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Propriedades e Visão Geral das Respostas Imunes IMUNIDADE INATA E ADAPTATIVA IMUNIDADE INATA: A DEFESA INICIAL IMUNIDADE ADAPTATIVA Ca ac e ica F da e ai da Re a I e Ada a i a Vi Ge al da I idade H al e Mediada C l la I icia e De e l i e da Re a I e Ada a i a I idade H al I idade Mediada C l la RESUMO O termo imunidade derivado da palavra latina imunitas a qual se refere à proteção contra processos legais oferecida aos senadores romanos durante seus mandatos Historicamente imunidade signi ca proteção contra doença e mais especi camente doença infecciosa As c lulas e mol culas responsáveis pela imunidade constituem o sistema imune e sua resposta coletiva e coordenada à entrada de substâncias estranhas denominada resposta imune A função siológica do sistema imune é a defesa contra microrganismos infecciosos entretanto mesmo substâncias estranhas não infecciosas e produtos de células dani cadas podem elicitar respostas imunes Al m disso os mecanismos que normalmente protegem os indiv duos contra uma infecção e eliminam substâncias estranhas tamb m são capazes de ç p causar lesão tecidual e doença em algumas situaç es Portanto uma de nição mais inclusiva de resposta imune uma reação aos microrganismos assim como às mol culas que são reconhecidas como estranhas independentemente da consequ ncia siol gica ou patol gica de tal reação Sob certas situaç es mesmo mol culas pr prias podem elicitar respostas imunes as chamadas doenças autoimunes A Imunologia o estudo das respostas imunes nesse sentido mais amplo e dos eventos celulares e moleculares que ocorrem ap s um organismo encontrar microrganismos e outras macromol culas estranhas Os historiadores frequentemente se referem a Tuc dides no s culo V a C em Atenas como sendo a primeira pessoa a mencionar a imunidade contra uma infecção por ele denominada praga mas que provavelmente não era a peste bub nica que reconhecemos hoje em dia O conceito de imunidade protetora pode ter existido muito antes como sugerido pelo antigo costume chin s de tornar as crianças resistentes à var ola ap s inalação do p preparado com base em les es cutâneas de pacientes que se recuperaram da doença A Imunologia em sua forma moderna uma ci ncia experimental na qual as explicaç es dos fen menos imunol gicos são baseadas em observaç es experimentais e nas conclus es obtidas com base nessas observaç es A evolução da Imunologia como uma disciplina experimental dependente da nossa capacidade de manipular a função do sistema imune sob condiç es controladas Historicamente o primeiro exemplo claro dessa manipulação e um dos que permanece dentre os mais dramáticos já registrados foi a vacinação bem sucedida realizada por Edward Jenner contra a var ola Jenner um m dico ingl s percebeu que ordenhadoras que tinham se recuperado da var ola bovina nunca contra am a var ola humana forma mais grave da doença Com base nessa observação ele injetou o material de uma p stula de var ola bovina no braço de um menino de anos Quando esse menino foi posteriormente inoculado com a var ola humana a doença não se desenvolveu O tratado de Jenner um marco sobre vacinação do latim vaccinus ou derivado de vacas foi publicado em O tratado levou à aceitação geral desse m todo para a indução da imunidade contra doenças infecciosas e a vacinação permanece o m todo mais efetivo para a prevenção de infecç es Tabela Um testemunho eloquente da importância da Imunologia foi o an ncio pela Organização Mundial da Sa de em de que a var ola foi a primeira doença a ser erradicada em todo o mundo por um programa de vacinação Tabela 1.1 Efeti idade das Vacinas para Alg mas Doen as Infecciosas Com ns Doença N mero Máximo de Casos Ano N mero de Casos em Mudança na Porcentagem Difteria Sarampo Caxumba Coqueluche P lio paralisia infantil Rub ola T tano Haemophilus influenza tipo B ∼ Hepatite B E a abela il a a i e i a e ed a i cid cia de d e a i fecci a eleci ada E ad U id a a a ai f a de e l ida aci a efe i a . Dad de O e ei WA, Hi a AR, Ba KJ, Hadle SC: I i a i . E Ma dell GL, Be e JE, D li R (edi ): Principles and practices of infectious diseases, 4. ed. Ne Y k, 1995, Ch chill Li i g e; a d Morbidit and Mortalit Weekl Report 64, 20, 2015. Desde a d cada de houve uma transformação notável em nosso entendimento sobre o sistema imune e suas funç es Os avanços nas t cnicas de cultura celular incluindo a produção de anticorpo monoclonal imunoqu mica metodologia de DNA recombinante cristalogra a de raios X e criação de animais geneticamente modi cados especialmente camundongos transg nicos e knockout transformaram a Imunologia então largamente descritiva em uma ci ncia na qual os diversos fen menos imunol gicos podem ser explicados em termos estruturais e bioqu micos Alguns dos mais importantes avanços na Imunologia surgiram a partir dos anos com o desenvolvimento de terapias focando diferentes componentes do sistema imune que são baseados em ci ncia fundamental e estão alterando dramaticamente a progressão de doenças in amat rias e câncer em seres humanos Neste cap tulo delinearemos as caracter sticas gerais das respostas imunes e introduziremos os conceitos que formam as bases fundamentais da Imunologia moderna e que se repetem ao longo deste livro Im nidade Inata e Adaptati a A defesa contra microrganismos é mediada por respostas sequenciais e coordenadas que são denominadas imunidade inata e adaptativa Fig e Tabela A imunidade inata tamb m chamada de imunidade natural ou imunidade nativa essencial para a defesa contra microrganismos nas primeiras horas ou dias ap s a infecção antes que as respostas imunes adaptativas tenham se desenvolvido A imunidade inata mediada por mecanismos que já existem antes da ocorr ncia de uma infeção por isso inata e que facilitam rápidas respostas contra microrganismos invasores FIGURA 1.1 Im nidade inata e adaptati a. O eca i da i idade i a a f ece a defe a i icial c a i fec e . A e a i e ada a i a e de e l e e i e e e ece i a de a i a d li f ci . A ci ica da e a i e i a a e ada a i a a i a e e de a ia e dife e e i fec e . S e e i cel la e eleci ad ad . ILC, c l la li f ide i a a; NK, natural killer. Tabela 1.2 Caracter sticas da Im nidade Inata e Adaptati a Inata Adaptativa Características Especi cidade Para mol culas compartilhadas por grupos de microrganismos relacionados e mol culas produzidas por c lulas lesadas do hospedeiro Para ant genos microbianos e não microbianos Diversidade Limitada reconhecimento de mol culas codi cadas por genes herdados da linhagem germinativa Muito ampla genes dos receptores são formados por recombinação somática de segmentos g nicos nos linf citos Mem ria Nenhuma ou limitada Sim Não reatividade ao pr prio Sim Sim Componentes Barreiras celulares e qu micas Pele epit lios de mucosa mol culas antimicrobianas Linf citos nos epit lios anticorpos secretados nas superf cies epiteliais Prote nas sangu neas Complemento várias lectinas e aglutininas Anticorpos C lulas Fag citos macr fagos neutr los c lulas dendr ticas c lulas natural killer mast citos c lulas linfoides inatas Linf citos Em contraste à imunidade inata há outras respostas imunes que são estimuladas pela exposição a agentes infecciosos e que aumentam em magnitude e capacidades defensivas ap s cada exposição sucessiva a um microrganismo em particular Uma vez que essa forma de imunidade se desenvolve em resposta à infecção e a ela se adapta denominada imunidade adaptativa tamb m chamada imunidade especí ca ou imunidade adquirida O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um grande n mero de substâncias microbianas e não microbianas chamadas antígenos Embora muitos pat genos tenham evolu do de maneira a resistir à resposta imune inata as respostas imunes adaptativas sendo mais fortes e mais especializadas são capazes de erradicar at mesmo essas infecç es Tamb m existem numerosas conex es entre as respostas imunes inata e adaptativa A resposta imune inata aos microrganismosfornece os primeiros sinais de perigo que estimulam as respostas imunes adaptativas Por outro lado as resposta imunes adaptativas frequentemente trabalham intensi cando os mecanismos protetores da imunidade inata tornando os mais capazes de combater efetivamente os microrganismos O sistema imune de cada indivíduo é capaz de reconhecer responder e eliminar muitos antígenos estranhos não próprios mas normalmente não reage contra antígenos e tecidos do próprio indivíduo Diferentes mecanismos são usados pelos sistemas imunes inato e adaptativo para prevenir reaç es contra c lulas pr prias sadias Em decorrência da capacidade de linfócitos e de outras células imunes em circular pelos tecidos a imunidade é sistêmica Isso signi ca que uma resposta imune iniciada em um local poderá conferir proteção em locais distantes Essa caracter stica obviamente essencial para o sucesso da vacinação uma vacina administrada no tecido subcutâneo ou muscular do braço pode proteger contra infecç es em qualquer tecido As respostas imunes são reguladas por um sistema de alças de feedback positivo que ampli cam a reação e por mecanismos de controle que previnem reações inapropriadas ou patológicas Quando ativados os linf citos disparam mecanismos que aumentam ainda mais a magnitude da resposta Esse feedback positivo importante para capacitar o pequeno n mero de linf citos que são espec cos para qualquer microrganismo a gerarem a ampla resposta necessária à erradicação daquela infecção Muitos mecanismos de controle se tornam ativos durante as respostas imunes e previnem a ativação excessiva dos linf citos o que poderia causar dano colateral aos tecidos normais al m de prevenirem respostas contra os autoant genos Mecanismos de defesa do hospedeiro contra microrganismos estão presentes em todos os organismos multicelulares Os mecanismos logeneticamente mais antigos de defesa do hospedeiro são aqueles da imunidade inata presentes at mesmo em plantas e insetos Há cerca de milh es