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Economia 1

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Visão Geral das QuestõesVisão Geral das Questões
Econômicas FundamentaisEconômicas Fundamentais
Fundamentos de EconomiaFundamentos de Economia
C A P Í T U L O 1
Fundamentos de Economia 
Introdução
Neste Capítulo, você terá contato com os conceitos de escassez, produção,
bens e serviços e fatores de produção. Você vai aprender sobre a evolução
do pensamento econômico através dos tempos e estudar as principais
teorias econômicas que marcaram as ações desse campo do conhecimento.
Além disso, terá contato com os modelos econômicos e aprenderá sobre
dois modelos elementares da economia: o Fluxo Circular de Renda e a Curva
das Possibilidades de Produção. O principal objetivo deste Capítulo é
propiciar-lhe conhecimentos su�cientes para que você tome decisões
quando estiver diante de conjecturas mercadológicas ou �nanceiras,
nacionais ou internacionais. 
1. Conceito de Economia
Você já deve ter ouvido falar a palavra “economia” milhares de vezes, não é
mesmo? Desde que era criança, ouvia seus pais dizerem que é preciso fazer
economia, e depois que passou a entender melhor o mundo, ouviu essa
palavra ser pronunciada por uma porção de pessoas e com as mais diversas
utilizações. Tem economia �nanceira, economia política, microeconomia,
macroeconomia... Ufa!
Mas o que é economia, a�nal? A origem da palavra é atribuída a Aristóteles,
�lósofo e matemático grego que viveu entre 384 e 322 a.C. É a junção da
palavra grega oikos (casa) e nomos (norma, lei), e deve ser entendida como
“administração da casa”, ou “administração da coisa pública”. Nos tempos
modernos, a economia passou a ser a ciência social que estuda a forma pela
qual os homens, as nações ou as instituições empregam seus recursos na
produção de bens e serviços para atender às suas necessidades.
Fundamentos de Economia 
S A I B A M A I S
SAMUELSON, P. A. (1975): A Economia é a ciência que se preocupa com o
estudo das leis econômicas indicadoras do caminho que deve ser seguido
para que seja mantida em nível elevado a produtividade, melhorado o
padrão de vida das populações e empregados corretamente os recursos
escassos.
BARRE, R. (1970): A Economia é a ciência voltada para a administração dos
escassos recursos das sociedades humanas: ela estuda as formas assumidas
pelo comportamento humano na disposição onerosa do mundo exterior em
decorrência da tensão existente entre os desejos ilimitados e os meios
limitados aos agentes da atividade econômica.
STONIER, A. W.; HAGUE, D. C. (1971): Não houvesse escassez nem
necessidade de repartir os bens entre os homens, não existiriam tampouco
sistemas econômicos, nem Economia. A Economia é, fundamentalmente, o
estudo da escassez dos problemas dela decorrentes.
Fonte: ROSSETTI, J. P. (1994)
A humanidade somente sentiu a necessidade de estudar economia ou
ciências econômicas em função da falta ou insu�ciência de alguma coisa, ou
seja: a escassez. Observe que existe um eterno con�ito entre as nossas
necessidades e os recursos disponíveis. As nossas necessidades são
ilimitadas, enquanto os nossos recursos são escassos.
Vamos entender isso de outra forma. Um antigo professor de economia
costumava perguntar aos seus alunos, logo na primeira aula: quem aqui
ganha pouco? E solicitava que os alunos que julgavam ganhar pouco
levantassem uma das mãos. Quando me vi diante desse questionamento,
levantei as duas mãos, confesso.
Fundamentos de Economia 
Para minha surpresa, o professor disse para eu experimentar viver na época
dos meus avós, em que certamente meus ganhos seriam mais que
su�cientes.
Isso me forçou a uma rápida re�exão: meus avós não tinham automóvel,
televisão, telefone, micro-ondas, TV por assinatura, celular, computador,
máquina de lavar roupas etc. Sem contar que não tinham qualquer conforto
em sua residência, como chuveiro elétrico, banheiro interno, água tratada,
esgoto, fogão a gás etc. Também tinham pouco acesso ao lazer, não
viajavam, não iam ao cinema, ao teatro, ou a algum show musical, aliás,
pouco sabiam da existência de artistas.
Dá para entender facilmente por que meus ganhos são insu�cientes, não é
mesmo? Eu tenho outras necessidades, e olha que elas são in�nitas, ou
melhor, não basta mais eu ter um automóvel, que deveria ser o sonho de
consumo dos meus avós, um automóvel para a família inteira. As famílias
modernas possuem a necessidade de um automóvel para cada membro da
família. A vida nos impõe isso.
Agora, vamos sair do plano individual para o plano coletivo. Nesse plano,
quando você ouvir falar de necessidade, esteja certo de que alguém está se
referindo aos bens e serviços que garantem a nossa sobrevivência enquanto
espécie.
Você já pensou em uma lista para as suas necessidades? Somente para
ajudá-lo, elaborei uma lista das necessidades do homem atual, e é bem
provável que sua lista seja muito parecida com esta:
Alimentos;
Vestuário;
Moradia;
Móveis para a casa;
Água tratada e saneamento básico;
Eletricidade;
Utensílios domésticos;
Eletrodomésticos;
Transporte;
Lazer e recreação;
Educação;
Saúde;
Segurança;
Fundamentos de Economia 
Cultura.
Observe que a lista é in�ndável, e existe apenas uma pequena parcela da
humanidade que consegue usufruir da totalidade da lista de necessidades
humanas. Uma parcela signi�cativamente maior consegue acesso somente a
uma parte da lista, a parte denominada necessidades básicas, ou seja, as
necessidades ligadas às questões de sobrevivência.
Porém, milhões de pessoas em todo o mundo não conseguem alcançar a
lista de necessidades básicas como um todo, e ainda assim em quantidades
insu�cientes. Você já imaginou quantas pessoas passam fome no mundo?
Ou no Brasil? Quantas pessoas não têm acesso a água tratada ou
saneamento básico? Quantas pessoas moram na rua? Pois é, o nome dessa
situação é “exclusão social”. Os socialmente excluídos não possuem acesso
aos bens e serviços mais elementares para a sua sobrevivência e, por
conseguinte, não participam das decisões da sociedade.
Outro detalhe importante que precisa ser levado em consideração é que,
dentre a parcela da população que tem acesso pelo menos à lista de
necessidades básicas, a imensa maioria não tem segurança de que
continuará mantendo esse acesso pela vida inteira.
Você deve estar se perguntando: onde a economia entra em tudo isso? Isso
que você acabou de ler diz respeito à escassez. A maioria das pessoas que
conseguem acesso aos itens da lista de necessidades básicas o faz à custa
de muito trabalho e luta, por todo o tempo das suas vidas. Esteja certo
disso.
