condição resolutória (descumprimento do regime), os 
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tributos se tornarão exigíveis. Destaque-se que condição resolutória é aquela 
cujo implemento tem por efeito resolver (desfazer) uma situação jurídica. 
Vejamos um exemplo! 
Uma máquina entra no país ao amparo do regime aduaneiro especial 
de admissão temporária. No momento em que ela é admitida nesse regime, 
ocorre o fato gerador do imposto de importação. No entanto, o crédito 
tributário fica suspenso, condicionado ao cumprimento do regime (retorno da 
mercadoria ao exterior dentro do prazo legal). Temos aí uma condição 
resolutória (descumprimento do regime), que, caso ocorra, tem por efeito 
desfazer a suspensão tributária. 1 
Assim, caso o beneficiário do regime descumpra um regime 
aduaneiro especial, ele ficará sujeito, nos termos do art. 311 do 
Regulamento Aduaneiro, ao pagamento dos tributos incidentes, 
acrescidos de juros de mora e de multa (de mora ou de ofício) 
calculados da data do registro da declaração de admissão no regime ou 
do registro de exportação. Percebe-se, nesse sentido, que o Regulamento 
Aduaneiro definiu, como momento da ocorrência do fato gerador, o registro da 
declaração de admissão no regime (no caso de importação) ou do registro de 
exportação (no caso de exportação). 
Mas como eu havia dito, nem tudo são flores... 
Parcela da doutrina considera que a entrada de bens no país ao 
amparo de regimes aduaneiros especiais não é fato gerador do imposto de 
importação. No concurso de Auditor Fiscal RFB (2009), a ESAF adotou esse 
entendimento na prova de Direito Tributário, ao considerar correta questão 
que afirmava o seguinte 2: 
 
 
1 Por oportuno, cabe recordar o que dispõe o art. 117, inciso II, do CTN, segundo o 
qual os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados, 
sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da 
celebração do negócio. 
2 Apesar desse entendimento da ESAF na prova de AFRFB 2009, historicamente, há 
certas questões de Comércio Internacional e Legislação Aduaneira em que essa 
mesma banca, apesar de não deixar explícita sua posição, nos faz crer que seu 
entendimento é diverso. Assim, a recomendação que faço é que vocês saibam os dois 
entendimentos e, diante de uma questão de múltipla escolha, decidam qual posição 
adotar. Ao longo da aula, utilizaremos o entendimento de que a entrada de bens no 
território nacional ao amparo de regimes aduaneiros especiais é fato gerador do 
imposto de importação. 
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“A simples entrada em território nacional de um quadro 
para exposição temporária num museu ou de uma 
máquina para exposição em feira, destinados a retornar 
ao país de origem, não configuram importação, e, por 
conseguinte não constituem fato gerador.” 
(Perceba, caro amigo, que a ESAF entendeu que a 
entrada de um bem no território nacional ao amparo do 
regime aduaneiro especial de admissão temporária não 
constitui fato gerador do imposto de importação). 
O mais problemático desse enunciado, no entanto, foi dizer que a 
admissão temporária não configura importação,o que consideramos um 
verdadeiro absurdo... Entendimentos “esafianos”!☺ 
Para que seja concedido um regime aduaneiro especial, é necessário 
que seja informado, pelo Ministério dos Transportes, a suspensão ou 
isenção do pagamento do AFRFMM (Adicional ao Frete para Renovação da 
Marinha Mercante). A informação sobre a suspensão ou isenção de AFRMM 
poderá ser feita eletronicamente; sem essa informação, a autoridade 
aduaneira não irá liberar a declaração para admissão no regime. É esse o 
entendimento que se deve ter a partir da leitura do art. 309, do Regulamento 
Aduaneiro: 
Art. 309. A aplicação dos regimes aduaneiros especiais fica 
condicionada à informação da suspensão ou isenção do pagamento do 
adicional ao frete para renovação da marinha mercante, pelo Ministério 
dos Transportes. 
§ 1o A informação a que se refere o caput poderá ser prestada 
eletronicamente. 
Os tributos, como pudemos verificar, ficam suspensos durante o prazo 
de concessão dos regimes aduaneiros especiais. Mas será que existe algum 
documento que serve de garantia para que o governo possa exigir tais 
tributos? 
Sim, existe! As obrigações fiscais suspensas ficam constituídas em um 
Termo de Responsabilidade. Segundo o art. 760 do R.A, o Termo de 
Responsabilidade é título representativo de direito líquido e certo da 
Fazenda Nacional em relação às obrigações fiscais nele constituídas. 
“Mas, Ricardo, o que significa dizer que o Termo de Responsabilidade 
é título representativo de direito líquido e certo da Fazenda Nacional” 
Excelente pergunta! Dizer que o Termo de Responsabilidade é título 
representativo de direito líquido e certo da Fazenda Nacional significa afirmar 
que não é necessário um processo administrativo para determinar o montante 
do crédito tributário que ficou suspenso. Nesse sentido, o Termo de 
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Responsabilidade possui presunção de certeza (há pleno conhecimento 
dos sujeitos da relação, natureza do direito e do objeto devido) e liquidez 
(sabe-se o quantum debeatur dos tributos suspensos). Vale a pena ressaltar 
que o Termo de Responsabilidade somente não será exigido em dois 
regimes aduaneiros especiais: o entreposto aduaneiro e o RECOF 
(estudaremos mais à frente sobre isso!) 
A autoridade aduaneira poderá exigir, além da constituição do Termo 
de Responsabilidade, que o beneficiário do regime aduaneiro especial preste 
uma garantia real ou pessoal. Tal garantia poderá ser prestada na forma de 
depósito, fiança idônea ou seguro aduaneiro em favor da União. 
Percebam que, como regra geral, a exigência de prestação de garantia é ato 
discricionário da autoridade aduaneira. 
Quando é concedido um regime aduaneiro especial, é como se o 
beneficiário assumisse um compromisso. Assim, os tributos ficam suspensos, 
mas isto fica condicionado ao cumprimento do compromisso assumido. Caso as 
condições da concessão do regime aduaneiro especial não sejam cumpridas, o 
beneficiário vai ter que se “virar” com a RFB. O crédito consignado no Termo 
de Responsabilidade se tornará objeto de exigência, juntamente com os 
acréscimos legais cabíveis. Vejamos como funciona: 
1) Caso o beneficiário do regime aduaneiro especial descumpra as 
condições do regime, a RFB intima o responsável para, no prazo de 10 
dias, manifestar-se sobre o descumprimento total ou parcial do 
regime. Se o interessado não apresentar suas alegações dentro dos 10 (dez) 
dias, o crédito tributário se torna automaticamente exigível. A concessão de 
oportunidade para se manifestar ao beneficiário do regime aduaneiro especial 
tem como objetivo assegurar-lhe o direito à ampla defesa e ao contraditório, 
cláusula pétrea prevista no texto constitucional. 
2) A RFB procede à revisão do processo vinculado ao Termo de 
Responsabilidade para decidir se o beneficiário tem ou não razão, para 
fins de ratificação ou liquidação do crédito. Essa revisão ocorrerá na hipótese 
de o beneficiário do regime aduaneiro especial ter apresentado suas alegações 
dentro do prazo de 10 dias que lhe foi concedido. 
3) Decidindo a RFB que o beneficiário não tem razões, o crédito 
tributário se torna exigível. A exigência do crédito tributário poderá, então, ser 
efetuada de duas formas diferentes: 
- Conversão do depósito em renda da União, na hipótese de 
prestação de garantia sob a forma de depósito em dinheiro: Se o 
beneficiário do regime aduaneiro especial tiver prestado garantia na forma de 
depósito, este será convertido em renda. A conversão do depósito em renda é 
uma das hipóteses de extinção do crédito tributário previstas no Código 
Tributário Nacional (CTN). 
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- Intimação do responsável para efetuar o pagamento, no 
prazo de 30 (trinta) dias, na hipótese de dispensa de garantia, ou da 
prestação de garantia sob a forma de fiança idônea ou de seguro 
aduaneiro: Quando não for prestada garantia, o beneficiário do regime será 
chamado a pagar o crédito tributário suspenso em um prazo de 30 dias. Pode 
ocorrer, todavia, que a garantia seja prestada na forma de fiança idônea ou 
seguro aduaneiro. No primeiro caso, serão intimados o beneficiário e o fiador 
para honrar o pagamento; no segundo caso serão intimados o beneficiário e a 
seguradora. 
4) Caso não seja efetuado o pagamento do crédito tributário, este é 
encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional, para inscrição em 
Dívida Ativa. A cobrança do crédito tributário tornar-se-á, a partir daí, uma 
cobrança judicial. 
De acordo com o art.311 do R.A, na hipótese de descumprimento dos 
regimes aduaneiros especiais, o beneficiário ficará sujeito ao pagamento dos 
tributos incidentes, de juros e multa, os quais são calculados a contar da data 
do registro da declaração para admissão no regime ou do registro de 
exportação. 
Destaque-se que os juros e a multa não ficam consubstanciados no 
Termo de Responsabilidade, sendo exigíveis mediante auto de infração 
lavrado por Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Esse é o entendimento 
que devemos ter da leitura do § 2o do art.758 do R/A, segundo o qual “as 
multas por eventual descumprimento do compromisso assumido no 
termo de responsabilidade não integram o crédito tributário nele 
constituído.” 
Da mesma forma, o crédito tributário apurado em procedimento 
posterior à formalização do Termo de Responsabilidade, em decorrência de 
ajuste no cálculo do tributo devido, será constituído mediante auto de infração. 
O art. 766 do R/A é bem explícito quanto a isso, estabelecendo que a exigência 
de crédito tributário decorrente de aplicação de penalidade ou de ajuste no 
cálculo de tributo será feita por meio de auto de infração. 
Esquematizando: 
 
