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1636_AS067_Nocoes_de_Processamento_de_Gas_e_Condensado

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Prévia do material em texto

Autores: José Carlos dos Santos
 Maxwell Augusto Pereira Neves 
Noções de 
ProcessameNto de 
Gás e coNdeNsado, 
estocaGem, 
movimeNtação e 
traNsferêNcia de 
Produtos acabados
Noções de 
ProcessameNto de 
Gás e coNdeNsado, 
estocaGem, 
movimeNtação e 
traNsferêNcia de 
Produtos acabados
Autores: José Carlos dos Santos
 Maxwell Augusto Pereira 
Ao final desse estudo, o treinando poderá:
• Reconhecer os conceitos fundamentais relacionados com o 
processamento do gás natural e do gás condensado;
• Identificar a importância dos processos de fracionamento 
de hidrocarbonetos do gás natural para a produção de 
diferentes subprodutos específicos como o gás processado, o 
GLP e a gasolina;
• Identificar os diferentes tipos de processos de recuperação de 
gás natural.
Noções de 
ProcessameNto de 
Gás e coNdeNsado, 
estocaGem, 
movimeNtação e 
traNsferêNcia de 
Produtos acabados
Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para 
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a 
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das 
atividades profissionais na Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P.
Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa 
a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das 
competências necessárias para explorar e produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados 
e a reciclagem de antigos.
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
Programa Alta Competência
Programa alta competência
agradecimentos
A Deus - se estamos aqui foi pela Sua vontade.
Ao gerente da UN-ES/ APMG-ES/ OP-PC/ UTEC Daniel Augusto Harres, 
pela confiança em nos designar para a realização deste trabalho.
Ao Alta Competência e à PUC-Rio pelo apoio no desenvolvimento 
deste trabalho.
À equipe de operação da UN-ES/ APMG-ES/ OP-PC/ UTEC, seus 
supervisores e técnicos de operação.
Às nossas famílias, pela compreensão e entendimento da importância 
deste trabalho.
Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila 
está organizada e assim facilitar seu uso. 
No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual 
representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. 
Autor
Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá:
• Identifi car procedimentos adequados ao aterramento 
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao 
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de 
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas 
instalações elétricas.
ATERRAMENTO 
DE SEGURANÇA
Como utilizar esta apostila
Objetivo Geral
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
ap
ít
u
lo
 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
20
Alta Competência
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. Exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> -Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
48
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
49
3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
56
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
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Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
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Alta Competência
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. Exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação,ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
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Alta Competência
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Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
48
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
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3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
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Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
15
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistema elétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrtAnte!
AtenÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
reSUmInDO...
NÍVEL DE RUÍDO DB (A) 
MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
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AtenÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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94 2 horas e 15 minutos
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106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrtAnte!
AtenÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
15
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistema elétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrtAnte!
AtenÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
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Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
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de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
ImpOrtAnte!
AtenÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
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94 2 horas e 15 minutos
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110 15 minutos
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Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VOCÊ SABIA??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
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AtenÇÃO
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
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• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
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sumáriosumário
Introdução 17
Capítulo 1 - Princípios e conceitos básicos 
Objetivos 19
1. Princípios e conceitos básicos 21
1.1. Hidrocarbonetos 21
1.2. Composição do gás 23
1.2.1. Classificação do gás natural 24
1.3. Riqueza do gás 25
1.4. Contaminantes 27
1.4.1. Contaminantes inertes 28
1.4.2. Contaminantes ácidos 29
1.5. Processamento primário do gás natural 30
1.5.1. O gás processado 32
1.6. A importância do gás na matriz energética 34
1.7. Exercícios 37
1.8. Glossário 40
1.9. Bibliografia 42
1.10. Gabarito 43
Capítulo 2 - Unidades de Processamento 
Objetivos 47
2. Unidades de Processamento 49
2.1. Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN 50
2.2. Planta de processamento do gás natural 56
2.3. Importância econômica das UPGNs 61
2.4. Exercícios 63
2.5. Glossário 65
2.6. Bibliografia 67
2.7. Gabarito 68
Capítulo 3 - Processos de recuperação de gás natural 
Objetivos 71
3. Processos de recuperação de gás natural 73
3.1. Processo Joule-Thomson 73
3.1.1. Descrição do processo 73
3.1.2. Principais características do processo Joule-Thomson 74
3.1.3. Principais problemas operacionais no processo de Joule-Thomson 75
3.2. Processamento de gás por refrigeração simples 75
3.2.1. Descrição do processo 75
3.2.2. Principais características do processo de refrigeração simples 77
3.2.3. Principais problemas operacionais no processo de 
refrigeração simples 77
3.3. Processos de recuperação por absorção refrigerada 78
3.3.1. Descrição do processo 78
3.3.2. Principais características do processamento de gás por 
absorção refrigerada 80
3.3.3. Principais problemas operacionais no processo de 
absorção refrigerada 81
3.4. Processamento de gás por turbo-expansão 81
3.4.1. Descrição do processo 82
3.4.2. Principais características do processo de turbo-expansão 84
3.4.3. Principais problemas operacionais no processo de turbo-expansão 85
3.5. Exercícios 86
3.6. Glossário 87
3.7. Bibliografia 88
3.8. Gabarito 89
Capítulo 4 - Estocagem, movimentação e transferência de GLP e C5+
Objetivos 91
4. Estocagem, movimentação e transferência de GLP e C5+ 93
4.1. Movimentação, estocagem e transferência do GLP 93
4.1.1. Especificação do GLP 94
4.1.2. Comercialização do GLP 96
4.1.3. Armazenamento do GLP 98
4.1.4. Transferência do GLP 99
4.1.5. Consumidores finais de GLP 100
4.2. Movimentação, estocagem e transferência do C5+ 100
4.2.1. Especificação do C5+ para armazenamento 100
4.2.2. Transferência do C5+ 101
4.3. Exercícios 102
4.4. Glossário 103
4.5. Bibliografia 104
4.6. Gabarito 105
17
introdução
O processamento do gás natural (GN) pode ser comparado ao processamento do leite para a produção dos seus derivados, os laticínios. O leite não deve ser consumido in natura, sem 
tratamento, pois existem contaminantes biológicos que devem ser 
retirados. Além disso, o leite é rico em diversas substâncias que 
podem ser aproveitadas, com maior valor agregado após o seu 
processamento. Um dos componentes que determina a riqueza do 
leite é o seu teor de gordura (nata) e proteína. Após passar por 
vários processos de separação (filtração, resfriamento, aquecimento 
e outros) o leite é fracionado, sendo transformado em produtos mais 
nobres como a manteiga, o creme de leite, o queijo, o requeijão, o 
iogurte etc. Assim, uma parte do leite (tipo C), vendida como leite 
processado, teve uma parte da sua riqueza nutricional desviada para 
a produção dos produtos lácteos mais nobres.
