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Regimes aduaneiros especiais_03


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DESCRIÇÃO
Os regimes aduaneiros especiais e seu papel no
desenvolvimento econômico.
PROPÓSITO
Conhecer o tratamento jurídico a que se submetem as
mercadorias importadas ou destinadas à exportação, distinguindo
os regimes aduaneiros gerais e os especiais, além de estudar as
peculiaridades dos regimes aduaneiros especiais, categoria da
maior importância na economia, uma vez que os impostos sobre
a importação e a exportação são tributos eminentemente
regulatórios.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar seus estudos, tenha à mão o Decreto-Lei nº
37/1966, também chamado de Código Aduaneiro.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Distinguir as várias espécies de regimes aduaneiros e o trânsito
aduaneiro
MÓDULO 2
Identificar os regimes aduaneiros especiais e suas características
INTRODUÇÃO
Neste tema, vamos entender as razões pelas quais o Brasil, bem
como os demais países do mundo, concede reduções e outras
vantagens tributárias, com o fim de incrementar a produção
industrial e, consequentemente, estimular a competitividade,
mediante o emprego de condições mais favoráveis à troca de
bens com outras nações.
Os vários tipos de regimes especiais – o trânsito aduaneiro, a
admissão temporária nas suas duas vertentes, o drawback, a
exportação temporária, a importação temporária para
aperfeiçoamento ativo, a exportação temporária para
aperfeiçoamento passivo, o entreposto aduaneiro, o Repetro,
além dos demais – são modalidades criadas para incentivar as
vendas ao exterior, tal como estabelece, expressamente, o art.
383 do RA, ao dispor que o drawback é um incentivo à
exportação.
Como complemento natural, vamos analisar os tributos que
incidem sobre o comércio exterior, haja vista que, no regime
federativo, não só o governo central tributa mercadorias
nacionais e estrangeiras. Destinadas ao consumo no país, nas
importações, por exemplo, incidem os impostos sobre a venda
interna da mercadoria, competência atribuída não só ao governo
federal como também aos estados.
Nos módulos seguintes, estudaremos todos esses regimes,
compreendendo sua base legal e suas peculiaridades,
distinguindo-os uns dos outros e apontando as características e
as vantagens decorrentes de cada um.
 
Fonte: Shutterstock.com
MÓDULO 1
 Distinguir as várias espécies de regimes aduaneiros e o
trânsito aduaneiro
REGIMES ADUANEIROS
Regime aduaneiro consiste no tratamento legal e administrativo
que disciplina as operações de entrada e saída de mercadorias
do território nacional, do qual resulta a cobrança de tributos ou o
reconhecimento do direito à imunidade, à isenção ou a qualquer
outro benefício fiscal concedido por lei ou pela Constituição.
 SAIBA MAIS
Além do controle da constitucionalidade e da legalidade, as
autoridades aduaneiras têm competência para aferir o
cumprimento das obrigações acessórias, necessárias e
imprescindíveis ao desembaraço de mercadorias pelas
alfândegas.
O comércio exterior atingiu elevado grau de complexidade, em
que inúmeros fatores políticos, econômicos, sociais, diplomáticos,
entre outros, interferem nas relações entre os agentes
econômicos, assim entendidos como as empresas exportadoras
e importadoras.
Em razão disso, cresceu de forma exponencial a quantidade de
leis, decretos e atos administrativos que regulam as operações
de importação e exportação, a ponto de serem expedidas pela
Receita Federal do Brasil (RFB) as chamadas soluções de
consulta, que, para aquele órgão, têm o caráter mandatório em
relação aos contribuintes do imposto.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os regimes aduaneiros, divididos para fins didáticos em
especiais e gerais, estão previstos em toda a legislação
tributária concernente à importação e à exportação, desde a
Constituição da República, em que encontramos a competência
federal para a instituição dos dois impostos, passando pelo
Código Tributário Nacional (CTN), pelo Decreto-Lei nº 37/1966,
pelo regulamento aduaneiro (RA), aprovado pelo Decreto nº
6.759/2009, e pelas disposições administrativas com força
normativa.
REGIMES ADUANEIROS
ESPECIAIS: CONCEITOS E
CARACTERÍSTICAS
Os regimes aduaneiros classificam-se em comuns e especiais.
REGIMES ADUANEIROS COMUNS
Consistem na importação e na exportação em caráter definitivo,
ou seja, a mercadoria ingressa no território aduaneiro mediante o
cumprimento de todas as formalidades exigidas e, se for o caso,
com o pagamento dos tributos devidos, ou na hipótese de
exportação mediante a saída da mercadoria do país em caráter
definitivo.

REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS
Exercem papel fundamental no que concerne ao incentivo à
industrialização e à exportação, uma vez que a suspensão, a
isenção e a redução de tributos permitem desenvolver atividades
econômicas sem o dispêndio de recursos que, poupados,
revertem em investimentos.
Podemos verificar as seguintes características acerca dos
regimes aduaneiros especiais:
Os regimes aduaneiros especiais se caracterizam pela
suspensão dos tributos na entrada ou na saída da mercadoria, a
partir da garantia dos tributos eventualmente exigíveis, firmada
em termo de responsabilidade perante a repartição na qual se
processar o despacho aduaneiro de importação ou de
exportação.
Os regimes aduaneiros especiais também se caracterizam pela
suspensão dos tributos incidentes e, eventualmente, como no
caso do drawback (Segundo o art. 383 do RA, “é considerado
incentivo à exportação”.) , pela isenção. A suspensão dos tributos
é condicionada ao emprego do bem em uma atividade
econômica, embora haja casos, como na admissão temporária
pura e simples, em que essa finalidade não é observada.
Outra característica dos regimes especiais consiste na
observância de prazo para gozo do benefício, que varia conforme
a modalidade considerada. Significa dizer que os regimes
especiais têm início, representado pela concessão, a
permanência no regime e a sua extinção. Não fora assim,
estaríamos tratando de um regime geral de importação ou de
exportação.
 EXEMPLO
O veículo de propriedade de estrangeiro que ingressa no país a
turismo. Ainda que a entrada e a permanência do veículo se
submetam ao controle aduaneiro, não se vislumbra nessa
hipótese o objetivo de prestar serviço ou se destinar a alguma
atividade industrial. Em resumo, assim como a isenção, a
finalidade econômica também admite exceções.
Para completar, afirma-se que os tributos devidos e
eventualmente exigidos são garantidos por termo de
responsabilidade específico para cada caso, firmado pelo
beneficiário e pelo transportador, e acompanhado de depósito em
dinheiro, fiança bancária ou de instituição idônea ou de seguro
específico que cubra o valor dos tributos suspensos.
Por tradição, a arrecadação de tributos é a própria razão de ser
dos órgãos fazendários. Todavia, essa afirmação carece de
veracidade quando se trata de impostos sobre o comércio
exterior. Tendo em vista a natureza extrafiscal desses impostos, a
finalidade de obtenção de recursos com vistas à satisfação das
necessidades do Estado não guarda pertinência com a
característica dos tributos incidentes na importação e na
exportação.
É preciso, contudo, considerar que o Estado não pode ignorar a
necessidade da importação de bens de toda espécie, seja em
razão da escassez do produto em face da demanda interna, seja
pela carência de bens de capital, que contribuem com a produção
de riqueza no país.
Ressalvada a hipótese da adoção de política altamente
protecionista, o objetivo do controle aduaneiro não se resume à
arrecadação, mas, principalmente, a resguardar a sociedade
contra a prática desleal de comércio, visando à clareza nas
relações comerciais conjugada com a eliminação das barreiras
que porventura venham a interpor-se ao livre comércio entre os
países.
TRÂNSITO ADUANEIRO
Entre os regimes aduaneiros especiais, o trânsito aduaneiro
possui importante papel. Conforme estabelecem os arts. 315 e
seguintes do RA, trânsito aduaneiro é o regime aduaneiro
especial que permite o transporteda mercadoria, sob controle
fiscal, de um ponto a outro do território aduaneiro, com
suspensão dos tributos devidos. Cabe informar que trânsito,
como regime especial, não se confunde com transporte,
entendido como a operação que conduz mercadorias ou pessoas
javascript:void(0)
de um ponto a outro, diferentemente, portanto, de um regime
jurídico.
São modalidades de trânsito aduaneiro:
TRÂNSITO ADUANEIRO
O trânsito aduaneiro é efetuado por várias modalidades: via
aquática, terrestre ou aérea. A declaração sobre essa
finalidade deve constar expressamente do conhecimento de
carga, assim como do manifesto de carga. Essa condição é
essencial para a sua aceitação pelas autoridades aduaneiras.
I
II
III
IV
I
O transporte de mercadoria procedente do exterior com destino a
outro ponto do território aduaneiro.
II
O transporte de mercadoria já despachada para exportação,
desde o depósito do exportador até o ponto de embarque e saída
do país. Essa modalidade é um importante instrumento de
incentivo à exportação, uma vez que agiliza a conferência da
mercadoria pela alfândega do local de produção.
III
O transporte de mercadoria de um recinto aduaneiro a outro, do
mesmo ou de outro proprietário.
IV
Por fim, o chamado trânsito de passagem, que permite o
transporte de mercadoria procedente do exterior ou a ele
destinada, quando o território nacional constitui parte do trajeto
total, que se iniciou no exterior e que deve terminar fora de suas
fronteiras.
 EXEMPLO
Um exemplo típico da modalidade de trânsito de passagem é o
transporte de mercadoria que chega ao Brasil por via marítima
desde o porto de descarga até a fronteira com o Paraguai, onde é
entregue às autoridades desse país.
As obrigações fiscais, cambiais e outras, suspensas pela
aplicação do regime de trânsito aduaneiro, são garantidas na
própria declaração de trânsito aduaneiro (DTA), sendo
dispensabilidade a assinatura de termo de responsabilidade em
casos especiais, a critério do auditor fiscal.
Para impedir possível violação dos volumes, de recipientes ou do
veículo transportador, são adotadas cautelas fiscais:
LACRAÇÃO
SINETAGEM
CINTAGEM
MARCAÇÃO
ACOMPANHAMENTO FISCAL (SE NECESSÁRIO)
Podemos destacar alguns pontos que ocorrem durante o trânsito
aduaneiro:
 
Fonte: Shutterstock.com
Antes do desembaraço para trânsito, a autoridade aduaneira do
local de origem procede à vistoria, que também pode ser
realizada durante o percurso, desde que algum fato que a
justifique chegue ao conhecimento da autoridade, e após a
conclusão da operação de trânsito, já no local de destino.
 
Fonte: Shutterstock.com
A operação de trânsito é concluída quando o veículo
transportador chega ao local de destino, onde recebe a visita da
autoridade fiscal, que procede ao exame da documentação
apresentada e verifica a condição do veículo, dos lacres e dos
demais elementos de segurança, além da integridade da carga.
 
Fonte: Shutterstock.com
O transportador que não comprovar a chegada da mercadoria ao
local de destino ficará sujeito ao cumprimento das obrigações
fiscais assumidas no termo de responsabilidade, sem prejuízo de
outras penalidades cabíveis.
O trânsito aduaneiro é uma opção bastante vantajosa para o
importador que não conta com um estabelecimento nas
proximidades do ponto de chegada no país, uma vez que o
próprio desembaraço da mercadoria é realizado no depósito
indicado à repartição fiscal mais próxima. Sob o ponto de vista
logístico, a vantagem do trânsito aduaneiro é desafogar as
atividades portuárias, aeroportuárias ou de fronteira, visto
que a mercadoria é despachada fora da zona primária.
ADMISSÃO TEMPORÁRIA
PARA UTILIZAÇÃO
ECONÔMICA
DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS
E PROCEDIMENTOS
A admissão temporária, conforme disposto no art. 315 e
seguintes do RA, é o regime especial que permite a importação,
com suspensão do pagamento de tributos, de bens que devam
permanecer no país durante prazo fixado e com fim determinado
e retornar ao exterior sem modificações que lhes confiram nova
individualidade, ou seja, no mesmo estado em que entraram.
O regime especial de admissão temporária para utilização
econômica, que derivou da modalidade no sentido mais geral,
permite o ingresso, para permanência temporária no país, com
pagamento proporcional dos tributos, de mercadorias
javascript:void(0)
estrangeiras ou desnacionalizadas, destinadas ao emprego em
atividades de serviço ou de industrialização.
PAGAMENTO PROPORCIONAL
O pagamento, segundo a legislação, é proporcional ao tempo
de permanência da mercadoria no país. Nos termos do art.
373, § 2º, do RA, aprovado pelo Decreto nº 6759/2009, é de
1% ao mês. Também no presente caso, deverá ser firmado
termo de responsabilidade pelo beneficiário do regime.
São assim consideradas as operações de industrialização, como
definidas na legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), excetuada a transformação, assim como o
conserto, o reparo ou a restauração de bens estrangeiros que
devam retornar, modificados, ao país de origem.
A legislação aduaneira estabelece, como condições para o gozo
do regime, que:
A mercadoria seja de propriedade de pessoa sediada no exterior.
O beneficiário seja pessoa jurídica com sede no país.
O objeto do contrato de prestação de serviço seja a mercadoria.
O regime caracteriza-se, ainda, por beneficiar mercadorias
admitidas sem cobertura cambial.
AS OPERAÇÕES DE
APERFEIÇOAMENTO ATIVO
A admissão temporária para aperfeiçoamento ativo consiste no
regime especial que permite o ingresso no país de bens que
serão objeto de processo de industrialização, como montagem,
beneficiamento, condicionamento ou recondicionamento e
renovação ou, ainda, conserto, reparo ou restauração, devendo,
ao final do regime, ser reexportados.
O regime se inicia com a autorização para gozo do benefício,
extinguindo-se com a reexportação. Alternativamente, como
todos os demais regimes especiais, o bem pode ser transferido
para outro regime especial ou submetido a despacho para
consumo, mediante o pagamento dos tributos devidos.
O regime caracteriza-se, ainda, por beneficiar mercadorias
admitidas sem cobertura cambial.
EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA
DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS
E PROCEDIMENTOS
É o regime aduaneiro especial que permite a saída para o
exterior de mercadoria nacional ou nacionalizada, sob a condição
de retornar ao país em prazo determinado, qual seja, um ano,
prorrogável por período idêntico, no mesmo estado, ou após
submetida a processo de conserto, reparo ou restauração.
Para fins de sua identificação, a conferência física da mercadoria
a ser exportada sob esse regime será feita no estabelecimento
do exportador ou em outro local autorizado, como também será
executada no retorno do bem do exterior.
São passíveis de beneficiamento pelo regime bens que se
destinem à exposição de arte ou qualquer outra, a congressos
científicos, aos mais variados eventos e às manifestações
culturais, a espetáculos esportivos, ou, igualmente, à prestação
de serviços diversos em outros países.
 
