Buscar

Aula 1 História do Brasil - de 1500 a 1821

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

30/12/2020	HISTÓRIA
Professor: Thiago Pereira
Turma: PM/BM PR
Data: 
HISTÓRIA DO BRASIL: DE 1500 À 1821
(Espcex (Aman) 2016) No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789). Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz. Em agosto de 1798, alguns conspiradores afixaram em muros e postes da cidade manifestos exortando a população à revolução. Os panfletos pregavam a proclamação da República, a abolição da escravidão, melhores soldos para os militares, promoção de oficiais, liberdade de comércio, etc. Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns participantes foram presos, outros fugiram e quatro foram condenados à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos. (adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351)
O texto acima descreve, em parte, a 
a) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia. 
b) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais. 
c) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão. 
d) Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco. 
e) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará.
A questão remete a Revolta dos Alfaiates, que ocorreu na Bahia em 1798. Este movimento possuía um caráter popular e defendeu a separação do Brasil em relação a Portugal e adotar uma República. Dela fizeram parte diversos segmentos sociais como padres, médicos, advogados, soldados, alfaiates, ex-escravos etc. teve uma influência das ideias iluministas, da Revolução Francesa, do processo de independência do Haiti e das lojas maçônicas.
Os holandeses estão entre os diversos povos que invadiram ou tentaram invadir o território que hoje corresponde ao Brasil, durante o período colonial, no século XVII. 
Sobre a presença holandesa no Brasil, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Os holandeses estabeleceram suas colônias no Sudeste brasileiro. 
b) Os holandeses eram parceiros comerciais dos portugueses na atividade açucareira. 
c) O principal interesse dos holandeses era a crescente economia cafeeira. 
d) Os portugueses estabeleceram uma política de cordialidade com os holandeses quando estes invadiram sua colônia. 
e) Os holandeses saíram do Brasil por meio de um processo chamado “União Ibérica”.
A questão remete às invasões holandesas no Brasil, no século XVII. Os holandeses eram parceiros comerciais de Portugal no que diz respeito ao açúcar. A Holanda se separou da Espanha no final do século XVI e, durante a União Ibérica, a Espanha boicotou o comércio do açúcar entre Holanda e Portugal. Desta forma, os holandeses criaram a Companhia das Índias Ocidentais com o intuito de invadir o Brasil. Ocorreu a invasão fracassada na Bahia em 1624 e, posteriormente, em 1630, ocorreu a invasão em Pernambuco.
O monumento representado na figura acima está localizado no Parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, e faz referência às diversas expedições que aconteciam no Brasil no período em que era colônia de Portugal. Sobre essas expedições, relacione as colunas:
(1) Entradas 
(2) Bandeiras 
(3) Sertanismo de contrato 
(4) Bandeiras de prospecção 
( ) Expedições de iniciativas particulares com objetivos diversos. 
( ) Expedições com objetivo de combater tribos indígenas e quilombos. 
( ) Expedições que tinham como principal objetivo encontrar metais e pedras preciosas. 
( ) Expedições patrocinadas pela Coroa ou governadores com objetivos diversos, entre eles a expansão do território.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA correspondente ao preenchimento da segunda coluna, de cima para baixo. 
a) 1, 3, 4, 2. 
b) 2, 4, 3, 1. 
c) 2, 3, 4, 1. 
d) 1, 4, 3, 2. 
e) 3, 2, 4, 1.
A questão remete às expedições que ocorreram no Brasil nos séculos XVII e XVIII associadas às Entradas e aos diversos tipos de Bandeiras. 
Entradas foram expedições organizadas pela coroa portuguesa com objetivo, entre outros, de procurar metais preciosos.
Bandeiras foram expedições organizadas por particulares saindo de São Paulo e São Vicente devido à pobreza e ao isolamento da região. Estas expedições visavam à caça ao índio, ao ouro, as monções e o sertanismo de contrato. 
Sertanismo de Contrato foram expedições contra índios e negros visando manter a ordem.
Bandeiras de Prospecção visavam à busca ao ouro.
Associe as revoltas coloniais (coluna A) às suas características essenciais (coluna B).
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira
Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, tendo como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior autonomia política e cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento com a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido da Companhia de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” pelos colonos europeus.
( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante teve como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu estabelecer 4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto (imposto de vinte por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas (bandeirantes), primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, contra os “forasteiros”, os seja, os grupos que chegaram depois na região, originários do reino ou de outras capitanias.
A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é 
a) 3 – 1 – 4 – 2 
b) 1 – 2 – 3 – 5 
c) 3 – 4 – 1 – 2 
d) 2 – 3 – 4 – 5 
e) 3 – 4 – 5 – 2
Na época colonial, ocorreram as seguintes revoltas nativistas:
[1] Guerra dos Mascates: travada em Pernambuco pelos comerciantes portugueses de Recife e os senhores de engenho nativos de Olinda, pelo domínio do comércio na Capitania;
[2] Revolta dos Beckman: ocorrida no Maranhão devido à proibição, por parte dos Jesuítas, da escravidão indígena;
[3] Revolta de Vila Rica: ocorrida em Vila Rica, tinha como líder Felipe dos Santos e como exigência o fim da cobrança do quinto;
[4] Guerra dos Emboabas: conflito que opôs mineiros e paulistas (emboabas) pelo controle das minas descobertas na Colônia.
(Ufpr - 2015) “(...) a aldeia é um espaço escolhido e organizado pelo próprio índio, e ‘o aldeamento é resultado de uma política feita por vontade dos europeus para concentrar comunidades indígenas’." (Aldeias que não estão no mapa. Entrevista com a Profa. Dra. Nanci Vieira de Oliveira por Maria Alice Cruz. Jornal da Unicamp. 197, novembro de 2002, p.5.). 
A afirmação acima se refere aos aldeamentos missionários e às transformações que eles trouxeram à vida dos indígenas no período colonial da América portuguesa. Os objetivos das missões jesuíticas eram 
a) a catequese e a escravidão dos indígenas como mão de obra para a monocultura, o que implicou para os índios a mestiçagem com os escravos negros e a modificação de sistema de trabalho e organização social. 
b) a aculturação, a conversão religiosa e a escravização dos indígenas para extração do pau-brasil, o que implicou para os índios a mestiçagem com os brancos europeus e a modificação da sua organização social. 
c) a catequese, o isolamento político e cultural dos jesuítas e o controle das áreas de fronteiras com as colônias espanholas, o que implicou para os índios uma grande mortalidade por conta dos confrontos com os espanhóis. 
d) a aculturação e a proteção dos indígenas perante os bandeirantes, o que implicou para os índios a conversão religiosa e a formação de clérigos e de noviças paraa Companhia de Jesus. 
e) a catequese, a proteção dos indígenas e a assimilação dos nativos ao sistema colonial, o que implicou para os índios a modificação de hábitos, crenças religiosas, sistema de trabalho e organização habitacional. 
 A questão remete as missões jesuíticas na América Latina durante o período colonial. No contexto da Contra Reforma ou Reforma católica em meados do século XVI foi criada por Inácio de Loyola a Companhia de Jesus com o objetivo de angariar fiéis para o catolicismo e impedir o avanço protestante. Estes jesuítas desempenharam um papel importante na América, criaram as missões para catequese dos nativos. Daí que as aldeias que eram um espaço indígena passaram a ser um aldeamento, ou seja, missões jesuíticas que ao catequizar os nativos contribuíram para o processo de aculturação e destribalização. No caso do Brasil, os padres jesuítas foram expulsos em 1759 pelo ministro Pombal.
A chamada União das Coroas Ibéricas (1580–1640) consistiu no domínio do Reino de Castela sobre o de Portugal.
Naquele momento, os reis da dinastia dos Habsburgos, Felipe II, III e IV, subjugaram toda a Península Ibérica, e Madri tornou-se capital dos vastos impérios coloniais português e espanhol, reduzindo a importância e o status da cidade de Lisboa. 
Sobre esse período, considere as seguintes afirmativas:
1. O domínio castelhano da Península Ibérica, idealizado por séculos, teve lugar graças à guerra movida pelo Habsburgo Felipe II contra o Rei Dom Sebastião, da casa dinástica de Avis, que então detinha a Coroa portuguesa.
2. O controle holandês sobre o Nordeste açucareiro (1630–1654) constituiu um resultado direto do controle de Castela sobre Portugal, como consequência da dificuldade castelhana de controlar militarmente tanto o império espanhol como o português.