De forma semelhante, o gás, por apresentar a sua própria riqueza, 
passa por um processamento parecido. Os hidrocarbonetos mais 
pesados, separados da porção mais leve, são transformados 
em líquido de gás natural (LGN) que, após filtração, separação, 
resfriamento, aquecimento e fracionamento, são vendidos como 
gás liquefeito de petróleo (GLP), gasolina e outros. Esses são 
produtos mais nobres e de maior valor agregado. Entretanto, 
de forma análoga ao leite, grande parte dos componentesdo 
gás (de baixa riqueza) é vendida como gás processado para uso 
automotivo, industrial e residencial, entre outros.
O gás natural, assim como o petróleo, é resultado do processo 
de transformação e decomposição anaeróbia dos corpos de 
seres vivos que viveram em eras pré-históricas. Esse processo, 
ao envolver diferentes condições geológicas, físicas, químicas e 
biológicas, acabou resultando na formação de reservatórios de 
hidrocarbonetos por toda a crosta terrestre. Os depósitos de 
hidrocarbonetos apresentam composição semelhante, porém há 
variações de um local para o outro. 
CORPORATIVA
18
O processamento do gás natural objetiva reduzir essa variabilidade 
promovendo uma maior padronização e o seu fracionamento em 
diferentes produtos, alguns com maior valor de mercado, tal como 
ocorre com o exemplo do fracionamento do leite em laticínios 
mais nobres.
O gás natural despontou, nos últimos anos, como uma 
interessante alternativa de expansão da capacidade de geração 
de energia elétrica em vários países, incluindo o Brasil. A 
flexibilidade do GN permite sua adoção como uma alternativa 
aos demais combustíveis líquidos derivados de petróleo, a 
energia hidrelétrica e de biomassa.
CORPORATIVA
C
ap
ít
u
lo
 1
Princípios 
e conceitos 
básicos
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Correlacionar os hidrocarbonetos, presentes no gás natural, 
com a simbologia usada para representar a quantidade de 
átomos de carbono nas respectivas substâncias; 
• Identificar o metano e o etano como os hidrocarbonetos mais 
comuns na composição do gás natural;
• Definir o conceito de riqueza do gás natural;
• Distinguir um gás pobre de um gás rico;
• Definir o conceito de processamento primário de gás natural.
CORPORATIVA
20
Alta Competência
CORPORATIVA
21
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
1. Princípios e conceitos básicos
O gás natural é um combustível fóssil encontrado em rochas porosas no subsolo, que pode estar associado ou não ao petróleo. A Lei n.º 9.478/97, que dispõe sobre a política 
energética nacional e as atividades relativas ao monopólio do 
petróleo, adota, no seu Artigo 6º, a seguinte definição para Gás 
Natural ou Gás:
Todo hidrocarboneto que permaneça em estado 
gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído 
diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou 
gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos, processados 
e gases raros.
Pode-se dizer, inicialmente, que o gás natural é uma mistura complexa 
de substâncias denominadas de hidrocarbonetos. O processamento 
do gás natural, por sua vez, pode ser reconhecido como um processo 
de separação que envolve esses hidrocarbonetos.
1.1. Hidrocarbonetos
Um hidrocarboneto pode ser quimicamente caracterizado como 
uma classe ou grupo de substâncias orgânicas que apresenta na sua 
composição apenas átomos de carbono e hidrogênio. Esses materiais, 
os hidrocarbonetos, são bastante comuns no nosso cotidiano, 
estando presentes na gasolina, na parafina das velas, na borracha, 
no gás combustível, além de outros produtos. 
O gás natural é, então, uma mistura de hidrocarbonetos, como o 
metano (C1), etano (C2), propano (C3), butano (C4) e pentano (C5), 
podendo chegar ao decano (C10). 
