Buscar

APOSTILA ECONOMIA UNIFATECIE 12072021

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Diretor Geral 
Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino e Pós-graduação
Daniel de Lima
Diretor Administrativo 
Eduardo Santini
Coordenador NEAD - Núcleo
de Educação a Distância
Jorge Van Dal
Coordenador do Núcleo de Pesquisa
Victor Biazon
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Projeto Gráfico e Editoração
André Oliveira Vaz
Revisão Textual
Leandro Vieira
Web Designer
Thiago Azenha
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E 
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ. 
Núcleo de Educação a Distância;
GUALASSI, Rodrigo Junior.
Economia. Rodrigo Junior Gualassi.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2019. 91 p.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
Zineide Pereira da Silva.
UNIFATECIE Unidade 1
Rua Getúlio Vargas, 333,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 2
Rua Candido Berthier
Fortes, 2177, Centro
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 3
Rua Pernambuco, 1.169,
Centro, Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102, 
Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
(44) 3045 9898
www.fatecie.edu.br
As imagens utilizadas neste 
livro foram obtidas a partir
do site ShutterStock
Prof. Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
 
Possui pós-graduação em Gestão de Pessoas pelo Instituto Paranaense de Ensino 
de Maringá. Curso em andamento de especialização em EAD e Novas Tecnologias Edu-
cacionais pela Unifatecie e membro do Conselho de Pesquisa e Extensão na Unifatecie. 
Graduado em processos gerenciais pela Unifatecie-Faculdade de Tecnologia e Ciências 
do Norte do Paraná. Atualmente é professor de graduação na Faculdade de Tecnologia 
e Ciências do Norte do Paraná - Unifatecie e na Fapan-Faculdade de Paraíso do Norte, 
Paraná. Supervisor de tutoria na EaD Unifatecie. Professor conteudista/formador na EaD 
Unifatecie. Atuou como: Coordenador de pós-graduação na Faculdade de Tecnologia e 
Ciências do Norte do Paraná - Unifatecie; Professor de pós-graduação na Faculdade Alfa 
de Umuarama no estado do Paraná; Professor conteudista/formador na EaD - Unicesumar; 
Professor conteudista/formador na EaD - Uningá; Tutor de graduação na modalidade EaD 
do grupo Uninter; Professor conteudista/formador na VG assessoria - Maringá, Paraná. 
Trabalhou em departamento de recursos humanos em empresas de pequeno porte onde 
desenvolveu atividades envolvendo as áreas de planejamento estratégico, formalização 
de processos e desenvolvimento de equipes e resultados. Ministrou aulas em cursinhos 
preparatórios além de palestras e treinamentos no segmento empresarial. Tem experiência 
na área de Administração, com ênfase em Gestão de Pessoas. Colaborou como professor 
elaborador de itens do BNI-ENADE 2015 e, em 2018 como Revisor de Itens para o curso 
de processos gerenciais.
AUTOR
As empresas desempenham suas atividades de comércio, produção e serviços sob 
um contexto de comportamentos diferenciados dos consumidores, a existência da escassez 
de recursos, a falta ou excesso de demanda e oferta e a presença do estado regulamenta-
do, incentivando e demandando. Desta forma a disciplina de economia torna-se necessária 
ao aluno por proporcionar condições de avaliar essa dinâmica de mercado e confrontar com 
a realidade da atividade empresarial onde atua.
Nesta nossa disciplina de economia contemplaremos na unidade I, os princípios da 
economia de forma que serão abordados os primórdios do pensamento econômico percor-
rendo um caminho de correntes e pensamentos que levam até os tempos atuais.
Já na unidade II serão apresentados conceitos de economia, o problema econômico 
fundamental, os setores básicos da economia e os sistemas econômicos.
Na unidade III conceituaremos e contextualizaremos a microeconomia, compreen-
deremos os tipos de análise microeconômica visando estabelecer a importância da apli-
cação da sua análise. Conceituaremos e contextualizaremos demanda, oferta e equilíbrio 
de mercado com o objetivo de compreender demanda e oferta. Ao final da unidade III 
abordaremos os conceitos de teoria de mercado. Por fim, na unidade IV conceituaremos 
macroeconomia além de promover a compreensão dos objetivos da política macroeconô-
mica. Apresentaremos os instrumentos de política macroeconômica e contextualizaremos 
os agregados macroeconômicos, além de conceituar e tipificar moeda e conceituar e com-
preender a inflação.
Ao estudar este material esperamos capacitar o estudante a avaliar sistematicamen-
te a atuação de todos os agentes econômicos que participam de um sistema econômico. 
Preparar o aluno para lidar com os conceitos e instrumentos básicos da teoria econômica, 
especialmente de Microeconomia, em que o administrador se baseia para tomar decisões 
empresariais, sobrelevando os aspectos das decisões dos agentes econômicos individuais: 
o consumidor e a firma, e como estes se relacionam nos mercados. Compreender a influên-
cia do Estado sobre as empresas. Compreender as políticas e os impactos na demanda por 
meio da ampliação ou redução do crédito; moeda e inflação.
Aproveite seu material. Bons Estudos!
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 6
Antecedentes Históricos da Economia
UNIDADE II ................................................................................................... 23
Introdução a Economia
UNIDADE III .................................................................................................. 42
Microeconomia
UNIDADE IV .................................................................................................. 66
Macroeconomia
6
Plano de Estudo:
• PRECURSORES DA TEORIA ECONÔMICA
• MERCANTILISMO
• FISIOCRACIA
• LIBERALISMO
• TEORIA NEOCLÁSSICA
• TEORIA KEYNESIANA
• O PERÍODO RECENTE
 
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a história da economia.
• Compreender os períodos passados.
• Estabelecer a importância da história da economia para compreender o presente.
UNIDADE I
Antecedentes Históricos da Economia
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
7UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
Olá,
Este capítulo foi carinhosamente preparado para que você possa antes mesmo 
de ter contato com os assuntos econômicos mais próximos da nossa realidade, buscar 
compreender o porquê e como chegamos até aqui. Dessa forma passaremos cronologi-
camente por períodos que remetem desde os primórdios da humanidade até os tempos 
atuais. Percorrendo por períodos como por exemplo na antiguidade quando percebidos 
alguns dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber. É fato de que economia 
não é uma disciplina simples de se entendida, nem é nosso objetivo que você pense que 
é, por isso este material traz conteúdos de forma sucinta, considerando uma abordagem 
simples e objetiva acerca do que cada época passada gerou de conteúdo que possa hoje, 
ser amplamente estudado e além disso utilizado como base de uma ciência social que faz 
parte da vida de todos nós. Espero que goste.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
8UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
1 PRECURSORES DA TEORIA ECONÔMICA
Ao iniciar esse capítulo suponho que seja necessário esclarecer uma importante 
indagação: qual a necessidade de estudar sobre teoria da economia? Pensemos bem a 
esse respeito. Talvez você possa estar pensando que não existe necessidade, até mesmo 
porque poderia ser uma tremenda perda de tempo pesquisar algo que ocorreu a tanto tem-
po, certo? Errado. Veja o que nos diz Nogami e Passos (2016, p. 7) acerca desse assunto:” 
como qualquer outra ciência, a Economia preocupa-se com a previsão e a explicação de 
fenômenos. Para tanto, utiliza-se de teorias. Em economia, construir teorias significa extrair 
conhecimentos sobre o funcionamento do sistema econômico”. E essas teorias servem 
como base para as próximas que poderão surgir.
Uma vez que entende-se a importância de tal pesquisa histórica, passamos a partir 
de agora então, aos fatos que merecem destaque ao longodo tempo. 
Nunca é demais frisar que o objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar 
os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa 
qualidade de vida (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
Alguns importantes períodos históricos podem ser associados a fatores econômi-
cos, como exemplo disso, pode-se citar os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, 
e a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo, 
que alteraram profundamente a história mundial. As próprias guerras e revoluções são 
permeadas por motivações que podem ter origens e interesses econômicos.
E para ajudar na compreensão da economia como a conhecemos hoje, o(a) convido 
9UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
para olhar para o passado.
 1.1. Antiguidade
Para iniciar nossos estudos sobre economia, se faz importante destacar que por 
um bom tempo, ela constituiu-se como um conjunto de preceitos ou de soluções adequadas 
a problemas particulares.
Como bem mencionado por Pinho et al (2017, p. 67) “na antiguidade grega, por 
exemplo, apareceram apenas algumas ideias econômicas fragmentárias em estudos filo-
sóficos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da filosofia, ética, política, 
mecânica ou geometria”. Sendo possível identificar tais correlações por exemplo conforme 
observados em Aristóteles, Platão e Xenofonte:
“Aristóteles (384-322 a.C.), em seus estudos sobre aspectos de administração 
privada e sobre finanças públicas. Também encontramos algumas considerações de ordem 
econômica nos escritos de Platão (427-347 a.C.) e de Xenofonte (440-335 a.C.), sendo que 
este último aparentemente cunhou o ter- mo economia (oikonomia), no sentido de gestão 
de bens privados” (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 22).
Contudo, para Silva e Azevedo (2017, p. 17) “na antiguidade os estudos não apre-
sentavam um padrão homogêneo ou sistemático das relações econômicas, não havendo 
contribuições consistentes para o surgimento da Teoria Econômica”. Por isso, nessa época 
tal atividade econômica associada ao homem era vista como parte da filosofia social, moral 
e ética, a qual deveria se orientar seguindo princípios gerais da ética, justiça e igualdade.
Rossetti (2016, p. 16) também destaca que “filósofos da Grécia Antiga, como Pla-
tão e Aristóteles, e os escolásticos da Idade Média tenham explorado temas de conteúdo 
econômico”.
10UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
2 MERCANTILISMO
O Mercantilismo (1450-1750) segundo Pinho et al (2017, p. 68) “imprimiu ao pen-
samento econômico um cunho de arte empírica, de preceitos de administração pública que 
os governantes de- veriam usar para aumentar a riqueza da nação e do príncipe”.
Importantes transformações marcaram o início do Mercantilismo, destacando-se as 
seguintes:
 