 
 
 
 
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Quando uma mercadoria é importada ao amparo de regimes 
aduaneiros especiais, os tributos exigíveis ficam, portanto, suspensos e 
constituídos no Termo de Responsabilidade. Acho que quanto a isso ninguém 
mais tem dúvidas, não é mesmo? 
Todavia, não é porque uma mercadoria foi admitida ao amparo de 
um regime aduaneiro especial que ela não pode ser transferida para outro 
regime. Isso é sim uma prática possível! A IN/SRF nº 121/2002 regula o 
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assunto, dispondo sobre a transferência de mercadoria importada e admitida 
em um regime aduaneiro especial para outro. 
Dessa forma, a RFB poderá autorizar a transferência de 
mercadoria admitida em um regime aduaneiro especial ou aplicado em 
área especial para outro. Todavia, as condições de admissão no novo 
regime deverão sercumpridas. 
Art. 310. Poderá ser autorizada a transferência de mercadoria 
admitida em um regime aduaneiro especial ou aplicado em área 
especial para outro, observadas as condições e os requisitos próprios 
do novo regime e as restrições estabelecidas em ato normativo da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
Art. 314. A Secretaria da Receita Federal do Brasil fica autorizada a 
estabelecer hipóteses em que, na substituição de beneficiário de 
regime aduaneiro suspensivo, o termo inicial para o cálculo de juros e 
multa de mora relativos aos tributos suspensos passe a ser a data da 
transferência da mercadoria. 
Para visualizarmos a hipótese prevista no art.310, nada melhor do 
que um exemplo! 
Imagine que uma máquina para construção civil foi admitida no 
regime de entreposto aduaneiro. O entreposto aduaneiro é um regime 
aduaneiro especial que permite a armazenagem de um bem em recinto 
alfandegado com suspensão dos tributos incidentes. Pois bem, passado um 
tempo, uma empresa de construção civil decide, ao invés de comprar, alugar 
essa máquina entrepostada. A empresa solicita, então, à RFB, a concessão do 
regime de admissão temporária para a máquina. Assim, ocorre a transferência 
do regime de entreposto aduaneiro para admissão temporária. As condições do 
novo regime foram cumpridas, uma vez que, para a admissão em entreposto 
aduaneiro, o bem deve ter sido importado sem cobertura cambial, o que 
também se aplica à admissão temporária. 
De acordo com a IN/SRF nº 121/2002, a transferência de 
mercadoria de um regime para outro ocorrerá em relação à totalidade 
ou parte da mercadoria e com ou sem mudança de beneficiário. Assim, 
existem várias hipóteses possíveis de transferência de regime: 
1) São admitidas em entreposto aduaneiro 10 (dez) prensas em 
nome da empresa “X”. Todas as 10 prensas poderão ser transferidas para o 
regime de admissão temporária em nome da empresa “X”. Ou então, as 10 
prensas poderão ser transferidas para o regime de admissão temporária em 
nome da empresa “Y”. 
2) São admitidas em entreposto aduaneiro 10 (dez) prensas em 
nome da empresa “X”. Podem ser transferidas 8 (oito) prensas para o regime 
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de admissão temporária em nome da empresa “X”, enquanto outras duas são 
nacionalizadas (despachadas para consumo). Ou então, 8 (oito) prensas 
podem ser transferidas para o regime de admissão temporária em nome da 
empresa “Y”, enquanto as outras são nacionalizadas. 
3) São importadas ao amparo do regime de admissão temporária 10 
(dez) prensas em nome da empresa “X”. As 10 (prensas) poderão continuar 
admitidas temporariamente, com transferência de titularidade do regime para 
a empresa “Y”. Ou então, 8 (oito) prensas podem continuar admitidas 
temporariamente (com transferência de titularidade do regime para a empresa 
“Y”), enquanto 2(duas) são nacionalizadas. 
Quando um regime aduaneiro é descumprido, os tributos suspensos 
serão cobrados, juntamente com os juros e multas, os quais serão calculadas a 
partir da data do registro da declaração de admissão no regime ou do registro 
de exportação. Em outras palavras, a cobrança retroage à data da admissão 
dos bens no regime aduaneiro especial. Isso nós já vimos! 
Todavia, quando há transferência de um regime aduaneiro 
especial para outro, seria mais justo que o termo inicial para o cálculo 
de juros e multa, no caso de descumprimento, fosse a data de 
transferência. A RFB foi autorizada pela Lei nº 10.833/2003 a estabelecer, 
por ato próprio, hipóteses em que o termo inicial passará a ser a data de 
transferência. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
1. (AFRFB-2012) Os regimes aduaneiros especiais se distinguem do 
regime comum pela suspensão ou isenção de tributos incidentes nas operações 
de comércio exterior. 
Comentários: 
A suspensão ou isenção de tributos incidentes nas operações de 
comércio exterior é característica dos regimes aduaneiros especiais, que os 
distingue do regime comum. Questão correta. 
2. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) A aplicação dos regimes 
aduaneiros especiais está condicionada à informação do pagamento do 
adicional ao frete para renovação da marinha mercante - AFRMM, pelo 
Ministério dos Transportes e a apresentação de certidões negativas quanto ao 
pagamento de tributos federais. 
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Comentários: 
Segundo o art. 309, do R/A, a aplicação dos regimes aduaneiros 
especiais fica condicionada à informação da suspensão ou isenção (e não ao 
pagamento!) do pagamento do adicional ao frete para renovação da marinha 
mercante, pelo Ministério dos Transportes. Questão errada. 
3. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) Os regimes aduaneiros 
especiais constituem exceção à regra geral do regime aduaneiro comum. 
Comentários: 
A regra geral é que, na importação de mercadorias estrangeiras, 
ocorra o recolhimento tributária. Tal regra, entretanto, não se aplica a 
mercadorias importadas ao amparo de regimes aduaneiros especiais. Os 
regimes aduaneiros especiais são, portanto, exceção à regra geral. As 
mercadorias a eles submetidas entram no País com suspensão tributária. 
Questão correta. 
4. (Questão Inédita) No caso de descumprimento dos regimes aduaneiros 
especiais, o beneficiário ficará sujeito ao pagamento dos tributos incidentes, 
com acréscimo de juros de mora e de multa, de mora ou de ofício, calculados 
da data do descumprimento do regime, sem prejuízo da aplicação de 
penalidades específicas. 
Comentários: 
Os tributos serão calculados da data do registro da declaração de 
admissão no regime ou do registro de exportação. Questão errada. 
5. (Questão Inédita) O termo de responsabilidade é o documento no qual 
são constituídas obrigações fiscais cujo adimplemento fica suspenso sob 
condição suspensiva. Trata-se de título representativo de direito líquido e certo 
da Fazenda Nacional. 
Comentários: 
A aplicação dos regimes aduaneiros especiais faz com que os tributos 
fiquem suspensos sob condição resolutiva. Questão errada. 
6. (Questão Inédita) A exigência do crédito tributário constituído em 
Termo de Responsabilidade é precedida de intimação ao responsável para que, 
no prazo de 10 dias, efetue o recolhimento dos tributos suspensos e das 
penalidades cabíveis. 
Comentários: 
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Os 10 (dez) dias são para que o beneficiário apresente suas 
alegações quanto aos fatos que o levaram o descumprir o regime aduaneiro 
especial. Questão errada. 
7. (Questão Inédita) A exigência de crédito tributário apurado em 
procedimento posterior à apresentação do termo de responsabilidade, em 
decorrência de aplicação de penalidade ou de ajuste no cálculo de tributo 
devido, será formalizada em auto de infração, lavrado por Auditor-Fiscal da 
Receita Federal do Brasil. 
Comentários: 
As penalidades ou ajustes no cálculo de tributo devido são exigidos 
mediante auto de infração. Questão correta. 
8. (Questão Inédita) Quando ocorre o descumprimento de regime 
aduaneiro especial e não é efetuado o pagamento do crédito tributário dentro 
do prazo de 30 dias, o beneficiário será objeto de execução administrativa, 
sem prejuízo de sua responsabilidade penal. 
Comentários: 
Não há execução administrativa. Caso não seja feito o pagamento 
dos tributos, o processo é encaminhado à Procuradoria da Fazenda Nacional 
para inscrição em dívida ativa. Questão errada. 
9. (Questão Inédita) O prazo de suspensão do pagamento das obrigações 
fiscais pela aplicação dos regimes aduaneiros especiais, na importação, será de 
até um ano, prorrogável, a juízo da autoridade aduaneira, por período nãosuperior, no total, a cinco anos 
Comentários: 
Esse é o prazo de suspensão dos tributos incidentes sobre bens 
admitidos em regimes aduaneiros especiais: 1 ano, prorrogável por período 
não superior, no total a 5 anos. Questão correta. 
10. (Questão Inédita) A Secretaria da Receita Federal do Brasil fica 
autorizada a estabelecer hipóteses em que, na substituição de beneficiário de 
regime aduaneiro suspensivo, o termo inicial para o cálculo de juros e multa de 
mora relativos aos tributos suspensos passe a ser a data da transferência da 
mercadoria. 
Comentários: 
É o que dispõe o art. 314, do R/A: 
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Art. 314. A Secretaria da Receita Federal do Brasil fica autorizada a 
estabelecer hipóteses em que, na substituição de beneficiário de 
regime aduaneiro suspensivo, o termo inicial para o cálculo de juros e 
multa de mora relativos aos tributos suspensos passe a ser a data da 
transferência da mercadoria 
Em razão disso, a questão está correta. 
 
