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8º HIS Atividade 2 - A questão do Iluminismo e da ilustração 09-02-2021

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ATIVIDADES 
Leia os textos a seguir 
Liberalismo 
O liberalismo é um conjunto de pensamentos que surgiu no século XVII e ganhou destaque na Europa do 
século XVIII. O seu apogeu ocorreu após a Revolução Industrial, no início do século XIX. Basicamente, a visão 
liberal de mundo consiste em enxergar que todos os seres humanos são dotados de capacidades para o trabalho e 
intelectuais e que todos têm direitos naturais a exercer a sua capacidade. 
Dessa maneira, o Estado não tem o direito de interferir na vida e nas liberdades individuais dos cidadãos, a 
menos que esses atentem contra a ordem vigente. Esse pensamento liberal norteou eventos como a Revolução 
Francesa e a Revolução Industrial, criando um Estado de Direito liberal na modernidade, que visava assegurar os 
direitos dos cidadãos e acabar com o despotismo. 
 
Características do liberalismo 
John Locke, filósofo inglês considerado um dos “pais” do liberalismo. 
O liberalismo, como um todo, visava a acabar com a opressão do chamado Antigo Regime (as monarquias 
absolutistas que dominaram, durante muito tempo, as potências europeias). Para os liberais, o ser humano era 
dotado de direitos naturais (pensamento herdado do filósofo inglês John Locke) que assegurariam o direito de 
todos os cidadãos de participar da política e da economia, de trabalhar, acumular riquezas e adquirir uma 
propriedade privada. Do mesmo modo, eram direitos naturais à vida e à liberdade, sendo vedado ao Estado 
qualquer forma autoritária e injustificada de restrição da liberdade ou assassinato dos cidadãos. 
Para os teóricos liberais modernos, não havia qualquer justificativa para o controle da vida, do governo e 
da economia por parte dos monarcas. Isso porque a monarquia absolutista estava assentada no ideal do direito 
divino, ou seja, os governantes eram pessoas eleitas por Deus para guiar o povo. O pensamento moderno, já 
altamente racional, rejeitava essa noção. 
Para os modernos, era a razão, distribuída entre as pessoas, a responsável por criar um projeto de mundo 
capaz de impulsionar a sociedade e os indivíduos ao crescimento. Esses ideais, que constituíam o Iluminismo, 
geraram o centro do pensamento liberal: a capacidade individual de trabalhar, criar e evoluir. 
 
Tipos de liberalismo 
O liberalismo clássico pode ser dividido em liberalismo político e liberalismo econômico. Chamamos de 
liberalismo clássico aquele que surgiu dos ideais de filósofos liberais do século XVII e XVIII contra o Antigo 
Regime e a favor da livre iniciativa individual na economia. Em contraposição, existe o neoliberalismo, que é 
uma doutrina econômica do século XX que resgatou elementos do liberalismo, adaptando-os à realidade 
econômica do mundo globalizado e do capitalismo altamente desenvolvido. 
 
Liberalismo político 
O pensamento liberal, em geral, visava a acabar com a opressão estatal sobre a vida das pessoas em seus 
aspectos políticos e econômicos. Para tanto, era necessário abandonar a visão medieval de governo, baseada 
no poder absoluto e irrestrito de um governante e no severo controle da economia por parte do Estado (como 
ocorreu no mercantilismo, em que os governos promoviam as ações da economia, baseadas no comércio e na 
exploração de colônias, controlando absolutamente tudo). 
Ao abandonar a visão antiga de governo e economia, os liberais modernos adotaram uma visão política 
baseada no republicanismo ou no parlamentarismo. Esses sistemas políticos permitiam a divisão dos poderes, 
retirando das mãos de um monarca o poder absoluto. 
8º ANO 
 HISTÓRIA 
ATIVIDADE 2 
Tema: A questão do iluminismo e da ilustração: Liberalismo, democracia e neoliberalismo 
Habilidades Essenciais: (EF08HI01) Identificar os principais aspectos conceituais do iluminismo e do liberalismo e 
discutir a relação entre eles e a organização do mundo contemporâneo. 
NOME: 
UNIDADE ESCOLAR: 
O filósofo francês Charles de Montesquieu, um dos pensadores que influenciaram o liberalismo e a 
Revolução Industrial, defendeu a divisão dos poderes estatais em três partes: o Poder Legislativo (formado por 
um corpo de legisladores, que criarão as leis); o Poder Executivo (formado por um corpo de governo responsável 
por executar as leis e governar a cidade ou o país); e o Poder Judiciário, que atua quando algum cidadão infringe 
as leis estabelecidas ou entra em conflito de interesses com outros cidadãos ou com o Estado. 
 