Agora é chegado o momento de você entender o que é “escassez de
recursos”. Mas você sabe o que são recursos?
Para responder a essa questão, pense na lista das necessidades humanas. O
que é preciso para que cada um desses itens esteja disponível para o
consumo? Em linhas gerais, uma necessidade humana é satisfeita através do
acesso a um bem econômico, o qual foi resultado de um processo de
transformação. Esse processo de transformação se caracteriza pelo “uso de
recursos para mudar o estado ou condição de algo para produzir outputs”
(SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2007,
p. 36). O quadro a seguir descreve algumas operações por meio de
processos de transformação:
Fundamentos de Economia 
Quadro 1 – Descrição dos processos de transformação de diferentes operações 
Fonte: SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2007, p. 37.
Se observarmos mais atentamente, os recursos de inputs listados no quadro
podem ser classi�cados em três grupos fundamentais:
Terra ou recursos naturais: representa todos os recursos originados
diretamente na natureza;
Trabalho: além de mão de obra, esse recurso engloba as atividades
técnicas, administrativas e intelectuais, representando, portanto, todo o
esforço humano empregado no processo de produção;
Capital: todos os inputs capazes de elevar a e�ciência do trabalho
humano, por exemplo, equipamentos e instalações.
Você já deve ter percebido que todos os recursos da produção, qualquer
que seja a classi�cação, são escassos. Isso ocorre porque a natureza é �nita,
não dispõe dos recursos de formaabundante e não os disponibiliza em
todos os lugares. O petróleo, por exemplo, é encontrado em apenas
algumas regiões do mundo.
A mão de obra também é limitada, ora por problemas de quali�cação e
conhecimento, ora por questões de disponibilidade de pessoas. Ainda sobre
a questão da mão de obra, existe também o problema da distribuição
demográ�ca, ou seja, algumas regiões do mundo são mais habitadas que
outras, o que provoca um desequilíbrio no uso do recurso.
Finalmente, você há de convir que o homem faz mau uso dos recursos
existentes, e alguns recursos que já foram encontrados em abundância
passaram a ser escassos pelo seu uso indiscriminado e irresponsável. Você
já deve ter ouvido falar sobre a crise hídrica, iniciada em 2014, certo?
Se todos os recursos fossem encontrados em abundância, ou seja, se não
houvesse escassez de recursos, você não precisaria estar estudando
economia neste instante. Temas como desemprego, in�ação, balança de
pagamentos etc. decididamente estariam fora da mídia e das nossas
preocupações diárias, não é mesmo?
Fundamentos de Economia 
1.1 Problemas econômicos fundamentais
O maior problema enfrentado pela humanidade ao longo de toda a sua
história é fazer escolhas diante da escassez de recursos. As pessoas,
empresas, governos, sindicatos e qualquer forma de organização social
humana precisam decidir o que, quanto, como e para quem produzir.
Há quase meio século, o homem convive com o “con�ito de gerações”,
provocado pelas mudanças nas tecnologias de produção e no ritmo de
consumo que afetam os valores e o comportamento da sociedade. O
trabalho é o vetor-chave desse processo de transformação, de postura
empreendedora e de geração de novas necessidades, e a escassez é o
obstáculo a ser transposto.
Você já deve ter deparado com uma �la em uma agência bancária, correto?
A �la se forma porque o caixa não consegue atender todos os clientes na
mesma velocidade de chegada destes, ou seja, no intervalo de tempo em
que o caixa está atendendo o primeiro da �la, chegam mais dois ou três
clientes. Se você estiver na �la, normalmente reclama com a gerência do
banco, que deveria abrir mais pontos de atendimento, mais caixas.
Esse é um problema de escassez de recursos. O gerente do banco não pode
abrir novos pontos de atendimento inde�nidamente, tanto pelo custo
operacional do banco quanto pela falta de funcionários capacitados a
executar essa função.
Observe que o simples pensar em aumentar os pontos de atendimento lhe
direciona para o trabalho, ou melhor, aumentando o volume de trabalho, o
problema estaria resolvido. Como essa solução não é possível, o jeito é
administrar a escassez.
Para administrar a escassez ou tentar superá-la, usamos a produção e, por
conseguinte, o trabalho. Assim, voltamos ao questionamento inicial: o que
produzir? Quanto produzir? Como produzir? E para quem produzir?
Uma coisa é certa: a humanidade produz apenas bens e serviços. Produzir
bens e serviços é a resposta humana para os problemas de escassez.
Você não tem uma ideia clara do que sejam bens e serviços? Não se
preocupe, isso é confuso mesmo. A�nal existem bens de consumo, bens de
Fundamentos de Economia 
capital, bens duráveis etc. Mas aqui vão algumas dicas para esclarecer suas
dúvidas:
S A I B A M A I S
Bens e serviços são resultado do trabalho humano realizado para suprir as
necessidades humanas. Os bens são tangíveis, físicos, e são resultado da
transformação da matéria-prima em produtos. Os serviços são intangíveis,
abstratos, e são resultados de ações especí�cas realizadas por técnicas
especí�cas, dominadas pelos homens. Um avião é físico, pois é possível tocá-
lo, senti-lo, e vê-lo, mas o transporte de passageiros que ele realiza não poe
ser tocado, sentido e nem visto, sendo portanto um serviço.
Espero que, após as dicas, você tenha entendido as diferenças entre bens e
serviços. Para sedimentar mais ainda essa compreensão, veja a Figura 1. Ela
apresenta as características que diferenciam os bens e os serviços. Observe
que no centro do grá�co existem “bolas divididas”, ou melhor, tipos de
produção que atuam tanto como bens quanto serviços, ou seja, atividades
que englobam características tangíveis e intangíveis. É o caso dos
restaurantes, que servem um bem (o alimento físico) e o serviço
(atendimento do garçom).
Figura 1 – Escala de tangibilidade. 
Fonte: HOFFMAN et al., 2010, p. 6.
