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HISTOTECNOLOGIA CLÍNICA Universidade Federal do Rio Grande do sul Alunos: Bruna Muniz Daniela Drosdowski Giovana B. Raphaelli Juliano Machado da Silva Maicon P. Moraes Nicóle Verardo Mattos Resolução nº 239, de 29 de maio de 2014. Ética e Legislação Biomédica Prof.: SAMI ABDER RAHIM JBARA EL JUNDI A Biomedicina é a arte de ensinar, diagnosticar e valorizar a vida. É o estudo que leva ao diagnóstico e possibilita o tratamento de mais diversas patologias, doenças que desafiam tanto a vida dos pacientes quanto a dos profissionais da saúde. É a ciência que contribui para o absoluto controle de fatores que interferem no ecossistema, descobrindo causas, prevenção e realizando diagnósticos (MANUAL DO BIOMÉDICO, 2014) Conceito e Definição Histologia (do grego hystos = tecido + logos = estudo, conhecimento) A Histotecnologia é o conhecimento dos métodos de preparo das lâminas permanentes, utilizadas para estudo ao microscópio óptico de células e tecidos.Os procedimentos utilizados para se obter amostras de tecido ou preparados histológicos retirados de um organismo para exame microscópico incluem a coleta do material, fixação, clivagem, processamento, inclusão, microtomia (corte) e coloração. (Resolução CFBMnº 239/2014 – DOU 1 de 08.07.2014) Os Histotécnicos são profissionais que atuam nos serviços de apoio ao diagnóstico e ao tratamento de doenças, executando ações de média complexidade na área da anatomia patológica, ou em laboratórios de pesquisa científica. A análise do tecido tem como objetivo distinguir as diferentes estruturas biológicas, as colorações histológicas são utilizadas para destacar, contrastar ou diferenciar outros tipos de estruturas que podem estar localizadas próximas ao tecido estudado.¹ Não a muitos registros históricos sobre a Histotecnologia no Brasil, pelo fato de ter sido uma classe de trabalhadores postergada ao trabalho simples, somente a partir de 1975 começou-se encontrar registros significativos para compreender a constituição histórica da área da histotecnologia no país. Não podemos falar sobre Histotecnologia sem falar sobre a Histologia. A Histologia teve seu inicio em 1665, por Robert Hooke, graças à criação do microscópio óptico, que foi construído por dois Holandeses, Zacharias Jansen e seu pai Hans, fabricantes de óculos na década de 1590, permitindo assim o físico e biólogo Robert Hooke, cientista experimental, inglês do século XVII pudesse dar os “primeiros passos” para histologia com seu livro Micrographia, onde descreve com detalhes fatias de cortiças em um microscópio composto produzido por ele. Hooke é conhecido também por criar a lei da elasticidade conhecida com lei de Hooke. A histologia é um ramo da ciência que estuda os tecidos de organismos, sendo que, para realizar o estudo microscópio, os tecidos devem passar por uma série de procedimentos denominados técnicas histológicas ou Histotecnologia. HISTÓRIA liv ro M ic ro gr ap hi a, R ob er t H oo ke liv ro M ic ro gr ap hi a, R ob er t H oo ke Os histotécnicos são os profissionais responsáveis pela realização das técnicas histológicas, desempenhando uma importante função no apoio ao diagnóstico e ao tratamento de doenças. Apesar de sua importância esse grupo de trabalhadores não tem recebido a devida atenção, tanto no quesito das políticas públicas quanto no que se refere ao reconhecimento social e à inserção nos serviços públicos de saúde. A Sociedade Brasileira de Histotecnologia (S.B.H.) foi fundada no dia 11 de março de 1975, durante a realização do II Curso Internacional de Histotecnologia no Brasil. A SBH é uma Sociedade Civil de duração indeterminada, sem finalidade lucrativa, com fim de congregar e representar os técnicos em Histotecnologia no território nacional. Destaca se