Iniquidades raciais em saúde bucal no Brasil

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INIQUIDADES RACIAIS EM SAÚDE BUCAL
Kamila França Pimentel
 O presente artigo tem o intuito de mostrar iniquidades raciais em saúde bucal em todos os grupos étnicos entre os adultos. A princípio, o censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística elucidou que mais de 50% da população é negra, parda ou autodeclarada, e que essa mesma população está economicamente e socialmente em desvantagem, tendo uma acentuada discriminação resultando em uma iniquidade em saúde desse mesmo grupo.
 Dessa forma, fatores como a educação, renda e grupo racial tem sido diretamente relacionado a perda de dentes, dor na região bucal, cárie, edentulismo anterior, necessidade de prótese; pois, indivíduos com baixa renda, escolaridade tem pouco conhecimento sobre a saúde bucal, higienização correta, acesso ao dentista e a sua importância.
 Em verdade, há uma necessidade de intervenções da saúde, gerando conhecimento a população. Além disso, se vê necessário um aumento no serviço odontologia público, pois a demanda é alta, a carga horaria dos cirurgiões se chocam com a hora do trabalho e os custos no serviço privado se torna inacessível para uma parte da sociedade.
 Na metodologia, o artigo utilizou dados secundários da Pesquisa Nacional sobre a Condição de Saúde Bucal na População Brasileira, além de um estudo transversal para comparando doenças bucais por grupos étnicos. Trazendo como resultados uma correlação entre a saúde bucal e a condição socioeconômica por estado para o grupo de negros.
 
 Por fim, as iniquidades raciais em saúde bucal no Brasil está em todos os indicadores que foram analisados, tendo uma correlação com a vulnerabilidade, distribuição de renda e falta de conhecimento mais prevalente da população negra (pardos, negros e declarados) em relação a população branca.