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Eletrotermofototerapia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Aline Azevedo Caniçais Revisão Textual: Prof.ª Me. Natalia Conti Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) • Fototerapia; • Fototerapia de Alta Potência; • Fototerapia de Baixa Potência. • Proporcionar aos profi ssionais de estética um conhecimento mais amplo dos con- ceitos, aplicabilidades e técnicas de aplicação desses tipos de terapias empregadas na estética; • Trabalhar de forma correta e segura com os equipamentos mais utiliz ados nos tratamentos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Fototerapia Introdução à fototerapia Costumamos dizer que estamos passando pela era das terapias por luz. Devido ao sistema inovador, com diferentes formas de interação com o tecido e, por isso, inúmeras propostas terapêuticas são, hoje, consideradas uma das principais e mais modernas técnicas nos tratamentos estéticos. Por definição, a Luz é uma onda de radiação eletromagnética, de espectro amplo, que transporta energia em quanta, conhecida como fótons. Então, em resumo, a luz por meio dos fótons interage com os cromóforos e promove reações fotobiológicas, podendo se tratar de uma fototermólise ou foto- biomodulação, dependendo das características da luz. Cromóforo: É um grupo de átomos que dá cor a uma substância e absorve luz com um comprimento de onda específico no espectro do visível. Os cromóforos da pele são a oxihe- moglobina e desoxihemoglobina, melanina, carotenos, água e proteínas. Ex pl or A “fotobiomodulação” trata-se do uso da fototerapia de baixa potência/intensi- dade, que não produz efeito térmico, utilizada para ativar e potencializar a atividade celular na presença da luz, isto é, serve de “combustível” para reações orgânicas. Já a “fototermólise seletiva” é o termo que utilizamos para descrever o efeito da aplicação da fototerapia de alta potência que, junto com o efeito óptico também apresenta efeito térmico no tecido, gerando uma lesão controlada e promovendo lise (quebra) de estruturas alvos. Fototerapia de Alta Potência Podemos dividir os recursos da fototerapia de alta potência em Laser e Luz Intensa Pulsada (IPL). LASER é a radiação eletromagnética que comporta um fluxo de partículas (fótons) formando feixes de energia, com características especiais: monocromaticidade (uma única cor devido a um único comprimento de onda), coerência (fótons na mesma frequência caminham juntos) e unidirecionalidade (fótons caminham na mesma direção). A Luz Intensa Pulsada, diferente do laser, apresenta incoerência, quando a energia é emitida em todas as direções; e é considerada não colimada (possui divergência angular muito grande, não havendo um ponto focalizado como o laser). 8 9 Figura 1 – Representação das diferenças entre laser e luz pulsada Fonte: Acervo do Conteudista Apesar dessas diferenças, ambos trabalham com potências altas, suficientes para se produzir a fototermólise seletiva. Laser Alguns lasers de alta potência são utilizados nos tratamentos estéticos, sempre com objetivo de fototermólise seletiva. Os mais conhecidos são: • Nd:YAG: O laser de Neodimio YAG possui comprimento de onda de 1064nm (sendo infravermelho). Emite uma série de pulsos de alta energia em curto espaço de tempo (nanosegundos). Por apresentar baixa afinidade com a mela- nina é seguro seu uso em fototipos mais altos. Suas indicações incluem: trata- mento vascular (como vasinhos), tratamento de micose de unha, fotoepilação, peeling térmico, remoção de tatuagens e maquiagem definitiva e tratamento de manchas, rejuvenescimento, cicatrizes de acne e olheiras. • Laser de CO2: trata-se de um laser ablativo, ou seja, promove uma lesão no tecido que estimula o processo de reparo tecidual, culminando na produção de colágeno e retração da pele. Esse processo é lento e, devido à extensão da lesão, há risco de manchas