· intelectuais — com o Renascimento e sua magnífica floração artística 
(Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, Ticiano e outros) e literária, 
a laicização do pensa- mento, o retorno aos métodos de observação e de 
experiência, a difusão de novas ideias por meio da imprensa (Gutemberg 
imprimiu a primeira Bíblia em 1450) etc.;
· religiosas — trazidas principalmente pelo movimento da Reforma, em 
especial a implantada por Calvino e pelos puritanos anglo-saxões, que 
exaltavam o indi- vidualismo e a atividade econômica, condenavam a 
ociosidade, justificavam os empréstimos a juros, a busca do lucro, o sucesso 
nos negócios etc.;
· padrão de vida — marcadas pela reabilitação teológica da vida material 
em relação ao ascetismo e, consequentemente, pelo desejo de bem-estar, 
de alimentação re- quintada (com o uso de especiarias, do açúcar etc.), 
de habitações confortáveis e arejadas (que implicavam a necessidade de 
decoração dos interiores, com móveis trabalhados, quadros, tapeçarias, 
louças finas etc.), de viagens inter-regionais (que contribuíram para a 
propagação das novas maneiras de viver e de pensar) etc.;
· políticas — com o aparecimento do Estado Moderno, coordenador dos 
recursos materiais e humanos da nação, aglutinador das forças da nobreza, 
do clero, dos senhores feudais, da burguesia nascente etc.;
· transformações geográficas — decorrentes da ampliação dos “limites do 
mundo”, graças às grandes descobertas (sobretudo a bússola) e aos esforços 
para desen- volver a navegação (em especial dos soberanos portugueses, 
como o infante D. Henrique, o Navegador): Bartolomeu Dias dobrou o cabo 
das Tormentas (1487), Colombo desembarcou em Guanahani (1492), Vasco 
da Gama atingiu as Índias (1498), Cabral descobriu o Brasil (1500), Magalhães 
empreendeu, pela primeira vez, uma viagem de circum-navegação, concluída 
por seu lugar-tenente Sebastião del Cano (1514), Cortez conquistou o México 
(1519-1521), Pizarro dominou a terra dos Incas (1531) etc.;
· transformações econômicas — o afluxo à Europa de metais preciosos, 
provenientes do Novo Mundo, provocou o deslocamento do eixo econômico 
mundial: os grandes centros comerciais marítimos não mais se limitaram 
ao Mediterrâneo, estendendo- se também ao Atlântico e ao Mar do Norte 
(Londres, Amsterdã, Bordéus, Lisboa etc.). O aparecimento de interessantes 
ideias sobre a moeda possibilitou a elaboração da concepção metalista, base 
do Mercantilismo: o ouro e a prata passaram a ser considerados os mais 
perfeitos instrumentos de aquisição de riqueza (PINHO, 2017, p.19)
Vasconcellos e Garcia (2008) contribuem para a formação do nosso entendimento 
ressaltando que o surgimento da primeira escola econômica denominada mercantilismo 
pôde ser percebida a partir do século XVI, mesmo não apresentando um conjunto técnico 
homogêneo possuía algumas características importantes, como:
11UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
• Apresentava algumas preocupações explícitas sobre acumulação de riquezas 
de uma nação;
• Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar 
riquezas;
• Aparecem relatos mais elaborados da moeda em detrimento da grande impor-
tância proveniente do acúmulo de metais.
• E foi a partir disso que a política mercantilista estimulou guerras, aqueceu o 
nacionalismo mantendo a forte presença do Estado no que tange os assuntos 
econômicos.
 
12UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
3 FISIOCRACIA – “REGRAS DA NATUREZA”
Surge como reação ao mercantilismo. Escola de pensamento francesa que elabo-
rou trabalhos importantes. Sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e que havia 
um ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, 
imutáveis e universais, desejadas pela Proveniência Divina para a felicidade dos homens.
Fisiocracia quer dizer “regras da natureza” e o trabalho de maior destaque obteve respalda-
do em François Quesnay. Tableau Économique, sua obra de maior relevância.
Quesnay, foi o Primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre 
eles. Está na origem do sistema de circulação monetária input-output criado no século XX 
(anos 1940) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily Leontief , da 
Universidade de Harvard.
Para os fisiocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natu-
reza em atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a mineração. A agricultura era 
encorajada, pois só a terra tinha capacidade de multiplicar riqueza. Existia a exigência que 
as pessoas empenhadas no comércio e nas finanças fosse reduzidas ao menor número 
possível (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
A Fisiocracia impôs-se principalmente como doutrina da ordem natural: o uni-
verso é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, deseja-
das pela Providência Divina para a felicidade dos homens. Estes, por meio 
da razão, poderão descobrir essa ordem[...]Alguns autores consideram as 
teorias de Quesnay sobre o Estado e a sociedade meras reformulações da 
doutrina escolástica que satisfaziam aos nobres e à sociedade. Unspoucos 
chegam a destacar certa tendência teológica no pensamento de Quesnay, 
mas a maioria está de acordo em reconhecer a natureza puramente analítica 
ou científica de sua obra econômica (PINHO 2017, p. 71).
Silva e Azevedo (2017, p. 18) destacam que “acreditava--se em uma ordem natural 
que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e univer-
sais, desejadas pela providência divina para a felicidade dos homens”. Desse modo os 
fisiocratas, consideravam que toda a vida permanece na dependência da produtividade do 
solo bruto e a capacidade natural de renovação do meio ambiente.
 
13UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
4 LIBERALISMO
4.1. Adam Smith (1723-1790)
Teve como um dos seus maiores pensadores na figura de Adam Smith (1723-
1790). Considerado precursor da moderna teoria econômica, ou ainda, Smith é comumente 
conhecido como “pai” da economia.
A Riqueza das Nações (1976), sua obra, trata de questões econômicas que vão 
desde as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra, 
concluindo com um conjunto de recomendações políticas. “No qual defendia o liberalismo, 
ou seja, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões econômicas, o 
que ficou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em francês” (SILVA E AZEVEDO, 
2017, p. 18).
Em sua visão harmônica do mundo real, Smith entendia que a atuação da livre 
concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico, 
como que guiada por uma mão invisível. Com Argumentos baseados na livre iniciativa, no 
laissez –faire considerava-se que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano ou 
teoria do valor-trabalho. Divisão do trabalho, especialização em tarefas especificas (áreas) 
e daí como consequência Fator decisivo para aumento da produção (VASCONCELLOS E 
GARCIA, 2008).
Para Smith A Produtividade decorre da divisão de trabalho que por sua vez decorre 
da tendência inata da troca, que, finalmente é estimulada pela ampliação dos mercados. O 
papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade contra 
eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e instituições necessárias, mas 
não à intervenção nas leis de mercado e, consequentemente, na prática econômica.
 
Embora a maioria dos autores tenha feito de Smith (1723-1790) o apologista 
da nascente classe industrial capitalista, a verdade é que ele se mostrava 
favorável aos operários e aos trabalhadores agrícolas, opondo-se aos privilé-
gios e à proteção estatal que apoiavam o “sistema mercantil” (PINHO, 2017, 
p. 72).
 
4.2. David Ricardo (1772-1823)
Os temas presentes nas suas obras incluem a teoria do valor-trabalho na qual traça 
uma relação entre o trabalho e o seu respectivo valor monetário; a teoria da distribuição, 
que relaciona os lucro e os salários; o comércio internacional e temas monetários (VAS-
CONCELLOS E GARCIA, 2008).
14UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
4.3. John Stuart Mill (1806-1873)
Morreu em 1873. Deixou-nos uma obra vasta que, ainda hoje, constitui excelente 
motivo de reflexão e cujo estudo é incontornável. Dela se destacam: Sistema de Lógica De-
dutiva e Indutiva (1837), Princípios de Economia Política (1844), Sobre a Liberdade (1859), 
Considerações Sobre o Governo Representativo (1861), Utilitarismo (1863), Sujeição das 
Mulheres (1869) e Autobiografia (1873) (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
 
4.4. Jean-Baptiste Say (1768-1832)
Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção reali-
za-se através de 3 elementos: 1. o trabalho; 2. o capital;e, 3 agentes naturais (por agentes 
naturais entenda-se a terra, etc). Deu atenção especial ao empresário e ao lucro. Subor-
dinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida 
sua concepção de que oferta cria a procura equivalente (VASCONCELLOS E GARCIA, 
2008).
4.5. Thomas Malthus (1766-1834)
Economista inglês que elaborou uma teoria que afirmava que a população iria 
crescer tanto que seria impossível produzir alimentos suficientes para alimentar o grande 
número de pessoas no planeta. Dentre suas obras a principal foi o Princípio da População. 
Para Malthus a produção de alimentos crescia de forma aritmética, enquanto o crescimento 
populacional crescia de forma alarmante.
 
