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Proteínas plasmáticas

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OBJETIVOS 
• Explicar a diferença entre plasma e soro. 
• Definir as funções das proteínas plasmáticas em suas amplas classificações. 
• Identificar as doenças associadas à deficiência de proteínas específicas. 
• Discutir proteínas envolvidas na imunidade. 
• Definir a resposta de fase aguda e alteração que esta induz nas concentrações das 
proteínas plasmáticas circulantes. 
PRODUÇÃO DA PROTEÍNA 
 
PROTEÍNAS 
CARACTERÍSTICAS 
• Macro biomolécula formado por aminoácidos (AA) 
• AA são ligados (em ligação peptídica) numa sequência linear característica 
• Medeiam virtualmente todo o processo bioquímico 
• Sua função depende de sua estrutura. 
SÍNTESE (NÃO CAI NA PROVA) 
1. Ativação de aminoácidos → o tRNA é aminoácido 
2. Iniciação → o mRNA e o tRNA aminoacilado ligam-se à subunidade menor do 
ribossomo. Depois, a subunidade maior também se liga. 
3. Alongamento → ciclos sucessivos de ligação aminoacil-tRNA e formação da ligação 
peptídica ocorrem até o ribossomo atingir um códon de parada 
4. Enovelamento da proteína 
5. Parada → a tradução acaba quando um códon de parada é encontrado. O mRNA 
e a proteína dissociam-se e as subunidades do ribossomo são recicladas. 
DEFINIÇÕES 
PLASMA X SORO 
Plasma → solução aquosa onde os elementos figurados (eritrócitos, leucócitos e 
trombócitos) do sangue encontram-se suspensos. Usa-se anticoagulante para que possa 
ser feita a análise do plasma, geralmente com EDTA ou citrato. 
Soro → é o plasma sem fibrinogênio e fatores da coagulação. Pode ser acelerado por 
um gel separador durante a coleta. Ex: análise de albumina sérica. 
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS 
DEFINIÇÕES 
• Aquelas contidas no plasma sanguíneo, fração acelular do sangue. 
• Classificadas em 2 grupos: 
o Proteínas sintetizadas no fígado 
o Imunoglobulinas produzidas pelos plasmócitos 
FUNÇÕES 
TRANSPORTE 
• No plasma ocorre o transporte de diversos componentes vitais. 
o Metabólitos (albumina), eletrólitos e hormônios são transportados no 
plasma. 
o Íons, lipídeos e hormônios esteroides são carreadoras por proteínas. 
MANTER A DISTRIBUIÇÃO APROPRIADA DE ÁGUA ENTRE OS TECIDOS 
• Exercem pressão osmótica (-25mmHg) → esta é conhecida como pressão oncótica 
→ permanece CONSTANTE 
• É a principal força responsável por trazer a água de volta. 
• Principalmente da albumina 
 
Pressão hidrostática → pressão externa que o fluido exerce sobre o vaso, saindo do vaso. 
Se ultrapassa a pressão oncótica, há processo de filtração (saída do fluido para o 
tecido). Extremidade arterial. 
Pressão oncótica → pressão dentro do vaso que tende a puxar. Se ultrapassa a pressão 
hidrostática, há processo de reabsorção (caminho inverso ao da filtração). Extremidade 
venosa. 
 Em caso de má absorção → formação de edemas. 
AUXÍLIO NA DEFESA IMUNOLÓGICA 
PROTEÍNAS DO COMPLEMENTO: 
• Imunidade humoral 
• Sintetizadas principalmente nos hepatócitos e macrófagos/ monócitos. 
• Esses peptídeos medeiam a resposta inflamatória. 
o Cascata de ativação → C3 marcador importante de inflamação. 
▪ MAC só atua em bactérias com parede celular muito fina, 
como Neisseria. 
• Atraem células fagocíticas 
• Iniciam a degranulação de granulócitos 
• Realizam a depuração de complexos de antígeno-anticorpo. 
 
IMUNOGLOBULINAS: 
• Reconhecem diferentes estruturas químicas → antígenos na forma nativa 
capazes de gerar uma resposta imune. 
• Não são produzidas no fígado. Mas por linfócitos B maduros na medula óssea. 
• Possuem regiões variáveis e constantes: 
o Possuem cadeias pesadas e cadeias leves. 
• Formato em Y → cada braço é uma região de reconhecimento ao antígeno. 
• Formam o complexo BCR (receptor da célula B) 
• Tem formas de membrana e de secreção 
• Anticorpos igual a Imunoglobulina (Ig) 
• 1 Imunoglobulina = 2Fab (braços do Y) + 1Fc (cauda do Y) 
o Fc é responsável pela maioria das funções efetoras, pelas ações das 
imunoglobulinas. 
▪ Ex: opsonização → criação de um “chamariz” na superfície do 
patógeno. 
• Linfócitos B virgens → IgM ou IgD de membrana 
o Troca da classe da cadeia pesada. 
• Troca em CH → cada clone mantém a especificidade 
• IgM e IgG são capazes de ativar o sistema complemento. 
• IgM e IgD presentes em células B virgens 
• IgG além de ativar o sistema complemento poderá realizar a opsonização, 
citotoxicidade anticorpo dependente, além de fazer parte da imunidade 
neonatal (pois na placenta tem-se receptores específicos para a cadeia 
pesada da IgG que poderá fazer esta translocação). 
• IgA faz a proteção dos alvéolos pulmonares, do intestino e existe um 
mecanismo para protege-lo de degradação. Ou seja, faz parte da defesa 
de mucosa. 
 
MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE DO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
• Proteínas plasmáticas regulam: 
o Dano endotelial dos vasos 
o Exposição da membrana basal e células musculares lisas 
o Coágulo de fibrina iniciado por plaquetas na área danificada. 
ANÁLISE DE PROTEÍNAS 
• Nefelometria x Turbimetria 
o Imunoprecipitação (antígeno X anticorpo – sendo um deles marcado com 
látex). O uso de partículas de látex aumenta a sensibilidade do método. 
o A formação de imunoprecipitados leva a diminuição da intensidade do feixe 
de luz incidente que atravessa a solução. A presença dos imunopreciptados 
leva a turvação da reação. 
▪ Quantidade que passa é medida pela turbimetria 
▪ Quantidade desviada é medida pela nefelometria (maioria) 
• Eletroforese 
o Método de separação de proteínas com uso de detergente que desdobra 
as proteínas e deixa-as com carga negativa. Sistema fechado no meio 
líquido, mas em suas extremidades é gerado um campo de força fazendo 
com que a proteína no gel caminhe em uma única direção, com isso todas 
as proteínas vão migrar. Proteínas com peso menor conseguem migrar mais 
rápido que as que tem peso maior. 
PRINCIPAIS PROTEÍNAS 
ALBUMINA (HSA) 
• 60% das proteínas encontradas no plasma humano. 
• Fundamental na manutenção da pressão osmótica 
• Reflete o estado nutricional → déficit → edemaciado 
• 14-15g por dia; meia vida de cerca de 20 dias. 
• Síndrome Nefrótica → edema 
• Síndrome Kwashiorkor → edema 
 
• Albumina no transporte: 
o Ácidos graxos 
o Medicamentos 
o Bilirrubina não conjugada 
• Á microscopia eletrônica identificou-se a fusão e apagamento dos processos 
podocitários. 
• O edema resulta da perda de carga negativa da barreira glomerular, originando 
um tipo seletivo de proteinúria. 
ALFA-1-GLOBULINAS 
• Conjunto de várias proteínas. Ex: alfa-1-antitripsina, protrombina, transcortina, 
globulina ligadora de tiroxina e alfa-fetoproteína. 
• A alfa-1-antitripsina corresponde a 90% do pico. 
• Codificada por 2 alelos co-dominantes denominados M (mais comum) e Z. 
• Homozigose ZZ gera níveis insuficientes de alfa-1-antitripsina = enfisema panlobular 
grave. 
• Falta do inibidor natural da enzima elastase, que resulta em mudanças destrutivas 
do pulmão 
• Proteína de fase aguda 
• Valores elevados podem resultar de: 
o Inflamações 
o Gravidez 
o Uso de contraceptivos 
ALFA-2-GLOBULINAS 
• Conjunto de várias proteínas. Ex: haptoglobina, alfa-2-macroglobulina, a 
ceruloplasmina, eritropoetina e colinesterase. 
• Alfa-2-macroglobulina tem função de se ligar à hemoglobina circulante, permitindo 
que o complexo haptoglobina-hemoglobina seja rapidamente removido da 
circulação. 
• Hemólise intravascular libera muita hemoglobina no meio, provocando importante 
gasto dessa proteína haptoglobina 
Quadro Clínico 1 
• O edema resulta de perda de proteínas 
• Uma menina com 8 anos foi encaminhada a um 
nefrologista após ter apresentado edema de face e 
tornozelos por um período de cerca de 2 semanas. A fita 
de teste para pesquisa de proteína na urina mostrou um 
resultado fortemente positivo (++++) e a dosagem de 
proteína na urina coletada por 24h mostrou excreção de 
proteína de 7g/dia (VR < 0,15g/dia) 
• Consequência: 
o Proteinúria → Hipoalbuminemia 
o Diminuição da pressão oncótica plasmática→ edema 
 
• Alfa-2-macroglobina é uma das maiores proteínas globulínicas presentes no plasma 
e sua concentração eleva-se em torno de 10 vezes ou mais na síndrome nefrótica. 
CERULOPLASMINA 
• Faz o transporte de cobre. 
o Se este não for transportado e acumulado nos tecidos, é considerado tóxico. 
• Importante para o processo de transporte de ferro. 
• É, na sua maioria, sintetizada pelas células do parênquima do fígado 
• Contém 95% do Cu2+ existente no soro 
• Exportação do Cu2+ do fígado para os tecidos periféricos 
• Possibilita a ligação e o transporte do ferro pela transferrina. 
• Quadro clínico: Anéis de Kayser-Fleischer e baixo nível de ceruloplasmina são 
considerados suficientes para diagnóstico da doença de Wilson. 
o Não consegue expulsar o cobre da célula. Com isso, tem-se diminuição de 
ceruloplasmina. 
 