Fundamentos de Economia 
Mas esteja atento porque isso não para por aí. Os bens são subdivididos em
quatro grupos:
Bens de consumo não duráveis: são os produtos físicos que se
esgotam em curto período de tempo, e assim devem ser repostos com
frequência. Neste subgrupo incluem-se peças de vestuário e calçados,
alimentos, produtos de higiene e limpeza, medicamentos etc.;
Bens de consumo duráveis: são os produtos físicos que não precisam
ser substituídos com tanta frequência, pois o tempo de desgaste é
consideravelmente maior. Automóveis, eletrodomésticos,
computadores e aparelhos eletrônicos, mobília e utensílios domésticos
são produtos que se encaixam neste subgrupo;
Bens intermediários: são produtos resultantes das ações de
extrativismo ou da fase inicial do processo industrial, porém não são
consumidos, necessitando de reprocessamento para se transformarem
em bens de consumo. Neste subgrupo estão classi�cados o aço, o
petróleo, os produtos químicos, a celulose e as matérias-primas em
geral;
Bens de capital: são os produtos que não se destinam ao consumo das
pessoas, e sim das empresas. Em geral, esses bens atuam no processo
produtivo transformando matérias-primas em bens de consumo.
Máquinas e equipamentos são os produtos mais característicos deste
subgrupo.
Agora, preste muita atenção: você acredita que existem produtos que
podem tanto ser classi�cados como bens de capital quanto como bens de
consumo duráveis? Pois é, o automóvel é um desses casos. Imagine um
motorista de táxi. Se ele adquirir um automóvel para seu trabalho diário, é
um bem de capital, mas se adquirir um automóvel para o lazer de sua
família, é um bem de consumo durável.
Agora que você é quase um expert em bens e serviços, vamos retornar às
nossas questões fundamentais: o que produzir? Quanto produzir? Como
produzir? Para quem produzir?
A escassez aliada a essas quatro questões centraliza os problemas
econômicos fundamentais. A economia busca incessantemente as respostas
para essas questões.
O que produzir? Esta é uma decisão que vai além dos limites da
economia. A resposta para essa questão está no centro da sociedade. É
Fundamentos de Economia 
ela quem deve decidir se produz maiores quantidades de bens de
capital ou de bens de consumo.
Em países onde imperam as economias de mercado, como os países
europeus, o Japão, o Brasil e os Estados Unidos, somente para citar alguns,
são os consumidores que indicam o que produzir. A isso dá-se o nome de
“soberania do consumidor”.
Mas em países com economias plani�cadas ou centralizadas, como China,
Cuba e outros, a decisão é tomada por um Órgão Central de Planejamento,
vinculado ao Estado.
Quanto produzir? Aqui também é uma decisão da sociedade. É ela
quem deve dizer quais quantidades de cada bem devem ser
produzidas. Mais uma vez existe uma diferença entre a tomada de
decisão nas economias de mercado, em que as quantidades a serem
produzidas são de�nidas pela oferta e demanda. Porém, nas economias
plani�cadas, ou centralizadas, essa decisão cabe ao Órgão Central de
Planejamento.
Como produzir? Esta decisão cabe ao contexto empresarial nas
economias de mercado, pois é dependente dos recursos disponíveis e
da capacidade de investimento. Geralmente, passa pela e�ciência
desejável e pelos métodos de produção utilizados: capital intensivo ou
mão de obra intensiva? Sociedades com necessidade de geração de
emprego optam pelo uso da mão de obra intensiva. Já as sociedades
com grande disponibilidade de recursos �nanceiros optam pelo uso do
capital intensivo.
Para quem produzir? Aqui o problema é de distribuição da renda
gerada, ou seja, a sociedade deve decidir quem serãoos bene�ciados
na comercialização dos produtos. Nas economias de mercado, os
bene�ciários são as pessoas de maior poder aquisitivo, porém nas
economias plani�cadas ou centralizadas, a decisão sobre os
bene�ciários cabe ao governo.
Assim, para entender a economia como ciência, você precisará colocar o
conjunto de processos (produção, distribuição e consumo) no centro da
dinâmica. Você pode imaginar quantas decisões a combinação desses
processos pode gerar?
Os produtores precisam decidir como combinar os recursos de produção e
quanto de cada recurso utilizar. Os consumidores precisam decidir quanto
Fundamentos de Economia 
adquirir de cada bem ou serviço para satisfazer suas necessidades. Tanto
produtores quanto consumidores possuem restrições �nanceiras, o que
implica renunciar a alguma coisa para priorizar outra.
Assim, você enquanto consumidor, ao escolher comprar mais de um
determinado produto, esteja certo de que terá que reduzir a compra de
outros. Esta lei da economia é implacável.
1.2 Curva das possibilidades
Atualmente existem mais de 7 bilhões de pessoas em todo o mundo, todas
envolvidas em um frenético conjunto de atividades de comprar, alugar,
produzir, vender, trabalhar, viajar etc. Em razão dessa complexidade toda é
que se torna cada vez mais difícil o entendimento do funcionamento da
economia.
Mas, calma, sempre existe uma solução. Alguns economistas desenvolveram
modelos simpli�cados para explicar como a economia se organiza. A Figura
2 é um exemplo:
Figura 2 – Fluxo circular da renda. 
Fonte: BRAGA; VASCONCELLOS, 2011, p. 11.
Ao analisar a Figura 2, você deve ter concluído que esse modelo apresenta
apenas dois agentes econômicos responsáveis por tomar decisões no
sistema econômico: famílias e empresas, mas poderíamos ter uma
in�nidade deles, incluindo também o governo, o comércio internacional, ou
subdividindo as famílias.
Observe que a interação dos agentes econômicos se dá em dois tipos de
mercados (os fatores de produção e bens e serviços) e efetiva dois �uxos
(real e monetário).
O �uxo real representa o processo de satisfação das necessidades em si, ou
seja, a produção e a distribuição de bens e serviços. Ao observarmos esse
�uxo, cada um dos agentes assume um papel duplo: as famílias demandam
Fundamentos de Economia 
bens e serviços e ofertam fatores de produção; as empresas, por sua vez,
demandam esses fatores de produção para poder ofertar bens e serviços.
Nesse sentido, descrevemos o �uxo real da seguinte maneira: as empresas
alocam os fatores de produção ofertados pelas famílias em processos
produtivos, os quais terão como resultado a produção de bens e serviços.
Estes serão vendidos através dos mercados de bens e serviços para as
famílias. E esse �uxo é incessante, ocorrendo de maneira ininterrupta.
Por sua vez, para que esse �uxo real de mercadorias que suprem as
necessidades humanas seja efetivado em um sistema econômico, há a
necessidade do estabelecimento do �uxo monetário: ninguém “trabalha” de
graça, assim como nenhum produto é gratuito.
Isso signi�ca que, quando as famílias ofertam os fatores de produção às
empresas, elas exigem em contrapartida uma remuneração. Assim, cada
proprietário de fator de produção recebe uma renda por sua utilização:
trabalhadores ganham salários; arrendatários, aluguel; capitalistas, juros
e/ou lucro etc. Essa renda, que é ao mesmo tempo custo para as empresas,
deverá ser gasta na aquisição de bens e serviços. Logo, o que é gasto para as
famílias se transforma em receita para as empresas.
