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Hormônios Neurohipofisários e Prolactina

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Hormônios Neuro-hipofisários e Prolactina 
Neuro-hipófise 
A neuro-hipófise (hipófise posterior) 
é composta de pituícitos (semelhantes às 
células gliais), responsáveis por sustentar 
as fibras nervosas terminais e as 
terminações nervosas de tratos nervosos 
dos núcleos supraóptico e 
paraventricular do hipotálamo. 
As terminações nervosas contêm 
grânulos secretores repletos de dois tipos 
de hormônios neuro-hipofisários peptídeos: 
→ Hormônio antidiurético (ADH); 
→ Ocitocina. 
Ambos hormônios são sintetizados 
nos corpos celulares dos núcleos 
supraóptico e paraventricular e 
transportados pelas proteínas 
transportadoras neurofisinas para as 
terminações nervosas da neuro-hipófise. 
Os núcleos supraópticos secretam a 
maior parte do ADH, enquando os núcleos 
paraventriculares secretam a maior parte 
da ocitocina, mas ambos são capazes de 
secretar os dois hormônios. 
Quando impulsos nervosos chegam 
à neuro-hipófise, o hormônio é liberado dos 
grânulos secretores por exocitose. 
Controle hipotalâmico da neuro-hipófise 
Hormônio Antidiurético 
O ADH (vasopressina) é responsável 
por diminuir a excreção de água pelos 
rins, portanto, tem um efeito antidiurético. 
Na ausência de ADH, os túbulos e 
ductos coletores renais ficam impermeáveis 
 
à água, impedindo sua reabsorção e 
causando uma perda extrema de água na 
urina e uma maior diluição desta. 
Na presença de ADH, a 
permeabilidade à água dos ductos e 
túbulos coletores aumenta, permitindo sua 
reabsorção e causando uma economia de 
água no corpo e uma produção de urina 
muito concentrada. 
Sem ADH, as membranas luminais 
do epitélio dos túbulos e ductos coletores 
são impermeáveis à água. Porém, 
internamente a essas membranas existem 
vesículas com poros permeáveis à água, as 
aquaporinas. A ligação do ADH em 
receptores ativa a adenilil ciclase, que 
forma cAMP, fosforilando proteínas que 
fazem com que as aquaporinas se insiram 
nas membranas, aumentando a 
permeabilidade à água por osmose. 
Secreção de ADH 
No hipotálamo existem os chamados 
osmorreceptores, que são receptores 
neuronais modificados responsáveis por 
regular a secreção do ADH. 
Quando o líquido extracelular fica 
muito concentrado (falta de água), ele é 
retirado por osmose dos osmorreceptores e 
enviado para o líquido extracelular para 
manter sua concentração normal, 
reduzindo o tamanho destes receptores e 
iniciando potenciais de ação para o 
hipotálamo para promover a secreção de 
hormônio antidiurético. 
Quando o líquido extracelular fica 
muito diluído (excesso de água), a água é 
movida por osmose para os receptores 
modificados, reduzindo a secreção de 
hormônio antidiurético. 
Vasoconstrição e ADH 
A vasopressina (ADH) é responsável 
por promover a vasoconstrição dos vasos, 
aumentando assim a pressão arterial. 
Sua secreção aumenta quando 
ocorre queda no volume de sangue 
(hipovolemia). 
O átrio direito do coração possui 
receptores de estiramento que se excitam 
por enchimento excessivo (hipervolemia). 
Sua excitação causa inibição na 
secreção de ADH. 
Quando o enchimento é insuficiente 
(hipovolemia) os receptores não são 
excitados e a secreção de ADH ocorre. 
Nesse caso o ADH vai promover a 
constrição dos vasos para se adaptar ao 
volume menor de sangue a fim de regular 
a pressão arterial, visto que a pressão 
arterial nada mais é que a força do sangue 
contra a parede dos vasos. 
Ocitocina 
A ocitocina é responsável por 
estimular a contração do miométrio do 
útero na fase folicular do ciclo estral e no 
final da gestação. Na fase folicular vai 
ajudar no transporte do espermatozoide e 
no final da gestação auxilia no parto. Além 
disso, promove a descida do leite das 
glândulas mamárias. 
Leite e Ocitocina 
O leite é secretado pelos alvéolos, 
mas não flui facilmente dos alvéolos para os 
ductos lactíferos. A ocitocina, então, faz 
com que o leite possa ser expulso pelos 
alvéolos para os ductos. 
 Sua secreção ocorre pelo estímulo 
da sucção na teta, o qual envia sinais 
sensoriais dos nervos somáticos das tetas 
para o corno dorsal da medula espinal, que 
serão enviados aos núcleos paraventricular 
e supraópticos do hipotálamo, causando a 
liberação da ocitocina. Portanto, quando o 
filhote suga, inicialmente ele não recebe 
leite e sim depois de alguns segundos. 
A ocitocina é transportada para as 
tetas, provocando a contração das células 
mioepiteliais, que formam a parede dos 
alvéolos mamários. A contração dessas 
células promove o escoamento do leite dos 
alvéolos para os ductos lactíferos. 
Depois, a sucção do filhote fica 
efetiva em remover o leite, visto que ocorre 
um feedback positivo: sucção na teta 
continua a enviar sinais para o hipotálamo, 
aumentando ainda mais a secreção de 
ocitocina. Vale ressaltar que, quando a mãe 
pensa no filhote ou o escuta chorar, já 
ocorre mais secreção de ocitocina. 
Fatores psicogênicos e estímulos 
do simpático são capazes de inibir a 
secreção de ocitocina, impedindo a 
ejeção de leite. 
Útero e Ocitocina 
Como dito anteriormente, a ocitocina 
é capaz de estimular a contração do 
miométrio uterino. O útero possui 
receptores de ocitocina apenas quando é 
estimulado por estradiol, ou seja, nas 
fases foliculares do ciclo estral e no final da 
gestação. 
O acasalamento vai promover a 
secreção de ocitocina (fase folicular do 
ciclo estral), estimulando a contração do 
miométrio para auxiliar o transporte de 
espermatozoide pelas tubas uterinas. 
No final da gestação, a secreção de 
ocitocina vai ser responsável por estimular 
as concentrações que auxiliam a liberação 
do feto durante o trabalho de parto. 
Vale destacar que neurônios 
sensoriais uterinos vão enviar informações 
da contração uterina ao corno dorsal da 
medula espinal, que serão enviados aos 
núcleos paraventricular e supraópticos do 
hipotálamo aumentando ainda mais a 
secreção de ocitocina, o que aumenta 
ainda mais a contração, portanto, ocorre 
um feedback positivo. 
Outras funções da ocitocina são: em 
machos e fêmeas ela estabelece um 
vínculo afetivo entre o casal durante a 
cópula e nos machos ela promove a 
contração no momento da ejaculação. 
Prolactina 
A prolactina é um hormônio 
secretado pela adeno-hipófise, tendo a 
função de promover o desenvolvimento da 
glândula mamária e produzir leite. 
Sua secreção é controlada por 
hormônios liberadores e inibidores, 
secretados pelo hipotálamo. Entretanto, 
no caso da prolactina, o hormônio inibidor 
exerce maior controle. 
Desse modo, o hormônio inibidor 
da prolactina (PIH) causa a inibição da 
secreção e síntese de prolactina pelos 
lactotropos. Esses hormônios são 
catecolaminas, como a dopamina. 
 
