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Aquicultura - Ecologia Aquática

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AQUICULTURA 
 
Aluno: Wesley Barbosa da Silva 
Curso: Engenharia Agronômica 
Período: Noturno 
Proposta do Trabalho: Questionário 
 
ECOLOGIA AQUÁTICA 
 
1) Qual a relação existente entre temperatura de taxa de oxigênio dissolvido na água? 
R. Essa relação pode ser descrita pelo processo de evaporação que ocorre com a água em 
temperatura elevada, reduzindo assim a saturação de oxigênio dissolvido na água. 
 
2) Qual a relação entre a temperatura da água e a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) 
na água? 
R. A temperatura torna-se um catalisador para as atividades biológicas no meio aquático, que 
ocorrerão mais rápido que o normal e que dependem do oxigênio para que aconteça, reduzindo 
assim a demanda bioquímica de oxigênio do meio aquátco. 
 
3) Qual a relação existente entre transparência, cor e turbidez da água? 
R. Podemos classificar a cor da água em dois tipos, a cor aparente, que é a cor que a água reflete 
quando atingida pelo sol, e a cor verdadeira, que é realmente sua cor quando analisada com base em 
seus componentes, já transparência é a capacidade de passagem de luz pela água, e turbidez é a 
quantidade de partículas em suspensão que se encontram na água, que podem ser partículas de 
qualquer origem. Deste modo podemos dizer, que quanto maior for a intensidade da cor da água, 
menor vai ser sua transparência e maior sua turbidez, quando está muito transparente a turbidez é 
baixa e a cor é ausente, é uma relação inversamente proporcional. 
 
4) Quais as fontes de oxigênio no ambiente aquático? Quais as causas da redução do oxigênio 
na água? 
R. São as principais fontes de oxigênio: a atividade fotossintética e a incorporação mecânica 
(aeradores). O que mais causa a redução são temperaturas elevadas, respiração dos organismos, 
presença de outros gases, e também a presença de ferro no solo. 
 
5) Qual a importância do fitoplâncton e do zooplâncton para o ambiente aquático? 
R. O fitoplâncton é de extrema importância na produção de oxigênio da água, sendo o zooplâncton 
o único alimento para larvas de peixes. Esses organismos têm extrema importância na cadeia 
alimentar, pois são responsáveis pela alimentação no meio aquático, já que são a base da cadeia 
alimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA 
 
6) Quais as diferenças entre as classes dos Condríctios e Ocsteídios? 
R. Condrictios: São peixes cartilaginosos, possuem escamas placoides, pele mucosa, peixe de 
couro, tem 5 pares de sistema branquial sem opérculo, dentículos dérmicos, não possuem bexiga 
natatória, nadadeira heterocerca. 
 
Osteictios: São peixes ósseos, pele com escamas cicloides ou ctnoides, alguns sem escamas, 4 
pares de brânquias protegidas pelo opérculo, linha lateral, nadadeira homocerca e possuem bexiga 
natatória. 
 
7) Qual a importância do muco protetor dos peixes? 
R. O muco tem como função a proteção, quando o peixe perde o muco fica sujeito ao ataque de 
bioagressores e patógenos. 
 
8) O que é nidição? 
R. Pode ser caracterizada com sendo a proteção da prole, que pode ocorrer de duas formas: pela simples 
guarda dos ninhos e da prole, como no caso do Tucunaré, e pela nidição e incubação ou guarda oral, 
como no caso da Tilápia. 
 
9) Quais são os principais hábitos alimentares dos peixes? 
R. Fitoplanctófagos: exploram o nível mais baixo da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, 
as algas do fitoplâncton que são os produtores primários. Sua principal característica é o 
desenvolvimento dos rastros branquiais em franjas longas, finas, adornadas e numerosas, que lhes 
possibilita uma filtração completa e seletiva das algas da água. 
 
Zooplanctófagos: exploram o segundo degrau na pirâmide alimentar aquática, o zooplâncton, 
consumidores de primeira ordem na cadeia aquática. Rastros branquiais desenvolvidos, mas não 
como nos anteriores, separando os organismos do zooplâncton que são mais grosseiros que os do 
fitoplâncton. Esses dois grupos geralmente não apresentam dentes, ou apenas rudimentos deles. 
 
Predadores: alimentam-se de organismos macroscópicos, temos os carnívoros propriamente ditos, 
que se alimentam de qualquer tipo de animal, como as piranhas; e os piscívoros ou ictiófagos, que 
predam outros peixes, ingerindo esporadicamente algum crustáceo. Apresentam dentição forte, 
principalmente dentes incisivos e caninos, dispostos desde as mandíbulas até os últimos arcos 
branquiais. 
 
Iliófagos: alimentam-se revolvendo o fundo dos ambientes em que vivem. Sua boca apresenta 
grande protrabilidade e têm apurado sentido de olfatação e gustação. Ingerem lodo, pequenos 
moluscos, algas e insetos aquáticos, encontrados no sedimento. O Curimbatá é um exemplo típico. 
 
