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Marte (planeta) planeta telúrico do Sistema Solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal Marte Planeta principal Características orbitais Semieixo maior 227.939.100 km 1,523 679 UA Periélio 206.669.000 km 1,381 497 UA Afélio 249.209.300 km 1,665 861 UA Excentricidade 0,093 315 Período orbital 686,971 dias (1,8808 anos) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars_symbol.svg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:OSIRIS_Mars_true_color.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_Astron%C3%B4mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano Período sinódico 779,96 dias (2,135 anos) Velocidade orbital média 24,077 km/s Inclinação Com a eclíptica: 1.850 Com o equador do So ° Número de satélites 2 (Fobos e Deimos) Características físicas Diâmetro equatorial 6792,4 km Área da superfície 144.798.500 km² Volume 1,6318×1011 km³ Massa 6,4174×1023 kg Densidade média 3,933 g/cm³ Gravidade equatorial 3,711 m/s² g Período de rotação 1,025 957 dias 24 h 37 min 22 s Velocidade de escape 5,03 km/s Albedo 0,170 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_sin%C3%B3dico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_orbital https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecl%C3%ADptica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81rea https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_quadrado https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Volume https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_c%C3%BAbico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quilograma https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Densidade https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grama https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cent%C3%ADmetro_c%C3%BAbico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade https://pt.m.wikipedia.org/wiki/M/s%C2%B2 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G_(F%C3%ADsica) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_de_escape https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo Marte é o quarto planeta a partir do Sol, o segundo menor do Sistema Solar. Batizado em homenagem ao deus romano da guerra, muitas vezes é descrito como o "Planeta Vermelho", porque o óxido de ferro predominante Temperatura média: −63 ºC mínima: −143 ºC máxima: 35 ºC Composição da atmosfera Pressão atmosférica 0,636 kPa Dióxido de Carbono Argônio Nitrogênio Oxigênio Monóxido de carbono Outros elementos 95,97% 1,93% 1,89% 0,146% 0,0557% 0,0083% https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(mitologia) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93xido_de_ferro_(III) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Temperatura https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal_(unidade) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_Carbono https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%B4nio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B3xido_de_carbono em sua superfície lhe dá uma aparência avermelhada.[1] Marte é um planeta rochoso com uma atmosfera fina, com características de superfície que lembram tanto as crateras de impacto da Lua quanto vulcões, vales, desertos e calotas polares da Terra. O período de rotação e os ciclos sazonais de Marte são também semelhantes aos da Terra, assim como é a inclinação que produz as suas estações do ano. Marte é o lar do Monte Olimpo, a segunda montanha mais alta conhecida no Sistema Solar (a mais alta em um planeta), e do Valles Marineris, um desfiladeiro gigantesco. A suave Bacia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_rochoso https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calotas_polares https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%B5es_do_ano https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Valles_Marineris https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desfiladeiro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Polar_Norte_(Marte) Polar Norte, no hemisfério norte marciano, cobre cerca de 40% do planeta e pode ser uma enorme marca de impacto.[2][3] Marte tem duas luas conhecidas, Fobos e Deimos, que são pequenas e de forma irregular. Estas luas podem ser asteroides capturados,[4][5] semelhante ao 5261 Eureka, um asteroide troiano marciano. Marte está sendo explorado por oito espaçonaves atualmente: seis em órbita — Mars Odyssey, Mars Express, Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Atmosphere and Volatile Evolution Missile – MAVEN, Mars Orbiter Mission e ExoMars Trace Gas Orbiter — e duas na https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Polar_Norte_(Marte) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_impacto https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide https://pt.m.wikipedia.org/wiki/5261_Eureka https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_asteroides_troianos_de_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7onave https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Odyssey https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MAVEN https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Orbiter_Mission https://pt.m.wikipedia.org/wiki/ExoMars_Trace_Gas_Orbiter superfície — Mars Science Laboratory Curiosity e o lander InSight. Entre as espaçonaves desativadas que estão na superfície marciana estão a sonda Spirit e várias outras sondas e rovers, como a Phoenix, que completou sua missão em 2008 e o Opportunity.[6] Marte tem aproximadamente metade do diâmetro da Terra. Ele é menos denso do que a Terra, tendo cerca de 15% do seu volume e 11% de sua massa, resultando em uma aceleração da gravidade na superfície que é cerca de 38% da que se observa na Terra. A superfície marciana Características físicas https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Science_Laboratory https://pt.m.wikipedia.org/wiki/InSight https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda_espacial) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acelera%C3%A7%C3%A3o_da_gravidade é apenas ligeiramente menor do que a área total de terra firme do planeta Terra.[7] Apesar de Marte ser maior e mais massivo do que Mercúrio, este tem uma densidade mais elevada, com o que os dois planetas têm uma força gravitacional quase idêntica na superfície — a de Marte é mais forte por menos do que 1%. A aparência vermelho- alaranjada da superfície marciana é causada pelo óxido de ferro (III), mais comumente conhecido como hematita, ou ferrugem.[8] Pode também parecer caramelo,[9] enquanto outras cores comuns de superfície incluem dourado, marrom e esverdeado, dependendo dos minerais presentes.[9] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93xido_de_ferro_(III) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hematita https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferrugem Estrutura interna Tal como a Terra, este planeta tem sofrido diferenciação, o que resultou em um núcleo metálico denso sobreposto por materiais menos densos.[10] Os modelos atuais do interior do planeta implicam uma região central de cerca de 1 794 km ± 65 km de raio, composta principalmente por ferro e níquel, com cerca de 16-17% de enxofre.[11] Este núcleo de sulfureto de ferro é parcialmente fluido e tem duas vezes a concentração dos elementos mais leves que existem no núcleo da Terra. O núcleo está envolvido por um manto de silicato que formou muitos dos acidentes https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Diferencia%C3%A7%C3%A3o_planet%C3%A1ria https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADquel https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sulfureto_de_ferro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_da_Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manto https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Silicato tectônicos e vulcânicos do planeta, mas que parecem agora estar dormentes. Além do silício e do oxigênio, os elementos mais abundantes na crosta marciana são ferro, magnésio, alumínio, cálcio e potássio. A espessura média da crosta do planeta é cerca de 50 quilômetros, com uma espessura máxima de 125 km.[12] A crosta terrestre, com uma média de 40 km de espessura, tem apenas um terço da densidade da crosta de Marte, considerando-se a razão dos tamanhos dos dois planetas. A sonda InSight, prevista para 2016, irá utilizar um sismógrafo para melhor determinar os modelos do interior do planeta.[13] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B4nica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sil%C3%ADcio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alum%C3%ADnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/InSight https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sism%C3%B3grafo Geologia da superfície Comparação do tamanho dos planetas telúricos (da esquerda para a direita): Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Imagem de satélite de toda a superfície de Marte composta através de medições feitas pela Mars Global Surveyor e de observações realizadas pelas sondas espaciais Viking. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Terrestrial_planet_size_comparisons.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_(planeta) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars_G%C3%A9olocalisation.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Imagem_de_sat%C3%A9lite https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Global_Surveyor https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Viking Marte é um planeta rochoso que consiste em minerais contendo silício e oxigênio, metais e outros elementos que normalmente compõem rocha. A superfície de Marte é composta principalmente de basalto toleítico,[14] embora parte seja mais rica em sílica que o basalto típico e possa ser Planícies vulcânicas (em vermelho) e bacias de impacto (em azul) dominam a topografia do planeta. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_rochoso https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rocha https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Basalto https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tole%C3%ADtico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MarsTopoMap-PIA02031_modest.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_impacto https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Topografia semelhantes às rochas andesíticas da Terra ou ao vidro de sílica. Regiões de baixo albedo apresentam concentrações de plagioclásios, sendo que as regiões de albedo mais baixo, ao norte, exibem concentrações superiores às normais de silicatos e de vidro de sílica. Partes das terras altas ao sul incluem quantidades detectáveis de piroxênios com alto teor de cálcio. Concentrações localizadas de hematita e olivina também foram encontradas.[15] A maior parte da superfície está profundamente coberta por uma camada de pó de óxido de ferro (III) de textura fina.[16][17] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Andesito https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plagioclase https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pirox%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Olivina https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93xido_de_ferro_(III) Embora Marte não apresente qualquer evidência de possuir um campo magnético estruturado global,[18] observações mostram que partes da crosta do planeta foram magnetizadas e que inversões geomagnéticas já ocorreram no passado. Este paleomagnetismo de minerais magneticamente suscetíveis tem propriedades que são muito semelhantes às faixas alternadas encontradas no fundo dos oceanos da Terra. Uma teoria, publicada em 1999 e reexaminada em outubro de 2005 (com a ajuda da Mars Global Surveyor), indica que essas faixas demonstram a existência de placas tectônicas em https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Invers%C3%A3o_geomagn%C3%A9tica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Paleomagnetismo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Global_Surveyor https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Placas_tect%C3%B4nicas Marte há quatro bilhões de anos, antes de o dínamo planetário ter deixado de funcionar e o campo magnético do planeta ter desaparecido,[19] talvez por causa de um excesso de hidrogênio, liberado pela dissociação da água próximo ao núcleo quente.[20] Durante a formação do Sistema Solar, Marte foi criado como resultado de um processo estocástico de acreção a partir do disco protoplanetário que orbitava o Sol. Marte tem muitas características químicas próprias causadas por sua posição no Sistema Solar. Elementos com pontos de ebulição relativamente baixos, como cloro, fósforo e enxofre são https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_d%C3%ADnamo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_e_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_Sistema_Solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Processo_estoc%C3%A1stico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acre%C3%A7%C3%A3o_(astrof%C3%ADsica) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Disco_protoplanet%C3%A1rio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ebuli%C3%A7%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cloro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3sforo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre muito mais comuns em Marte do que na Terra. Estes elementos, provavelmente, foram removidos das áreas mais próximas ao Sol pelo vento solar da jovem estrela.[21] Após a formação dos planetas, todos foram sujeitos ao chamado "intenso bombardeio tardio". Cerca de 60% da superfície de Marte mostra registros de impactos dessa época,[22][23][24] enquanto a maior parte da superfície restante é provavelmente sustentada por imensas bacias de impacto causadas por esses eventos. Há evidências de uma enorme bacia de impacto no hemisfério norte de Marte, abrangendo 10 600 km https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Intenso_bombardeio_tardio por 8 500 km, ou cerca de quatro vezes maior do que a Bacia do Polo Sul-Aitken da Lua, a maior depressão de impacto já descoberta.[2][3] Esta teoria sugere que Marte foi atingido por um corpo do tamanho de Plutão cerca de quatro bilhões de anos atrás . O evento, que se acredita ser a causa da dicotomia hemisférica marciana, criou a suave Bacia Polar Norte, que cobre 40% do planeta.[25][26] A história geológica de Marte pode ser dividida em vários períodos, mas os seguintes são os três períodos principais:[27][28] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Polo_Sul-Aitken https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bilh%C3%B5es https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Polar_Norte_(Marte) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escala_de_tempo_geol%C3%B3gico_marciano Período Noachiano (nomeado a partir da NoachisTerra): formação das mais antigas superfícies existentes de Marte, entre 4,5 bilhões e 3,5 bilhões de anos. Superfícies desse período são marcadas por muitas grandes crateras de impacto. Acredita-se que a protuberância de Tharsis, um planalto vulcânico, tenha se formado durante este período, com extensas inundações por água líquida no final dessa época.[27][28] Período Hesperiano (nomeado a partir da Hesperia Planum): de 3,5 bilhões de anos a 2,9-3,3 bilhões de anos atrás. O período Hesperiano é marcado pela https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Noachiano https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Noachis_Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tharsis https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hesperiano formação de extensas planícies de lava.[27][28] Período Amazônico (nomeado a partir da Amazonis Planitia): de 2,9-3,3 bilhões de anos atrás até o presente. Regiões amazônicas têm poucas crateras de impacto de meteoritos, mas são bastante variadas. O Monte Olimpo formou-se durante este período, juntamente com fluxos de lava em outros lugares de Marte.[27][28] Alguma atividade geológica ainda ocorre no planeta. O Athabasca Valles apresenta vestígios de derramamento de lava de cerca de 200 milhões de anos. A água corrente no Cerberus Fossae ocorreu há menos de 20 milhões de anos, indicando https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nico_(per%C3%ADodo) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Amazonis_Planitia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteorito https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Athabasca_Valles https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cerberus_Fossae intrusões vulcânicas igualmente recentes.[29] Em 19 de fevereiro de 2008, as imagens da sonda Mars Reconnaissance Orbiter mostraram evidências de uma avalanche a partir de um precipício de 700 metros de altura.[30] Solo Panorama da cratera Gusev, onde o Spirit analisou basaltos vulcânicos. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sol454_Marte_spirit.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gusev_(cratera) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Basalto A sonda Phoenix enviou dados que mostraram que o solo marciano é ligeiramente alcalino e contém elementos como magnésio, sódio, potássio e cloro. Esses nutrientes são encontrados nos jardins da Terra e são necessários para o crescimento das plantas.[31] Experimentos realizados pela sonda mostraram que o solo marciano tem um pH básico de 7,7 e contém 0,6% do sal perclorato.[32][33] Estrias são comuns em Marte e novas aparecem com frequência em encostas íngremes de crateras, desfiladeiros e vales. As estrias são escuras no início e ficam mais claras com o tempo. Elas https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda_espacial) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alcalinidade https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cloro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plantae https://pt.m.wikipedia.org/wiki/PH https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Base_(qu%C3%ADmica) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sal https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Perclorato podem começar em uma pequena área e, em seguida, espalhar-se por centenas de metros. Elas também foram vistas seguindo as bordas das pedras e outros obstáculos em seu caminho. As teorias mais comumente aceitas indicam que elas são camadas subjacentes escuras do solo descobertas após avalanches de poeira brilhante ou redemoinhos.[34] Várias explicações têm sido propostas, algumas das quais envolvem água ou mesmo o crescimento de organismos.[35][36] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Redemoinho Hidrologia Marte já abrigou um ciclo hidrológico ativo, como demonstrado por características geológicas em sua superfície. Porém, ele não possui mais a quantidade de água necessária para produzir essas impressões geológicas. Água líquida não poderia existir na superfície de Marte devido à baixa pressão atmosférica, que é cerca de 100 Fotografia panorâmica da cratera Victoria feita pela Opportunity em 2006. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fotografia_panor%C3%A2mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Victoria_(cratera) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Victoria_Crater,_Cape_Verde-Mars.jpg vezes mais fraca que a da Terra,[37]- a não ser em menores elevações por curtos períodos.[38][39] As duas calotas polares marcianas também parecem ser feitas em grande parte de água.[40][41] O volume de água congelada na camada de gelo do polo sul, se derretido, seria suficiente para cobrir toda a superfície do planeta a uma profundidade de 11 metros.[42] Um manto de permafrost se estende desde o polo até latitudes de cerca de 60°.