o parecer 2.934, do Conselho Federal de Educação (CFE), publicado em 1975 aprovando as habilitações do titulo técnico, em conjunto comas normas e requisitos para os recursos de educação profissional. HISTÓRIA logo Sociedade Brasileira de H isto tec no log ia Em 2007 a resolução nº145 que permitia a possibilidade de Biomédicos adquirirem a habilitação para Anatomia Patológica foi anulada, sendo atribuída ao perfil curricular a habilitação de Citologia Oncológica para quem cumprir às 500 horas de estágio. Isso até a readequação da habilitação em maio de 2007 pela resolução nº239, que permite a atribuição da habilitação profissional Histotecnologia a os profissionais Biomédicos. resolução 145/2007 HISTÓRIA -Coleta do material; -Fixação; -Clivagem; -Descalcificação; -Processamento; -Inclusão; -Microtomia; -Coloração; -Selagem; -Observação ao microscópio ETAPAS DA TÉCNICA HISTOLÓGICA Retirada de uma amostra biológica de um organismo vivo ou morto obtidas a partir de Coleta 1.Biópsias 2. Peças cirúrgicas 3. Necrópsicas – Neste procedimento, os órgãos produtores de enzimas devem ser retirados primordialmente por conta da autólise. COLETA, FIXAÇÃO E CLIVAGEM A fixação objetiva evitar a autólise e proliferação bacteriana a partir da parada das reações químicas celulares para manter o conteúdo bioquímico, preservar antígenos e os próprios tecidos e manter as condições topológicas e morfológicas nessas amostras o mais semelhante possível de um organismo vivo; A fixação também procura melhorar a diferenciação óptica das células; É processo mais importante para a análise histológica. A fixação pode ser classificada em Fixação Física e Fixação Química Fixação COLETA, FIXAÇÃO E CLIVAGEM Fixação Física - Conservação da amostra a partir do aquecimento ou resfriamento. Fixação A fixação por aquecimento provoca coagulação de proteínas, principalmente as enzimas autolíticas, além de dissolver os lipídios. A fixação por resfriamento retarda ou interrompe os processos de autólise ou necrose. Pode ser exercida por dois métodos: o resfriamento de fixadores químicos e o congelamento (mais utilizado em centros cirúrgicos). COLETA, FIXAÇÃO E CLIVAGEM Fixação química – Estabilização de biomoléculas pela ação de agentes químicos. Sendo os principais grupos fixadores: os agentes oxidantes (ex.:óxido crômico), os agentes desnaturantes (ex.: etanol), os fixadores de mecanismos desconhecidos (ex.: ácido pícrico), os fixadores aldeídos (ex.: formol) e combinações destes grupos (ex.: Bouin). Fixação COLETA, FIXAÇÃO E CLIVAGEM Na histotecnologia clínica, os fixadores aldeídos são os mais utilizados pelo seu baixo custo, simplicidade, uniformidade de resultados e qualidade satisfatória. A fixação depende de diversos fatores para que garante a estabilidade das condições biológicas do tecido, os quais: temperatura, volume da mistura fixadora, concentração, pH da mistura fixadora, osmolaridade, espessura da amostra e tempo de fixação, que irão variar conforme o tipo de fixador e de amostra. Fixação COLETA, FIXAÇÃO E CLIVAGEM Clivagem Redução de tamanho e espessura dos fragmentos fixados para que o fixador tenha melhor penetração e melhor difusão dos reagentes durante o processamento histológico. Ocorre após algumas horas de fixação e a espessura aconselhável é de 3 mm. Todavia, cada órgão ou tecido possui seu próprio padrão de clivagem. COLETA, FIXAÇÃO E CLIVAGEM Para observação de tecido ósseo e identificação de patologias, deve-se proceder com a descalcificação, pois a consistência pétrea devido a mineralização deste tecido impede a sua observação por microscopia de luz; Os descalcificadores podem ser Ácidos fortes e fracos (descalcificadores mais empregados em laboratórios de patologias) Histoquímicos (bastantes utilizados por não promover danos aos tecidos, método mais aconselhável, ex:EDTA) Soluções descalcificadoras patenteadas Resinas de troca iônica Descalcificadores eletrolíticos 1. 