3. Várias instituições e repartições administrativas, eclesiásticas e judiciárias foram criadas, visando uma maior aproximação entre o Brasil e Castela. Entre tais repartições e instituições, estão o Conselho de Índias, mais tarde Conselho Ultramarino, as Visitações do Santo Ofício às partes do Brasil e o Tribunal Superior da Relação, criado na Bahia em 1609.
4. A restauração e consolidação de uma nova dinastia detentora da Coroa portuguesa, a de Bragança, decorreram de um tratado de paz firmado entre Madri e Lisboa, o qual pôs fim pacificamente à dominação castelhana da parte lusa da Península Ibérica.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira. 
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
O domínio espanhol está associado à vacância do trono português, após a morte de D. Sebastião e de seu tio avô Cardeal D. Henrique. Foi durante a União Ibérica que o Brasil sofreu as maiores e mais importantes invasões, destacando-se a dos holandeses. Nesse período os espanhóis criaram estruturas burocráticas e religiosas com a intenção de exercer maior controle sobre o Brasil.
As reformas pombalinas, encetadas por Sebastião José de Carvalho e Mello (1699–1782), o Marquês de Pombal, tiveram efeito entre 1755, logo após o terremoto de Lisboa, e 1777, quando esse estadista perdeu sua proeminência na administração do império português. Sobre as reformas que implantou ao longo de sua administração como ministro de Dom José I, é correto afirmar: 
a) Tiveram grande impacto sobre o Brasil, uma vez que se criaram companhias de comércio em todas as capitanias, com o objetivo mais amplo de racionalizar o comércio e implantar um rígido sistema colonial, vinculando metrópole e colônia. 
b) Ativeram-se, no campo da educação, ao ensino básico, deixando de lado as instituições universitárias portuguesas. 
c) Basearam-se na aliança e aproximação à Ordem Jesuítica, que recebeu impulsos e estímulos fundamentais por seu papel na educação oferecida no Reino e nas colônias. 
d) Consistiram, entre outras medidas, na criação de instituições e repartições públicas vitais à administração do Reino e suas colônias, como o Erário Régio. 
e) Reforçaram, graças ao seu caráter absolutista, distinções de raça e classe em Portugal e suas colônias, impedindo a ascensão social de negros, índios e indianos existentes nos domínios lusos. 
 Pombal criou algumas Companhias de Comércio, mas não atuaram em todas as capitanias. A maior preocupação de Pombal foi racionalizar a administração em Portugal e suas colônias. Isso significou em reduzir a importância dos religiosos na corte – destacando-se ai a expulsão dos jesuítas – e ampliar a exploração colonial, com maior rigidez sobre a arrecadação tributária – destacando-se a instituição da derrama na região mineradora.
(Espcex (Aman) 2021) No Brasil do final do século XVIII, houve a decadência da mineração e a reanimação da produção agrícola. Para isso, contribuíram:
I. O aumento da população europeia, com a ampliação dos mercados consumidores de gêneros tropicais.
II. A extinção dos Estados do Brasil, do Grão-Pará e Rio Negro e do Maranhão e Piauí.
III. A Revolução Industrial.
IV. A abertura dos portos às nações amigas.
V. Fundação do Banco do Brasil.
Assinale a alternativa que apresenta todas as contribuições corretas, dentre as listadas acima. 
a) I e II. 
b) Somente a II. 
c) I e III. 
d) III e IV. 
e) IV e V. 
 O renascimento agrícola brasileiro ocorreu entre 1780 e 1830. O esgotamento das minas auríferas e o crescimento da agricultura no interior da Colônia foram fatores que contribuíram para esse renascimento. O início da Revolução Industrial na Inglaterra também influenciou, uma vez que estimulou a produção de algodão para a venda no mercado industrial externo. A chegada da Família Real, em 1808, e a Abertura dos Portos às Nações Amigas favoreceram esse intercâmbio comercial. Por fim, o aumento da população europeia na Colônia (uma vez que cerca de dez mil pessoas vieram para cá com d. João VI) colaborou para o aumento da produção agrícola no interior, em especial no Sudeste.