Essa simbologia (C1, C2, C3 e outros) identifica a quantidade de 
átomos de carbono na molécula do hidrocarboneto, conforme mostra 
a tabela a seguir: 
CORPORATIVA
22
Alta Competência
Hidrocarboneto Simbologia
Fórmula 
molecular
Peso 
molecular
(PM)
Fórmula 
estrutural
Metano C1 CH4 16
H H H H H
H H H H H
CH HC C C C
H H H H H H H
H H H H H H H
CH C C C C C C H
H H H H H H
H H H H H H
CH C C C C C H
H H H H
H H H H
CH HC C C
H H H
H H H
CH C C H
H H
H
H HC C
H
H
H
H HC
Etano C2 C2H6 30
H H H H H
H H H H H
CH HC C C C
H H H H H H H
H H H H H H H
CH C C C C C C H
H H H H H H
H H H H H H
CH C C C C C H
H H H H
H H H H
CH HC C C
H H H
H H H
CH C C H
H H
H
H HC C
H
H
H
H HC
Propano C3 C3H8 44
H H H H H
H H H H H
CH HC C C C
H H H H H H H
H H H H H H H
CH C C C C C C H
H H H H H H
H H H H H H
CH C C C C C H
H H H H
H H H H
CH HC C C
H H H
H H H
CH C C H
H H
H
H HC C
H
H
H
H HC
Butano C4 C4H10 58
H H H H H
H H H H H
CH HC C C C
H H H H H H H
H H H H H H H
CH C C C C C C H
H H H H H H
H H H H H H
CH C C C C C H
H H H H
H H H H
CH HC C C
H H H
H H H
CH C C H
H H
H
H HC C
H
H
H
H HC
Pentano C5 C5H12 72
H H H H H
H H H H H
CH HC C C C
H H H H H H H
H H H H H H H
CH C C C C C C H
H H H H H H
H H H H H H
CH C C C C C H
H H H H
H H H H
CH HC C C
H H H
H H H
CH C C H
H H
H
H HC C
H
H
H
H HC
Hexano C6 C6H14 86
H H H H H
H H H H H
CH HC C C C
H H H H H H H
H H H H H H H
CH C C C C C C H
H H H H H H
H H H H H H
CH C C C C C H
H H H H
H H H H
CH HC C C
H H H
H H H
CH C C H
H H
H
H HC C
H
H
H
H HC
Heptano C7 C7H16 100
H H H H H
H H H H H
CH HC C C C
H H H H H H H
H H H H H H H
CH C C C C C C H
H H H H H H
H H H H H H
CH C C C C C H
H H H H
H H H H
CH HC C C
H H H
H H H
CH C C H
H H
H
H HC C
H
H
H
H HC
ATENÇÃO
Sempre que o signo “+” for usado, após a 
simbologia, indicará a existência de uma mistura 
complexa, a partir daquele hidrocarboneto. Por 
exemplo, quando usamos C3+ estaremos nos 
referindo aos hidrocarbonetos C3, C4, C5, C6, C7 
e os outros mais pesados. Logo, C5+ se referirá ao 
C5, C6, C7 e outros mais pesados.
CORPORATIVA
23
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
A tabela anterior, ao apresentar a composição química dos 
respectivos gases, objetiva ampliar a compreensão da sua 
interferência na composição do gás natural e, portanto, da sua 
importância para o fracionamento. 
Pode-se perceber, analisando a coluna do peso molecular (PM) 
que os hidrocarbonetos mais complexos que o propano (C3+) 
tendem a ser mais pesados, possuindo um maior poder calórico 
e, conseqüentemente, um maior valor de mercado. O conceito de 
riqueza do gás também está associado a esse aspecto.
Os gases mais leves (menos densos), serão sempre separados nas 
torres das plantas de processamento, pela corrente de gás no 
topo, uma vez que tendem a fazer o caminho ascendente. Já os 
gases mais pesados (mais densos), por terem maior facilidade de 
condensação, tendem a fazer movimentos descendentes, sendo 
sempre separados, na forma líquida, pelo fundo das torres. Esse 
fenômeno está relacionado com a densidade absoluta dos gases.
Os gases que possuem menos átomos de carbono em 
sua molécula (C1 e C2) são aqueles que possuem uma 
menor densidade absoluta (leves), enquanto os gases 
com mais átomos de carbono, a partir do propano 
(C3+) são mais densos (pesados).
ImpOrTANTE!
1.2. Composição do gás 
Como visto, o gás natural deve ser entendido como uma mistura 
complexa de hidrocarbonetos. Normalmente, os hidrocarbonetos 
de baixa densidade (leves), como o metano(C1) e o etano (C2), 
estão presentes em alta concentração na composição do GN, 
enquanto os hidrocarbonetos pesados, a partir do propano (C3+), 
aparecem em baixa concentração, conforme é possível perceber 
nos exemplos a seguir:
CORPORATIVA
24
Alta Competência
Composição molecular média de alguns tipos de gases
Tipo de gás →
Associado Não associado
↓ Hidrocarbonetos
A B C D
Metano 65,18% 78,74% 85,48% 87,12%
Etano 11,11% 5.66% 8,26 % 6,35%
Propano 4,82 % 3,97% 3,06 % 2,91%
I-butano 0,57 % 1,44% 0,47 % 0,52%
N-butano 1,16 % 3,06% 0,85 % 0,87%
I-pentano 0,16 % 1,09% 0,20 % 0,25%
N-pentano 0,20 % 1,84% 0,24 % 0,23%
Hexano 0,06 % 1,80% 0,21 % 0,18%
Heptano e superiores 0,09 % 1,70% 0,06 % 0,20%
Nitrogênio 16,52% 0,28% 0,53 % 1,13%
Dióxido de carbono 0,13 % 0,43% 0,64 % 0,24%
Total 100 % 100 % 100 % 100 %
Procedência dos gases:
A - Gás do campo de LUC, Bacia do Solimões - Urucu.