2- Trânsito Aduaneiro: 
2.1- Conceito e Modalidades de Trânsito Aduaneiro: 
Imaginemos que você é dono de uma distribuidora de 
eletrodomésticos situada em Campinas e que seus produtos (geladeiras, 
fogões, microondas) sejam importados. Esses equipamentos entram no Brasil 
pelo Porto de Santos, que é o porto mais próximo de Campinas. Para proceder 
ao despacho aduaneiro desses bens, você terá duas opções: i) fazer o 
despacho aduaneiro no próprio Porto de Santos ou; ii) fazer o despacho 
aduaneiro em um porto seco3 ( que pode ser em Campinas). 
Por razões logísticas, pode ser mais interessante que você realize o 
despacho aduaneiro em um porto seco localizado em Campinas. De fato, levar 
as mercadorias para Campinas permitirá maior agilidade no desembaraço 
aduaneiro, uma vez que este será realizado em local próximo ao 
estabelecimento do importador. Além disso, os custos de armazenagem de 
mercadorias em portos e aeroportos (enquanto se espera o desembaraço 
aduaneiro) são mais elevados do que os custos de armazenagem em um porto 
seco. 
Dessa forma, vale a pena levar os bens importados para sofrerem 
despacho aduaneiro em Campinas. Para isso, é necessário, então, submetê-
los ao regime aduaneiro especial de trânsito aduaneiro. Assim, os bens 
serão transportados desde o Porto de Santos até o porto seco de 
Campinas, com suspensão dos tributos incidentes sobre a operação. Os 
tributos somente serão recolhidos por ocasião do despacho para consumo, que 
será realizado no porto seco em Campinas. 
A definição de trânsito aduaneiro está prevista no art. 315 do R/A, 
que estabelece que este regime aduaneiro especial é o que permite o 
transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro 
do território nacional, com suspensão do pagamento de tributos. 
 
3 Porto Seco é um recinto alfandegado de uso público situado, em regra, na zona secundária. 
Recorde-se que existem os portos secos de fronteira, os quais estão situados em zona 
primária. 
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Para entender o regime de trânsito aduaneiro, é importante ter 
conhecimento de uma nomenclatura específica: i) local de origem; ii) local de 
destino; iii) unidade de origem e; iv) unidade de destino. 
Voltando ao exemplo anterior, os bens (eletrodomésticos) chegaram 
ao Porto de Santos e lá foram descarregados. Eles serão, então, transportados 
até o porto seco de Campinas. Nessa situação, o local de origem do 
trânsito, isto é, o ponto inicial do itinerário, será o Porto de Santos. O local 
de destino (ponto final do itinerário) será o porto seco de Campinas. A 
unidade de origem será a URF que possui jurisdição sobre o local de origem 
do trânsito. A unidade de destino será a URF que jurisdiciona o local de 
destino do trânsito. 
Segundo o art. 316, do R/A o regime de trânsito aduaneiro 
subsiste do local de origem ao local de destino e desde o momento do 
desembaraço para trânsito aduaneiro pela unidade de origem até o momento 
em que a unidade de destino conclui o trânsito aduaneiro. Em outras palavras, 
quando a mercadoria é desembaraçada para trânsito pela unidade de 
origem, tem início o trânsito aduaneiro; a unidade de destino, por sua vez, 
será responsável pela conclusão do trânsito aduaneiro. 
O art. 318 do R/A prevê sete modalidades para o regime de trânsito 
aduaneiro, quais sejam: 
1) O transporte de mercadoria procedente do exterior, do 
ponto de descarga no território aduaneiro até o ponto onde deva 
ocorrer outro despacho. Essa modalidade é o chamado “trânsito de 
importação”. A mercadoria estrangeira é descarregada no Porto de Santos, 
sendo transportada de lá até um porto seco em Campinas (onde ocorrerá o 
despacho) 
2) O transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, 
verificada ou despachada para exportação, do local de origem ao local 
de destino, para embarque ou para armazenamento em área 
alfandegada para posterior embarque. Essa modalidade é o chamado 
“trânsito de exportação”. A mercadoria nacional ou nacionalizada é 
transportada a partir de um porto seco em Campinas (onde sofreu despacho 
para exportação) até o Porto de Santos (onde embarcará para o exterior). O 
trânsito de exportação poderá também ter início no próprio estabelecimento da 
empresa exportadora, o que seria, logisticamente, a melhor situação. 
3) O transporte de mercadoria estrangeira despachada para 
reexportação, do local de origem ao local de destino, para embarque 
ou armazenamento em área alfandegada para posterior embarque. 
Aqui também temos um caso de “trânsito de exportação”. A única diferença 
é que, nessa hipótese, a mercadoria é estrangeira (ela está no Brasil, mas não 
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foi nacionalizada). Logo, não cabe falar em “exportação”, mas sim em 
“reexportação”. 
4) O transporte de mercadoria estrangeira de um recinto 
alfandegado situado na zona secundária a outro. Essa modalidade é 
conhecida como “trânsito interno”. A mercadoria estrangeira é transportada 
de um porto seco (recinto alfandegado de zona secundária) para outro porto 
seco. 
5) A passagem, pelo território aduaneiro, de mercadoria 
procedente do exterior e a ele destinada. Esse é o “trânsito 
internacional”. Seria o caso, por exemplo, em que uma mercadoria 
procedente da Alemanha chega ao Porto de Santos, tendo como destino a 
Argentina. O trânsito na modalidade de passagem só poderá ser aplicado à 
mercadoria declarada para trânsito no conhecimento de carga correspondente, 
ou no manifesto ou declaração de efeito equivalente do veículo que a 
transportou até o local de origem. Em outras palavras, só se aplica o 
trânsito internacional quando no conhecimento de carga (documento 
que materializa o contrato de frete) já estava previsto que a 
mercadoria se destinaria a outro país, isto é, que só passaria pelo 
Brasil. 
6) O transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria 
procedente do exterior, conduzida em veículo em viagem internacional 
até o ponto em que se verificar a descarga. Aqui também temos um caso 
de “trânsito de importação”. Nessa situação, um veículo procedente do 
Uruguai leva mercadorias até um porto seco situado em Uberlândia, onde será 
feita a descarga e o despacho aduaneiro. 
7) O transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria 
estrangeira, nacional ou nacionalizada, verificada ou despachada para 
reexportação ou para exportação e conduzida em veículo com destino 
ao exterior. Aqui temos um “trânsito de exportação”. Nessa situação, um 
veículo parte de Uberlândia com destino ao Uruguai levando mercadorias já 
despachadas para exportação (mercadorias nacionais ounacionalizadas) ou 
para reexportação (mercadorias estrangeiras). 
 