de anos peixes sem mand bulas tais como lampreias e peixes bruxa desenvolveram um sistema imune contendo c lulas parecidas com linf citos que deviam funcionar como os linf citos encontrados em esp cies mais avançadas e at responder à imunização Os receptores antig nicos nessas c lulas são prote nas com variabilidade limitada capazes de reconhecer muitos ant genos por m distintos dos anticorpos e receptores de c lulas T os quais são altamente variáveis e surgiram mais tardiamente na evolução Os mecanismos de defesa mais especializados que constituem a imunidade adaptativa são encontrados somente em vertebrados A maior parte dos componentes do sistema imune adaptativo incluindo linf citos com receptores antig nicos altamente diversos anticorpos e tecidos linfoides especializados evoluiu coordenadamente dentro de um curto espaço de tempo nos vertebrados mandibulados p ex tubar es há aproximadamente milh es de anos Im nidade Inata: a Defesa Inicial O sistema imune inato responde quase imediatamente a microrganismos e c lulas lesadas e repetidas exposiç es invocam respostas imunes inatas praticamente id nticas Os receptores da imunidade inata são espec cos para estruturas que são comuns a grupos de microrganismos relacionados e não distinguem pequenas diferenças entre microrganismos Os principais componentes da imunidade inata são barreiras f sicas e qu micas tais como os epit lios e os agentes antimicrobianos produzidos nas superf cies epiteliais c lulas fagoc ticas neutr los macr fagos c lulas dendr ticas DCs do ingl s dendritic cells mast citos c lulas natural killer c lulas NK e outras c lulas linfoides inatas e prote nas sangu neas incluindo componentes do sistema complemento e outros mediadores da in amação Muitas c lulas da imunidade inata tais como macr fagos DCs e mast citos estão sempre presentes na maioria dos tecidos onde atuam como sentinelas em busca de microrganismos invasores A resposta imune inata combate microrganismos por meio de duas reaç es principais pelo recrutamento de fag citos e outros leuc citos que destroem os microrganismos no processo chamado in amação e pelo bloqueio da replicação viral ou pelo killing de c lulas infectadas por v rus sem a necessidade de uma reação in amat ria Discutiremos caracter sticas mecanismos e componentes da imunidade inata no Cap tulo Im nidade Adaptati a A resposta imune adaptativa é mediada por células chamadas linfócitos e seus produtos Os linf citos expressam receptores altamente diversos que são capazes de reconhecer um vasto n mero de ant genos Há duas populaç es principais de linf citos denominadas linfócitos B e linfócitos T os quais medeiam diferentes tipos de respostas imunes adaptativas Iremos primeiro resumir as importantes propriedades do sistema imune adaptativo e então retornaremos aos diferentes tipos de respostas imunes adaptativas Caracter sticas F ndamentais das Respostas Im nes Adaptati as As propriedades fundamentais do sistema imune adaptativo re etem as propriedades dos linf citos que medeiam essas respostas Especi cidade e diversidade Respostas imunes são espec cas para ant genos distintos e frequentemente para diferentes porç es de um nico complexo proteico polissacar dico ou de outra macromol cula Fig As porç es de ant genos complexos especi camente reconhecidas por linf citos individuais são denominadas determinantes ou epítopos Essa especi cidade na existe porque os linf citos individuais expressam receptores de membrana que podem distinguir diferenças sutis na estrutura de ep topos distintos Clones de linf citos com diferentes especi cidades estão presentes em indiv duos não imunizados e são capazes de reconhecer e responder aos ant genos estranhos Fig Esse conceito fundamental denominado seleção clonal e foi claramente enunciado por Macfarlane Burnet em como uma hip tese para explicar de que modo o sistema imune poderia responder a um grande n mero e variedade de ant genos De acordo com essa hip tese a qual hoje uma caracter stica comprovada da imunidade adaptativa clones de linf citos ant geno espec cos se desenvolvem antes e independentemente da exposição ao ant geno Um ant geno introduzido se liga seleciona às c lulas do clone ant geno espec co preexistente e as ativa Como resultado as c lulas espec cas para o ant geno proliferam para gerar milhares de descendentes com a mesma especi cidade um processo chamado expansão clonal O n mero total de especi cidades antig nicas dos linf citos em um indiv duo chamado repert rio dos linf citos extremamente grande Estima se que o sistema imune de um indiv duo possa discriminar a determinantes antig nicos distintos Essa capacidade do repert rio de linf citos para reconhecer um grande n mero de ant genos a chamada diversidade resultado da variabilidade nas estruturas dos s tios de ligação ao ant geno dos receptores antig nicos dos linf citos Em outras palavras existem muitos clones distintos de linf citos e cada clone possui um nico receptor antig nico e consequentemente uma nica especi cidade antig nica contribuindo para um repert rio total extremamente diverso A expressão de diferentes receptores antig nicos em distintos clones de c lulas T e B a razão pela qual esses receptores são ditos clonalmente distribu dos Os mecanismos moleculares que geram tal diversidade de receptores antig nicos são discutidos no Cap tulo A diversidade essencial se o sistema imune existe para defender os indiv duos contra os diversos potenciais pat genos presentes no ambiente Memória A exposição do sistema imune a um ant geno estranho aumenta sua capacidade de responder novamente àquele ant geno As respostas a uma segunda exposição ou exposiç es subsequentes ao mesmo ant geno chamadas respostas imunes secundárias são normalmente mais rápidas de maior magnitude e com frequ ncia quantitativamente diferentes da primeira resposta imune ou primária àquele ant geno Fig A mem ria imunol gica ocorre porque cada exposição a um ant geno gera células de memória de vida longa espec cas para o ant geno Há duas raz es pelas quais a resposta secundáriatipicamente mais forte do que a resposta imune primária as c lulas de mem ria se acumulam e tornam se mais numerosas do que os linf citos naive espec cos para o ant geno existentes no momento da exposição inicial ao ant geno e c lulas de mem ria reagem mais rápida e vigorosamente ao desa o antig nico do que os linf citos naive A mem ria permite que o sistema imune produza respostas aumentadas a exposiç es persistentes ou recorrentes ao mesmo ant geno e assim combata infecç es por microrganismos prevalentes no meio ambiente e encontrados repetidamente Não reatividade ao próprio autotolerância Uma das propriedades mais marcantes do sistema imune de cada indiv duo normal sua capacidade de reconhecer responder e eliminar muitos ant genos estranhos não pr prios enquanto não reage prejudicialmente aos ant genos do pr prio indiv duo A não responsividade imunol gica tamb m chamada de tolerância A tolerância aos ant genos pr prios ou autotolerância mantida por diversos mecanismos Estes incluem a eliminação de linf citos que expressam receptores espec cos para alguns autoant genos inativando os linf citos autorreativos ou suprimindo essas c lulas pela ação de outras c lulas reguladoras Anormalidades na indução ou manutenção da autotolerância levam a respostas imunes contra os autoant genos ant genos aut logos as quais podem resultar em dist rbios denominados doenças autoimunes Os mecanismos de autotolerância e suas falhas são discutidos no Cap tulo FIGURA 1.2 Especificidade, mem ria e contra o das respostas im nes adaptati as. A ge X e Y i d e a d de dife e e a ic (e ecificidade). A e a ec d ia a a ge X ai ida e ai d e a e a i ia ( e ia). O ei de a ic decli a c e a cada i i a (c a , ce e a a h e a ia). A e a ca ac e ica i a a e a i e ediada c l la . FIGURA 1.3 Sele o clonal. Cada a ge (X) eleci a cl e ee i e e de li f ci e ec fic e e i la a life a e dife e cia da ele cl e. O diag a a a e e li f ci B da d ige a c l la efe a ec e a de a ic , a e i c i e a lica a li f ci T. Vis o Geral da Im nidade H moral e Mediada por C l las Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas denominadas imunidade humoral e imunidade mediada por células as quais são induzidas por diferentes tipos de linfócitos e atuam para eliminar diferentes tipos de microrganismos Figs e A imunidade humoral mediada por mol culas no sangue e em secreç es mucosas denominadas anticorpos os quais são produzidos pelos linfócitos B Os anticorpos reconhecem ant genos microbianos neutralizam a infectividade dos microrganismos e marcam microrganismos para sua eliminação pelos fag citos e pelo sistema complemento A imunidade humoral o principal mecanismo de defesa contra os microrganismos e suas toxinas localizados fora das c lulas p ex no l men dos tratos gastrintestinal e respirat rio e no sangue uma vez que os anticorpos secretados podem se ligar a esses microrganismos e toxinas neutralizando os al m de auxiliar na sua eliminação FIGURA 1.4 Tipos de im nidade adaptati a. Na i idade h al, li f ci B ec e a a ic e e i e a i fec e e eli i a ic ga i e acel la e . Na i idade ediada c l la , li f ci T a ilia e a i a ac fag e e fil a a a a ic ga i fag ci ad , li f ci T ci ic de e di e a e e a c l la i fec ada . FIGURA 1.5 Classes de linf citos. O li f ci B ec hece i i de a ge e e de e l e e c l la ec e a de a ge . O li f ci T a ilia e ec hece a ge a e f cie da c l la a e e ad a de a ge e ec e a ci ci a , a ai e i la dife e e eca i de i idade e i fla a . O li f ci T ci ic ec hece a ge e c l la i fec ada e a a e a c l la . A c l la T eg lad a i e a e a i e ( . e .: a a ge i ). A imunidade mediada por células tamb m denominada imunidade celular mediada pelos linfócitos T Muitos microrganismos são ingeridos mas sobrevivem dentro dos fag citos e alguns particularmente os v rus infectam e se replicam em diversas c lulas do hospedeiro Nesses locais os microrganismos são inacess veis aos