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De que maneira os jovens se inserem nas relações de trabalho em nossa sociedade

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De que maneira os jovens se inserem nas relações de trabalho em nossa sociedade? Quais são os motivos que fazem com que esse grupo social esteja entre os mais vulneráveis em nossa sociedade? Como a pandemia do covid-19 afeta essa população?
Para compreendermos a juventude e os jovens no momento presente, devemos levar em conta as relações que estes estabelecem em suas famílias, nas escolas e, principalmente, no mercado formal de trabalho e no trabalho assalariado.
É perceptível a importância que os jovens atribuem ao mundo do trabalho, o que exige de nós a reflexão sobre os constrangimentos por que passam, em função do lugar que ocupam na estrutura social e na inadequação do sistema educativo em relação às exigências do mundo atual.
“O trabalho também faz juventude”, tal qual a escolarização, conforme afirma Sposito (2005). Isso implica ouvir os jovens e identificar as problemáticas da educação escolar, em contraste com a família e o mercado de trabalho; e implica, também, entender o que está obrigando muitos deles a deixarem a escola ou estudarem e trabalharem ao mesmo tempo.
Em uma pesquisa realizada entre 2004 e 2005 (IBASE), na sondagem com jovens entre 15 e 24 anos, a educação escolar é a principal questão que se apresenta com inquietação ao lado de problemas como a violência, o trabalho e a desigualdade social.
Vulnerabilidade é um termo originado das discussões sobre Direitos Humanos, geralmente associado à defesa dos direitos de grupos ou indivíduos fragilizados jurídica ou politicamente.
A vulnerabilidade também é compreendida como a qualidade de vulnerável (que é suscetível de ser exposto a danos físicos ou morais devido a sua fragilidade). O conceito pode ser aplicado a uma pessoa ou um grupo social, conforme a sua capacidade de prevenir, de resistir ou de contornar potenciais impactos. As pessoas vulneráveis são aquelas que, por diversas razões, não têm esta capacidade desenvolvida e que, por conseguinte, encontram-se em situação de risco.
Um dos conceitos nucleares deste texto é o de vulnerabilidades sociai, Vários estudos alertam para a situação de vulnerabilidade dos jovens quanto ao trabalho, sendo esse um dos contingentes populacionais que apresentam algumas das mais altas taxas de desemprego e de subemprego no país2. Eles enfrentam problemas singulares quanto à primeira inserção no mercado, o que, em alguma medida, deve-se à exigência dos empregadores de prova de experiência. É também uma população que tem demandado novos enfoques da educação e qualificação profissional, não acessíveis aos jovens de famílias pobres. De fato, as mudanças no mundo do trabalho, a desregulamentação e a flexibilização da economia demandariam habilidades nem sempre disponíveis entre os jovens de setores populares — como conhecimentos em informática e línguas estrangeiras — isso em contexto de diminuição dos postos de trabalho para grande parte da população
Os jovens entrevistados frisam ser de extrema importância conseguir um trabalho, como meio de sobrevivência individual e, muitas vezes, de suas famílias, ou mesmo como a forma de atingir a independência financeira necessária para se sentirem pessoas e construírem sua auto-estima, ou seja, como meio de inspirarem respeito na comunidade. Também insistem que a remuneração proporcionada pelo trabalho possibilita-lhes maior autonomia no plano das relações familiares: "não ficar dependendo do dinheiro da mãe.
Ainda segundo o estudo da Nube, a maioria (58,8%) dos recém-formados desempregados acredita que não conseguirá o “sim” nas entrevistas devido à falta de experiência necessária na área de atuação.
Com ou sem pandemia, a juventude é uma fase marcada por mudanças e desafios. Nesta etapa, que marca a transição para a vida adulta e durante a qual cada decisão influencia diretamente o futuro educacional e profissional, é comum dedicar-se aos estudos, ao trabalho ou aos dois, simultaneamente. No entanto, a crise sanitária mundial tem imposto mais obstáculos aos jovens brasileiros; afinal, a pandemia aumenta o risco de evasão escolar (seja ainda no colégio ou no curso técnico, seja na faculdade), bem como pressiona os índices de desemprego.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 10,5 milhões de jovens nem estudam, nem trabalham. Eles correspondem a quase 24% da população de 15 a 29 anos. O risco é de que esse número aumente. Mais de 54% dos 44,3 milhões de jovens estão empregados, sendo que quase 13% conciliam o trabalho com os estudos e 22% apenas estudam. Os números foram calculados pelo Ipea a partir de dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pnad Contínua (2019) e da Pnad Covid19 (2020). Essa última tem caráter experimental durante a pandemia.
Os impactos da pandemia começam a mostrar a cara a esse grupo etário de modo mais severo. Levantamento do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) feito com 33.688 jovens de todo o país revelou que quatro a cada 10 entrevistados perderam totalmente ou tiveram a renda diminuída até junho. Mais da metade afirmou que a renda continuou a mesma, mas 25% não estavam trabalhando antes da pandemia, portanto, seguem em situação de vulnerabilidade. Além disso, 27% dos jovens precisaram deixar o emprego por parada temporária das atividades, por demissão ou fechamento do local de trabalho, e 33% buscaram uma forma de complementar a renda. Além disso, 24% dos jovens entre 15 e 29 anos pensam em não voltar à escola. Além de perderem em rendimentos, os jovens têm a motivação afetada, como mostra análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea): considerando o mês de julho, cerca de 54% dos nem-nem desistiram de procurar emprego, índice 8% maior do que o registrado em janeiro deste ano.
referencia
https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/o-jovem-educacao-trabalho.htm
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742002000200007
https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2020/09/4873662-pandemia-desencoraja-ainda-mais-jovens-nem-nem-na-busca-por-emprego.html

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