Nas chamadas economias de livre mercado, o governo apenas �scaliza esse
círculo de trocas de forma a evitar abusos, mas, nas economias plani�cadas,
o governo assume a tomada de decisão tanto das empresas quanto da
sociedade.
Guarde bem esse conceito do Fluxo Circular de Renda, pois ele será muito
importante durante o curso. Outro conceito de importância ímpar é a Curva
das Possibilidades de Produção, também conhecida como “Fronteira das
Possibilidades de Produção”.
Imagine uma economia tão simpli�cada que produz apenas dois tipos de
bens: máquinas agrícolas (bens de capital) e alimentos (bens de consumo).
Todo alimento produzido será utilizado para as necessidades de nutrição
das pessoas, e não poderá ser estocado para ser usado no dia seguinte ou
no futuro.
Como em toda economia, complexa ou simpli�cada, os recursos são
escassos, e, para aumentar a produção de alimentos e atender ao
crescimento da população, por exemplo, precisamos diminuir a produção de
Fundamentos de Economia 
máquinas agrícolas. Mas se diminuirmos a produção de máquinas agrícolas,
a produção de alimentos nos anos seguintes será insu�ciente para atender à
demanda da população. O que você faria?
A tabela a seguir mostra algumas possibilidades de produção dessa
economia.
Tabela 1 – Economia com dois fatores de produção 
Fonte: BRAGA; VASCONCELLOS, 2011, p. 6.
A alternativa A indica que todos os recursos de produção existentes serão
utilizados para produzir máquinas agrícolas, ou seja, representa a
quantidade máxima de máquinas que essa economia é capaz de produzir. A
Alternativa D indica que todos os recursos de produção existentes serão
utilizados para produzir alimentos, ou seja, representa a quantidade máxima
de alimentos que essa economia é capaz de produzir. Somente para
lembrar, se você optar por resolver o problema imediato das pessoas,
saciando a fome e produzindo somente alimentos, no futuro terá uma série
de problemas, a�nal, se não produzir maquinário agrícola, não conseguirá
expandir a produção de alimentos para atender ao crescimento da
população. Então, o que você faria?
Aparentemente, essa é uma questão de fácil solução. Basta identi�car o
nível de consumo de alimentos atual, produzir somente o necessário e
alocar os recursos de produção excedentes na produção de maquinário
agrícola. Mas você não pode estocar alimentos, e as necessidades da
população são crescentes. Além disso, os maquinários, como tratores e
colheitadeiras, demoram algum tempo para serem fabricados. E aí, o que
você faria?
Para solucionar esse problema, primeiro você precisa conhecer o conceito
da Curva de Possibilidades de Produção (CPP), que representa
esquematicamente a fronteira máxima que uma economia consegue
produzir, onde se pressupõe o pleno emprego dos recursos disponíveis.
Analise atentamente o grá�co apresentado na Figura 3.
Fundamentos de Economia 
Figura 3 – Curva de possibilidades de produção. 
Fonte: BRAGA; VASCONCELLOS, 2011, p. 7.
O que você concluiu da análise da Curva das Possibilidades de Produção
representada na Figura 3? Vamos dar uma mãozinha.
Observe que, para produzir 10 mil máquinas agrícolas, nenhuma tonelada
de alimento pode ser produzida, pois todos os recursos da economia estão
sendo empregados na produção das máquinas agrícolas. Se produzir 8 mil
máquinas, a economia conseguirá produzir no máximo 6 milhões de
toneladas de alimentos. Essa análise se repete em todos os pontos sobre a
Curva das Possibilidades de Produção, e os especialistas dizem que a
economia está operando a pleno emprego de recursos, ou seja, não existe
desemprego nem capacidade ociosa de produção.
Agora, observe o ponto E, em que a economia produz 8 mil máquinas
agrícolas e 2 milhões de toneladas de alimentos. Nesse caso, e para todo e
qualquer ponto situado na parte interna da curva, os especialistas dizem
que a economia está subutilizando os recursos de produção, ou seja, existe
desemprego ou algum recurso está ocioso.
Por outro lado, a situação do ponto F, em que a economia produz 8 mil
máquinas e 10 milhões de toneladas de alimentos, é uma situação
impossível de existir, pois a economia estaria operando acima da sua
capacidade e não disporia de recursos para tanto.
Os desdobramentos analíticos da CPP podem ser normativos e positivos.
Quadro 2 – Desdobramentos analíticos da CPP 
Fonte: Autor.
A análise da Curva das Possibilidade de Produção não para por aí. Observe
que a CPP é côncava em relação à origem e decrescente.
Fundamentos de Economia 
Aconcavidade é relativa à denominada “Lei dos Custos Crescentes”, em que
a remoção de mão de obra da produção de alimentos para a produção de
máquinas agrícolas provoca custos gradativamente crescentes, pois o uso de
trabalhadores menos quali�cados em um setor traz aumentos signi�cativos
nos custos. Já o fato de a CPP apresentar-se decrescente é devido ao
sacrifício que será feito ao optar-se pela produção de bens de consumo em
detrimento de bens de produção.
Agora você já pode ser considerado um expert em Curva das Possibilidades
de Produção e apostamos que você está apto para propostas mais
desa�adoras, quer experimentar?
S A I B A M A I S
Nos períodos pós-guerras, o mundo acaba vivendo períodos de grande
desenvolvimento e consequente aumento da produtividade. Você saberia
responder por que isso acontece?
2. Evolução do Pensamento
Econômico
O estudo da Teoria Econômica teve sua origem a partir da publicação da
obra clássica de Adam Smith, A Riqueza das Nações, em 1776. O livro lançou
Fundamentos de Economia 
as bases da Revolução Industrial e o estudo da economia de forma
sistematizada.
S A I B A M A I S
Você já ouviu falar de Adam Smith? Ele é considerado o “Pai da Economia
Moderna“. Nasceu em 5 de junho de 1723 em Kirkcaldy, na Escócia. Foi
�lósofo e economista, tendo como cenário de vida o século XVIII. Em 1776,
publicou sa principal obra: A Riqueza das Nações, um verdadeiro classico
lido e relido até os dias atuais. Adam Smith acreditava na livre iniciativa e
que o mercado se ajustaria sozinho, sem qualquer tipo de intervenção do
governo. Para ele, a simles competição entre concorrentes seria su�ciente
para que os preços caíssem e as inovações tecnológicas, por si só, seriam
responsáveis pelo barateamento dos custos de produção.
