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Marte (planeta) Wikipédia, a enciclopédia livre

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Marte (planeta)
planeta telúrico do Sistema Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Marte 
Planeta principal
Características orbitais
Semieixo maior 227.939.100 km
1,523 679 UA
Periélio 206.669.000 km
1,381 497 UA
Afélio 249.209.300 km
1,665 861 UA
Excentricidade 0,093 315
Período orbital 686,971 dias
(1,8808 anos)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars_symbol.svg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:OSIRIS_Mars_true_color.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_Astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano
Período sinódico 779,96 dias
(2,135 anos)
Velocidade orbital média 24,077 km/s
Inclinação Com a eclíptica: 1.850
Com o equador do So
°
Número de satélites 2 (Fobos e Deimos)
Características físicas
Diâmetro equatorial 6792,4 km
Área da superfície 144.798.500 km²
Volume 1,6318×1011 km³
Massa 6,4174×1023 kg
Densidade média 3,933 g/cm³
Gravidade equatorial 3,711 m/s² g
Período de rotação 1,025 957 dias
24 h 37 min 22 s
Velocidade de escape 5,03 km/s
Albedo 0,170
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_sin%C3%B3dico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecl%C3%ADptica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81rea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_quadrado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Volume
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_c%C3%BAbico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quilograma
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Densidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grama
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cent%C3%ADmetro_c%C3%BAbico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/M/s%C2%B2
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G_(F%C3%ADsica)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_de_escape
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo
Marte é o quarto planeta a partir do Sol,
o segundo menor do Sistema Solar.
Batizado em homenagem ao deus
romano da guerra, muitas vezes é
descrito como o "Planeta Vermelho",
porque o óxido de ferro predominante
Temperatura média: −63 ºC
mínima: −143 ºC 
máxima: 35 ºC
Composição da atmosfera
Pressão atmosférica 0,636 kPa
Dióxido de Carbono
Argônio
Nitrogênio
Oxigênio
Monóxido de carbono
Outros elementos
95,97%
1,93%
1,89%
0,146%
0,0557%
0,0083%
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93xido_de_ferro_(III)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Temperatura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal_(unidade)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_Carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%B4nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B3xido_de_carbono
em sua superfície lhe dá uma aparência
avermelhada.[1]
Marte é um planeta rochoso com uma
atmosfera fina, com características de
superfície que lembram tanto as crateras
de impacto da Lua quanto vulcões, vales,
desertos e calotas polares da Terra. O
período de rotação e os ciclos sazonais
de Marte são também semelhantes aos
da Terra, assim como é a inclinação que
produz as suas estações do ano. Marte é
o lar do Monte Olimpo, a segunda
montanha mais alta conhecida no
Sistema Solar (a mais alta em um
planeta), e do Valles Marineris, um
desfiladeiro gigantesco. A suave Bacia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_rochoso
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera_de_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calotas_polares
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%B5es_do_ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Valles_Marineris
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desfiladeiro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Polar_Norte_(Marte)
Polar Norte, no hemisfério norte
marciano, cobre cerca de 40% do planeta
e pode ser uma enorme marca de
impacto.[2][3] Marte tem duas luas
conhecidas, Fobos e Deimos, que são
pequenas e de forma irregular. Estas luas
podem ser asteroides capturados,[4][5]
semelhante ao 5261 Eureka, um
asteroide troiano marciano.
Marte está sendo explorado por oito
espaçonaves atualmente: seis em órbita
— Mars Odyssey, Mars Express, Mars
Reconnaissance Orbiter, Mars
Atmosphere and Volatile Evolution Missile
– MAVEN, Mars Orbiter Mission e
ExoMars Trace Gas Orbiter — e duas na
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Polar_Norte_(Marte)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/5261_Eureka
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_asteroides_troianos_de_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7onave
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Odyssey
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MAVEN
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Orbiter_Mission
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/ExoMars_Trace_Gas_Orbiter
superfície — Mars Science Laboratory
Curiosity e o lander InSight. Entre as
espaçonaves desativadas que estão na
superfície marciana estão a sonda Spirit
e várias outras sondas e rovers, como a
Phoenix, que completou sua missão em
2008 e o Opportunity.[6]
Marte tem aproximadamente metade do
diâmetro da Terra. Ele é menos denso do
que a Terra, tendo cerca de 15% do seu
volume e 11% de sua massa, resultando
em uma aceleração da gravidade na
superfície que é cerca de 38% da que se
observa na Terra. A superfície marciana
Características físicas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Science_Laboratory
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/InSight
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda_espacial)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acelera%C3%A7%C3%A3o_da_gravidade
é apenas ligeiramente menor do que a
área total de terra firme do planeta
Terra.[7] Apesar de Marte ser maior e
mais massivo do que Mercúrio, este tem
uma densidade mais elevada, com o que
os dois planetas têm uma força
gravitacional quase idêntica na
superfície — a de Marte é mais forte por
menos do que 1%. A aparência vermelho-
alaranjada da superfície marciana é
causada pelo óxido de ferro (III), mais
comumente conhecido como hematita,
ou ferrugem.[8] Pode também parecer
caramelo,[9] enquanto outras cores
comuns de superfície incluem dourado,
marrom e esverdeado, dependendo dos
minerais presentes.[9]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93xido_de_ferro_(III)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hematita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferrugem
Estrutura interna
Tal como a Terra, este planeta tem
sofrido diferenciação, o que resultou em
um núcleo metálico denso sobreposto
por materiais menos densos.[10] Os
modelos atuais do interior do planeta
implicam uma região central de cerca de
1 794 km ± 65 km de raio, composta
principalmente por ferro e níquel, com
cerca de 16-17% de enxofre.[11] Este
núcleo de sulfureto de ferro é
parcialmente fluido e tem duas vezes a
concentração dos elementos mais leves
que existem no núcleo da Terra. O núcleo
está envolvido por um manto de silicato
que formou muitos dos acidentes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Diferencia%C3%A7%C3%A3o_planet%C3%A1ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADquel
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sulfureto_de_ferro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_da_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Silicato
tectônicos e vulcânicos do planeta, mas
que parecem agora estar dormentes.
Além do silício e do oxigênio, os
elementos mais abundantes na crosta
marciana são ferro, magnésio, alumínio,
cálcio e potássio. A espessura média da
crosta do planeta é cerca de 50
quilômetros, com uma espessura
máxima de 125 km.[12] A crosta terrestre,
com uma média de 40 km de espessura,
tem apenas um terço da densidade da
crosta de Marte, considerando-se a razão
dos tamanhos dos dois planetas. A
sonda InSight, prevista para 2016, irá
utilizar um sismógrafo para melhor
determinar os modelos do interior do
planeta.[13]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B4nica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sil%C3%ADcio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alum%C3%ADnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/InSight
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sism%C3%B3grafo
Geologia da superfície
Comparação do tamanho dos planetas telúricos (da
esquerda para a direita): Mercúrio, Vênus, Terra e
Marte.