REFLITA
Até aqui, me dei conta que a economia:
 = Surgiu no período da antiguidade com os primeiros pensamentos econômico 
(Aristóteles, Platão e Xenofonte);
 = Mercantilismo, sendo o controle do estado sua principal característica, foco na 
riqueza interna (ouro e prata). Menos importações e mais exportações ;
 = Fisiocracia, (Quesnay): Para os fisiocratas, toda a vida permanece dependente da 
produtividade do solo bruto e a capacidade do meio ambiente natural se renovar;
 = Liberalismo, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões 
econômicas, o que ficou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em francês.
15UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
4.6. Karl Marx (1818-1883)
Para Pinho (2017, p.75) Marx “opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e 
às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade 
no século XIX”. Aqui podendo ser citado a filosofia alemã, a economia política inglesa e o 
socialismo francês”.
Vasconcellos e Garcia (2008, p. 29) salientam que a escola marxista “critica a 
abordagem pragmática da ciência econômica e propõe-se um enfoque analítico, em que a 
Economia interage com os fatos históricos e sociais”. Afirma que analisar questões econô-
micas deixando de lado a observação de fatores históricos e sociais pode gerar uma visão 
distorcida da realidade. Em seu trabalho de maior relevância, a obra intitulada de O capital, 
Marx enfatiza a teoria do valor do trabalho analisando aspectos da economia com sua teo-
ria referenciada. Para ele, o capital detém-se com a burguesia, classe social desenvolvida 
após o desaparecimento do sistema Feudal. Essa classe tem a apropriação dos meios de 
produção, cabendo a outra parte, classe social, intitulada de proletariado vender sua força 
de trabalho já que não possuem condições para produzirem aquilo que seria necessário 
para sua sobrevivência.
16UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
5 TEORIA NEOCLÁSSICA
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008) essa corrente de pensamento teve 
início na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX.A crença 
na economia de mercado e em sua capacidade autorreguladora fez com que os teóricos 
econômicos não se preocupassem tanto com a política e o planejamento macroeconômi-
cos. Foco nos aspectos microeconômicos.
O trabalho de maior destaque teve respaldo em Alfred Marshall e sua obra Princí-
pios de economia (1890) - Teoria marginalista.
“Esses estudos privilegiavam aspectos microeconômicos, pois defendiam o 
Estado mínimo, devido à crença de autorregulação dos mercados, deixando 
de lado questões macroeconômicas ou políticas. Deste modo, as contribui-
ções da era neoclássica se deram pelos estudos de redução de custos, da 
utilidade marginal (capacidade de satisfazer as necessidades humanas), a 
lei da oferta e da demanda, a formação de preços, entre outros” (SILVA E 
AZEVEDO,2017 p.19).
Outros teóricos importantes do período:
 ♦ William Jevons: com a Teoria da Utilidade Marginal;
 ♦ Léon Walras: com sua Teoria Geral do Equilíbrio (dos preços);
 ♦ Eugen Böhm-Bawerk: contribuições, especialmente à teoria do capital e do juro;
 ♦ Arthur Pigou: identificou situações em que a presença de “influências externas” 
na produção justificam a intervenção do Estado, para a provisão de bens ou de 
serviços.
17UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
6 TEORIA KEYNESIANA
Teve como maior precursor John Maynard Keynes (1883-1946) que utilizando de 
suas obras rompeu a tradição neoclássica,pois apresentaram um programa de ação do 
governo para a promover o pleno emprego (PINHO, 2017).
Sua obra, Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda(1936) causou um im-
pacto revolucionário que tornou-se conhecido como a Revolução Keynesiana.
Para Keynes de acordo com Fernandes (2016, P. 20), “um dos fatores responsáveis 
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia, determinado 
pela demanda agregada ou efetiva de bens e serviços”.
Mostrou que a combinação das políticas econômicas da época não funcionava ade-
quadamente dentro do novo contexto econômico. Um dos principais fatores responsáveis 
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia determinada 
por sua vez, pela demanda agregada ou efetiva. Invertendo a lei de Say onde a oferta cria 
sua própria procura. Para Keynes, numa economia em recessão, não existem forças de 
auto ajustamento, por isso se torna necessário a intervenção do Estado por meio de uma 
política de gastos públicos.
Keynes utilizando de seus argumentos obteve uma forte influência na economia 
dos países capitalistas.
Nesse período, houve desenvolvimento expressivo da teoria econômica. Por 
um lado, incorporaram-se os modelos por meio do instrumental estatístico e 
ma- temático, que ajudou a formalizar ainda mais a ciência econômica. Por 
outro, alguns economistas trabalharam na esteira de pesquisa aberta pela 
obra de Keynes. Debates teóricos sobre aspectos de seu trabalho duram 
até hoje, desta- cando-se três grupos: os monetaristas, os fiscalistas e os 
pós-keynesianos. Apesar de nenhum deles ter um pensamento homogêneo 
e todos terem pequenas diver- gências internas, é possível fazer algumas 
generalizações (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 28).
Esse posicionamento teórico significa o fim da crença no laissez-faire como regula-
dor dos fluxos real e monetário da economia, e é chamado de princípio da demanda efetiva.
18UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
7 O PERÍODO RECENTE
Silva e Azevedo (2016) destaca que novas abordagens e teorias econômicas fo-
ram criadas após o período Keynesiano. Essas por sua vez foram inspiradas nas diversas 
abordagens e teorias citadas anteriormente neste material. Hoje em dia é amplamente 
possível observar questões eu foram tratadas nos tópicos anteriores e que são levantadas, 
um exemplo disso é nível de intervenção do Estado nas economias, sem que se chegue a 
alguma conclusão concreta.
A economia vem apresentando algumas transformações, principalmente a partir 
dos anos 1970.
1. Existe uma consciência maior das limitações e possibilidades da teoria;
2. Avanço no conteúdo empírico da economia;
3. Consolidação das contribuições dos períodos anteriores.
Atualmente, a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida hu-
mana, sendo considerável o impacto desses estudos na melhoria do padrão de vida e do 
bem-estar da sociedade. O controle e o planejamento macroeconômico permitem antecipar 
muitos problemas e evitar algumas flutuações desnecessárias na economia (VASCONCE-
LLOS E GARCIA, 2008).
Na figura a seguir é possível visualizar de forma simplificada as principais correntes 
do pensamento econômico ao longo da história.
19UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
Figura 1. Síntese: principais correntes do pensamento econômico.
Fonte: Rossetti (2016, p.36)
20UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
SAIBA MAIS
Este prêmio, oficialmente denominado “Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Eco-
nômicas em memória de Alfred Nobel”, é o único que não estava previsto no testamento 
do inventor sueco da dinamite. 
O Nobel de Economia é oficialmente chamado de Prêmio Sveriges Riksbank em Ciên-
cias Econômicas e foi estabelecido pelo banco central sueco nos anos 1960 em home-
nagem a Nobel. A premiação não fazia parte dos prêmios originais, criados no testamen-
to de Alfred Nobel, em 1895.
Veja Abaixo lista com os vencedores do Nobel de Economia do ano:
2018: William Nordhaus e Paul Romer (Estados Unidos), por integrar a mudança climá-
tica e a inovação tecnológica no crescimento econômico.
2017: Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as consequências dos 
mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos consumidores e dos investidores.
2016: Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström (Finlândia), por 
suas contribuições à teoria dos contratos.
2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos) por seus estudos sobre “o consumo, 
a pobreza e o bem-estar”.
2014: Jean Tirole (França), por sua “análise do poder do mercado e de sua regulação”.
2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos), por seus 
trabalhos sobre os mercados financeiros.
2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor 
maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas doa-
ções de órgãos e na educação.
2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por trabalhos que permi-
tem entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas influenciam 
os indicadores macroeconômicos.
2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), Christopher Pissarides (Chi-
pre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos mercados nos quais a oferta e a 
demanda têm dificuldades para se acoplar, especialmente no mercado de trabalho.
2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus trabalhos sepa-
rados que mostram que a empresa e as associações de usuários são às vezes mais 
eficazes que o mercado.
Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/10/08/interna_internacio-
nal,995498/os-10-ultimos-vencedores-do-premio-nobel-de-economia.shtml
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/10/08/interna_internacional,995498/os-10-ultimos-vencedores-do-premio-nobel-de-economia.shtml
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/10/08/interna_internacional,995498/os-10-ultimos-vencedores-do-premio-nobel-de-economia.shtml
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/10/08/interna_internacional,995498/os-10-ultimos-vencedores-do-premio-nobel-de-economia.shtml
21UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
Chegamos ao final deste capítulo. Nele acompanhamos a contribuição que cada 
período da história proporcionou para o entendimento atual da ciência econômica. Este 
capítulo foi especialmente preparado pensando na importância de fundamentar nossos 
estudos antes mesmo de abordar temas muito mais próximos da nossa realidade. Temas 
muito mais específicos dentro do contexto econômico. 
Como a economia faz parte da rotina dos indivíduos, é muito comum em muitos 
casos, até mesmo, motivados por questões políticas, que opiniões e vereditos sejam lança-
dos ao vento desde salas de reuniões até as mesas dos bares, isso acontece mesmo sem 
nenhum entendimento dos motivos pelos quais o objeto da discussão ocorre da forma que 
ocorre. Nas discussões econômicas, muitas vezes a emoção fala mais alto que a razão. 
Agora que você já sabe onde (provavelmente) e como tudo começou, poderá 
desfrutar dos próximos capítulos desse desafiante conteúdo. É importante lembrar que 
ler este material é sinal da sua busca por compreender os porquês e como chegamos até 
aqui. Por isso que passamos sucinta e cronologicamente por períodos que remetem desde 
a antiguidade até bem próximo dos tempos atuais, para que além de se situar você possa 
compreender de onde esses estudos originaram e como foram respaldados. Percorremos 
por períodos como por exemplo na civilização antiga de Platão, quando percebidos alguns 
dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber, passamos pelo mercantilismo, 
expomos as principais teorias como a de Keynes, por exemplo. 
E como mencionado no início desta unidade, é um fato de que economia realmente 
não é uma disciplina simples de se entendida, contudo acreditamos sinceramente que este 
material é uma grande porta de entradapara despertar seu interesse pelo tema que poderá 
obviamente ser muito mais enriquecido em estudos futuros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
22UNIDADE I Antecedentes Históricos da Economia
MATERIAL COMPLEMENTAR
 