Fonte: Shutterstock.com
PRAZOS CONCEDIDOS PELA
AUTORIDADE ADUANEIRA
O regime pode ser concedido pela autoridade aduaneira pelo
prazo de até um ano, prorrogável por período não superior, no
total, a dois anos, mediante a assinatura de termo de
responsabilidade perante a repartição fiscal da jurisdição. Só
excepcionalmente, e, mediante autorização expressa, esse prazo
poderá ser prorrogado por período superior. Na hipótese de
exportação vinculada a contrato de prestação de serviço, o prazo
coincidirá com o estabelecido para vigência do acordado entre as
partes.
Nos casos em que a exportação temporária exceder o prazo
concedido, o retorno ao país estará sujeito ao pagamento de
multa, não podendo ser cobrados tributos como se o produto
estrangeiro fosse a mercadoria, em face do que foi decidido pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) ao julgar o Recurso
Extraordinário nº 104.306. Nessa oportunidade,o STF declarou
inconstitucional o art. 93 do Decreto-Lei nº 37/1966, visto que a
mercadoria exportada temporariamente não se desnacionaliza
pelo fato de ser reimportada após a conclusão do prazo de sua
permanência no exterior.
Constitui requisito essencial para a concessão do regime o
registro da exportação no Sistema de Comércio Exterior
(Siscomex), que poderá ser dispensado nos casos de bagagem
acompanhada e veículos utilizados por seus proprietários, assim
como os destinados ao transporte de carga ou passageiros, além
de outros, desde que ouvida a Subsecretaria de Operações de
Comércio Exterior (Suext).
 ATENÇÃO
O pedido de autorização para operar no regime poderá ser
negado pela fiscalização da Secretaria da RFB do local de
embarque ou da jurisdição da empresa beneficiária, cabendo
recurso de possível indeferimento. Isso, no entanto, não impede
a saída da mercadoria do país. Nesse caso, contudo, serão
exigidos os tributos devidos na importação incidentes sobre a
mercadoria objeto do indeferimento.
O regime beneficia o exportador-importador, cuja mercadoria,
pela sua natureza ou destinação, não deva permanecer no
exterior em definitivo, mas, tão somente, pelo tempo de duração
de uma feira ou exposição, por exemplo, ou pelo tempo
necessário à prestação do serviço contratado.
Exclui-se da aplicação do regime a saída de veículos de
propriedade de residentes no país, para viagem de turismo a
países integrantes do Mercosul, conforme disposto em normas
comunitárias.
OPERAÇÕES DE
APERFEIÇOAMENTO PASSIVO
A exportação temporária para aperfeiçoamento passivo constitui
caso particular do regime aludido e pode ser conceituada como o
regime aduaneiro especial que permite a saída, do país, por
tempo determinado, de mercadoria nacional ou nacionalizada,
para ser submetida à operação de transformação, elaboração,
beneficiamento ou montagem, no exterior, e a posterior
reimportação, sob a forma de produto resultante.
No retorno dos bens submetidos a processo de conserto, reparo
ou restauração no exterior, serão cobrados os tributos
incidentes sobre o valor de partes, peças ou outros
componentes agregados à mercadoria.
TRIBUTOS INCIDENTES
Os tributos devidos na importação do produto resultante da
aplicação deste regime são calculados mediante a dedução
do valor dos tributos que incidiriam sobre o produto
importado, que é o valor dos tributos que seriam devidos na
importação da mercadoria objeto da exportação temporária.
javascript:void(0)
Os eventuais impostos devidos pela exportação serão garantidos
por termo de responsabilidade firmado pelo beneficiário do
regime. O prazo de permanência no regime será fixado em
função do período considerado necessário à realização da
operação e do tempo despendido no transporte.
 ATENÇÃO
Esta modalidade de regime aduaneiro especial se extingue com o
retorno da mercadoria ao país, incluindo os bens acrescidos, ou
com a sua exportação definitiva, caso seja a opção do
beneficiário.
Confira o depoimento do especialista acerca da admissão
temporária e exportação temporária.
VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. SÃO CARACTERÍSTICAS DOS REGIMES
ADUANEIROS ESPECIAIS:
A) A suspensão do Imposto de Importação, do IPI e do ICMS.
B) A suspensão dos tributos e, excepcionalmente, a imunidade.
C) A suspensão dos tributos, o prazo e a finalidade econômica.
D) A suspensão, a isenção e a imunidade justificadas
economicamente.
E) A isenção de todos os tributos.
2. UMA SUBSIDIÁRIA BRASILEIRA DE EMPRESA
ESTRANGEIRA, ESPECIALIZADA NA PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS PORTUÁRIOS, DESEJA IMPORTAR
UMA DRAGA PARA RETIRAR AREIA ACUMULADA
DE UM CANAL DE ACESSO A DETERMINADO
PORTO NO BRASIL E PROMOVER SEU RETORNO
AO EXTERIOR APÓS A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO.
A IMPORTAÇÃO QUE SE COGITA:
A) Não pode ser efetuada por empresa estrangeira, ainda que
subsidiária, estabelecida no Brasil.
B) É modalidade de regime aduaneiro especial de admissão
temporária para utilização econômica.
C) É modalidade de trânsito aduaneiro, visto que a mercadoria
retorna ao exterior ao final do serviço.
D) Enquadra-se no regime aduaneiro especial de admissão
temporária para aperfeiçoamento ativo.
E) Não se sujeita a regime aduaneiro especial.
GABARITO
1. São características dos regimes aduaneiros especiais:
A alternativa "C " está correta.
 
