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RESUMO PROVA

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RESUMO PROVA – PROCESSO CIVIL III – 2ª ESTÁGIO 
 
1) TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL 
 
a) Sentença penal condenatória transitada em 
julgado (inc. VI do Art. 515) 
 
Já restou fixada a culpa do condenado. Torna 
certa a obrigação de indenizar. 
Não é aplicável a fase de conhecimento e não é 
possível a execução provisória. 
Apenas contra a pessoa física do condenado. 
 
É possível que a vítima aguarde o término da 
ação criminal ao invés de ajuizar a ação civil (Art. 
200, CC). Não é obrigatório suspender a civil. 
 
Há sentença durante a ação de indenização: 
- Ação civil é extinta por perda superveniente 
do objeto ou de interesse de agir, com 
sucumbência em desfavor do réu. 
- Pode dar continuidade para fixar o quantum 
debeatur. 
 
Não faz coisa julgada no civil (não repercute) a 
sentença penal absolutória: DICA – IFI 
- Insuficiência de provas; (pode produzir 
provas que o MP não fez) 
- Em razão de que o fato não constitui crime; 
(Pode ser ilícito civil) 
- Inexistência de culpa criminal. (Pode ser 
para reparação civil) 
Poderá postular reparação no civil. 
 
Faz coisa julgada no civil (repercute) a sentença 
penal absolutória: DICA – INI 
- Inexistência do fato; 
- Negativa de autoria; 
- Excludente de ilicitude. 
Não poderá postular reparação no civil. 
 
 
 
b) Sentença arbitral (inc. VII do Art. 515) 
 
Não produzido por um magistrado e necessita de 
processo de execução. Trata-se de conferir 
eficácia executiva sem que haja necessidade de 
homologação pelo Judiciário. 
Há um processo autônomo com citação. 
 
 
 
c) Sentença ou Decisão interlocutória estrangeira 
(incs. VIII e IX do Art. 515) 
 
É necessário a homologação pelo STJ para ser 
executada no Brasil, reclamando o processo de 
execução, face a inexistência da citação civil. 
Logo, a natureza dessa homologação é 
constitutiva. 
 
A execução será procedida perante juiz federal 
de primeiro grau de jurisdição (CF, art. 109, X). 
 
É autônoma com citação do executado. 
 
 
2) TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL 
 
São aqueles atos produzidos fora de um 
processo, em que a lei confere eficácia executiva 
e formalizados por ato de vontade das partes. 
São documentos que não foram produzidos por 
um juízo, mas que a lei deu eficácia executiva. 
 
Devedor é citador para pagar em até 3 dias sob 
pena de haver penhora; caso não pague, é 
acrescido 10% sobre o valor em honorários (caso 
pague, é reduzido 5%). 
 
CARTULARIDADE é preciso exibir o título ou a 
cártula para que possa ser tido como credor. 
 
Executado pode se defender por embargos. 
a) Títulos de Créditos (Art. 784, inc. I) 
 
LITERALIDADE: Somente pode se considerar 
aquilo que expressamente estiver contido. 
 
CAUSAL → A emissão está condicionada a um 
negócio jurídico subjacente. Vinculado a origem. 
 
1) Letra de Câmbio → É um instrumento de 
declaração unilateral de vontade, no qual 
é uma ordem de pagamento do sacador 
para que o sacado, pague a terceiro 
(tomador) determinada quantia certa, em 
um local e em uma data, ou prazo, 
especificados ou não. 
 
É necessário o aceite do sacado na letra 
de câmbio. 
 
2) Duplicata → É um título de crédito 
genuinamente brasileiro, que documenta 
uma compra e venda ou prestação de 
serviço. 
 
Apenas se aceito pelo devedor (impede o 
protesto); caso contrário, deve haver o 
protesto e comprovante da entrega ou da 
prestação dos serviços. 
 
 
NÃO CAUSAL → Detém autonomia e liberta-se do 
negócio anterior. Não vinculado a origem. 
 