O projeto de ocupação populacional da Colônia foi estabelecido entre 1534 e 1536, com a adoção do sistema de capitanias hereditárias, que já havia sido empregado com sucesso nas ilhas atlânticas e, além do Brasil, seria estendido à Angola. O objetivo do rei D. João III com o sistema de capitanias hereditárias era promover a ocupação territorial, transferindo o ônus para particulares. O sistema consistia na concessão pelo rei de extensos domínios a particulares, os quais recebiam uma carta de doação real e um foral, no qual estavam especificadas suas obrigações. O donatário, nome dado ao particular que recebia a capitania, tinha o direito de explorá-la economicamente, administrar a Justiça e, ao mesmo tempo, estava obrigado a se sujeitar à autoridade da Coroa, a recolher os tributos e a expandir a fé católica, entre outras atribuições. Cabia ao donatário, ainda, a concessão de sesmarias, grandes extensões de terras que estão na origem do latifúndio no Brasil.
O sistema, contudo, começou a apresentar problemas para os donatários. Poucas foram as capitanias que efetivamente prosperaram.
<https://tinyurl.com/y6q37ysu> Acesso em: 15.10.2019. Adaptado.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, algumas das causas do fracasso do sistema descrito no texto. 
a) A maior parte dos donatários enfrentou a resistência dos grupos indígenas à ocupação de seus territórios tradicionais, os altos custos de manutenção e de desenvolvimento das capitanias e/ou a falta de assistência por parte da Coroa portuguesa. 
b) Por serem de origem nobre, os donatários não demonstraram as habilidades necessárias para administrar adequadamente os recursos econômicos de suas capitanias e gerar lucros, forçando a Coroa portuguesa a promulgar a Lei de Terras. 
c) A natureza política do sistema de capitanias hereditárias foi questionada pela burguesia portuguesa, que recorreu a cortes internacionais para impedir a distribuição da maior parte das terras americanasaos membros da nobreza. 
d) O declínio do sistema é consequência do fracasso agrícola, causado pela alternância de períodos de chuva intensa e secas prolongadas, características do clima de monções predominante na maior parte do território americano. 
e) O sistema entrou em colapso quando a terceira geração de donatários foi derrotada na guerra contra os corsários franceses, que, após a vitória, ocuparam os territórios das antigas capitanias hereditárias. 
 A colonização do Brasil começou a partir da criação das Capitanias Hereditárias em 1534 quando o rei de Portugal João III dividiu o Brasil em lotes de terras e doou para particulares. Assim, o projeto de colonização foi oficial, isto é, organizado pela coroa, enquanto a execução do projeto que necessitava de investimento ficou para a iniciativa particular. As Capitanias não deram o resultado esperado pela coroa devido à falta de comunicação entre a colônia e a metrópole, falta de recursos dos donatários, ataques indígenas, entre outros. Apenas duas capitanias prosperaram São Vicente e Pernambuco.
Podem-se apanhar muitos fatos da vida daqueles sertanejos dizendo que atravessaram a época do couro. De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, e mais tarde a cama para os partos; de couro todas as cordas, a borracha para carregar água, o mocó ou alforge para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de faca, as broacas e surrões, a roupa de entrar no mato, os banguês para curtume ou para apurar sal. (Capistrano de Abreu. Capítulos de história colonial: 1500-1800, 2000.)
O texto descreve a cultura material da pecuária, que a partir do século XVI estendeu-se ao interior nordestino da colônia do Brasil. A criação de gado 
a) empregava predominantemente a mão de obra escrava africana e consolidou a pequena propriedade rural às margens dos grandes rios da região. 
b) contribuía com o complexo econômico litorâneo e funcionou em um regime de contenção econômica de gastos devido ao aproveitamento de recursos locais. 
c) transgredia os ordenamentos legais da administração metropolitana e jamais se caracterizou como atividade econômica lucrativa. 
d) deslocava o centro dinâmico da exploração econômica da colônia e contribuiu para o adensamento demográfico em novos territórios. 
e) favorecia o surgimento de cidades auto administradas e revelou a existência de jazidas de metais preciosos nas áreas recém-descobertas. 
 A pecuária, no Brasil Colônia, representou uma atividade que, ao mesmo tempo, contribuiu para o avanço do território rumo ao interior e interligou a economia colonial através do fornecimento de produtos – como carne, couro, transporte e força motriz – para o mercado interno.
Leia o texto a seguir.
A colonização portuguesa no respeitou o Tratado de Tordesilhas, expandindo as fronteiras do Brasil por meio da ação dos bandeirantes, jesuítas e pecuaristas.
Os espanhóis também desrespeitaram o Tratado de Tordesilhas, invadindo colônias portuguesas situadas no Oriente.