anticorpos circulantes A defesa contra tais infecç es uma função da imunidade mediada por c lulas a qual promove a destruição de microrganismos dentro dos fag citos e a morte das c lulas infectadas para eliminar os reservat rios da infecção A imunidade protetora contra um microrganismo normalmente pode ser fornecida tanto pela resposta do hospedeiro ao microrganismo quanto pela transferência de anticorpos que defendem contra o microrganismo Fig A forma de imunidade induzida pela exposição a um ant geno estranho chamada imunidade ativa porque o indiv duo imunizado tem papel ativo na resposta ao ant geno Indiv duos e linf citos que nunca encontraram um ant geno particular são considerados naive implicando que ambos são imunologicamente inexperientes Indiv duos que responderam a um ant geno microbiano e estão protegidos de exposiç es subsequentes àquele microrganismo são ditos imunes FIGURA 1.6 Im nidade ati a e passi a. A i idade a i a c fe ida ela e a d h edei a ic ga i a ge ic bia , e a a i idade a i a c fe ida ela a fe cia ad i a de a ic de li f ci T e ec fic a a ic ga i . A ba a f a de i idade c fe e e i cia i fec e e ec fica a a a ge ic bia , a e e a e a i e a i a ge a e ia i l gica. A a fe cia e a ica a i a de a ic , a de li f ci , eali ada i ei a e e e a b c e d a e a g a ide (da e a a fe ). A imunidade tamb m pode ser conferida a um indiv duo pela transfer ncia de anticorpos de um indiv duo imunizado para um indiv duo que nunca encontrou o ant geno Fig O receptor de tal transfer ncia se torna imune ao ant geno em particular sem nunca ter sido exposto nem ter respondido àquele ant geno Portanto essa forma de imunização chamada de imunidade passiva Um exemplo siologicamente importante de imunidade passiva a transfer ncia de anticorpos maternos atrav s da placenta para o feto a qual permite aos rec m nascidos o combate a infecç es por vários meses antes que eles pr prios desenvolvam a capacidade de produzir anticorpos A imunização passiva tamb m um m todo til na medicina por conferir resist ncia rapidamente sem a necessidade de esperar pelo desenvolvimento de uma resposta imune ativa A imunização passiva contra toxinas potencialmente letais pela administração de anticorpos de animais ou pessoas imunizadas um tratamento que salva vidas em infecç es rábicas ou picadas por serpentes Pacientes com algumas doenças de imunode ci ncias gen ticas são imunizadas passivamente pela transfer ncia de um pool de anticorpos de doadores saudáveis A primeira demonstração de imunidade humoral foi feita por Emil von Behring e Shibasaburo Kitasato em usando uma estrat gia de imunização passiva Eles mostraram que se o soro de animais que haviam sido imunizados com uma forma atenuada de toxina dift rica fosse transferido a animais naive os receptores se tornavam resistentes especi camente à infecção dift rica Os componentes ativos do soro foram chamados antitoxinas porque neutralizaram os efeitos patol gicos da toxina dift rica Esse resultado levou ao tratamento da infecção dift rica at então letal pela administração da antitoxina uma realização que foi reconhecida pelo primeiro Pr mio Nobel em Fisiologia ou Medicina concedido para von Behring Na d cada de Paul Ehrlich postulou que as c lulas imunes utilizam receptores a que chamou cadeias laterais para reconhecer toxinas microbianas e subsequentemente secretá los para combater microrganismos Ele tamb m cunhou o termo anticorpos do alemão antikörper para designar as prote nas s ricas que se ligam a substâncias estranhas tais como toxinas enquanto as substâncias que geraram os anticorpos foram denominadas antígenos A de nição moderna de ant genos inclui substâncias que se ligam a receptores espec cos em linf citos quer estimulem ou não respostas imunes De acordo com de niç es estritas substâncias que estimulam as respostas imunes são chamadas imunógenos embora o termo ant geno seja frequentemente usado de forma intercambiável com imun geno As propriedadesdos anticorpos e ant genos são descritas no Cap tulo Os conceitos de Ehrlich representam um modelo extraordinariamente preditivo para a especi cidade da imunidade adaptativa Esses estudos iniciais dos anticorpos levaram à aceitação geral da teoria humoral da imunidade de acordo com a qual a defesa do hospedeiro contra infecç es mediada por substâncias presentes nos uidos corporais então chamados humores Élie Metchniko inicialmente defendeu a teoria celular da imunidade a qual a rmava que as c lulas do hospedeiro são os principais mediadores da imunidade Sua demonstração dos fag citos ao redor de um espinho introduzido em uma larva transl cida de estrela do mar publicada em foi talvez a primeira evid ncia experimental de que as c lulas respondem a invasores estranhos Ehrlich e Metchniko dividiram o Pr mio Nobel em em reconhecimento às suas contribuiç es para o estabelecimento desses princ pios fundamentais da imunidade A observação de Sir Almroth Wright no in cio dos anos de que fatores no soro imune aumentaram a fagocitose de bact rias ao recobri las um processo conhecido como opsonização deu suporte à convicção de que os anticorpos preparam os microrganismos para a ingestão pelos fag citos Esses celularistas iniciais não foram capazes de provar que a imunidade espec ca aos microrganismos poderia ser mediada pelas c lulas A importância da imunidade celular na defesa do hospedeiro se consolidou na d cada de quando foi mostrado que a resist ncia a uma bact ria intracelular Listeria monocytogenes poderia ser transferida a animais pelas c lulas mas não pelo soro Atualmente sabemos que a especi cidade da imunidade mediada por c lulas devida aos linf citos os quais frequentemente atuam em conjunto com outras c lulas como os fag citos para eliminar os microrganismos No cenário cl nico a imunidade a um microrganismo previamente encontrado avaliada indiretamente tanto por ensaios que detectam a presença de produtos das respostas imunes tais como anticorpos s ricos espec cos para ant genos microbianos quanto pela administração de substâncias puri cadas de microrganismos e avaliando as reaç es a essas substâncias A reação a um ant geno detectável somente em indiv duos que entraram previamente em contato com o ant geno a reação no momento do primeiro contato normalmente muito pequena para ser detectada Esses indiv duos são ditos sensibilizados ao ant geno e a reação uma indicação de sensibilidade Tal reação a um ant geno microbiano implica que o indiv duo sensibilizado seja capaz de montar uma resposta protetora ao microrganismo Inicia o e Desen ol imento das Respostas Im nes Adaptati as As respostas imunes adaptativas se desenvolvem em diversas etapas iniciando pela captura do ant geno seguida pela ativação de linf citos espec cos Fig FIGURA 1.7 Desen ol imento das respostas im nes adaptati as. A e a i e ada a i a c i e e a di i , e d i ei ec heci e d a ge , a a i a d li f ci e a eli i a d a ge (fa e efe a). A e a e c ai (decli a) edida e li f ci e i lad el a ge e a e, e a a d a h e a ia, e a c l la a ge -e ec fica e b e i e e ei ela e ia. A d a de cada fa e de a ia e dife e e e a i e . O ei e e e a a edida a bi ia da ag i de da e a. E e i c i e a lica i idade h al ( ediada li f ci B) e i idade ediada c l la ( ediada li f ci T). A maioria dos microrganismos e outros antígenos entram no organismo através das barreiras epiteliais e as respostas imunes adaptativas a esses antígenos se desenvolvem em órgãos linfoides periféricos secundários A iniciação das respostas imunes adaptativas requer que os ant genos sejam capturados e expostos aos linf citos espec cos As c lulas que realizam essa função são chamadas células apresentadoras de antígeno APCs do ingl s antigen presenting cells As APCs mais especializadas são as células dendríticas as quais capturam ant genos microbianos que entram no organismo a partir do ambiente externo transportam esses ant genos aos rgãos linfoides e os apresentam aos linf citos T naive para iniciar as respostas imunes Outros tipos celulares atuam como APCs em diferentes estágios das respostas imunes humorais e mediadas por c lulas Descreveremos as funç es das APCs no Cap tulo Os linf citos que nunca responderam ao ant geno são chamados naive A ativação desses linf citos pelo ant geno leva à proliferação dessas c lulas resultando em um aumento no n mero de clones ant geno espec cos denominado expansão clonal Esse processo seguido pela diferenciação dos linf citos ativados em c lulas capazes de eliminar o ant geno as quais são chamadas células efetoras porque medeiam o efeito nal da resposta imune e em c lulas de mem ria que sobrevivem por longos per odos e montam fortes respostas ap s encontros repetidos com o ant geno A eliminação do ant geno frequentemente requer a participação de outras c lulas não linfoides tais como macr fagos e neutr los as quais por vezes são chamadas c lulas efetoras Esses passos da ativação dos linf citos tipicamente demoram alguns dias o que explica porque a resposta imune adaptativa desenvolve se de maneira lenta e há a necessidade de a imunidade inata inicialmente conferir proteção Uma vez que a resposta imune adaptativa tenha erradicado a infecção o est mulo para a ativação dos linf citos se dissipa e a maior parte das c lulas efetoras morrem resultando no decl nio da resposta As c lulas de mem ria permanecem prontas para responder vigorosamente se a mesma infecção se repetir As c lulas do sistema imune interagem umas com as outras e com outras c lulas do hospedeiro durante os estágios de iniciação e efetor das respostas imunes inata e adaptativa Muitas dessas interaç es são mediadas pelas citocinas As citocinas constituem um amplo grupo de prote nas secretadas com diversas estruturas e funç es as quais regulam e coordenam muitas atividades das c lulas da imunidade inata e adaptativa Todas as c lulas do sistema imune secretam pelo menos algumas citocinas e expressam receptores de sinalização espec cos para diversas citocinas Entre as muitas