Imagem de satélite de toda a superfície de Marte
composta através de medições feitas pela Mars
Global Surveyor e de observações realizadas pelas
sondas espaciais Viking.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Terrestrial_planet_size_comparisons.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars_G%C3%A9olocalisation.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Imagem_de_sat%C3%A9lite
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Global_Surveyor
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Viking
Marte é um planeta rochoso que
consiste em minerais contendo silício e
oxigênio, metais e outros elementos que
normalmente compõem rocha. A
superfície de Marte é composta
principalmente de basalto toleítico,[14]
embora parte seja mais rica em sílica
que o basalto típico e possa ser
Planícies vulcânicas (em vermelho) e bacias de
impacto (em azul) dominam a topografia do
planeta.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_rochoso
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rocha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Basalto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tole%C3%ADtico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADlica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MarsTopoMap-PIA02031_modest.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Topografia
semelhantes às rochas andesíticas da
Terra ou ao vidro de sílica. Regiões de
baixo albedo apresentam concentrações
de plagioclásios, sendo que as regiões
de albedo mais baixo, ao norte, exibem
concentrações superiores às normais de
silicatos e de vidro de sílica. Partes das
terras altas ao sul incluem quantidades
detectáveis de piroxênios com alto teor
de cálcio. Concentrações localizadas de
hematita e olivina também foram
encontradas.[15] A maior parte da
superfície está profundamente coberta
por uma camada de pó de óxido de ferro
(III) de textura fina.[16][17]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Andesito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plagioclase
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pirox%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Olivina
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93xido_de_ferro_(III)
Embora Marte não apresente qualquer
evidência de possuir um campo
magnético estruturado global,[18]
observações mostram que partes da
crosta do planeta foram magnetizadas e
que inversões geomagnéticas já
ocorreram no passado. Este
paleomagnetismo de minerais
magneticamente suscetíveis tem
propriedades que são muito
semelhantes às faixas alternadas
encontradas no fundo dos oceanos da
Terra. Uma teoria, publicada em 1999 e
reexaminada em outubro de 2005 (com a
ajuda da Mars Global Surveyor), indica
que essas faixas demonstram a
existência de placas tectônicas em
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Invers%C3%A3o_geomagn%C3%A9tica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Paleomagnetismo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Global_Surveyor
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Placas_tect%C3%B4nicas
Marte há quatro bilhões de anos, antes
de o dínamo planetário ter deixado de
funcionar e o campo magnético do
planeta ter desaparecido,[19] talvez por
causa de um excesso de hidrogênio,
liberado pela dissociação da água
próximo ao núcleo quente.[20]
Durante a formação do Sistema Solar,
Marte foi criado como resultado de um
processo estocástico de acreção a partir
do disco protoplanetário que orbitava o
Sol. Marte tem muitas características
químicas próprias causadas por sua
posição no Sistema Solar. Elementos
com pontos de ebulição relativamente
baixos, como cloro, fósforo e enxofre são
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_d%C3%ADnamo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_e_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Processo_estoc%C3%A1stico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acre%C3%A7%C3%A3o_(astrof%C3%ADsica)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Disco_protoplanet%C3%A1rio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ebuli%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cloro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3sforo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre
muito mais comuns em Marte do que na
Terra. Estes elementos, provavelmente,
foram removidos das áreas mais
próximas ao Sol pelo vento solar da
jovem estrela.[21]
Após a formação dos planetas, todos
foram sujeitos ao chamado "intenso
bombardeio tardio". Cerca de 60% da
superfície de Marte mostra registros de
impactos dessa época,[22][23][24]
enquanto a maior parte da superfície
restante é provavelmente sustentada por
imensas bacias de impacto causadas
por esses eventos. Há evidências de uma
enorme bacia de impacto no hemisfério
norte de Marte, abrangendo 10 600 km
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Intenso_bombardeio_tardio
por 8 500 km, ou cerca de quatro vezes
maior do que a Bacia do Polo Sul-Aitken
da Lua, a maior depressão de impacto já
descoberta.[2][3] Esta teoria sugere que
Marte foi atingido por um corpo do
tamanho de Plutão cerca de quatro
bilhões de anos atrás . O evento, que se
acredita ser a causa da dicotomia
hemisférica marciana, criou a suave
Bacia Polar Norte, que cobre 40% do
planeta.[25][26]
A história geológica de Marte pode ser
dividida em vários períodos, mas os
seguintes são os três períodos
principais:[27][28]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Polo_Sul-Aitken
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bilh%C3%B5es
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Polar_Norte_(Marte)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escala_de_tempo_geol%C3%B3gico_marciano
Período Noachiano (nomeado a partir
da NoachisTerra): formação das mais
antigas superfícies existentes de
Marte, entre 4,5 bilhões e 3,5 bilhões
de anos. Superfícies desse período
são marcadas por muitas grandes
crateras de impacto. Acredita-se que a
protuberância de Tharsis, um planalto
vulcânico, tenha se formado durante
este período, com extensas
inundações por água líquida no final
dessa época.[27][28]
Período Hesperiano (nomeado a partir
da Hesperia Planum): de 3,5 bilhões de
anos a 2,9-3,3 bilhões de anos atrás. O
período Hesperiano é marcado pela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Noachiano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Noachis_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tharsis
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hesperiano
formação de extensas planícies de
lava.[27][28]
Período Amazônico (nomeado a partir
da Amazonis Planitia): de 2,9-3,3
bilhões de anos atrás até o presente.
Regiões amazônicas têm poucas
crateras de impacto de meteoritos,
mas são bastante variadas. O Monte
Olimpo formou-se durante este
período, juntamente com fluxos de
lava em outros lugares de Marte.[27][28]
Alguma atividade geológica ainda ocorre
no planeta. O Athabasca Valles apresenta
vestígios de derramamento de lava de
cerca de 200 milhões de anos. A água
corrente no Cerberus Fossae ocorreu há
menos de 20 milhões de anos, indicando
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nico_(per%C3%ADodo)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Amazonis_Planitia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteorito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Athabasca_Valles
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cerberus_Fossae
intrusões vulcânicas igualmente
recentes.[29] Em 19 de fevereiro de 2008,
as imagens da sonda Mars
Reconnaissance Orbiter mostraram
evidências de uma avalanche a partir de
um precipício de 700 metros de altura.[30]
Solo
Panorama da cratera Gusev, onde o Spirit analisou
basaltos vulcânicos.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Sol454_Marte_spirit.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gusev_(cratera)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Basalto
A sonda Phoenix enviou dados que
mostraram que o solo marciano é
ligeiramente alcalino e contém
elementos como magnésio, sódio,
potássio e cloro. Esses nutrientes são
encontrados nos jardins da Terra e são
necessários para o crescimento das
plantas.[31] Experimentos realizados pela
sonda mostraram que o solo marciano
tem um pH básico de 7,7 e contém 0,6%
do sal perclorato.[32][33]
Estrias são comuns em Marte e novas
aparecem com frequência em encostas
íngremes de crateras, desfiladeiros e
vales. As estrias são escuras no início e
ficam mais claras com o tempo. Elas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda_espacial)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alcalinidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cloro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plantae
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/PH
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Base_(qu%C3%ADmica)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Perclorato
podem começar em uma pequena área
e, em seguida, espalhar-se por centenas
de metros. Elas também foram vistas
seguindo as bordas das pedras e outros
obstáculos em seu caminho. As teorias
mais comumente aceitas indicam que
elas são camadas subjacentes escuras
do solo descobertas após avalanches de
poeira brilhante ou redemoinhos.[34]
Várias explicações têm sido propostas,
algumas das quais envolvem água ou
mesmo o crescimento de
organismos.[35][36]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Redemoinho
Hidrologia
Marte já abrigou um ciclo hidrológico
ativo, como demonstrado por
características geológicas em sua
superfície. Porém, ele não possui mais a
quantidade de água necessária para
produzir essas impressões geológicas.
Água líquida não poderia existir na
superfície de Marte devido à baixa
pressão atmosférica, que é cerca de 100
Fotografia panorâmica da cratera Victoria feita pela
Opportunity em 2006.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fotografia_panor%C3%A2mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Victoria_(cratera)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Victoria_Crater,_Cape_Verde-Mars.jpg
vezes mais fraca que a da Terra,[37]- a
não ser em menores elevações por
curtos períodos.[38][39] As duas calotas
polares marcianas também parecem ser
feitas em grande parte de água.[40][41] O
volume de água congelada na camada
de gelo do polo sul, se derretido, seria
suficiente para cobrir toda a superfície
do planeta a uma profundidade de 11
metros.[42] Um manto de permafrost se
estende desde o polo até latitudes de
cerca de 60°.[40]
As observações feitas pela sonda Mars
Reconnaissance Orbiter revelaram a
possibilidade de que exista água
corrente no planeta durante os meses
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Calotas_polares
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Permafrost
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Latitude
mais quentes.[43] Em 2013, o rover
Curiosity da NASA descobriu que o solo
de Marte contém entre 1,5% e 3% de
água em sua massa (cerca de 33 litros
de água por metro cúbico, embora não
esteja acessível por estar ligada a outros
compostos).[44] Marte pode ser
facilmente visto da Terra a olho nu,
assim como a sua coloração
avermelhada. Sua magnitude aparente
atinge -3,0[45] e é superada apenas por
Júpiter, Vênus, Lua e Sol. Telescópios
ópticos baseados em terra estão
tipicamente limitados à resolução de
acidentes geográficos maiores que 300
km quando a Terra e Marte estão mais
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_(explora%C3%A7%C3%A3o_espacial)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
próximos, devido à atmosfera
terrestre.[46]
Até o primeiro voo bem-sucedido sobre
Marte feito em 1965 pela Mariner 4,
muitos especulavam sobre a presença
de água em estado líquido na superfície
do planeta. Isto era baseado em
variações periódicas observadas em
manchas claras e escuras,
particularmente nas latitudes polares,
que se pareciam com mares e
continentes; faixas escuras e longas
foram interpretadas por alguns como
canais de irrigação para a água líquida.