LIVRO
Título: Uma breve história da economia
Autor: Niall Kishtainy
Editora: LPM editores
Sinopse: “Economia, finalmente acessível “Este livro é um tesouro 
para qualquer pessoa interessada em história, grandes ideias ou 
no papel que o pensamento econômico desempenhou em ambas 
por mais de dois mil anos”. - Charles Wheelan, autor de Economia 
nua e crua Todos os dias somos bombardeados com notícias sobre 
PIB, juros, investimentos, crédito, livre mercado, intervencionismo, 
capitalismo etc. Esses e outros conceitos permeiam boa parte da 
vida de todos nós, mas poucas são as pessoas que entendem 
o que está por trás deles e mesmo como funciona a economia. 
Neste livro fascinante, muito longe de ser acadêmico e também 
isento de termos técnicos, o economista e professor Niall Kishtainy 
apresenta em capítulos curtos ordenados cronologicamente como 
se deu o desenvolvimento da economia humana, da época das ca-
vernas aos dias de hoje; e, paralelamente, desvenda o panorama 
das grandes ideias e reflexões que foram surgindo sobre a própria 
economia. Partindo de Platão na Grécia antiga, ele apresenta 
nomes-chave que incluem Adam Smith, David Ricardo, Alfred 
Marshall, Karl Marx, John Maynard Keynes, Milton Friedman, 
John Nash e muitos outros pen sadores. São abordados episódios 
cruciais da história, como a invenção do dinheiro, a descoberta do 
Novo Mundo, a ascensão do capitalismo, as crises de 1929 e de 
2008, bem como seus ensinamentos e legados. Esta magnífica 
obra ilumina as ideias, as forças e os dilemas econômicos que dão 
forma ao nosso universo, justamente num momento em que tais 
questões parecem prementes como nunca. Uma leitura que irá 
deliciar a todos que buscam entender os caminhos possíveis para 
se chegar num mundo em que mais pessoas possam viver bem.”
 
FILME
Título: Adeus, Lênin!
Ano: 2003
Sinopse: Tendo como pano de fundo a queda do muro de Berlim, 
no ano de 1989 até o período da queda da União Soviética, em 
1991, o filme, que combina humor e drama, narra todas as mu-
danças pelas quais a Alemanha passou, ao longo desse momento 
histórico muito particular, bem como a transição, da Alemanha 
Oriental, rumo ao Capitalismo.
23
Plano de Estudo:
• CONCEITOS DE ECONOMIA
• PROBLEMA ECONÔMICO FUNDAMENTAL
• SETORES BÁSICOS DA ECONOMIA
• SISTEMAS ECONÔMICOS
 
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a economia
• Compreender o problema econômico fundamental
• Estabelecer a importância do entendimento dos setores básicos da economia
• Diferenciar os sistemas econômicos
UNIDADE II
Introdução a Economia
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
24UNIDADE II Introdução a Economia
Olá caro(a) aluno(a),
Na unidade anterior vimos os primórdios dos estudos econômicos. Passamos 
desde a antiguidade até o período atual, a importância desse estudo justifica-se a partir de 
agora, pois nesta unidade você verá sobre os conceitos de economia, o que é e qual sua 
importância. Outro fator importante que será exposto a seguir é relacionado ao problema 
econômico fundamental. Você sabe o que é escassez? Sabe quais são seus reflexos na 
sociedade? Se eu dissesse a você que provavelmente para estar estudando neste curso 
agora, antes você teve que fazer uma escolha, por exemplo, entre estudar ou comprar um 
carro, ou ainda sua decisão pôde ter sido entre financiar uma casa ou entrar na faculdade. 
Eu estaria errado? Se não, saiba que isso tem muito a ver com a economia, e suas contri-
buições com ciência das escolhas.
Você verá também as contribuições dos setores básicos da economia além de 
poder a partir deste material distinguir os sistemas econômicos atuais.
 
Bons estudos!
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
25UNIDADE II Introdução a Economia
 
1 CONCEITOS DE ECONOMIA
Etimologicamente, a palavra ECONOMIA, vem do Grego: OIKOS = casa NOMOS 
= norma, Lei. Assim: “OIKOSNOMOS”
●	 “Administração da casa”
●	 “Aquele que administra o lar”
●	 “Administração da coisa pública”
Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de 
bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. (VICECONTI 
E NEVES, 2013)
Para Nogami e Passos (2016) a economia é considerada como “uma ciência social 
justamente porque tais ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona. 
A partir de um determinado ponto de vista de que outras ciências sociais tais como o direito, 
a sociologia, a antropologia e a psicologia também estudam o funcionamento da sociedade, 
a economia por estudar comportamento humano interagindo com as organizações na 
sociedade também o pode ser reconhecida como ciência social.
26UNIDADE II Introdução a Economia
Assim, de acordo com Vasconcellos (2015) “trata-se de uma ciência social, já 
que objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas, 
provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção”.
Esses fatores de produção são:
● mão de obra;
● capital;
● terra;
● matérias-primas.
De acordo com Rossetti (2016, p. 19) “a economia é um estudo da humanidade nas 
atividades correntes da vida; examina a ação individual e social em seus aspectos mais 
estreitamente ligados à obtenção e ao uso das condições materiais do bem-estar”.
1.1 Linhas básicas da teoria econômica
Nosso material tem como foco de estudo a análise das duas grandes áreas da 
Teoria Econômica:
1. MICROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o comporta-
mento econômico das unidades individuais de decisão representados pelos consumidores, 
pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos. As unidades individualizáveis 
da economia, como o consumidor e a empresa, consideradas isoladamente ou em agrupa-
mentos definidos por critérios classificatórios (ROSSETTI, 2016, p. 40).
27UNIDADE II Introdução a Economia
Figura 1. Compartimentos” usuais da economia: conexões entre principais segmentos
Fonte: Rossetti (2016)
2. MACROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcio-
namento da economia como um todo, procurando identificar e medir as variáveis que 
determinam o volume da produção total, o nível de emprego e o nível geral de preços do 
sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. (VICECONTI 
E NEVES, 2013).
O principal objetivo da teoria econômica é analisar como são determinados os 
preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na 
economia (PINHO, 2017 p. 301).
28UNIDADE II Introdução a Economia
2 PROBLEMA ECONÔMICO FUNDAMENTAL
 
Pinho et al (2017) ressalta que se todos tivessem uma renda maior, seria fácil 
imaginar que nem todos iriam gastar as mesmas proporções em consumo. Desse modo a 
caracteriza então como uma ciência não exata, em que se podem programar os resultados 
sem erros.
As necessidades humanas são infinitas ou ilimitadas. Os Fatores de produção 
(trabalho, capital e recursos naturais) são finitos ou limitados. É por esses motivos que 
a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas. Nunca é 
demais reafirmar que de forma sucinta a economia é a ciência da escassez.
Para Silva e Azevedo (2017, p. 39) “a escassez é derivada do termo latino excarpus, 
que significa algo em pouca quantidade, que possui carência, falta ou insuficiência”.
REFLITA
Suponha “se uma quantidade infinita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos 
humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade 
excessiva de certo bem fosse, de fato, produzida”
Fonte: Pinho et al (2017, p. 10).
Após entender o significado e a importância da economia, cabe explicitar o objeto 
de análise da economia, ou seja, a variável “culpada” por todos os problemas econômicos: 
escassez.Se os recursos não fossem escassos, não haveria ciências econômica. Mas o que 
é escassez? Qual o sentido da escassez na economia? Escassez é situação em que 
os recursos são limitados e podem ser utilizados de diferentes maneiras, de tal modo que 
devemos sacrificar uma coisa por outra. A escassez está relacionada ao tempo, dinheiro, 
espaço, matéria prima, empregos, etc. Ou seja, recursos limitados e necessidades ilimita-
das!
A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as se-
guintes perguntas:
- O que e quanto produzir?
- Como produzir?
- Para quem produzir?
29UNIDADE II Introdução a Economia
Veja o quadro a seguir:
Quadro 1. questões fundamentais sobre escassez.
 