Para fixar as novas fronteiras coloniais na América, vários tratados internacionais foram assinados.
(Cotrim, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Volume único. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. P. 242. Adaptado)
Sobre os Tratados que definiram o território brasileiro durante o período colonial é correto afirmar que: 
a) o Tratado de Rio Negro assinado entre Brasil, representado pelo Barão do Rio Branco, e Bolívia, anexou o Acre ao Brasil dando contornos finais ao território brasileiro. 
b) o Tratado de Badajós, assinado entre Portugal e França, determinou o reconhecimento pelo governo português do domínio da França sobre a chamada Guiana Francesa e de Portugal sobre o Pará. 
c) o primeiro Tratado de Utrecht, assinado entre Portugal e Espanha, definiu que o rio Oiapoque no extremo norte do Brasil sena o limite entre o Brasil e a atual Venezuela, pertencente ao Vice-Reino de Granada. 
d) as guerras guaraníticas, na qual morreram cerca de 30 mil guaranis, foram consequência do Tratado de Badajós, pois os indígenas e os jesuítas das missões não aceitaram o que ficou definido. 
e) o Tratado de Madri foi assinado entre Portugal e Espanha. De acordo com esse tratado a colônia do Sacramento passaria aos espanhóis, e os Sete Povos das Missões pertenceriam aos portugueses. 
O Tratado de Madri, assinado em 1750, foi firmado entre os reis de Portugal e Espanha para encerrar as disputas entre essas Monarquias no que dizia respeito ao território sul-americano. Assumindo o desrespeito ao Tratado de Tordesilhas, Portugal e Espanha definiram que o novo Tratado passaria a ser o único válido a partir da sua assinatura, determinando que a Colônia do Sacramento ficaria com a Espanha enquanto os Sete Povos das Missões ficariam com os portugueses. As principais bases definidoras do novo Tratado foram os acidentes geográficos naturais do território. 
A astúcia portuguesa relativa ao processo de conquista de sua parcela do território americano é relatada em diversas obras da historiografia brasileira e mundial. Este protocolo de integração portuguesa com outros povos pode ser notado, por exemplo, no trecho a seguir, de autoria de Jessé Souza.
“O português entra em contato com o elemento nativo e o adventício, formando, em contraposição ao colonizador anglo-saxão, por exemplo, uma nova ligadura, um novo produto social e cultural. Por outro lado, o elemento português permanece, malgrado todos estes contatos, sempre igual a si mesmo. O português é ele e o outro ao mesmo tempo. Ele é plástico por já possuir dentro de si todos os opostos. Essa espantosa qualidade cultural permite que, ao encontrar alguma alteridade fora dele, o português possa lançar mão de características assemelhadas à esse alter na sua própria personalidade, que possibilita interpenetração cultural sem perda da sua substância original.” (Fonte: SOUZA, Jessé. Subcidadania brasileira: para entender o país além do jeitinho brasileiro. Rio de Janeiro: LeYa, 2018. p. 162. Adaptado).
Deste modo, e de acordo com seus conhecimentos, assinale a resposta correta que corresponde ao ápice deste processo sócio-histórico. 
a) O legado português na formação da sociedade brasileira pode ser notado na manifestação do idioma, na religiosidade, na organização social e, principalmente, no que o difere dos demais modelos colonizadores, na integração com diferentes culturas, como a africana e a indígena, por exemplo. 
b) A herança cultural portuguesa é predominante na formação da sociedade brasileira, sendo que os aspectos culturais adventícios são pouco notáveis ou quase imperceptíveis quando levamos em consideração a real situação do Brasil em comparação com os demais países sul-americanos. 
c) A habilidade social portuguesa pode ser notada, principalmente, em regiões fronteiras limítrofes, quando o elemento português precisou se associar ao elemento nativo indígena, e nas regiões produtivas canavieiras como o Nordeste, quando foi imprescindível contar com o suporte da mão de obra africana, já que nas demais regiões do País o que se percebe é a predominância do elemento cultural branco europeu em detrimento das demais culturas. 
d) A conquista da América portuguesa ocorre quando o português forja sua integração social por meio da exploração de africanos escravizados e de nativos indígenas, no momento em que eles eram úteis unicamente como fonte de mão de obra para a manutenção do sistema colonial, visando a acumular recursos para a Coroa portuguesa. 
e) Ao chegar ao Brasil, o colonizador português permanece isento no processo de miscigenação para o surgimento da sociedade brasileira, ao contrário de outras culturas e sociedades (africanos e nações indígenas) que precisam se reorganizar e se moldar para que possam continuar presentes enquanto elementos formativos do povo brasileiro. 