Nos regimes aduaneiros especiais, a característica principal é a
suspensão dos tributos, desde que justificada por um interesse
econômico previsto na lei. Complementarmente, o prazo de
permanência no Brasil ou no exterior, conforme o caso, e a
garantia dos tributos e das penalidades, eventualmente cabíveis.
2. Uma subsidiária brasileira de empresa estrangeira,
especializada na prestação de serviços portuários, deseja
importar uma draga para retirar areia acumulada de um canal
de acesso a determinado porto no Brasil e promover seu
retorno ao exterior após a prestação do serviço. A
importação que se cogita:
A alternativa "B " está correta.
 
O regime aduaneiro especial aplicável é, sem dúvida, a admissão
temporária para utilização econômica, destinado à entrada de
mercadoria no território para fins de utilização em processo
industrial ou na prestação de serviços no país.
MÓDULO 2
 Identificar os regimes aduaneiros especiais e suas
características
OUTROS REGIMES
ADUANEIROS ESPECIAIS
A fim de situar melhor os regimes aduaneiros especiais, é preciso
entender que no mundo moderno a função financeira não mais se
adequa aos tributos incidentes sobre o comércio exterior.
Com efeito, hoje, a arrecadação de tributos sobre as operações
de importação e exportação representa percentagem residual em
relação à receita total oriunda dos tributos como um todo. A
finalidade econômica dos tributos aduaneiros torna a atividade
fator diferenciado das demais exações.
Importa destacar o necessário equilíbrio entre a imposição
tributária sobre o comércio exterior, que determina a incidência
de alíquotas seletivas sobre o ingresso de mercadorias no
território nacional, e o incentivo às atividades econômicas,
caracterizado, principalmente, pelo tratamento diferenciado
dispensado pela lei às entradas e saídas de mercadorias do
território nacional.
Além das modalidades de regimes especiais estudados, podem
ser mencionados outros, como o drawback, o Repetro e o
entreposto aduaneiro, que merecem a devida atenção por sua
importância e aplicação na prática aduaneira, sobre os quais
falaremos a seguir.
REGIME ADUANEIRO ESPECIAL
DE IMPORTAÇÃO DE INSUMOS
DESTINADOS À
INDUSTRIALIZAÇÃO POR
ENCOMENDA (RECOM)
O Recom, previsto nos arts. 427 e seguintes do regulamento
aduaneiro (RA), consiste no regime aduaneiro especial de
insumos destinados à industrialização por encomenda de
produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da
Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
O regime permite a importação, sem cobertura cambial, de
chassis, carroçarias, peças, partes, componentes e acessórios,
com suspensão do pagamento do Imposto sobre os Produtos
Industrializados (IPI).
A importação será sempre realizada por encomenda de pessoa
jurídica domiciliada no exterior, correndo por sua conta e ordem a
importação. O Imposto de Importação devido somente incidirá
sobre os insumos importados e empregados na industrialização
dos produtos aqui relacionados.
 ATENÇÃO
O produto resultante da aplicação do presente regime especial
não estará sujeito à tributação pelo IPI incidente sobre os
insumos adquiridos no mercado interno, se exportado para o
exterior. Quando destinados ao mercado interno, os produtos
serão remetidos à empresa encomendante, com suspensão do
imposto sobre produtos industrializados.
REGIME ADUANEIRO ESPECIAL
DE IMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO
BRUTO E SEUS DERIVADOS
(REPEX)
O Repex, previsto nos arts. 464 e seguintes do RA, é o que
permite a importação desses produtos, com suspensão do
pagamento de impostos, para posterior exportação, no mesmo
estado em que foram importados.
O prazo para que a exportação ocorraé de noventa dias,
prorrogável uma única vez, por igual período, tendo como termo
inicial a data do desembaraço aduaneiro de admissão das
mercadorias. Durante esse período, o produto poderá ser
utilizado no mercado interno, sob a condição de que seja
substituído por outro, na mesma quantidade e idêntica
classificação fiscal, quando da posterior exportação.
Constituem condições prévias para o regime, concedido em
caráter precário:
HABILITAÇÃO DA EMPRESA JUNTO À
SECRETARIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL
DO BRASIL (RFB).
AUTORIZAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DO
PETRÓLEO (ANP) PARA IMPORTAR E EXPORTAR
OS PRODUTOS OBJETO DO REGIME.
CABE À RFB RELACIONAR OS PRODUTOS QUE
PODERÃO SER ADMITIDOS NO REGIME.
 ATENÇÃO
O abastecimento de aeronaves e embarcações estrangeiras com
o produto importado não está abrangido pelo regime.
REGIME TRIBUTÁRIO PARA
INCENTIVO À MODERNIZAÇÃO E
À AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA
PORTUÁRIA (REPORTO)
Criado pelo art. 14 da Lei nº 11.033/2004, alterada pela Lei nº
12.715/2012, e constante dos arts. 471 e seguintes do RA, o
Reporto (O Reporto foi instituído pela Lei nº 11.033/2004 e está
regulamentado nos arts. 471 a 475 do RA.) é o que permite, na
importação de máquinas, equipamentos, peças de reposição e
outros bens, a suspensão do pagamento do Imposto de
Importação, do IPI, da contribuição para o PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação, quando importados
diretamente pelos beneficiários do regime e destinados ao seu
ativo imobilizado.
O regime especial destina-se exclusivamente à execução de
serviços de carga, descarga, armazenagem e movimentação de
mercadorias e produtos, sistemas suplementares de apoio
operacional, proteção ambiental, sistemas de segurança e de
monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias, produtos,
veículos e embarcações, dragagens, e treinamento e formação
de trabalhadores, inclusive na implantação de centros de
treinamento profissional.
Na atividade de movimentação de mercadorias exercida por
operador portuário, se o bem admitido no Reporto for o único
meio de acesso de um ponto a outro do porto organizado, é
permitida a sua utilização em via pública situada fora da área do
porto organizado.
O Reporto é aplicado, também, aos bens utilizados na execução
de serviços de transporte de mercadorias em ferrovias,
classificados nas posições 86.01, 86.02 e 86.06 da Nomenclatura
Comum do Mercosul (NCM), e aos trilhos e demais elementos de
vias férreas, classificados na posição 73.02.
A RFB é competente para relacionar em ato normativo específico
os bens que serão beneficiados pela suspensão tributária de que
trata o Reporto. Os procedimentos para aplicação do REPORTO
estão disciplinados pela Instrução Normativa RFB nº 1.370/2013.
 SAIBA MAIS
Conforme disposto no § 5º, do art. 471 do RA, as peças de
reposição devem ter o seu valor aduaneiro igual ou superior a
20% do valor aduaneiro da máquina ou do equipamento ao qual
se destinam.
ENTREPOSTO ADUANEIRO E
DEPÓSITOS ESPECIAIS
ENTREPOSTO ADUANEIRO
Um regime aduaneiro especial muito utilizado pelos importadores
e exportadores é o entreposto aduaneiro. Cabe destacar, de
início, que o termo entreposto, como regime aduaneiro especial,
não pode ser confundido com o seu outro significado, qual seja, o
de depósito.
Entreposto aduaneiro é o regime aduaneiro especial que permite,
na importação e na exportação, o depósito de mercadorias, em
local determinado, com suspensão do pagamento de tributos e
sob controle fiscal.
Observe que a importação em quantidade considerável pode
resultar em economia de frete, seguro e outras despesas
relativas ao transporte de mercadorias. A permissão para
explorar entreposto de uso público ou de uso privativo é
concedida em caráter precário, ou seja, não gera benefício
permanente para o titular do regime.
O entreposto aduaneiro caracteriza-se pelo uso público ou
privativo. Os permissionários do entreposto aduaneiro de uso
público são as empresas de armazéns gerais, as empresas
comerciais exportadoras e as empresas nacionais prestadoras de
serviços de transporte internacional de carga.
Por sua vez, o entreposto aduaneiro de uso privativo tem
como permissionárias ou beneficiárias as empresas comerciais
exportadoras – as chamadas trading companies.
 