 
O QUE E QUANTO PRODUZIR:
A sociedade deve decidir se produz 
mais bens de consumo ou bens de ca-
pital, ou, como num exemplo clássico: 
quer produzir mais canhões ou mais 
manteiga? em que quantidade? os re-
cursos devem ser dirigidos para a pro-
dução de mais bens de consumo, ou 
bens de capital?
 
 
COMO PRODUZIR:
Trata-se de uma questão de eficiência 
produtiva: serão utilizados métodos de 
produção capital-intensivos? ou mão 
de obra-intensivos? ou terra-intensi-
vos? Essa decisão depende da dispo-
nibilidade de recursos de cada país.
 
 
PARA QUEM PRODUZIR:
A sociedade deve decidir quais os se-
tores que serão beneficiados na dis-
tribuição do produto: trabalhadores, 
capitalistas ou proprietários da terra? 
agricultura ou indústria? mercado in-
terno ou mercado externo? Região Sul 
ou Norte? Ou seja, trata-se de decidir 
como será distribuída a renda gerada 
pela atividade econômica.
Fonte: Vasconcellos, (2015).
2.1. Lei da Demanda e da Oferta
Lei da Demanda: é a visão do consumidor, expressa a relação inversa existente 
entre a quantidade de um bem e seu preço. Quanto mais escasso for um bem, maior será 
o seu preço e a abundância ocorrerá o inverso.
 Portanto: DEMANDA maior que a OFERTA = a tendência é o preço subir
DEMANDA menor que a OFERTA = a tendência é o preço baixar
30UNIDADE II Introdução a Economia
Por outro lado, a partir da visão do empresário/produtor a Lei da Oferta: estabelece 
uma relação direta entre os preços dos bens e a quantidade ofertada. Assim, quanto maior 
o preço, maior é a quantidade ofertada.
2.2. Agentes econômicos
São aqueles que agem sobre a economia. São pessoas de natureza física ou jurídi-
ca que, por meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico. 
Segundo Nogami e Passos (2016) são eles:
• as Famílias (ou unidades familiares);
• as Empresas (ou unidades produtivas);e, 
• o Governo.
Acompanhe o quadro a seguir:
31UNIDADE II Introdução a Economia
Quadro 2. Agentes econômicos
 Famílias 
incluem todos os indivíduos e unidades 
familiares da economia e que, no papel 
de consumidores, adquirem os mais di-
versos tipos de bens e serviços, objeti-
vando o atendimento de suas necessi-
dades de consumo. Por outro lado, as 
famílias, na qualidade de “proprietárias” 
dos recursos produtivos, fornecem às 
empresas os diver- sos fatores de pro-
dução: Trabalho, Terra, Capital e Capa-
cidade Empresarial.
são unidades encarregadas de produzir 
e/ou comercializar bens e serviços. A 
produção é realizada por meio da com-
binação dos fatores produtivos adquiri-
dos juntos às famílias. Tanto na aquisi-
ção de recursos produtivos quanto na 
venda de seus produtos, as decisões 
das empresas são guiadas pelo objeti-
vo de se conseguir o máximo lucro.
Empresas
 Governo
por sua vez, inclui todas as organiza-
ções que, direta ou indiretamente, estão 
sob o controle do Estado, nas suas es-
feras federais, estaduais e municipais. 
Muitas vezes o governo intervém no 
sistema econômico atuando como em-
presário e produ- zindo bens e serviços 
através de suas empresas estatais; em 
outras, age como compra- dor – quan-
do, além de contratar serviços, adquire 
materiais, equipamentos etc. –, tendo 
em vista a realização de suas tarefas; 
outras vezes, ainda, o governo intervém 
no siste- ma econômico por meio de re-
gulamentos e controles com a finalida-
de de disciplinar a conduta dos demais 
agentes econômicos.
Fonte: Nogami e Passos (2016, p.16)
32UNIDADE II Introdução a Economia
3 SETORES BÁSICOS DA ECONOMIA
As atividades produtivas são divididas em três setores, são eles:
1. Setor primário: são atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas 
minerais animais ou vegetais.
2. Setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias primas são trans-
formadas em produtos acabados, prontos para o consumidor final.
3. Setor terciário: este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não 
ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema econô-
mico. É composto pelas unidades produtoras que prestam serviços, como as 
instituições financeiras, escolas, hospitais, transportes, comércio etc.
Veja o detalhamento no quadro 3.
Quadro 3. atividades produtivas
ATIVIDADES PRIMÁRIAS DE PRODUÇÃO
Lavouras Culturas permanentes. Culturas temporárias extensivas. Hor-
ticultura. Floricultura.
Produção animal Criação e abate de gado e aves. Pesca. Caça. Derivados da 
produção animal.
Extração vegetal Produção florestal: silvicultura e reflorestamento para usos 
múltiplos. Extração de recursos florestais nativos.
ATIVIDADES SECUNDÁRIAS DE PRODUÇÃO
Indústria extrativa mineral Extração de minerais metálicos e não metálicos.
 
 
 
Indústria de transformação
Transformação de minerais não metálicos. Siderurgia e meta-
lurgia. Material eletroeletrônico e de comunicações. Material 
de transporte. Beneficiamento de madeira e mobiliário. Celu-
lose, papel e papelão. Química. Produtos farmacêuticos e ve-
terinários. Borracha. Produtos de matéria plástica. Produtos 
de higiene e limpeza. Têxtil, vestuário, calçados e artefatos 
de couro. Produtos alimentares. Bebidas. Fumo. Editorial e 
gráfica.
Indústria da construção Obras públicas. Construções e edificações para fins residen-
ciais e não residenciais.
 
Atividades semi-industriais
Produção, transmissão e distribuição de energia elétrica. Gás 
encanado. Tratamento de esgotos. Potabilização e distribui-
ção de água.
33UNIDADE II Introdução a Economia
ATIVIDADES TERCIÁRIAS DE PRODUÇÃO
Comércio Comércio exterior. Comércios internos atacadista e varejista, 
subagrupados segundo grandes ramos.
 
 
Intermediação financeira
Instituições reguladoras e de emissão monetária. Bancos co-
merciais e de desenvolvimento. Sociedades de crédito, finan-
ciamento e investimento. Seguros. Capitalização. Atividades 
complementares dos mercados monetário, financeiro, de ca-
pitais e cambial.
Transportes e comunicações Transportes aéreos, ferroviários, hidroviários e rodoviários. 
Comunicações. Telecomunicações.
Governo Administração pública direta e autarquias, das diferentes es-
feras de governo: central, estadual, municipal.
 
