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Prof. José Milton de Araújo - FURG 1 A AÇÃO DO VENTO NOS EDIFÍCIOS ARAÚJO, J. M. Projeto Estrutural de Edifícios de Concreto Armado. 3. ed., Rio Grande: Dunas, 2014. Prof. José Milton de Araújo - FURG 2 1- O PROJETO ESTRUTURAL E A DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA Elevador Sacada DormitórioDormitório Cozinha Sala Banheiro Á. serv. Sacada Sacada 16 0 x 21 0 16 0x 21 0 16 0x 21 0 10 0x 70 10 0x 10 0 12 0x 60 15 120 25 420 15 368 25 120 15 100 15 120 25 420 15 368 25 120 15 Duto 25 180 150 203 120 90x210 15 18 0 15 60 15 12 0 15 12 0 15 15 80 x2 10 14 0x 10 0 B'B Hall 20 15 12015 90x210 15 90 x2 10 25 70 29815 11 0 Planta baixa do pavimento tipo Prof. José Milton de Araújo - FURG 3 12 124 20 424 12 372 20 124 12 12 124 20 424 12 372 20 124 12 20 184 20 17 5 12 55 20 20 23 12 escada P1- 20x50 P2- 20x50 P3- 20x50 P4- 20x50 P6- 20x50P5- 20x50 P7- 20x20 P8- 20x70 P10- 20x70P9- 20x70 30 19 30 P11- 20x70 P12- 20x70 P13- 20x70 274,512 12 L201 L202 L203 L204 L205 L206 L207 L208 L209 12 V202- 20x60 V204- 12x40 V205-12x40 V207-20x60 V201-12x40 V203-12x40 V206-12x40 V208-12x40 V209-12x40 V210-12x40 V211-12x40 V212-12x40 V213-12x40 V214-12x40 V215- 20x60 V216-12x40 V 22 3- 1 2x 40 V 22 5- 12 x6 0 x4 0 V 23 2- 1 2x 40 V 23 3- 1 2x 40 325,5V 22 8- 12 x4 0 V 22 7- 1 2x 40 20 (h=10) (h=10) (h=10) (h=10) (h=10) (h=10) (h=10) (h=10) (h=10) 40 5 60 40 24 2 Planta de formas do pavimento tipo Prof. José Milton de Araújo - FURG 4 1.4 – Escolha dos materiais - Aço CA-60 diâmetro: 5 mm: armadura de lajes e estribos de vigas e pilares; - Aço CA-50 diâmetros: 6,3 ; 8 ; 10 ; 12,5 ; 16 ; 20; 25 : armaduras longitudinais de vigas, pilares, lajes, escadas, elementos de fundação, etc. Concreto: 25=ckf MPa aos 28 dias Classes de agressividade ambiental: - classe II para o reservatório e para as vigas de fundação; - classe I para o restante da estrutura. Cobrimentos das armaduras: - classe I: 2,0 cm para as lajes e 2,5 cm para as vigas e os pilares; - classe II: 2,5 cm para as lajes e 3,0 cm para as vigas. - blocos de fundação: 5,0 cm Prof. José Milton de Araújo - FURG 5 Observações: • O edifício possui 9 pavimentos, casa de máquinas e reservatório superior. • Apresentam-se o cálculo e detalhamento dos seguintes componentes: - lajes maciças ; - escada; - reservatório superior - vigas contraventadas e vigas de contraventamento - pilares contraventados e pilares de contraventamento - blocos de fundação e viga de equilíbrio • São feitas diversas observações sobre a metodologia de cálculo, inclusive sobre as falhas da NBR-6118/2003. • Na segunda edição de 2009, são introduzidas alterações nos valores de limξ para o dimensionamento à flexão simples. Esses novos valores de limξ devem ser adotados para garantir uma maior ductilidade às vigas. Ver artigo publicado na Revista Teoria e Prática na Engenharia Civil, número 14 (www.editoradunas.com.br/revistatpec). NBR- 6118/2013. Prof. José Milton de Araújo - FURG 6 2- VERIFICAÇÃO DA INDESLOCABILIDADE DA ESTRUTURA 2.2 – O parâmetro de instabilidade CEB/78: nIE Fh ccs V tot 1,02,0 +≤=α , se 3≤n 6,0≤= ccs V tot IE Fhα , se 4≥n NBR-6118: 7,0≤α para contraventamento constituído