Apesar da importante contribuição de Adam Smith para a Economia
Moderna, os primeiros estudos sobre economia vêm da Grécia Antiga, onde,
segundo consenso dos historiadores e economistas, o termo “economia” foi
cunhado por Aristóteles.
Somente no século XVI é que surgiu a primeira escola econômica: o
mercantilismo. Essa escola preocupava-se com a acumulação de riquezas
das nações e o fomento do comércio exterior, muito embora ainda se
tratasse de conceitos elementares.
Apesar de iniciar uma série de discussões a respeito do papel da moeda na
economia, dos efeitos multiplicadores da renda, entre outros, a escola
mercantilista assentava-se em princípios absolutamente empíricos, sem a
preocupação com o desenvolvimento de fundamentos teóricos que os
embasassem.
Fundamentos de Economia 
Um preceito básico do mercantilismo era atribuir o poder e a força de um
país ao acúmulo de ouro e prata. Essa in�uência chegou até nossos dias, à
medida que a capacidade de emissão de moedas de um país estava
vinculada ao lastro em ouro desse mesmo país.
É evidente que esses preceitos reforçaram o poder do Estado nas decisões
econômicas, além de incentivar guerras e estimular o nacionalismo.
Como contraponto ao mercantilismo, surgiu no século XVIII, na França, a
�siocracia. Essa escola do pensamento econômico pregava a supremacia da
lei da natureza, acreditando ser desnecessária a regulamentação do Estado
sobre a economia. Para os �siocratas, a terra era tida como fonte de riqueza
única e o universo era regido por leis naturais determinadas pela
Providência Divina.
Contrariando o pensamento mercantilista, em que a riqueza era
proporcionada pelo acúmulo de metais preciosos, os �siocratas a�rmavam
que a riqueza era derivada da produção de bens obtidos pelas atividades
econômicas da época (agricultura, pesca e mineração).
Sobretudo o desenvolvimento da escola �siocrata estava centrado na �gura
de Quesnay, primeiro autor a conferir um viés analítico e cientí�co para
problemáticas econômicas. Suas ideias ancoravam-se em princípios da
escola �losó�ca utilitarista e sua maior contribuição foi a construção de um
quadro econômico, o qual expunha as contribuições dadas por cada classe
social ao sistema econômico.
Para o autor, o sistema econômico era considerado um organismo vivo (lei
natural), e sua representação numérica permitiu que se chegasse à
conclusão do papel de cada classe social, as quais dividiam-se em:
Classe produtiva: agricultores, assalariados e outros trabalhadores
agrícolas;
Classe proprietária: soberano, nobreza proprietária e clero;
Classe estéril: comerciantes, manufatureiros e seus trabalhadores.
Ao observar que os agricultores precisam acumular capital para conseguir
iniciar a produção, chegou-se à conclusão de que a única classe capaz de
gerar algum tipo de excedente era a produtiva.
Fundamentos de Economia 
2.1 Escola Clássica
O período da Escola Clássica foi especialmente fértil em estudos e
publicações econômicas, a começar por Adam Smith. A contribuição dos
autores da Escola Clássica foi fundamental para que a Economia passasse a
ter suas próprias teorias e formar um conjunto de ferramentas de análise
das consequências das ações econômicas.
O pensamento comum a todos os autores da Escola Clássica era o da livre
iniciativa e as leis do mercado regendo a economia, cabendo ao Estado
apenas as funções �scalizatórias para coibir abusos.
Adam Smith desenvolveu o conceito da “mão invisível”, segundo o qual a
livre concorrência, por si só, conduziria a sociedade à perfeição. Ele criou a
Teoria do Valor-Trabalho, em que a divisão do trabalho e a especialização
nas funções são fatores decisivos na busca pelo aumento da produção.
Para Adam Smith, a produtividade é derivada da divisão e da subdivisão do
trabalho e da ampliação dos mercados, ou seja, especializar os
trabalhadores em suas tarefas mais simples e ganhar a escala de produção
como fatores de geração de riqueza.
O papel do Estado, na economia de Adam Smith, é limitado à proteção da
sociedade contra a especulação �nanceira e à manutenção da infraestrutura
necessária para o funcionamento da economia.
Outro autor bastante in�uente foi David Ricardo, que discutiu o rendimento
das terras mais férteis quando comparado à produtividade das terras
menos férteis e a questão do comércio internacional.
Ele desenvolveu a ideia de que somente o custo do trabalho resume todos
os demais custos e que o crescimento da população aliado à acumulação de
riqueza provoca um aumento da renda da terra até um certo limite. Após
esse limite, os rendimentos decrescentes diminuem os lucros e a poupança
torna-se nula, colocando a economia em um estágio estacionário, com
salários marginais e crescimento zero.
Vale ressaltar que Adam Smith criou a Teoria das Vantagens Absolutas, no
comércio internacional, enquanto David Ricardo criou a Teoria das
Vantagens Comparativas. Assim, ambos trabalharam teorias a respeito
desse comércio.
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ADAM SMITH (1723-1790): a defesa do mercado como regulador das
decisões econõmicas de uma nação traria muitos benefícios para a
coletividade, independente da ação do Estado. É o princípio do liberalismo.
DAVID RICARDO (1772-1823): seus estudos deram origem a duas correntes
antagônicas: a neoclássica, pelas suas abstrações simpli�cadoras, e a
marxista, pela ênfase dada à questão distributiva e aos aspectos sociais na
repartição da renda da terra.
JOHN STUART MILL (1806-1873): consolidou o exposto por seus
antecessores, e avança ao incorporar mais elementos institucionais e ao
de�nir melhor as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia
de mercado.
JEAN BAPTISTE SAY (1768-1832): criou a Lei de Say: “A oferta cria sua própria
procura“, ou seja, o aumento da produção transforma-se-ia em renda dos
trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras
mercadorias e serviços.
THOMAS MALTHUS (1766-1834): a causa de todos os males da sociedade
reside no excesso polulacional. Enquanto a população cresce em progresso
geométrico, a produção de alimentos segue em progresso aritmético. Assim,
o potencial da população esxcede em muito o potencial da terra na
produção de alimentos.
Fonte: VASCONCELLOS; GARCIA (2000)
Os economistasclássicos procuraram descobrir leis gerais que regiam e
regulamentavam o comportamento da economia, porém são criticados pela
abordagem excessivamente normativa que tentaram dar à complexa ciência
econômica, esquecendo ou minimizando a in�uência do homem na questão.
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2.2 Teoria Neoclássica
Os autores da Teoria Neoclássica deram ênfase ao raciocínio matemático
aplicado às questões econômicas, deixando um pouco de lado as questões
políticas e o planejamento devido à crença no livre mercado e sua condição
autorreguladora.