Estas características foram mais tarde
explicadas como ilusões de ótica, apesar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_4
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADquido
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Canais_de_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ilus%C3%B5es_de_%C3%B3tica
de evidências geológicas recolhidas por
missões não tripuladas sugerirem que
Marte já teve uma cobertura de água de
grande escala em sua superfície.[47] Em
2005, dados de radar revelaram a
presença de grandes quantidades de
gelo de água nos polos[48] e em latitudes
médias.[49][50] A sonda robótica Spirit
coletou amostras de compostos
químicos que continham moléculas de
água em março de 2007, enquanto a
sonda Phoenix encontrou amostras de
gelo no solo marciano raso em julho de
2008.[51] Em setembro de 2015,
cientistas da NASA anunciaram a
descoberta de córregos sazonais com
água em estado líquido na superfície do
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gelo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda_espacial)
planeta com base em dados do Mars
Reconnaissance Orbiter.[52]
Formações rochosas microscópicas indicam sinais
antigos de água. Fotografia tirada pelo rover
Opportunity.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Nasa_mars_opportunity_rock_water_150_eng_02mar04.jpghttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Water_on_Mars.jpg
Acredita-se que grandes quantidades de
água congelada estejam presas dentro
da espessa criosfera de Marte. Os dados
de radar da Mars Express e da Mars
Reconnaissance Orbiter mostram
grandes quantidades de gelo em ambos
os polos (julho de 2005)[48][53] e nas
latitudes médias (novembro de 2008).[49]
A sonda Phoenix retirou amostras de
água congelada do solo marciano em 31
de julho de 2008.[51]
Possível escoamento de água do solo de Marte.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Criosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Phoenix_(sonda_espacial)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Water_on_Mars.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
Formas de relevo visíveis em Marte
também sugerem fortemente que água
em estado líquido tenha existido na
superfície do planeta. Faixas lineares
enormes de terra lavada, conhecidas
como canais de escoamento,
atravessam a superfície em cerca de 25
lugares. Acredita-se que essas faixas
sejam registros de erosões que
ocorreram durante a liberação
catastrófica de água de aquíferos
subterrâneos, embora haja hipóteses de
que algumas dessas estruturas tenham
resultado da ação de geleiras ou de
lava.[54][55] Um dos maiores exemplos,
Ma'adim Vallis, tem cerca de 700 km de
comprimento e é muito maior que o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geomorfologia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aqu%C3%ADfero
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geleira
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ma%27adim_Vallis
Grand Canyon, com uma largura de 20
km e uma profundidade de 2 km em
alguns lugares. Acredita-se que tenha
sido escavado por água corrente no
início da história do planeta.[56] Acredita-
se que os mais novos desses canais
tenham se formado recentemente, há
apenas alguns milhões de anos.[57] Em
outros lugares, particularmente nas
áreas mais antigas da superfície
marciana, redes dendríticas de vales em
escala menor estão espalhadas por
proporções significativas da paisagem.
As características desses vales e sua
distribuição indicam fortemente que eles
foram escavados pelo escoamento
resultante da chuva ou queda da neve no
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grand_Canyon
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vale
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escorr%C3%AAncia_superficial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Chuva
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neve
início da história de Marte. Fluxos de
água subsuperficiais e subterrâneos
podem desempenhar papéis subsidiários
importantes em algumas redes, mas a
precipitação foi, provavelmente, a
principal causa da formação em quase
todos os casos.[58]
Ao longo de crateras e de paredes de
desfiladeiros, há também milhares de
acidentes geográficos que parecem
semelhantes às ravinas terrestres. As
ravinas tendem a surgir nas terras altas
do hemisfério sul e próximas ao equador,
todas em direção aos polos de 30° de
latitude. Vários autores sugeriram que o
seu processo de formação envolvia água
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ravina
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Latitude
líquida, provavelmente gelo
liquefeito,[59][60] embora outros tenham
defendido mecanismos de formação de
geada de dióxido de carbono ou o
movimento de pó seco.[61][62] Não foram
observadas ravinas parcialmente
degradadas pelo intemperismo ou
crateras de impacto sobrepostas,
indicando que estes são acidentes muito
jovens, possivelmente ainda ativos
atualmente.[60]
Outras características geológicas, como
deltas e leques aluviais preservados em
crateras, também apontam para
condições mais quentes e mais úmidas
em algum intervalo ou intervalos na
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Intemperismo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Delta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Leque_aluvial
história antiga de Marte.[63] Tais
condições requerem necessariamente a
presença generalizada de lagos de
cratera em uma grande proporção da
superfície, para os quais também há
evidências mineralógicas,
sedimentológicas e geomorfológicas
independentes.[64]
Outra evidência de que a água líquida
existiu em algum momento sobre a
superfície de Marte vem a partir da
detecção de minerais específicos, como
hematita e goethita, ambos os quais se
formam, por vezes, na presença de
água.[65] Em 2004, o Opportunity
detectou o mineral jarosita, que se forma
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lago_de_cratera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hematita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Goethita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jarosita
somente na presença de água ácida,
demonstrando que a água uma vez
existiu em Marte.[66] Evidências mais
recentes de água líquida vêm do achado
do mineral gipsita na superfície pelo
Opportunity em dezembro de 2011.[67][68]
O líder do estudo, Francis McCubbin,
cientista planetário da Universidade do
Novo México em Albuquerque,
analisando hidroxilas em minerais
cristalinos de Marte, declarou que a
quantidade de água no manto superior
de Marte é igual ou maior do que a da
Terra, entre 50 e 300 partes por milhão, o
que é suficiente para cobrir todo o
planeta a uma profundidade de 200 a
1000 metros.[69]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gipsita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Universidade_do_Novo_M%C3%A9xico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albuquerque
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidroxila
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Partes_por_milh%C3%A3o
Em 18 de março de 2013, a NASA relatou
evidências, encontradas pelos
instrumentos do rover Curiosity, de
hidratação mineral, provavelmente
sulfato de cálcio hidratado, em várias
amostras de rochas, incluindo
fragmentos das rochas "Tintina" e
"Sutton Inlier", bem como em inclusões e
nódulos em outras rochas, como "Knorr"
e "Wernicke".[70][71][72] Análises usando o
Vista da cratera Korolev onde é visível uma espessa
camada de gelo de cerca de 1.9 km. Imagem tirada
pelo Mars Express da ESA.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrata%C3%A7%C3%A3o_mineral
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sulfato_de_c%C3%A1lcio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_rochas_em_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_rochas_em_Marte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Perspective%20view%20of%20Korolev%20crater.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Korolev_(cratera_marciana)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_Espacial_Europeia
instrumento DAN do Curiosity
forneceram evidências da presença de
água subterrânea até uma profundidade
de 60 cm, num teor de até 4% de água,
na travessia do rover desde o Bradbury
Landing até a área do Yellowknife Bay, na
locação Glenelg .[70]
Em 28 de setembro de 2015, a NASA
anunciou que havia encontrado evidência
conclusiva de fluxos sazonais de
salmoura hidratada em encostas, com
base em leituras espectrométricas das
áreas escuras das encostas. Essas
observações confirmaram hipóteses
anteriores, baseadas na época da
formação e taxa de crescimento, de que
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fluxos_sazonais_em_encostas_quentes_marcianas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Salmoura
essas estrias escuras resultaram do
fluxo de água na subsuperfície muito
rasa. As estrias contêm sais hidratados,
percloratos, que possuem moléculas de
água em sua estrutura cristalina. As
estrias fluem pelas encostas no verão
marciano, quando a temperatura está
acima de -23 °C, e congelam em
temperaturas menores.[52][73]
Linhas escuras que escorrem pelas encostas da
cratera Hale são uma forte evidência de água em
estado líquido na superfície marciana
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Slopes_at_Hale_crater.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hale_(cratera_marciana)
Pesquisadores acreditam que grande
parte das planícies baixas do norte do
planeta foi coberta por um oceano com
centenas de metros de profundidade,
embora esta tese ainda seja controversa.
Em março de 2015, cientistas afirmaramque tal oceano pode ter tido o tamanho
do Oceano Ártico da Terra. Este achado
foi obtido a partir da relação entre a água
e o deutério na atmosfera marciana
moderna em comparação com a relação
encontrada na Terra. Oito vezes mais
deutério foi encontrado em Marte do que
existe na Terra, o que sugere que
antigamente Marte tinha níveis
significativamente mais elevados de
água. Os resultados do rover Curiosity já
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_dos_oceanos_de_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oceano_%C3%81rtico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deut%C3%A9rio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_Curiosity
haviam encontrado uma alta proporção
de deutério na cratera Gale, embora não
significativamente alta para sugerir a
presença de um oceano. Outros
cientistas advertiram que o estudo não
foi confirmado e apontaram que os
modelos climáticos marcianos naquele
momento não demonstraram que o
planeta era quente o suficiente no
passado para manter corpos de água
líquida.[74] No entanto, a maioria
concorda que um oceano existiu há mais
de 3 bilhões de anos, mas há uma
variedade de opiniões sobre quanto
tempo durou.[75]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gale_(cratera)
Nenhuma água salgada líquida foi
definitivamente encontrada em Marte.