exclusivamente por pilares-parede; 5,0≤α para contraventamento feito apenas por pórticos; 6,0≤α para associações de pórticos e pilares-parede. Prof. José Milton de Araújo - FURG 7 Rigidez equivalente dos pórticos de contraventamento Modelo utilizado Rigidez equivalente Força horizontal unitária HF aplicada no topo do pórtico U hF EI totHeq 3 3 = (2.2.4) Força horizontal p , distribuída uniformemente ao longo da altura U ph EI toteq 8 4 = (2.2.5) U = deslocamento horizontal no topo do pórtico; toth = altura do pórtico ou do pilar de seção variável. Módulo secante do concreto segundo o CEB: 31 10 82150085,0 ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ += ckcs fxE , MPa Prof. José Milton de Araújo - FURG 8 Modelo proposto: limαα ≤= eq V tot EI F h onde limα depende do tipo de subestrutura de contraventamento (só pórticos, só paredes ou associação pórtico-parede). No caso de contraventamento feito só por pórticos: 62,039,0166,0lim ≤−= nα Rigidez equivalente eqEI : carga uniforme [equação (2.2.5)]. Rigidez: ccs IEEI 70,0= (pilares) e ccs IEEI 35,0= (vigas). igual ACI Prof. José Milton de Araújo - FURG 9 2.3 – Aplicação ao edifício em estudo Pórticos de contraventamento Direção Pórticos formados pelos pilares x (lado menor) (P1,P2,P3), (P8,P9,P10), (P11,P12,P13), (P18,P19,P20) y (lado maior) (P18,P15,P11,P8,P4,P1) e (P20,P17,P13,P10,P6,P3) Estimativa da força Fv (peso total do edifício) Consideramos a seguinte carga total por unidade de área: - lajes de piso: 12 kN/m2; - laje de forro: 10 kN/m2 Número de lajes = 8 lajes de piso e uma laje de forro, cada uma com uma área total de 184 m2. Fv = (8x12+1x10)x184 ; Fv = 19500 kN Prof. José Milton de Araújo - FURG 10 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 4,25m 3,73m P1 P2 P3 Pórtico 1 (2 vezes) 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 4,69m 3,59m P8 P9 P10 Pórtico 2 (2 vezes) Altura total da estrutura de contraventamento, do nível das fundações até a laje de cobertura: htot = 25,75 m. 27200 10 8252150085,0 31 =⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ += xEcs MPa ; 510272xEcs = kN/m2 Pórticos de contraventamento da direção x Prof. José Milton de Araújo - FURG 11 Tabela 2.3.1 – Propriedades das seções dos pórticos da direção x Pórtico 1 Elemento Largura (cm) Altura (cm) Área (m2) Inércia (m4) Pilar P1 20 50 0,10 0,00208 Pilar P2 20 50 0,10 0,00208 Pilar P3 20 50 0,10 0,00208 Vigas 20 60 0,12 0,00360 Pórtico 2 Elemento Largura (cm) Altura (cm) Área (m2) Inércia (m4) Pilar P8 70 20 0,14 0,00047 Pilar P9 20 70 0,14 0,00572 Pilar P10 70 20 0,14 0,00047 Vigas 20 60 0,12 0,00360 Prof. José Milton de Araújo - FURG 12 Tabela 2.3.2 – Rigidez equivalente dos pórticos da direção x Pórtico 1 100=HF kN (1) 912,2=U cm 61054,19 xEIeq = kNm2 Equação (2.2.4) 10=p kN/m (1) 540,3=U cm 61052,15 xEIeq = Equação (2.2.5) 10=p kN/m (2) 692,6=U cm 61021,8 xEIeq = Equação (2.2.5) Pórtico 2 100=HF kN (1) 215,3=U cm 61070,17 xEIeq = kNm2 Equação (2.2.4) 10=p kN/m (1) 949,3=U cm 61092,13 xEIeq = Equação (2.2.5) 10=p kN/m (2) 573,7=U cm 61026,7 xEIeq = Equação (2.2.5) (1): vigas e pilares com rigidez ccs IE (2): vigas com rigidez ccs IE35,0 e pilares com rigidez ccs IE70,0 Prof. José Milton de Araújo - FURG 13 Para os quatro pórticos da direção x: a) vigas e pilares com rigidez ccsIE • para carga concentrada: ( ) 66 1048,741070,1754,192 xEIxEI eqeq =⇒+= kNm2 • para carga uniforme: ( ) 66 1088,581092,1352,152 xEIxEI eqeq =⇒+= kNm2 Observar a influenciada pelo tipo de carga empregado na determinação de eqEI . influência do Prof. José Milton de Araújo - FURG 14 Parâmetro de instabilidade: • para carga concentrada: 42,0 1048,74 1950075,25 6 === xIE F h ccsV totxα • para carga uniforme: 47,0 1088,58 1950075,25 6 === xIE F h ccs V totxα Como 5,0<xα , significa que os quatro pórticos considerados são suficientes para garantir a indeslocabilidade do edifício segundo a direção x, de acordo com o critério da NBR-6118. Prof. José Milton de Araújo - FURG 15 b) vigas com rigidez ccs IE35,0 e pilares com rigidez ccs IE70,0 • Só para carga uniforme: ( ) 66 1094,301026,721,82 xEIxEI eqeq =⇒+= kNm2 65,0 1094,30 1950075,25 6 === xIE F h ccs V totxα Número de andares: 9=n 62,062,039,0166,0 limlim =⇒≤−= αα n lim05,1 αα =x : Como a diferença é muito pequena, pode-se admitir que a estrutura é indeslocável também por esse critério, já que há outros pórticos não considerados e há as alvenarias. Prof. José Milton de Araújo - FURG 16 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2,94 4,45m P18 P15 P11 Pórtico da direção y (2 vezes) P8 P4 P1 2,12 4,45 2,94 Pórticos de contraventamento da direção y Prof. José Milton de Araújo - FURG 17 a) vigas e pilares com rigidez ccs IE 44,0 1084,332 1950075,25 6 === xxIE F h ccs V totyα (concentrada) • para carga uniforme: 49,0 1038,272 1950075,25 6 === xxIE F h ccs V totyα (distribuída) 5,0<yα : indeslocável segundo NBR-6118. b) vigas com rigidez ccs IE35,0 e pilares com rigidez ccs IE70,0 66,0 1098,142 1950075,25 6 === xxIE F h ccs V totyα lim06,1 αα =y : pode-se considerar indeslocável. Prof. José Milton de Araújo - FURG 18 6- AÇÕES HORIZONTAIS NA SUBESTRUTURA DE CONTRAVENTAMENTO 6.1 – Determinação das forças de arrasto Dados para cálculo da ação do vento: • o edifício está localizado no subúrbio de uma grande cidade, em terreno plano; • as edificações vizinhas são do mesmo porte ou mais baixas que o edifício considerado, havendo diversas casas inseridas entre os edifícios; • a velocidade básica do vento para o local da edificação, obtida do gráfico de isopletas da NBR-6123, é 45=oV m/s. Prof. José Milton de Araújo - FURG 19 y x B 11,23m 17,15m 8,53m 2,85m 4, 80 m 26 ,1 5m 30 ,9 5m Vista A Vista B 25,75 0,50 31,45 11,23m 17 ,1 5m A Planta Fig. 6.1.1 – Dimensões do edifício Prof. José Milton de Araújo - FURG 20 Fator topográfico S1: 0,11 =S (terreno plano). Fator S2: rugosidade do terreno: Categoria IV; edificação Classe B (maior dimensão entre 20 m e 50 m): 85,0=b , 98,0=rF e 125,0=p (NBR-6123). p r zFbS ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛= 102 125,0 2 10 833,0 ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛=⇒ zS Fator estatístico S3: 00,13 =S (edifício residencial). Velocidade característica do vento: ok VSSSV 321= 125,011,28 zVk =⇒ m/s, onde z é a altura acima do nível do terreno, em metros. Pressão dinâmica: 2613,0 kVq = N/m2 Prof. José Milton de Araújo - FURG 21 Força de arrasto: eaa AqCF = , onde aC