 
Lactação e Prolactina 
Os hormônios estrogênio e 
progesterona inibem a secreção de leite. Já 
a prolactina promove a secreção de leite. 
Durante a gestação, a progesterona 
e o estrogênio vão inibir a síntese do leite, 
mas os níveis de prolactina ainda vão estar 
altos. Portanto, nesse estágio a prolactina 
tem a função de desenvolver a glândula 
mamária. 
Depois que o filhote nasce, a perda 
de secreção de estrogênio e progesterona 
permitem que a secreção de leite ocorra. 
Cada vez que a mãe amamenta o 
filhote, sinais sensoriais das tetas são 
enviados para o hipotálamo, aumentando a 
secreção de prolactina. Portanto, a 
prolactina vai manter as glândulas 
mamárias secretando leite nos alvéolos 
para as futuras amamentações. Se a 
amamentação parar, as mamas perdem a 
capacidade de produzir leite. 
Outras Funções da 
Prolactina 
Os sinais sensoriais das tetas que 
são enviados ao hipotálamo para aumentar 
a secreção de prolactina também são 
responsáveis por inibir a secreção de 
GnRH (hormônio liberador da 
gonadotropina). Portanto, a prolactina inibe 
indiretamente a secreção de LH e FSH. 
Com isso, enquanto a mãe está 
amamentando, ela não consegue entrar 
em um novo ciclo ovariano e nem ovular. 
Em machos, a prolactina vai 
estimular o comportamento parental 
deles, aumentando seu cuidado com a 
prole.Porém, este comportamento só 
ocorre quando os machos estão junto com 
as fêmeas. 
A prolactina também é produzida em 
aves e peixes (animais não mamíferos). Em 
aves, a prolactina estimula o 
regurgitamento de alimento para alimentar 
sua prole. Em peixes, atua no controle 
hidrossalino (regulação de sais e água no 
líquido extracelular).

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