2. 3. 4. 5. *Para escolha dos métodos, os fatores de urgência do material, grau de mineralização do tecido, coloração a ser empregada e tipo de fixador utilizado devem ser considerados. DESCALCIFICAÇÃOObjetiva substituir a água dos tecidos por um meio mais sólido que confiram resistência e dureza o suficiente para serem cortados; Consiste na difusão de substâncias apropriadas para dentro e fora do tecido até que haja equilíbrio de concentrações no interior e exterior dos tecidos. OCT (bastante utilizado em laboratórios de patologias), resinas hidrofílicas e hidrofóbicas, e, a parafina são exemplos de substâncias utilizadas; No caso de uso da parafina (bons resultados e altos custos), uma substância hidrofóbica, são necessárias três etapas: desidratação (uso de agentes desidratantes), clarificação (uso de agentes clarificadores) e infiltração (saturação do tecido com a substância). PROCESSAMENTO Fatores de influência Tamanho do espécime (maior tempo de processamento); Reagentes utilizados (métodos diferentes); Espécie animal (moluscos, insetos); Propriedades dos tecidos (hidratação, circulação de sangue); Presença de vácuo (processamento é acelerado); Temperatura (maior temperatura, menor tempo, mas danificação da amostra). PROCESSAMENTO O processamento pode ser Manual, ou Automático – equipamento bastante importante para histotecnologia, pois agiliza o tempo deste a entrada da amostra até o diagnóstico, economizando horas de trabalho do técnico. Os equipamentos podem ser o carrossel (amostra gira passando pelos banhos em determinada sequência) ou o de transferência de fluído (líquidos transferidos e retirados de um recipiente). O método automático permite agitação constante; sistema a vácuo; evitar falhas humanas; controlar temperatura de infiltração da parafina; a execução de vários protocolos diferentes; a operação durante a noite, feriados e finais de semana; e acondicionamento de várias peças ao mesmo tempo. *Independente do método, a amostra deve ser lavada posteriormente com água e químicos por conta da presença de reagentes e deposição de sais. PROCESSAMENTO PROCESSAMENTO Após o processamento, o tecido é incluído em um molde com parafina fundida, que ao ser solidificada permite a microtomia. São utilizadas estufas ou centrais de inclusão (permite maior controle de temperatura). INCLUSÃO Secção dos blocos em fatias finas para visualização da amostra através da microscopia de luz; Depende de profissional bem treinado, equipamentos específicos para garantir os cortes de alta qualidade; O micrótomo varia para amostras congeladas e para microscopia eletrônica; Os micrótomos rotatórios convencionais são os mais utilizados na rotina do profissional de histotecnologia. Estes realizam cortes que variam de 1 a 60 micrômetros, porém varia conforme o meio de inclusão. MICROTOMIA MICROTOMIA MICROTOMIA Para executar o corte nos micrótomos, são utilizadas navalhas extremamente afiadas de aço (maior durabilidade, mas com maior demanda de tempo e qualidade do trabalho inferior) ou descartáveis; Após o corte, com as lâminas identificadas, lavadas e esterilizadas, os tecidos são aderidos às lâminas por capilaridade com o uso da água. Podem ser usadas substâncias adesivas como: - Albumina de Mayer (adesivo de rotina, não recomendado para imuno- histoquímica ou imunoflorescência, pois pode ligar anticorpos e também se cora por ser proteína) MICROTOMIA Após adesão dos tecidos, as lâminas são postas em estufa; A congelação seguida de ciomicrotomia é bastante utilizada em centros cirúrgicos, onde os cortes são feitos com o tecido congelado, método que permite rápido diagnóstico, além de ser empregado em muitos centros