[40] As observações feitas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter revelaram a possibilidade de que exista água corrente no planeta durante os meses https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calotas_polares https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Permafrost https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Latitude mais quentes.[43] Em 2013, o rover Curiosity da NASA descobriu que o solo de Marte contém entre 1,5% e 3% de água em sua massa (cerca de 33 litros de água por metro cúbico, embora não esteja acessível por estar ligada a outros compostos).[44] Marte pode ser facilmente visto da Terra a olho nu, assim como a sua coloração avermelhada. Sua magnitude aparente atinge -3,0[45] e é superada apenas por Júpiter, Vênus, Lua e Sol. Telescópios ópticos baseados em terra estão tipicamente limitados à resolução de acidentes geográficos maiores que 300 km quando a Terra e Marte estão mais https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_(explora%C3%A7%C3%A3o_espacial) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(planeta) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol próximos, devido à atmosfera terrestre.[46] Até o primeiro voo bem-sucedido sobre Marte feito em 1965 pela Mariner 4, muitos especulavam sobre a presença de água em estado líquido na superfície do planeta. Isto era baseado em variações periódicas observadas em manchas claras e escuras, particularmente nas latitudes polares, que se pareciam com mares e continentes; faixas escuras e longas foram interpretadas por alguns como canais de irrigação para a água líquida. Estas características foram mais tarde explicadas como ilusões de ótica, apesar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_4 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Canais_de_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ilus%C3%B5es_de_%C3%B3tica de evidências geológicas recolhidas por missões não tripuladas sugerirem que Marte já teve uma cobertura de água de grande escala em sua superfície.[47] Em 2005, dados de radar revelaram a presença de grandes quantidades de gelo de água nos polos[48] e em latitudes médias.[49][50] A sonda robótica Spirit coletou amostras de compostos químicos que continham moléculas de água em março de 2007, enquanto a sonda Phoenix encontrou amostras de gelo no solo marciano raso em julho de 2008.[51] Em setembro de 2015, cientistas da NASA anunciaram a descoberta de córregos sazonais com água em estado líquido na superfície do https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gelo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda_espacial) planeta com base em dados do Mars Reconnaissance Orbiter.[52] Formações rochosas microscópicas indicam sinais antigos de água. Fotografia tirada pelo rover Opportunity. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nasa_mars_opportunity_rock_water_150_eng_02mar04.jpghttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Water_on_Mars.jpg Acredita-se que grandes quantidades de água congelada estejam presas dentro da espessa criosfera de Marte. Os dados de radar da Mars Express e da Mars Reconnaissance Orbiter mostram grandes quantidades de gelo em ambos os polos (julho de 2005)[48][53] e nas latitudes médias (novembro de 2008).[49] A sonda Phoenix retirou amostras de água congelada do solo marciano em 31 de julho de 2008.[51] Possível escoamento de água do solo de Marte. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Criosfera https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda_espacial) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Water_on_Mars.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua Formas de relevo visíveis em Marte também sugerem fortemente que água em estado líquido tenha existido na superfície do planeta. Faixas lineares enormes de terra lavada, conhecidas como canais de escoamento, atravessam a superfície em cerca de 25 lugares. Acredita-se que essas faixas sejam registros de erosões que ocorreram durante a liberação catastrófica de água de aquíferos subterrâneos, embora haja hipóteses de que algumas dessas estruturas tenham resultado da ação de geleiras ou de lava.[54][55] Um dos maiores exemplos, Ma'adim Vallis, tem cerca de 700 km de comprimento e é muito maior que o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geomorfologia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aqu%C3%ADfero https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geleira https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ma%27adim_Vallis Grand Canyon, com uma largura de 20 km e uma profundidade de 2 km em alguns lugares. Acredita-se que tenha sido escavado por água corrente no início da história do planeta.[56] Acredita- se que os mais novos desses canais tenham se formado recentemente, há apenas alguns milhões de anos.[57] Em outros lugares, particularmente nas áreas mais antigas da superfície marciana, redes dendríticas de vales em escala menor estão espalhadas por proporções significativas da paisagem. As características desses vales e sua distribuição indicam fortemente que eles foram escavados pelo escoamento resultante da chuva ou queda da neve no https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grand_Canyon https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vale https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escorr%C3%AAncia_superficial https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Chuva https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neve início da história de Marte. Fluxos de água subsuperficiais e subterrâneos podem desempenhar papéis subsidiários importantes em algumas redes, mas a precipitação foi, provavelmente, a principal causa da formação em quase todos os casos.[58] Ao longo de crateras e de paredes de desfiladeiros, há também milhares de acidentes geográficos que parecem semelhantes às ravinas terrestres. As ravinas tendem a surgir nas terras altas do hemisfério sul e próximas ao equador, todas em direção aos polos de 30° de latitude. Vários autores sugeriram que o seu processo de formação envolvia água https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ravina https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Latitude líquida, provavelmente gelo liquefeito,[59][60] embora outros tenham defendido mecanismos de formação de geada de dióxido de carbono ou o movimento de pó seco.[61][62] Não foram observadas ravinas parcialmente degradadas pelo intemperismo ou crateras de impacto sobrepostas, indicando que estes são acidentes muito jovens, possivelmente ainda ativos atualmente.[60] Outras características geológicas, como deltas e leques aluviais preservados em crateras, também apontam para condições mais quentes e mais úmidas em algum intervalo ou intervalos na https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Intemperismo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Delta https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Leque_aluvial história antiga de Marte.[63] Tais condições requerem necessariamente a presença generalizada de lagos de cratera em uma grande proporção da superfície, para os quais também há evidências mineralógicas, sedimentológicas e geomorfológicas independentes.[64] Outra evidência de que a água líquida existiu em algum momento sobre a superfície de Marte vem a partir da detecção de minerais específicos, como hematita e goethita, ambos os quais se formam, por vezes, na presença de água.[65] Em 2004, o Opportunity detectou o mineral jarosita, que se forma https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lago_de_cratera https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hematita https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Goethita https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jarosita somente na presença de água ácida, demonstrando que a água uma vez existiu em Marte.[66] Evidências mais recentes de água líquida vêm do achado do mineral gipsita na superfície pelo Opportunity em dezembro de 2011.[67][68] O líder do estudo, Francis McCubbin, cientista planetário da Universidade do Novo México em Albuquerque, analisando hidroxilas em minerais cristalinos de Marte, declarou que a quantidade de água no manto superior de Marte é igual ou maior do que a da Terra, entre 50 e 300 partes por milhão, o que é suficiente para cobrir todo o planeta a uma profundidade de 200 a 1000 metros.[69] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gipsita https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Universidade_do_Novo_M%C3%A9xico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albuquerque https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidroxila https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Partes_por_milh%C3%A3o Em 18 de março de 2013, a NASA relatou evidências, encontradas pelos instrumentos do rover Curiosity, de hidratação mineral, provavelmente sulfato de cálcio hidratado, em várias amostras de rochas, incluindo fragmentos das rochas "Tintina" e "Sutton Inlier", bem como em inclusões e nódulos em outras rochas, como "Knorr" e "Wernicke".[70][71][72] Análises usando o Vista da cratera Korolev onde é visível uma espessa camada de gelo de cerca de 1.9 km. Imagem tirada pelo Mars Express da ESA. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrata%C3%A7%C3%A3o_mineral https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sulfato_de_c%C3%A1lcio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_rochas_em_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_rochas_em_Marte https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Perspective%20view%20of%20Korolev%20crater.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Korolev_(cratera_marciana) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_Espacial_Europeia instrumento DAN do Curiosity forneceram evidências da presença de água subterrânea até uma profundidade de 60 cm, num teor de até 4% de água, na travessia do rover desde o Bradbury Landing até a área do Yellowknife Bay, na locação Glenelg .