funç es das citocinas que discutiremos ao longo deste livro estão a promoção de crescimento e diferenciação das c lulas imunes ativação das funç es efetoras de linf citos e fag citos e estimulação de movimento direcionado das c lulas imunes a partir do sangue para os tecidos e dentro dos tecidos Um grande subgrupo de citocinas estruturalmente relacionadas que regulam a migração e o movimento celular são conhecidas como quimiocinas Alguns dos fármacos mais efetivos desenvolvidos para tratar doenças imunol gicas t m como alvo as citocinas o que re ete a importância dessas prote nas nas respostas imunes Descreveremos as funç es de citocinas individuais quando discutirmos as respostas imunes nas quais essas prote nas exercem pap is importantes Im nidade H moral Linfócitos B que reconhecem antígenos proliferam e se diferenciam em plasmócitos que secretam diferentes classes de anticorpos com funções distintas Cada clone de c lulas B expressa um receptor antig nico de superf cie celular o qual uma forma de anticorpo ligado à membrana com uma especi cidade antig nica nica Diferentes tipos de ant genos incluindo prote nas polissacar deos lip deos e mol culas pequenas são capazes de elicitar respostas de anticorpos A resposta das c lulas B aos ant genos proteicos requer sinais de ativação aux lio das c lulas T CD esta a razão hist rica pela qual chamamos essas c lulas T de c lulas auxiliares As c lulas B podem responder a vários ant genos não proteicos sem a participação de c lulas T auxiliares Cada plasm cito secreta anticorpos que t m o mesmo s tio de ligação ao ant geno uma vez que o receptor antig nico da superf cie celular que primeiro reconheceu o ant geno Polissacar deos e lip deos estimulam a secreção principalmente do anticorpo da classe denominada imunoglobulina M IgM Ant genos proteicos induzem a produção de anticorpos de diferentes classes IgG IgA IgE a partir de um nico clone de c lulas B Essas diferentes classes de anticorpos servem a funçes distintas mencionadas adiante C lulas T auxiliares tamb m estimulam a produção de anticorpos com a nidade aumentada ao ant geno Esse processo chamado maturação de a nidade melhora a qualidade da resposta imune humoral A resposta imune humoral combate microrganismos de várias maneiras Os anticorpos se ligam aos microrganismos e os impedem de infectar as c lulas assim neutralizando os De fato a neutralização mediada por anticorpos o nico mecanismo da imunidade adaptativa que det m uma infecção antes que ela se estabeleça esta a razão pela qual a elicitação da produção de anticorpos potentes um objetivo chave da vacinação Anticorpos IgG recobrem os microrganismos e os marcam para a fagocitose porque os fag citos neutr los e macr fagos expressam receptores para partes das mol culas de IgG O sistema complemento ativado por IgM e IgG e os produtos do complemento promovem a fagocitose e a destruição dos microrganismos A IgA secretada pelo epit lio da mucosa e neutraliza microrganismos no l men dos tecidos de mucosa tais como os tratos respirat rio e gastrintestinal prevenindo assim que os microrganismos inalados e ingeridos infectem o hospedeiro A IgG materna ativamente transportada atrav s da placenta e protege o rec m nascido at que o sistema imune do beb se torne maduro A maior parte dos anticorpos IgG tem meia vida na circulação de aproximadamente semanas enquanto outras classes de anticorpos t m meias vidas de apenas poucos dias Alguns plasm citos secretores de anticorpos migram para a medula ssea ou tecidos de mucosa e vivem por anos produzindo continuamente baixos n veis de anticorpos Os anticorpos secretados por esses plasm citos de vida longa fornecem proteção imediata se o microrganismo reinfectar o indiv duo Uma proteção mais efetiva fornecida pelas c lulas de mem ria que são ativadas pelo microrganismo e rapidamente se diferenciam para gerar grandes n meros de plasm citos Im nidade Mediada por C l las Os linfócitos T células da imunidade celular reconhecem os antígenos dos microrganismos associados às células e diferentes tipos de células T auxiliam os fagócitos a destruir esses microrganismos ou matar as células infectadas As c lulas T não produzem mol culas de anticorpo Seus receptores antig nicos são mol culas de membrana distintas mas estruturalmente relacionadas aos anticorpos Cap tulo Os linf citos T t m uma especi cidade restrita para ant genos eles reconhecem pept deos derivados das prote nas estranhas que estão ligadas às prote nas do hospedeiro denominadas complexo principal de histocompatibilidade MHC do ingl s major histocompatibility complex as quais são expressas nas superf cies de outras c lulas Como resultado essas c lulas T reconhecem e respondem aos ant genos associados à superf cie celular mas não aos ant genos sol veis Cap tulo Os linf citos T consistem em populaç es funcionalmente distintas dentre as quais as mais bem de nidas são as células T auxiliares e os linfócitos T citotóxicos ou citolíticos CTLs do ingl s cytotoxic T lymphocytes As funç es das c lulas T auxiliares são mediadas principalmente pela secreção de citocinas enquanto os CTLs produzem mol culas que matam outras c lulas Alguns linf citos T denominados células T reguladoras atuam principalmente na inibição das respostas imunes Retornaremos a uma discussão mais detalhada sobre as propriedades dos linf citos no Cap tulo e em cap tulos posteriores Diferentes classes de linf citos podem ser distinguidas pela expressão de prote nas de superf cie celular muitas das quais são denominadas por um nico n mero CD do ingl s cluster of di erentiation Cap tulo tais como CD ou CD Ap s a ativação nos rgãos linfoides secundários os linf citos T naive se diferenciam em c lulas efetoras e muitas destas migram para os s tios de infecção Quando essas c lulas T efetoras encontram novamente os microrganismos associados a c lulas são ativadas e realizam as funç es responsáveis pela eliminação dos microrganismos Algumas c lulas T auxiliares CD secretam citocinas que recrutam leuc citos e estimulam a produção de substâncias microbicidas nos fag citos Assim essas c lulas T auxiliam os fag citos a matar os pat genos infecciosos Outras c lulas T auxiliares CD secretam citocinas que ajudam as c lulas B a produzir um tipo de anticorpo chamado IgE e ativam leuc citos chamados eosin los os quais são capazes de matar parasitas grandes demais para serem fagocitados Algumas c lulas T auxiliares CD permanecem nos rgãos linfoides e estimulam respostas de c lulas B CTLs CD matam as c lulas que abrigam microrganismos no citoplasma Esses microrganismos podem ser v rus que infectam muitos tipos celulares ou bact rias que são ingeridas pelos macr fagos mas escapam das ves culas fagoc ticas no citoplasma onde são inacess veis à maquinaria de morte dos fag citos amplamente con nadas às ves culas Com a destruição das c lulas infectadas os CTLs eliminam os reservat rios da infecção Os CTLs tamb m matam as c lulas tumorais que expressam ant genos reconhecidos como estranhos Nos lembretes do livro descrevemos em detalhe reconhecimento ativação regulação e fases efetoras das respostas imunes inatas e adaptativas Os princ pios introduzidos neste cap tulo serão abordados novamente ao longo do livro Res mo ✹ A imunidade protetora contra microrganismos mediada pelas reaç es iniciais da imunidade inata e pelas respostas posteriores da imunidade adaptativa As respostas imunes inatas são estimuladas por estruturas moleculares compartilhadas por grupos de microrganismos e pelas mol culas expressas por c lulas lesadas do hospedeiro A imunidade adaptativa espec ca para diferentes ant genos microbianos e não microbianos e aumentada por exposiç es repetidas ao ant geno mem ria imunol gica ✹Muitas caracter sticas da imunidade adaptativa são de fundamental importância para suas funç es normais Estas incluem especi cidade para diferentes ant genos um repert rio diverso capaz de reconhecer uma grande variedade de ant genos mem ria à exposição antig nica e a capacidade de discriminar entre ant genos estranhos e ant genos pr prios ✹ A imunidade pode ser adquirida por uma resposta a um ant geno imunidade ativa ou conferida pela transfer ncia de anticorpos ou c lulas efetoras imunidade passiva ✹ Os linf citos são as nicas c lulas capazes de reconhecer ant genos especi camente e são assim as principais c lulas da imunidade adaptativa A população total de linf citos consiste em muitos clones cada um com um nico receptor antig nico e especi cidade As duas principais subpopulaç es de linf citos são as c lulas B e as c lulas T que diferem em seus receptores antig nicos e em suas funç es ✹ A resposta imune adaptativa iniciada pelo reconhecimento de ant genos estranhos pelos linf citos espec cos As APCs especializadas capturam ant genos microbianos e os apresentam para o reconhecimento pelos linf citos Os linf citos respondem proliferando e se diferenciando em c lulas efetoras cuja função eliminar o ant geno e em c lulas de mem ria as quais possuem respostas aumentadas em encontros subsequentes com o ant geno A eliminação dos ant genos frequentemente necessita da participação de diversas c lulas efetoras ✹ A imunidade humoral mediada por anticorpos secretados pelos linf citos B e o mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares Anticorpos neutralizam a infectividade dos microrganismos e promovem sua eliminação pelos fag citos e pela ativação do sistema complemento ✹ A imunidade mediada por c lulas mediada por linf citos T e seus produtos tais como citocinas sendo importante para a defesa contra microrganismos intracelulares Os linf citos T auxiliares CD ajudam macr fagos a eliminar os microrganismos ingeridos e ajudam c lulas B a produzir anticorpos Os CTLs CD matam as c lulas que abrigam pat genos intracelulares eliminando assim reservat rios da infecção Refer ncias S geridas Ideias Hist ricas Burnet FM A modi cation of Jerne s theory of antibody production using the concept of clonal selection