Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Física Experimental Mecânica Relatório 5 – Colisão Inelástica Bruno Humberto Serpa, Victor Vilas Boas Dados recebidos no dia 01 de Fevereiro, 2021 1. Introdução A colisão de dois objetos pode ser considerada inelástica ou elástica levando em consideração a energia cinética antes e depois do sistema. Se a energia cinética for conservada, a colisão é elástica, quando a energia é dissipada, é inelástica. Quando um objeto permanece unido ao outro após uma colisão, está é perfeitamente inelástica. Considere uma bola de borracha que, ao ser solta de uma altura hi, chega ao chão com uma velocidade vi, como representado na Fig. 1ª. Durante o contado com o chão, a bola comprime-se e perde parte de sua energia cinética e em seguida, salta, com velocidade vj, atingindo uma altura hj, como representado na Fig. 1b Figura 1 – Em (a) uma bola de borracha, solta de uma altura hi, chega ao solo com velocidade vi. Em (b), após a colisão, ela salta com velocidade vj, atingindo uma altura hj. Na colisão com o chão, a perda de energia cinética da bola é Em que r = Vj/Vi é chamado de coeficiente de restiruição. Em uma colisão elástica, a variação de energia cinética é igual a 0 e consquentemente, r = 1. Em uma colisão inelástica, parte da energia cinética é dissipada e, portanto, r < 1. Em cada colisão com o chão, a bola perde parte de sua energia cinética e atinge, sucessivamente alturas cada vez menores. É possível determinar-se o coeficiente de restituição medindo-se as alturas hi e hj. Considerando-se que há conservação de energia mecânica nos intervalos antes e após cada colisão, então, e Portanto o coeficiente de restituição é dado por Dessa forma, a altura que a bola atinge após colidir com o chão, será sempre uma fração fixa da altura inicial de que ela caiu. 2. Objetivo Determinar o coeficiente de restituição na colisão de uma bola de borracha com o chão. 3. Materiais Utilizados • Bola de borracha com alto coeficiente de restituição • Fita métrica fixada a parede • Câmera (opcional) 4. Procedimentos e Medidas O experimento consistiu em soltar a bola de uma altura de 2m e anotar a primeira altura após o primeiro impacto, sendo essa altura, o valor de h1. Poderia- se soltar a bola, deixa-la dar 6 impactos e pegar cada uma das medidas após cada impacto. Porém, isso seria muito difícil, já que a bola pode se desviar depois de algum impacto e deixar a medida muito imprecisa. O movimento então foi dividido, após a medição de h1, a bola é coletada e solta da altura de h1, após o impacto, a altura alcançada é h2, este método foi repetido várias vezes até se alcançar o valor de h6. Todo o procedimento pode ser feito a olho nu, mas para obter medidas mais precisas, é recomendável o uso de uma câmera, através da gravação do movimento, é possível ver melhor a altura alcançada após o impacto. Os dados coletados foram: Temos a relação: Ou seja: Para linearizar esta equação, aplicou-se logaritmo natural em ambos os lados, sendo assim, temos: Através desta equação podemos fazer um gráfico de lnHn x n. n Hn(m)(±0,02) Ln Hn(m)(±0,02) 1 1,55 0,44 2 1,19 0,17 3 0,91 -0,09 4 0,73 -0,31 5 0,52 -0,65 6 0,42 -0,87 Através da regressão linear, representada por uma linha vermelha, linha está que foi gerada pela função “Fit Linear” do Programa Sci Davis, obtivemos os seguintes resultados para os valores A e B: A = 0,70 ± 0,02 B = -0,26 ± 0,02 Aplicando-se a função exponencial a equação logarítmica, podemos obter o valor de H0 e r. Fazendo o seguinte raciocínio, A = lnH0, temos H0 = eA = e0,70 = (2,01 ± 0,02) m E temos também B = 2lnr r = eB/2 = e-0,36/2 = (0,878 ± 0,006) Para se medir a quantidade de energia dissipada a cada impacto, foi utilizada a equação: A energia dissipada em cada impacto foi: N° Energia dissipada (%) 1 22,5 2 23,2 3 23,5 4 19,7 5 28,7 6 19,2 5. Conclusão O valor encontrado em H0 através do valor de A gerado através do gráfico, é bem próximo do valor da altura utilizado, algo que comprova que as contas e lógicas utilizadas estão corretas. Através de uma pesquisa, foi encontrada uma tabela de coeficientes lineares: Ali na penúltima posição, fala-se de uma bola de elásticos (tradução de “ball rubber bands”), elásticos esses feitos de borracha, sendo assim, é uma bola feita de um material muito próximo da que utilizamos e que tem um coeficiente de restituição similar, sendo também um coeficiente alto. O coeficiente de restituição pode variar de acordo com o material do objeto, a forma do objeto e até mesmo do solo ao qual o impacto ocorre, já que a altura alcançada após o impacto, vai ser diferente de acordo com essas componentes. 6. Referências Utilizou-se a consulta ao roteiro do experimento “COLISÃO INELÁSTICA” e a aula de Física Experimental – Mecânica, da professora Raphaela de Oliveira, aula ministrada no dia 01/02/2021. Outras referências: 1. https://hypertextbook.com/facts/2006/restitution.shtml
Compartilhar