1) Nota Promissória → Submete aos 
requisitos da Letra de Câmbio. O emitente 
denomina o beneficiário como uma 
promessa de pagamento. 
 
Emitente promete pagar certa quantia a 
favor de outrem ou a sua ordem. 
 
2) Cheque → É uma ordem de pagamento à 
vista. Após a recursa e a devolução é que 
será possível. Tem força executiva por até 
6 meses. 
b) Escritura ou documento público assinado pelo 
devedor. (Art. 784, inc. II) 
 
Basta a intervenção do Tabelião, sendo 
dispensada até a assinatura de testemunhas e do 
devedor. 
 
Escritura pública é negócio jurídico estabelecido 
perante tabelião. Nesse caso não se exige (a 
despeito da lei) a assinatura do devedor. 
Documento público é negócio jurídico 
estabelecido perante oficial público. 
 
Contem a declaração de vontade do devedor 
comprometendo-se. 
 
- Nota de Empenho → Reconhece despesa de 
órgão público. 
 
 
c) Documento particular assinado pelo devedor e 
por 2 testemunhas. (Art. 784, inc. III) 
 
O documento há que reconhecer uma obrigação 
de pagar, entregar ou de fazer ou não fazer. 
 
Se o documento tem previsão em lei como título 
executivo não será necessária a assinatura das 
testemunhas. Sua necessidade advém da não 
executoriedade do documento, portanto, as 
testemunhas têm essa função: atribuir eficácia de 
título aos documentos que a lei não previu como 
tal. 
 
As testemunhas devem ser presenciais no ato da 
assinatura do instrumento. Além de ser 
obrigatório a assinatura de 2 testemunhas. 
 
d) Instrumento de transação referendado pelo MP, 
defensoria, advocacia, conciliador ou 
mediador... (Art. 784, inc. IV) 
 
O instrumento de transação é extrajudicial. Este 
instrumento não necessita de duas testemunhas. 
Não exige assinatura de quem chancela o 
acordo, mas apenas o ato jurídico 
homologatório. Se for advogado único para as 
duas partes, uma só assinatura é plausível. 
 
e) Contratos garantidos por hipoteca, penhor, 
anticrese ou outro direito real de garantia e por 
caução. (Art. 784, inc. V) 
 
Hipoteca > Garantia com imóvel 
Penhor > Garantira com móvel 
Anticrese > Garantia com bens da empresa 
 
Qualquer contrato assegurado por direito real 
de garantia, os direitos reais (recai sobre um 
determinado bem) de garantia são acessórios a 
obrigação principal. 
 
O que se executa não é propriamente a garantia, 
mas o crédito que ela protege (o contrato). A 
garantia é apenas o instrumento de facilitação da 
exigência do direito do credor. 
 
A caução (assegurar ao credor o pagamento) 
pode ser real ou fidejussória. 
 
Contrato garantido por fiador ou por avalista 
não é título executivo. 
 
 
f) Contrato de seguro de vida em caso de morte. 
(Art. 784, inc. VI) 
 
É uma indenização ao beneficiário instruído. 
 
Contrato de Seguro de Vida e Evento Morte 
cumulativamente. É necessário apresentar a 
quitação das parcelas. 
 
Deve acompanhar: Apólice + Certidão de Óbito. 
 
Apólice > Documento proveniente de 
contrato entre a seguradora e o segurado. 
Não havendo contrato, é possível apenas 
com a apólice do seguro. (STJ) 
g) Crédito decorrente de Foro ou Laudêmio. 
(Art. 784, inc. VII) 
 
Foro → É a renda anual que o enfiteuta paga ao 
proprietário do imóvel. Em outras palavras, é 
uma taxa a pagar pela utilização do imóvel. 
 
Laudêmio → É o valor devido pelo alienante ao 
senhorio direto para se aperfeiçoar a venda a 
transferência (para terceiros) do domínio útil por 
venda ou dação em pagamento. Por fim, deve 
haver a prova de alienação do bem. 
 