Australien J Sci Cohn M Mitchison NA Paul WEet al Re ections on the clonal selection theory Nat Rev Immunol Jerne NK The natural selection theory of antibody formation Proc Natl Acad Sci USA Silverstein AM Cellular versus humoral immunology a century long dispute Nat Immunol E ol o do Sistema Im ne Boehm T Swann JB Origin and evolution of adaptive immunity Annu Rev Anim Biosci Flajnik MF Du Pasquier L Evolution of innate and adaptive immunity can we draw a line Trends Immunol Litman GW Rast JP Fugmann SD The origins of vertebrate adaptive immunity Nat Rev Immunol CAP TULO 2 Células e Tecidos do Sistema Imune C LULAS DO SISTEMA IMUNE Fag ci Ma ci , Ba fil e E i fil Li f ci C l la Natural Killer e C l la Li f ide I a a Sec e a de Ci ci a ANATOMIA E FUN ES DOS TECIDOS LINFOIDES Med la ea Ti O Si e a Li f ic Li f d Ba Si e a I e C e e de M c a RESUMO As c lulas do sistema imune inato e adaptativo normalmente estão presentes como c lulas circulantes no sangue e na linfa em rgãos linfoides e como c lulas dispersas em praticamente todos os tecidos O arranjo anat mico dessas c lulas nos tecidos linfoides e sua capacidade de circular e realizar trocas entre sangue linfa e tecidos t m importância decisiva para a geração das respostas imunes O sistema imune enfrenta numerosos desa os para gerar respostas protetoras efetivas contra pat genos infecciosos Primeiro o sistema deve ser capaz de responder rapidamente a pequenas quantidades de muitos microrganismos distintos que podem ser introduzidos em qualquer local no corpo Em segundo lugar na resposta imune adaptativa pouqu ssimos linf citos naive reconhecem e respondem especi camente a um ant geno qualquer Em terceiro lugar os mecanismos efetores do sistema imune adaptativo anticorpos e c lulas T efetoras podem ter de localizar e destruir microrganismos em s tios distantes do local onde a resposta imune foi induzida A capacidade do sistema imune de enfrentar esses desa os e desempenhar otimamente suas funç es protetoras depende das respostas notavelmente rápidas e variadas das c lulas imunes do modo como essas c lulas estão organizadas nos tecidos linfoides e de sua habilidade de migrar de um tecido para outro O presente cap tulo descreve as c lulas e tecidos que comp em o sistema imune No Cap tulo descreveremos os padr es de tráfego dos linf citos ao longo do corpo e os mecanismos de migração de linf citos e outros leuc citos C l las do Sistema Im ne As c lulas que realizam pap is especializados nas respostas imunes inata e adaptativa são os fag citos c lulas dendr ticas DCs do ingl s dendritic cells linf citos ant geno espec cos e vários outros leuc citos que atuam eliminando ant genos Essas c lulas foram introduzidas brevemente no Cap tulo Quase todas derivam de c lulas tronco hematopoi ticas CTHs existentes na medula ssea as quais se diferenciam a partir de linhagens rami cadas Com base em seus precursores comuns as c lulas imunes são amplamente classi cadas em c lulas mieloides que incluem os fag citos e a maioria das DCs ou em c lulas linfoides que englobam todos os linf citos Os n meros de alguns desses tipos celulares no sangue são listados na Tabela Embora a maioria dessas c lulas sejam encontradas no sangue as respostas de linf citos a ant genos geralmente ocorrem em tecidos linfoides ou outros tecidos e portanto podem não ser re etidas pelas alteraç es nos n meros de linf citos no sangue Tabela 2.1 Contagens de C l las Sang neas Normais N mero médio por mm Faixa normal C lulas brancas do sangue leuc citos mm Neutr los Eosin los Bas los Linf citos Mon citos A expressão de diversas proteínas de membrana é usada para distinguir populações de células no sistema imune Por exemplo a maioria das c lulas T auxiliares expressam uma prote na de superf cie chamada CD enquanto a maioria dos linf citos T citot xicos CTLs do ingl s cytotoxic T lymphocytes expressam uma prote na de superf cie diferente chamada CD Essas e muitas outras prote nas de superf cie frequentemente são denominadas marcadores porque identi cam e discriminam marcam populaç es celulares distintas Esses marcadores não somente delineiam as diferentes classes de c lulas nos sistemas imunes inato e adaptativo como tamb m exercem muitas funç es nos tipos celulares em que são expressos A forma mais comum de determinar se um marcador em particular expresso em uma c lula testar se anticorpos espec cos para esse marcador se ligam à c lula Nesse contexto os anticorpos são usados por pesquisadores ou cl nicos como ferramentas anal ticas Existem centenas de preparaç es diferentes de anticorpos puros cada uma das quais espec ca para uma mol cula distinta e marcada com sondas que podem ser prontamente detectadas nas superf cies celulares por meio do uso de instrumentos apropriados Os anticorpos monoclonais são descritos no Cap tulo e os m todos de detecção de anticorpos marcados ligados a c lulas são discutidos no Ap ndice III A nomenclatura de grupamento de diferenciação CD do ingl s cluster of di erentiation um m todo uniforme amplamente adotado para nomear mol culas de superf cie celular que são caracter sticas de um estágio de diferenciação ou de uma linhagem celular em particular t m estrutura de nida e são reconhecidas por um grupo cluster de anticorpos monoclonais Assim todas as mol culas de superf cie c lular estruturalmente de nidas recebem uma designação num rica de CD p ex CD CD Embora tenham sido originalmente criados para de nir subtipos de c lulas imunes circulantes leuc citos os marcadores CD são encontrados em todos os tipos celulares no corpo As mol culas de CD t m funç es importantes nas respostas imunes e são alvos de muitos anticorpos terap uticos usados no tratamento de doenças in amat rias e do câncer O Ap ndice II fornece uma lista atual dos marcadores CD leucocitários mencionados neste livro Fag citos Os fagócitos incluindo neutró los e macrófagos são células cuja função primária é ingerir e destruir microrganismos e remover tecidos dani cados As respostas funcionais dos fag citos na defesa do hospedeiro consistem em etapas sequenciais recrutamento das c lulas para os s tios de infecção reconhecimento e ativação por microrganismos ingesta dos microrganismos atrav s do processo de fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos Adicionalmente por meio do contato direto e secreção de citocinas os fag citos se comunicam com outras c lulas de maneira a promover ou regular as respostas imunes Os neutr los e mon citos no sangue são produzidos na medula ssea circulam no sangue e são recrutados para os s tios in amat rios Embora ambos sejam ativamente fagoc ticos diferem signi cativamente Tabela A resposta do neutr lo mais rápida e a expectativa de vida dessas c lulas curta enquanto os mon citos se transformam em macr fagos nos tecidos podem viver por longos per odos e desse modo sua resposta pode ter duração prolongada Os neutr los usam rearranjos do citoesqueleto e montagem de enzimas para gerar respostas rápidas e transientes enquanto os macr fagos contam principalmente com a transcrição de novos genes Essas funç es dos fag citos são importantes na imunidade inata conforme discutiremos no Cap tulo e tamb m na fase efetora de algumas respostas imunes adaptativas conforme discutiremos no Cap tulo Como prel dio a discuss es mais detalhadas sobre o papel dos fag citos nas respostas imunes em cap tulos posteriores discutiremos aqui os aspectos morfol gicos dos neutr los e macr fagos e introduziremos brevemente suas respostas funcionais Tabela 2.2 Propriedades Distinti as de Ne tr filos e Macr fagos Neutró los Macrófagos Origem CTHs na medula ssea CTHs na medula ssea em reaç es in amat rias muitos macr fagos residentes nos tecidos c lulas tronco no saco vitel nico ou f gado fetal in cio do desenvolvimento Expectativa de vida nos tecidos dias Macr fagos in amat rios dias ou semanas Macr fagos residentes teciduais anos Respostas a est mulos ativadores Atividade enzimática rápida de curta duração Mais prolongada mais lenta normalmente dependente de nova transcriçãog nica Fagocitose Rápida ingesta de microrganismos Habilidade prolongada de ingerir microrganismos c lulas apopt ticas debris teciduais material estranho Esp cies reativas do oxig nio Rapidamente induzida pela montagem da oxidase do fag cito burst respirat rio Menos proeminente Óxido n trico Baixos n veis ou nenhum Induzida em seguida à ativação transcricional de iNOS Desgranulação Principal resposta induzida por rearranjos do citoesqueleto Não proeminente Produção de citocina Baixos n veis por c lula Principal atividade funcional grandes quantidades por c lula requer ativação transcricional de genes de citocina Formação de NET Rapidamente induzida por extrusão de conte dos nucleares Não Secreção de enzimas lisossomais Proeminente Menos E a abela li a a i ci ai dife e a e e e fil e ac fag . A ea e e ida a e i e e de c i a e . N e e d i i cel la e c a ilha i a ca ac e ica , c fag ci e, i i a ia e habilidade de ig a a l g d a a g e a a ecid . CTH, c l la- c he a i ica; iNOS, id ic i a e i d el; NET, a adilha e acel la e de e fil . Ne tr filos Os neutró los constituem a população mais abundante de leucócitos circulantes e o principal tipo celular nas reações in amatórias agudas Os neutr los circulam como c lulas esf ricas medindo cerca de m de diâmetro com numerosas projeç es membranosas O n cleo segmentado em tr s a cinco l bulos conectados Fig A Devido à sua morfologia nuclear os neutr los tamb m são chamados leucócitos polimorfonucleares PMNs O citoplasma cont m dois tipos de grânulos ligados à membrana A maioria desses grânulos chamados grânulos espec cos estão repletos de enzimas como lisozima colagenase e elastase Esses grânulos não são corados fortemente por corantes básicos ou ácidos hematoxilina e eosina respectivamente e isso distingue os neutr los dos outros dois tipos de leuc citos circulantes contendo grânulos citoplasmáticos chamados basó los e eosinó los O restante dos grânulos