Mas houve indícios de água escorrendo
do subsolo[76][77] e um relatório de 2018
controverso da MARSIS de um lago de
20 km de diâmetro, enterrado quase 1,5
km abaixo da superfície,[78] perto do polo
sul do planeta.[79] A investigação revelou
que o polo sul é composto por várias
camadas de gelo e poeira a uma
profundidade de cerca de 1,5 km,
distribuídos por uma região de 200 km
de largura.[78] Os pesquisadores
descobriram que um tipo de salmoura
poderia permanecer líquido na superfície
do planeta e alguns centímetros abaixo
por até seis horas consecutivas em 40%
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Salmoura
do planeta, principalmente nas latitudes
médias a altas do norte.[80] No entanto,
essas salmouras nunca ficariam mais
quentes do que cerca de -48° C, cerca de
25 graus abaixo da tolerância conhecida
pela vida na Terra.[81]
Calotas polares
Calota polar
norte em 1999
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grau_Celsius
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Martian_north_polar_cap.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:South_Polar_Cap_of_Mars_during_Martian_South_summer_2000.jpg
Marte tem duas calotas polares de gelo
permanente. Durante o inverno em um
dos polos, ele fica em escuridão
contínua, que resfria a superfície e
provoca a deposição de 25 a 30% da
atmosfera em placas de gelo de CO2
(gelo seco).[82] Quando o polo é
novamente exposto à luz solar, o CO2
congelado sublima, criando enormes
ventos que varrem o polo a velocidades
de até 400 km/h. Esses ventos sazonais
transportam grandes quantidades de
Calota polar sul
em 2000
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gelo_seco
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Luz_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sublima%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:South_Polar_Cap_of_Mars_during_Martian_South_summer_2000.jpg
poeira e vapor d’água, dando origem a
geadas semelhantes às da Terra e de
grandes nuvens cirrus. Nuvens de água e
gelo foram fotografadas pelo rover
Opportunity em 2004.[83]
As calotas polares em ambos os polos
são compostas principalmente (70%) de
gelo de água. Dióxido de carbono
congelado acumula como uma camada
relativamente fina de cerca de um metro
de espessura na calota norte apenas no
inverno, enquanto a calota sul tem uma
cobertura de gelo seco permanente de
cerca de oito metros de espessura.[84]
Esta cobertura permanente de gelo seco
no polo sul é salpicada por alguns tipos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geada
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cirrus
de poços circulares que se repetem e
estão se expandindo alguns metros por
ano; isso sugere que a cobertura
permanente de CO2 sobre o gelo do polo
sul está se degradando ao longo do
tempo.[85] A calota polar norte tem um
diâmetro de aproximadamente mil
quilômetros durante o verão do
hemisfério norte de Marte[86] e contém
cerca de 1,6 milhão de quilômetros
cúbicos (km³) de gelo, que, se espalhado
uniformemente sobre a calota, teria 2 km
de espessura.[87] Em comparação, a
camada de gelo da Groenlândia tem um
volume de 2,85 milhões de quilômetros
cúbicos. A calota polar do sul tem um
diâmetro de 350 km e uma espessura de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Groenl%C3%A2ndia
3 km.[88] O volume total de gelo na calota
polar sul, mais os depósitos em
camadas adjacentes, foi estimado em
1,6 milhão de quilômetros cúbicos.[89]
Ambas as calotas polares apresentam
calhas espirais, que recente análise do
radar SHARAD mostrou serem resultado
de ventos catabáticos em espiral devido
ao efeito Coriolis.[90][91]
A queda de geada sazonal em algumas
áreas perto da calota polar sul resulta na
formação de placas transparentes de 1
metro de espessura de gelo seco acima
do solo. Com a chegada da primavera, a
luz solar aquece o subsolo, e a pressão
do CO2 sublimado aumenta sob o bloco,
https://pt.m.wikipedia.org/w/index.php?title=SHARAD&action=edit&redlink=1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_catab%C3%A1tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_inercial_de_Coriolis
elevando-o e, finalmente, rompendo-o.
Isto leva a erupções semelhantes a
gêiseres de gás CO2 misturado com
areia ou pó de basalto escuro. Este
processo é rápido e acontece no espaço
de alguns dias, semanas ou meses, uma
taxa de variação bastante incomum em
geologia - especialmente para Marte. O
gás fluindo sob um bloco em direção a
um gêiser escava sob o gelo um padrão
de canais radiais do tipo teia de aranha,
num processo que é o equivalente
inverso de uma rede de erosão formada
pela água que é drenada por um
ralo.[92][93][94][95]
Perda de água
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAiser
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Basalto
Pensa-se que a perda de água de Marte
para o espaço resulta do transporte de
água para a atmosfera superior, onde é
dissociada ao hidrogênio e foge do
planeta. Mas uma observação em 2019
sugere que a súbita perda de água
ocorre na atmosfera superior de Marte,
aumentando a abundância de
hidrogênio. Na atmosfera superior, a luz
solar e a química desassociam
moléculas de água em átomos de
hidrogênio e oxigênio que a fraca
gravidade não pode impedir de escapar
para o espaço.[96]
Um cientista revelou que o vapor de água
está se acumulando em grandes
quantidades e proporções inesperadas a
uma altitude de mais de 80 km na
atmosfera marciana. As estimativas
indicaram que grandes bolsas
atmosféricas estão mesmo em uma
condição de supersaturação, com a
atmosfera contendo 10 a 100 vezes mais
vapor de água do que sua temperatura
deveria permitir hipoteticamente. Com as
taxas de supersaturação observadas, o
limite de fuga de água aumentaria
significativamente durante estações
específicas.[97]
Geografia
Embora sejam mais lembrados por terem
mapeado a Lua, Johann Heinrich von
Mädler e Wilhelm Beer foram os
primeiros "areógrafos". Eles começaram
pela constatação de que a maioria dos
acidentes geográficos da superfície de
Marte eram permanentes e
determinaram com mais precisão o
período de rotação do planeta. Em 1840,
Mädler reuniu dez anos de observações
e desenhou o primeiro mapa de Marte.
Em vez de dar nomes para as várias
marcas na superfície, Beer e Mädler
simplesmente designaram-nas com
letras; Sinus Meridiani foi, assim, o
acidente "a".[98]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Beer
Hoje, as características de Marte são
denominadas a partir de uma variedade
de fontes. Características de albedo são
nomeadas a partir da mitologia clássica.
Crateras com mais de 60 km são
nomeadas em homenagem a cientistas e
escritores já falecidos e outros que
contribuíram para o estudo de Marte.
Crateras menores que 60 km
homenageiam cidades e vilas do mundo
Reproduzir conteúdo
Animação da rotação de Marte.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedohttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_cl%C3%A1ssica
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dd/Mars.ogv
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o
com população inferior a 100 mil
habitantes. Grandes vales são nomeados
pela palavra "Marte" ou "estrela" em
várias línguas; pequenos vales são
nomeados por rios.[99]
As grandes estruturas de albedo mantêm
muitos dos nomes antigos, que são
frequentemente atualizados para refletir
novos conhecimentos sobre a natureza
dessas características. Por exemplo, Nix
Olympica (as neves do Olimpo) tornou-se
Olympus Mons (Monte Olimpo).[100] A
superfície de Marte, vista da Terra, é
dividida em dois tipos de áreas, com
diferentes albedos. As planícies mais
pálidas cobertas de poeira e areia ricas
em óxido de ferro avermelhado já foram
consideradas como "continentes"
marcianos e a elas foram dados nomes
como Arabia Terra (terra da Arábia) ou
Amazonis Planitia (Planície Amazônica).