 O fragmento de texto do sociólogo Jessé de Souza aponta para uma particularidade da colonização portuguesa na América, “o elemento português permanecesempre igual a si mesmo, o português é ele e o outro ao mesmo tempo”. Isso significa que, ao colonizar, o português deixa marcas profundas no colonizado. No idioma, religiosidade, organização social, etc.
Palmares conseguiu fazer o medo senhorial referente às fugas escravas chegar a seu ponto máximo e também marcou o auge dos grandes exércitos de aniquilação. É relativamente frequente, na correspondência oficial entre a metrópole e os governos do final do século XVII, a equiparação de Palmares à invasão holandesa, pelos danos, perigos e dificuldades da guerra. (LARA, S. H., “Do singular ao plural. Palmares, capitães-do-mato e o governo dos escravos”. In REIS, J.J. e GOMES, F. dos S., Liberdade por um fio. História dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 87.)
A respeito de Palmares e dos quilombos no Brasil, é correto afirmar: 
a) Apesar de ser apontado como o maior quilombo da História do Brasil, Palmares ofereceu menor risco que outros quilombos, pela forte presença de missionários católicos em seu interior. 
b) As ações de repressão e aniquilação dos quilombolas, no período colonial, deveram-se à estrutura política centralizada e à formação de forte exército senhorial, que impunham a ordem escravista no Brasil. 
c) Palmares e muitos dos quilombos surgidos na região nordeste mantiveram-se completamente fora do circuito das transações comerciais e da circulação de bens coloniais. 
d) A violenta destruição de Palmares, ao final do século XVII, intimidou os escravos de outras regiões e marcou o início do declínio e do abandono dessa forma de resistência à escravidão no Brasil. 
e) A população de Palmares foi ampliada durante as lutas entre luso-brasileiros e holandeses, que provocaram constantes fugas de escravizados das plantations. 
 Durante a Insurreição Pernambucana, 1644-1654, a luta luso-brasileira para expulsar os invasores holandeses, as fazendas ficaram desorganizadas contribuindo para as fugas de negros escravizados formando inúmeros quilombos, como o de Palmares.
Sobre a história da população dos territórios que vieram a se constituir no atual estado do Paraná, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta: 
I- Os principais grupos indígenas que habitavam a região eram os Tupi, que predominavam em algumas regiões, e os Gê, com destaque para os Kaingangue. 
II- Nos primórdios de sua colonização, o Paraná teve uma presença portuguesa na região litorânea e uma presença espanhola na região próxima aos rios Tibagi, Paraná e Paranapanema. 
III- Uma das principais características da colonização da região, no período colonial, foi a grande imigração de italianos, alemães e ucranianos, entre outros povos europeus, para a ocupação dos territórios paranaenses. 
IV- De forma distinta das demais regiões do Brasil, em razão de sua recente colonização, a população do Norte do Paraná apresenta um predomínio de colonizadores europeus, que emigraram após a Segunda Guerra Mundial. 
V- Na região norte do atual estado do Paraná, prevaleciam até as primeiras décadas do século XX núcleos urbanos compostos por uma população de origem europeia que praticava um comércio ativo com a Argentina e o Paraguai. 
Apenas I e II estão corretas.
Apenas II e III estão corretas.
Apenas I, II e III estão corretas.
Apenas II, III e IV estão corretas.
Apenas III, IV e V estão corretas.
I - Correto. Os índios Tupis e os Gês eram os principais grupos que habitavam a região do Paraná.
II - Correto. A presença portuguesa no litoral do Paraná foi importante para fundar cidades como Paranaguá, Antonina, Morretes e Curitiba e a presença espanhola no Leste gerou a fundação de cidades como Vila Rica do Espírito Santo e Guairá.
III - Incorreto. Os imigrantes europeus chegaram principalmente no século XIX no Paraná.
IV - Incorreto. O norte do estado predominou a ocupação de paulistas, mineiros e nordestinos.
V - Incorreto. O norte do estado foi ocupado de maneira mais intensa (devido a lavoura de café) por paulistas, mineiros e nordestinos se deslocaram para a região.
