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CONDUTOS LIVRESCONDUTOS LIVRES 1. DEFINIÇÃO1. DEFINIÇÃO Condutos livres ou canais são condutosCondutos livres ou canais são condutos sujeitos à pressão atmosférica em pelo menos um ponto de sua seção de escoamento.um ponto de sua seção de escoamento. 2 UTILIZAÇÃO NA ZONA RURAL2. UTILIZAÇÃO NA ZONA RURAL 2 1 C d ã di t ib i ã d á2.1. Condução e distribuição de água • Conduzem água da fonte de captação atég p ç o local de uso. O nível da água no canal deve estar numa cota que permita:q p DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA POR GRAVIDADE;GRAVIDADE; Exemplos de uso: irrigação, condução de ág a para tanq es de criação de pei eságua para tanques de criação de peixes, distribuição de resíduos, etc. CANAL DE IRRIGAÇÃO ELEVADOCANAL DE IRRIGAÇÃO ELEVADO 2 UTILIZAÇÃO NA ZONA RURAL2. UTILIZAÇÃO NA ZONA RURAL 2 2 D2.2. Drenagem Recolhe água de escoamentog superficial ou utilizada em alguma atividade e conduz a um dreno natural. O nível da água no canal deverá estar numa cota menor que a cota do local de usomenor que a cota do local de uso. Exemplos de uso: drenagem de superfície (terraços) de quadras de arroz de tanques(terraços), de quadras de arroz, de tanques e açudes, etc. CANAIS DE DRENAGEMCANAIS DE DRENAGEM 3 FORMA DOS CANAIS3. FORMA DOS CANAIS O i tifi i i d t fOs canais artificiais devem ter forma geométrica definida. As mais comuns são: •Trapezoidal (mais utilizada) ou triangular para canais escavados em terra semp revestimento; •Retangular semicircular e também•Retangular, semicircular e também trapezoidal para canais revestidos; Circ lar (t bos de concreto) para•Circular (tubos de concreto) para galerias de águas pluviais e esgoto. CANAL TRAPEZOIDAL ESCAVADO EM TERRA CANAL TRAPEZOIDAL REVESTIDOCANAL TRAPEZOIDAL REVESTIDO CALHAS SEMICIRCULARES EM POLIETILENO PARA CANAIS CALHAS SEMICIRCULARES EM POLIETILENO PARA CANAIS CALHAS EM POLIETILENO PARA COSNTRUÇÃO DE CANAISCOSNTRUÇÃO DE CANAIS 4. INCLINAÇÃO DAS PAREDES LATERAIS (TALUDE) 11 m Canais trapezoidais 4. INCLINAÇÃO DAS PAREDES LATERAIS: RECOMENDAÇÕES Tipo de solo m Arenoso 3:1 Barro arenoso 2 a 2 5:1Barro-arenoso 2 a 2,5:1 Barro-argiloso 1,5 a 2:1g , Argiloso 1 a 2:1 Cascalho 1 a 1,5:1 Rocha 0 25 a 1:1Rocha 0,25 a 1:1 5. REVESTIMENTO5. REVESTIMENTO Objetivos:Objetivos: •Reduzir perdas por infiltração durante a condução de águag •Evitar o crescimento de vegetação •Evitar o desmoronamento das paredes do canal Materiais para revestimento: •Concreto;•Concreto; •Lona plástica, manta de borracha; •Alvenaria de tijolos ou pedras;j p •Compactação, solo-cimento; •Uso de pré-moldados: Telhas de cimento amianto, canaletas de concreto plástico etccanaletas de concreto, plástico, etc. DESMORONAMENTO E CRESCIMENTO DE VEGETAÇÃO EM CANAISDE VEGETAÇÃO EM CANAIS 5. REVESTIMENTO5. REVESTIMENTO REVESTIMENTO EM ALVENARIA DE TIJOLOSTIJOLOS 6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS CANAIS 6.1. Seção transversal (S) e área molhada (A) B Borda livre ou folga A Altura de água h bb A seção transversal S engloba toda a área de escavação para construção do canal (definida pela linha verde); A seção molhada A é aquela ocupada pela água durante o escoamento e pode variar de acordo com a vazão do canal. SEÇÃO TRANSVERSAL DE CANAIS TRAPEZOIDAIS A secção transversal de um trapézioç p pode ser calculada por uma destas duas fórmulas:fórmulas: hbBS * 2 + = ( )hmbhS ** +=ou 2 ( ) 6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS 6 2 P í t lh d (P) CANAIS 6.2. Perímetro molhado (P) É a linha que limita a seção molhada q ç junto às paredes e ao fundo do canal. Nas figuras acima o perímetro molhado do canal trapezoidal e do canal retangular estão definidos pelap g p linha roxa. 6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS CANAIS O perímetro molhado de um canal trapezoidal pode ser obtido por meio dap p p fórmula: 1*2 2 ++= mhbP Quanto maior o perímetro molhado de um canal, i á fí i d t t t ámaior será a superfície de contato entre a água que escoa e as paredes; o atrito ocasionado por este contato contribui para reduzir a velocidade média do escoamentocontribui para reduzir a velocidade média do escoamento. 