Acreditava-se que as características
escuras eram mares, daí seus nomes
Mare Erythraeum, Mare Sirenum e
Aurorae Sinus. A maior característica
escura vista da Terra é Syrtis Major. A
calota polar norte é chamada Planum
Boreum, enquanto a calota sul é
chamada Planum Australe.[101]
O equador de Marte é definido por sua
rotação, mas a localização do seu
“[meridiano primário]]" foi estabelecida,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arabia_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Amazonis_Planitia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Syrtis_Major
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planum_Boreum
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planum_Australe
como foi a da Terra (em Greenwich), pela
escolha de um ponto arbitrário; Mädler e
Beer selecionaram uma linha, em 1830,
para os primeiros mapas de Marte. Após
a nave espacial Mariner 9 fornecer
grande quantidade de imagens de Marte
em 1972, uma pequena cratera (mais
tarde chamada de Airy-0), localizada no
Sinus Meridiani ("Baía Meridiana"), foi
escolhida para a definição da longitude
0,0°, de forma a coincidir com a seleção
original.[102]
Como Marte não tem oceanos e,
portanto, não há "nível do mar", uma
superfície com elevação zero também
teve de ser selecionada para um nível de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Greenwich_(Londres)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_9
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Longitude
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADvel_do_mar
referência, o que também é chamado de
areoide[103] de Marte, análogo ao geoide
terrestre. A altitude zero foi definida pela
altura em que há 610,5 Pa (6,105 mbar)
de pressão atmosférica.[104] Esta
pressão corresponde ao ponto triplo da
água e é cerca de 0,6% da pressão na
superfície do nível do mar na Terra
(0,006 atm).[105] Na prática, atualmente
esta superfície é definida diretamente
pela medição da gravidade por satélites.
Crateras
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geoide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ponto_triplo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA15038_Spirit_Lander_and_Bonneville_Crater_in_Color.jpg
A dicotomia da topografia marciana é
notável: as planícies do norte são
achatadas por fluxos de lava, em
contraste com as terras altas do sul,
marcadas por crateras de antigos
impactos de asteroides. Uma pesquisa
de 2008 apresentou evidências sobre
uma teoria proposta em 1980
postulando que, quatro bilhões de anos
atrás, o hemisfério norte de Marte foi
atingido por um objeto de um décimo a
dois terços do tamanho da Lua. Se
confirmado, isso tornaria o hemisfério
norte de Marte o local de uma cratera de
impacto de 10 600 km de comprimento
Cratera Bonneville e o local de pouso da Spirit
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dicotomia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda)
por 8,5 mil quilômetros de largura, ou
mais ou menos a área da Europa, Ásia e
Austrália juntas, superando a Bacia do
Polo Sul-Aitken, na Lua, como a maior
cratera de impacto do Sistema Solar.[2][3]
Marte é marcado por um conjunto de
crateras de impacto: cerca de 43 mil
crateras com um diâmetro de 5
quilômetros ou mais foram encontradas
em sua superfície.[106] A maior delas é a
bacia de impacto Hellas Planitia, uma
característica de formação de albedo
claramente visível a partir da Terra.[107]
Devido à menor massa de Marte, a
probabilidade de um objeto colidir com o
planeta é cerca de metade da presente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Europa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Austr%C3%A1lia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Polo_Sul-Aitken
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hellas_Planitia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_de_albedo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa
na Terra. Marte fica mais perto do
cinturão de asteroides, por isso tem uma
chance maior de ser atingido por
materiais oriundos dessa região. O
planeta é também mais suscetível a ser
atingido por cometas de período curto,
ou seja, aqueles que se encontram
dentro da órbita de Júpiter.[108] Apesar
disso , há muito menos crateras em
Marte em comparação com a Lua,
porque a atmosfera de Marte fornece
proteção contra meteoros pequenos.
Algumas crateras têm uma
geomorfologia que sugere que o solo se
tornou úmido após o impacto do
meteoro.[109]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintur%C3%A3o_de_asteroides
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geomorfologia
Características vulcânicas e tectônicas
O vulcão Monte Olimpo é um vulcão
extinto na vasta região de Tharsis, que
contém vários outros grandes vulcões. O
Monte Olimpo é três vezes maior que o
Monte Everest, que por comparação tem
pouco mais de 8,8 km de altura.[110] É a
primeira ou a segunda montanha mais
alta do Sistema Solar, dependendo da
forma de medição escolhida, com fontes
O gigantesco Monte Olimpo, o maior vulcão do
Sistema Solar, com cerca de 27 km de altura.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o_extinto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tharsis
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Everest
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars-volcano-eruptions-could-have-brought-water_55587_600x450.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Monte_Olimpo_(Marte)
que vão de cerca de 21 a 27 km de
altura.[111][112]
O grande desfiladeiro Valles Marineris
(latim para Vales Mariner, também
conhecido como Agathadaemon nos
velhos mapas dos canais marcianos),
tem um comprimento de quatro mil
quilômetros e uma profundidade de até
sete quilômetros. O comprimento do
Valles Marineris é equivalente ao
comprimento do continente europeu e
estende-se através de um quinto da
circunferência de Marte. Em
comparação, o Grand Canyon na Terra
tem 446 km de comprimento e quase 2
km de profundidade. O Valles Marineris
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desfiladeiro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Valles_Marineris
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Latim
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Mariner
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Canais_marcianos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Continente_europeu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grand_Canyon
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
foi formado devido à expansão da área
de Tharsis, que causou o colapso da
crosta na área do desfiladeiro. Em 2012,
foi proposto que o Valles Marineris não é
apenas um graben, mas também um
limite de placa, onde ocorreu um
movimento transversal de 150 km,
fazendo de Marte um planeta com,
possivelmente, duas placas
tectônicas.[113][114]
As imagens do THEMIS a bordo de
sonda Mars Odyssey da NASA revelaram
sete possíveis entradas de cavernas nos
flancos do vulcão Arsia Mons.[115] As
cavernas, nomeadas em homenagem a
entes queridos de seus descobridores,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Graben
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Falha_transformante
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Placas_tect%C3%B4nicas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/THEMIS
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Odysseyhttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caverna
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Flanco
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arsia_Mons
são conhecidas coletivamente como as
"sete irmãs".[116] As entradas das
cavernas medem de 100 a 252 metros
de largura e acredita-se que tenham, pelo
menos, de 73 a 96 metros de
profundidade. Dado que a luz não atinge
o piso da maioria das cavernas, é
possível que elas se estendam muito
mais profundamente do que as
estimativas inferiores e sejam mais
largas abaixo da superfície. A caverna
"Dena" é a única exceção: o seu chão é
visível e tem 130 metros de
profundidade. Os interiores destas
cavernas podem ser protegidos contra
micrometeoritos, radiação UV, erupções
solares e partículas de alta energia que
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micrometeorito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_UV
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Erup%C3%A7%C3%B5es_solares
bombardeiam a superfície do
planeta.[117]
Mosaico de imagens infravermelhas capturadas
pela sonda 2001 Mars Odyssey do Valles Marineris,
um gigantesco desfiladeiro, com quatro mil
quilômetros de comprimento e uma profundidade
de até sete quilômetros.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:016vallesmarineris_reduced0.25.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Infravermelho
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/2001_Mars_Odyssey
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Valles_Marineris
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Desfiladeiro
Pegadas de dunas em Hellas, também
conhecidas como a insígnia da Frota
Estelar Star Trek,[118] são grandes dunas
em forma de crescente (barchan). A
insígnia foi criada quando a lava fluiu
sobre a planície e ao redor das dunas,
mas não sobre elas. A lava solidificou,
mas essas dunas ainda se erguiam
como ilhas e o vento continuava a
soprar. Ao final, as pilhas de areia que
eram as dunas migraram, deixando
essas "pegadas" na planície de lava. Elas
também são chamadas de "moldes de
dunas" e registram a presença de dunas
cercadas por lava.[119]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Frota_Estelar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Star_Trek
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Barchan
Atmosfera
Marte perdeu sua magnetosfera há 4
bilhões de anos,[120] então o vento solar
interage diretamente com a ionosfera
marciana, diminuindo a densidade
atmosférica ao remover átomos da
camada exterior. Ambas as sondas Mars
Global Surveyor e Mars Express
A tênue atmosfera de Marte vista a partir de uma
imagem na órbita baixa do planeta. Ao fundo, a
cratera Galle.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnetosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ionosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Global_Surveyor
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mars_atmosphere.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Galle_(cratera_marciana)