O foco da Teoria Neoclássica está no desejo de satisfação do consumidor e
na maximização do lucro por parte do produtor. O equilíbrio do mercado é
calculado através da medição do grau de satisfação do consumidor e de
produção, sendo consideradas também as restrições �nanceiras e as
restrições dos recursos de produção. Essa forma de ver as coisas deu
origem à Teoria Marginalista desenvolvida por Alfred Marshall.
A Teoria Neoclássica colocou a microeconomia no centro das atenções,
porém não se furtou totalmente das questões da macroeconomia, em que
se destacam os trabalhos de Schumpeter, “Teoria do Desenvolvimento
Econômico” e de Böhm-Bawerk, “Teoria do Capital e dos Juros”.
A Teoria Neoclássica foi fundamentada no trinômio produção-distribuição-
consumo, porém as ideias de Alfred Marshall deram outro contorno a essa
visão, incluindo também os conceitos de riqueza e bem-estar social.
S A I B A M A I S
Você já ouviu falar de Alfred Marshall? Nasceu em Londres em 26 de julho
de 1842 e foi um dos mais in�uentes economistas dentre os neoclássicos.
Sua principal obra foi o livro “Princípios de Economia“ onde foram reunidas
as teorias da oferta e da demanda, a utilidade marginal e dos custos de
produção. O seu livro transformou-se em um verdadeiro manual de
economia, reconhecido nas principais escolas de economia de todo o
mundo. Em 1868 tornou-se professor na Universidade de Cambridge
ocupando a cadeira de economia política. Ele tinha como objetivo
transformar a teoria econômica em uma disciplina mais cientí�ca através do
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uso do rigor matemático. Publicou ainda, em 1879, as obras A Teoria Pura
do Comércio Exterior e A Teoria Pura dos Valores Domésticos. Publicou
ainda, juntamente com sua esposa Mary Payley Marshall, da qual foi
professor, “A Economia da Indústria“.
Na primeira metade da década de 1930, Lionel Robbins elaborou uma forma
de caracterizar e identi�car os fenômenos econômicos. Ele fundamentou
sua sistemática nos seguintes pontos:
A atividade humana sempre possui múltiplas �nalidades;
Os objetivos humanos têm diversos níveis de importância e podem ser
priorizados por essa ordem;
Os meios utilizados pelo homem para alcançar os múltiplos objetivos
são limitados;
Os meios utilizados pelo homem são �exíveis e podem ser utilizados de
diferentes formas para alcançar diversos objetivos.
Para Robbins, o fato econômico é caracterizado por um elo entre os quatro
pontos vistos em conjunto, jamais isoladamente. Esse elo é a capacidade
humana de fazer escolhas.
Em linhas gerais, a Escola Neoclássica de�ne a Economia como o estudo do
homem na condução das questões referentes à sua riqueza e a seu bem-
estar.
2.3 Marxismo
Karl Marx (1818-1883) foi o principal crítico dos métodos clássicos, fundando
uma escola de pensamento que leva o seu nome. Em especial, criticava o
tom “a-histórico” das teorias econômicas. Ao desenvolver a Teoria do Valor-
Trabalho, contudo, apropriou-se de alguns conceitos da corrente clássica,
particularmente, de David Ricardo.
Para o marxismo, o proletariado, uma classe social que centraliza a força de
trabalho, é obrigado a vender seu principal recurso de produção (mão de
obra) para a burguesia, uma classe social que se apropria da produção e
aufere vantagens com essa apropriação. O valor dessa força de trabalho, por
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sua vez, deveria ser determinado pelo tempo dedicado à produção. A
discrepância entre o tempo socialmente dedicado à criação de valor e o
valor efetivamente recebido por um trabalhador fundamentou o conceito
chamado “mais-valia”.
As condições da produção do sistema capitalista, entretanto, obrigam
o trabalhador a vender mais tempo de trabalho do que o necessário
para produzir valores equivalentes às suas necessidades de
subsistência. Os trabalhadores são obrigados a aceitar as condições
impostas pelos empregadores porque não dispõem de fontes
alternativas de renda. Assim, seu dia de trabalho compreende o tempo
“necessário” à produção de valores iguais às exigências de
manutenção, e um tempo de trabalho “excedente”. O valor criado pelo
tempo de trabalho excedente é apropriado pelos detentores dos meios
de produção – os capitalistas –, ao que denominou mais-valia. (PINHO,
2011, p. 43).
A mais-valia, portanto, é o valor que excede o valor pago à força de trabalho
que é apropriada pelo capitalista, fazendo com que este acumule riquezas
às custas do trabalho proletário.
Ademais, através da separação de classes sociais, o capitalismo �rma suas
bases de evolução, tendo como principal motor o progresso técnico. O
desenvolvimento tecnológico tem um papel fundamental na reprodução
desse tipo de exploração: na medida em que a máquina substitui o homem
nos processos de produção, ela é a principal responsável pela formação do
exército de reserva dos desempregados.
Por sua vez, essa massa desempregada é, na visão da escola marxista, a
principal fonte de rigidez dos salários: capitalistas, para aumentar a
produção empregando mais trabalhadores, não precisam elevar salários,
basta contratar aqueles que estão desempregados.
S A I B A M A I S
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Você já ouviu falar de Friedrich Engels? Filósofo alemão, trabalhou lado a
lado com Karl Marx, sendo também responsável pela formação da escola
marxista. Escrevera junto a Marx O Manifesto Comunista e O Capital.
2.4 Keynesianismo
Para entender a obra de John Maynard Keynes e a sua Teoria Geral do
Emprego, dos Juros e da Moeda, vamos fazer uma viagem no tempo e voltar
aos anos 1930, quando o mundo vivia a Grande Depressão, que teve início
com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929.
Nessa época, o desemprego nos países industrializados da Europa e nos
Estados Unidos assumia índices elevadíssimos. Os economistas acreditavam
ser um problema temporário, apesar de a crise persistir alguns anos. A
Teoria Geral de Keynes conseguiu mostrar por que as políticas econômicas
adotadas não estavam funcionando e apontou soluções para que os países
deixassem a recessão e voltassem ao caminho do crescimento econômico.
Segundo Keynes, o principal fator gerador de empregos é o nível de
demanda agregada de uma economia, invertendo a Lei de Say, segundo a
qual a oferta cria sua própria procura. Nesse caso, as forças de
autoajustamento da economia deixam de atuar, impulsionando a economia
para uma recessão.
Assim, em momentos em que a atividade econômica começa a se
enfraquecer, é vital a interferência do Estado, impondo uma política de
gastos públicos e investimentos em infraestrutura para inverter a espiral
recessiva e devolver a economia ao caminho do crescimento.