6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS CANAIS 6 3 R i hid á li (Rh)6.3. Raio hidráulico (Rh) R i hid á li é l ã tRaio hidráulico é a relação entre a seção molhada (A) e o perímetro molhado (P) de um canalmolhado (P) de um canal. ARh = P Rh 6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS CANAIS 6.4. Velocidade da água nos canais A velocidade adotada nos cálculos será umA velocidade adotada nos cálculos será um valor médio, já que na seção molhada, a velocidade varia com a posição e com avelocidade varia com a posição e com a profundidade considerada. • Junto às margens e ao fundo do canal, o atritoJunto às margens e ao fundo do canal, o atrito da água contra essas superfícies sólidas, reduz a velocidade. • No centro do canal, um pouco abaixo da superfície (devido à resistência oferecida pelo ar na superfície), a velocidade será máxima. VELOCIDADE DA ÁGUA NOS CANAIS VELOCIDADE DA ÁGUA NOS CANAISCANAIS VELOCIDADES MÉDIAS MÁXIMAS RECOMENDADAS PARA QUE NÃO OCORRARECOMENDADAS PARA QUE NÃO OCORRA EROSÃO NO CANAL. Tipo de solo Velocidade média máxima d d ( / )recomendada (m/s) Arenoso 0,3 a 0,7 Barro-arenoso 0,5 a 0,7 Barro-argiloso 0,6 a 0,9 Argiloso 0,9 a 1,5Argiloso 0,9 a 1,5 cascalho 0,9 a 1,5 Rocha 1,2 a 1,8 6. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM OS CANAIS Y6.5. Declividade do canal (I) θtan== X YI X Nível da águae da água θ X Y Fundo do canal Y A declividade I define a inclinação do fundo do canal emA declividade I define a inclinação do fundo do canal em relação ao plano horizontal. DECLIVIDADE DOS CANAISDECLIVIDADE DOS CANAIS Para canais de irrigação e de drenagem de pequenas dimensões, osg p q , valores usuais de I variam entre 0,1 e 0,4%, ou seja:j 0 001 m de desnível por metro de• 0,001 m de desnível por metro de comprimento de canal até, • 0,004 m de desnível por metro de comprimento de canal. DECLIVIDADE DOS CANAIS Curvas podem ser Degraus podem serCurvas podem ser necessárias para adaptação ao relevo do terreno. Degraus podem ser necessários para manter a declividade. 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME Plano horizontal 7.1. Equação geral θ L = 1m W = γH2O. L. A Wθp APara L = 1 W = H2O A F W = γH2O . A W é peso do volume de Corte longitudinal de um canal W é peso do volume de água no trecho estudado canal 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME Considerando que: • F é a componente de W que produz o movimento da água no canal (paralela à direção do escoamento). • p é a componente de W que exerce pressão no fundo canal (perpendicular à direção do escoamento). sen θ = F/W ⇒ F = W. senθ F = γH2O. A. senθ (Força que produz o escoamento)(Força que produz o escoamento) 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME 7.2. Forças que opõe resistência ao escoamento • Peso específico do líquido (γH2O); P í t lh d d l (P)• Perímetro molhado do canal (P); • Comprimento do canal (L);Co p e to do ca a ( ); • Uma função da velocidade média da ág a no canal (f f (V))água no canal (f = f (V)). 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS A lt t R d t f CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME A resultante R destas forças, que irá se contrapor à força F, será dada l ãpela expressão: R = γH2O. P. L. f(V)γ ( ) ou R = γH2O P f(V)ou R = γH2O. P. f(V), (considerando L = 1 m) 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME Para que o movimento seja uniforme (equilíbrio dinâmico), deve haver equilíbrio( q ) q entre as forças aceleradoras e retardadoras. Ou seja: γH2O. A. senθ é proporcional a γH2O. P. f(V) )(sen. Vf P A ∝θ )(sen. VfRh ∝θ Considerando que a inclinação do fundo dosConsiderando que a inclinação do fundo dos canais em relação ao plano horizontal é sempre pequena, podemos dizer que θ ésempre pequena, podemos dizer que θ é muito menor que 10° e que, portanto: senθ ≅ tgθsenθ ≅ tgθ Então, a tangente do ânguloθ é a própria d li id d I d l f d fi iddeclividade I do canal, conforme definido anteriormente. Então podemos escrever: )(VfIRh ∝ Que é a equação geral da resistência ao escoamento nos)(. VfIRh ∝ resistência ao escoamento nos canais. 7.3. EQUAÇÕES PRÁTICAS PARA DIMENSIONAMENTO DOS CANAIS IRh 2/13/2 n IRhV .= Q = V.A Equação de Manning Equação da continuidade V é a velocidade média do escoamento (m/s); Rh é o raio hidráulico do Q é a vazão escoada no canal (m3/s); V é l id d édi dRh é o raio hidráulico docanal (m); I é a declividade do f d d l ( / ) V é a velocidade média do escoamento (m/s); A é a área molhada nafundo do canal (m/m); n é um coeficiente dado em função da A é a área molhada na seção transversal (m2). ç rugosidade das paredes e do fundo do canal 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS Ti d bl CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME Tipos de problemas: 1º) Conhecendo n I A e Rh calcular Q (resolução1 ) Conhecendo n, I, A e Rh, calcular Q (resolução direta); Exemplo: Saber a vazão em canal já construído ou formado por unidades pré moldadasformado por unidades pré-moldadas. 