Outros serviços
Assistência à saúde. Educação e cultura. Hospedagem e ali-
mentação. Conservação e reparação de máquinas, veículos 
e equipamentos. Lazer. Atividades profissionais liberais.
Fonte: Rossetti (2016)
3.1. Bens e serviços
Os bens e serviços de acordo com Nogami e Passos (2016) são tudo aquilo capaz 
de atender uma necessidade humana.
Bens segundo Rossetti (2016, p. 126):
“é a denominação usual de produtos tangíveis, resultantes de atividades pri-
márias e secundárias de produção. É a denominação genérica dos produtos 
que provêm das atividades agropecuárias e das diferentes categorias de ati-
vidades industriais, de transformação e de construção.”
Por que os bens e serviços são procurados? Porque são úteis ou seja, atendem a 
necessidade humana
Os bens podem ser classificados, quanto a raridade, em:
• Livres: aqueles cuja a quantidade é ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum 
esforço humano. Ex: Luz solar, ar, mar, etc.
• Econômicos: são escassos, tem valor de mercado e precisam de esforço huma-
no para produzi-los. Ex: carro,computador, caneta, etc.
34UNIDADE II Introdução a Economia
Os bens econômicos são classificados, quanto a natureza, em:
• Materiais: são tangíveis: consumo - e a eles podemos atribuir características 
como peso, altura etc. Ex: roupa, caderno; capital – equipamentos; intermediá-
rios – Livro, borracha, etc.
• Imateriais ou serviços: são intangíveis: Ex: consulta médica, aula, os serviços 
de um advogado, os serviços de transporte, etc.
Os bens podem ser classificados também em: bens de consumo; bens de capital; 
bens finais; bens intermediários; bens privados e bens públicos.
Acompanhe o detalhamento no quadro a seguir.
Quadro 4. Outros bens: detalhamento
 Bens de consumo
São aqueles diretamente utilizados para a satisfação das necessidades 
humanas. Podem ser de uso não durável, ou seja, que desaparecem 
uma vez utiliza- dos (alimentos, cigarros, gasolina etc.), ou de uso du-
rável, que tem como característica o fato de que podem ser usados por 
muito tempo (moveis eletrodomésticos etc.).
 Bens de capital
(ou Bens de Produção), por sua vez, são aqueles que permitem produzir 
outros bens. São exemplos de Bens de Capital as maquinas, computa-
dores, equipamentos, instalações, edifícios etc.
 Bens finais
Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de Capital são classificados 
como Bens Finais, uma vez que já́ passaram por todos os processos de 
transformação possíveis, significando que estão acabados.
 Bens intermediários
São aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua for-
ma definitiva. A título de exemplo, podemos citar o fertilizante utilizado 
na produção de arroz, ou o aço, o vidro e a borracha utilizados na pro-
dução de carros.
Bens privados
São os produzidos e possuídos privadamente. Como exemplo temos os 
automóveis, aparelhos de televisão etc.
Bens públicos
Referem-se ao conjunto de bens gerais fornecido pelo setor público: 
educação, justiça, segurança, transportes etc.
Fonte: Nogami e Passos (2016, p. 11)
3.2. Fatores de produção
Para produzir bens e serviços são os fatores de produção ou recursos produtivos. 
Mas o que são fatores de produção?
São os elementos, limitados, utilizados no processo de fabricação dos mais va-
35UNIDADE II Introdução a Economia
riados tipos de bens que irão satisfazer as necessidades humanas ilimitadas. Eles são 
“constituídos pelas dádivas da natureza, pela população economicamente mobilizável, 
pelas diferentes categorias de capital e pelas capacidades tecnológicas e empresarial”. 
(ROSSETTI, 2016 p. 65). Respectivamente, são as seguintes as denominações usuais 
desses recursos (como são classificados):
 = Recursos naturais ou terra → é a origem de todo o processo produtivo. Ex: 
minerais, água, sol, etc;
 = Trabalho → é a contribuição do ser humano na produção. Pode ser físico ou 
intelectual. Ex: Trabalho de um agricultor no campo ou uma consulta médica;
 = Capital → são bens utilizados no processo produtivo. Ex: máquinas, construções, 
infraestrutura, etc…
 = Tecnologia→ é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que 
dão sustentação ao processo de produção. O quadro 4 demonstra em detalhes 
esse conjunto de conhecimentos e habilidades que se dá a denominação gené-
rica de capacidade tecnológica.
Quadro 4. Capacidade tecnológica: conceito e tipologia.
Fonte: Rossetti (2016)
 = Empresariedade → a mobilização, a interação e a combinação dos recursos 
fundamentais de produção pressupõem a existência de um quinto fator de alta 
relevância: a capacidade de empreendimento.
36UNIDADE II Introdução a Economia
 3.3. Curva de Transformação e o Custo de oportunidade
Como foi exposto anteriormente, a economia está ligada ao problema da escolha. 
Isso muito provavelmente não lhe era novidade, visto que muito provável ou certamente 
você já teve que escolher adquirir alguma coisa em relação à outra. E por que isso acontece 
mesmo? Vale lembrá-lo que para responder a essa questão basta se lembrar que os 
recursos são limitados e as necessidades ilimitadas.
Em outras palavras, é imposto às empresas uma escolha para a produção de di-
versos tipos de bens.
Para ilustrar, será descrito a seguir uma breve situação hipotética:
a) Uma economia produz dois tipos de bens: X e Y;
b) A quantidade e qualidade dos recursos é fixa;
c) Existe pleno emprego;
d) A tecnologia é constante.
Essa Fronteira ou Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também é cos-
tumeiramente identificada como a Curva de Transformação, “é a fronteira máxima que a 
economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a tecnologia” (VASCON-
CELLOS, 2015 p. 10). Através de sua analise será possível obter a percepção das alternati-
vas de produção da sociedade, supondo os recursos disponíveis plenamente empregados.
A quantidade de cada bem que pode ser produzido dado a quantidade de fatores 
de produção disponíveis pode ser melhor acompanhado na tabela 1.
 
 Tabela 1. Tabela representativa das possibilidades de produção.
BEM QUANT. MAX. X
QUANTIDADES 
INTERMEDIÁRIAS
QUANT. MAX. 
Y
X 0 10 15 20 30
Y 55 45 25 5 0
PONTO A B C D E
 Fonte: o autor.
A tabela pode ser representado no gráfico 1, como:
Gráfico 1. Curva de transformação ou possibilidades de produção.
37UNIDADE II Introdução a Economia
Fonte: o autor.
Curva de transformação mostra a possibilidade de produzir bens dada uma certa 
quantidade de fatores de produção A situação anterior apresenta o custo de oportunidade, 
no qual as empresas deverão “abrir mão” da produção de um bem para produzir outro. 
Assim:
● Trata-se de uma curva das possibilidades de produção ou curva de transformação;
● No limite da curva (pontos A, B, C, D e E) algumas respostas para as possibilidades 
de produção poderão ser obtidas, tais como:
 = representa o que melhor está cotado no mercado no momento.
 = representa o sacrifício de escolher o que produzir dado a falta de espaço 
disponível para produzir vários produtos.
 = Falta de tempo para produzir mais.
 = Mudanças nos rumos estratégicos dos negócios. Etc.
Pode-se definir custo de oportunidade como todo sacrifício de se transferir os re-
cursos de uma atividade para outra, ou seja, é a quantidade de um bem ou serviço a que 
se deve renunciar para obter outro.
38UNIDADE II Introdução a Economia
4 SISTEMAS ECONÔMICOS
A forma de comprar e vender bens, os impostos que se paga, o tipo de máquina 
utilizados pelas empresas, etc variam de país para país.
Engloba todos os métodos pelos quais os recursos são alocados e os bens e ser-
viços distribuídos.
“Sistemas econômicos são arranjos historicamente constituídos, a partir dos 
quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir 
via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanis-
mos institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego 
dos fatores produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de 
cada um dos agentes” (ROSSETTI, 2016, p. 141).
É formado por um conjunto de organizações que fazem com que os recursos es-
cassos sejam utilizados para satisfazer as necessidades humanas. É composto por:
a) Estoque de fatores de produção;
b) Empresas;
c) Instituições;
 4.1. Sistema Socialista
A base do socialismo é a propriedade coletiva ou estatal dos recursos produtivos. 
Estado toma todas as decisões. As indústrias são propriedade da sociedade como um 
todo. O controle da propriedade é mantido pelo Estado para, supostamente, o benefício da 
sociedade.
Para Rossetti (2016, p. 21) “o binômio produção-distribuição (entendendo-se dis-
tribuição no sentido de processo distributivo ou, mais simplesmente, como repartição) é a 
base a partir da qual a perspectiva socialista construiu sua concepção”. Essa concepção é 
sobre a matéria de que se ocupa a economia.
4.2. Sistema capitalista
Para Comparato (2014) usando uma consagradaexpressão de Gramsci, uma das 
principais justificativas desse sistema intitulado de capitalista, que foram apresentadas 
pelos seus intelectuais, sempre foi a de que, embora provocando necessariamente uma 
situação de desigualdade socioeconômica, ele é insuperável em matéria de produção de 
bens.
Algumas características do sistema capitalista:
39UNIDADE II Introdução a Economia
 ♦ Fatores de produção, bens de consumo e dinheiro são propriedades privada;
 ♦ Controle da economia é via sistema de preços;
 ♦ Incentivo para a produção é o lucro;
 ♦ As empresas são competitivas;
 ♦ O papel do governo é limitado.
SAIBA MAIS
Qual a diferença entre comunismo e socialismo?
As expressões “comunismo” e “socialismo” recebem significados nem sempre muito 
precisos. Numa explicação bem resumida, daria para dizer que, segundo a teoria 
marxista, o socialismo é uma etapa para se chegar ao comunismo. Este, por sua vez, 
seria um sistema de organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando 
o desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. “No socialismo, a sociedade 
controlaria a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação. 
Esse processo culminaria no comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os 
proprietários de seu trabalho e dos bens de produção”, diz a historiadora Cristina 
Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Mas essas duas expressões também pode assumir outros significados. “Pode-se entender 
o socialismo, num sentido mais limitado, significando as correntes de pensamento que se 
opõem ao comunismo por defenderem a democracia. Em contraposição, o comunismo 
serviria de modelo para a construção de regimes autoritários”, afirma o historiador 
Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Assis (SP).
Os especialistas são quase unânimes em afirmar que nunca houve um país comunista de 
fato. Alguns estudiosos vão mais longe e questionam até mesmo a existência de nações 
socialistas. “Os países ditos comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por 
se inspirarem nas idéias marxistas. Contudo, para os críticos de esquerda, esses países 
sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes, nos quais uma 
burocracia ligada a um partido único exerce o poder em nome dos trabalhadores”, diz o 
sociólogo Marcelo Ridenti, também da Unicamp.
Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa, sob liderança 
da União Soviética, um bloco de nações chamadas de comunistas. “Esses países 
tornaram-se ditaduras, promovendo perseguições contra dissidentes. A sociedade 
comunista, justa e harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada”, afirma Cristina.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-
socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
40UNIDADE II Introdução a Economia
Aqui, encerramos mais uma unidade da nossa disciplina de economia. Neste ca-
pítulo vimos os conceitos de economia, uma ciência social justamente porque tais ciências 
estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona. objetiva atender às necessida-
des humanas. 
O estudo da economia segue duas linhas básicas teóricas: microeconomia que 
é o ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento econômico das unidades 
individuais de decisão representados e a macroeconomia, sendo que esta é o ramo da 
Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo. A partir dessas 
distinções, a economia procura resolver um problema que fundamentalmente norteia toda 
sua base de estudos. 
Vimos que as necessidades humanas são infinitas ou ilimitadas. Os Fatores de 
produção (trabalho, capital e recursos naturais) são finitos ou limitados. É por esses motivos 
que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas. A partir 
do problema da escassez, qualquer economia procura responder as seguintes perguntas: 
o que e quanto produzir? como produzir? para quem produzir? A ação dos agentes eco-
nômicos que são aqueles que agem sobre a economia, denominados como famílias (ou 
unidades familiares), empresas (ou unidades produtivas) e governo. Estudamos também 
sobre o setor primário: são atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas mine-
rais animais ou vegetais; setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias 
primas são transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor final; e, setor 
terciário: que se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, 
embora seja de grande importância no sistema econômico. 
Por fim, apresentamos os sistemas econômicos, arranjos historicamente constituí-
dos, a partir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir 
via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos institucionais 
de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores produtivos até as 
formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
41UNIDADE II Introdução a Economia
MATERIAL COMPLEMENTAR
 