detectaram partículas atmosféricas
ionizadas arrastadas para o espaço a
partir de Marte[120][121] e esta perda
atmosférica está sendo estudada pela
sonda MAVEN. Em comparação com a
Terra, a atmosfera de Marte é muito
rarefeita. A pressão atmosférica na
superfície varia hoje entre um mínimo de
30 Pa (0,030 kPa) no Monte Olimpo para
mais de 1.155 Pa (1,155 kPa) em Hellas
Planitia, com uma pressão média ao
nível da superfície de 600 Pa (0,60
kPa).[122] A maior densidade atmosférica
em Marte é igual à densidade
encontrada 35 km acima da superfície da
Terra.[123] A pressão de superfície média
resultante é de apenas 0,6% a da Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MAVEN
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ar_rarefeito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal_(unidade)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal_(unidade)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hellas_Planitia
(101,3 kPa). A altura de escala da
atmosfera é cerca de 10,8 km,[124] que é
maior do que a da Terra (6 km ), porque a
gravidade de superfície de Marte é de
apenas 38% da gravidade da Terra, o que
é compensado tanto pela temperatura
mais baixa quanto pelo peso molecular
50% maior da atmosfera de Marte. A
atmosfera de Marte é composta por
cerca de 96% de dióxido de carbono,
1,93% de argônio e 1,89% de nitrogênio,
juntamente com traços de oxigênio e
água.[7][125] A atmosfera é muito
empoeirada, contendo partículas de
cerca de 1,5 µm de diâmetro que dão ao
céu marciano uma cor opaca quando
vista da superfície.[126]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Altura_de_escala
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%B4nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micrometro_(unidade_de_medida)
Metano foi detectado na atmosfera de
Marte, com uma fração molar de cerca
de 30 ppb;[127][128] ele ocorre em plumas
extensas, e os perfis implicam que o
metano foi liberado a partir de regiões
distintas. No meio do verão do norte, a
pluma principal continha 19 mil
toneladas métricas de metano, com uma
força de fonte estimada de 0,6 kg por
segundo.[129][130] Os perfis sugerem que
pode haver duas regiões de origem, a
primeira centrada perto de 30°N 260°W e
a segunda perto de 0°N 310°W.[129]
Estima-se que Marte deva produzir 270
toneladas/ano de metano.[129][131]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Parte_por_milh%C3%A3o
O metano pode existir na atmosfera de
Marte por um período limitado de tempo
até ser destruído – as estimativas do seu
tempo de vida variam entre 0,6 a 4 anos
terrestres.[129][132] A sua presença,
apesar desta vida curta, indica a
existência de uma fonte ativa do gás no
planeta. Atividade vulcânica, impactos de
cometas e a presença de formas de vida
microbianas metanogênicas estão entre
as possíveis fontes. O metano também
poderia ser produzido por um processo
não biológico chamado serpentinização,
que envolve água, dióxido de carbono e o
mineral olivina, que se sabe ser comum
em Marte.[133]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Serpentinito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Olivina
O rover Curiosity, que pousou em Marte
em agosto de 2012, é capaz de fazer
medições que distinguem entre
diferentes isotopólogos de metano;[134]
mas mesmo que a missão determine
que a vida microscópica marciana é a
fonte do metano, essas formas de vida
provavelmente residem muito abaixo da
superfície, fora do alcance do rover.[135]
As primeiras medições com o Tunable
Laser Spectrometer (TLS) indicaram que
Fotografia do pôr-do-sol marciano pelo robô Spirit
na cratera Gusev.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Science_Laboratory
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Isotop%C3%B3logo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MarsSunsetCut.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/P%C3%B4r-do-sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Spirit_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gusev_(cratera)
há menos de 5 ppb de metano no local
de pouso no momento da
medição.[136][137][138][139] Em 19 de
setembro de 2013, cientistas da NASA,
com base em outras medições feitas
pela Curiosity, não relataram a detecção
de metano atmosférico, com um valor
medido de 0,18 ± 0,67 ppbv
correspondente a um limite máximo de
apenas 1,3 ppbv (limite de confiança de
95%) e, como resultado, concluíram que
a probabilidade de atividade microbiana
metanogênica atual em Marte é
reduzida.[140][141][142] A sonda Mars
Orbiter Mission, da Índia, está
pesquisando metano na atmosfera,[143]
enquanto a ExoMars Trace Gas Orbiter,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Orbiter_Mission
planejada para ser lançada em 2016, irá
estudar mais o metano, bem como os
seus produtos de decomposição, como
formaldeído e metanol.[144][145]
Amônia também foi detectada em Marte
pelo satélite Mars Express, mas com a
sua vida útil relativamente curta, não
ficou claro o que a tenha produzido. A
amônia não é estável na atmosfera
marciana e desintegra-se depois de
algumas horas. Uma fonte possível é a
atividade vulcânica.[146]
A sonda Trace GasOrbiter (TGO), da
Agência Espacial Europeia, chegou a
Marte em 2016, e em 2018 começou a
escanear a atmosfera por metano. Dois
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Formalde%C3%ADdo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metanol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Am%C3%B4nia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atividade_vulc%C3%A2nica
dos espectrômetros do TGO - um
instrumento belga chamado NOMAD e
um russo chamado ACS - foram
projetados para detectar o metano em
concentrações muito baixas. No entanto,
o satélite europeu não detectou um
único vestígio de metano.[147]
Enormes plumas semelhantes a nuvens,
260 km acima da superfície de Marte,
chegam a entrar na exosfera, onde a
atmosfera se funde com o espaço
interplanetário. Nenhum dos
esclarecimentos costumeiros para tais
nuvens faz sentido, uma vez que a água,
o gelo de dióxido de carbono, as
tempestades de poeira ou as descargas
de luz auroral, na maior parte das vezes,
não atingem tais alturas. Em 2019,
cientistas propuseram que elas devem
sua existência ao fenômeno chamado
"fumaça meteórica", poeira gelada criada
por detritos espaciais que se chocam
com a atmosfera do planeta. Cerca de
duas a três toneladas de detritos
espaciais colidem em Marte todos os
dias, em média, e à medida que esses
meteoros se desintegram na atmosfera
do planeta, injetam um enorme volume
de poeira no ar.[148]
Auroras
Em 1994 a sonda Mars Express da
Agência Espacial Europeia descobriu um
brilho ultravioleta proveniente de
“guarda-chuvas magnéticos” no
hemisfério sul. Marte não possui um
campo magnético global que guie as
partículas carregadas que entram na
atmosfera, mas tem múltiplos campos
magnéticos em forma de guarda-chuva,
principalmente no hemisfério sul, que
são remanescentes de um campo global
que decaiu bilhões de anos atrás.
No final de dezembro de 2014, a sonda
MAVEN da NASA detectou evidência de
auroras muito espalhadas pelo
hemisfério norte e descendo até
aproximadamente 20-30 graus de
latitude norte em relação ao equador de
Marte. As partículas penetravam na
atmosfera marciana, criando auroras
abaixo de 100 km da superfície (as
auroras da Terra variam de altitude entre
100 e 500 km). Os campos magnéticos
no vento solar caem como cortinas
sobre Marte, inclusive para a atmosfera,
e as partículas carregadas simplesmente
seguem essas linhas para a atmosfera,
fazendo com que as auroras aconteçam
fora dos guarda-chuvas magnéticos.[149]
Em 18 de março de 2015, a NASA
anunciou a detecção de uma aurora que
não é completamente entendida, bem
como uma não explicada nuvem de
poeira na atmosfera de Marte.[150]
Clima
Tempestade de areia em Marte.
18 de novembro
de 2012
25 de novembro
de 2012
As localizações dos robôs Opportunity e Curiosity
estão marcadas (MRO).
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tempestade_de_areia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA16450_Martian_Dust_Storm,_Nov._18,_2012.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PIA16454_Regional_Dust_Storm_Weakening,_Nov._25,_2012.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Opportunity_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Curiosity_(sonda)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Reconnaissance_Orbiter
De todos os planetas do Sistema Solar,
Marte é o que possui as estações do ano
mais parecidas com as da Terra, devido
às inclinações semelhantes de eixos de
rotação dos dois planetas. As durações
das estações marcianas são cerca de
duas vezes as da Terra, já que Marte está
a uma maior distância do Sol, o que leva
o ano marciano a ter duração equivalente
a cerca de dois anos terrestres. As
temperaturas de superfície de Marte
variam de −143°C (no inverno nas
calotas polares)[151] até máximas de
35°C (no verão equatorial).[152] A ampla
variação de temperaturas é devida à fina
atmosfera, que não consegue armazenar
muito calor solar, à baixa pressão
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_do_ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_estufa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
atmosférica e à baixa inércia térmica do
solo marciano.[153] O planeta também é
1,52 vez mais distante do Sol que a Terra,
o que resulta em apenas 43% da
quantidade de luz solar em comparação
com a Terra.[154]
Se Marte tivesse uma órbita semelhante
à da Terra, as suas estações também
seriam semelhantes, porque a sua
inclinação axial é próxima à da Terra. A
relativamente grande excentricidade da
órbita de Marte tem um efeito
significativo. O planeta está mais
próximo do periélio quando é verão no
hemisfério sul e inverno no norte, e
próximo do afélio quando é inverno no
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/In%C3%A9rcia_t%C3%A9rmica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
hemisfério sul e verão no norte. Como
resultado, as estações do ano no
hemisfério sul são mais extremas e as
estações do ano no norte são mais
brandas. As temperaturas de verão no
sul podem ser até 30 kelvin maiores do
que as temperaturas equivalentes de
verão no norte.[155]
Marte tem as maiores tempestades de
poeira do Sistema Solar. Estas podem
variar de uma tempestade sobre uma
pequena área até tempestades
gigantescas que cobrem todo o planeta.