2.2 – Beneficiários do Regime: 
O art. 321 do R/A lista os beneficiários do regime aduaneiro especial 
de trânsito aduaneiro. São eles: 
a) no trânsito de importação: o importador 
b) no trânsito de exportação: o exportador 
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c) no trânsito interno: o depositante 
d) no trânsito internacional: o representante, no País, de 
exportador estrangeiro ou importador estrangeiro domiciliado no exterior. 
e) em qualquer caso: i) o permissionário ou concessionário de 
recinto alfandegado (exceto no trânsito internacional); ii) o operador de 
transporte multimodal (OTM), iii) o transportador e ; iv) o agente credenciado 
a efetuar operações de unitização ou desunitização de cargas em recintos 
alfandegados. 
Segundo o Prof. Rodrigo Luz4, é mais adequado dizer que as pessoas 
listadas no art.321 do R/A são aquelas que podem solicitar o regime especial 
de trânsito aduaneiro, isto é, podem registrar a Declaração de Trânsito 
Aduaneiro (DTA). 
 
2.3- Autorização para o transporte: 
Para que uma empresa possa transportar mercadorias em trânsito 
aduaneiro, é necessário sua prévia habilitação perante a Receita Federal do 
Brasil. Assim, em regra, somente empresas credenciadas pela RFB poderão 
operar no regime de trânsito aduaneiro. Esse é o exato teor do art. 322 do 
R/A, que estabelece que “a habilitação das empresas transportadoras 
será feita previamente ao transporte de mercadorias em regime de 
trânsito aduaneiro e será outorgada, em caráter precário, pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil.” Assim, não é qualquer um que 
poderá operar o regime de trânsito aduaneiro. 
As empresas interessadas em transportar mercadorias sob o regime 
de trânsito aduaneiro precisarão se habilitar na unidade de fiscalização 
aduaneira, solicitando o cadastramento no sistema e apresentando o Termo de 
Responsabilidade para Trânsito Aduaneiro (TRTA). A concessão da habilitação 
pela RFB é feita a título precário, isto é, em caráter temporário (por tempo 
determinado). 
Para a concessão ou renovação da habilitação para operar o 
regime de trânsito aduaneiro, serão levados em conta fatores direta ou 
indiretamente relacionados com os aspectos fiscais, a conveniência 
administrativa, a situação econômico-financeira e a tradição da empresa 
transportadora. 
 
4 LUZ, Rodrigo Teixeira. Comércio Internacional e Legislação Aduaneira, 3ª 
edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
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Cabe destacar que algumas pessoas jurídicas não necessitam de 
habilitação prévia para operar o regime de trânsito aduaneiro, por 
serem consideradas idôneas por natureza. São elas: i) empresas públicas e 
sociedades de economia mista que explorem serviços de transporte e; ii) os 
outros beneficiários do regime (habilitados no SISCOMEX), quando não sendo 
empresas transportadoras, utilizarem veículos próprios. A RFB possui 
competência, ainda, para estabelecer outras hipóteses de dispensa de 
habilitação prévia. 
 
2.4- Despacho para Trânsito: 
Quando uma carga chega no Porto de Paranaguá e o importador quer 
levá-la a um porto seco localizado em Curitiba (onde será feito o desembaraço 
aduaneiro), ele deverá solicitar o regime de trânsito aduaneiro. Mas como é 
feita a solicitação do regime de trânsito aduaneiro? 
A solicitação da aplicação do regime de trânsito aduaneiro é feita 
mediante requerimento à autoridade aduaneira competente da unidade de 
origem. Tal requerimento é realizado por meio do SISCOMEX-Trânsito. 
O despacho para trânsito aduaneiro é, assim, processado por meio de 
uma declaração para trânsito aduaneiro (que poderá ser a DTA, MIC-DTA, TIF-
DTA, DTT ou a DTC, dependendo da situação).5 Pela especificidade do assunto, 
considero que não há necessidade (para a prova) de se saber em que 
situações é utilizada cada uma dessas declarações. 
O registro da declaração para trânsito aduaneiro no SISCOMEX 
caracteriza o início do despacho de trânsito aduaneiro e, ao mesmo 
tempo, o fim da espontaneidade do beneficiário relativamente às informações 
prestadas. A declaração de trânsito aduaneiro é a forma pela qual o 
interessado requer a concessão e a aplicação do regime de trânsito aduaneiro 
à autoridade aduaneira. 
Segundo o art. 325, sem prejuízo de controles especiais determinados 
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, independe de despacho para 
trânsito a remoção de mercadorias de uma área ou recinto para outro, 
situado na mesma zona primária. Assim, se a mercadoria for deslocada de 
um recinto alfandegado situado no Porto de Santos para outro recinto 
alfandegado também localizado no Porto de Santos, não haverá necessidade 
 