Quantia a ser paga ao proprietário quando 
houver a transferência do domínio. 
 
Enfiteuse → Direito real que o proprietário 
faculta o uso do domínio útil de um bem imóvel 
mediante garantia a outrem. 
 
 
 
h) Crédito de aluguel e encargos acessórios. 
(Art. 784, inc. VIII) 
 
Cita-se o Contrato de Locação. Deve haver a 
assinatura do locador e do locatário. 
 
 
O contrato escrito de locação é título executivo. 
 
Apesar de dispensar a assinatura de duas 
testemunhas, o único contrato que torna título 
executivo é o escrito, do valor principal e dos 
acessórios (água, luz, IPTU), desde que previstas 
na avença. 
 
O fiador poderá ser executado caso haja 
garantia por fiador. 
 
Quanto aos encargos acessórios, depende do 
prévio pagamento pelo locador; caso contrário, 
não poderá executar, por faltar legitimidade 
ativa. Alémque devem estar previstos no 
contrato. 
i) Certidão da Dívida Ativa da Fazenda Pública 
(CDA). (Art. 784, inc. IX) 
 
Dívida ativa é qualquer valor atribuído pela lei à 
União, ao Distrito Federal, aos Estados, aos 
Municípios, às autarquias e às fundações 
públicas. 
 
Poder Público tem o direito de fazer a inscrição 
da dívida por falta de pagamento de tributo. 
 
É uma execução fiscal. Não necessitando da 
participação do devedor. 
 
 
 
j) Créditos de contribuições ordinárias ou 
extraordinárias de condomínio edilício. 
(Art. 784, inc. X) 
 
Faz-se mister a previsão em convenção 
condominial ou assembleia geral, devendo ser 
comprovado documentalmente. 
 
Permite que o condomínio proceda a execução 
contra o condômino. 
 
 
 
k) A certidão expedida por serventia notarial ou de 
registro relativa a emolumentos e demais 
despesas. (Art. 784, inc. XI) 
 
É suficiente o ato do Tabelião que goza de 
presunção de veracidade ou fé pública. 
 
 
3) PENHORABILIDADE E IMPENHORABILIDADE 
 
É a sujeição do patrimônio de determinada 
pessoa ao cumprimento de uma obrigação, 
podendo, de forma excepcional, alcançar outros 
sujeitos, tais como o fiador, desconsideração da 
pessoa jurídica etc. 
 
A Obrigação e a Responsabilidade surgem de 
forma simultânea, sendo que esta só fluirá na 
hipótese de inadimplemento. Logo, se houver o 
cumprimento obrigacional não haverá a 
apuração de responsabilidade. 
 
 
 
 
a) Bens Sujeitos a Execução (Art. 789 do CPC) 
A penhora tem como principal individualizar 
bens que, conforme dispõe a Art. 789 do CPC, são 
todos aqueles que tem valor econômico, 
presentes e futuros podem ser alcançados. Bem 
corpóreos ou incorpóreos que tenham valor. 
 
O executado perde o patrimônio no limite da 
dívida. Sendo que algumas situações seria deixar 
o devedor sem nada e por valores da dignidade 
da pessoa humana, ao último estágio do 
desenvolvimento, que assegure o mínimo para 
proteção própria e familiar. 
 
 
 
b) Bens Impenhoráveis (Art. 832 do CPC) 
Recai sobre alguns bens do executado ou 
terceiros repousa no princípio da dignidade 
humana no âmbito patrimonial. 
 
É uma responsabilidade patrimonial garantindo 
o mínimo para a dignidade da pessoa humana. 
 
Não constitui direito indisponível, podendo a 
parte abrir mão de um bem impenhorável, 
permitindo sua constrição judicial, ou mesmo 
estabelecer regra. 
 
c) Absolutamente Impenhoráveis (Art. 833 do 
CPC) 
 
INCISO I → Não decorrer somente da 
vontade da lei, mas também da vontade das 
partes. 
Bens alienados ou doados com cláusula de 
impenhorabilidade não respondem por 
dívidas. 
 