[70] Em 28 de setembro de 2015, a NASA anunciou que havia encontrado evidência conclusiva de fluxos sazonais de salmoura hidratada em encostas, com base em leituras espectrométricas das áreas escuras das encostas. Essas observações confirmaram hipóteses anteriores, baseadas na época da formação e taxa de crescimento, de que https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fluxos_sazonais_em_encostas_quentes_marcianas https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Salmoura essas estrias escuras resultaram do fluxo de água na subsuperfície muito rasa. As estrias contêm sais hidratados, percloratos, que possuem moléculas de água em sua estrutura cristalina. As estrias fluem pelas encostas no verão marciano, quando a temperatura está acima de -23 °C, e congelam em temperaturas menores.[52][73] Linhas escuras que escorrem pelas encostas da cratera Hale são uma forte evidência de água em estado líquido na superfície marciana https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Slopes_at_Hale_crater.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hale_(cratera_marciana) Pesquisadores acreditam que grande parte das planícies baixas do norte do planeta foi coberta por um oceano com centenas de metros de profundidade, embora esta tese ainda seja controversa. Em março de 2015, cientistas afirmaramque tal oceano pode ter tido o tamanho do Oceano Ártico da Terra. Este achado foi obtido a partir da relação entre a água e o deutério na atmosfera marciana moderna em comparação com a relação encontrada na Terra. Oito vezes mais deutério foi encontrado em Marte do que existe na Terra, o que sugere que antigamente Marte tinha níveis significativamente mais elevados de água. Os resultados do rover Curiosity já https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_dos_oceanos_de_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%81rtico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deut%C3%A9rio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_Curiosity haviam encontrado uma alta proporção de deutério na cratera Gale, embora não significativamente alta para sugerir a presença de um oceano. Outros cientistas advertiram que o estudo não foi confirmado e apontaram que os modelos climáticos marcianos naquele momento não demonstraram que o planeta era quente o suficiente no passado para manter corpos de água líquida.[74] No entanto, a maioria concorda que um oceano existiu há mais de 3 bilhões de anos, mas há uma variedade de opiniões sobre quanto tempo durou.[75] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gale_(cratera) Nenhuma água salgada líquida foi definitivamente encontrada em Marte. Mas houve indícios de água escorrendo do subsolo[76][77] e um relatório de 2018 controverso da MARSIS de um lago de 20 km de diâmetro, enterrado quase 1,5 km abaixo da superfície,[78] perto do polo sul do planeta.[79] A investigação revelou que o polo sul é composto por várias camadas de gelo e poeira a uma profundidade de cerca de 1,5 km, distribuídos por uma região de 200 km de largura.[78] Os pesquisadores descobriram que um tipo de salmoura poderia permanecer líquido na superfície do planeta e alguns centímetros abaixo por até seis horas consecutivas em 40% https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Salmoura do planeta, principalmente nas latitudes médias a altas do norte.[80] No entanto, essas salmouras nunca ficariam mais quentes do que cerca de -48° C, cerca de 25 graus abaixo da tolerância conhecida pela vida na Terra.[81] Calotas polares Calota polar norte em 1999 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grau_Celsius https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Martian_north_polar_cap.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:South_Polar_Cap_of_Mars_during_Martian_South_summer_2000.jpg Marte tem duas calotas polares de gelo permanente. Durante o inverno em um dos polos, ele fica em escuridão contínua, que resfria a superfície e provoca a deposição de 25 a 30% da atmosfera em placas de gelo de CO2 (gelo seco).[82] Quando o polo é novamente exposto à luz solar, o CO2 congelado sublima, criando enormes ventos que varrem o polo a velocidades de até 400 km/h. Esses ventos sazonais transportam grandes quantidades de Calota polar sul em 2000 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gelo_seco https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Luz_solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sublima%C3%A7%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:South_Polar_Cap_of_Mars_during_Martian_South_summer_2000.jpg poeira e vapor d’água, dando origem a geadas semelhantes às da Terra e de grandes nuvens cirrus. Nuvens de água e gelo foram fotografadas pelo rover Opportunity em 2004.[83] As calotas polares em ambos os polos são compostas principalmente (70%) de gelo de água. Dióxido de carbono congelado acumula como uma camada relativamente fina de cerca de um metro de espessura na calota norte apenas no inverno, enquanto a calota sul tem uma cobertura de gelo seco permanente de cerca de oito metros de espessura.[84] Esta cobertura permanente de gelo seco no polo sul é salpicada por alguns tipos https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geada https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cirrus de poços circulares que se repetem e estão se expandindo alguns metros por ano; isso sugere que a cobertura permanente de CO2 sobre o gelo do polo sul está se degradando ao longo do tempo.[85] A calota polar norte tem um diâmetro de aproximadamente mil quilômetros durante o verão do hemisfério norte de Marte[86] e contém cerca de 1,6 milhão de quilômetros cúbicos (km³) de gelo, que, se espalhado uniformemente sobre a calota, teria 2 km de espessura.[87] Em comparação, a camada de gelo da Groenlândia tem um volume de 2,85 milhões de quilômetros cúbicos. A calota polar do sul tem um diâmetro de 350 km e uma espessura de https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Groenl%C3%A2ndia 3 km.[88] O volume total de gelo na calota polar sul, mais os depósitos em camadas adjacentes, foi estimado em 1,6 milhão de quilômetros cúbicos.[89] Ambas as calotas polares apresentam calhas espirais, que recente análise do radar SHARAD mostrou serem resultado de ventos catabáticos em espiral devido ao efeito Coriolis.[90][91] A queda de geada sazonal em algumas áreas perto da calota polar sul resulta na formação de placas transparentes de 1 metro de espessura de gelo seco acima do solo. Com a chegada da primavera, a luz solar aquece o subsolo, e a pressão do CO2 sublimado aumenta sob o bloco, https://pt.m.wikipedia.org/w/index.php?title=SHARAD&action=edit&redlink=1 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_catab%C3%A1tico https://pt.m.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_inercial_de_Coriolis elevando-o e, finalmente, rompendo-o. Isto leva a erupções semelhantes a gêiseres de gás CO2 misturado com areia ou pó de basalto escuro. Este processo é rápido e acontece no espaço de alguns dias, semanas ou meses, uma taxa de variação bastante incomum em geologia - especialmente para Marte. O gás fluindo sob um bloco em direção a um gêiser escava sob o gelo um padrão de canais radiais do tipo teia de aranha, num processo que é o equivalente inverso de uma rede de erosão formada pela água que é drenada por um ralo.[92][93][94][95] Perda de água https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAiser https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Basalto Pensa-se que a perda de água de Marte para o espaço resulta do transporte de água para a atmosfera superior, onde é dissociada ao hidrogênio e foge do planeta. Mas uma observação em 2019 sugere que a súbita perda de água ocorre na atmosfera superior de Marte, aumentando a abundância de hidrogênio. Na atmosfera superior, a luz solar e a química desassociam moléculas de água em átomos de hidrogênio e oxigênio que a fraca gravidade não pode impedir de escapar para o espaço.[96] Um cientista revelou que o vapor de água está se acumulando em grandes quantidades e proporções inesperadas a uma altitude de mais de 80 km na atmosfera marciana. As estimativas indicaram que grandes bolsas atmosféricas estão mesmo em uma condição de supersaturação, com a atmosfera contendo 10 a 100 vezes mais vapor de água do que sua temperatura deveria permitir hipoteticamente. Com as taxas de supersaturação observadas, o limite de fuga de água aumentaria significativamente durante estações específicas.[97] Geografia Embora sejam mais lembrados por terem mapeado a Lua, Johann Heinrich von Mädler e Wilhelm Beer foram os primeiros "areógrafos". Eles começaram pela constatação de que a maioria dos acidentes geográficos da superfície de Marte eram permanentes e determinaram com mais precisão o período de rotação do planeta. Em 1840, Mädler reuniu dez anos de observações e desenhou o primeiro mapa de Marte. Em vez de dar nomes para as várias marcas na superfície, Beer e Mädler simplesmente designaram-nas com letras; Sinus Meridiani foi, assim, o acidente "a".[98] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Beer Hoje, as características de Marte são denominadas a partir de uma variedade de fontes. Características de albedo são nomeadas a partir da mitologia clássica. Crateras com mais de 60 km são nomeadas em homenagem a cientistas e escritores já falecidos e outros que contribuíram para o estudo de Marte. Crateras menores que 60 km homenageiam cidades e vilas do mundo Reproduzir conteúdo Animação da rotação de Marte. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedohttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_cl%C3%A1ssica https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dd/Mars.ogv https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o com população inferior a 100 mil habitantes. Grandes vales são nomeados pela palavra "Marte" ou "estrela" em várias línguas; pequenos vales são nomeados por rios.[99] As grandes estruturas de albedo mantêm muitos dos nomes antigos, que são frequentemente atualizados para refletir novos conhecimentos sobre a natureza dessas características. Por exemplo, Nix Olympica (as neves do Olimpo) tornou-se Olympus Mons (Monte Olimpo).