dos neutr los chamados grânulos azurof licos ou azur los cont m enzimas e outras substâncias microbicidas entre as quais as defensinas e catelicidinas que discutiremos no Cap tulo Os neutr los são produzidos na medula ssea e surgem de precursores que tamb m originam fag citos mononucleares A produção de neutr los estimulada pelo fator estimulador de col nia de granul cito G CSF do ingl s granulocyte colony stimulating factor e pelo fator estimulador de col nia de granul cito macr fago GM CSF do ingl s granulocyte macrophage colony stimulating factor Um humano adulto produz mais de neutr los por dia cada um dos quais circulando no sangue por poucas horas ou dias Os neutr los podem migrar rapidamente para s tios de infecção ap s a entrada de microrganismos Ap s entrarem nos tecidos os neutr los atuam apenas durante dias e então morrem FIGURA 2.1 Morfologia de ne tr filos, mast citos, bas filos e eosin filos. A, Mic g afia de l de e fil a g e c ad c W igh -Gie a a cle l il bad , ca a d al e a c l la a b cha ada le c ci li f clea e , e g l ci la ic e aecid . B, A ic g afia de l de c e de ele c ad c W igh - Gie a a a ci (seta) adjace e a e e a a g e , ide ific el ela he cia e e e l e . O g l ci la ic a ci , e e c a de , e chei de hi a i a e ediad e e a a e a a g e adjace e e d a e d fl a g e e di ib i de e a la ica e le c ci ecid . (Cortesia de Dr. George Murph , Department of Patholog , Brigham and Women's Hospital, Boston, Massachusetts.) C, Mic g afia de l de ba fil a g e c ad c W igh -Gie a, a d ca ac e ic g l ci la ic c ad de a l. (Cortesia de Dr. Jonathan Hecht, Department of Patholog , Brigham and Women's Hospital, Boston, Massachusetts.) D, Mic g afia de l de e i fil a g e c ad c W igh -Gie a, a d ic cle eg e ad e a c l a e elha d g l ci la ic . A principal função dos neutr los fagocitar microrganismos especialmente microrganismos opsonizados e produtos de c lulas necr ticas bem como destruir esse material nos fagolisossomos Em adição os neutr los produzem conte dos de grânulos e substâncias antimicrobianas que matam microrganismos extracelulares mas tamb m dani cam tecidos sadios Fag citos Monon cleares O sistema de fagócitos mononucleares inclui células circulantes chamadas monócitos que se transformam em macrófagos ao migrarem para os tecidos e macrófagos residentes teciduais derivados principalmente de precursores hematopoiéticos durante a vida fetal Fig FIGURA 2.2 Mat ra o de fag citos monon cleares. N e ad e el e ad l e d a e a ea e i fla a ia , ec e a ed la ea igi a ci ci c la e , ai e a ecid e if ic , a ad ece a a f a ac fag e a i ad l cal e e. N de e l i e i icial, a i c a ida fe al, ec e e e e ac i el ic e f gad fe al igi a a c l la e e eia ecid a a ge a ac fag e ide e ecid ai e eciali ad . Desen ol imento de Mon citos e Macr fagos Os macr fagos estão amplamente distribu dos em todos os rgãos e no tecido conectivo Em adultos as c lulas da linhagem mon cito macr fago surgem a partir de c lulas precursoras comprometidas existentes na medula ssea dirigidas por uma citocina chamada fator estimulador de col nia de mon cito ou macr fago M CSF do ingl s macrophage colony stimulating factor Esses precursores amadurecem em mon citos que por sua vez entram e circulam no sangue Fig e então migram para os tecidos especialmente durante as reaç es in amat rias onde amadurecem ainda mais em macr fagos Muitos tecidos são povoados por macr fagos residentes de vida longa os quais derivam do saco vitel nico ou de precursores do f gado fetal durante o desenvolvimento fetal e assumem fen tipos especializados de acordo com o rgão Fig São exemplos as c lulas de Kup er que revestem os sinusoides no f gado os macr fagos alveolares no pulmão e as c lulas microgliais no c rebro S bpop la es de Mon citos Os mon citos medem m de diâmetro e t m n cleos em forma de feijão citoplasma namente granular contendo lisossomos vac olos fagoc ticos e lamentos de citoesqueleto Fig Os mon citos são heterog neos e consistem em diferentes subpopulaç es distingu veis pelos marcadores de superf cie celular e por suas funç es e não pela morfologia Em ambos seres humanos e camundongos os mon citos mais numerosos chamados monócitos clássicos ou inflamatórios produzem mediadores in amat rios são fagoc ticos e rapidamente recrutados para os s tios de infecção ou lesão tecidual Essas c lulas tamb m são encontradas no baço a partir de onde podem ser recrutadas para a circulação em resposta a est mulos in amat rios sist micos Em seres humanos esses mon citos são identi cáveis pela alta expressão de CD na superf cie celular aus ncia de expressão de CD e expressão do receptor de quimiocina CCR Em camundongos a subpopulação clássica identi cável pela alta expressão de uma mol cula chamada Ly e expressão de CCR O segundo tipo de mon cito circulante os chamados monócitos não clássicos recrutado para os tecidos ap s a infecção ou lesão e pode contribuir para o reparo Sabe se que algumas dessas c lulas se arrastam ao longo das superf cies endoteliais naquilo que descrito como patrulhamento Em seres humanos os mon citos não clássicos constituem uma minoria dos mon citos sangu neos e são identi cados por baixos n veis de CD bem como por altos n veis de CD e do receptor de quimiocina CX CR Em camundongos essas c lulas expressam baixos n veis de Ly c Há ainda uma terceira subpopulação humana que expressa CD e n veis intermediários de CD apresentando funç es in amat rias FIGURA 2.3 Morfologia de fag citos monon cleares. A, Mic g afia de l de ci e e f ega de a g e e if ic . B, Mic g afia ele ica de ci d a g e e if ic . (Cortesia do Dr. Noel Weidner, Department of Patholog , Uni ersit of California, San Diego.) C, Mic g afia ele ica de ac fag ecid al a i ad a d e ac l fag c ic e ga ela ci la ica . F n es dos Macr fagos Os macr fagos teciduais desempenham várias funç es importantes na imunidade inata e na imunidade adaptativa Uma das principais funç es dos macrfagos na defesa do hospedeiro ingerir microrganismos por meio do processo de fagocitose e então destruir os microrganismos ingeridos Os mecanismos de fagocitose e killing que discutiremos no Cap tulo incluem a formação de organelas citoplasmáticas ligadas à membrana que cont m os microrganismos a fusão dessas organelas com os lisossomos a geração de esp cies reativas de oxig nio e nitrog nio no lisossomo que são t xicas para os microrganismos e a digestão das prote nas microbianas por enzimas proteol ticas Al m de ingerir microrganismos os macr fagos ingerem c lulas necr ticas do hospedeiro incluindo as c lulas que morrem nos tecidos em consequ ncia dos efeitos de toxinas traumatismo ou interrupção do suprimento sangu neo e tamb m os neutr los que morrem ap s se acumularem em s tios de infecção Isto parte do processo de limpeza que se segue à infecção ou lesão tecidual est ril Os macr fagos tamb m reconhecem e englobam c lulas apopt ticas antes de estas poderem liberar seus conte dos e induzir respostas in amat rias Ao longo de todo o corpo e no decorrer da vida inteira de um indiv duo as c lulas indesejadas morrem por apoptose como parte de muitos processos siol gicos como desenvolvimento crescimento e renovação de tecidos sadios sendo que as c lulas mortas são eliminadas pelos macr fagos Os macr fagos são ativados por substâncias microbianas e secretam diferentes citocinas que atuam sobre as c lulas endoteliais do revestimento dos vasos sangu neos intensi cando o recrutamento de mais mon citos e outros leuc citos do sangue para os s tios de infecção ampli cando assim a resposta protetora contra os microrganismos Outras citocinas atuam sobre os leuc citos e estimulam sua migração para os s tios teciduais de infecção ou dano Algumas importantes citocinas derivadas de macr fagos são discutidas no Cap tulo Os macr fagos atuam como c lulas apresentadoras de ant geno APCs do ingl s antigen presenting cells que exibem fragmentos de ant genos proteicos e ativam linf citos T Esta função importante na fase efetora das respostas imunes mediadas pela c lula T Cap tulos e Os macr fagos promovem o reparo de tecidos lesados estimulando o crescimento de novos vasos sangu neos angiog nese e a s ntese de matriz extracelular rica em colágeno brose Essas funç es são mediadas pelas citocinas secretadas pelos macr fagos que atuam em várias c lulas teciduais Os macr fagos tipicamente respondem aos microrganismos que estão por perto tão rapidamente quanto os neutr los por m os macr fagos sobrevivem por um tempo muito maior nos s tios de in amação Diferentemente dos neutr los os macr fagos não são terminalmente diferenciados e podem sofrer divisão celular em um s tio in amat rio Portanto os macr fagos são as c lulas efetoras dominantes nos estágios mais tardios da resposta imune inata decorridos vários dias do in cio de uma infecção Receptores e Ati a o de Macr fagos Os macrófagos são ativados para desempenharem suas funções através do reconhecimento de muitos tipos diferentes de moléculas microbianas bem como moléculas do hospedeiro produzidas em resposta a infecções e lesão Essas diversas mol culas ativadoras se ligam a receptores sinalizadores espec cos localizados na superf cie ou dentro do macr fago São exemplos desses receptores os receptores do tipo Toll TLRs do ingl s Toll like receptors que são importantes na imunidade inata e serão discutidos em detalhes no Cap tulo Os macr fagos tamb m são ativados quando outros receptores na membrana plasmática se ligam a opsoninas presentes na superf cie dos microrganismos As opsoninas são substâncias que cobrem part culas e assim as marcam para serem fagocitadas Exemplos de receptores de opsonina são os receptores de complemento que se ligam a fragmentos de prote nas do complemento que se xam às superf cies microbianas e os receptores de Fc de imunoglobulina G IgG que se ligam a uma extremidade das mol culas de anticorpo IgG previamente ligadas a microrganismos pela outra extremidade discutidos no Cap tulo Na imunidade adaptativa os