INCISO II → Exceção: a) os de elevado valor 
ou b) que ultrapassem as necessidades de um 
médio padrão de vida. 
 
Ambas necessitam da concreção do 
magistrado para que se possa dar correta 
vigência ao dispositivo. 
 
 
INCISO III → Apenas aquele padrão médio 
de vida. 
 
INCISO IV → Até 50 salários mínimos é 
impenhorável. O Excedente poderá penhorar. 
Caso não haja outro meio possível, o STJ 
entende que é possível penhorar mesmo 
inferior a 50 salários mínimos, mas somente 
até 30% do total. 
 
INCISO V → Objetiva proteger o rendimento 
do trabalhador por meio do seu salário ou a 
nomenclatura pertinente. Objetos 
necessários ao exercício da profissão. 
Exceto: Objetos de financiamento e 
vinculados a garantia de negócio jurídico ou 
em dívida de natureza alimentar, trabalhista 
ou previdenciária. 
INCISO VI → É o valor do seguro que é 
impenhorável. 
 
INCISO VII → É necessário provar a relação 
da aquisição do material com a utilização na 
obra para usufruir da garantia da 
impenhorabilidade. Contudo, se a obra for 
penhorada, os bens também o serão pela 
regra da acessoriedade. 
 
 
INCISO VIII → Compete ao executado provar 
que a pequena propriedade rural é usada 
para uso familiar (STJ). 
 
 
d) Relativamente Impenhoráveis (Art. 834 do 
CPC) 
 
 
e) Bens de Família (Lei 8.009/90) 
A própria norma estabelece que o único bem da 
entidade familiar não se sujeita à expropriação. 
Independe da área ou do valor do bem, é 
protegido a dignidade da pessoa humana. 
Quem estabelece qual é o bem de família não é 
a lei, mas a própria família. 
 
Súmula 364 – STJ: Abrange também o imóvel 
pertencente a pessoas solteiras, separadas e 
viúvas. 
 
A Impenhorabilidade do bem de família pode ser 
alegada e comprovada a qualquer tempo, até a 
arrematação do bem, não gerando a preclusão, 
isto é, a perda do direito de se manifestar. (STJ) 
São impenhoráveis os bens de família, como 
imóvel residencial, os bens móveis e utensílios. 
Trata-se de lei que, somada ao art. 833 do CPC, 
protege o direito a moradia (art. 6, CF), a 
dignidade humana do executado (no plano 
patrimonial), o mínimo existencial e atende aos 
preceitos da menor onerosidade do devedor 
(art. 805, CPC). 
 
Assim, em regra, a impenhorabilidade atinge o 
único bem da entidade familiar, destinado à 
moradia. 
 
É penhorável bens de elevado valor ou que 
ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida, 
conforme dados estatísticos do IBGE. 
 
Súmula 486 – STJ: É impenhorável o único 
imóvel residencial do devedor que esteja locado 
a terceiros, desde que a renda obtida com a 
locação seja revertida para a subsistência ou a 
moradia da sua família. 
 
- A renda obtida com a locação como única 
fonte de subsistência ou à moradia da família 
não pode ser penhorada. 
 
 
É uma matéria de ordem pública que pode ser 
suscitada a qualquer tempo ou grau de 
jurisdição, sendo necessário apenas uma simples 
petição nos autos ou impugnação ao 
cumprimento de sentença e/ou embargos à 
execução do caso. 
 
- Pode ser reconhecida de ofício pelo juiz a 
qualquer tempo. 
HIPÓTESES DE PENHORA DA CASA FAMILIAR 
1) Casa financiada, enquanto não for 
quitado; 
2) Dívida alimentar 
3) Fruto de atividade ilícita 
4) Não pagamento de tributos que incidem 
sobre a casa; 
5) Dívida trabalhista, quando realizada 
dentro da própria casa; 
6) Fiador em Contrato de Locação 
a. Locador poderá penhorar bens do 
fiador 
b. Súmula 594 do STJ 
i. É válida a penhora de bem 
familiar pertencente ao 
fiador. 
 
 
f) É possível penhorar salário? 
Regra Geral → É impenhorável. 
Exceto: 
- Pagamento de prestação alimentícia, 
independentemente de sua origem: 
> Autoriza prisão pelo 
inadimplemento de obrigação 
alimentar. 
 