de pesquisa por ser um método que preserva antígenos e lipídios. - Gelatina - Caseína - Silano Processo que permite tornar o tecido visível ao microscópio com auxílio de substâncias corantes; Essas substâncias colorem os tecidos a partir de mecanismos físicos e/ou químicos. Exemplos de corantes: Hematoxilina e eosina – mais utilizada em laboratórios de anatomia patológica; núcleo (ácido) em azul, citoplasma (básico) em rosa. Corantes alcoólicos – eosina alcoólica, resorcina floxina e orceína; COLORAÇÃO Lâminas são acondicionadas em um meio permanente para que sejam possíveis visualizações e análises futuras do tecido; Meio recomendado: Goma de Damar – baixo custo e excelentes resultados; Uma gota do meio é posta sobre a lâmina que é recoberta por uma lamínula para tornar plana a superfície a ser analisada. SELAGEM ANÁLISE MICROSCÓPICA ATUAÇÃO DA HISTOTECNOLOGIA CLÍNICA Os histotecnologistas fazem parte das equipes que trabalham nos laboratórios clínicos para detecção de patologia dos tecidos. Precisam ter bastante prática e precisão e estarem bem treinados para oferecerem amostras com a qualidade exigida; O médico patologista é responsável por analisar as lâminas para gerar os laudos; A análise a partir da histotecnologia possibilita ter melhores informações sobre o estado do tecido do paciente a fim de determinar seu tratamento ou terapia; Além da detecção de anomalias do tecido para determinação de patologias, a histologia está presente em outras atividades, que serão vistas a seguir. ATUAÇÃO DA HISTOTECNOLOGIA CLÍNICA Lâminas histológicas são utilizadas em laboratórios de escolas e universidades a fim de melhor compreensão dos estudantes sobre os tecidos. Os profissionais da área também podem monitorar e garantir a qualidade interna e externa dos laboratórios de histotecnologias. O biomédico que trabalha na área de histologia forense, imunohistoquímica e no estudo citológico dos tecidos biológicos pode auxiliar no esclarescimento de mortes e outras questões da ciência forense pelo seu conhecimento elevado de colorações. Educação e Qualidade Investigação forense ATUAÇÃO DA HISTOTECNOLOGIA CLÍNICA O biomédico utiliza de técnicas histológicas para fornecer estudos sobre os tecidos de origem humana ou animal para que os peritos possam compreender melhor as causas do óbito; Muitas vezes, o estudo de características de espécies já extintas dependem do estado de preservação dos materiais biológicos recuperados de sítios arqueológicos, que muitas vezes encontra-se em estado crítico. Necrópsia Arqueologia Os corantes utilizados nas lâminas histológicas possuem grande diversidade e é possível selecionar o melhor tipo para cada tecido de interesse. Assim, colorações como hematoxilina e eosina (HE) por exemplo, permitem maior distinção de estruturas na análise de microscopia óptica, permitindo melhor estudo. Realizar o curso de pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, reconhecidos pelo MEC; Estágio supervisionado de 500 horas durante a graduação e residências multi-profissionais ou biomédicas, mediante comprovação de tempo de atuação ou residência Como o biomédico pode receber a habilitação de histotecnologia: Inserção do biomédico no mercado Foto do diário da Amazônia O profissional de biomedicina habil itado em Histotecnologia Clínica possui oportunidades de trabalho tanto no setor privado como no setor público - em pesquisa acadêmica ou hospitais - , embora neste último sua inserção ainda esteja em andamento. É importante salientar, também, que o fato de este poder se responsabil izar tecnicamente por laboratórios e assinar laudos permite ainda uma grande vantagem para empreender nesse segmento. Posições no mercado de trabalho Photo by National Cancer Institute on Unsplash No setor acadêmico, o biomédico histotecnologista