Liberalismo econômico 
No campo econômico, foram as ideias do filósofo e economista inglês Adam Smith que predominaram para 
estabelecer as diretrizes desse novo pensamento econômico. O liberalismo econômico consiste no entendimento 
de que o Estado não deve interferir na economia, pois essa deve ser feita a partir da livre iniciativa dos cidadãos, 
que devem ser livres para produzir e fazer comércio, sendo responsáveis por si mesmos. 
A meritocracia e a valorização do esforço individual são marcantes no pensamento liberal, que coloca como 
responsável pela riqueza e pelo sucesso, unicamente, o indivíduo. Para Smith, haveria uma espécie de “mão 
invisível” que faria com que a economia se desenvolvesse autonomamente no poder da iniciativa privada, sem 
necessitar do Estado, pois esse colocava um entrave no crescimento econômico ao querer reivindicar a sua parte 
nos lucros sem nada oferecer em troca. 
 
História do liberalismo 
As primeiras insurgências liberais começaram já no fim do século XVII, com um pensamento burguês que 
desafiava a ordem vigente do absolutismo. Na Inglaterra, esse fator ocorreu com a Revolução Gloriosa, que 
acabou de vez com o absolutismo inglês e implantou um regime parlamentar no país que manteve a monarquia, 
mas abriu um Parlamento com a possibilidade de participação política de pessoas que não pertenciam à nobreza. 
O pensamento liberal começou a se espalhar pela Europa, destacando-se personalidades como o filósofo 
inglês John Locke, o filósofo e jurista inglês Jeremy Bentham, além dos filósofos políticos franceses pertencentes 
ao Iluminismo, como Voltaire, Montesquieu e Diderot. 
Em razão da influência do pensamento iluminista, que valorizava a razão e a racionalidade em detrimento 
da antiga concepção religiosa que tomava conta da vida política durante a Idade Média, as pessoas atentaram-se 
para o fato de que a vida pública deve ser regida pela racionalidade, e não pela religião. 
Também foi fundamental a percepção de que existem direitos básicos que devem ser garantidos, o que John 
Locke chamou de naturais e que os iluministas franceses chamaram de direitos do homem e do cidadão. Dentre 
tais direitos, destacam-se a liberdade, a igualdade (no caso, não a igualdade socioeconômica, mas a extinção de 
um sistema de nobreza que privilegia as castas nobres na política) e o direito à propriedade (nos regimes 
absolutistas, a maior parte da propriedade concentrava-se nas mãos da nobreza e do clero). 
Outro fator que impulsionou o pensamento liberal foi a Revolução Industrial e o desenvolvimento do 
capitalismo industrial. A burguesia queria expandir os seus negócios, produzir mais, lucrar mais e expandir a 
propriedade privada. Com os entraves colocados pelos governos autoritários, os burgueses viam-se incapacitados 
de lucrar como queriam. Daí as ideias liberais fizeram nascer um pensamento liberal no campo econômico para 
permitir o desenvolvimento econômico baseado apenas nos esforços da burguesia, sem interferência estatal. 
 