Esse conjunto de argumentos se revelara efetivo não somente por tirar
diversos países da recessão econômica, mas especialmente no período pós-
Segunda Guerra Mundial, em que se tornou necessária a reconstrução da
economia dos países europeus.
Nos dias atuais, os preceitos de Keynes ainda são bastante debatidos,
especialmente por seguidores de três correntes distintas:
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Os monetaristas: defendem um baixo grau de interferência do Estado
na economia e um forte controle da moeda;
Os �scalistas: são partidários de um grau acentuado de interferência do
Estado na economia e o uso de políticas �scais mais contundentes;
Os pós-keynesianos: defendem a interferência do Estado na economia
via controle das especulações �nanceiras.
Como você pode observar, existem diferenças entre as várias correntes,
porém todas são baseadasna Teoria Geral de Keynes e concordam quanto
aos seus pontos fundamentais.
3. A relação Entre Economia e
Outras Áreas do Conhecimento
Pela própria formulação do pensamento econômico, é necessário que a
Economia não seja vista como um campo do conhecimento humano isolado,
pois, se assim fosse, estaria sujeita a equívocos de toda sorte, pois
certamente deixaria de levar em consideração fatores importantes que
in�uem nas questões econômicas básicas.
Negligenciar a relação da Economia com outras áreas do conhecimento é
simplesmente como negligenciar a capacidade de realização do ser humano.
Assim, um estudo inicial sobre Economia e seus conceitos passa
necessariamente por um capítulo sobre a relação com outras áreas do
conhecimento humano. São elas:
A Economia e a Política
Existe uma secular relação de interdependência entre a Política e a
Economia. À medida que compete à Política a organização do Estado, as
relações entre as classes sociais e a de�nição das instituições para o
desenvolvimento das atividades econômicas, as ações econômicas passam a
ser diretamente subordinadas à estrutura política da sociedade.
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Essa interdependência tornou-se mais acentuada a partir do keynesianismo
e suas soluções para a recessão econômica mundial dos anos 1930. A partir
de então, houve uma grande transformação na estrutura econômica,
baseada até então na livre iniciativa, e o Estado passou a ter uma função
intervencionista que modi�cou as bases do sistema capitalista. Nesse
período, a Política buscou na Economia soluções que pudessem dar
continuidade às formas de organização política vigentes nos países
ocidentais que reconheciam a livre iniciativa como vital para o
desenvolvimento econômico.
Nos países socialistas, a justaposição das ações políticas e econômicas
funciona como pilar das instituições mantidas pelo Estado. Nos países
socialistas, compete ao Estado as funções de direcionamento econômico,
uma vez que este controla todo o sistema de gestão e direção das empresas.
Assim, qualquer que seja a orientação do Estado, Política e Economia estão
inter-relacionadas a tal ponto que perde o sentido estudá-las isoladamente,
assim como ações isoladas de qualquer uma das partes não surtem o efeito
desejado.
Se você observar atentamente, a instabilidade econômica afeta diretamente
as instituições políticas, ao passo que o bom desempenho da Economia
direciona um cenário político de absoluta estabilidade.
A Economia e a Sociologia
Os estudos ligados à Economia e a Sociologia também são bastante
próximos, a�nal ambas as áreas de pensamento visam estudar organizações
sociais.
Atualmente, existe um interesse crescente dos economistas pelas questões
da realidade social e como essas questões podem in�uenciar no
desempenho da Economia, desde ações localizadas atribuídas a problemas
microeconômicos, isto é, relativos ao comportamento e processo decisório
dos agentes econômicos, até questões de macroeconomia, que se referem
ao comportamento da Economia como um todo.
Segundo Rossetti (1994), a interação social, o comportamento dos grupos, a
mobilidade, a estrati�cação, as mudanças sociais, a investigação das
condições de vida das comunidades e o exame dos diferentes níveis de
organização e da cultura da sociedade são alguns dos setores que caíram no
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campo de gravitação da Sociologia. Tais setores também interessam
diretamente às questões da análise econômica, pois podem explicar muitos
dos fenômenos que afetam a Economia das nações.
Os economistas contemporâneos entendem que os fatores condicionantes
da atividade econômica são frutos das relações sociais, cuja análise é de
interesse da Economia, muito embora sejam resultado da Sociologia.
Os avanços da Teoria Neoclássica e seus desdobramentos políticos, como a
agenda neoliberal, começaram a trazer explicações para problemáticas
tradicionalmente atribuídas a sociólogos. Assim, economistas começaram a
explicar, através de abordagens como o individualismo metodológico, e
modelos, como a teoria dos jogos, questões relativas a escolhas nos
casamentos, mudanças nas taxas de natalidade, entre outras.
A resposta dos sociólogos diante desse movimento de apropriação dos
fenômenos sociais culminou na consolidação da Nova Sociologia Econômica.
A Economia e a História
É inegável que os principais fatos que marcaram a história da humanidade
tiveram motivação econômica, ou você é daqueles que acreditam que os
portugueses lançaram-se no Oceano Atlântico rumo aos grandes
descobrimentos simplesmente pela grandeza do fato? Foram questões
econômicas que motivaram portugueses, espanhóis, holandeses, franceses
e ingleses a partirem rumo à colonização da América.
Também foram questões econômicas que motivaram as grandes guerras
mundiais, assim como foram questões econômicas que impulsionaram
Napoleão Bonaparte à expansão de seu império. A pesquisa sobre os
acontecimentos que marcaram a história mundial é de incontestável valor
para o economista, abastecendo-o de informações sobre as atividades
humanas localizadas no tempo e no espaço, fornecendo farto material sobre
a evolução das tendências e promovendo a inter-relação entre os
acontecimentos.
Em algumas ocasiões, o fato histórico acaba por impulsionar a economia de
uma determinada região, como foi o caso da participação do Japão na
Segunda Guerra Mundial, quando ao país derrotado não restava outra
alternativa senão desenvolver um esforço supremo de reconstrução, sob
pena de se submeter a uma catástrofe ainda maior. Esse esforço provocou
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enormes avanços na economia japonesa, que em pouco mais de 30 anos
alcançou o status de uma das maiores economias do mundo.
Assim, a inter-relação História-Economia é fundamental para o
entendimento das rápidas mudanças que sacodem as estruturas da
sociedade contemporânea, fornecendo elementos para que o homem possa
superar os desa�os de construir condições de equilíbrio social, mesmo
diante das turbulências típicas da vida contemporânea.
A Economia e a Geografia
A criação de um campo de estudo denominado “Geogra�a Econômica” é a
prova mais contundente do inter-relacionamento entre as duas áreas do
conhecimento, que são consideradas complementares.