As incursões dos bandeirantes paulistas às missões dos jesuítas castelhanos do Guairá multiplicaram-se a partir do século XVII. Paulistas e guerreiros tupiniquins enveredavam pelo Caminho do Peabiru, velha trilha tupi, rumo ao Guairá, território situado entre os rios Paranapanema, Iguaçu e Paraná. Nessa região de posse duvidosa, dado que os portugueses sempre consideraram que a linha de Tordesilhas passava pelo estuário do Prata, os jesuítas espanhóis haviam criado entre 1622 e 1628 onze missões. (Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação) 
Quanto ao assunto tratado no texto é correto assinalar: 
a) as incursões dos bandeirantes às missões jesuítas visavam apresar indígenas aldeados em grupos numerosos e habituados ao trabalho rural; 
b) nessas incursões não havia nenhuma participação de indígenas entre os integrantes das bandeiras; 
c) o objetivo primordial dos bandeirantes paulistas era apresar “negros da terra” para a exportação dessa mão de obra para a Europa; 
d) os ataques dos bandeirantes paulistas aos jesuítas castelhanos eram uma resposta contra a postura da Espanha que naquele momento apoiava a invasão holandesa ao Brasil; 
e) as incursões dos bandeirantes paulistas contra as missões jesuíticas de Guairá e Tapes ocorreram após o Tratado de Madri. 
 A questão remete às diversas missões jesuíticas espanholas criadas no Sul da América do Sul como Tape (Rio Grande do Sul), Guairá (Paraná) e Itatim (Mato Grosso). Estes aldeamentos indígenas liderados pelos padres jesuítas foram alvos da cobiça dos bandeirantes paulistas que, mergulhados na pobreza, aprisionavam índios para serem vendidos no nordeste como escravos.
“Nos primeiros séculos da história brasileira, os meios de locomoção e as vias de penetração eram completamente precários e insuficientes. As únicas vias existentes eram os chamados caminhos por onde só podiam transitar tropas de muares, devido às precárias condições” (WACHOWICZ, Ruy Cristovam. História do Paraná. Curitiba: Vicentina, 1995, p. 97).
A partir do fragmento acima, analise as afirmações a seguir e assinale alternativa correta sobre os caminhos e o tropeirismo. 
I- Segundo o texto citado, os caminhos foram abertos pelos portugueses ao longo da colonização para superar os obstáculos naturais, como a Serra do Mar e a Mata Atlântica, e chegar até o interior do Brasil. 
II- Várias cidades paranaenses, como Ponta Grossa, Castro e Lapa, têm suas origens ligadas ao tropeirismo, pois surgiram em locais utilizados pelos tropeiros para descanso e alimentação. 
III- Um dos mais importantes caminhos do Sul do Brasil, no século XVIII, era utilizado pelos tropeiros principalmente para levar o gado criado no Sul do Brasil até as províncias de São Paulo e de Minas Gerais e ligava Viamão, no atual estado do Rio Grande do Sul, até Sorocaba, no interior do atual Estado de São Paulo. 
IV- A intensificação da utilização do caminho dos tropeiros (também chamado de estrada da mata ou de caminho de Viamão), no século XVIII, relaciona-se à maior necessidade de abastecimento da região das Minas Gerais, onde a descoberta de ouro atraiu um grande número de imigrantes. 
V- No território do atual estado do Paraná, os primeiros caminhos originaram-se com os índios e posteriormente foram utilizados pelos bandeirantes e pelos tropeiros. 
1. Apenas I, II e III estão corretas.
1. Apenas I, II, III e IV estão corretas.
1. Apenas II, III, IV e V estão corretas.
1. Apenas I, III, IV e V estão corretas.
1. Apenas II, III e IV estão corretas.
 A alternativa I está incorreta porque, em momento algum, o texto faz referência ao que está afirmado na alternativa.