quando não bem aplicado. Por isso, foi criada a tecnologia de laser CO2 fracionado, em que a energia é dividida em diversos pulsos, atingindo a pele mais profundamente e em regiões menores. Dessa forma, há formação de pequenas lesões, intercaladas com áreas intactas; as- sim a recuperação é mais rápida e controlada. Indicado para rejuvenescimen- to, cicatrizes de acne, estrias e flacidez da pele. Luz Intensa Pulsada A luz intensa pulsada (LIP) é uma opção que ganhou a atenção tanto da co- munidade científica, como de profissionais e clientes/pacientes nos últimos anos. 9 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Pois, trata-se de um recurso da fototerapia não ablativo, indolor e sem período de recuperação. O equipamento de luz intensa pulsada emite a energia sob a forma de um po- tente flash que emite amplo espectro de radiação luminosa, abrangendo vários comprimentos de onda (400 nm a 1200 nm). Seu feixe é policromático, não coli- mado e não coerente. Na realidade, a possibilidade de variar os filtros, as fluências, a duração de pulso e o intervalo entre os mesmos torna este sistema muito versátil e flexível, o que lhe permite ser usado na vertente vascular, pigmentar, epilatória e no fotorejuvenescimento cutâneo. Pode ser considerado como o sistema mais com- pleto para tratamentos através de luz, pois oferece em um mesmo equipamento várias aplicações; diferente dos equipamentos de laser, em que cada equipamento possui um único propósito terapêutico. Efeitos Terapêuticos e Indicações Como abrange vários comprimentos de onda (400 nm a 1200 nm) e esses são filtrados de acordo com o objetivo terapêutico, existem várias possibilidades tera- pêuticas, como: • Tratamento da Acne: a fototerapia é uma excelente alternativa para o tra- tamento da acne. O mecanismo de ação está baseado na presença de porfi- rinas produzidas naturalmente pela bactéria (Propynebacterium Acnes) que absorvem o comprimentode onda próximo a 400 nm. A transformação de energia luminosa por calor resulta em uma diminuição das citocinas produ- zidas. A LIP atua sobre as porfirinas endógenas produzidas pelas bactérias, causando a sua morte. Quanto maior o grau da acne, mais brando deverá ser o tratamento. Também atua na diminuição da glândula sebácea, contribuindo para o tratamento; • Rejuvenescimento: a LIP gera microlesões térmicas (cromóforo água aquece o colágeno), próximo à junção dermoepidérmica, estimulando um processo inflamatório e consequente reparo tecidual, com aumento da espessura da epiderme e a neocolagênese na derme; • Hipercromias: a LIP atua principalmente sobre as melanoses solares, quera- toses actínicas e poiquilodermias. Nesses casos, a LIP estimula a lise (quebra) de melanossomas por ação do calor e a melanina (pigmentação) é fragmen- tada em pequenas partículas e reabsorvida. As células que contém melanina são danificadas, apresentando respostas de clareamento. Porém, é impor- tante ressaltar que a luz não interfere na função do melanócito, portanto é importante o uso associado de cosméticos que modulam a ação dessa célula; • Epilação: o tratamento de fotoepilação se baseia na entrega de energia para a melanina presente na haste do pelo que, ao absorver a luz, se aquece e destrói o bulbo (estrutura germinativa do pelo). No tratamento é imprescindí- vel observar o ciclo do pelo, pois eles não crescem continuamente, havendo alternância de fases de crescimento e repouso. A fase Anágena é o alvo 10 11 temporal do tratamento por LI, pela rápida divisão celular e maior pico de produção de melanina; Figura 2 – Ação da LIP na fotoepilação • Alterações vasculares: o tratamento com a LIP é baseado na absorção seletiva da luz pela hemoglobina. A energia luminosa é absorvida e transformada em calor, provocando a coagulação do vaso. Indicada para telangiectasias, principalmente faciais. Parâmetros Os parâmetros que caracterizam um laser e uma