B - Gás do campo de Marlin, Bacia de Campos, RJ.
C - Gás do campo de Miranga, na Bahia.
D - Gás do campo de Merluza, Bacia de Santos, SP.
Fonte: Conpet (2008) e Filho (2005).
A tabela anterior apresenta nas colunas (A,B, C e D) quatro exemplos 
de gases extraídos em diferentes poços. É possível perceber que em 
todos os gases há uma concentração maior de hidrocarbonetos leves 
como o metano (C1) e o etano (C2). Apesar disso, pode-se verificar 
que cada poço tem a sua própria composição com variabilidade de 
valores percentuais para cada um dos hidrocarbonetos.
1.2.1. Classificação do gás natural 
Conforme a tabela anterior indica, o gás natural pode ser encontrado 
na forma associada ou não associada. Essa classificação está relacionada 
com o tipo de reservatório do qual o gás é extraído.
CORPORATIVA
25
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
a) Gás associado
É o gás encontrado junto com os depósitos de petróleo na forma 
dissolvida ou como uma “capa de gás”. O metano é o seu principal 
hidrocarboneto; contudo, esse gás apresenta teores significativos de 
hidrocarbonetos parafínicos mais pesados. Por isso, esse tipo de gás 
tende a ter uma riqueza maior do que o gás encontrado na forma 
não-associado.
b) Gás não-associado
Esse tipo se caracteriza por ser encontrado em reservatórios, 
livres de óleo (ou em concentrações muito baixas). Seu acúmulo 
é predominante na rocha porosa permitindo apenas a produção 
de gás. Seu principal hidrocarboneto também é o metano, mas 
difere do gás associado por apresentar um teor muito baixo de 
hidrocarbonetos pesados (C3+).
c) Gás processado
Também conhecido como gás seco ou gás de venda, é composto 
basicamente por metano (C1) e etano (C2), que possuem um menor 
valor energético e, conseqüentemente, menor valor de mercado. 
Este gás é consumido em automóveis (Gás Natural Veicular - GNV), 
em indústrias e em usinas de geração de energia (termoelétricas), 
podendo também ser utilizado em residências.
1.3. Riqueza do gás 
O conceito de riqueza pode ser definido como o teor de 
hidrocarbonetos mais pesados (a partir do propano), presentes 
em um gás associado ou não. Geralmente, como já afirmado, os 
gases associados ao petróleo tendem a ter uma maior riqueza de 
hidrocarbonetos pesados em relação aos reservatórios de gases 
não-associados ao petróleo.
Assim, se um volume de gás natural apresenta 94% de gases leves 
e 6% de hidrocarbonetos pesados, pode-se afirmar que esse gás 
apresenta uma riqueza de 6%.
CORPORATIVA
26
Alta Competência
Esse total de 94% de hidrocarbonetos leves (metano e etano) será 
separado e constituirá a corrente de gás natural seco (ou pobre). 
Um gás pode ser considerado rico quando, de acordo com este 
critério, sua complexidade ou proporção de hidrocarbonetos 
pesados for superior a 6%. Este percentual pode variar conforme a 
composição do gás.
O somatório das porcentagens molares dos componentes, a partir do 
propano inclusive, define o índice de riqueza do gás.
A riqueza do gás é um importante parâmetro na definição do tipo 
de recurso tecnológico e de planta de processamento a ser utilizada 
para cada caso. 
A análise do esquema a seguir permite identificar que o conceito 
de riqueza aponta para aspectos qualitativos em relação a presença 
de hidrocarbonetos no gás natural. Assim, pode-se definir que o gás 
será tão mais rico quanto maior o teor de hidrocarbonetos densos a 
partir do C3 (C4, C5, C6, C7 ou mais densos) na sua composição. 