5 DTA- Declaração de Trânsito Aduaneiro 
MIC-DTA - Manifesto Internacional de Carga - Declaração de Trânsito Aduaneiro 
TIF-DTA- Conhecimento-Carta de Porte Internacional - Declaração de Trânsito 
Aduaneiro 
DTT- Declaração de Trânsito de Transferência 
DTC- Declaração de Trânsito de Contêiner 
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de que se proceda ao despacho para trânsito. Isso não quer dizer, todavia, que 
não podem existir controles especiais determinados pela RFB em relação a 
essa carga. 
Uma vez registrada a declaração para trânsito aduaneiro, ela 
será direcionada para o canal verde (desembaraço automático) ou 
para o canal vermelho (exame documental e conferência física). O 
direcionamento de uma declaração para trânsito para o canal verde ou 
vermelho será feito com base em critérios de seleção e amostragem definidos 
pela RFB. 
Quando a declaração for selecionada para conferência (direcionada 
para o canal vermelho), a concessão do regime de trânsito aduaneiro caberá a 
Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRFB) designado pelo titular da unidade de 
origem (URF que jurisdiciona o local de origem do trânsito). 
A conferência para trânsito tem por finalidade i) identificar o 
beneficiário; ii) verificar a mercadoria; iii) verificar a correção das informações 
relativas à sua natureza e quantificação e; iv) em caso de mercadorias sujeitas 
a controle prévio, verificar se houve a liberação por outros órgãos da 
administração pública. 
A verificação para trânsito será realizada na presença do 
beneficiário do regime e do transportador. Nela, o AFRFB ou ATRFB (sob 
supervisão de um AFRFB) irá observar se o peso, a quantidade e as 
características dos volumes estão condizentes com os documentos que 
instruem a declaração para trânsito. Além disso, deverá ser observado se o 
veículo transportador oferece condições adequadas de segurança fiscal. 
Ao conceder o regime de trânsito aduaneiro, a autoridade 
aduaneira sob cuja jurisdição se encontrar a mercadoria a ser transportada 
estabelecerá a rota a ser cumprida, fixará os prazos para execução da 
operação e para comprovação da chegada da mercadoria ao destino e 
adotará as cautelas julgadas necessárias à segurança fiscal. 
Quanto ao estabelecimento de rota e prazo para conclusão do 
trânsito aduaneiro, estes poderão ser objeto de proposta do 
transportador ou do beneficiário. Se essa proposta não for aceita pela 
unidade de origem dentro de 15 dias, ela será automaticamente cancelada. 
Destaque-se que, mesmo havendo rota legal preestabelecida, poderá ser 
aceita rota alternativa proposta por beneficiário. O trânsito por via 
rodoviária será feito preferencialmente pelas vias principais, onde houver 
melhores condições de segurança e policiamento, utilizando-se, sempre que 
possível, o percurso mais direto. 
Todos esses procedimentos,por sinal bastante rígidos, têm como 
objetivo promover a segurança fiscal , já que, durante todo o trajeto do 
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trânsito aduaneiro, os tributos estarão com a exigibilidade suspensa. A RFB, 
portanto, informa ao beneficiário do regime qual o caminho ele deverá 
percorrer e em quanto tempo. Além disso, poderá adotar cautelas fiscais, 
cujo objetivo é impedir a violação do veículo, da unidade de carga e dos 
volumes que estiverem em trânsito. 
De acordo com a IN SRF nº 248/2002, as cautelas fiscais que podem 
ser adotadas são a lacração (colocação de lacres), a sinetagem (colocação 
de símbolos nos lacres), a cintagem (colocação de cintas nos volumes), a 
marcação (colocação de marcas nos volumes) e o acompanhamento fiscal 
(designação de um veículo para acompanhar o trânsito aduaneiro). Ressalte-se 
que o acompanhamento fiscal somente será realizado em casos 
excepcionais, em que, por exemplo, o transportador seja reincidente em 
infrações à legislação aduaneira. Ainda sobre as cautelas fiscais, cabe destacar 
que os dispositivos de segurança somente poderão ser rompidos ou 
suprimidos na presença da fiscalização, salvo disposição normativa em 
contrário. 
Agora me respondam o seguinte: será que o regime de trânsito 
aduaneiro poderá ser indeferido pela RFB? 
Sim. O AFRFB designado para proceder à conferência para trânsito 
poderá indeferir a solicitação, desde que o faça com base em decisão 
fundamentada. Todavia, uma vez indeferido o trânsito aduaneiro, o 
beneficiário poderá interpor recurso ao titular da unidade de origem no prazo 
de 10 (dez) dias, a contar da ciência do indeferimento. 
O ato final do despacho para trânsito é o desembaraço, que é 
quando a unidade da RFB de origem efetivamente concede o regime de 
trânsito aduaneiro ao beneficiário. Nesse momento, em que se encerra o 
despacho para trânsito, tem início o regime de trânsito aduaneiro. Após 
o AFRFB registrar no Sistema a aplicação dos dispositivos de segurança, 
ocorrerá automaticamente o desembaraço. Quando os dispositivos de 
segurança tiverem sido dispensados, o desembaraço ocorrerá após o 
carregamento do veículo pelo transportador. 
No caso de transporte multimodal de carga, na importação ou na 
exportação, quando o desembaraço não for realizado nos pontos de 
entrada ou de saída do País, a concessão do regime de trânsito aduaneiro 
será considerada válida para todos os percursos no território aduaneiro, 
independentemente de novas concessões. Isso significa que, em se tratando 
de transporte multimodal, se for concedido o regime de trânsito aduaneiro em 
um porto seco em Campinas, o regime será válido para qualquer tipo de 
percurso no território aduaneiro. 
 
!∀#∃%&∋()∗ ,−.∋/∀∃0∋ 12 3456789: 
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?0∗≅Α 3∃Β∋0−∗ Χ∋&∀ !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 24 ∀# 123 
2.5- Garantias e Responsabilidades: 
Segundo o art. 337 do R/A, as obrigações fiscais suspensas em 
virtude da aplicação do regime de trânsito aduaneiro ficarão 
constituídas em Termo de Responsabilidade, firmado na data do registro 
da declaração de admissão no regime, que assegure sua eventual liquidação e 
cobrança. 
Por sua vez, o art. 20 da IN SRF Nº 248/2002, com o fito de 
operacionalizar a constituição do Termo de Responsabilidade, dispôs que a 
responsabilidade pelo cumprimento das obrigações fiscais suspensas em 
decorrência da aplicação do regime de trânsito aduaneiro será formalizada em 
Termo de Responsabilidade para Trânsito Aduaneiro (TRTA), com validade de 
três anos, firmado pelo transportador. 
Juntamente com a constituição de Termo de Responsabilidade, é 
necessária a prestação de garantia das obrigações fiscais suspensas. A 
garantia poderá ser prestada na forma de depósito em dinheiro, fiança idônea 
ou seguro aduaneiro, a critério do transportador. Há alguns casos especiais em 
que não se exige a prestação de garantia como, por exemplo, quando o 
transportador possui patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais). 
Ok! O trânsito aduaneiro foi concedido pela RFB, os tributos 
suspensos ficaram consignados no Termo de Responsabilidade e, ainda, foi 
apresentada uma garantia. Mas e se acontecer alguma coisa no trajeto? De 
quem é a responsabilidade pelas mercadorias em trânsito aduaneiro? 
De acordo com o art. 338 do R/A, “o transportador de mercadoria 
submetida ao regime de trânsito aduaneiro responde pelo conteúdo 
dos volumes, nos casos previstos no art. 661”. Por sua vez, o art. 661 
dispõe que: 
Art. 661. Para efeitos fiscais, é responsável o transportador 
quando: 
I - constatado que houve, após o embarque, substituição de 
mercadoria; 
II - houver extravio de mercadoria em volume descarregado com 
indícios de violação; ou 
III - o volume for descarregado com peso ou dimensão inferior ao 
constante no conhecimento de carga, no manifesto ou em documento 
de efeito equivalente. 
 
Interpretando os dois dispositivos em conjunto, podemos verificar que 
o transportador possui responsabilidade exclusiva pelas mercadorias 
em trânsito aduaneiro. Assim, caso ocorra avaria, extravio ou alteração de 
mercadoria, a RFB exigirá dele os tributos e multas cabíveis. Percebam, meus 
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?0∗≅Α 3∃Β∋0−∗ Χ∋&∀ !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 25 ∀# 123 
amigos, que todas as situações relacionadas no art. 661 do R/A representam 
casos em que o transportador recebeu uma mercadoria intacta e, ao chegar no 
destino, apresentou-a modificada (seja na quantidade ou qualidade). 
Durante o trajeto referente ao trânsito aduaneiro, há outras 
ocorrências possíveis, como, por exemplo: i) chegada do veículo fora do 
prazo fixado pela RFB; ii) violação de dispositivo de segurança; iii) desvio da 
rota autorizada; iv) substituição do veículo transportador sem autorização da 
RFB. Cada uma das infrações possíveis possui uma pontuação (como se fosse 
carteira de motorista!). Ao atingir 20 pontos, o transportador sofrerá 
advertência; ao somar ou ultrapassar 40 pontos, o transportador terá sua 
habilitação suspensa. 
Nos termos do art. 339, § 1o, do R/A, quando o transportador não 
apresentar a mercadoria no local de destino, na forma e no prazo 
previsto, ele ficará sujeito ao cumprimento das obrigações assumidas 
no Termo de Responsabilidade, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 
Os tributos serão os vigentes na data da assinatura do Termo de 
Responsabilidade com acréscimos legais. 
 