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As mercadorias sob esse regime são importadas sem cobertura
cambial, isto é, o importador não remete divisas ao exterior para
pagamento da importação, considerando-se que a mercadoria
pertence ao exportador no exterior até a sua venda no mercado
interno. Admite-se, apenas, a cobertura cambial quando a
mercadoria se destina à exportação. O prazo máximo de
permanência no regime de entreposto aduaneiro é de um ano,
sendo permitida a prorrogação por prazo fixado pela autoridade.
Define-se regime especial de entreposto aduaneiro na
importação aquele que permite a armazenagem de mercadoria
estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com
suspensão do pagamento dos impostos incidentes na
importação, conforme disposto no art. 404 do RA.
O regime permite, ainda, a permanência de mercadoria
estrangeira em feira, congresso, mostra ou evento semelhante,
realizado em recinto de uso privativo, previamente alfandegado
para esse fim.
 ATENÇÃO
É condição para admissão no regime que a importação não tenha
sido efetuada com cobertura cambial. Trata-se de regime
vantajoso para o importador, uma vez que o pagamento dos
tributos só é exigido por ocasião do despacho aduaneiro.
O entreposto aduaneiro também é utilizado na exportação,
entendido como o regime que permite a armazenagem de
mercadoria destinada à exportação, conforme define o art. 410
do Decreto nº 6.759/2009.
O entreposto aduaneiro na exportação compreende as
modalidades de regime:
REGIME COMUM
Nessa modalidade, a mercadoria é armazenada em recinto de
uso público, com a suspensão do pagamento de impostos. O
depositante, no entanto, somente goza do direito aos benefícios
fiscais no momento em que a mercadoria deixa o país.

REGIME EXTRAORDINÁRIO
Essa modalidade é de uso exclusivo das empresas comerciais
exportadoras: as trading companies. Nessa hipótese, mais
vantajosa, o gozo do incentivo fiscal ocorre no momento da
aquisição da mercadoria pela trading.
O entreposto aduaneiro na exportação, em qualquer das duas
modalidades, enseja a fruição de incentivos fiscais nas
operações de venda de produto brasileiro ao exterior.
ENTREPOSTO INDUSTRIAL
(RECOF-SPED)
O Recof, previsto nos arts. 520 e seguintes do RA, é o regime
aduaneiro especial que permite a determinado estabelecimento
industrial importar, com suspensão de tributos, com ou sem
cobertura cambial, sob controle aduaneiro informatizado,
mercadorias que, depois de submetidas à operação de
industrialização, deverão destinar-se ao mercado externo. O
regime especial é disciplinado pela Instrução Normativa RFB nº
1.988/2020.
As mercadorias sob o regime especial apresentam as seguintes
características:
ARMAZENAMENTO
Segundo dispõe a instrução normativa, os insumos admitidos e
os produtos finais produzidos sob o regime, nas condições
previstas no art. 23 da Instrução Normativa RFB nº 1.291/2012, e
no art. 17 da Instrução Normativa RFB nº 1.612/2016, poderão
ser armazenados também em recinto alfandegado de zona
secundária ou armazém-geral que reserve área própria para essa
finalidade; em pátio externo ou depósito fechado do próprio
beneficiário; ou pátio externo ou depósito fechado de terceiro –
nos casos em que o beneficiário possua ato da Secretaria de
Fazenda, finanças ou tributação de estado ou do Distrito Federal
que autorize a utilização do referido espaço.
DESTINAÇÃO
Parte da mercadoria importada sob o regime poderá destinar-se
a consumo, no estado em que foi importada ou depois de
submetida a processo de industrialização. Além disso, a
mercadoria poderá destinar-se à exportação ou à reexportação,
assim como poderá ser destruída.
AUTORIZAÇÃO
A autorização, concedida em caráter precário,poderá ser
cancelada ou suspensa a qualquer tempo. Compete ao
coordenador-geral do sistema de controle aduaneiro autorizar
operações no regime, que poderão ser canceladas ou suspensas
a qualquer tempo por descumprimento de termos, limites e
condições de funcionamento do regime.
HABILITAÇÃO
Do ato de habilitação constarão as mercadorias que poderão ser
admitidas, as operações de industrialização permitidas e o
percentual tolerável de perda, além de outras limitações.
PRAZO DE PERMANÊNCIA
A mercadoria poderá permanecer no regime especial pelo prazo
de um ano, que poderá ser prorrogado por período idêntico.
Findo o prazo de autorização, serão exigidos os tributos
referentes às mercadorias em estoque, acrescidos dos encargos
legais.
Com a Instrução Normativa nº 1.612 de 2016, o regime aduaneiro
especial de entreposto industrial sob controle aduaneiro (Recof)
passou a se chamar regime aduaneiro especial de entreposto
industrial sob controle informatizado do sistema público de
escrituração digital (Recof-Sped), tendo em vista a necessidade
de adaptação aos sistemas informatizados implantados na
Secretaria Especial da RFB.
O objetivo da criação do Recof-Sped é oferecer ao contribuinte
simplificação dos processos, facilidade de ingresso e redução de
custos de implementação e manutenção do regime.
A grande vantagem disponibilizada pelo Recof-Sped consiste no
fato de que, se a empresa beneficiária do regime não lograr
exportar parte da mercadoria adquirida ou do produto
industrializado, pode, ainda assim, usufruir dos benefícios fiscais
previstos. Nesse caso, a empresa poderá destiná-los ao mercado
interno, mediante o recolhimento dos tributos, acrescidos da
multa e dos juros, desde que o pagamento seja efetuado dentro
do prazo estabelecido na legislação.
No vídeo a seguir, confira o depoimento do especialista acerca
das diferentes características entre o entreposto aduaneiro e o
entreposto industrial.
DEPÓSITOS ESPECIAIS
DEPÓSITO AFIANÇADO
Outro dos regimes aduaneiros especiais é o denominado
depósito afiançado, previsto nos arts. 488 e seguintes do RA.
Permite a estocagem, com suspensão do pagamento de
impostos federais e das contribuições para o PIS/PASEP e da
COFINS, de materiais importados sem cobertura cambial,
destinados à manutenção e ao reparo de embarcação ou
aeronave pertencente à empresa autorizada a operar no
transporte comercial internacional, e utilizados nessa atividade.
 