[100] A superfície de Marte, vista da Terra, é dividida em dois tipos de áreas, com diferentes albedos. As planícies mais pálidas cobertas de poeira e areia ricas em óxido de ferro avermelhado já foram consideradas como "continentes" marcianos e a elas foram dados nomes como Arabia Terra (terra da Arábia) ou Amazonis Planitia (Planície Amazônica). Acreditava-se que as características escuras eram mares, daí seus nomes Mare Erythraeum, Mare Sirenum e Aurorae Sinus. A maior característica escura vista da Terra é Syrtis Major. A calota polar norte é chamada Planum Boreum, enquanto a calota sul é chamada Planum Australe.[101] O equador de Marte é definido por sua rotação, mas a localização do seu “[meridiano primário]]" foi estabelecida, https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arabia_Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Amazonis_Planitia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Syrtis_Major https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planum_Boreum https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planum_Australe como foi a da Terra (em Greenwich), pela escolha de um ponto arbitrário; Mädler e Beer selecionaram uma linha, em 1830, para os primeiros mapas de Marte. Após a nave espacial Mariner 9 fornecer grande quantidade de imagens de Marte em 1972, uma pequena cratera (mais tarde chamada de Airy-0), localizada no Sinus Meridiani ("Baía Meridiana"), foi escolhida para a definição da longitude 0,0°, de forma a coincidir com a seleção original.[102] Como Marte não tem oceanos e, portanto, não há "nível do mar", uma superfície com elevação zero também teve de ser selecionada para um nível de https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Greenwich_(Londres) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_9 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Longitude https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADvel_do_mar referência, o que também é chamado de areoide[103] de Marte, análogo ao geoide terrestre. A altitude zero foi definida pela altura em que há 610,5 Pa (6,105 mbar) de pressão atmosférica.[104] Esta pressão corresponde ao ponto triplo da água e é cerca de 0,6% da pressão na superfície do nível do mar na Terra (0,006 atm).[105] Na prática, atualmente esta superfície é definida diretamente pela medição da gravidade por satélites. Crateras https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geoide https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ponto_triplo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA15038_Spirit_Lander_and_Bonneville_Crater_in_Color.jpg A dicotomia da topografia marciana é notável: as planícies do norte são achatadas por fluxos de lava, em contraste com as terras altas do sul, marcadas por crateras de antigos impactos de asteroides. Uma pesquisa de 2008 apresentou evidências sobre uma teoria proposta em 1980 postulando que, quatro bilhões de anos atrás, o hemisfério norte de Marte foi atingido por um objeto de um décimo a dois terços do tamanho da Lua. Se confirmado, isso tornaria o hemisfério norte de Marte o local de uma cratera de impacto de 10 600 km de comprimento Cratera Bonneville e o local de pouso da Spirit https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dicotomia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda) por 8,5 mil quilômetros de largura, ou mais ou menos a área da Europa, Ásia e Austrália juntas, superando a Bacia do Polo Sul-Aitken, na Lua, como a maior cratera de impacto do Sistema Solar.[2][3] Marte é marcado por um conjunto de crateras de impacto: cerca de 43 mil crateras com um diâmetro de 5 quilômetros ou mais foram encontradas em sua superfície.[106] A maior delas é a bacia de impacto Hellas Planitia, uma característica de formação de albedo claramente visível a partir da Terra.[107] Devido à menor massa de Marte, a probabilidade de um objeto colidir com o planeta é cerca de metade da presente https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Austr%C3%A1lia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Polo_Sul-Aitken https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hellas_Planitia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_de_albedo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa na Terra. Marte fica mais perto do cinturão de asteroides, por isso tem uma chance maior de ser atingido por materiais oriundos dessa região. O planeta é também mais suscetível a ser atingido por cometas de período curto, ou seja, aqueles que se encontram dentro da órbita de Júpiter.[108] Apesar disso , há muito menos crateras em Marte em comparação com a Lua, porque a atmosfera de Marte fornece proteção contra meteoros pequenos. Algumas crateras têm uma geomorfologia que sugere que o solo se tornou úmido após o impacto do meteoro.[109] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintur%C3%A3o_de_asteroides https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geomorfologia Características vulcânicas e tectônicas O vulcão Monte Olimpo é um vulcão extinto na vasta região de Tharsis, que contém vários outros grandes vulcões. O Monte Olimpo é três vezes maior que o Monte Everest, que por comparação tem pouco mais de 8,8 km de altura.[110] É a primeira ou a segunda montanha mais alta do Sistema Solar, dependendo da forma de medição escolhida, com fontes O gigantesco Monte Olimpo, o maior vulcão do Sistema Solar, com cerca de 27 km de altura. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o_extinto https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tharsis https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Everest https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars-volcano-eruptions-could-have-brought-water_55587_600x450.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte) que vão de cerca de 21 a 27 km de altura.[111][112] O grande desfiladeiro Valles Marineris (latim para Vales Mariner, também conhecido como Agathadaemon nos velhos mapas dos canais marcianos), tem um comprimento de quatro mil quilômetros e uma profundidade de até sete quilômetros. O comprimento do Valles Marineris é equivalente ao comprimento do continente europeu e estende-se através de um quinto da circunferência de Marte. Em comparação, o Grand Canyon na Terra tem 446 km de comprimento e quase 2 km de profundidade. O Valles Marineris https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desfiladeiro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Valles_Marineris https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Latim https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Mariner https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Canais_marcianos https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Continente_europeu https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grand_Canyon https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra foi formado devido à expansão da área de Tharsis, que causou o colapso da crosta na área do desfiladeiro. Em 2012, foi proposto que o Valles Marineris não é apenas um graben, mas também um limite de placa, onde ocorreu um movimento transversal de 150 km, fazendo de Marte um planeta com, possivelmente, duas placas tectônicas.[113][114] As imagens do THEMIS a bordo de sonda Mars Odyssey da NASA revelaram sete possíveis entradas de cavernas nos flancos do vulcão Arsia Mons.[115] As cavernas, nomeadas em homenagem a entes queridos de seus descobridores, https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Graben https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Falha_transformante https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Placas_tect%C3%B4nicas https://pt.m.wikipedia.org/wiki/THEMIS https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Odysseyhttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caverna https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Flanco https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arsia_Mons são conhecidas coletivamente como as "sete irmãs".[116] As entradas das cavernas medem de 100 a 252 metros de largura e acredita-se que tenham, pelo menos, de 73 a 96 metros de profundidade. Dado que a luz não atinge o piso da maioria das cavernas, é possível que elas se estendam muito mais profundamente do que as estimativas inferiores e sejam mais largas abaixo da superfície. A caverna "Dena" é a única exceção: o seu chão é visível e tem 130 metros de profundidade. Os interiores destas cavernas podem ser protegidos contra micrometeoritos, radiação UV, erupções solares e partículas de alta energia que https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micrometeorito https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_UV https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Erup%C3%A7%C3%B5es_solares bombardeiam a superfície do planeta.[117] Mosaico de imagens infravermelhas capturadas pela sonda 2001 Mars Odyssey do Valles Marineris, um gigantesco desfiladeiro, com quatro mil quilômetros de comprimento e uma profundidade de até sete quilômetros. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:016vallesmarineris_reduced0.25.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Infravermelho https://pt.m.wikipedia.org/wiki/2001_Mars_Odyssey https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Valles_Marineris https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desfiladeiro Pegadas de dunas em Hellas, também conhecidas como a insígnia da Frota Estelar Star Trek,[118] são grandes dunas em forma de crescente (barchan). A insígnia foi criada quando a lava fluiu sobre a planície e ao redor das dunas, mas não sobre elas. A lava solidificou, mas essas dunas ainda se erguiam como ilhas e o vento continuava a soprar. Ao final, as pilhas de areia que eram as dunas migraram, deixando essas "pegadas" na planície de lava. Elas também são chamadas de "moldes de dunas" e registram a presença de dunas cercadas por lava.