2.6- Interrupção e Conclusão do Trânsito: 
Vamos imaginar que a autoridade aduaneira tenha concedido o 
regime de trânsito aduaneiro para o transporte de uma carga desde o Porto de 
Suape até um porto seco localizado em Caruaru. No entanto, no meio do 
trajeto, o veículo que transportava a carga se envolve em um acidente de 
trânsito. E aí, o que acontece? 
Nesse caso, meus amigos, ocorrerá a interrupção do trânsito 
aduaneiro, em razão da ocorrência de um evento que impede o 
prosseguimento do trânsito e, ainda, que, muito provavelmente, provocou 
avarias nas mercadorias transportadas. 
O art. 340 do R/A lista as hipóteses em que poderá haver interrupção 
do trânsito aduaneiro: 
“Art. 340. O trânsito poderá ser interrompido pelos seguintes 
motivos: 
I - ocorrência de eventos extraordinários que comprometam ou 
possam comprometer a segurança do veículo ou equipamento de 
transporte; 
II - ocorrência de eventos que resultem ou possam resultar em avaria 
ou extravio da mercadoria; 
III - ocorrência de eventos que impeçam ou possam impedir o 
prosseguimento do trânsito; 
IV - embargo ou impedimento oferecido por autoridade competente; 
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?0∗≅Α 3∃Β∋0−∗ Χ∋&∀ !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 26 ∀# 123 
V - rompimento ou supressão de dispositivo de segurança; e 
VI- outras circunstâncias alheias à vontade do transportador, que 
justifiquem a medida. “ 
Mas o que deve fazer o transportador se houver a interrupção do 
trânsito aduaneiro? 
Nesse caso, o transportador deverá imediatamente comunicar o 
fato à unidade aduaneira que jurisdiciona o local onde se encontrar o 
veículo, a fim de que esta possa adotar as providências cabíveis. 
A autoridade aduaneira também poderá determinar a interrupção do 
trânsito aduaneiro, ainda que não tenha ocorrido nenhuma das hipóteses 
previstas no art. 340 do R/A. Isso ocorrerá em razão de denúncia, suspeita ou 
mesmo em função da conveniência da fiscalização. 
Caso não haja qualquer tipo de problema no trânsito aduaneiro, o 
transportador irá apresentar a carga à unidade da RFB que jurisdiciona o local 
de destino. Para fins de conclusão do trânsito aduaneiro, a unidade da RFB de 
destino procederá ao exame dos documentos e à verificação do veículo, dos 
dispositivos de segurança e da integridade da carga. 
Se estiver tudo certo, o trânsito aduaneiro será concluído e será 
dada baixa no Termo de Responsabilidade junto à unidade de origem. 
 
2.7- Avaria e Extravio no Trânsito Aduaneiro: 
Antes da publicação do Decreto nº 8.010/2013, existia a possibilidade 
de que fosse realizado o processo de vistoria aduaneira no trânsito. Com o 
novo decreto, a vistoria aduaneira deixou de existir. A vistoria aduaneira era o 
processo administrativo tendente a apurar a responsabilidade pelo extravio ou 
avaria de mercadoria. 
Atualmente, na hipótese de extravio de mercadoria, a autoridade 
aduaneira deverá proceder a lançamento de ofício, exigindo do responsável 
os tributos e direitos (inclusive multas). Não há um processo administrativo 
prévio; caberá à autoridade aduaneira lavrar o auto de infração, que terá o 
condão de exigir do responsável pelo extravio os valores devidos. No caso de 
avaria, haverá uma redução do valor aduaneiro, proporcionalmente ao 
prejuízo. 
No caso do trânsito aduaneiro, a constatação de extravio ou 
avaria poderá ocorrer no local de origem, durante o percurso ou mesmo 
após a conclusão do trânsito aduaneiro. 
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;∀∗0∃∋ ∀ <.∀%=>∀%
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?0∗≅Α 3∃Β∋0−∗ Χ∋&∀ !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 27 ∀# 123 
Segundo o art. 345, do R/A, quando a constatação de extravio ou 
avaria ocorrer no local de origem, a autoridade aduaneira poderá, não 
havendo inconveniente, permitir o trânsito aduaneiro da mercadoria 
avariada ou da partida com extravio, após a determinação da quantidade 
extraviada. Da mesma maneira, caso o extravio ou avaria ocorram no percurso 
do trânsito, a autoridade aduaneira, após comunicada, poderá autorizar o 
prosseguimento do trânsito até o local de destino, adotadas as cautelas 
cabíveis. 
O lançamento de ofício poderá ser dispensado, em qualquer 
caso, sendo autorizado o início ou prosseguimento do trânsito, na hipótese de 
o beneficiário do regime assumir espontaneamente o pagamento dos 
créditos decorrentes do extravio. 
Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova! 
 
11. (AFRFB – 2014) No Regime de Trânsito Aduaneiro, objetivando garantir 
o pagamento dos créditos tributários correspondentes, quando a constatação 
de extravio ou avaria ocorrer no local de origem, a autoridade aduaneira não 
poderá permitir o trânsito aduaneiro da mercadoria avariada ou da partida com 
extravio. 
Comentários: 
Segundo o art. 345, R/A, “quando a constatação de extravio ou avaria 
ocorrer no local de origem, a autoridade aduaneira poderá, não havendo 
inconveniente, permitir o trânsito aduaneiro da mercadoria avariada ou da 
partida com extravio, após a determinação da quantidade extraviada.” Questão 
incorreta. 
12. (AFRFB – 2012) O regime de trânsito aduaneiro permite o transporte 
de mercadorias, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território 
aduaneiro, com suspensão de tributos. 
Comentários: 
Essa é a exata definição do regime de trânsito aduaneiro! Trata-se de 
regime aduaneiro especial que permite o transporte de mercadorias, sob 
controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro. Nesse trajeto, 
as mercadorias serão transportadas com suspensão de tributos. Questão 
correta. 
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?0∗≅Α 3∃Β∋0−∗ Χ∋&∀ !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 28 ∀# 123 
13. (ATRFB – 2012) Sem prejuízo de controles especiais determinados pela 
Secretaria da Receita Federal do Brasil, depende de despacho para trânsito a 
remoção de mercadorias de uma área ou recinto para outro, situado na mesma 
zona primária. 
Comentários: 
Independe de despacho para trânsito a remoção de mercadorias de 
uma área ou recinto para outro, situado na mesma zona primária (art. 325, 
§ 2º, do R/A). Questão errada. 
14. (ATRFB – 2012) No caso de transporte multimodal de carga 
internacional, na importação ou na exportação, quando o desembaraço não for 
realizado nos pontos de entrada ou de saída do País, a concessão do Regime 
Especial de Trânsito Aduaneiro será considerada válida para todos os percursos 
no território nacional, independentemente de novas concessões. 
Comentários: 
Exatamente o que dispõe o art. 325, § 3º, do R/A. No caso de 
transporte multimodal de carga, na importação ou na exportação, quando o 
desembaraço não for realizado nos pontos de entrada ou de saída do País, a 
concessão do regime de trânsito aduaneiro será considerada válida para todos 
os percursos no território aduaneiro, independentemente de novas concessões. 
Questão correta. 
15. (ATRFB – 2012) A concessão e a aplicação do Regime Especial de 
Trânsito Aduaneiro serão requeridas à autoridade aduaneira competente da 
unidade de destino. 
Comentários: 
A concessão do trânsito aduaneiro compete à unidade de origem. À 
unidade de destino compete a conclusão do trânsito aduaneiro. Questão 
errada. 
16. (ATRFB – 2012) O Regime Especial de Trânsito Aduaneiro é o que 
permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a 
outro do território aduaneiro, com suspensão do pagamento de tributos. 
Comentários: 
A ESAF repetiu a mesma assertiva na prova de Auditor e de Analista! 
Essa é a definição do regime de trânsito aduaneiro. Trata-se de regime 
aduaneiro especial que permite o transporte de mercadoria, sob controle 
aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão do 
pagamento de tributos. Questão correta. 
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?0∗≅Α 3∃Β∋0−∗ Χ∋&∀ !!!∀#∃%&∋%#()∋∗+,∗−&∃+∃∀∗+.∀/& 29 ∀# 123 
17. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) Em uma Declaração de 
Trânsito Aduaneiro (DTA) de entrada, o Operador de Transporte Multimodal 
(OTM) poderá ser beneficiário do regime. 
Comentários: 
O OTM poderá ser beneficiário do regime de trânsito aduaneiro em 
qualquer uma de suas modalidades. Questão correta. 
18. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) O registro de Declaração de 
Trânsito Aduaneiro (DTA) caracteriza o fim da espontaneidade do beneficiário, 
relativamente às informações por ele prestadas na declaração. 
Comentários: 
O registro da DTA caracteriza o fim da espontaneidade do beneficiário 
do regime de trânsito aduaneiro em relação às informações por ele prestadas. 
Questão correta. 
19. (Exame Despachante Aduaneiro – 2012) A concessão do regime de 
especial trânsito aduaneiro é automático para as Declarações de Trânsito 
Aduaneiro (DTA) cujo canal de conferência sejam verde, no Siscomex Trânsito, 
porém, ainda assim, a carga poderá ser submetida à conferência, pela Aduana 
no destino. 
Comentários: 
As Declarações de Trânsito Aduaneiro (DTA) direcionadas para o 
canal verde são automaticamente desembaraçadas, sem qualquer exame 
documental ou verificação física. Mesmo assim, por ocasião da conclusão do 
trânsito aduaneiro, a URF de destino poderá proceder à conferência da 
mercadoria. Questão correta. 
20. (Exame Despachante Aduaneiro– 2012) Um trânsito aduaneiro, 
seguindo em um caminhão lacrado pela RFB, pode ser interrompido pela Policia 
Rodoviária Federal, com o subsequente rompimento dos lacres para 
averiguação da carga, sem a presença de prepostos da Receita Federal do 
Brasil, no caso de indícios de tráfico de drogas. 
Comentários: 
Os dispositivos de segurança somente poderão ser rompidos ou 
suprimidos na presença da fiscalização, salvo disposição normativa em 
contrário. Questão errada. 
21. (Questão Inédita) O agente credenciado a efetuar operações de 
unitização ou desunitização da carga em recinto alfandegado poderá ser 
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beneficiário do regime de trânsito aduaneiro em qualquer de suas 
modalidades, ressalvado o trânsito de passagem. 
Comentários: 
O agente de unitização e desunitização poderá ser beneficiário do 
regime de trânsito aduaneiro em todas as suas modalidades, inclusive no 
trânsito internacional (trânsito aduaneiro de passagem). Questão errada. 
22. (Questão Inédita) Ao conceder o regime, a autoridade aduaneira sob 
cuja jurisdição se encontrar a mercadoria a ser transportada estabelecerá a 
rota a ser cumprida; fixará os prazos para execução da operação e para 
comprovação da chegada da mercadoria ao destino; e adotará as cautelas 
julgadas necessárias à segurança fiscal. 
Comentários: 
A autoridade aduaneira, ao conceder o regime de trânsito, fixará rota, 
determinará prazo e adotará cautelas fiscais que julgar necessárias. Questão 
correta. 
23. (Questão Inédita) A autoridade aduaneira não poderá aceitar rota 
proposta pelo beneficiário do regime de trânsito aduaneiro quando houver rota 
legal preestabelecida. 
Comentários: 
Mesmo havendo rota legal preestabelecida, poderá ser aceita rota 
alternativa proposta por beneficiário (art. 329, § 1o, do R/A). Questão errada. 
24. (Questão Inédita) O despacho para trânsito completa-se com o 
desembaraço aduaneiro 
Comentários: 
O ato final do despacho para trânsito é o desembaraço aduaneiro. 
Tendo sido desembaraçadas as mercadorias, terá início o trânsito aduaneiro. 
Questão correta. 
 