LIP são: comprimento de onda, duração do pulso, dosagem da luz, diâmetro do foco, taxa de repetição e resfriamento. Para que ocorra a fototermólise seletiva, é necessário que: • o comprimento de onda alcance as estruturas-alvo e seja absorvido por elas; • o tempo de exposição à luz seja inferior ou igual ao tempo necessário para o resfriamento das estruturas-alvo (para que não ocorram queimaduras); • o equipamento emita a fluência suficiente para atingir de maneira lesiva os tecidos-alvos. Então, devemos levar em consideração alguns parâmetros como: • Comprimento de onda: a Luz Intensa Pulsada quando não filtrada é emitida na faixa de 400 a 1200nm. Mas é necessário realizar uma seletividade dos compri- mentos de onda necessários para o fim terapêutico desejado, ou seja, fazer uso de “filtros” que permitem a passagem somente do espectro desejado (para maximizar a absorção do cromóforo–alvo). O filtro escolhido deve ser, então, encaixado na ponteira. Para alterações vasculares, utilizamos filtro de 530nm. Para epilação, o 11 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) filtro recomendado é de 640 ou 690nm. Para rejuvenescimento em torno de 530 ou 590nm. Tratamento da acne usamos de 430nm. E para manchas o de 530nm; • Duração do pulso: é o tempo que se leva para a energia ser emitida. Esse é um conceito-chave e por vezes difícil de ser compreendido na fototermólise seletiva. A duração do pulso de um feixe é essencial para alcançar o efeito desejado. Sabemos que o calor se dissipa do alvo, então, o Tempo de Relaxa- mento Térmico (TRT) de uma estrutura é definido como o tempo necessário para que o calor gerado pela absorção da luz pelo cromóforo-alvo seja redu- zido à metade do valor original alcançado imediatamente após a emissão da luz. A duração do pulso deve ser menor que o TRT. Alguns equipamentos de LIP emitem luz em múltiplos pulsos sequenciais e isso é o que mais contribui para o sucesso da técnica. Com base nas diferenças de TRT, que deve ser mais curto para o alvo e mais longo para a pele, os múltiplos pulsos sequenciais significam que a energia emitida é subdividida em porções menores, e entre cada emissão existe um intervalo que possibilita o resfriamento da pele. Dessa maneira, é possível usar energias mais altas do que a pele toleraria se a energia fosse emitida em apenas um pulso; Pulso Pulso Pulso Intervalo Intervalo Figura 3 – Múltiplos pulsos sequenciais. Durante o pulso, a luz é emitida. Durante o intervalo, o tecido se resfria • Fluência: energia emitida em uma determinada área, expressa em J/cm². À me- dida que a energia aumenta, a força de destruição também aumenta. A interação entre fluência e duração de pulso é muito importante na fototermólise seletiva. A duração do pulso deve ser curta e com energia suficiente, de maneira a aquecer o alvo antes que a energia seja difundida para os outros tecidos. Avaliação e técnica de aplicação Antes de programar o equipamento e iniciar a aplicação é indispensável uma anamnese do paciente, uma vez que a programação dos parâmetros para emissão da luz depende totalmente desses critérios avaliativos: • Fototipo: a melanina é o cromóforo mais seletivo, e está presente nos pelos e na pele. Dependo da quantidade de melanina o risco de queimadura da pele é muito grande. Então, para reduzir esse risco, diminuímos a potência de tratamento, o que pode afetar a eficácia terapêutica. Em fototipos baixos (I e II) a perda por absorção na melanina da epiderme é pequena, ao contrário das peles de fototipo alto (III, IV e V), que possuem altas perdas por absorção na epiderme altas; • Densidade e espessura do fio: no tratamento de epilação é importante gra- duar. Nos pelos claros, pouco pigmentados, a perda por condução é muito alta, já nos pelos grossos e muito pigmentados essa perda por condução é menor; 12 13 • Rejuvenescimento: deve se levar em consideração o nível de envelhecimento. Para