Buscar

FICHAMENTO recurso extraordinário e especial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DE XXXXXXXXXXXXXXX
Trabalho: Fichamento de Resumo sobre Recurso Extraordinário e Especial
Referência: Humberto Theodoro Júnior. Curso de Direito Processual Civil - Vol. 3.  53a Ed. Grupo GEN, 2020. p. 1074 a 1143 (Parte VII, Capítulo XXVIII, § 85, itens 817 a 850).
1. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
O recurso extraordinário é um meio processual de competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal que viabiliza a análise de questões constitucionais em última ou única instância, e tem como objetivo evitar que as decisões contrariem norma constitucional, mantendo assim a soberania e uniformidade na interpretação da Lei Maior.
Esse recurso tem rol taxativo no qual, suas hipóteses de cabimento estão dispostas no art. 102, III, da Carta Magna, ou seja, este recurso só poderá ser interposto se: contrariar dispositivo constitucional, declarar a inconstitucionalidade de lei ou tratado federal, validade de lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República, validade de lei local contestada em face de lei federal. Além dos requisitos elencados no referido artigo, a admissibilidade do recurso extraordinário depende de demonstração, pela parte, de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (CF, art. 102, § 3º).
2. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
2.1. O julgamento da causa, em última ou única instância. 
O recurso extraordinário será interposto de decisão proferida em única ou última instância, tanto das decisões definitivas quanto das decisões interlocutórias, exceto, a tutela provisória. Importa destacar que para o manejo do recurso extraordinário é indispensável que o recorrente esgote as instâncias possíveis e que seja julgada apenas questão de direito.
2.2. Existência de questão federal constitucional.
Para a admissibilidade deste recurso se faz necessário que haja uma controvérsia que envolva diretamente a interpretação de dispositivo constitucional.
2.3. A demonstração da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso.
Este requisito que tem como finalidade reduzir o número de recursos extraordinários, exige que a questão suscitada ultrapasse os interesses subjetivos da parte, ou seja, é necessário que, objetivamente, as questões transcendam fora do processo e se mostrem “relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico”. Esse pressuposto está definitivamente estipulado no art. 1.035, § 3º, I e III, do CPC/2015, logo quando ocorrer qualquer das hipóteses previstas, haverá a repercussão geral. Vale salientar que esse preceito processual quando não prequestionado pela parte não será conhecido. 
A apreciação da matéria é exclusiva do Supremo Tribunal Federal e compete ao plenário declarar a ausência de repercussão geral, por voto de dois terços de seus membros (CF, art. 102, § 3º). De acordo com o art. 1.035 do CPC, a decisão do Supremo que não conhece de recurso extraordinário por ausência de repercussão geral, é irrecorrível.
Para a análise da repercussão geral, o relator poderá admitir a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado (art. 1.035, § 4º, do CPC).
Em relação à jurisprudência já pacificada do Supremo acerca do procedimento, essa, poderá ser aplicada pelo Plenário da Corte a recursos extraordinários que discutem mesma matéria, sem que esses processos tenham de ser distribuídos para um relator. Se os recursos versarem sobre matérias já julgadas pelo Guardião da Constituição serão enviados para a Presidência do Tribunal, que, antes de distribuir o processo, levará a questão ao Plenário cabendo aos Ministros aplicar a jurisprudência da Corte ou rediscutir a matéria. Caso se identifique que a questão ainda não foi discutida pelo Plenário determinará o seguimento normal do recurso.
2.4. Reflexos sobre outros recursos
O Supremo Tribunal Federal do Brasil negará distribuição ao recurso e a todos os demais que tratem do mesmo assunto, nos casos em que for confirmada a jurisprudência predominante. Quando o Supremo não reformar a decisão, os Tribunais poderão exercer o chamado juízo de retratação, e aplicar a decisão da maior instância do poder judiciário ou considerar prejudicados os recursos sobre a matéria. 
Com o fim de garantir a isonomia e economia processual, quando for “reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem em território nacional” (CPC/2015, art. 1.035, § 5º).
Caberá ao relator distinguir entre recurso que aborda matéria de natureza constitucional e aquele que, na verdade, discute direito infraconstitucional, a pretexto de refutar ofensa à norma constitucional. Os Ministros terão o prazo de vinte dias, após recebimento da manifestação para endereçarem seus pronunciamentos ao relator, inclusive por meio eletrônico, nos termos do RISTF, art. 324. Transcorrido o prazo sem manifestações suficientes para a recusa do recurso, restará existente a repercussão geral. Isto quer dizer que a rejeição sempre será expressa e fundamentada. Se o recurso tiver a repercussão geral reconhecida, deverá ser julgado no prazo de um ano, tendo preferência sobre os demais feitos, excetuando os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
A desistência do recurso não impede que o Pretório Excelso julgue a tese de direito envolvida na repercussão geral, haja vista que o julgamento transcende o direito individual.
3. RECURSO ESPECIAL 
O recurso especial é um meio processual excepcional de competência do Superior Tribunal de Justiça que tem por finalidade a manutenção da autoridade e unidade da lei federal assegurando a vigência, a aplicação e a coesão de interpretação no Brasil. 
O supracitado recurso está previsto no art. 105, III, da Carta Magna, e suas hipóteses de cabimento consistem em quando o acordão recorrido: contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhe vigência, julgar válido ato do governo local contestado em face de lei federal ou der à lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Ressalta-se ainda que o recurso especial, assim como o extraordinário não serve para reexame de fatos e provas, mas, tão somente para questão de direito. Ele tem uma função política que serve para resolver uma questão federal controvertida.