 
BETA-GLOBULINAS 
• Conjunto de várias proteínas. Ex: beta-lipoproteínas, transferrina e componente C3 
do complemento. 
• A diminuição dessa fração é rara 
• A anemia por deficiência de ferro leva ao aumento da ferritina 
• O hipotireoidismo, a cirrose biliar, as nefroses e alguns casos de diabetes melitus 
podem aumentar o colesterol e consequente aumento das beta-lipoproteínas (LDL). 
TRANSFERRINA 
• Proteína transportadora de ferro. 
• Glicoproteína de 80Kda 
• Sintetizada e secretada principalmente pelo fígado 
• Possui dois sítios homólogos – 2Fe3 
• Transporte até de 2 ferro 
• Possui mecanismo para oxidar o ferro, feito pela celuloplasmina com auxílio do 
cobre. Se em excesso, pode ser tóxico. 
• Em geral, 3 mg de ferro circulam ligados à Tf (max 12) 
• Em excesso, Fe3 pode circular livremente e acumula nos tecidos parenquimais 
• Solubiliza, atenua reatividade e facilita a liberação do Fe. 
• Em reações inflamatórias, o completo Fe-transferrina é degradado = Acúmulo de 
Fe. 
• Os seres humanos não possuem um mecanismo de excreção do ferro. Mas possui 
mecanismo para regular seu acúmulo, sem que seja tóxico para o ser humano. 
• O excesso de ferro parece ser diretamente tóxico para os tecidos – hemocromatose. 
 
Quadro Clínico 2 
Uma menina de 14 anos foi atendida no setor de emergência 
de um hospital. Estava ictérica, com dor abdominal e tinha o 
fígado sensível e aumentado, com sonolência e astorixe 
(tremores oscilantes) devido à insuficiência hepática aguda. 
Apresentada um circulo amarronzado na extremidade córnea. 
A história pregressa revelou transtornos de comportamento, 
dificuldade de realizar movimentos em passado recente e 
ausência às aulas de colégio. 
IMUNOGLOBULINAS 
• O recém-nascido não sintetiza IgG, mas esta atravessa a placenta. 
• IgA é mais elevada nos homens 
• IgM e IgG são mais elevadas nas mulheres. 
• IgE depende da condição alérgica do indivíduo. Produzida em pequena 
quantidade. 
• As imunoglobulinas derivadas da proliferação de um único clone designam-se por 
imunoglobulina monoclonal. 
PARAPROTEÍNAS 
• É uma imunoglobulina produzida por um único clone de células da série dos 
linfócitos (plasmócitos) 
• São moléculas idênticas (aparece um pico discreto na eletroforese) 
• Aparece, por exemplo: 
o Mieloma múltiplo → proliferação maligna disseminada de células 
plasmáticas (geralmente do tipo IgG e IgA) 
o Leucemia linfática crônica (geralmente IgM) 
o Fisiológico → aumenta com a idade. 
 
PROTEÍNA DE FASE AGUDA (PFA) 
• Produzida nos hepatócitos 
• Possuem variação na sua concentração em um processo infeccioso. 
• Indicadores mais confiáveis frente aos processos inflamatórios/infecciosos. 
• O estímulo acontece dentro de 6 a 8h aos a agressão 
• Máxima ocorre dentro de 2 a 5 dias (rápido) 
• Moduladas por citocinas pró-inflamatórias → IL-1, IL-6, TNF. 
• Níveis séricos proporcionais à intensidade da agressão e efeitos. 
o Durante a fase aguda de infecção tem-se proteínas que tem aumento 
(como C3, fibrinogênio, proteína C reativa) e proteínas que tem 
diminuição/negativas (albumina, prealbumina e transferrina). 
 
PROTEÍNA C REATIVA 
• Sintetizada no fígado como um pentâmero – 130 kDa. 
• A PCR é o principal mediador da resposta da fase aguda. 
• É importante marcador para inflamação, sepse, doença vascular. 
• É sintetizada principalmente por biossíntese hepática dependente de IL=6. 
• O principal papel na inflamação é ativação do complemento – C1q 
• Liga-se aos receptores Fc da IgG 
• Bom marcador para processos infecciosos. 
 
Quadro Clínico 3 
Mulher de 45 anos sofreu lesão grave nos membros inferiores em 
acidente de trânsito. Após sua admissão no hospital, o perfil 
bioquímico revelou um pequeno decréscimo da concentração total 
de proteína sérica. 
A eletroforese do soro indicou aumento nas frações proteicas. 4 dias 
após a cirurgia, a condição da paciente se deteriorou e ela 
desenvolveu aumento de temperatura, sudorese e confusão. 
Foi diagnosticada uma infecção aguda e o tratamento com 
antibióticos apropriados foi iniciado. 
O aumento das concentrações PFA associado ao decréscimo de 
HSA, sugere uma resposta de fase aguda. 
Essa resposta está também associada ao aumento da PC-R, na 
velocidade de hemossedimentação (VHS) e na viscosidade do 
plasma. 
A resposta ao tratamento da infecção está associada a um 
decréscimo de PCR no plasma.

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