é o coeficiente de arrasto e eA é a área frontal efetiva = área da projeção ortogonal da edificação sobre um plano perpendicular à direção do vento (“área de sombra”). Turbulência: consideramos vento de baixa turbulência, pois o edifício é cercado por casas (edificações mais baixas que ele). Da figura 4 da NBR-6123, obtemos os coeficientes de arrasto: - vento segundo a direção x: 33,1≅aC - vento segundo a direção y: 10,1≅aC Prof. José Milton de Araújo - FURG 22 Forças de arrasto por unidade de área (para 1=eA ): Direção x: ( ) 25,02125,0 64411,28613,033,1 zzxFax == , N/m2 25,0644,0 zFax = kN/m2 Direção y: ( ) 25,02125,0 53311,28613,010,1 zzxFay == , N/m2 25,0533,0 zFay = kN/m2 Prof. José Milton de Araújo - FURG 23 Excentricidades das forças de arrasto: y x eb ea Fax Fay a/2 a/2 b/2 b/2 Segundo a NBR-6123, para edificações sem efeitos de vizinhança: aea 075,0±= ; beb 075,0±= Considerar, também, as forças agindo sem excentricidades. Prof. José Milton de Araújo - FURG 24 6.2 – Integração das forças de arrasto 1 2 i i+1 h1 h2 hi hi+1 n Fa(z) z zi S Força de arrasto ao longo da altura do edifício Prof. José Milton de Araújo - FURG 25 ( ) dzzFLF ii ii hz hz ai ∫+ + − = 2 2 1 , 11 −= nai (6.2.1) Aproximação: ( )iaiii zFhhLF ⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ += + 2 1 , 11 −= nai (6.2.3) Para o último nível: ( ) dzzFLF Sz hz an n nn ∫ + − = 2 (6.2.2) Observações: • L é a largura da fachada em metros. • Para o último nível de laje, emprega-se a expressão (6.2.2). Como há variação na largura das fachadas, a integral deve ser resolvida em duas regiões retangulares. Prof. José Milton de Araújo - FURG 26 Tabela 6.2.1 – Forças de arrasto resultantes nos níveis das lajes Nível iz (m) xF (kN) yF (kN) iz (m) ix zF (kNm) iy zF (kNm) 9 25,25 77,17 81,23 25,75 1987,13 2091,67 8 22,45 67,32 36,48 22,95 1544,99 837,22 7 19,65 65,11 35,29 20,15 1311,97 711,09 6 16,85 62,66 33,96 17,35 1087,15 589,21 5 14,05 59,87 32,45 14,55 871,11 472,15 4 11,25 56,64 30,69 11,75 665,52 360,61 3 8,45 52,73 28,57 8,95 471,93 255,70 2 5,65 47,68 25,84 6,15 293,23 158,92 1 2,85 40,18 21,78 3,35 134,60 72,96 iz = altura acima do nível do terreno iz = altura acima do nível das fundações ∑ 8368 5550 Prof. José Milton de Araújo - FURG 27 6.3 – Repartição das forças do vento para os elementos de contraventamento Fy ex Fx ey y x 5 6 1,5 1,5 5,60 5,60 1 4 1, 3 1, 3 2 3 7, 25 7, 25 Localização dos painéis de contraventamento Prof. José Milton de Araújo - FURG 28 A rigidez K de cada pórtico é dada por 3 3 l EI K eq= 75,25=l m é a altura do pórtico; eqEI é a rigidez equivalente para a carga concentrada. Considerando o nível 9 como referência, devem ser adotados os seguintes carregamentos: A) Vento segundo a direção x: 17,77=xF kN e 0=yF B) Vento segundo a direção y: 0=xF e 23,81=yF kN (considerando EcsIc para vigas e pilares) Prof. José Milton de Araújo - FURG 29 Tabela 6.3.2 – Força nos painéis de contraventamento (em kN) no nível 9 Vento segundo a direção x Painel ye (m) 1 2 3 4 5 6 7,26 16,1 17,8 18,9 24,3 -3,4 3,4 8,55 20,2 18,3 18,3 20,2 0 0 9,84 24,3 18,9 17,8 16,1 3,4 -3,4 Vento segundo a direção y Painel xe (m) 1 2 3 4 5 6 4,76 2,8 0,4 -0,4 -2,8 43,0 38,3 5,60 0 0 0 0 40,6 40,6 