Vale destacar que em razão do princípio da fungibilidade dos recursos, caso o relator verifique que houve uma violação a dispositivo constitucional, deverá conceder quinze dias ao recorrente para demonstração da existência de repercussão geral e manifestação sobre a questão constitucional, isso demonstra que o eventual equívoco do recorrente não conduzirá à imediata inadmissão do recurso, é o que dispõe o caput, do art. 1.032, do CPC.
4. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL
Além dos pressupostos de admissibilidade comuns a todos os recursos, quais sejam, o cabimento, a legitimidade, o interesse, a regularidade formal, a tempestividade, o preparo e a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer, o recurso especial, assim como, o extraordinário exige análise estrita de matéria jurídica, esgotamento das instâncias ordinárias e o prequestionamento. Podendo ser interpostos simultaneamente em petições distintas, caso se verifique que estão presentes seus requisitos, sob pena de haver preclusão consumativa.
5. PRINCIPAIS ASPECTOS DO RECURSO ESPECIAL
O Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o recurso especial, exerce tanto o juízo de cassação, como o juízo de revisão. Assim, quando o recurso especial for admitido, deverá ser julgado o processo, “aplicando o direito” (CPC, 1.034), desta forma, não há como impedir a análise dos aspectos da constitucionalidade da norma para solução da ação. O controle difuso da constitucionalidade é dever que toca a todo e qualquer juiz ou tribunal. Desse modo, quando o STJ aplica originariamente norma constitucional, a pretexto de julgar o especial, e o faz de maneira ofensiva à Constituição,surge a hipótese de cabimento do extraordinário em sede de especial.
6. PREQUESTIONAMENTO
Para que o recurso extraordinário e o recurso especial sejam conhecidos, é necessário que haja o prequestionamento da matéria aludida, ou seja, o enfrentamento, pelo tribunal recorrido no acórdão impugnado, da questão de direito.
O prequestionamento é uma exigência que compõe a análise do cabimento dos recursos excepcionais, que pode ser expresso, implícito ou ficto nos termos dos art. 941, §3º e 1.025 do CPC, sem ele o recurso será inadmitido. Para configurar o prequestionamento, não basta a simples indicação ou menção a dispositivo ou a preceito normativo, é imperativo existir discussão sobre o tema no tribunal de origem. 
7. EFEITOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL
O recurso extraordinário terá efeito meramente devolutivo, logo, não impede a execução provisória do acórdão recorrido. Se, no entanto, essa decisão for prejudicial ao recorrente no tocante à eficácia do julgamento final, ele poderá requerer uma tutela de urgência nos termos do art. 1.029, § 5º, do CPC/2015.
8. PROCESSAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL
O prazo para interposição do recurso será de quinze dias, a contar da intimação do acórdão recorrido, perante o tribunal de origem, devendo ser dirigido ao Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal, na conformidade do regimento interno. Eles intimarão o recorrido para oferecer contrarrazões, no mesmo prazo. 
Os supracitados recursos são os únicos recursos que se submetem a um duplo juízo de admissibilidade e ambos requerem preparo, que compreende o pagamento de custas e despesas de remessa e retorno. Excluem-se da obrigatoriedade do preparo os recursos que, por expressa disposição legal, sejam isentos, ou de antecipação de despesas processuais. É o caso, por exemplo, dos beneficiários da justiça gratuita e, dos recursos em geral quando interpostos pela Fazenda Pública ou pelo Ministério Público.
9. PODERES DO RELATOR
Segundo preceito legal incumbe ao relator negar seguimento a pedido ou recurso manifestamente intempestivo, incabível ou improcedente, ou, ainda, que contrariar, nas questões predominantemente de direito, Súmula do respectivo Tribunal, ao acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, ao entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência. Contra essa decisão, a parte poderia agravar, no prazo de quinze dias, para o colegiado é o que assevera o art. 1.021 do CPC.
10. RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL REPETITIVOS
Em razão da pluralidade de recursos idênticos, foi criado mecanismo para solução rápida dos recursos excepcionais repetitivos, tratados nos Arts. 1.036 a 1.041 do CPC/2015. Essa ferramenta foi criada para garantia da segurança jurídica, celeridade e economia processual. 
O presidente ou vice-presidente do tribunal de origem, ou ainda o relator, verificando que há multiplicidade de recursos que versem sobre a mesma questão de direito, selecionará dois ou mais que sejam os mais representativos da controvérsia, para afetação no Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. Com a afetação, será determinada a suspensão dos demais recursos excepcionais e de todos os processos em curso no território nacional, que versem sobre idêntico tema jurídico. 
O relator do recurso no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal alertará aos demais tribunais. Decidida à matéria jurídica, os recursos contra os acórdãos que estiverem em conformidade com o paradigma não serão recebidos, se estiverem em desacordo, a turma julgadora que o proferiu poderá reconsiderá-lo, caso em que o recurso ficará prejudicado. 
Em sentido diverso, desde que preenchidos os requisitos de admissibilidade, o recurso subirá, devendo ser aplicada a tese jurídica fixada nos recursos afetados, àqueles ainda não julgados. Caso seja negada a repercussão geral, a decisão do Pleno valerá para todos os recursos que abordem sobre mesma controvérsia, ainda pendentes de apreciação, sendo considerados automaticamente inadmitidos os recursos cujo processamento tenha sido sobrestado. 
Caberá agravo contra decisão do tribunal de segunda instância que inadmitir recurso extraordinário ou especial, exceto quando essa se der pela aplicação de tese firmada em repercussão geral ou em julgamento de recurso repetitivo, nos termos do art. 1.042 do CPC. Se o presidente ou vice-presidente aplicar a decisão proferida em recurso repetitivo equivocadamente e negar seguimento ao recurso especial ou extraordinário, a parte poderá interpor agravo interno.
São Paulo
2020

Outros materiais