Hidrocarbonetos
Gás 
associado
Gás 
não-associado
Gás
processado
Metano (C1) 76,0% 92,0% 89,0%
Etano (C2) 12,0% 3,7% 8,7%
Propano (C3) 7,0% 1,3% 0,4%
Butano (C4) 3,0% 0,2% -
Pentano (C5) 0,4% 0,1% -
Hexano (C6) 0,1% traços -
Heptano e superiores (C7) 0,1% traços -
Nitrogênio (N2) 0,7% 1,4% 1,3%
Dióxido de carbono (CO2) 0,7% 1,3% 0,6%
Total 100 100 100
Riqueza 
do gás
Analisando as composições hipotéticas acima, pode-se concluir que o 
índice de riqueza dos gases da tabela anterior pode ser calculado e 
definido como:
CORPORATIVA
27
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
Gás 
associado 
Gás 
não-associado 
Gás
processado 
Total de gases leves (C1 + C2) 88% 95,7% 97,7%
Total de gases pesados
(C3 + C4 + C5 + C6 + C7 +... )
10,6% 1,6 0,4%
Contaminantes (N2, CO2) 1,4% 2,7% 1,9% 
Como pode-se observar no resumo apresentado, o gás associado 
apresenta uma riqueza de 10,6%, sendo mais rico do que o gás 
não-associado. O gás processado, por ser o resultado do processo 
de separação, apresenta um alto teor de hidrocarbonetos leves. Isso 
ocorre porque, durante o processamento do gás bruto natural, os gases 
pesados (C3+) foram recuperados, liquefeitos (LGN) e encaminhados 
para a produção de GLP e gasolina. Assim, pode-se definir a riqueza 
do gás a partir do parâmetro a seguir:
Classificação da riqueza do gás natural
Gás Teor de gases densos (C3 +)
Rico Maior que 8,0%
Riqueza mediana Entre 6,0% e 8,0%
Pobre Menor que 6,0%
1.4. Contaminantes 
O gás natural bruto, ao ser extraído de um campo de produção, 
geralmente contém substâncias contaminantes. Os resíduos mais 
comuns são a água, o gás carbônico, o gás nitrogênio e os gases 
ácidos como o gás sulfídrico, além de outros compostos de enxofre. 
Geralmente, os teores de contaminantes no gás natural como o 
nitrogênio (N2), a umidade e o gás carbônico (CO2) são relativamente 
baixos. Já os compostos de enxofre são normalmente raros. Apesar 
dos teores de contaminantes serem baixos, a descontaminação do gás 
natural deve acontecer antes do seu processamento propriamente 
dito, prevenindo assim uma série de problemas como a formação de 
hidrato de carbono (“gelo de metano”) e de ácidos que corroem os 
equipamentos, trazendo impacto para o processamento.
CORPORATIVA
28
Alta Competência
Existem diversos tipos de processos de remoção de contaminantes 
como a absorção química, a adsorção (leito sólido) e a destilação.
Esse tratamento pode ser caracterizado como o conjunto de processos 
de purificação a que o gás será submetido para remoção ou redução 
dos teores de contaminantes. Essa medida tem como objetivo 
atender as especificações de mercado, segurança, transporte ou 
processamento posterior. 
Os resíduos eliminados podem ser classificados em dois tipos básicos: 
inertes e gases ácidos.
1.4.1. Contaminantes inertes
Os contaminantes inertes, como o gás nitrogênio (N2) e o vapor 
d’água (H2O), estão sempre presentes no gás. Apesar de não 
representarem problemas para os equipamentos e não serem tóxicos 
nem corrosivos, esses contaminantes precisam ser retirados porque 
acabam interferindo nas especificações. 
O nitrogênio, apesar de não gerar nenhum transtorno operacional, 
deve ser controlado porque reduz o poder calorífico do gás natural.
O vapor d`água, mesmo sendo inerte, pode se combinar com os 
hidrocarbonetos leves, provocando a formação de hidratos que 
reduzem a capacidade de vazão ou interrompendo o fluxo. Os vapores 
d`água associados aos gases ácidos podem também causar corrosão, 
ocasionando o desgaste dos equipamentos e acessórios. A retirada 
da água livre ocorre logo nas fases iniciais de separação líquido-gás 
em estruturas denominadas coletores de condensado. 
O esquema a seguir representa um resumo do processo que utiliza o 
trietileno glicol (TEG) - uma substância higroscópica - para retirar o 
vapor d’água do gás natural.
CORPORATIVA
29
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
Solução de TEG
regenerada
Vapores de
H2O
TEG + água
absorvida
Calor
Recheio
Lavagem do gás com glicol
para retirada de água - 
processo de adsorção física
Gás úmido
Gás seco
Regeneração
da TEC
Vapor dágua
em equilíbrio
Esquema representando o processo de desidratação por glicol (TEG)
Fonte: Santos (2005)
1.4.2. Contaminantes ácidos
Os contaminantes ácidos mais comuns são o gás carbônico e os gases 
de enxofre. São assim chamados porque ao sofrerem reações químicas 
com a água livre geram ácidos potentes, que ocasionam a corrosão 
de aços e ligas de alumínio. Devem ser retirados por causa do seu 
impacto na deterioração de dutos e equipamentos, na produção 
de toxidez e na diminuição do poder calorífico. A presença desses 
contaminantes em teores acima da especificação da norma retirao 
gás da especificação de venda.
O gás carbônico (CO2) e gás sulfídrico (H2S) são comuns, mas existem 
outros gases que podem estar presentes como o mercaptan (R-SH 
sendo R um radical hidrocarboneto), sulfeto de carbonila (COS) e 
dissulfeto de carbono (CS2).
A retirada dos compostos de enxofre do processamento primário do 
gás ocorre em uma etapa denominada dessulfurização. 
CORPORATIVA
30
Alta Competência
ATENÇÃO
Em alguns campos, o gás natural não apresenta teores 
significativos de compostos de enxofre. Nesses casos, 
a etapa de dessulfurização é desnecessária.
O esquema a seguir apresenta um exemplo resumido de processo 
de retirada dos compostos de enxofre que usa o monoetanolamina 
(MEA) para recuperar esses gases. 