3- Admissão Temporária: 
3.1- Conceito e Generalidades: 
Vocês se lembram das Olimpíadas do Rio em 2016? Naquela 
oportunidade, várias delegações de diversos países se instalaram no Brasil 
durante o período de realização dos jogos, não foi? Pois bem, essas delegações 
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trouxeram uma enorme parafernália, envolvendo materiais esportivos e 
bagagem de atletas e técnicos. 
Lembram-se também da última vez que Paul McCartney veio ao Brasil 
fazer um show? Para realizar o show, o cantor trouxe grande quantidade de 
material ao país, como equipamentos de som e iluminação, estrutura e 
equipamentos de efeitos especiais. 
Agora eu lhes pergunto: será que houve recolhimento tributário sobre 
os bens trazidos pelas delegações estrangeiras por ocasião dos Jogos Pan-
Americanos em 2016? E em relação ao material destinado ao show do Paul 
McCartney? 
Não, meus amigos! Nos dois casos, os bens foram submetidos ao 
regime de admissão temporária. Eles permaneceram no Brasil durante um 
prazo determinado, com suspensão de tributos, regressando posteriormente 
ao exterior. 
O art. 353 do R/A define o regime de admissão temporária como 
sendo o regime aduaneiro especial que permite a importação de bens 
que devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão 
total do pagamento de tributos, ou com suspensão parcial, no caso de 
utilização econômica. 
Um detalhe importante que precisamos perceber a partir da leitura da 
definição de admissão temporária é que a suspensão de tributos poderá 
ser total ou parcial. No caso de bens importados temporariamente para 
participar de uma competição esportiva, de uma exposição ou de um show, a 
suspensão de tributos será total. Entretanto, quando os bens admitidos 
temporariamente forem destinados à utilização econômica, a 
suspensão será parcial. Seria o caso, por exemplo, da admissão temporária 
de máquinas que ingressam no País para serem utilizadas na prestação de um 
serviço de construção civil. 
 
O Decreto nº 8.010/2013 alterou a definição de 
“utilização econômica”. Antes, considerava-se utilização 
econômica o emprego dos bens na prestação de 
serviços ou na produção de outros bens. 
Com a nova redação, considera-se utilização econômica 
o emprego dos bens na prestação de serviços a 
terceiros ou na produção de outros bens 
destinados a venda. 
Resta claro, com a nova redação, que os bens 
importados ao amparo do regime de admissão 
temporária para utilização econômica não poderão ser 
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utilizados em proveito próprio pelo beneficiário do 
regime. 
Quando um bem é admitido temporariamente no País, não podemos 
dizer que ocorreu sua nacionalização, pois sua entrada não possui ânimo de 
definitividade. Ao contrário, ele ficará no país durante um tempo, retornando 
ao exterior. Os tributos ficam suspensos durante a estadia desses bens 
no País justamente porque eles regressarão ao exterior 
Na hipótese de admissão temporária para utilização econômica, o 
pagamento dos tributos federais será proporcional ao tempo de permanência 
do bem no território nacional. Mais especificamente, será aplicado o 
percentual de 1% (um por cento) relativamente a cada mês 
compreendido no prazo de concessão do regime, sobre o montante dos 
tributos originalmente devidos. Essa parcela dos tributos será recolhida, 
permanecendo o restante suspenso no Termo de Responsabilidade. Se, 
futuramente, o beneficiário decidir ficar em caráter definitivo com a 
mercadoria, ele poderá proceder ao despacho para consumo, efetuando a 
nacionalização. Nesse caso, os tributos originalmente devidos deverão ser 
recolhidos deduzido o montante já pago. 
Vamos imaginar um guindaste cujo valor aduaneiro seja R$ 
500.000,00 e que esteja sujeito a uma alíquota de 30% do Imposto de 
Importação (II). Caso ele fosse importado a título definitivo e houvesse 
recolhimento integral, o valor a ser pago a título de II seria de R$ 150.000,00. 
No entanto, caso ele entrasse no Brasil ao amparo do regime aduaneiro de 
admissão temporária e fosse ser utilizado economicamente durante 10 meses, 
o valor a ser recolhido a título de imposto de importação seria de R$15.000,00 
(10% de R$150.000,00). 
Nesse caso, seriam recolhidos R$ 15.000,00 e os outros 
R$135.000,00 ficariam suspensos no Termo de Responsabilidade. Se, 
posteriormente, a empresa decidir nacionalizar os guindastes, ela deverá 
proceder ao despacho para consumo, recolhendo os tributos originalmente 
devidos (R$ 150.000,00) deduzidos os montantes já pagos (R$ 15.000,00). 
Assim, em caso de nacionalização, a empresa deverá recolher R$ 135.000,00. 
 