macr fagos são ativados pelas citocinas secretadas e por prote nas de membrana presentes em linf citos T as quais discutiremos no Cap tulo S bpop la es de Macr fagos Os macrófagos podem adquirir capacidades funcionais distintas dependendo dos tipos de estímulos ativadores a que são expostos O exemplo mais n tido disto a resposta dos macr fagos às diferentes citocinas produzidas pelas subpopulaç es de c lulas T Algumas dessas citocinas ativam os macr fagos tornando os mais e cientes no killing dos microrganismos a chamada ativação clássica e essas c lulas são então chamadas macr fagos M Outras citocinas ativam os macr fagos para que promovam remodelamento e reparo tecidual a chamada ativação alternativa e essas c lulas então são chamadas macr fagos M Essas vias de ativação distintas e as citocinas envolvidas são discutidas no Cap tulo A relação entre as subpopulaç es de mon citos sangu neos discutida anteriormente e as subpopulaç es de macr fagos não bem conhecida mas sabido que os mon citos clássicos in amat rios e macr fagos M compartilham propriedades funcionais Os macr fagos tamb m podem assumir diferentes morfologias ap s a ativação por est mulos externos como os microrganismos Alguns desenvolvem citoplasma abundante e são chamados c lulas epitelioides devido à semelhança com as c lulas epiteliais da pele Os macr fagos ativados podem se fundir para formar c lulas gigantes multinucleadas o que ocorre frequentemente em certos tipos de infecç es microbianas como as infecç es por micobact rias e em resposta a corpos estranhos indiger veis Mast citos, Bas filos e Eosin filos Os mast citos bas los e eosin los são tr s tipos celulares adicionais que atuam nas respostas de imunidade inata e de imunidade adaptativa Todos esses tr s tipos celulares compartilham a propriedade comum de terem grânulos citoplasmáticos contendo vários mediadores in amat rios e antimicrobianos os quais são liberados das c lulas mediante ativação Outra caracter stica dessas c lulas seu envolvimento nas respostas imunes que conferem proteção contra helmintos e nas reaç es causadoras de doenças al rgicas As caracter sticas dessas c lulas serão introduzidas nesta seção enquanto suas funç es serão mais detalhadas no Cap tulo Mast citos Os mastócitos são células derivadas da medula óssea presentes nos epitélios da pele e das mucosas as quais ao serem ativadas liberam numerosos mediadores in amatórios potentes que conferem defesa contra infecções por parasitas ou produzem os sintomas das doenças alérgicas Uma citocina chamada fator da c lula tronco ou c Kit ligante essencial ao desenvolvimento do mast cito Normalmente os mast citos maduros não são encontrados na circulação mas estão presentes nos tecidos em geral adjacentes a pequenos vasos sangu neos e nervos Fig B Seu citoplasma cont m numerosos grânulos ligados à membrana repletos de mediadores in amat rios pr formados como a histamina bem como proteoglicanas ac dicas que se ligam a corantes básicos conferindo uma cor azul escura aos grânulos quando corantes especiais são usados Vários est mulos podem ativar os mast citos e faz los liberar os conte dos dos grânulos citoplasmáticos no espaço extracelular bem como sintetizar e liberar citocinas e outros mediadores in amat rios A histamina e os outros mediadores liberados promovem alteraç es nos vasos sangu neos que causam in amação Os mast citos expressam receptores na membrana plasmática com alta a nidade por um tipo de anticorpo denominado IgE e geralmente são recobertos por estes anticorpos Quando os anticorpos presentes na superf cie do mast cito se ligam ao ant geno são induzidos eventos sinalizadores que levam à ativação do mast cito Os mast citos tamb m são ativados quando reconhecem produtos microbianos independentemente da IgE atuando nesse sentido como sentinelas do sistema imune inato Bas filos Os basó los são granulócitos sanguíneos que apresentam muitas similaridades estruturais e funcionais com os mastócitos Assim como outros granul citos os bas los derivamde precursores hematopoi ticos amadurecem na medula ssea sua linhagem diferente da linhagem dos mast citos e circulam no sangue Os bas los constituem menos de dos leuc citos sangu neos Tabela Embora normalmente estejam ausentes nos tecidos os bas los podem ser recrutados para alguns s tios in amat rios Os bas los tamb m cont m grânulos que se ligam a corantes básicos Fig C e são capazes de sintetizar muitos mediadores que tamb m são sintetizados pelos mast citos Como estes os bas los expressam receptores de IgE ligam se à IgE e podem ser ativados pela ligação do ant geno à IgE Como o n mero de bas los nos tecidos baixo sua importância na defesa do hospedeiro e nas reaç es al rgicas incerta Eosin filos Os eosinó los são granulócitos que expressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas nocivas às paredes celulares de parasitas mas que também podem dani car os tecidos do hospedeiro Os grânulos dos eosin los cont m principalmente prote nas básicas que se ligam a corantes ácidos como a eosina e isto visto como uma cor avermelhada em esfregaços de sangue e cortes de tecido corados Fig D Os eosin los são derivados da medula ssea e circulam no sangue de onde podem ser recrutados para os tecidos As citocinas GM CSF interleucina IL e IL promovem a maturação do eosin lo a partir dos precursores mieloides Alguns eosin los normalmente estão presentes nos tecidos perif ricos em especial nos revestimentos de mucosa dos tratos respirat rio gastrintestinal e geniturinário e seu n mero pode aumentar por meio do recrutamento a partir do sangue que ocorre no contexto da in amação C l las Dendr ticas (DCs) As DCs são células residentes nos tecidos e também circulantes que percebem a presença de microrganismos e iniciam reações de defesa imune inata além de capturarem as proteínas microbianas para exibi las às células T e assim iniciar as respostas imunes adaptativas Essas funç es das DCs as colocam em uma posição singular no sistema imune atuando como sentinelas de infecção que iniciam a rápida resposta inata mas tamb m ligando as respostas inatas ao desenvolvimento das respostas imunes adaptativas Os pap is das DCs na imunidade inata e adaptativa são poss veis graças a várias caracter sticas importantes presentes nessas c lulas As DCs expressam TLRs e outros receptores que reconhecem mol culas microbianas e respondem aos microrganismos secretando citocinas que recrutam e ativam c lulas inatas nos s tios de infecção As DCs tamb m são extremamente e cientes na captura de ant genos proteicos de microrganismos degradação desses ant genos e exibição de partes desses ant genos para o reconhecimento pelas c lulas T A resposta imune inata intensi ca essa capacidade de apresentação de ant geno das DCs e isso um dos principais mecanismos pelos quais a imunidade inata promove respostas imunes adaptativas Discutiremos o papel das DCs como mediadoras da imunidade inata e como APCs nos Cap tulos e respectivamente Aqui introduziremos as propriedades gerais das DCs Desen ol imento das C l las Dendr ticas As DCs t m longas projeç es membranosas são dotadas de capacidades fagoc ticas e estão amplamente distribu das nos tecidos linfoides epit lio de mucosa e par nquima de rgãos Fig A maioria das DCs faz parte da linhagem mieloide de c lulas hematopoi ticas e surge de um precursor que tamb m pode se diferenciar em mon citos Fig A maturação das DCs depende de uma citocina chamada Flt ligante que se liga ao receptor tirosina quinase Flt nas c lulas precursoras As células de Langerhans um tipo de DC encontrada na camada epitelial da pele desenvolvem se a partir de precursores embrionários no saco vitel nico ou f gado fetal no in cio do desenvolvimento do organismo e assumem a resid ncia na pele antes do nascimento Todas as DCs expressam ambas as mol culas do complexo principal de histocompatilidade MHC do ingl s major histocompatibility complex de classes I e II que são essenciais para a apresentação de ant genos às c lulas T CD e CD respectivamente FIGURA 2.4 C l las dendr ticas. A, Mic g afia de l de DC c l i ada de i ada de ec e da ed la ea. B, Mic g afia ele ica de a ed a de a DC a d e e i a je e de e b a a. C e D, DC a ele, il ada e e a ica e e (C) e e c e de ele (D) c ad c a ic e ec fic a a c l la de La ge ha ( e a a ece e a ul e a c l a i e i ica). E e F, DC e li f d , il ad e e a ica e e (E) e e c e de li f d i (F) c ad c a ic a cad c fl e c cia c a c l la B f l c l ( erde) e DC a a de c l la T ( ermelho). (A, B, e D, C e ia de D . Y-J Li , MD, A de Ca ce Ce e , H , Te a . F, C e ia de D . Ka h Pa e a d Je ife Wal e , U i e i f Mi e a Sch l f Medici e, Mi ea li .) FIGURA 2.5 Mat ra o de c l las dendr ticas. A DC ge a a i de a c l la ec a c da li hage iel ide, a ed la ea, e e dife e cia adici al e e e b la e . A i ci ai b la e a DC cl ica e a DC la aci ide . A DC i fla a ia de gi e ecid i fla ad . DC, c l la de d ica. S bpop la es de C l las Dendr ticas Existem duas populaç es principais de DCs que diferem quanto às propriedades fenot picas e funç es principais Tabela As funç es dessas subpopulaç es re etem suas atividades p ex tipos de citocinas secretadas bem como suas localizaç es As DCs clássicas também chamadas DCs convencionais são o principal tipo de DC envolvida na captura de antígenos proteicos de microrganismos que entram através dos epitélios bem como na apresentação dos antígenos às células T Essas c lulas foram identi cadas pela primeira vez por sua morfologia e capacidade de estimular fortes respostas de c lulas T al m de serem a subpopulação mais numerosa de DCs nos epit lios e rgãos linfoides A maioria dessas c lulas derivam de precursores mieloides que migram da medula ssea para se diferenciarem localmente em DCs residentes em tecidos linfoides e não linfoides Similarmente aos macr fagos teciduais essas c lulas DC amostram constantemente o ambiente em que residem Por exemplo no intestino as DCs parecem emitir processos que atravessam as