6,44 -2,8 -0,4 0,4 2,8 38,3 43,0 Prof. José Milton de Araújo - FURG 30 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 4,25m 3,73m P1 P2 P3 24,3 kN Pórtico 1 (2 vezes) 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 4,69m 3,59m P8 P9 P10 Pórtico 2 (2 vezes) 18,9 kN 21,2 20,5 19,7 18,9 17,8 16,6 15,0 12,7 16,5 15,9 15,3 14,7 13,9 12,9 11,7 9,8 Fig. 6.3.2 - Força do vento nos pórticos de contraventamento da direção x (em kN) Prof. José Milton de Araújo - FURG 31 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2,94 4,45m P18 P15 P11 43,0 kN Pórtico da direção y (2 vezes) P8 P4 P1 2,12 4,45 2,94 19,3 18,7 18,0 17,216,2 15,1 13,7 11,5 Fig. 6.3.3 - Força do vento nos pórticos de contraventamento da direção y (em kN) Prof. José Milton de Araújo - FURG 32 6.4 – Imperfeições geométricas da subestrutura de contraventamento • Inclinação do eixo do edifício 200 1 100 1 ≤= la α (6.4.1) onde l é a altura da estrutura em metros. • Para pórticos com n pilares, multiplicar aα por nα 2 11 n n +=α (6.4.2) • Para o edifício em estudo: 75,25=l m (altura dos pórticos de contraventamento); 3=n (número de pilares na direção x); 6=n (número de pilares na direção y). Prof. José Milton de Araújo - FURG 33 00197,0 75,25100 1 100 1 === la α (é menor que 1/200) Direção x: 82,0 2 311 2 11 =+=+= nnα Direção y: 76,0 2 611 2 11 =+=+= nnα Direção x: 0016,000197,082,0 == xaα Direção y: 0015,000197,076,0 == xaα Pode-se adotar 0016,0=aα para as duas direções. Prof. José Milton de Araújo - FURG 34 Força horizontal equivalente em cada andar: viai FH α= viF = força vertical total no andar i do edifício. Pavimento tipo: 12 kN/m2; área= 184m2 → 2208=viF kN No forro: 10kN/m2 ; área=184 m2 → 1840=viF kN Forças nos níveis das lajes: Nível 9 (forro): 94,218400016,0 == xHi kN Demais níveis: 53,322080016,0 == xHi kN Essas forças são repartidas para os pórticos de contraventamento da mesma forma que foi feito para as forças do vento. Prof. José Milton de Araújo - FURG 35 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 4,25m 3,73m P1 P2 P3 0,77 kN Pórtico 1 (2 vezes) 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 4,69m 3,59m P8 P9 P10 Pórtico 2 (2 vezes) 0,70 kN 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,92 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 Fig. 6.4.1 – Forças equivalentes ao desaprumo nos pórticos de contraventamento da direção x (em kN) Prof. José Milton de Araújo - FURG 36 9o 8o 7o 6o 5o 4o 3o 2o 0 25,75m 3, 35 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2, 80 2,94 4,45m P18 P15 P11 1,47 kN Pórtico da direção y (2 vezes) P8 P4 P1 2,12 4,45 2,94 1,77 1,77 1,77 1,77 1,77 1,77 1,77 1,77 Fig. 6.4.2 – Forças equivalentes ao desaprumo nos pórticos de contraventamento da direção y (em kN) Prof. José Milton de Araújo - FURG 37 6.6 – Análise dos pórticos de contraventamento sob a ação combinada das cargas verticais e da força do vento Combinações últimas das ações (ver cap. 2 do Volume 1): Ações permanentes: kg = cargas verticais permanentes atuando nas vigas, além do peso próprio dos pilares; kH = forças horizontais equivalentes ao desaprumo, dadas nas figuras 6.4.1 e 6.4.2. Ações variáveis: kq = cargas verticais acidentais atuando nas