realizar essa escolha podemos usar como base a escala de Glogau; • Acne: quanto maior o grau da acne mais brando deverá ser o tratamento; • Terapia vascular: para a escolha do tratamento, quanto maior o calibre da telangiectasia (vasinho) mais brando deverá ser o tratamento; • Manchas: quanto mais hiperpigmentada for a mancha, isto é, mais escura, mais brando deverá ser o tratamento. Após a avaliação criteriosa do paciente, realiza-se a programação dos parâmetros do equipamento, sendo que alguns apresentam protocolos pré-definidos. E, em seguida, realizar a técnica de aplicação: Figura 4 Fonte: Acervo do Conteudista Importante! Para a prevenção de complicações oculares, profi ssionais e pacientes devem sempre utilizar óculos apropriados,específi cos, opacos, bem ajustados e com proteção lateral. Importante! 13 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Fototerapia de Baixa Potência Laser Terapêutico O laser terapêutico de baixa intensidade realiza o que chamamos de fotobiomo- dulação, ou seja, é uma tecnologia não térmica, utilizada para ativar e potencializar a atividade celular na presença da luz, servindo de “combustível” para reações orgânicas. Ledterapia Os LEDs (Light Emitting Diodes) são diodos semicondutores que, ao serem submetidos a uma corrente elétrica, emitem uma luz que promove estimulação intracelular. Se propagam pelo espaço em formato de ondas. A luz emitida vai do comprimento de onda do ultravioleta ao visível e ao infra- vermelho, que vai dos 247 aos 1300 nanômetros (nm). As cores mais usadas são: Azul (400 – 470 nm), Verde (470- 550 nm), Âmbar (570 – 620 nm), Vermelha (630- 700 nm) e Infravermelha (a partir de 750 nm); Os LEDs dispersam a luz por uma superfície maior comparada com o laser e podem ser usados onde maiores áreas são indicadas ao tratamento, resultando em redução e otimização no tempo de tratamento, desde que possuam uma potência mais alta. A potênciadefine a taxa com que a quantidade de energia é transmitida ao tecido, normalmente medida por Watt (W); Há evidências científicas suficientes, que apontam que a luz coerente e não coerente, desde que possua o mesmo comprimento de onda, produz efeitos similares nos tecidos biológicos. Figura 5 Fonte: Daniel Barolet, 2008 14 15 Efeitos terapêuticos e indicações Laser Ao submeter a pele ao LASER Vermelho (luz visível) ou Infravermelho (luz invi- sível), uma parcela é absorvida pela pele. Isso ocorre devido à presença de fotorre- ceptores nessa camada. Normalmente cada tipo de fotorreceptor é sensível a um determinado comprimento de onda. Assim, o LASER, que é uma luz monocro- mática (possui um único comprimento de onda), é absorvido de maneira seletiva. O LASER de baixa potência, ao ser absorvido por um tecido, não gera efeito térmico. Os efeitos terapêuticos resultantes da aplicação dos Lasers de baixa po- tência podem ser divididos em: • Efeito antinflamatório: devido à capacidade de interferir no processo de for- mação das prostaglandinas e na microcirculação, o laser se apresenta como uma interessante alternativa no tratamento de processos inflamatórios, pelo efeito antiedematoso e normalizador circulatório; • Efeito Analgésico: por estimular a liberação de beta-endorfina e por dificultar a transmissão da sensação de dor pelo córtex cerebral. Também atua no ree- quilíbrio energético da célula, tornando-se favorável a redução da dor; • Regenerativo/cicatrizante: por estimular a produção de ATP mitocondrial e incrementar a síntese de proteína. Também ativa a microcirculação, contri- buindo para o processo. Além disso, acelera a divisão celular e o crescimento de nervos seccionados; aumentam a capacidade de produção dos fibroblastos, havendo maior regeneração de colágeno, reativando as células, aumentando sua permeabilidade; • Estímulo circulatório: promove vasodilatação e consequente aumento da cir- culação periférica local, reduzindo