2º) Conhecendo n, A, Rh e Q, calcular I (resolução2 ) Conhecendo n, A, Rh e Q, calcular I (resolução direta); Exemplo: Saber qual deverá ser a declividade do canal. 3º) Conhecendo Q, n e I, calcular A e Rh (por tentativas).) Exemplo: Definir que forma deverá ter o canal. 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS Exemplo de cálculo para o terceiro tipo de problema: CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME Exemplo de cálculo para o terceiro tipo de problema: Deseja-se construir um canal para conduzir águaDeseja se construir um canal para conduzir água até uma lavoura de arroz irrigado por inundação. O canal deverá ter seção transversal trapezoidal, retilínea e uniforme em todo o seu comprimento e declividadee uniforme em todo o seu comprimento e declividade de 0,4%. A vazão a ser transportada é de 310 l/s. Dimensione a seção transversal deste canal (forneça todas as dimensões esquematizadas num(forneça todas as dimensões esquematizadas num desenho), considerando que a velocidade média da água não deve ultrapassar 0,9 m/s e a inclinação lateral d d ( ) d d 1 5 1das paredes (m) deve ser de 1,5:1. Com relação à natureza das paredes, utilize o coeficiente de Manning para canais com paredes deg p p terra, retos, uniformes e em bom estado (n = 0,025). Equações necessárias:Equações necessárias: ( )hmbhA .+= 1.2 2 ++= mhbP( ) ÁREA MOLHADA PERÍMETRO MOLHADO n IRhV 2/13/2 . = Q = V.A n VELOCIDADE MÉDIA VAZÃOVELOCIDADE MÉDIA VAZÃO 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME Todos os cálculos referem-se à seção molhada Amolhada A: 1A 1,5 b = 0,4m 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS Passos para a resolução do problema: CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME Passos para a resolução do problema: a) Haverá duas variáveis indefinidas neste tipo dea) Haverá duas variáveis indefinidas neste tipo de problema, h e b, já que o tipo de solo permitirá definir o valor de m. Para resolver o problema deveremos pré- definir uma delas e trabalhar com a outra fazendodefinir uma delas e trabalhar com a outra, fazendo tentativas. Iniciaremos escolhendo qual valor será estabelecido h ou b Neste exemplo vamos supor queestabelecido, h ou b. Neste exemplo vamos supor que o valor de b tenha que ser definido em função das dimensões da caçamba da retroescavadora que será t t d t i lcontratada para construir o canal. Definiremos b = 0,4m. A seguir atribuiremos um valor qualquer para h e daremos prosseguimento aosq q p p g cálculos; 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS b) C l d h lhid l l ã CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME b) Com o valor de h escolhido, calcular a seção molhada A; ) C l l í t lh d Pc) Calcular o perímetro molhado P; d) Calcular o raio hidráulico Rh; e) Calcular a velocidade média do escoamento V. Se o valor calculado for maior que o limite t b l id i di ã destabelecido para impedir erosão, mudanças terão que ser feitas de modo a reduzir a velocidade média Pode se conseguir istovelocidade média. Pode-se conseguir isto aumentando o perímetro molhado ou reduzindo a declividade do canal quando isto for possível;declividade do canal, quando isto for possível; 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS f) C l l ã Q ifi i id CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME f) Calcular a vazão Q e verificar se coincide ou aproxima-se suficientemente do valor solicitado no enunciado do problema.enunciado do problema. • Caso o valor encontrado seja menor que o necessário, o valor de h deverá ser aumentado, numa nova tentativa. • Caso a vazão seja excessiva, o valor atribuído a h deverá ser reduzidoh deverá ser reduzido. • A seqüência de cálculos deve ser refeita até encontrarmos o valor de Q necessário como noencontrarmos o valor de Q necessário, como no exemplo do quadro apresentado a seguir; 7. DIMENSIONAMENTO DE CANAIS CONSIDERANDO MOVIMENTO UNIFORME largura do fundo (b) Altura de água Área molhada Perímetro molhado Raio hidráulico Velocidade Vazão (metros) (metros) (m2) (metros) (metros) (m/s) (m3/s) 0,4 0,4 0,40 1,84 0,217 0,91 0,366 0,4 0,35 0,32 1,66 0,195 0,85 0,275 0 4 0 38 0 37 1 77 0 208 0 89 0 3280,4 0,38 0,37 1,77 0,208 0,89 0,328 0,4 0,37 0,35 1,73 0,204 0,88 0,310 Considerando uma borda livre para evitar transbordamentos de 0,13m, as dimensões da seção transversal S do canal serão: 0 5m 1,9m 0,5m 0,4m
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