assume funções principalmente associadas com pesquisas em cursos de pós graduação, onde o produto final do seu trabalho é uma dissertação de mestrado, uma tese de doutorado ou publicações de pós doutorado. No setor privado, o profissional de histotecnologia assume funções de processamento de amostras histológicas, técnicas auxiliares de necropsia e análises forenses, gestão administrativa e controle de qualidade interno e externo de laboratórios histotecnológicos (CÂMARA, B) Pesquisa AcadêmicaSetor Privado No setor público, o biomédico histotecnologista assume funções principalmente associadas com imuno-histoquímica e Patologia Molecular Diagnóstica, incluindo tambématividades operacionais que abrangem patologia cirúrgica, citopatologia e necropsia; receber e registrar espécimes para exames de patologia cirúrgica e citopatologia em sistema de informação laboratorial de anatomia patológica, tendo maior concentração de oportunidades em hospitais universitários. Além disso, também pode atuar em institutos de pesquisa públicos ou privados. Setor Público Graduado Mestre Doutor 7.500 R$ 5.000 R$ 2.500 R$ 0 R$ Já no quesito de remuneração, o biomédico atuante em histotecnologia tem uma progressão salarial determinada principalmente pela aquisição de pós graduações stricto-sensu, como mostrado no gráfico ao lado. A progressão também se dá pelo tempo de atuação e especializações, mas estas são menos impactantes para a média. É importante salientar que a remuneração do profissional como pesquisador foi baseada nas vagas predominantes, que são de pesquisadores bolsistas de pós graduação, sendo estas não amparadas por quaisquer direitos trabalhistas. Setor Público Pesquisa acadêmica Setor privado Fontes: Autores, FAPERGS e salario.com Gráfico: Progressão salarial em histotecnologia A Histotecnologia Clínica é regulamentada pela Resolução Nº 239, de 29 de Maio de 2014, que dispõe sobre a atribuição do profissional Biomédico para essa habilitação. Nela, se resolve: Art. 1º-O Biomédico, devidamente registrado no Conselho Regional de Biomedicina, habilitado em Histotecnologia Clínica, poderá realizar: a) processamento de amostras histológicas (fragmento de tecido humano produto de biópsia) para análise macroscópica, imunohistoquímica, citoquímica e molecular, firmando os respectivos laudos; b) Técnicas auxiliares de necropsia e análises forenses, sob supervisão de profissional médico devidamente habilitado; c) Gestão administrativa, controle de qualidade interno e externo de Laboratórios Histotecnológicose congêneres públicos e privados. LEGISLAÇÃO Os aspectos éticos relacionados às atividades atribuídas ao Biomédico habilitado em Histotecnologia Clínica podem ser corroboradas pelo Código de Ética do Profissional Biomédico, em alguns dos artigos citados, assim como resoluções que regulamentam a profissão. A Resolução CFBM nº 78 de 29/04/2002 resolve: Art.7º Os Biomédicos, poderão realizar toda e qualquer coleta de amostras biológicas para realização dos mais diversos exames, como também supervisionar os respectivos setores de coleta de material biológicos de qualquer estabelecimento que isso se destine. § 9º - No artigo 7º acrescentar: Parágrafo Único: Excetuam-se as biópsias, coleta de líquido, céfalo-raquidiano (liqüor) e punção para obtenção de líquidos cavitários, em qualquer situação. ASPECTOS ÉTICOS ASPECTOS ÉTICOS Do Código de Ética para Profissionais Biomédicos: Art. 4º- São infrações gravíssimas: I - Construir, instalar ou fazer funcionar laboratórios, sem registro, licença e autorização dos órgãos sanitários competentes ou contrariando as normas legais em vigor; II - Instalar em laboratórios de análises clínicas, e de pesquisas clínicas e substâncias radioativas ou radiações ionizantes e outras, sem licença da autoridade