 
 
 
- O excedente 50 (cinquenta) salários-
mínimos mensais. 
> Em última hipótese, em sendo 
menor a 50, pode até 30% do salário 
(STJ). 
 
 
4) RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL 
 
A responsabilidade é do devedor, entretanto, 
quando este não tiver bens ou são insuficientes, 
poderá recair sobre bens de terceiros. 
 
 
CONCEITO → É a sujeição do patrimônio do 
responsável (executado ou terceiro) para com o 
processo, independentemente desses bens 
estarem ou não em poder do devedor. 
 
 
ARTIGO 789 do CPC → O devedor ou o 
responsável responde pelo cumprimento de 
suas obrigações com todos os seus bens 
presentes no momento da distribuição da 
execução. Responde também com os futuros, 
adquiridos na constância do processo, e com os 
passados, desde que a alienação esteja tipificada 
como fraude contra credores. 
 
 
 
ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE (Art. 790, CPC): 
 
- Responsabilidade Patrimonial Primária → 
Os bens do devedor estão sujeitos a 
responsabilidade. 
 
 
- Responsabilidade Patrimonial Secundária 
→ Não é obrigado material (pois não contraiu 
a dívida), mas é responsável executivo com 
seu patrimônio. Bens de terceiros. 
 
 
a) Bens do Sucessor a Título Singular (Art. 790, I) 
Em qualquer execução que determinado bem seja 
garantia (havendo direito real ou não), a 
responsabilidade está garantida no sentido de o bem 
responder pela obrigação firmada. 
A insolvência somente ocorre na execução.No 
cumprimento de sentença, após a detectar a 
insolvência, a ineficácia das alienações irá retroagir 
até a citação da fase de cognição (fase de 
conhecimento). 
- Direito de Sequela → Direito de perseguir o 
bem onde quer que se encontre, tem eficácia 
erga omnes. 
 
 
AÇÃO REIPERSECUTÓRIA → Quando reivindica a 
posse ou propriedade sobre uma coisa, geralmente 
em ações de execução de dívidas ou de posse e 
propriedade. 
 
- Repercute sobre a propriedade ou a posse 
de um bem. 
 
- Para fins de registro imobiliário, somente 
será evidenciado quando o negócio jurídico 
anulável tiver por objeto bem imóvel. 
 
 
 
 
ALIENAÇÃO DE COISA LITIGIOSA → Se o devedor 
aliena coisa durante a tramitação do processo a um 
terceiro (adquirente ou cessionário), este também é 
alcançado pelos efeitos da decisão judicial que 
analisar tal negócio jurídico em virtude da fraude a 
execução, desde que tenha sido procedida a 
averbação no Tabelionato de registro de Imóveis. 
 
- É ineficaz perante o credor. 
 
 
TUTELAS CAUTELARES ou PROVISÓRIAS: 
ARRESTO → Exige o periculum in mora e o 
fumus boni juris para preservar os bens do 
devedor como garantia de uma futura 
penhora e expropriação de bens. Assim 
sendo, busca protegê-los ou para ulterior 
expropriação e conversão em pecúnia. 
Quando aquele ameaça dilapidar o 
patrimônio para se tornar insolvente, quando 
houver obrigação de pagar ou converter se 
possa converter em dinheiro. 
Pode-se recair sobre bens 
INDETERMINADOS, tais como móveis ou 
imóveis, corpóreos ou incorpóreos, mas que 
sejam alienáveis e que detenham valor 
econômico de forma a permitir que possa 
recair a penhora em momento futuro, já que 
pode ser convertido em penhora. 
 