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O regime também pode ser concedido à empresa estrangeira que
opere no transporte rodoviário. Os depósitos de empresas
estrangeiras de transporte marítimo ou aéreo poderão ser
utilizados, inclusive, para provisões de bordo.
Vale acrescentar que o controle aduaneiro da entrada, da
permanência e da saída de mercadorias será efetuado mediante
processo informatizado.
 ATENÇÃO
A concessão do regime especial é prevista em acordo
internacional, podendo, ainda, ser concedido quando
comprovada a reciprocidade de tratamento. O prazo máximo de
permanência das mercadorias no regime é de cinco anos.
DEPÓSITO CERTIFICADO
O regime de depósito alfandegado certificado (DAC), previsto
nos arts. 493 e seguintes do RA:
Permite considerar exportada, para todos os efeitos fiscais,
creditícios e cambiais, a mercadoria nacional depositada em
recinto alfandegado de uso público ou instalação portuária de uso
privativo misto, vendida à pessoa sediada no exterior, mediante
contrato de entrega no território nacional e ordem do adquirente.
DEPÓSITO ALFANDEGADO
Na admissão para o regime, o depositário emitirá o conhecimento
de depósito alfandegado, título que comprova o depósito, a
tradição e a propriedade da mercadoria. O prazo de permanência
no regime é de um ano. O regime se extingue mediante a
comprovação do embarque ou da transposição de fronteira
terrestre, do despacho para consumo ou a transferência para o
regime especial de drawback, admissão temporária, Repetro, loja
franca ou entreposto aduaneiro.
DEPÓSITO FRANCO
O regime aduaneiro especial de depósito franco, previsto nos
arts. 499 e seguintes do RA:
Permite, em recinto alfandegado, a armazenagem de mercadoria
estrangeira para atender ao fluxo comercial de países limítrofes
com terceiros países.
O regime, que se baseia em acordo ou convênio internacional
firmado pelo Brasil, é instituído com o fim de atender à
conveniência de países limítrofes não banhados pelo oceano
Atlântico.
 ATENÇÃO
No caso em que o prazo estabelecido para admissão no regime
for ultrapassado ou quando houver fundadas suspeitas de falsa
declaração de conteúdo, a autoridade aduaneira será obrigada a
proceder à conferência física da mercadoria depositada.
LOJAS FRANCAS
Outro regime especial digno de menção diz respeito às lojas
francas, previsto no art. 476 do RA.
Permite a estabelecimento instalado em zona primária de porto
ou de aeroporto alfandegado a venda de mercadoria nacional ou
estrangeira a passageiro em viagem internacional, contra
pagamento em cheque de viagem ou em moeda estrangeira
conversível. A habilitação para operar no regime é precedida de
concorrência pública promovida pela SRF.
A aquisição de mercadoria destinada à venda em loja franca
goza da suspensão de tributos, que se converte em isenção no
momento da venda. Contudo, as mercadorias nacionais são
vendidas às lojas francas pelos estabelecimentos industriais ou
equiparadas com isenção dos tributos incidentes.
Nas lojas francas é permitida a admissão temporária de
mercadorias em consignação, caso em que o pagamento ao
exportador é efetuado após a venda da mercadoria.
 