administrativa ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes. III - Retirar sangue, contrariando normas legais, e regulamentares; IV - Exportar sangue e seus derivados ou utilizá-lo contrariando as disposições legais e regulamentares em vigor; Art. 5º – No exercício de sua atividade, o Biomédico também deverá: IX – zelar sempre pela dignidade da pessoa humana; X - cooperar com a proteção do meio ambiente e da saúde pública; XIII – não praticar ato profissional que cause dano físico, moral ou psicológico ao usuário do serviço que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou imprudência; O caso das Células HeLa: Para contextualizar alguns desses aspectos, podemos usar como exemplo a história da primeira linhagem de células imortais cultivadas em laboratório, as células HeLa. O cultivo das células de Hanrietta Lacks, vítima de câncer de colo do útero em 1951, possibilitou avanços revolucionários para a medicina, servindo de base para o estudo de diversos tipos de doenças. Apesar da importância de Hanrietta para a ciência, sua identidade foi desconhecida por muito tempo. Em um contexto sem leis bem estabelecidas dentro da medicina, suas células foram coletadas de maneira completamente irregular pelo ponto de vista ético, de maneira que a extração foi feita sem consentimento de Hanrietta ou de sua família, que só obteve conhecimento da utilização 20 anos após sua morte. Nesse sentido, a história reflete aspectos sociais fortes e os valores éticos demonstrados principalmente no Art.5º do Código de Ética do Profissional Biomédico, já citado. ASPECTOS ÉTICOS Referências CÂMARA, Brunno. Resolução dispõe sobre “nova” habilitação do biomédico em Histotecnologia Clínica. Biomedicina Padrão. Disponível em: <biomedicinapadrao.com.br/2015/02/resolucao-dispoe-sobre-nova-habilitacao.html>. Acesso em 28 nov. 2020. salario.com.br/profissao/biomedico-cbo- 221205/#:~:text=A%20faixa%20salarial%20do%20Biom%C3%A9dico,CLT%20de%20todo%20o %20Brasil. fapergs.rs.gov.br/valores-de-diarias-e-bolsas arquivo.pciconcursos.com.br/famesp-abre-processo-seletivo-no-hc-de-botucatu- sp/1337922/f0dc5fdcfe/edital_de_abertura_n_133_2015.pdf pciconcursos.com.br/concurso/inca-instituto-nacional-do-cancer-rj-191-vagas MANUAL DO BIOMÉDICO, 2014 Resolução CFBMnº 239/2014 https://www.publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/conintsau/article/view/10741/9421c ¹ http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/capitulo_3_vol2.pdf; Técnicas Histológicas - Uma Abordagem Prática; https://www.youtube.com/watch? v=RlyTg64AT9E; Biomedicina, Histologia e Histotecnologia Clínica; https://biomedicinabrasil.com.br/habilitacoes/biomedicina-histologia-e-histotecnologia-clinica/ Referências https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13869/2/Trabalhadores%20T%C3%A9cnicos%20e m%20Sa%C3%BAde_O%20Processo%20de%20Constituicao%20Historica.pdf https://kasvi.com.br/microscopio-microscopia-historia- evolucao/#:~:text=Microscopia%3A%20O%20microsc%C3%B3pio%20e%20a,suas%20descobe rtas%20microsc%C3%B3picas%2C%20denominado%20Micrographia. https://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/livrodehisto.pdf https://biomedicinabrasil.com.br/habilitacoes/biomedicina-histologia-e-histotecnologia-clinica/ https://mcv.ufes.br/histologia#:~:text=O%20surgimento%20da%20histologia%20como,%C3%B 3culos%20(microsc%C3%B3pio%20de%20Janssen). https://www.britannica.com/biography/Robert-Hooke https://www.sbhistotecnologia.bio.br/v2/index.asp http://crbm5.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2020/11/N.-330-de-05-de-novembro-de- 2020-Regulamenta-o-novo-c%C3%B3digo-de-%C3%A9tica-do-profissional- biom%C3%A9dico.pdf https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902012000200012
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