Neoliberalismo e liberalismo 
O liberalismo clássico mostrou-se ineficaz no início do século XX, após o advento de crises, como a Grande 
Depressão de 1929, em que a Bolsa de Valores de Nova Iorque quebrou. O cenário era de desemprego geral e 
péssimas condições de vida e trabalho para a classe operária europeia e estadunidense (principalmente), mas 
também para as classes operárias de outros países fora dos grandes eixos industriais. 
O socialismo havia inspirado a formação de organizações sindicais, que organizavam grandesgreves contra 
a exploração dos trabalhadores por parte da burguesia, algo comum e necessário dentro da doutrina liberal. O 
cenário do século XX fez com que governantes e economistas revissem o liberalismo clássico. 
Um dos economistas que apresentaram uma proposta diferente foi o inglês John Maynard Keynes, 
formulando uma doutrina conhecida posteriormente como keynesianismo. Essa teoria trouxe uma forma de 
pensar a economia capitalista como um misto de lucro para a iniciativa privada, mas com uma regulação estatal 
que assegurasse boas condições de vida para toda a população, e não somente para uma classe privilegiada. 
As formas de governar que surgiram a partir dessas ideias ficaram conhecidas como socialdemocracia, sendo 
aplicadas nos Estados Unidos por Franklin Delano Roosevelt e por países nórdicos europeus, como a Finlândia. 
A educação, a saúde, a segurança, o pleno emprego e a dignidade da vida deveriam ser promovidos pelo Estado 
quando a iniciativa privada não conseguisse atingir a todos com os seus benefícios, o que fez surgir um Estado 
de bem-estar social, que tornaria mais digna a vida humana e permitiria o acesso ao consumo por parte das classes 
trabalhadoras. 
Como resposta a esse tipo de política econômica, o economista da Escola Austríaca de Economia, Ludwig 
von Mises formulou uma doutrina político-econômica que resgatava os elementos do liberalismo clássico e 
adaptava-os à realidade do capitalismo globalizado e altamente desenvolvido do século XX. Ludwig von Mises, 
economista da Escola Austríaca que fundamentou as primeiras teorias neoliberais. 
A nova realidade não permitiria uma completa e total separação entre a economia e o Estado, mas permitiria 
ajustes que os neoliberais consideravam necessários. Esses ajustes visavam, em geral, à ampliação da iniciativa 
privada na oferta de serviços básicos e a supressão quase total das empresas, órgãos e funcionários públicos, a 
fim de, como dizem os neoliberais, desinflar a máquina estatal. Por essa lógica, o papel do Estado na economia 
seria quase nulo, a cobrança de impostos abaixaria muito e os serviços básicos seriam, em sua maioria, cobrados. 
Críticos dessa vertente econômica dizem que esse tipo de política econômica tende a manter uma classe 
privilegiada no poder econômico, assim como acontecia no liberalismo clássico, além de precarizar a vida do 
trabalhador, que precisa trabalhar mais e perde muitos dos seus direitos trabalhistas. 
 
Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/liberalismo.htm Acesso em: 09 de nov de 2020. 
 
1. Com base no texto conceitue o liberalismo e o que ele visava. 
 
2. No quadro a seguir caracterize o liberalismo político e o liberalismo econômico e aponte os seus principais 
representantes. 
 
LIBERALISMO POLÍTICO 
LIBERALISMO ECONÔMICO 
Características 
Principal representante Características Principal representante 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Como se chama a doutrina econômica que surgiu do século XX, que resgatou elementos do liberalismo, 
adaptando-os à realidade econômica do mundo globalizado e do capitalismo e é altamente desenvolvido? 
 
4. O filósofo francês Charles de Montesquieu, um dos pensadores que influenciaram o liberalismo e a 
Revolução Industrial, defendeu uma forma de divisão dos poderes estatais em três partes. Este modelo de 
forma de governo marca a passagem do Estado absolutista para o Estado Liberal. Ainda hoje no Brasil e 
várias partes do mundo, as funções estatais são distribuídas neste modelo tripartite. Como ficou essa divisão 
do poder, por quem era composto e quais eram suas principais funções? 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/liberalismo.htm
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem disponível em: http://murilodopt.blogspot.com/2015/01/montesquieu-e-o-quarto-poder.html Acesso em: 09 de nov de 2020. 
 
5. Sobre o liberalismo, suas características e história, das alternativas a seguir assinale com (V) para as 
verdadeiras e (F) para as falsas. 
 
a) ( ) O liberalismo não visava a acabar com a opressão do chamado Antigo Regime. 
b) ( ) Para os liberais, o ser humano era dotado de direitos naturais que assegurariam o direito de todos os 
cidadãos de participar da política e da economia, de trabalhar, acumular riquezas e adquirir uma propriedade 
privada. 
c) ( ) Para os modernos, era a razão, distribuída entre as pessoas, a responsável por criar um projeto de mundo 
capaz de impulsionar a sociedade e os indivíduos ao crescimento. 
d) ( ) O liberalismo clássico pode ser dividido em liberalismo político e liberalismo econômico. 
e) ( ) O pensamento liberal visava a acabar com a opressão estatal sobre a vida das pessoas em seus aspectos 
políticos e econômicos. 
f) ( ) Os liberais modernos adotaram uma visão política baseada no republicanismo ou no parlamentarismo, 
colocando nas mãos de um monarca o poder absoluto. 
g) ( ) A exploração dos trabalhadores por parte da burguesia, era algo comum e necessário dentro da doutrina 
liberal. 
h) ( ) A doutrina conhecida como keynesianismo trouxe uma forma de pensar a economia capitalista como 
um misto de lucro para a iniciativa privada, mas com uma regulação estatal que assegurasse boas condições 
de vida para toda a população, e não somente para uma classe privilegiada. 
i) ( ) Socialdemocracia, era as formas de governar que surgiram a partir das ideias de John Maynard Keynes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://murilodopt.blogspot.com/2015/01/montesquieu-e-o-quarto-poder.html

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