- Visa garantir o pagamento por meio 
da apreensão dos bens do devedor. 
 
 
 
 
 
 
ARROLAMENTO DE BENS → Visa evitar o 
extravio ou dissipação de bens e como tal 
busca enumerar ou colecionar ou inventariar 
os bens e possível entrega a um depositário 
para fins de conservação. 
 
- É a contagem, a identificação de 
bens do devedor. 
 
 
SEQUESTRO → Execução de entrega de coisa 
certa (móvel ou imóvel), para vindoura 
entrega ao autor, logo, direcionada a bens 
determinados e específicos com o objetivo 
de torná-los indisponíveis, posto que 
discutidos em processo judicial. 
Se não for adotada tal providência 
constritiva corre o risco do mencionado bem 
específico ser extraviado, sumir ou ser 
danificado com prejuízo a uma futura 
execução. 
 
- É a arrecadação de um bem 
específico, que fica indisponível até a 
decisão final, com o objetivo de evitar 
a deterioração ou a perda do bem. 
 
- REQUISITOS: 
= Periculum in mora → 
existência à integridade do 
bem. 
= Fomus boni juris → Indícios 
que o autor tem direito a 
determinado bem. 
 
 
 
 
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS DA FRAUDE 
RECONHECIDA EM JUÍZO → Se Ineficácia da 
Alienação. 
Se o devedor pagar o débito com o credor, a 
alienação (venda, doação etc...) perdurará como 
íntegra, ainda que tenha sido reconhecida a fraude. 
 
 
 
b) Bens do Sócio (Art. 790, II) 
Há situações em que os bens do sócio respondem 
pela obrigação contraída pela empresa ou por um 
dos sócios em detrimento da pessoa jurídica. Nesses 
casos, a responsabilidade do sócio não é secundária, 
mas primária. 
 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE 
JURÍDICA → Em regras, nas empresas de 
LTDA e S.A. se o patrimônio (bens) da pessoa 
jurídica é suficiente, os bens dos sócios ficam 
a salvo do alcance da responsabilidade 
executiva. 
 
- Há Abuso de Autoridade Jurídica 
com desvio de finalidade ou 
Confusão Patrimonial. 
 
- INVERSA → Evitar que bens fiquem 
na pessoa física, mas na jurídica (Art. 
133 do CPC). 
 
Porém para retirar o véu protetivo pode-se 
aplicar a regra do art. 50 do CC ou do art. 28 
do CDC se existir relação consumerista, mas 
exige-se o procedimento próprio disciplinado 
no art. 133 a 137 do CPC. 
 
 
c) Bens do Devedor ainda que com Terceiros 
(Art. 790, III) 
É uma responsabilidade primária do próprio 
devedor. 
Caso o bem a ser penhorado e futuramente 
alienado esteja na posse de locatário, deverá o 
futuro adquirente respeitar o contrato estabelecido 
como se locador fosse. 
 
d) Bens do Cônjuge ou Companheiro (Art. 790, 
IV) 
Impera a presunção legal de que o débito, ainda que 
contraído apenas por um cônjuge, foi revertido em 
favor do casal, qualquer que seja o regime de 
casamento. 
 
- Regime Comunhão Universal de Bens → 
Todos os bens são comuns, inclusive os 
anteriores ao casamento. Ambos serão 
responsáveis. 
 
- Regime Comunhão Parcial → Bens durante 
o casamento são comuns ao casal, ambos são 
responsáveis. 
 
- Separação de Bens → Cada cônjuge é 
responsável, não há responsabilidade 
solidária. 
 
e) Bens Alienados ou Gravados (Art. 790, V) 
O terceiro perderá o bem adquirido para que este 
retorne ao patrimônio do devedor para ser revertido 
para a quitação do débito. 
 
- Reconhecida a fraude, será anulada a 
alienação ou a oneração e o bem se sujeitará. 
 