Solução de MEA
regenerada
Vapores de
H2S e CO2
MEA + prod.
neutralizados
Calor
Recheio
Lavagem do gás com solução de
monoetanolamina em ciclo
fechado
O calor regenera a MEA
Gás ácido
H2S CO2
Gás doce
Regeneração
da MEA
Esquema representando o processo de dessulfurização
Fonte: Santos (2005)
1.5. Processamento primário do gás natural 
O gás natural produzido vem saturado com vapores de água (máxima 
quantidade de água no estado vapor), sendo transportado através 
de dutos, onde sofrem alterações de pressão e temperatura. Nesse 
fluxo, os vapores de água e hidrocarbonetos pesados se condensam 
e uma parte dessa mistura fica depositada no duto. O arraste natural 
de líquido pelo gás forma uma corrente multifásica (gás, condensado 
e água) que se encaminha para o sistema de coleta de condensado.
CORPORATIVA
31
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
A corrente multifásica é separada naturalmente nos coletores de 
condensado, através das diferenças de densidade, em uma fase 
gasosa e outra fase líquida. Pelo fundo do coletor de condensado sai 
a fase líquida denominada condensado. A água livre será descartada, 
enquanto o líquido de gás natural (LGN) será enviado para a 
estabilização e para o processamento secundário.
A fase gasosa sai pelo topo dos coletores e passa por um vaso 
depurador. Ali, há a retenção de algum líquido que porventura 
tenha sido arrastado pela corrente de gás. Se a fase gasosa 
contiver algum resíduo de enxofre deverá passar por um processo 
de dessulfurização. 
Antes de a fase gasosa seguir para o processamento será necessária a 
desidratação do gás, pois ainda há uma saturação em água.
Após a desidratação, que é feita à glicol, a corrente gasosa segue para 
a refrigeração e parte dessa mistura de gases é condensada (LGN), 
formando uma corrente trifásica que seguirá para um vaso separador 
trifásico, ocasionando: 
A fração pesada (• LGN), que condensou, seguirá para o 
processamento secundário;
A fração leve, que não condensou, seguirá para a venda;• 
O • glicol exausto seguirá para a regeneração (retirar os vapores 
de água absorvido do gás).
Fonte: Petrobras
Coletores de condensado
CORPORATIVA
32
Alta Competência
A fração leve, contendo C1 e C2, após ter sido separada do glicol 
segue para venda como gás processado. O glicol, agora denominado 
“exausto”, contendo água, será desidratado e transformado em 
glicol regenerado, retornando ao sistema de desidratação. Já o LGN, 
separado no “separador trifásico” seguirá para o processamento 
secundário, também denominado fracionamento. 
O esquema a seguir apresenta uma representação simplificada do 
processamento primário.
Dessulfurização
Depuração Desidratação Refrigeração
Gases leves
Gases pesados
Condensado
água + LGN
Descarte da 
água
LGN
(pesado)
Glicol
exausto
Separador
trifásico
Gás 
processado
(leve)
Venda
LGN
(pesado)
Estabilização 
LGN
Desidratação
do glicol
Glicol
regenerado
Processamento
secundário
(fracionamento)
Reservatório
de gás (poço)
Colotor de
condensado
Fluxograma resumido do processamento do gás natural
1.5.1. O gás processado
O gás processado (leve) é um produto que por ser menos denso do 
que o ar atmosférico, tende, em caso de vazamento, a se dissipar com 
facilidade na atmosfera. Essa característica determina uma maior 
segurança no uso do gás natural quando comparado ao uso do gás 
liquefeito de petróleo (GLP), cuja densidade relativa é maior. 
O ponto de auto-ignição do gás processado ocorre em 
temperaturas superiores a 470°C. Por isso, configura um 
combustível mais seguro do que o álcool (auto-inflama a 200 °C) e 
a gasolina (a 300 °C). O gás natural (GN) forma uma chama quase 
imperceptível, sendo ainda incolor e inodoro. Por esse motivo, 
por questões de segurança, o GN é odorizado com compostos de 
enxofre (mercaptan) para ser comercializado podendo, assim, ser 
detectável em casos de vazamento. 
CORPORATIVA
33
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
Segundo a Petrobras a composição média do gás natural processado, 
informada através da Ficha de Informação de Segurança de Produto 
Químico (FISPQ) deve atender à especificação a seguir:
Gás Concentração
Metano Mín. 68,0 % (v/v)
Etano Máx. 12,0 % (v/v)
Propano Máx. 3,0 % (v/v)
Butano e outros Máx. 1,5 % (v/v)
N2 + CO2 Máx. 18,0 % (v/v)
H2S Máx. 15 mg/m
3
Enxofre total Máx. 70 mg/m3
Etil mercaptan Traços
Dessa forma, considerando a separação dos hidrocarbonetos, o 
processamento do gás natural pode ser resumido conforme o esquema 
a seguir:
Gás natural
Dessulfurização
Gás processado
Processamento secundário
GLP
Gasolina
natural
Desidratação
LGN
Processamento
primário
H2O
H2S
N2
CO2
C1
C2
C3
C4
C5
C6
C7
C8
...
...
Cn
N2
CO2
C1
C2
C3
C4
C5
C6
C7
C8
...
...
Cn
C3
C4
C5
C6
C7
C8
...
...