A Geogra�a Econômica fornece subsídios sobre os recursos humanos e
naturais disponíveis em determinada região, além de análises
climatológicas, hidrográ�cas etc. que servem como indicadores para as
políticas econômicas de distribuição de recursos �nanceiros com mais
e�ciência.
A interação entre a Economia e a Geogra�a permite que a última deixe de
ser uma mera mapeadora de acidentes geográ�cos e dos indicadores
climáticos e se transforme em uma fornecedora de dados que permitem a
avaliação das condições econômicas do mercado, da concentração de
recursos produtivos nas regiões e da composição de setores da atividade
econômica.
A inter-relação entre essas duas áreas do conhecimento permite ao
mercado tomar decisões sobre investimentos utilizando como critério de
decisão as tendências de desenvolvimento econômico  e perspectivas de
crescimento.
Estudos de variáveis demográ�cas estão inseridos nessa inter-relação.
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Faça uma pesquisa sobre os subsídios �scais para a Região Nordeste do
Brasil. Será que os subsídios �scais oferecidos pelo Governo Federal às
empresas que procuram instalar- se na Região Nordeste têm alguma relação
com a Economia?
A Economia e a Matemática
Muito embora a Economia seja uma ciência social, ela é limitada pela
escassez de recursos, ocupando-se de cálculos de quantidades físicas dos
recursos e da distribuição equilibrada destes, como o estabelecimento das
quantidades de bens e serviços a serem produzidos e as quantidades de
recursos de produção a serem utilizados no processo produtivo.
A Matemática, por sua vez, nos permite demonstrar através de grá�cos e
fórmulas importantes princípios e conceitos das relações econômicas. A
Matemática permite também detalhadas análises sobre modelos
econômicosteóricos e práticos, utilizando para tanto recursos de simulação
e simpli�cando situações complexas a um pequeno grupo de variáveis.
A interação entre Economia e Matemática é tão forte que existe uma área de
estudos em que os modelos são quanti�cados, denominada “Econometria”,
uma combinação de Estatística, Matemática e Economia.
A Economia não possui tantas relações de exatidão quanto a Matemática,
pois se assim fosse seria plenamente previsível. Na Economia, os números
aprendem, pensam, reagem, projetam, �ngem e são substituídos pelo ser
humano com todos as suas qualidades e defeitos.
Mas, ainda assim, a Economia apresenta situações matemáticas com
algumas relações que podem ser consideradas invioláveis, tais como:
O consumo nacional é diretamente proporcional à renda nacional;
As quantidades de bens e serviços demandadas são inversamente
proporcionais aos seus preços;
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A taxa de câmbio in�ui diretamente no volume de importações e
exportações de bens e serviços.
Na relação entre a Matemática e a Economia, você precisa estar ciente de
que a Matemática é um instrumento a serviço da Economia. É uma
ferramenta que permite provar as hipóteses da Economia, sendo apenas um
meio, e não um �m em si mesma.
Quando você estiver tratando de fatos econômicos, utilize a Matemática
para auxiliá-lo na tomada de decisão, mas jamais faça com que ela seja
predominante, pois você precisará levar sempre em consideração as
relações humanas.
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Faça uma pesquisa sobre “consumo nacional“ e “renda nacional“. Você seria
capaz de estabelecer uma relação matemática entre esses dois
componentes econômicos.
A Economia e o Direito
Segundo Rossetti (1994), nenhuma ordem econômica é possível sem que o
Direito limite as liberdades em função das responsabilidades recíprocas,
solucionando claramente os con�itos potenciais observados.
Tal a�rmação resume a forte interação entre a Economia e o Direito. Todas
as ações econômicas envolvem as pessoas, as empresas e o governo. Como
esses protagonistas possuem interesses diferentes, surgem as áreas de
con�itos potenciais.
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A própria liberdade de concorrência entre as empresas, a autorregulação do
mercado, as liberdades de escolhas individuais, o consumo e a acumulação
de riquezas devem ser regulamentados pela ordem jurídica que opera para
conciliar os interesses, coibir abusos e delimitar as responsabilidades.
Compete à legislação situar o homem, a atividade empresarial e a sociedade
no bojo da política e do meio ambiente, indicando os direitos e
responsabilidades das partes e impondo os limites dentro dos quais a
liberdade de ação pode ser praticada sem que a outra parte seja
prejudicada.
Historicamente, pode-se a�rmar que as relações entre a Economia e o
Direito ganharam um novo status a partir da Segunda Guerra Mundial. Na
França instituiu-se a disciplina de estudos Direito Econômico na
Universidade de Paris, e tal fato acabou por gerar ações semelhantes na
Itália e na Alemanha.
Mas foi somente com o �m do liberalismo e o início da ordem econômica
dirigida pelas áreas governamentais que se ampliou a legislação sobre
atividades econômicas. Tal fato foi decisivo para a aproximação dos
conceitos do Direito e da Economia, superando barreiras que os mantinham
afastados e aumentando as relações de interdependência.
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O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) é o órgão
responsável por zelar pela livre concorrência na economia brasileira. Nesse
contexto, uma de suas funções práticas é julgar os processos relativos a
operações de fusões e aquisições. Você saberia dizer o porquê?
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Síntese
Neste Capítulo, você aprendeu os conceitos da Economia e como funciona a
Curva das Possibilidades de Produção.
Você também conheceu os problemas econômicos fundamentais,
resumidos por: “O que produzir?”; “Quanto produzir?”; “Como produzir?” e
“Para quem produzir?”.
Ao estudar os grandes pensadores da Economia e conhecer um pouco sobre
as teorias econômicas desenvolvidas ao longo da história da humanidade,
você tomou contato com questões como a in�uência da Economia nas
atividades humanas, bem como as questões como a escassez de recursos.
Um ponto importante é a decisão entre a livre iniciativa ou a interferência do
Estado na Economia, entendendo os conceitos do keynesianismo, que
propõe a interferência governamental para recolocar a economia de uma
nação no rumo do desenvolvimento em períodos recessivos provocados
pelo esgotamento da livre iniciativa.
Finalmente, estudou o relacionamento da Economia com outras áreas do
conhecimento e qual a in�uência de cada uma dessas áreas nas decisões de
cunho econômico.
É importante que você faça algumas re�exões sobre o material estudado,
principalmente nos assuntos destacados nos “boxes de conteúdo”.
Aconselho a releitura especialmente das dicas, pois isso facilitará seu
desempenho nos demais temas do curso e nas demais unidades de ensino.
Sucesso! 
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Referências Bibliográficas
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