FRAUDE CONTRA CREDORES → É a alienação de 
bens, com o objetivo de tornar-se insolvente e 
frustrar o pagamento, ANTES da existência de ação, 
e tal desfazimento implica o ajuizamento de ação 
própria, a AÇÃO PAULIANA ou REVOCATÓRIA. 
 
- Executado, de forma dolosa, aliena a 
integridade de seu patrimônio para frustrar o 
pagamento da obrigação. 
AÇÃO PAULIANA ou REVOCATÓRIA → Visa 
invalidar o ato de alienação ou oneração do 
bem. Apenas poderá ser proposta (produzir 
efetivamente os efeitos pretendidos com a 
ação) em face de terceiros se demonstrada a 
má-fé. 
A sentença não terá caráter constitutivo, 
porquanto não irá desfazer o negócio jurídico. 
 
- Reconhece a anulabilidade do 
negócio jurídico. 
 
- Não pode ser substituída por 
embargos de terceiros (Súmula 195 
do STJ). 
 
AÇÃO PAULIANA ou REVOCATÓRIA → 
Requisitos: 
 
- Eventus damni (elemento objetivo) 
→ O devedor deve praticar atos para 
se reduzir à insolvência. Dessa forma, 
deve praticar atos de tal modo que 
seu passivo se torne maior que seu 
ativo. 
 
➔ Exige a prática de um ato que reduza o 
patrimônio do devedor, deixando-o insolvente. 
 
- Consilium fraudis (elemento 
subjetivo) → Não exige que o terceiro 
adquirente esteja em conluio 
fraudulento com o alienante para 
prejudicar credores. Basta a ciência da 
sua situação de insolvência. 
 
➔ É o propósito de fraudar os créditos, com 
vontade do devedor e ciência do terceiro. 
FRAUDE CONTRA A EXECUÇÃO → É a alienação de 
bens, com o objetivo de tornar-se insolvente e 
frustrar o pagamento, APÓS o início da ação, e a 
anulação do ato pode ocorrer no curso da mesma 
lide. 
Pode ocorrer com a venda de qualquer bem do 
patrimônio, e não apenas de determinado bem 
específico, desde que resulte a insolvência. 
 
- Qualquer bem do patrimônio do devedor. 
 
 
A fraude a execução é um ato atentatório à dignidade e 
a administração do Judiciário, podendo o executado ser 
cominado em multa de até 20% (vinte por cento) do valor 
do débito. 
 
 
ÔNUS DA PROVA → Em caso de aquisição de 
bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente 
tem o ônus de provar que adotou as cautelas 
necessárias para a aquisição. Caso de imóvel 
sujeito a registro e não foi feita a devida 
averbação, será ônus do exequente demonstrar a 
má-fé do terceiro. 
 
 
SÚMULA 375 DO STJ 
- A má-fé do terceiro não será presumida, 
salvo se houver a averbação (inscrição) da 
penhora, pois tem eficácia erga omnes. 
= Averbação torna pública a execução. 
= A alienação ocorreu depois da 
averbação. 
= Mesmo sem haver a citação. 
- Caso não tenha averbação, dependerá de 
provas da má-fé do terceiro. 
f) Bens cuja alienação tenha sido reconhecida 
 (Art. 790, VI) 
Não permite o desfazimento do negócio de maneira 
incidental como é possibilitado na fraude a execuçãoe 
nem por Embargos de Terceiro, mas em ação autônoma. 
 
- Pressupõe Ação Pauliana → Ação 
declaratória de ineficácia da alienação. 
 
 
 
 
 
g) Bens do responsável em caso de desconsideração 
da personalidade jurídica (Art. 790, VII) 
Existe o procedimento específico disciplinado nos art. 133 
e seguintes do CPC, sendo que só haverá fraude a partir 
(isto é, após) da citação da parte cuja personalidade se 
pretende desconsiderar. 
 
- Há Abuso de Autoridade Jurídica com 
desvio de finalidade ou Confusão 
Patrimonial. 
 
- Deve ser provado pelo credor.

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