[119] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Frota_Estelar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Star_Trek https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Barchan Atmosfera Marte perdeu sua magnetosfera há 4 bilhões de anos,[120] então o vento solar interage diretamente com a ionosfera marciana, diminuindo a densidade atmosférica ao remover átomos da camada exterior. Ambas as sondas Mars Global Surveyor e Mars Express A tênue atmosfera de Marte vista a partir de uma imagem na órbita baixa do planeta. Ao fundo, a cratera Galle. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnetosfera https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ionosfera https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Global_Surveyor https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars_atmosphere.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Galle_(cratera_marciana) detectaram partículas atmosféricas ionizadas arrastadas para o espaço a partir de Marte[120][121] e esta perda atmosférica está sendo estudada pela sonda MAVEN. Em comparação com a Terra, a atmosfera de Marte é muito rarefeita. A pressão atmosférica na superfície varia hoje entre um mínimo de 30 Pa (0,030 kPa) no Monte Olimpo para mais de 1.155 Pa (1,155 kPa) em Hellas Planitia, com uma pressão média ao nível da superfície de 600 Pa (0,60 kPa).[122] A maior densidade atmosférica em Marte é igual à densidade encontrada 35 km acima da superfície da Terra.[123] A pressão de superfície média resultante é de apenas 0,6% a da Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MAVEN https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ar_rarefeito https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal_(unidade) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal_(unidade) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hellas_Planitia (101,3 kPa). A altura de escala da atmosfera é cerca de 10,8 km,[124] que é maior do que a da Terra (6 km ), porque a gravidade de superfície de Marte é de apenas 38% da gravidade da Terra, o que é compensado tanto pela temperatura mais baixa quanto pelo peso molecular 50% maior da atmosfera de Marte. A atmosfera de Marte é composta por cerca de 96% de dióxido de carbono, 1,93% de argônio e 1,89% de nitrogênio, juntamente com traços de oxigênio e água.[7][125] A atmosfera é muito empoeirada, contendo partículas de cerca de 1,5 µm de diâmetro que dão ao céu marciano uma cor opaca quando vista da superfície.[126] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Altura_de_escala https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%B4nio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micrometro_(unidade_de_medida) Metano foi detectado na atmosfera de Marte, com uma fração molar de cerca de 30 ppb;[127][128] ele ocorre em plumas extensas, e os perfis implicam que o metano foi liberado a partir de regiões distintas. No meio do verão do norte, a pluma principal continha 19 mil toneladas métricas de metano, com uma força de fonte estimada de 0,6 kg por segundo.[129][130] Os perfis sugerem que pode haver duas regiões de origem, a primeira centrada perto de 30°N 260°W e a segunda perto de 0°N 310°W.[129] Estima-se que Marte deva produzir 270 toneladas/ano de metano.[129][131] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metano https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Parte_por_milh%C3%A3o O metano pode existir na atmosfera de Marte por um período limitado de tempo até ser destruído – as estimativas do seu tempo de vida variam entre 0,6 a 4 anos terrestres.[129][132] A sua presença, apesar desta vida curta, indica a existência de uma fonte ativa do gás no planeta. Atividade vulcânica, impactos de cometas e a presença de formas de vida microbianas metanogênicas estão entre as possíveis fontes. O metano também poderia ser produzido por um processo não biológico chamado serpentinização, que envolve água, dióxido de carbono e o mineral olivina, que se sabe ser comum em Marte.[133] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Serpentinito https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Olivina O rover Curiosity, que pousou em Marte em agosto de 2012, é capaz de fazer medições que distinguem entre diferentes isotopólogos de metano;[134] mas mesmo que a missão determine que a vida microscópica marciana é a fonte do metano, essas formas de vida provavelmente residem muito abaixo da superfície, fora do alcance do rover.[135] As primeiras medições com o Tunable Laser Spectrometer (TLS) indicaram que Fotografia do pôr-do-sol marciano pelo robô Spirit na cratera Gusev. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Science_Laboratory https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Isotop%C3%B3logo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MarsSunsetCut.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/P%C3%B4r-do-sol https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gusev_(cratera) há menos de 5 ppb de metano no local de pouso no momento da medição.[136][137][138][139] Em 19 de setembro de 2013, cientistas da NASA, com base em outras medições feitas pela Curiosity, não relataram a detecção de metano atmosférico, com um valor medido de 0,18 ± 0,67 ppbv correspondente a um limite máximo de apenas 1,3 ppbv (limite de confiança de 95%) e, como resultado, concluíram que a probabilidade de atividade microbiana metanogênica atual em Marte é reduzida.[140][141][142] A sonda Mars Orbiter Mission, da Índia, está pesquisando metano na atmosfera,[143] enquanto a ExoMars Trace Gas Orbiter, https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Orbiter_Mission planejada para ser lançada em 2016, irá estudar mais o metano, bem como os seus produtos de decomposição, como formaldeído e metanol.[144][145] Amônia também foi detectada em Marte pelo satélite Mars Express, mas com a sua vida útil relativamente curta, não ficou claro o que a tenha produzido. A amônia não é estável na atmosfera marciana e desintegra-se depois de algumas horas. Uma fonte possível é a atividade vulcânica.[146] A sonda Trace GasOrbiter (TGO), da Agência Espacial Europeia, chegou a Marte em 2016, e em 2018 começou a escanear a atmosfera por metano. Dois https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Formalde%C3%ADdo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metanol https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Am%C3%B4nia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atividade_vulc%C3%A2nica dos espectrômetros do TGO - um instrumento belga chamado NOMAD e um russo chamado ACS - foram projetados para detectar o metano em concentrações muito baixas. No entanto, o satélite europeu não detectou um único vestígio de metano.[147] Enormes plumas semelhantes a nuvens, 260 km acima da superfície de Marte, chegam a entrar na exosfera, onde a atmosfera se funde com o espaço interplanetário. Nenhum dos esclarecimentos costumeiros para tais nuvens faz sentido, uma vez que a água, o gelo de dióxido de carbono, as tempestades de poeira ou as descargas de luz auroral, na maior parte das vezes, não atingem tais alturas. Em 2019, cientistas propuseram que elas devem sua existência ao fenômeno chamado "fumaça meteórica", poeira gelada criada por detritos espaciais que se chocam com a atmosfera do planeta. Cerca de duas a três toneladas de detritos espaciais colidem em Marte todos os dias, em média, e à medida que esses meteoros se desintegram na atmosfera do planeta, injetam um enorme volume de poeira no ar.[148] Auroras Em 1994 a sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia descobriu um brilho ultravioleta proveniente de “guarda-chuvas magnéticos” no hemisfério sul. Marte não possui um campo magnético global que guie as partículas carregadas que entram na atmosfera, mas tem múltiplos campos magnéticos em forma de guarda-chuva, principalmente no hemisfério sul, que são remanescentes de um campo global que decaiu bilhões de anos atrás. No final de dezembro de 2014, a sonda MAVEN da NASA detectou evidência de auroras muito espalhadas pelo hemisfério norte e descendo até aproximadamente 20-30 graus de latitude norte em relação ao equador de Marte. As partículas penetravam na atmosfera marciana, criando auroras abaixo de 100 km da superfície (as auroras da Terra variam de altitude entre 100 e 500 km). Os campos magnéticos no vento solar caem como cortinas sobre Marte, inclusive para a atmosfera, e as partículas carregadas simplesmente seguem essas linhas para a atmosfera, fazendo com que as auroras aconteçam fora dos guarda-chuvas magnéticos.[149] Em 18 de março de 2015, a NASA anunciou a detecção de uma aurora que não é completamente entendida, bem como uma não explicada nuvem de poeira na atmosfera de Marte.[150] Clima Tempestade de areia em Marte. 18 de novembro de 2012 25 de novembro de 2012 As localizações dos robôs Opportunity e Curiosity estão marcadas (MRO). https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tempestade_de_areia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA16450_Martian_Dust_Storm,_Nov._18,_2012.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA16454_Regional_Dust_Storm_Weakening,_Nov._25,_2012.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Curiosity_(sonda) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter De todos os planetas do Sistema Solar, Marte é o que possui as estações do ano mais parecidas com as da Terra, devido às inclinações semelhantes de eixos de rotação dos dois planetas. As durações das estações marcianas são cerca de duas vezes as da Terra, já que Marte está a uma maior distância do Sol, o que leva o ano marciano a ter duração equivalente a cerca de dois anos terrestres. As temperaturas de superfície de Marte variam de −143°C (no inverno nas calotas polares)[151] até máximas de 35°C (no verão equatorial).[152] A ampla variação de temperaturas é devida à fina atmosfera, que não consegue armazenar muito calor solar, à baixa pressão https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_do_ano https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica atmosférica e à baixa inércia térmica do solo marciano.