a congestão tecidual; também controla o edema por deficiência nas redes de fibrinas. LED Em doses apropriadas e de acordo com o seu comprimento de onda, a luz é absorvida por cromóforos ou fotorreceptores moleculares, entre eles, porfirinas, flavinas, mitocôndria, membrana celular. O cromóforo é responsável pela absorção luminosa e, quando ocorre a absorção de fótons por um cromóforo, resulta no aumento da atividade celular. O comprimento de onda é um fator determinante para que ocorram os efeitos fisiológicos, pois isso é determinante para se obter a profundidade e a interação com os tecidos alvo. A absorção de cada comprimento de onda pelos cromóforos produz uma resposta específica, sendo elas: • Luz Violeta: bactericida e estimulante da reparação tecidual; • Luz Azul: bactericida, efeito de umectação e aumento da tensão superficial da pele, estimulante do rompimento das ligações bivalentes entre átomos de carbono; 15 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) • Luz Verde: ativação de fibroblastos e síntese de colágeno; • Luz Âmbar: espessamento homogêneo não térmico das fibras adensadas e estímulo à síntese de colágeno e prevenção à inflamação; • Luz Vermelha e Infravermelha: modulação da inflamação, da proliferação celular e da dor, ativação da síntese de enzimas, aumento do transporte de elétrons na mitocôndria, aumento da produção de adenosina trifosfato (ATP) em processos metabólicos e estímulo linfático (infravermelho). Técnica de aplicação Laser A aplicação mais indicada é a pontual, que consiste em encostar a caneta apli- cadora diretamente sobre a área de tratamento (forma direta de emissão). Feita a aplicação em um ponto, inicia-se a aplicação em outro ponto até abranger toda área de tratamento em uma determinada área. A quantidade de energia aplicada no ponto corresponde à energia selecionada no equipamento. Figura 6 – Laser infravermelho Fonte: Acervo do Conteudista Figura 7 – Laser vermelho Fonte: Divulgação 16 17 LED A aplicação é realizada por zona, ou seja, este modo de aplicação consiste em aplicar certos níveis de energia em uma determinada área sem movimentar o feixe da luz. Isto é possível mantendo uma distância tal que a dispersão do feixe da luz abranja uma determinada região (em torno de 1cm de distância da pele). Quanto maior o afastamento, maior a perda de energia. A cor do LED (de acordo com o comprimento de onda) deve ser escolhido de acordo com o objetivo do tratamento. Figura 8 Fonte: Acervo do Conteudista Importante! Alguns cuidados durante a aplicação devem ser observados. O feixe de luz não deve, em momento algum, incidir sobre os olhos, nem de modo direto, nem através de refl exão em superfícies refl etoras; nas aplicações de LASER e LED é necessário o uso de óculos de proteção. Estes óculos são projetados para “barrar” a incidência do feixe de luz na retina; não utilizar nenhum produto associado ao Laser ou Led que não seja específi co para esse fi m. Importante! 17 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Parâmetros Para cada comprimento de onda, tipo de luz (laser ou LED) e para cada indica- ção terapêutica, há parâmetros a serem ajustados, entre eles: • Modo de emissão: contínuo ou pulsado; • Tempo (min/seg): está linkado com a energia, ou seja, quando o tempo for aumentado, a energia (J) também será, proporcionalmente. Geralmente os equipamentos fazem o cálculo automático do tempo, de acordo com a potên- cia do equipamento e a energia programada; • Energia (joule): a energia está linkada com o tempo, ou seja, quando a energia for aumentada, o tempo também será proporcionalmente (como parâmetro de visualização). Energia é uma grandeza física que, no caso da laserterapia, representa a quantidade de luz que está sendo depositada no tecido. Tabela 1 Efeito Dose Analgésico 2 –4 J/cm2 Anti-inflamatório 1 –3 J/cm2 Cicatrizante 3 –6 J/cm2 Circulatório 1 –3 J/cm2 Fonte: própria autora Contraindicações • Imunodeficiências; • Doenças que piorem ou sejam desencadeadas pela exposição à luz; • Período gestacional; • Histórico de fotossensibilidade (dermatoses); • Cliente sendo submetido a tratamentos com ácidos sintetizados a partir da vita- mina A (ácido retinóico, Retinol A, Vitanol A, Retin, tretoinina, isotretoinina, etc.) e /ou antibióticos com tetraciclina; • História pessoal de Câncer de pele na região; • Glaucoma. 