Elas tendem a ocorrer quando Marte
está mais próximo do Sol e
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Kelvin
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tempestades_de_poeira
demonstraram aumentar a temperatura
global.[156]
Dados climatológicos para a Cratera Gale (2012–2015)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura
máxima
recorde (°C)
6 6 1 0 7 14 20 19 7 7 8 8 20
Temperatura
máxima
média (°C)
−7 −18 −23 −20 −4 0,0 2 1 1 4 −1 −3 −5,7
Temperatura
mínima
média (°C)
−82 −86 −88 −87 −85 −78 −76 −69 −68 −73 −73 −77 −78,5
Temperatura
mínima
recorde (°C)
−95 −127 −114 −97 −98 −125 −84 −80 −78 −79 −83 −110 −127
Fonte: Centro de Astrobiología,[157] Mars Weather,[158] NASA Quest,[159] SpaceDaily[160]
Órbita e rotação
A distância média entre Marte e o Sol é de cerca de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cratera_Gale
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grau_Celsius
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Marsorbitsolarsystem.gif
A distância média de Marte ao Sol é de
cerca de 230 milhões de quilômetros (1,5
UA) e seu período orbital é de 687 dias
terrestres. O dia solar em Marte é apenas
um pouco maior do que um dia na Terra:
24 horas, 39 minutos e 35,244 segundos.
Um ano marciano é igual a 1,8809 ano
terrestre, ou seja, 1 ano, 320 dias e 18,2
horas.[7] A inclinação do eixo de Marte é
de 25,19 graus, semelhante à da Terra.[7]
Como resultado, Marte tem estações
como a Terra, embora sejam quase duas
vezes mais longas, pois seu período
230 000 000 km (1,5 UA) e seu período orbital é de
687 dias terrestres, como representado pela trilha
vermelha, com a órbita da Terra mostrada em azul
(animação).
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_Astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica
orbital é maior nesta proporção .
Atualmente, a orientação do polo norte
de Marte está próxima da estrela
Deneb.[161] Marte passou pelo seu afélio
em março de 2010[162] e pelo seu periélio
em março de 2011.[163]
Marte tem uma excentricidade orbital
relativamente acentuada, de cerca de
0,09; entre os outros sete planetas do
Sistema Solar, só Mercúrio mostra maior
excentricidade. Sabe-se que, no passado,
Marte teve uma órbita muito mais
circular do que atualmente. Em um ponto
há 1,35 milhão de anos terrestres, Marte
tinha uma excentricidade de cerca de
0,002, muito menor do que a da Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deneb
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(planeta)
hoje.[164] O ciclo de excentricidade deMarte é de 96.000 anos terrestres,
comparado ao ciclo de 100 mil anos da
Terra.[165] O planeta tem um ciclo de
excentricidade muito mais longo com
um período de 2,2 milhões de anos
terrestres e isso ofusca o ciclo de 96.000
anos nos gráficos de excentricidade.
Durante os últimos 35 mil anos, a órbita
de Marte foi ficando um pouco mais
excêntrica por causa dos efeitos
gravitacionais dos outros planetas. A
menor distância entre a Terra e Marte
continuará a diminuir ligeiramente nos
próximos 25 mil anos.[166]
Habitabilidade e procura por vida
O entendimento atual de habitabilidade
planetária – a viabilidade de um mundo
desenvolver condições ambientais
favoráveis ao surgimento de vida –
favorece planetas que possuam água
líquida em sua superfície. Isto
frequentemente requer que a órbita de
um planeta esteja dentro da zona
habitável, que para o Sol se localiza entre
logo depois de Vênus e
aproximadamente o semieixo maior de
Marte.[167] Durante o periélio, Marte
penetra nesta região, mas a fina (baixa
pressão) atmosfera do planeta impede a
existência de água líquida em grandes
regiões por muito tempo. O fluxo de água
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Habitabilidade_planet%C3%A1ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior
líquida no passado demonstra o
potencial do planeta para a
habitabilidade. Evidência recente sugeriu
que qualquer água na superfície
marciana deve ter sido muito salgada e
ácida para suportar uma vida terrestre
regular.[168]
A falta de uma magnetosfera e a
atmosfera extremamente fina de Marte
são um desafio: o planeta possui
pequena transferência de calor pela sua
superfície, pouco isolamento contra o
bombardeio do vento solar e pressão
atmosférica insuficiente para reter água
na forma líquida. Marte está quase, ou
totalmente, geologicamente morto, e o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
fim da atividade vulcânica
aparentemente interrompeu a reciclagem
de materiais e produtos químicos entre a
superfície e o interior do planeta.[169]
Existem evidências de que o planeta
tenha sido significativamente mais
habitável no passado que nos dias de
hoje, mas o fato de que tenha albergado
vida permanece incerto. As sondas
Concepção artística da terraformação de Marte.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:TerraformedMarsGlobeRealistic.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terraforma%C3%A7%C3%A3o
Viking da década de 1970 continham
dispositivos projetados para detectar
microrganismos no solo marciano e
tiveram alguns resultados positivos,
inclusive um aumento temporário na
produção de CO2 com a exposição a
água e nutrientes. Este sinal de vida foi
mais tarde contestado por cientistas,
resultando em um debate intenso, com o
cientista da NASA Gilbert Levin
sustentando que a Viking pode ter
encontrado vida. Uma reanálise dos
dados da Viking, à luz do moderno
conhecimento de formas extremófilas de
vida, sugeriu que os testes da Viking não
eram suficientemente sofisticados para
detectar essas formas de vida e podem
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Programa_Viking
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Extrem%C3%B3filo
até mesmo ter matado uma hipotética
forma de vida.[170] Testes conduzidos
pela sonda Phoenix Mars mostraram que
o solo tem um pH alcalino e contém
magnésio, sódio, potássio e cloro.[171] Os
nutrientes do solo podem ser capazes de
suportar vida, mas a vida ainda assim
teria que ser protegida da intensa luz
ultravioleta.[172] Análise recente do
meteorito marciano EETA79001
encontrou 0,6 ppm de ClO4−, 1,4 ppm de
ClO3− e 16 ppm de NO3−, a maior parte
provavelmente de origem marciana. O
ClO3− sugere a presença de outros
compostos altamente oxidantes de cloro
e oxigênio, como ClO2− e ClO, produzidos
tanto por oxidação do Cl por ultravioleta
quanto por radiólise do ClO4− por raios-X.
Portanto, somente substâncias
orgânicas ou formas de vida altamente
refratárias ou bem protegidas
(subsuperficiais) teriam chance de
sobreviver.[173] Uma análise de 2014 da
Phoenix WCL mostrou que o Ca(ClO4)2
no solo da Phoenix não interagiu com
água líquida de qualquer forma talvez
nos últimos 600 milhões de anos. Se
tivesse, o altamente solúvel Ca(ClO4)2
em contato com água líquida teria
formado somente CaSO4. Isto sugere um
ambiente extremamente árido, com
mínima ou nenhuma interação com água
líquida.[174] Foi encontrado, em 2019, um
grupo de compostos orgânicos, tiofenos,
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tiofeno
que normalmente ocorrem na Terra em
querogênio, carvão e petróleo bruto, bem
como em estromatólitos e
microfósseis.[175] Isso sugere um
processo biológico, provavelmente
envolvendo bactérias.
Cientistas propuseram que os glóbulos
de carbonato encontrados no meteorito
ALH84001, que se acredita ter se
originado em Marte, podem ser
micróbios fossilizados que existiam em
Marte quando o meteorito foi arrancado
da superfície de Marte por um choque de
meteoro há cerca de 15 milhões de anos.