[153] O planeta também é 1,52 vez mais distante do Sol que a Terra, o que resulta em apenas 43% da quantidade de luz solar em comparação com a Terra.[154] Se Marte tivesse uma órbita semelhante à da Terra, as suas estações também seriam semelhantes, porque a sua inclinação axial é próxima à da Terra. A relativamente grande excentricidade da órbita de Marte tem um efeito significativo. O planeta está mais próximo do periélio quando é verão no hemisfério sul e inverno no norte, e próximo do afélio quando é inverno no https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/In%C3%A9rcia_t%C3%A9rmica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio hemisfério sul e verão no norte. Como resultado, as estações do ano no hemisfério sul são mais extremas e as estações do ano no norte são mais brandas. As temperaturas de verão no sul podem ser até 30 kelvin maiores do que as temperaturas equivalentes de verão no norte.[155] Marte tem as maiores tempestades de poeira do Sistema Solar. Estas podem variar de uma tempestade sobre uma pequena área até tempestades gigantescas que cobrem todo o planeta. Elas tendem a ocorrer quando Marte está mais próximo do Sol e https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Kelvin https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tempestades_de_poeira demonstraram aumentar a temperatura global.[156] Dados climatológicos para a Cratera Gale (2012–2015) Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano Temperatura máxima recorde (°C) 6 6 1 0 7 14 20 19 7 7 8 8 20 Temperatura máxima média (°C) −7 −18 −23 −20 −4 0,0 2 1 1 4 −1 −3 −5,7 Temperatura mínima média (°C) −82 −86 −88 −87 −85 −78 −76 −69 −68 −73 −73 −77 −78,5 Temperatura mínima recorde (°C) −95 −127 −114 −97 −98 −125 −84 −80 −78 −79 −83 −110 −127 Fonte: Centro de Astrobiología,[157] Mars Weather,[158] NASA Quest,[159] SpaceDaily[160] Órbita e rotação A distância média entre Marte e o Sol é de cerca de https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera_Gale https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grau_Celsius https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Marsorbitsolarsystem.gif A distância média de Marte ao Sol é de cerca de 230 milhões de quilômetros (1,5 UA) e seu período orbital é de 687 dias terrestres. O dia solar em Marte é apenas um pouco maior do que um dia na Terra: 24 horas, 39 minutos e 35,244 segundos. Um ano marciano é igual a 1,8809 ano terrestre, ou seja, 1 ano, 320 dias e 18,2 horas.[7] A inclinação do eixo de Marte é de 25,19 graus, semelhante à da Terra.[7] Como resultado, Marte tem estações como a Terra, embora sejam quase duas vezes mais longas, pois seu período 230 000 000 km (1,5 UA) e seu período orbital é de 687 dias terrestres, como representado pela trilha vermelha, com a órbita da Terra mostrada em azul (animação). https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_Astron%C3%B4mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica orbital é maior nesta proporção . Atualmente, a orientação do polo norte de Marte está próxima da estrela Deneb.[161] Marte passou pelo seu afélio em março de 2010[162] e pelo seu periélio em março de 2011.[163] Marte tem uma excentricidade orbital relativamente acentuada, de cerca de 0,09; entre os outros sete planetas do Sistema Solar, só Mercúrio mostra maior excentricidade. Sabe-se que, no passado, Marte teve uma órbita muito mais circular do que atualmente. Em um ponto há 1,35 milhão de anos terrestres, Marte tinha uma excentricidade de cerca de 0,002, muito menor do que a da Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deneb https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta) hoje.[164] O ciclo de excentricidade deMarte é de 96.000 anos terrestres, comparado ao ciclo de 100 mil anos da Terra.[165] O planeta tem um ciclo de excentricidade muito mais longo com um período de 2,2 milhões de anos terrestres e isso ofusca o ciclo de 96.000 anos nos gráficos de excentricidade. Durante os últimos 35 mil anos, a órbita de Marte foi ficando um pouco mais excêntrica por causa dos efeitos gravitacionais dos outros planetas. A menor distância entre a Terra e Marte continuará a diminuir ligeiramente nos próximos 25 mil anos.[166] Habitabilidade e procura por vida O entendimento atual de habitabilidade planetária – a viabilidade de um mundo desenvolver condições ambientais favoráveis ao surgimento de vida – favorece planetas que possuam água líquida em sua superfície. Isto frequentemente requer que a órbita de um planeta esteja dentro da zona habitável, que para o Sol se localiza entre logo depois de Vênus e aproximadamente o semieixo maior de Marte.[167] Durante o periélio, Marte penetra nesta região, mas a fina (baixa pressão) atmosfera do planeta impede a existência de água líquida em grandes regiões por muito tempo. O fluxo de água https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Habitabilidade_planet%C3%A1ria https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior líquida no passado demonstra o potencial do planeta para a habitabilidade. Evidência recente sugeriu que qualquer água na superfície marciana deve ter sido muito salgada e ácida para suportar uma vida terrestre regular.[168] A falta de uma magnetosfera e a atmosfera extremamente fina de Marte são um desafio: o planeta possui pequena transferência de calor pela sua superfície, pouco isolamento contra o bombardeio do vento solar e pressão atmosférica insuficiente para reter água na forma líquida. Marte está quase, ou totalmente, geologicamente morto, e o https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar fim da atividade vulcânica aparentemente interrompeu a reciclagem de materiais e produtos químicos entre a superfície e o interior do planeta.[169] Existem evidências de que o planeta tenha sido significativamente mais habitável no passado que nos dias de hoje, mas o fato de que tenha albergado vida permanece incerto. As sondas Concepção artística da terraformação de Marte. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:TerraformedMarsGlobeRealistic.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terraforma%C3%A7%C3%A3o Viking da década de 1970 continham dispositivos projetados para detectar microrganismos no solo marciano e tiveram alguns resultados positivos, inclusive um aumento temporário na produção de CO2 com a exposição a água e nutrientes. Este sinal de vida foi mais tarde contestado por cientistas, resultando em um debate intenso, com o cientista da NASA Gilbert Levin sustentando que a Viking pode ter encontrado vida. Uma reanálise dos dados da Viking, à luz do moderno conhecimento de formas extremófilas de vida, sugeriu que os testes da Viking não eram suficientemente sofisticados para detectar essas formas de vida e podem https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Viking https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Extrem%C3%B3filo até mesmo ter matado uma hipotética forma de vida.[170] Testes conduzidos pela sonda Phoenix Mars mostraram que o solo tem um pH alcalino e contém magnésio, sódio, potássio e cloro.[171] Os nutrientes do solo podem ser capazes de suportar vida, mas a vida ainda assim teria que ser protegida da intensa luz ultravioleta.[172] Análise recente do meteorito marciano EETA79001 encontrou 0,6 ppm de ClO4−, 1,4 ppm de ClO3− e 16 ppm de NO3−, a maior parte provavelmente de origem marciana. O ClO3− sugere a presença de outros compostos altamente oxidantes de cloro e oxigênio, como ClO2− e ClO, produzidos tanto por oxidação do Cl por ultravioleta quanto por radiólise do ClO4− por raios-X. Portanto, somente substâncias orgânicas ou formas de vida altamente refratárias ou bem protegidas (subsuperficiais) teriam chance de sobreviver.[173] Uma análise de 2014 da Phoenix WCL mostrou que o Ca(ClO4)2 no solo da Phoenix não interagiu com água líquida de qualquer forma talvez nos últimos 600 milhões de anos. Se tivesse, o altamente solúvel Ca(ClO4)2 em contato com água líquida teria formado somente CaSO4. Isto sugere um ambiente extremamente árido, com mínima ou nenhuma interação com água líquida.[174] Foi encontrado, em 2019, um grupo de compostos orgânicos, tiofenos, https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tiofeno que normalmente ocorrem na Terra em querogênio, carvão e petróleo bruto, bem como em estromatólitos e microfósseis.[175] Isso sugere um processo biológico, provavelmente envolvendo bactérias. Cientistas propuseram que os glóbulos de carbonato encontrados no meteorito ALH84001, que se acredita ter se originado em Marte, podem ser micróbios fossilizados que existiam em Marte quando o meteorito foi arrancado da superfície de Marte por um choque de meteoro há cerca de 15 milhões de anos. Esta proposta foi recebida com ceticismo e foi sugerida uma origem https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Querog%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estromat%C3%B3lito https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Microf%C3%B3ssil https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteorito_ALH84001 exclusivamente inorgânica para as formas.[176] Pequenas quantidades de metano e metanal detectadas pelas sondas em Marte foram indicadas como possíveis evidências para a vida, uma vez que esses compostos químicos se decompõem rapidamente na atmosfera marciana.[177][178] Entretanto, uma alternativa é que esses compostos sejam repostos por vulcões ou outros meios geológicos, como a serpentinização.[133] Vidro formado pelo impacto de meteoros, que na Terra pode preservar sinais de vida, foi encontrado na superfície de crateras de impacto de Marte.[179][180] Da mesma forma, este vidro poderia ter preservado sinais de https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metano https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metanal https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Serpentinito https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Impactito vida se esta existisse no local.