A primeira medida importante tomada pelo Príncipe-Regente após sua chegada foi o Alvará de 1o de abril de 1808. O propósito fundamental do ato legislativo era promover a industrialização do Brasil. Alguns importantes incentivos foram concedidos por meio do Alvará de 28 de abril de 1809: isenção de imposto de exportaçãopara manufaturados nacionais, uso obrigatório de bens nacionais pelas tropas reais e a distribuição anual de 60 mil cruzados entre os industriais na tecelagem de algodão, lã e seda. (Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)
Considerando as informações do texto e conhecimentos sobre a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, pode-se afirmar que o governo 
a) promovia a industrialização do país, cobrando impostos elevados de mercadorias importadas da Inglaterra. 
b) procurava ampliar o mercado consumidor interno, abolindo gradualmente a exploração do trabalho escravo. 
c) desenvolvia a indústria armamentista, objetivando a expulsão das tropas bonapartistas do território português. 
d) visava aparelhar a colônia como o centro do Império, viabilizando as políticas econômicas contrárias aos estatutos coloniais. 
e) invertia a ordem do domínio colonial, bloqueando o desenvolvimento da economia manufatureira no reino de Portugal. 
 A chegada da Família Real marca o início do processo de Independência do Brasil com relação a Portugal, uma vez que d. João VI adotou uma série de medidas que contribuíram para conferir autonomia política e econômica à Colônia, como a Abertura dos Portos, o Alvará de Liberdade Industrial e a Elevação à Categoria de Reino.
Em 1808, a Família Real Portuguesa chegou ao Brasil. Esse fato provocou mudanças estruturais na colônia e no jogo político europeu do período. A esse respeito, assinale o que for correto. 
I- Ao chegar ao Brasil, Dom João VI ordenou o fechamento de todas as faculdades que existiam na colônia, bem como de todos os jornais que aqui circulavam. 
II- Uma das principais consequências da presença da Família Real no Brasil foi a proclamação da independência, ocorrida em 1822. 
III- A criação do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, e do Banco do Brasil ocorreu após a chegada da Família Real ao Brasil. 
IV- Além de Dom João VI (príncipe regente), a rainha mãe – Dona Maria –, sua esposa – Carlota Joaquina – e seu filho – Pedro – desembarcaram em terras brasileiras em 1808. 
1. Apenas I, III e IV estão corretas.
1. Apenas II, III e IV estão corretas.
1. Apenas I, II e III estão corretas.
1. Apenas I, II e IV estão corretas.
1. Apenas II e III estão corretas
 Resolução a partir da incorreta [I]. A questão faz referência ao Período Joanino, 1808-1821, com significativas mudanças na colônia no campo das artes, economia, cultura e ciência. O Brasil não possuía faculdades até então, D. João VI criou faculdade de medicina (e não fechou faculdades).
Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas então enfrentados pelo Império português na América:
A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter mais ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei ali se acha das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas ocorrências, segundo melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes daquela crise se decidir, não poderá tomar parte nos arranjamentos que a nova ordem de coisas deve ocasionar na América.
Nesse excerto, o autor referia-se 
a) aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara o domínio português sobre o centro-sul do Brasil. 
b) às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata do monarca a Portugal. 
c) à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa Aliança para que interviesse nas guerras do rio da Prata. 
d) às implicações que os movimentos de independência na América espanhola traziam para a dominação portuguesa no Brasil. 
e) ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do Brasil independente. 
 O autor do texto faz referência ao ano de 1818 na América Colonial. Tal ano marca o ápice do movimento de independência na América Espanhola e o autor do texto deixa claro que d. João VI deveria preocupar-se em impedir que as influências desse movimento atingissem a América Portuguesa.
TEXTO I 
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A Colônia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de Carvalho) 
TEXTO II 
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII. (Evaldo Cabral de MeIlo) 
1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007(adaptado). 
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de um dos possíveis legados desse episódio para a história do país. O legado discutido e um argumento que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão associados, respectivamente, em: 
a) Integridade territorial – Centralização da administração régia na Corte. 
b) Desigualdade social – Concentração da propriedade fundiária no campo. 
c) Homogeneidade intelectual – Difusão das ideias liberais nas universidades. 
d) Uniformidade cultural – Manutenção da mentalidade escravista nas fazendas. 
e) Continuidade espacial – Cooptação dos movimentos separatistas nas províncias.
Os textos versam sobre a unidade territorial brasileira, buscando entendê-la – ou não – como legado da vinda da Família Real para o Brasil. O primeiro fragmento afirma ser um legado e o segundo fragmento refuta essa ideia.
Gabarito
A
B
C
A
E
B
D
C
A
B
E
A
E
A
A
C
D
B
D
A
MUDE SUA VIDA!
1

Continue navegando