Cn
H2S
H2O
CORPORATIVA
34
Alta Competência
1.6. A importância do gás na matriz energética
Uma das principais vantagens do gás natural é a sua contribuição 
para a redução de impactos no meio ambiente, pois, por ter uma 
combustão mais limpa, gera menos resíduos a serem lançados na 
atmosfera. 
O gás natural apresenta inúmeras vantagens sobre outros combustíveis 
fósseis como o diesel e a gasolina, sendo um ótimo substituto para as 
usinas termoelétricas a óleo, lenha e nucleares, diminuindo os níveis 
de poluição, de desmatamento e de acidentes ambientais.
Embora o gás natural esteja comumente associado ao petróleo, 
durante muitos anos foi tratado como um produto inferior. Apenas a 
partir das crises internacionais do petróleo de 1973 e de 1979/80, que 
causaram bruscas elevações em seu preço, o gás passou a ser usado 
como um combustível alternativo aos demais derivados do petróleo. 
Devido às muitas vantagens econômicas e ambientais de sua utilização, 
o gás é considerado produto nobre. 
O aumento do consumo do gás natural na matriz de energia primária 
é uma tendência mundial.
No Brasil, o consumo do gás natural ainda é considerado relativamente 
baixo quando comparado com outros países. Na matriz energética 
primária brasileira apenas 9,1% foram obtidos a partir do uso do gás 
natural, enquanto na Argentina esse valor corresponde a 55%, nos 
EUA 25% e na União Européia 24,4% (dados de 2004).
A tabela a seguir oferece ainda uma comparação entre a 
importância do GN na matriz energética mundial e na brasileira.
CORPORATIVA
35
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
Comparação entre a matriz energética mundial e do Brasil (em %) 
Mundo
Junho/2003
Brasil
Dezembro/2005
Petróleo 34,9% 39,7%
Carvão 23,5% 6,5%
Gás natural 21,1% 8,7%
Combustíveis renováveis e resíduos 11,4% 29,1%
Energia nuclear 6,8% 1,5%
Hidrelétrica 2,3% 14,5%
Fonte: (DIEESE, 2007, p.8). 
No Brasil, a relação entre consumo e produção de gás pode ser 
analisada a partir das informações oferecidas no próximo gráfico. É 
possível perceber que o consumo de gás passou, principalmente a 
partir de 1997, a despontar como uma alternativa viável aos demais 
subprodutos do petróleo. 
Podemos ainda considerar que a oferta, a partir da entrada em 
operação do gasoduto Bolívia-Brasil, em 1999, gerou um aumento 
de 12 pontos percentuais no consumo ao longo de apenas sete anos. 
Entretanto, podemos verificar ainda que apesar do aquecimento na 
produção de gás, em 2004havia uma deficiência de 6% em relação ao 
consumo. O gráfico a seguir apresenta uma comparação da relação 
entre o consumo e a produção no Brasil nas últimas décadas. 
Consumo e produção do gás natural no Brasil entre 1981 e 2005
20,0%
18,0%
16,0%
14,0%
12,0%
10,0%
8,0%
6,0%
4,0%
2,0%
0,0%
1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Produção
Consumo
CORPORATIVA
36
Alta Competência
É possível perceber que a produção até 2005 ainda não conseguia 
suprir o consumo. O aumento da demanda, principalmente a 
partir da entrada no século XXI, vem aumentando rapidamente. 
Apenas com investimento e trabalho será possível atingir níveis 
adequados na relação entre oferta e consumo. É exatamente para 
corresponder a essa demanda por gás natural que a Petrobras 
tem investido nos últimos anos na construção de unidades de 
processamento de gás natural. A intenção é tentar oferecer um 
volume maior de produtos como o gás natural veicular (GNV), o 
gás natural residencial, entre outros. 
CORPORATIVA
37
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
1) Correlacione a quantidade de carbono indicada na simbologia da 
coluna da esquerda com os respectivos hidrocarbonetos da coluna 
da direita: 
( a ) C1 ( ) Butano
( b ) C2 ( ) Etano
( c ) C3 ( ) Hexano
( d ) C4 ( ) Heptano
( e ) C5 ( ) Pentano
( f ) C6 ( ) Propano
( g ) C7 ( ) Metano
2) Considerando a composição do gás natural, marque V (verdadeiro) 
ou F (falso) para cada uma das afirmativas:
( ) Um hidrocarboneto pode ser definido como um grupo de 
substâncias orgânicas que apresentam na sua composição 
somente átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio.
( ) O gás natural, nas condições normais de temperatura e 
pressão atmosférica, permanece no estado gasoso.
( ) O GN é um combustível menos seguro. O seu ponto de 
auto-ignição ocorre em temperaturas inferiores a 470°C. 
( ) Uma das principais vantagens do gás natural é a sua con-
tribuição para a redução de impactos no meio ambiente.
( ) Os contaminantes inertes, como o gás sulfídrico (H2S), mer-
captans (R-SH sendo R um radical hidrocarboneto), sulfeto 
de carbonila (COS) e dissulfeto de carbono (CS2), estão 
sempre presentes no gás.