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 SAIBA MAIS
Tripulantes e passageiros em viagens internacionais; missões
diplomáticas; repartições consulares; representações de
organizações internacionais de caráter permanente, inclusive
seus integrantes; empresas de navegação aérea e marítima, de
bandeira estrangeira, aportadas no país; além de passageiros em
viagem internacional, poderão adquirir mercadorias para seu
consumo em lojas francas.
DRAWBACK
DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS
E PROCEDIMENTOS
Um regime aduaneiro especial digno de citação por sua
importância e uso generalizado no comércio consiste no
drawback, que se caracteriza pela importação de insumos e
produtos intermediários com suspensão, isenção ou restituição
de impostos para posterior emprego em produto exportado ou
destinado à exportação, após serem objeto de operação de
industrialização que modifique a sua classificação tarifária.
O art. 383 do RA é bastante claro ao dizer que “o drawback é
considerado incentivo à exportação”. De fato, esse regime
constitui eficiente incentivo ao desenvolvimento do processo de
industrialização, uma vez que os tributos devidos na importação
são suspensos, evitando que o industrial seja onerado com o
ônus tributário.
Com base no drawback, o Estado concede o benefício, o que
levou o então ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Luiz
Fux, a afirmar, no Recurso Especial nº 417.821, que a operação
resulta de um negócio sinalagmático, em que o importador
assume a obrigação de beneficiar e reexportar a mercadoria, e o
Estado, de sua parte, outorga o benefício fiscal.
O regime tem como objetivo excluir do preço final do produto o
ônus tributário relativo à importação de matéria-prima ou ao
produto intermediário importado empregado ou consumido na
sua fabricação, permitindo a redução do custo dos produtos a
serem exportados.
 SAIBA MAIS
São beneficiárias do drawback as empresas industriais
exportadoras. Além da suspensão dos tributos eventualmente
devidos, a importação sob o regime de drawback não se sujeita à
obrigatoriedade de transporte em veículo de bandeira brasileira e
à apuração da similaridade, exigências feitas a todos os
beneficiários de isenções.
MODALIDADES
A seguir, confira as diferentes modalidades de drawback:
SUSPENSÃO
É a mais utilizada no Brasil, dado que o importador não precisa
despender qualquerimportância ao importar. Um projeto de
exportação é submetido à Subsecretaria de Operações de
Comércio Exterior (Suext), que, após o seu exame, expede o ato
concessório. A dispensa dos tributos é condicionada à
comprovação do embarque para o exterior do produto contendo
os bens importados.
Mediante a emissão do ato concessório, e até o seu cumprimento
total, o beneficiário deve apresentar, até o décimo dia de cada
mês, relatório das operações de importação e exportação
realizadas ao amparo do regime no mês anterior.
Serão constituídos termos de responsabilidade para o gozo dos
direitos relativos ao Imposto de Importação e ao IPI. A dispensa
do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante
(AFRMM) está condicionada a requerimento apresentado ao
Departamento da Marinha Mercante.
ISENÇÃO
Essa modalidade, também chamada de reposição de estoque
ou de exportação antecipada, consiste na importação, com
isenção de tributos, de mercadoria idêntica e em quantidade
suficiente para substituir outra de mesma qualidade e na mesma
quantidade, utilizada no processo de fabricação de produto
exportado anteriormente.
O gozo do benefício está sujeito à comprovação pela empresa
interessada da exportação de produtos em cujo processo de
industrialização tenham sido utilizados partes, peças, matérias-
primas ou insumos equivalentes àqueles objetos do pedido de
isenção. Vale destacar que o gozo do benefício do drawback
isenção está condicionado ao pagamento dos tributos na
primeira importação efetuada, conforme dispõe o art. 393-A do
RA, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010.
RESTITUIÇÃO
O importador, após o pagamento dos impostos devidos, recebe
da RFB um certificado de crédito fiscal à importação, válido por
determinado prazo, que lhe assegura o direito à restituição dos
tributos pagos na importação, tão logo comprove o embarque da
mercadoria com destino ao exterior.
A modalidade restituição difere da modalidade anterior, posto que
o importador opta pelo reembolso da quantia paga em vez do
direito a uma nova importação isenta.
Os benefícios do drawback na importação estendem-se aos
impostos internos. Por conseguinte, temos, com a aplicação do
regime, não só a dispensa do Imposto de Importação, como
também a do IPI, do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias
e Serviços de Transportes e Comunicação (ICMS), do Imposto
sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros e sobre Valores
e Títulos Mobiliários (IOF), do AFRMM, das contribuições para o
PIS/PASEP e da COFINS, além de outros encargos que
correspondam à efetiva contraprestação de serviços.
Outras modalidades também podem ser citadas, como:
DRAWBACK PARA FORNECIMENTO
INTERNO
Também conhecido como intermediário ou “verde/amarelo”, foi
instituído pela Lei nº 8.032/90. Permite o gozo da suspensão ou
da isenção de tributos incidentes sobre matéria-prima e por
fabricantes de bens intermediários, formadores da cadeia
produtiva de produto a ser exportado ou já importado por outro
industrial, fabricante do produto final, em decorrência de licitação
internacional, contra pagamento em moeda conversível
proveniente de financiamento concedido por instituição financeira
internacional, da qual o Brasil participe, ou por entidade
governamental estrangeira ou, ainda, pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos
captados no exterior.
Diferentemente das demais modalidades, o drawback previsto na
Lei nº 8.032/90 não condiciona o gozo do incentivo fiscal à
comprovação da exportação do produto final, e sim à
comprovação da venda do produto final no mercado interno. Por
esse motivo, a modalidade é conhecida como drawback para
fornecimento interno. Essa modalidade vem sendo muito
utilizada na implantação de projetos industriais no Brasil.
DRAWBACK SOLIDÁRIO
Nesta modalidade, duas ou mais empresas encarregadas da
industrialização de produtos a serem exportados gozam do direito
à isenção dos tributos devidos pela importação, na proporção da
parcela que a cada uma corresponda.
DRAWBACK INDUSTRIALIZAÇÃO
SOB ENCOMENDA
Modalidade de drawback em que uma empresa comercial
exportadora importa partes e peças, matérias-primas, produtos
intermediários ou material de embalagem, para industrialização
por terceiro e posterior exportação pela empresa importadora.
Qualquer que seja a modalidade de drawback considerada, o
objetivo do regime consiste em incentivar o processo de
industrialização no país, visando conferir maior competitividade
ao produto nacional no mercado externo.
REPETRO-SPED
É um regime aduaneiro especial de exportação e de importação
de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das
jazidas de petróleo e de gás natural, criado pela Lei nº
9.478/1997, e que constitui um dos mais importantes
instrumentos de estímulo às atividades de pesquisa e exploração
de petróleo e gás natural.
 