LIVRO
• Título: Economia aplicada
• Autor: Antonio Carlos Pôrto Gonçalves
• Editora: FGV Editora
• Sinopse: O objetivo deste livro é oferecer ao leitor um conjunto de 
conceitos econômicos úteis e mostrar suas interações. A economia 
é uma ciência complexa, mas fundamental para a compreensão do 
ambiente onde as instituições privadas e governamentais atuam e 
o propósito aqui é o de facilitar esse entendimento. Os conceitos 
para a mensuração da produção (PIB e PNB), o estudo da moeda 
e dos mercados financeiros, as relações externas da economia, 
bem como as teorias e consequências da inflação são alguns dos 
tópicos abordados neste livro.
FILME/VÍDEO
 • Título: Mad Max: Estrada da Fúria
• Ano: 2015
• Sinopse: Mad Max: Estrada da Fúria não venceu em seis ca-
tegorias do Oscar de 2016 só por causa de suas cenas de ação 
bem feitas. A história se passa num cenário apocalíptico em que 
a raça humana quase foi extinta por causa de guerras nucleares. 
Água é um recurso tão raro que só os mais fortes e poderosos 
têm acesso, como o vilão Immortan Joe. “Nunca, meus amigos, 
fiquem viciados em água. Vocês sentirão muito a sua falta”, diz em 
uma cena. Apesar de ser um filme recente, Mad Max foi um trilogia 
estrelada por Mel Gibson nos anos 80.
42
Plano de Estudo:
• MICROECONOMIA: CONCEITOS
• ANALISE MICROECONÔMICA
• APLICAÇÕES DA ANÁLISE MICROECONÔMICA
• DEMANDA E OFERTA DE MERCADO
• TEORIA DA PRODUÇÃO
• TEORIA DE MERCADO
 
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar e contextualizar a microeconomia
• Compreender os tipos de análise microeconômica
• Estabelecer a importância da aplicação da análise microeconômica
• Conceituar e contextualizar demanda, oferta e equilíbrio de mercado
• Compreender demanda e oferta
• Conceituar e contextualizar teoria de mercado
UNIDADE III
Microeconomia
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
43UNIDADE III Microeconomia
A partir desse momento faremos uma divisão em nosso estudo sobre economia. 
Nesta e na próxima unidade deste material abordaremos os assuntos ligados à micro e 
macroeconomia. 
Aqui especificamente trataremos sobre a microeconomia e seus derivados. Você 
verá adiante os conceitos que norteiam o estudo microeconômico e entender os tipos de 
análise que circundam essa variável, bem como a aplicação de tal análise. 
Vamos conceituar também demanda, oferta e equilíbrio de mercado e ver a im-
portância estabelecida entre elas e obviamente compreender o que é demandae o que é 
oferta, além de sua influência na economia. 
Por fim, abordaremos as teorias de mercado.
 