18 19 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia CATORZE, Maria Goretti. Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia. Med Cutan Iber Lat Am, v. 37, n. 1, p. 5-27, 2009. Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia KALIL, C. Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia. Elsevier Brasil, 2011. Eu sei eletroterapia AGNE, Jones Eduardo. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2009. Laser em dermatologia: princípios físicos, tipos e indicações TOREZAN, L. A. R; OSÓRIO, N. Laser em dermatologia: princípios físicos, tipos e indicaçöes. An. bras.dermatol, v. 74, n. 1, p. 13-25, 1999. Vídeos HTM – Protocolo Light Pulse https://youtu.be/fRVI1w5wvlw Leitura Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tratamento do fotoenvelhecimentocutâneo: avaliação clínica, histopatológica e imunoistoquímica DE SICA, Régia Celli Patriota. Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo: avaliação clínica, histopatológica e imunoistoquímica. 2009. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. https://goo.gl/hNdArY 19 UNIDADE Fototerapia de Alta Potência (Laser e Luz Intensa Pulsada) e Fototerapia de Baixa Potência (Laser e LED) Referências ADATTO, M. A. Hair removal with a combined light/heat-based photo- -epilation system: a 6-month follow-up. Journal of Cosmetic and Laser Therapy, v. 5, n. 3-4, p.163-167, 2003. AGNE, J. E. Eu sei eletroterapia. Santa Maria: Pallotti, 2009. ANDERSON, R. R; PARRISH, J. A. Selective photothermolysis: precise microsurgery by selective absorption of pulsed radiation. Science, v. 220, n. 4596, p. 524-527, 1983. BABILAS, P. et al. Intense pulsed light (IPL): a review. Lasers in Surgery and Medicine, v. 42, n. 2, p. 93-104, 2010. BORGES, F. S. Fisioterapia Dermato-Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. Editora Phorte. São Paulo, v. 1, p. 33-127, 2010. CATORZE, M. G. Laser: Fundamentos e indicações em dermatologia. Med Cutan Iber Lat Am, v. 37, n. 1, p. 5-27, 2009. CAUCANAS, M. et al. Intense pulsed-light therapy for proliferative haeman- giomas of infancy. Case reports in dermatological medicine, v. 2, 2011. CLEMENTONI, M. T. et al. Intense pulsed light treatment of 1,000 consecutive patients with facial vascular marks. Aesthetic plastic surgery, v. 30, n. 2, p. 226-232, 2006. CROCCO, E. I; MANTOVANI, P. A.; VOLPINI, B. M. F. Em busca dos trata- mentos para Striae Rubra e Striae Alba: o desafio do dermatologista. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 4, n. 4, p. 332-337, 2012. DE SICA, R. C. P. Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tra- tamento do fotoenvelhecimento cutâneo: avaliação clínica, histopatológica e imunoistoquímica. 2009. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. GOLDBERG, D. J. Current trends in intense pulsed light. The Journal of clinical and aesthetic dermatology, v. 5, n. 6, p. 45, 2012. HEDELUND, L. et al. Ablative versus non‐ablative treatment of perioral rhytides. A randomized controlled trial with long‐term-blinded clinical eva- luations and non‐invasive measurements. Lasers in surgery and medicine, v. 38, n. 2, p. 129-136, 2006. HERNÁNDEZ‐PÉREZ, E; COLOMBO‐CHARRIER, E; VALENCIA‐IBIETT, E. Intense pulsed light in the treatment of striae distensae. Dermatologic surgery, v. 28, n. 12, p. 1124-1130, 2002. KALIL, C. Laser e Outras Fontes de Luz em Dermatologia. Elsevier Brasil, 2011. 20
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