vigas; kW = forças do vento indicadas nas figuras 6.3.2 e 6.3.3. Prof. José Milton de Araújo - FURG 38 Combinação 1: a carga acidental é a ação variável principal kkkkd WxqHgF 6,04,14,14,14,1 +++= (6.6.1) Lembrando que kkk qgP += representa a soma das cargas verticais características, resulta ( )kkkd WHPF 6,04,1 ++= (6.6.2) Combinação 2: o vento é a ação variável principal kkkkd WqxHgF 4,15,04,14,14,1 +++= (6.6.3) Substituindo kkk gPq −= , resulta ( )[ ]kkkkd WHgPF +++= 5,04,1 (6.6.4) Prof. José Milton de Araújo - FURG 39 Relações aproximadas para os edifícios residenciais: kk gq 15,0≅ ; 15,1kk Pg = A equação (6.6.4) pode ser escrita na forma ( )kkkd WHPF ++= 93,04,1 (6.6.5) Procedimento válido para análise linear: Determinar os esforços solicitantes para as cargas de serviço. O coeficiente 4,1=fγ é introduzido da hora do dimensionamento. Combinações últimas das ações: valores característicos Combinação 1: a carga acidental é a ação variável principal kkkk WHPF 6,0++= (6.6.6) Prof. José Milton de Araújo - FURG 40 Como uma simplificação, pode-se efetuar uma análise separada para as forças horizontais (como pórticos planos) e para as cargas verticais (como vigas contínuas). Toda a análise apresentada está disponível no PACON. Combinação 2: o vento é a ação variável principal ( ) kkkkk WHgPF +++= 5,0 (6.6.7) ou, simplificadamente para os edifícios residenciais, kkkk WHPF ++= 93,0 (6.6.8) Uma vez que a estrutura é indeslocável, os esforços podem ser determinados considerando ccs IE para vigas e pilares. Prof. José Milton de Araújo - FURG 41 120 98 103 126 108 98 86 73 59 44 29 14 13 5 26 19 39 33 51 46 63 59 74 72 84 84 93 96 112 99 85 70 55 40 23 9 + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + P1 P2 P3 Momentos fletores em kNm Sentido do vento Fig. 6.6.1 - Momentos fletores nas vigas do pórtico 1 da direção x (devidos a Wk) Prof. José Milton de Araújo - FURG 42 66 98 104 69 57 53 48 42 35 28 21 14 18 31 14 44 28 56 41 68 54 79 67 90 78 101 89 59 54 47 41 34 26 18 9 + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + P1 P2 P3 Momentos fletores em kNm - - - - - - - - - 103 53 51 45 38 31 24 16 9 - - + + + + + + + + + 118 104 57 53 45 38 30 22 14 5 Sentido do vento Fig. 6.6.2 - Momentos fletores nos pilares do pórtico 1 da direção x (devidos a Wk) Prof. José Milton de Araújo - FURG 43 5,7 4,7 4,9 6,0 5,0 4,4 3,7 3,1 2,4 1,7 1,1 0,5 0,5 0,1 1,0 0,6 1,5 1,3 2,1 1,9 2,7 2,5 3,2 3,1 3,8 3,8 4,3 4,5 5,2 4,4 3,7 3,0 2,2 1,5 0,8 0,3 + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + P1 P2 P3 Momentos fletores em kNm Sentido do desaprumo Fig. 6.6.7 - Momentos fletores nas vigas do pórtico 1 da direção x (devidos a Hk) Prof. José Milton de Araújo - FURG 44 3,3 4,8 4,8 3,4 2,7 2,4 2,1 1,8 1,5 1,1 0,8 0,5 0,6 1,2 0,5 1,7 1,0 2,3 1,6 2,8 2,2 3,5 2,8 4,1 3,4 4,8 4,0 2,8 2,5 2,1 1,8 1,4 1,0 0,7 0,3 + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + + P1 P2 P3 Momentos fletores em kNm - - - - - - - - - 5,0 2,5 2,3 1,9 1,6 1,3 0,9 0,6 0,3 - - + + + + + + + + + 5,8 5,1 2,6 2,4 2,0 1,6 1,2 0,8 0,5 0,1 Sentido do desaprumo Fig. 6.6.8 - Momentos fletores nos pilares do pórtico 1 da direção x (devidos a Hk)
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