[181][182][183] Em junho de 2018, a NASA informou que o rover Curiosity havia encontrado evidências de compostos orgânicos complexos de rochas com idade de aproximadamente 3,5 bilhões de anos, cujas amostras vieram de dois locais distintos em um lago seco na cratera Gale. As amostras de rochas, quando pirolisadas pelo instrumento da Curiosity, liberaram uma série de moléculas orgânicas; estes incluem tiofenos contendo enxofre, compostos aromáticos tais como benzeno e tolueno, além de compostos alifáticos tais como https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_Curiosity https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Compostos_org%C3%A2nicos https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gale_(cratera) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tiofeno https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Benzeno https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tolueno https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alif%C3%A1tico propano e buteno. Os níveis de compostos orgânicos são 100 vezes maiores que as descobertas anteriores. Os autores especulam que a presença de enxofre pode ter ajudado a preservar os compostos orgânicos. Os produtos de decomposição se assemelham aos gerados pelo querogênio, um precursor do petróleo e do gás natural na Terra. A NASA afirmou que essas descobertas não são evidências de que a vida existiu no planeta, mas que os compostos orgânicos necessários para sustentar a vida microscópica estavam presentes. Devido à forma como a atmosfera marciana pode preservar esses compostos, pode haver fontes mais https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Propano https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Buteno https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Querog%C3%AAnio https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_natural https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micr%C3%B3bios profundas de compostos orgânicos no planeta.[184] Em julho de 2018, cientistas relataram a descoberta de um lago subglacial emMarte, o primeiro corpo estável de água conhecido no planeta. Ele fica a 1,5 km abaixo da superfície na base da calota polar sul e tem cerca de 20 quilômetros de largura.[185][186] O lago foi descoberto usando o radar MARSIS a bordo da sonda Mars Express, e os dados foram coletados entre maio de 2012 e dezembro de 2015.[187] O lago está localizado numa área plana que não exibe características topográficas peculiares. É principalmente cercado por https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MARSIS https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express terrenos mais altos, exceto em seu lado oriental, onde há uma depressão.[185] Satélites naturais Fobos Deimos. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phobos_colour_2008.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Deimos-MRO.jpg https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite) Marte tem duas luas naturais relativamente pequenas — Fobos, com cerca de 22 quilômetros de diâmetro, e Deimos, com cerca de 12 quilômetros de diâmetro — que têm órbitas próximas ao planeta. Acredita-se que essas luas sejam asteroides capturados pelo campo gravitacional marciano, mas a sua origem verdadeira permanece incerta.[188] Ambos os satélites foram descobertos em 1877 por Asaph Hall e foram nomeados em homenagem aos deuses Fobos (pânico/medo) e Deimos (terror/horror), que na mitologia grega acompanhavam seu pai, Ares, o deus da guerra, durante as batalhas. Marte era a contraparte romana de Ares.[189][190] No https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_gravitacional https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asaph_Hall https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(mitologia) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ares https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(mitologia) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga grego moderno, porém, o planeta mantém seu antigo nome, Ares (Aris: Άρης).[191] Vistos da superfície de Marte, os movimentos de Fobos e Deimos parecem muito diferentes do da Lua. Fobos nasce no oeste, se põe a leste e nasce novamente em apenas 11 horas. Deimos, por estar quase em órbita sincronizada — quando o período orbital iguala o período de rotação do planeta — nasce como esperado no leste, mas lentamente. Apesar da órbita de 30 horas de Deimos, ele leva 2,7 dias entre o nascente e o poente, para um observador no equador.[192] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o Como a órbita de Fobos está abaixo da altitude síncrona, as forças de maré a partir de Marte estão gradualmente diminuindo a sua órbita. Em cerca de 50 milhões de anos, o satélite ou colidirá com a superfície marciana ou irá desintegrar-se em uma estrutura em forma de anel ao redor de Marte.[192] A origem das duas luas não é bem compreendida. Seu baixo albedo e a composição de condrito carbonáceo foram considerados semelhantes aos de asteroides, apoiando a teoria de captura gravitacional. A órbita instável de Fobos parece apontar para uma captura relativamente recente. Mas ambas têm https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A9 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Condrito_carbon%C3%A1ceo órbitas circulares, próximas do equador, o que é muito incomum para objetos capturados, já que a dinâmica de captura exigida é complexa. A possibilidade de acreção no início da história de Marte também é plausível, mas não é compatível com uma composição parecida com a de asteroides, em vez de com a do próprio planeta. Uma terceira possibilidade é o envolvimento de um terceiro corpo ou algum tipo de impacto.[193] Linhas mais recentes de evidências sobre Fobos sugerem que o satélite tem um interior altamente poroso[194] e uma composição contendo principalmente filossilicatos e outros minerais conhecidos de Marte,[195] o que https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Filossilicato aponta a origem de Fobos para o material ejetado por um impacto em Marte e que foi reagrupado na órbita marciana,[196] semelhante à teoria dominante para a origem da Lua da Terra. Embora os espectros VNIR (em inglês: visible and near-infrared) das luas de Marte se assemelhem aos de asteroides do cinturão externo, o espectro infravermelho termal de Fobos é inconsistente com condritos de qualquer tipo.[195] Marte pode ter luas com menos de 50 ou 100 metros de diâmetro, e prediz-se a existência de um anel de poeira entre Fobos e Demos.[197] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_do_grande_impacto https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintura_de_asteroides https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_infravermelha https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Condrito Com a existência de várias sondas e rovers, agora é possível estudar a astronomia do céu marciano. Fobos, uma das duas luas de Marte, tem cerca de um terço do diâmetro angular da Lua cheia como ela aparece na Terra, enquanto Deimos aparece mais ou menos com uma estrela e apenas um pouco mais brilhante do que Vênus na Terra.[198] Vários fenômenos conhecidos na Terra foram observados em Marte, como meteoros e auroras.[199] Uma passagem da Terra vista de Marte ocorrerá em 10 de novembro de 2084.[200] Há também trânsitos de Astronomia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_(explora%C3%A7%C3%A3o_espacial) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astronomia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro_angular https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua_cheia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(planeta) https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteoro https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aurora_polar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_da_Terra_em_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Merc%C3%BArio_em_Marte Mercúrio e de Vênus, e as luas Fobos e Deimos são de diâmetro angular tão pequeno que seus "eclipses solares" parciais são melhor considerados como trânsitos (ver Trânsito de Deimos em Marte).[201][202] Em 19 de outubro de 2014, o cometa Siding Spring passou extremamente próximo a Marte (cerca de 140 mil quilômetros), tão perto que sua coma pode ter envolvido o planeta.[203][204][205][206][207][208] Observação https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Merc%C3%BArio_em_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_V%C3%AAnus_em_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eclipse_solar https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Deimos_em_Marte https://pt.m.wikipedia.org/wiki/C/2013_A1 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Coma_comet%C3%A1ria https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Apparent_retrograde_motion_of_Mars_in_2003.gif Pela órbita de Marte ser excêntrica, a sua magnitude aparente em oposição ao Sol pode variar de -3,0 a -1,4. O brilho mínimo é de magnitude 1,6, quando o planeta está em conjunção com o Sol.[45] Marte Animação do movimento retrógrado aparente de Marte em 2003 visto a partir da Terra https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Apparent_retrograde_motion_of_Mars_in_2003.gif https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_retr%C3%B3grado_aparente geralmente aparece distintamente amarelo, laranja ou vermelho; a cor real do planeta está mais próximo de caramelo, e a vermelhidão observada é apenas poeira na sua atmosfera. O rover Spirit, da NASA, registrou imagens de uma paisagem marrom-esverdeada com pedras azul-acinzentadas e manchas de areia vermelho-claras.[209] Quando mais distante da Terra, fica a mais de sete vezes mais longe de nosso planeta do que quando está próximo. Quando menos favoravelmente posicionado, ele pode ser perdido no brilho do Sol
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