3) Defina o conceito de processamento primário de gás natural.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
1.7. exercícios
CORPORATIVA
38
Alta Competência
4) Assinale os hidrocarbonetos mais comuns na composição do 
gás natural:
( ) Etano 
( ) Butano 
( ) Metano
( ) Propano 
5) Assinale as etapas que fazem parte do processamento primário:
( ) Desbutanização
( ) Separação (líquido do gás)
( ) Dessulfurização (gás com H2S)
( ) Desidratação
( ) Fracionamento do LGN 
6) Defina riqueza de um gás.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
7) Qual a diferença entre o processamento primário e o processa-
mento secundário? 
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CORPORATIVA
39
Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
8) A partir do conceito de riqueza de um gás, classifique cada um dos 
gases a seguir como “rico”, “mediano” e “pobre”.
Hidrocarbonetos
Gás
“A”
Gás
“B”
Gás
“C”
Gás 
“D”
Metano (C1) 92,0% 77,0% 89,7% 83,0%
Etano (C2) 3,3% 13,0% 8,0% 6,3%
Propano (C3) 1,0% 6,0% 0,6% 4,0%
Butano (C4) 0,2% 2,0% - 3,2%
Pentano (C5) 0,1% 0,7% - 1%
Hexano (C6) 0,15% 0,1% - 0,5%
Heptano e superiores (C7) 0,15% 0,1% - 0,1%
Nitrogênio 1,7% 0,4% 1,2% 1,3%
Dióxido de carbono 1,4% 0,7% 0,5% 1,1%
Total 100% 100% 100% 100%
I ) Gás “A” : _________________
II) Gás “B” : _________________
III) Gás “C” : _________________
IV) Gás “D” : _________________
9) Considerando a composição dos gases da tabela anterior, assinale 
a alternativa a seguir que indica o gás cuja composição coincide com 
um exemplo de gás processado.
( ) Gás “A” 
( ) Gás “B” 
( ) Gás “C” 
( ) Gás “D” 
CORPORATIVA
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Alta Competência
Ascendente - o que sobe, progride.
C5+ - gasolina natural.
Coletor - aquilo que coleta, por exemplo, um recipiente coletor, cano coletor.
Condensação - mudança do estado físico de uma material da forma gasosa para a 
forma líquida, promovida principalmente pela queda da temperatura.
Contaminante - qualquer substância ou resíduo que interfere na composição média 
comum para o produto. 
Densidade - relação entre a massa e o volume de um material, corpo ou substância. 
O conceito de densidade corresponde aquilo que vulgarmente o senso comum 
denomina de material “pesado” (ex: chumbo) ou “leve” (ex: isopor). Fisicamente, 
teríamos materiais de alta densidade (“pesados”) e de baixa densidade (“leve”).
Densidade absoluta - razão entre a massa de uma amostra e o volume ocupado por 
esta massa. O mesmo que massa específica.
Descendente - o que desce, decrescente.
FISPQ - Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos - contém 
informações sobre como usar, manusear e descartar produtos químicos com 
segurança. 
Fóssil - resto ou vestígio de espécies vivas extintas que viveram no passado.
Glicol exausto - solução de glicol com um grande volume de água, absorvido do 
gás, que será enviado para a regeneração.
Glicol regenerado - solução de glicol, que após a destilação no sistema de 
regeneração encontra-se com percentual de glicol em condições de desidratar 
o gás.
GLP - Gás Liquefeito de Petróleo.
GN - Gás Natural.
GNV - Gás Natural Veicular.
Hidrato - composto que contém uma ou mais moléculas de água.
Hidrocarboneto - substância orgânica formada principalmente por átomos de 
hidrogênio e carbono. 
1.8. Glossário
CORPORATIVA
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Capítulo 1. Princípios e conceitos básicos
Higroscópica - substância que tem a tendência a aborver água. São exemplos desse 
tipo de substãncias o sal de cozinha (cloreto de sódio), a silica-gel, o sulfato de 
cobre, o glicol, dentre outros.
LGN - Líquido de Gás Natural. 
Matriz energética - fontes energéticas de onde é obtida a energia necessária para 
o consumo de um município, estado ou país. 
Mercaptan - composto de enxofre adicionado ao gás processado para servir de 
alerta no caso de vazamento de gás. Essa prática é necessária uma vez que o gás 
natural é inodoro, sendo de difícil detecção olfativa. 
Monoetanolamina (MEA) - substância utilizada no processo de dessulfurização; retira 
o gás sulfídrico (H2S) que se encontra misturado com a corrente de gases leves.
Peso molecular (PM) - também conhecido como massa molecular, pode ser definido 
como o peso de uma única molécula. Corresponde a um valor numérico, sem 
unidade de medida (não é aferido em gramas e nem outra unidade de medida), 
que representa a soma das massas atômicas parciais dos átomos que compõem 
uma molécula.
TEG (trietileno glicol) - substância higroscópica que, por ter afinidade com a água 
é utilizada para retirar o vapor d´água do gás natural. 
CORPORATIVA
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Alta Competência
BRASIL. Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos 
- DIEESE. O PAC, o setor de hidrocarbonetos e a matriz energética 
brasileira: Nº 43 de Abril de 2007. Nota técnica. Disponível em: <http://
www.dieese.org.br/notatecnica/notatec43PACehidrocarbonetos.pdf>. 
Acesso em: 09 jun 2008. 
BRASIL. Ministério das Minas e Energia - CONPET. Gás Natural - Informações 
Técnicas: Conheça as principais aplicações deste combustível,

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