Esta proposta foi recebida com
ceticismo e foi sugerida uma origem
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Querog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estromat%C3%B3lito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Microf%C3%B3ssil
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteorito_ALH84001
exclusivamente inorgânica para as
formas.[176] Pequenas quantidades de
metano e metanal detectadas pelas
sondas em Marte foram indicadas como
possíveis evidências para a vida, uma
vez que esses compostos químicos se
decompõem rapidamente na atmosfera
marciana.[177][178] Entretanto, uma
alternativa é que esses compostos
sejam repostos por vulcões ou outros
meios geológicos, como a
serpentinização.[133] Vidro formado pelo
impacto de meteoros, que na Terra pode
preservar sinais de vida, foi encontrado
na superfície de crateras de impacto de
Marte.[179][180] Da mesma forma, este
vidro poderia ter preservado sinais de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metanal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Serpentinito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Impactito
vida se esta existisse no
local.[181][182][183]
Em junho de 2018, a NASA informou que
o rover Curiosity havia encontrado
evidências de compostos orgânicos
complexos de rochas com idade de
aproximadamente 3,5 bilhões de anos,
cujas amostras vieram de dois locais
distintos em um lago seco na cratera
Gale. As amostras de rochas, quando
pirolisadas pelo instrumento da Curiosity,
liberaram uma série de moléculas
orgânicas; estes incluem tiofenos
contendo enxofre, compostos
aromáticos tais como benzeno e tolueno,
além de compostos alifáticos tais como
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_Curiosity
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Compostos_org%C3%A2nicos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gale_(cratera)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9cula
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tiofeno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Enxofre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Benzeno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tolueno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Alif%C3%A1tico
propano e buteno. Os níveis de
compostos orgânicos são 100 vezes
maiores que as descobertas anteriores.
Os autores especulam que a presença de
enxofre pode ter ajudado a preservar os
compostos orgânicos. Os produtos de
decomposição se assemelham aos
gerados pelo querogênio, um precursor
do petróleo e do gás natural na Terra. A
NASA afirmou que essas descobertas
não são evidências de que a vida existiu
no planeta, mas que os compostos
orgânicos necessários para sustentar a
vida microscópica estavam presentes.
Devido à forma como a atmosfera
marciana pode preservar esses
compostos, pode haver fontes mais
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Propano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Buteno
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Querog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Petr%C3%B3leo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G%C3%A1s_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micr%C3%B3bios
profundas de compostos orgânicos no
planeta.[184]
Em julho de 2018, cientistas relataram a
descoberta de um lago subglacial emMarte, o primeiro corpo estável de água
conhecido no planeta. Ele fica a 1,5 km
abaixo da superfície na base da calota
polar sul e tem cerca de 20 quilômetros
de largura.[185][186] O lago foi descoberto
usando o radar MARSIS a bordo da
sonda Mars Express, e os dados foram
coletados entre maio de 2012 e
dezembro de 2015.[187] O lago está
localizado numa área plana que não
exibe características topográficas
peculiares. É principalmente cercado por
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MARSIS
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mars_Express
terrenos mais altos, exceto em seu lado
oriental, onde há uma depressão.[185]
Satélites naturais
Fobos
Deimos.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Phobos_colour_2008.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Deimos-MRO.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite)
Marte tem duas luas naturais
relativamente pequenas — Fobos, com
cerca de 22 quilômetros de diâmetro, e
Deimos, com cerca de 12 quilômetros de
diâmetro — que têm órbitas próximas ao
planeta. Acredita-se que essas luas
sejam asteroides capturados pelo campo
gravitacional marciano, mas a sua
origem verdadeira permanece
incerta.[188] Ambos os satélites foram
descobertos em 1877 por Asaph Hall e
foram nomeados em homenagem aos
deuses Fobos (pânico/medo) e Deimos
(terror/horror), que na mitologia grega
acompanhavam seu pai, Ares, o deus da
guerra, durante as batalhas. Marte era a
contraparte romana de Ares.[189][190] No
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_gravitacional
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asaph_Hall
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ares
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga
grego moderno, porém, o planeta
mantém seu antigo nome, Ares (Aris:
Άρης).[191]
Vistos da superfície de Marte, os
movimentos de Fobos e Deimos
parecem muito diferentes do da Lua.
Fobos nasce no oeste, se põe a leste e
nasce novamente em apenas 11 horas.
Deimos, por estar quase em órbita
sincronizada — quando o período orbital
iguala o período de rotação do planeta —
nasce como esperado no leste, mas
lentamente. Apesar da órbita de 30 horas
de Deimos, ele leva 2,7 dias entre o
nascente e o poente, para um observador
no equador.[192]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
Como a órbita de Fobos está abaixo da
altitude síncrona, as forças de maré a
partir de Marte estão gradualmente
diminuindo a sua órbita. Em cerca de 50
milhões de anos, o satélite ou colidirá
com a superfície marciana ou irá
desintegrar-se em uma estrutura em
forma de anel ao redor de Marte.[192]
A origem das duas luas não é bem
compreendida. Seu baixo albedo e a
composição de condrito carbonáceo
foram considerados semelhantes aos de
asteroides, apoiando a teoria de captura
gravitacional. A órbita instável de Fobos
parece apontar para uma captura
relativamente recente. Mas ambas têm
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mar%C3%A9
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Condrito_carbon%C3%A1ceo
órbitas circulares, próximas do equador,
o que é muito incomum para objetos
capturados, já que a dinâmica de captura
exigida é complexa. A possibilidade de
acreção no início da história de Marte
também é plausível, mas não é
compatível com uma composição
parecida com a de asteroides, em vez de
com a do próprio planeta. Uma terceira
possibilidade é o envolvimento de um
terceiro corpo ou algum tipo de
impacto.[193] Linhas mais recentes de
evidências sobre Fobos sugerem que o
satélite tem um interior altamente
poroso[194] e uma composição contendo
principalmente filossilicatos e outros
minerais conhecidos de Marte,[195] o que
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Filossilicato
aponta a origem de Fobos para o
material ejetado por um impacto em
Marte e que foi reagrupado na órbita
marciana,[196] semelhante à teoria
dominante para a origem da Lua da
Terra. Embora os espectros VNIR (em
inglês: visible and near-infrared) das luas
de Marte se assemelhem aos de
asteroides do cinturão externo, o
espectro infravermelho termal de Fobos
é inconsistente com condritos de
qualquer tipo.[195]
Marte pode ter luas com menos de 50 ou
100 metros de diâmetro, e prediz-se a
existência de um anel de poeira entre
Fobos e Demos.[197]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_do_grande_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_inglesa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cintura_de_asteroides
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_infravermelha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Condrito
Com a existência de várias sondas e
rovers, agora é possível estudar a
astronomia do céu marciano. Fobos,
uma das duas luas de Marte, tem cerca
de um terço do diâmetro angular da Lua
cheia como ela aparece na Terra,
enquanto Deimos aparece mais ou
menos com uma estrela e apenas um
pouco mais brilhante do que Vênus na
Terra.[198] Vários fenômenos conhecidos
na Terra foram observados em Marte,
como meteoros e auroras.[199] Uma
passagem da Terra vista de Marte
ocorrerá em 10 de novembro de
2084.[200] Há também trânsitos de
Astronomia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rover_(explora%C3%A7%C3%A3o_espacial)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astronomia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fobos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro_angular
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua_cheia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Deimos_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%AAnus_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meteoro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aurora_polar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_da_Terra_em_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Merc%C3%BArio_em_Marte
Mercúrio e de Vênus, e as luas Fobos e
Deimos são de diâmetro angular tão
pequeno que seus "eclipses solares"
parciais são melhor considerados como
trânsitos (ver Trânsito de Deimos em
Marte).[201][202]
Em 19 de outubro de 2014, o cometa
Siding Spring passou extremamente
próximo a Marte (cerca de 140 mil
quilômetros), tão perto que sua coma
pode ter envolvido o
planeta.[203][204][205][206][207][208]
Observação
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Merc%C3%BArio_em_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_V%C3%AAnus_em_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eclipse_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Deimos_em_Marte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/C/2013_A1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Coma_comet%C3%A1ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Apparent_retrograde_motion_of_Mars_in_2003.gif
Pela órbita de Marte ser excêntrica, a sua
magnitude aparente em oposição ao Sol
pode variar de -3,0 a -1,4. O brilho mínimo
é de magnitude 1,6, quando o planeta
está em conjunção com o Sol.[45] Marte
Animação do movimento retrógrado aparente de
Marte em 2003 visto a partir da Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Apparent_retrograde_motion_of_Mars_in_2003.gif
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_retr%C3%B3grado_aparente
geralmente aparece distintamente
amarelo, laranja ou vermelho; a cor real
do planeta está mais próximo de
caramelo, e a vermelhidão observada é
apenas poeira na sua atmosfera. O rover
Spirit, da NASA, registrou imagens de
uma paisagem marrom-esverdeada com
pedras azul-acinzentadas e manchas de
areia vermelho-claras.[209] Quando mais
distante da Terra, fica a mais de sete
vezes mais longe de nosso planeta do
que quando está próximo. Quando
menos favoravelmente posicionado, ele
pode ser perdido no brilho do Sol

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