3.2- Requisitos para a concessão do regime de admissão temporária: 
A concessão do regime aduaneiro especial é de competência da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB). De acordo com o art.358 do 
R/A, a autoridade aduaneira observará, para a concessão do regime, o 
cumprimento cumulativo das seguintes condições: 
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1) Importação em caráter temporário, comprovada esta 
condição por qualquer meio julgado idôneo. Quando um bem é admitido 
temporariamente no País, não podemos dizer que ocorreu sua nacionalização, 
pois sua entrada não possui ânimo de definitividade. Ao contrário, ele ficará no 
país durante um tempo, retornando ao exterior. Os tributos ficam suspensos 
durante a estadia desses bens no País justamente porque eles regressarãoao 
exterior. 
Nesse sentido, a Receita Federal do Brasil (RFB) somente concede o 
regime de admissão temporária a bens que permanecerão no Brasil em caráter 
temporário. O art. 355 do R/A estabelece que o regime de admissão 
temporária poderá ser aplicado aos bens relacionados em ato normativo 
da Secretaria da Receita Federal do Brasil e aos admitidos temporariamente ao 
amparo de acordos internacionais. 
A IN SRFB nº 1.600/2015, por sua vez, disciplinando a aplicação do 
regime aduaneiro especial de admissão temporária, estabeleceu um rol de 
situações em que os bens poderão ser submetidos ao regime aduaneiro 
especial de admissão temporária. Como exemplo, cito os bens destinados a 
eventos esportivos e os animais para exposições. 
Alguém já me perguntou em sala de aula: “Ricardo, e as aeronaves e 
embarcações que entram no país? Elas também se submetem ao regime 
aduaneiro especial de admissão temporária?” 
Essa é uma boa pergunta! De acordo com a IN RFB nº 1.600/2015, 
os veículos terrestres, aeronaves e embarcações utilizados no 
transporte internacional de cargas ou passageiros serão 
automaticamente submetidos ao regime de admissão temporária. 
Questão importante é saber se o regime de admissão temporária se 
aplica aos bens amparados por contrato de leasing! 
De início, cumpre-nos esclarecer que há diversas modalidades de 
leasing, entre elas o leasing financeiro e o leasing operacional. O leasing 
financeiro se caracteriza pela presença de uma instituição financeira que 
realiza o financiamento da operação. De acordo com os costumes comerciais 
brasileiros, quando se faz a opção pelo leasing financeiro, o que se quer é a 
compra do bem. Assim, um bem que entra no país ao amparo de um contrato 
de leasing financeiro, está ingressando com ânimo de definitividade, sendo 
tratado, portanto, como uma importação comum. 
Por sua vez, no leasing operacional, o bem é arrendado por certo 
período, sem que ainda tenha sido feita a opção de compra no final, não 
havendo a intermediação de uma instituição financeira. Dessa forma, o bem 
que entra no país ao amparo de um contrato de leasing operacional, está 
!∀#∃%&∋()∗ ,−.∋/∀∃0∋ 12 3456789: 
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ingressando com ânimo de temporariedade, sendo, portanto, aplicável o 
regime de admissão temporária. 
2) Importação sem cobertura cambial: Dizer que um bem 
ingressou no País sem cobertura cambial significa que ele foi importado sem 
uma contrapartida em divisas. Em outras palavras, o bem admitido 
temporariamente no País não foi objeto de compra. A compra de um bem 
caracteriza o ânimo de definitividade da permanência deste no território 
nacional, o que é inadequado ao regime de admissão temporária. Logo, uma 
condição sine qua non para a admissão de um bem em admissão 
temporária é a inexistência de cobertura cambial. Apesar de as doações 
serem operações sem cobertura cambial, elas não poderão ser admissões 
temporárias. Isso porque existe ânimo de definitividade na importação de bens 
que ingressam no país ao amparo de doações. E, conforme já sabemos, a 
admissão temporária pressupõe a temporariedade da permanência dos bens 
no País. 
3) Adequação dos bens à finalidade para a qual foram 
importados: Quando um bem ingressa no País a título de admissão 
temporária, existe alguma motivação para isso (realização de uma exposição, 
show, feira, etc), a qual deverá estar prevista nos arts. 3º, 4º e 5º, da IN RFB 
nº 1.600/2015. Caso o bem seja utilizado em finalidade diversa daquela 
para a qual foi importado, fica caracterizado o descumprimento do 
regime aduaneiro especial de admissão temporária, o que dá ensejo à 
execução do Termo de Responsabilidade (art. 369, inciso IV do R/A). 
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Antes da edição do Decreto nº 8.010/2013, o art. 358, do 
Regulamento Aduaneiro mencionava outros dois requisitos 
para a concessão do regime aduaneiro especial de admissão 
temporária: i) constituição das obrigações fiscais em Termo 
de Responsabilidade e; ii) identificação dos bens. 
Com o novo decreto, esses dois requisitos passaram para o 
art. 363, do Regulamento Aduaneiro: 
Art. 363. A aplicação do regime de admissão 
temporária ficará condicionada à: 
I - utilização dos bens dentro do prazo fixado e 
exclusivamente nos fins previstos; 
II - constituição das obrigações fiscais em termo 
de responsabilidade; e 
III - identificação dos bens. 
Mas qual foi, afinal, o objetivo dessa mudança? 
O art. 358 tem como objetivo relacionar requisitos a 
serem observados pela autoridade aduaneira antes de 
conceder o regime de admissão temporária (são obrigações 
de verificação pela autoridade aduaneira). 
Já o art. 363 lista obrigações do beneficiário do regime 
aduaneiro especial de admissão temporária. Assim, 
nada mais natural que as duas condições acima 
mencionadas (“constituição das obrigações fiscais em Termo 
de Responsabilidade” e “identificação dos bens”) passem a 
integrar o art. 363. 
Quando uma mercadoria entra no país ao amparo do regime 
aduaneiro especial de admissão temporária, os tributos suspensos ficarão 
consignados em Termo de Responsabilidade. Cabe destacar que, quando 
a suspensão de tributos for parcial, o crédito tributário referente à parcela de 
tributos suspensos deverá também ser constituído em Termo de 
Responsabilidade. 
Junto com o Termo de Responsabilidade, o beneficiário do regime de 
admissão temporária deverá apresentar uma garantia das obrigações 
fiscais. Quando os bens admitidos no regime forem danificados, em virtude de 
sinistro, poderá haver redução da garantia (proporcional ao prejuízo), desde 
que seja solicitado pelo beneficiário do regime. A Secretaria da Receita Federal 
disporá sobre os casos em que poderá ser dispensada a garantia. 
O bem admitido temporariamente no País deve ser o mesmo bem a 
retornar ao exterior. Logo, é fundamental que seja possível fazer sua 
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identificação, através, por exemplo, do número de série. Se for admitida 
temporariamente no País uma empilhadeira com número de série 3323, é essa 
mesma empilhadeira 3323 que deverá regressar ao exterior. 
Para a concessão do regime de admissão temporária para 
utilização econômica, deverá ser observado, ainda, que o tratamento 
administrativo será o mesmo aplicado a uma importação definitiva, 
ressalvados os casos estabelecidos em ato normativo da SECEX. Essa é uma 
novidade criada pelo Decreto nº 8.010/2013 (até então, essa regra não 
existia). 
 
3.3- Prazo de concessão do regime: 
Quando a autoridade aduaneira concede o regime de admissão 
temporária, ela deverá fixar o prazo de vigência do regime, isto é, o prazo pelo 
qual os tributos permanecerão com a exigibilidade suspensa. O prazo de 
vigência do regime começa a contar a partir do desembaraço aduaneiro. 
Mas como a autoridade aduaneira fixa o prazo de vigência do regime? 
Quais são os critérios para a fixação de prazo? 
No ato da concessão do regime, a autoridade aduaneira irá fixar o 
prazo de vigência do regime, que será contado do desembaraço 
aduaneiro. Na fixação do prazo de vigência do regime, a autoridade 
aduaneira deverá levar em consideração o provável período de 
permanência dos bens no País. Se uma determinada exposição terá 
duração de 1 mês, seria um total contrassenso que a autoridade aduaneira 
concedesse a admissão temporária por apenas 15 dias! 
 As normas gerais para a concessão do regime de admissão 
temporária são as mesmas aplicáveis a todos os regimes aduaneiros especiais, 
as quais deverão ser observadas pela autoridade aduaneira na fixação do 
prazo de vigência (art.361 R/A). 
Segundo a IN RFB nº 1.600/2015, o prazo do regime de admissão

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