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O Repetro-Sped, regido atualmente pela Lei nº 13.586/2017 e
pela Instrução Normativa nº 1.781/2017, e o Repetro-
Industrialização, regulado pelo Decreto nº 9.537/2018 e pela
Instrução Normativa nº 1.901/2019, são dois regimes aduaneiros
especiais relativos ao setor de óleo e gás que permitem a
produção, a aquisição e/ou a importação em caráter permanente
ou temporário de bens a serem utilizados nas atividades de
pesquisa, exploração e produção de petróleo e gás natural.
O Repetro, tal como foi concebido, consiste no regime especial
em que a empresa habilitada a pesquisar e explorar petróleo e
gás natural no Brasil possa adquirir bens de que necessita no
mercado interno e exportá-los fictamente para a empresa
vencedora em processo de licitação promovida pela Agência
Nacional do Petróleo (ANP), importando-os, ao mesmo tempo,
sob o regime de admissão temporária ficta.
 SAIBA MAIS
A exportação ficta e a admissão temporária ficta significam que a
mercadoria adquirida no mercado interno não é exportada
fisicamente, mas apenas documentalmente, através do
Siscomex. A saída do bem, que não deixou o país, também é
processada apenas documentalmente pelo Siscomex. Essa é,
sem dúvida, uma das formas mais eficazes de incentivo às
atividades de pesquisa e exploração de petróleo no território
nacional.
Resumindo, temos os seguintes tratamentos dispensados ao
Repetro:
I
II
III
I
Exportação, com saída ficta do território aduaneiro e posterior
aplicação do regime de admissão temporária, no caso de bens,
de fabricação nacional, relacionados em ato da Secretaria
Especial da RFB, vendidos à pessoa sediada no exterior.
II
Exportação, com saída ficta do território aduaneiro, de partes e
peças de reposição a serem aplicadas a máquinas e
equipamentos sobressalentes, a ferramentas e a outras partes e
peças destinadas a garantir a operacionalidade dos bens acima
referidos, já admitidos no regime aduaneiro especial de admissão
temporária.
III
Importação, sob o regime de drawback, na modalidade
suspensão, de matérias-primas, produtos semielaborados ou
acabados, e de partes ou peças utilizadas na fabricação dos
bens referidos nos itens anteriores, bem como de máquinas e
equipamentos sobressalentes, ferramentas e aparelhos e de
outras partes e peças destinadas a garantir a operacionalidade
dos bens relacionados, e posterior comprovação do
adimplemento das obrigações decorrentes da aplicação desse
regime mediante a exportação com saída ficta retrocitada.
Nas hipóteses previstas nos dois últimos itens, aplica-se,
também, o regime de admissão temporária. Vale lembrar que,
nas duas primeiras hipóteses, os bens objetos do regime devem
ser produzidos no país e adquiridos por pessoa sediada no
exterior, contra pagamento em moeda estrangeira de livre
conversibilidade, para entrega no território nacional. Já os bens
constantes do item III devem ser de propriedade de pessoa
sediada no exterior e importados sem cobertura cambial pelo
contratante dos serviços de pesquisa e produção de petróleo e
gás natural, ou porterceiro por ele subcontratado.
Com vistas a desenvolver as atividades petrolíferas e com gás
natural, principalmente após as descobertas do óleo em camadas
do pré-sal, em 2006, o Repetro evoluiu para beneficiar inúmeros
produtos utilizados na indústria do petróleo e do gás, mediante a
concessão de incentivos fiscais compatíveis com a importância
do setor para o crescimento da economia do país. Como
resultado, temos hoje o Repetro-Sped e o Repetro-
Industrialização.
REPETRO-SPED
O Repetro-Sped é utilizado por empresas operadoras, suas
contratadas e subcontratadas para a prestação dos serviços de
pesquisa e exploração, enquanto o Repetro-Industrialização é o
regime que beneficia a indústria nacional de bens intermediários
e de bens finais.
A habilitação a um ou outro regime especial requer a
comprovação de adequação às exigências legais – entre outras,
o exercício de atividades de petróleo e gás natural e a
manutenção de sistema contábil informatizado.
REPETRO-INDUSTRIALIZAÇÃO
O Repetro-Industrialização, cuja utilização é solicitada à RFB
mediante a entrega de dossiê digital ou a formação de processo
digital, consiste na importação ou aquisição de mercadorias no
mercado interno, com a suspensão dos tributos incidentes sobre
matérias-primas, produtos intermediários e material de
embalagem a serem empregados nos processos de pesquisa,
exploração e produção de petróleo e gás no Brasil.
São beneficiários do regime de Repetro-Sped as empresas
contratadas para as atividades mencionadas, operadoras
contratadas pela ANP, contratadas e subcontratadas para o fim
exposto.
Como benefícios fiscais concedidos por lei, podem ser citadas a
importação definitiva com suspensão de tributos; a admissão
temporária para fins econômicos com dispensa de tributos; e a
admissão temporária para fins econômicos com pagamento dos
tributos federais.
Vale acentuar que os bens favorecidos pela concessão da
admissão temporária para fins econômicos com dispensa de
tributos constam de lista fornecida pela Secretaria Especial da
RFB.
BENS FAVORECIDOS
Entre os bens contemplados com os benefícios do Repetro-
Sped estão embarcações, máquinas, aparelhos e
instrumentos necessários a serviços, plataformas, veículos
automóveis especiais, linhas, dutos e umbilicais, e estruturas
concebidas para suportar as plataformas em alto-mar.
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VERIFICANDO O
APRENDIZADO
1. A IMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO BRUTO, COM
SUSPENSÃO DE TRIBUTOS E COM FINALIDADE
DE MANTER ESTOQUE PARA EXPORTAÇÃO NO
PRAZO DE NOVENTA DIAS, CARACTERIZA O
REGIME ADUANEIRO ESPECIAL DE:
A) Repex
B) Repetro-Sped
C) Admissão temporária para aperfeiçoamento ativo
D) Drawback suspensão
E) Reporto
2. O REGIME ADUANEIRO ESPECIAL, QUE
PERMITE A UM ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL
IMPORTAR MERCADORIA, COM OU SEM
COBERTURA CAMBIAL, PARA FINS DE
INDUSTRIALIZAÇÃO, SOB CONTROLE
INFORMATIZADO, E POSTERIOR EXPORTAÇÃO,
SENDO PERMITIDO O CONSUMO DE PARTE DA
MERCADORIA IMPORTADA, É O(A) CHAMADO(A):
A) Entreposto aduaneiro de exportação
B) Drawback na modalidade restituição
C) Depósito Especial Alfandegado (DEA)
D) Entreposto industrial (Recof-Sped)
E) Admissão temporária
GABARITO
1. A importação de petróleo bruto, com suspensão de
tributos e com finalidade de manter estoque para exportação
no prazo de noventa dias, caracteriza o regime aduaneiro
especial de:
A alternativa "A " está correta.
 
O Repex é um regime especial de caráter estratégico, dado que,
basicamente, destina-se ao fornecimento de petróleo a mercados
estrangeiros, em regra, limítrofes, podendo ser, eventualmente,
consumido no país e reposto a seguir.
2. O regime aduaneiro especial, que permite a um
estabelecimento industrial importar mercadoria, com ou sem
cobertura cambial, para fins de industrialização, sob controle
informatizado, e posterior exportação, sendo permitido o
consumo de parte da mercadoria importada, é o(a)
chamado(a):
A alternativa "D " está correta.
 
Como regra geral, os regimes aduaneiros se destinam a
incentivar a produção e a exportação. Nesse ponto, há certa
semelhança entre eles. Contudo, o entreposto industrial é o
regime aduaneiro especial que permite a determinado
estabelecimento industrial importar, com suspensão de tributos,
com ou sem cobertura cambial.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foram analisadas ao longo deste tema as razões pelas quais o
Brasil, bem como os demais países do mundo, concede reduções
e outras vantagens tributárias, a fim de incrementar a produção
industrial e, consequentemente, estimular a competitividade,
mediante o emprego de condições mais favoráveis à troca de
bens com outras nações.
Foram vistos os vários tipos de regimes especiais, quais sejam, o
trânsito aduaneiro, a admissão temporária nas suas duas
vertentes, o drawback, a exportação temporária, a importação
temporária para aperfeiçoamento ativo, a exportação temporária
para aperfeiçoamento passivo e o entreposto aduaneiro. Além
disso, foram vistos o drawback, o Repetro e o entreposto
aduaneiro.
Cada um dos regimes especiais possui suas características e
finalidades, sendo necessário atentar para a hipótese concreta,
para verificar qual mecanismo deve ser utilizado.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
FARO, Ricardo Faro; FARO, Fátima. Curso de comércio
exterior. São Paulo: Atlas, 2011.
FERNANDES, Rodrigo Mineiro. Introdução ao direito
aduaneiro. São Paulo: Intelecto, 2018.
JUNQUEIRA, Gustavo; VILELA, Renata (coord.). Direito
aduaneiro e tributação aduaneira em homenagem a José
Lence Carluci. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2018.
MEIRA, Liziane Angelotti. Tributos sobre o comércio exterior.
São Paulo: Saraiva, 2017.
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de importação.
O regime de exportação especial com tributos reduzidos.
CONTEUDISTA
Adilson Rodrigues Pires
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