c lulas epiteliais e se projetam para dentro do l men onde podem atuar capturando ant genos luminais As c lulas de Langerhans na epiderme desempenham pap is similares aos das outras DCs clássicas As DCs clássicas podem ser adicionalmente divididas em duas subpopulaç es principais Fig e Tabela Todas as DCs clássicas expressam MHC de classe II e CD c por m as subpopulaç es podem ser identi cadas por marcadores adicionais A subpopulação mais numerosa principal distinguida pela alta expressão de BDCA CD c em seres humanos ou de integrina CD b em camundongos al m do fator de transcrição IRF mais potente na condução das respostas de c lulas T CD A outra subpopulação identi cada pela expressão de BDCA em seres humanos ou em camundongos de CD nos tecidos linfoides ou da integrina CD nos tecidos perif ricos e o fator de transcrição IRF especializada na apresentação de ant genos às c lulas T CD e direciona sua diferenciação em CTLs Algumas DCs clássicas encontradas nos tecidos podem ser derivadas de mon citos sangu neos recrutados especialmente em situaç es de in amação As DCs plasmacitoides produzem a citocina antiviral conhecida como interferon IFN tipo I em resposta aos vírus e podem capturar microrganismos transmitidos pelo sangue e transportar seus antígenos para o baço para apresentação às células T Essas DCs são assim nomeadas porque ap s sua ativação começam a se tornar morfologicamente parecidas com os plasm citos Desenvolvem se na medula ssea a partir de um precursor que tamb m origina as DCs clássicas sendo encontradas no sangue e em pequenos n meros nos rgãos linfoides As DCs plasmacitoides são as principais produtoras das citocinas chamadas interferons IFNs de tipo I no corpo que promovem atividades antivirais potentes e exercem papel importante na defesa do hospedeiro contra os v rus Cap tulo Tabela 2.3 S bpop la es de C l las Dendr ticas H manas Células Dendríticas Clássicas Convencionais Característica Distintiva Principal Apresentação Cruzada Células Dendríticas PlasmacitoidesMarcadores de superf cie CD c BDCA CD c Dectina CLEC A Dectina CLEC CD c BDCA CD CLEC A XCR BDCA CD BDCA CD CD TLRs expressos Vários Vários Altos n veis de TLR TLR Fatores de transcrição IRF IRF E Principais citocinas produzidas IL outras IL IFN tipo I Principais funç es postuladas Imunidade inata fonte de citocinas in amat rias Imunidade adaptativa captura e apresentação de ant genos principalmente a c lulas T CD Imunidade adaptativa captura e apresentação cruzada de ant genos a c lulas T CD Imunidade antiviral resposta inata inicial condicionamento de c lulas T antivirais O c heci e b e a b la e de c l la de d ica (DC ) h a a , e ecial e e j a ecid , i c le e h i a dife e a e ela b la e de DC i a , ai e dada . O a b la e de DC f a de c i a c ba e a e e de i a cad e de e f cie a ig a a a i d i ecid ai ( . e .: c l la de La ge ha e DC e id ica e i e iciai e e e e ecid ). N e e da a DC e e a l c la d c le i ci al de hi c a ibilidade de cla e II. A DC ci -de i ada e e a CD14 e DC-SIGN, dife e e da b la e a e i e e de c i a e de e de e l e in i o d a e a ea e i fla a ia . A DC de d i a i ada de e ibi a a ge e e i a a a e a a le cia; e a f lada f i li ada a abela. IL, i e le ci a; IFN, i e fe ; TLRs, ece e d i Toll. Outra população de c lulas denominada c lulas dendr ticas foliculares FDCs do ingl s follicular dendritic cells exibem morfologia dendr tica mas não estão relacionadas às DCs discutidas previamente Não derivam de precursores na medula ssea e não apresentam ant genos proteicos às c lulas T mas estão envolvidas na ativação da c lula B junto aos rgãos linfoides Cap tulo Linf citos Os linfócitos células ímpares da imunidade adaptativa são as nicas células no corpo que expressam receptores antigênicos clonalmente distribuídos cada um dos quais especí co para um determinante antigênico diferente Cada clone de linf citos T e B expressa receptores antig nicos com especi cidade nica diferente das especi cidades dos receptores presentes nos outros clones Conforme discutiremos aqui e em cap tulos posteriores existem milh es de clones de linf citos no corpo capacitando qualquer indiv duo a reconhecer e responder a milh es de ant genos estranhos O papel dos linf citos como mediadores da imunidade adaptativa foi estabelecido por várias linhas de evid ncia acumuladas ao longo de d cadas de pesquisas Um dos ind cios mais recentes veio da observação de que seres humanos com estados de imunode ci ncia cong nita e adquirida apresentavam n meros reduzidos de linf citos na circulação perif rica e nos tecidos linfoides Experimentos realizados com camundongos e ratos mostraram que a depleção de linf citos comprometia as respostas às imunizaç es e que os linf citos são o nico tipo celular capaz de transferir imunidade espec ca a microrganismos de animais imunizados para animais naive Experimentos in vitro estabeleceram que a estimulação de linf citos com ant genos leva a respostas que apresentam muitas das caracter sticas das respostas imunes induzidas sob condiç es mais siol gicas in vivo Em seguida à identi cação dos linf citos como mediadores da imunidade humoral e celular muitas descobertas foram feitas em um ritmo acelerado acerca dos diferentes tipos de linf citos suas origens na medula ssea e no timo seus pap is em várias respostas imunes e as consequ ncias de sua aus ncia Entre os achados mais importantes estava o de que os receptores ant geno espec cos clonalmente distribu dos e altamente diversi cados são produzidos unicamente por linf citos e por nenhum outro tipo de c lula Mais recentemente foi acumulada uma quantidade enorme de informação sobre os genes prote nas e funç es dos linf citos Um dos aspectos mais fascinantes da biologia dos linf citos como o repert rio extremamente diversi cado de receptores antig nicos com diferentes especi cidades gerado a partir de um pequeno n mero de genes codi cadores desses receptores presentes na linhagem germinativa Hoje sabe se que os genes codi cadores de receptores antig nicos de linf citos são formados pela recombinação de segmentos de DNA durante a maturação dessas c lulas Existe um aspecto aleat rio nesses eventos de recombinação somática que resulta na geração de milh es de diferentes genes de receptor recombinados e em um repert rio altamente diverso de especi cidades antig nicas entre diferentes clones de linf citos Cap tulo O n mero total de linf citos em um adulto sadio cerca de Desse total ∼ estão no sangue ∼ estão na pele ∼ estão na medula ssea ∼ estão nos tecidos linfoides das mucosas dos tratos gastrintestinal e respirat rio e∼ estão nos rgãos linfoides principalmente baço e linfonodos Primeiramente descreveremos as propriedades dessas c lulas e em seguida sua organização em vários tecidos linfoides Classes de Linf citos Os linfócitos consistem em classes distintas com diferentes funções e produtos proteicos Tabela As principais classes de linf citos foram introduzidas no Cap tulo Fig Do ponto de vista morfol gico todos os linf citos são similares e sua apar ncia não re ete sua heterogeneidade nem suas diversas funç es Os linfócitos B as c lulas produtoras de anticorpos foram assim chamados por terem sido encontrados em processo de amadurecimento em um rgão chamado bursa bolsa de Fabricius encontrado em aves Em mam feros não há equivalente anat mico da bursa e os estágios iniciais da maturação da c lula B ocorrem na medula ssea Assim o nome linfócitos B hoje se refere aos linf citos derivados da medula ssea Os linfócitos T mediadores da imunidade celular surgem a partir de c lulas precursoras na medula ssea que migram e amadurecem no timo portanto linfócitos T se refere aos linf citos derivados do timo Tabela 2.4 Classes de Linf citos Percentual dos Linfócitos Totais Classe Funç es Receptor Antigênico e Especi cidade Marcadores Fenotípicos Selecionados Sangue Linfonodo Baço Linfócitos T Linf citos T auxiliares CD Ativação da c lula B imunidade humoral Ativação de macr fago imunidade celular Estimulação da in amação Heterod meros Especi cidades diversas para complexos pept deo MHC classe II CD CD CD Linf citos T citot xicos CD Killing de c lulas infectadas com microrganismos c lulas tumorais Heterod meros Especi cidades diversas para complexos pept deo MHC de classe I CD CD CD C lulas T reguladoras Supressão da função de outras c lulas T regulação das respostas imunes manutenção da autotolerância Heterod meros Espec co para autoant genos e alguns ant genos estranhos complexos pept deo MHC classe II CD CD CD FoxP mais comum mas tamb m outros fen tipos Raro C lulas T natural killer NKT Supressão ou ativação de respostas imunes inata e adaptativa Heterod meros Especi cidade limitada para complexos glicolip dio CD CD CD receptor de Fc para IgG CD Raro Linf citos T Funç es auxiliar e citot xica imunidade inata Heterod meros Especi cidades limitadas para ant genos pept dicos e não pept dicos CD CD e CD variáveis Raro Raro Raro C lulas T invariantes associadas à mucosa MAIT Funç es auxiliar e citot xica no intestino Heterod meros Especi cidade limitada para metab litos bacterianos CD CD maioria Raro Raro Linfócitos B Percentual dos Linfócitos Totais Classe Funç es Receptor Antigênico e Especi cidade Marcadores Fenotípicos Selecionados Sangue Linfonodo Baço C lulas B foliculares Produção de anticorpo imunidade humoral Ig de superf cie Especi cidades diversas para muitos tipos de mol culas Receptores de Fc MHC de classe II CD CD C lulas B da zona marginal Produção de anticorpo imunidade humoral Ig de superf cie Especi cidades limitadas para um conjunto restrito de mol culas IgM CD C lulas B Produção de anticorpo imunidade humoral Especi cidades limitadas para um conjunto restrito de mol culas IgM CD CD CD por m CD Raro Raro E a abela e e a i ci ai iedade d li f ci d i e a i e ada a i . F a e cl da a c l la natural killer e a c l la li f ide i a a , e di c ida Ca l 4. Ig, i gl b li a; MHC, c
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