Herbívoros: ingerem vegetais superiores, macrófitas aquáticas ou de terra firme que também sobre 
a água. Boca desenvolvida com dentes incisivos em pequeno número ou viliformes em grandes 
quantidades, tubo digestivo simples, exemplo é o Taguará. 
 
 
 
 
 
Onívoros: alimentam-se de qualquer material orgânico disponível na água. Boca de mediano 
tamanho, dentes molariformes até incisivos. Comem crustáceos, moluscos, vegetais, sementes. Na 
falta de alimento sólido filtram organismos planctônicos, como o tambaqui e a piava. Os peixes 
onívoros e herbívoros são os mais indicados para o cultivo. 
 
10) Explique como é o sistema respiratório dos peixes? 
R. Podemos começar citando que brânquias são os órgãos respiratórios dos peixes, que se 
constituem de filamentos canelares vascularizados apoiados em arcos cartilaginosos, este contém 
artérias responsáveis pelas trocas gasosas. A água do meio ambiente que serve para a “respiração” 
do peixe entra pela boca, é impulsionada para as brânquias onde ocorrem as trocas gasosas, e saem 
pelos dois opérculos laterais. A água tem pouco oxigênio dissolvido, o que torna difícil sua 
absorção, em contraste com a fácil liberação do CO2, altamente solúvel na água. O peixe gasta 
cerca de 30% da sua energia na respiração, contudo, a utilização do oxigênio dissolvido da água 
pelos peixes é mais eficiente. A bexiga natatória pode, também, funcionar como um pulmão, como 
por exemplo no Pirarucu para a respiração aérea, complementar e obrigatória. 
 
ICTIOPATOLOGIA 
 
11) Como podemos evitar as doenças em peixes cultivados? 
R. Podemos evitar tais doenças trabalhando com uma água de boa qualidade, com bom fluxo de 
circulação, ter um manejo correto dos peixes, alimentação adequada, evitar manipulação, 
periodicamente fazer a desinfecção dos tanques, desinfecção dos equipamentos, quando algum 
peixe morrer, retirá-lo do tanque e enterrar com cal. 
 
12) Quais as observações externas realizadas em um peixe que podem indicar a possibilidade 
de uma doença? 
R. Podemos identificar uma possível doença da seguinte maneira: identificação de cor anormal no 
peixe, lesões na pele, hemorragia, nadadeiras destruídas, abdômen distendido, excessiva produção 
de muco e organismos fixados ao corpo, os olhos podem estar opacos, saltados, ou afundados e com 
lesões, pode ter deformidade na cabeça e opérculos, as brânquias podem estar inchadas, com 
produção excessiva de muco e necroses, isolamento de outros peixes, natação errática, e em alguns 
casos vão boquear na superfície. 
 
13) Qual o ciclo da Ictiofiriase? Como pode ser evitada? Qual a sua relação com a 
Saprolegnose? 
R. Ictiofiriase é um parasita que está presente na água, que ocorre quando há queda brusca de 
temperatura, onde ocorre a eclosão de seus ovos, assim se dá a origem ao ciclo do parasita, que se 
aloja na pele dos peixes, causando grande incomodo, o que faz com que o peixe tente se coçar em 
qualquer lugar que encontra, nessa tentativa ele acaba se machucando, possibilitando a entrada da 
saprolegnose que é uma doença secundaria. O tratamento para Ictiofiriase é tentar quebrar o ciclo 
do parasita, aumentando o pH da água para 9/10, com cal virgem, mas esse é um tratamento 
temporário, a maneira mais eficienteé construir o açude ou tanque com no mínimo 1,5m de 
profundidade. 
 
 
 
 
 
 
14) Quais os sintomas dos peixes atacados por Copepados Lernídeos? Qual a sua relação com 
a qualidade da água? 
R. Quando atacados pelos parasitas Copepados Lernídeos, apresentam natação errática, e áreas 
ulceradas com infecções secundárias, ou seja, Saprolegnose. A relação com a qualidade da água se 
dá pelo fato de que é nela que este tipo organismo se desenvolve, necessitando de algumas 
características para ter seu ciclo iniciado, como águas paradas ou muito lentas, que tendem a ter 
temperaturas elevadas, que acabam facilitando a proliferação deste organismo, a alimentação dos 
peixes deve ser muito bem feita, sem sobras de ração para evitar o acumulo de matéria orgânica, 
que também é um fator exponencial para o aumento da proliferação deste organismo. 
 
15) Como deve ser o envio de peixes para realização de exame sanitário? 
R. Envio: Se possível o peixe deve ser enviado vivo para o exame, e quando não for possível deve-
se enviá-los preservados em gelo ou formol. 
 
Transporte: deve ser feito de maneira rápida, para que o peixe não perca algumas características. 
 
Informações essenciais: água, estocagem, alimento, local da propriedade e data da coleta.

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