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
44UNIDADE III Microeconomia
1 MICROECONOMIA: CONCEITOS
A microeconomia é o ramo ligado a Teoria Econômica que estuda como se compor-
ta economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos consumidores, 
pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos (VICECONTI; NEVES 2013).
Para Mankiw (2013, p. 28) “ microeconomia é o estudo de como as famílias e 
empresas tomam decisões e de como elas interagem em mercados específicos”.
O estudo da microeconomia foca em analisar a formação de preços no mercado, 
ou seja, a interação entre os agentes econômicos, a empresa e o consumidor, por exemplo, 
e como estes interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou 
serviço em mercados específicos” (VASCONCELLOS, 2015).
45UNIDADE III Microeconomia
2 ANÁLISE MICROECONÔMICA
2.1. Pressupostos básicos
2.1.1. A hipótese coeteres paribus (ceteris paribus)
Ao empregar o uso de tal hipótese, está sendo afirmado que o foco de estudo é 
dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele 
exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de 
maneira absoluta. Tudo o mais permanece constante. Isto significa que a validade das leis 
e dos modelos econômicos implica que sejam mantidos constantes todos os demais fatores 
que podem interferir nas magnitudes das variáveis sob observação. Rossetti (2016, p. 57) 
salienta que essa expressão “significa mantidos inalterados todos os demais fatores ou, 
então, permanecendo iguais todos os demais elementos”.
É exatamente a esta particularidade que os economistas se referem quando em-
pregam a expressão latina ceteris paribus:
● Mantidos inalterados todos os demais fatores;
● Permanecendo iguais todos os demais fatores.
● 
2.1.2. Objetivos da empresa
A grande questão na microeconomia, reside na hipótese adotada quanto aos ob-
jetivos da empresa produtora de bens e serviços. A análise tradicional supõe o princípio 
da racionalidade (homo economicus) segundo o qual o empresários sempre buscam a 
maximização do lucro total, otimizando a utilização dos recursos de que dispões.
SAIBA MAIS
O homo economicus é o homem econômico racional, ou seja, aquele indivíduo que iden-
tifica suas preferências e processa todas as informações disponíveis. Além disso, suas 
escolhas são sempre consistentes e referendadas pelo uso da razão. Ainda de acordo 
com a economia racional, esse homem é descrito como alguém que evita trabalho des-
necessário usando o julgamento racional. Nesse sentido, ele consegue sempre maximi-
zar sua riqueza. Finanças Comportamentais: Veja 6 truques da mente contra você Ou 
seja, o homo economicus sempre analisa todos os custos de oportunidades envolvidos 
na tomada de decisão. Então ele faz as escolhas mais acertadas e consequentemente 
otimiza seus resultados.
Fonte: Suno Research em https://www.sunoresearch.com.br/artigos/homo-economicus/
Dessa corrente surgem conceitos de receita marginal, custo marginal e produtivida-
de marginal ao invés de médias.
46UNIDADE III Microeconomia
3 APLICAÇÕES DA ANÁLISE MICROECONÔMICA
Análise microeconômica ou ainda teoria dos preços é a parte do estudo dedicada 
em explorar, como parte da ciência econômica obviamente, como se determina o preço dos 
bens e serviços, ou seja, como eles são formados, também dos fatores de produção.
Essa análise preocupa-se em responder, também, algumas questões aparente-
mente rotineiras, um exemplo delas é:
– porque, quando o preço de um bem se eleva, a quantidade demandada desse 
bem deve cair, ceteris paribus?
3.1. Analise microeconômica: empresas
De acordo com Rossetti (2016, p. 145) “as empresas são os agentes econômicos 
para os quais convergem os recursos disponíveis da economia, mobilizados para fins produ-
tivos”. Do ponto de vista microeconômico as análises realizadas pelas empresas condizem 
com decisões que podem ser tomadas por elas a partir da análise da microeconomia, elas 
devem considerar, por exemplo:
● Políticas de preços da empresa;
● Previsões de demanda e faturamento;
● Previsões de custo de produção;
● Decisões ótimas de produção ( escolha da melhor alternativa);
● Avaliação e elaboração de projetos de investimento( custo-benefício);
● Politica de propaganda e publicidade;
● Localização da empresa;
● Diferenciação de mercados.
3.2. Analise microeconômica: política econômica
São decisões necessárias ao planejamento estratégico das empresas e à política e 
à programação econômica do setor público. Consistem:
● Avaliação de projetos de investimentos públicos;
● Efeitos de impostos sobre mercados específicos;
● Política de subsídios;
● Fixação de preços mínimos na agricultura;
● Fixação do salário mínimo;
● Controle de preços;
● Política salarial;
47UNIDADE III Microeconomia
● Política de preços e tarifas públicas (água, luz e outras);
● Fixação de tarifas alfandegárias;
● Leis antitruste (defesa da concorrência).
Para Vasconcellos (2015, p.15) “as políticas econômicas governamentais (políticas 
salariais, políticas assistencialistas, gastos com educação etc.) influenciam direta e indire-
tamente na mobilidade social”.
48UNIDADE III Microeconomia
4 DEMANDA E OFERTA DE MERCADO
4.1. Conceito de Demanda
A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado 
bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que 
os consumidores desejam adquirir, num dado período, dada sua renda, seus 
gastos e o preço de mercado. Representa um desejo, um plano: o máximo 
a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado 
(VASCONCELLOS 2015, p.31).
A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São 
elas: o preço do bem ou serviço, o preço de outros bens, a renda do consumidor e o 
gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar-se a influência dessas variáveis utiliza-se 
a hipótese do coeteris paribus (Ceteris paribus), ou seja, considera-se cada uma dessas 
variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor.
Demanda é o mesmo que quantidade demandada? Embora tendam a ser utilizados 
como sinônimo existe distinção entre demanda e quantidade demandada, esses termos 
têm significados diferentes.
Essa relação entre preço e quantidade demandada se aplica à maioria dos 
bens existentes na economia e, de fato, ela é tão universal que os econo- mis-
tas a chamam lei da demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o 
preço de um bem aumenta, a quantidade demandada deste diminui; quando 
o preço diminui, a quantidade demandada do bem aumenta (MANKIW 2013, 
p. 65).
Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços 
a determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos entender um ponto 
específico da curva relacionando um preço a uma quantidade.
49UNIDADE III Microeconomia
Gráfico 1. demanda ou quantidade demandada.
Fonte: o autor.
No gráfico 1 é possível perceber a relação entre demanda e quantidade demandada 
ao ponto de que por exemplo considerando o fator preço (céteris páribus) ao ponto de que 
se este subir a demanda/quantidade demandada tende a reduzir. A mesma regra se aplica 
quando inversamente analisado. A curva de demanda é negativamente inclinada, pois ao 
ponto de que o preço sobe as quantidades demandadas tendem a baixar ou conforme 
citado acima, analisando pelo ponto de vista de que se o preço baixar as quantidades 
procuradas tende a subir.
4.2. Conceito De Oferta
A oferta é conceituada como sendo as várias quantidades que os produtores de-
sejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. “É a quantidade que os 
vendedores querem e podem vender” (MANKIW 2013, p. 71).
Da mesma maneiraque foi exposto quando tratamos da demanda, a oferta depende 
de vários fatores. Dentre eles, destaca-se seu próprio preço, dos demais preços, do preço 
dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.
Para Silva e Azevedo (2017, p. 77) lei da oferta, “refere-se ao fato de que quanto 
mais elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do empresário em 
disponibilizar o seu produto para os consumidores, coeteris paribus”.
50UNIDADE III Microeconomia
Gráfico 2. Oferta.
Fonte: o autor.
4.3. Equilíbrio de mercado
A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de 
equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
Gráfico 2. Equilíbrio de mercado.
Fonte: o autor.
Na intersecção das curvas de oferta e demanda (ponto E) ou seja, ao se cruzarem, 
teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem 
51UNIDADE III Microeconomia
às aspirações, necessidades dos consumidores e dos produtores de forma simultânea.
Quando a quantidade ofertada estiver abaixo daquela de equilíbrio “PE” (A, por 
exemplo), teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre 
os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. For-
mar-se-ão filas, o que forçará a elevação de preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as 
filas cessarão. Más se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio 
“PE” (B, por exemplo), haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de 
estoques não programado do produto, o que poderá provocar uma competição entre os 
produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio 
(VASCONCELLOS 2015, p. 55) .
Dessa forma visando a equidade, o governo pode intervir na formação de preços 
no mercado através de:
1) Impostos;
2) Subsídios;
3) Tabelamento;
4) Fixação de preços mínimos;
5) Congelamentos de preços e salários; Etc.
4.4. Elasticidade
É possível explicar a elasticidade como o grau de reação de um produto à variação 
de, por exemplo, seu preço, isto é, a elasticidade demonstra uma relação entre o efeito 
nas quantidades demandadas ou ofertadas de determinado produto e as causas que o 
determina, sob a condição de coeteris/céteris paribus.
Para resumir podemos conceituar elasticidade com o grau de reação ou de sen-
sibilidade de um bem ou serviço à variação de, seu preço, preço dos produtos substitutos 
ou complementares e renda do consumidor. “A elasticidade é uma medida do tamanho 
da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das condições do mercado” 
(MANKIW 2013, p. 87).
Sua metodologia de cálculo parte da análise do quociente entre a variação percen-
tual da quantidade em função da variação percentual de outra variável, que lhe provoque 
alguma mutação, como o preço do próprio bem ou serviço. Ela poderá ser calculada no 
ponto ou num intervalo ou arco.
52UNIDADE III Microeconomia
4.4.1 Elasticidade-Preço da Demanda
Sua função é avaliar a reação da quantidade da demanda de um bem ou serviço 
em relação às variações em seu preço. Essa é a visão do quando considerado o lado do 
consumidor.
A elasticidade-preço da demanda pode ser definida “como sendo a relação entre 
a variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual no preço” (VAS-
CONCELLOS 2011 p. 8).
Algebricamente, a elasticidade-preço da demanda pode ser representada por:
∆ Q= Variação na quantidade demandada
∆ P= Variação no preço
Figura 1. A elasticidade-preço da procura
Fonte: Rossetti (2016, p. 432)
4.4.2.Elasticidade-Preço da Oferta
O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica para a oferta, a 
figura 2 mostra perfeitamente essa relação de raciocínios. No entanto, neste caso que o 
resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada 
é direta.
53UNIDADE III Microeconomia
Figura 1. A elasticidade-preço da procura
Fonte: Rossetti (2016, p. 433)
 
“A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada res- 
ponde a mudanças no preço. A oferta de um bem é chamada elástica se 
a quantidade ofertada responde substancialmente a mudanças no preço. A 
oferta é chamada inelástica se a quantidade ofertada responde pouco a mu-
danças no preço” (MANKIW 2013, p. 96).
Quanto maior o preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a 
ofertar, coeteris paribus.
54UNIDADE III Microeconomia
5 TEORIA DA PRODUÇÃO
5.1 Conceito da Teoria da Produção
A Teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta do mercado, ou seja, com 
os produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos.
Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produ-
ção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Assim, 
a firma é uma intermediária: compra insumos (inputs, fatores de produção), 
combina-os segundo um processo de produção escolhido e vende produtos 
(outputs) no mercado (VASCONCELLOS, 2015 p. 113)
Para que essa teoria seja melhor entendida, antes, devemos nos ater aos conceitos 
de firma e posteriormente na definição da função de produção:
 = Firma, ou empresa: Na Teoria da Produção, não há interesse em definir a em-
presa do ponto de vista jurídico ou contábil. Portanto, aqui, a empresa será 
apenas uma unidade técnica de produção. Em decorrência, o empresário será 
o proprietário ou pessoa que administra a firma (SILVA; LUIZ, 2010).
Vasconcellos (2015, p. 143) destaca como objetivo proposto pelas firma a “maximi-
zar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre 
os custos etc”.
 = Função de produção: que é uma relação técnica entre as quantidades empre-
gadas dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou serviço, 
podendo ser representada pela expressão:
Q= f (K, L) em que:
Q= quantidade produzida do bem;
K= quantidade empregada de fator capital;
L= quantidade empregada de fator trabalho;
 Essa expressão significa que a quantidade produzida do bem depende, ou “é 
função”, das quantidades empregadas dos fatores capital e trabalho. “No qual insumos tais 
como serviços de mão de obra, matéria-prima e serviços de bens de capital são transfor-
mados em um produto final” (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011, p. 147).
55UNIDADE III Microeconomia
5.2. Lei dos Rendimentos Decrescentes
Um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas, dentro da Teoria da 
Produção, é o da Lei ou Princípio dos Rendimentos Decrescentes, que trata sobre quando 
elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais 
fatores, a produção inicialmente aumentará as taxas crescentes; a seguir, depois de certa 
quantidade utilizada do fator variável, continuará a crescer, mas a taxas que tendem a cair 
continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um 
máximo, para depois diminuir.
A Lei dos Rendimentos Decrescentes se refere a uma teoria que explica o 
motivo por aumentos nas quantidades produzidas serem cada vez menores 
em relação ao acréscimo de unidades produtivas no processo de produção 
de um bem ou serviço. A teoria defende que a eficiência produtiva diminui a 
cada novo fator de produção incrementado ao mesmo fator fixo (SILVA; FER-
NANDES, 2017 p. 57).
Se considerarmos como exemplo dois fatores: terra (fixo) e mão-de-obra (variável) 
é possível verificar que, se várias combinações de terra e mão-de-obra forem utilizadas 
para produzir um item como o feijão e se a quantidade de terra for mantida constante, os 
aumentos da produção dependerão do aumento da mão-de-obra empregada na lavoura 
para sua efetiva produção. 
Assim, a produção deste item aumentará até certo ponto e depois cairá, isto é, a 
maior quantidade de homens para trabalhar, associada à área constante de terra, permitirá 
que a produção cresça até

Outros materiais