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RESENHA Reflexões sobre psicologia jurídica e seu panorama no Brasil

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UNOCHAPECÓ 
Área De Ciências Humanas E Jurídicas 
Curso: Direito 
Componente Curricular: Psicologia Jurídica 
Professora: Aquila Araujo Gonçalves Rodrigues 
Acadêmico: Ricardo Metz Weitz e Stefani P. Ferreira Da Silva 
 
Resenha 
Reflexões Sobre Psicologia Jurídica E Seu Panorama No Brasil 
 
A Psicologia Jurídica, também chamada de Psicologia Forense, é uma 
especialidade da Psicologia que emerge na atualidade. Todavia, principalmente no Brasil, 
ainda há poucas fontes bibliográficas sobre esse ramo da Psicologia. 
Entendemos que a Psicologia Jurídica é uma que ciência que trabalha 
os processos mentais e o estudo do comportamento que vêm por se encaixar no âmbito 
jurídico, ajudando nos tribunais e também fora deles. Segundo Popolo (1996, p.21), a 
Psicologia Jurídica é o estudo de comportamentos complexos e significativos, para fins 
de descrição, análise, compreensão, crítica e outras ações sobre os indivíduos, em função 
do fator jurídico. 
Para Popolo o indivíduo pode ser examinado em diferentes campos, 
porém com a mesma perspectiva psicológica, podendo analisar o comportamento de 
diferentes formas e contextos. Como exemplo, é este motivo é importante que os 
profissionais, peritos, reconheçam seus limites do conhecimento, pois a perícia é 
produzida pela percepção de um fragmento da realidade, ou seja, não representa o 
indivíduo em um todo, é fundamental a compreensão de todos os pontos, até mesmo nos 
aspectos biológicos, históricos e de personalidade. 
França destaca em seu artigo que tanto o Direito quanto a Psicologia 
possuem uma concepção positivista do homem. Todavia, ao menos quanto à Psicologia, 
a autora discorda dessa concepção. Considerando que o todo comportamental foge aos 
códigos, não é apenas o estudo do comportamento que deve ser levado em consideração, 
mas também outras diversidades, como o inconsciente, a personalidade, identidade, entre 
outros que também são importantes. A autora tem por vista que a consequência das ações 
jurídicas sobre indivíduo devem ser seu objeto de estudo. 
O profissional da psicologia jurídica deve ir além da realização de 
perícias. Pode fazer orientações e acompanhamentos buscando contribuir com políticas 
relacionadas à prevenção dos conflitos. O comportamento do indivíduo não deve ser o 
único escopo de estudo da Psicologia, que deve também se debruçar sobre o inconsciente, 
a personalidade, a identidade, entre outros. Em relação ao comportamento, a Psicologia 
Jurídica pode fazer o caminho inverso e estudar, além do comportamento do indivíduo 
explicado de acordo com a necessidade jurídica, também as consequências da prática 
jurídica sobre a subjetividade. 
Para a autora, não há problema em usar a Psicologia para contribuir no 
mundo jurídico. Todavia, o que não pode acontecer é estagnar a Psicologia Jurídica como 
um simples acessório do Direito. Ressalta-se que, como uma ciência autônoma, esta deve 
ultrapassar os estreitos questionamentos jurídicos. O que deve ocorrer é um diálogo entre 
os dois ramos do conhecimento, visto que se relacionam e se auxiliam. 
A psicologia jurídica divide-se da seguinte maneira em Psicologia do 
Menor, melhor chamada hoje em dia de Psicologia da Infância e Juventude, considerando 
a estigma que o termo “menor” carrega; Psicologia Jurídica e o Direito de Família, que, 
como regra, envolve perícia em conflitos familiares; Psicologia Jurídica e Direito Cível; 
Psicologia Jurídica e Direito do Trabalho; Psicologia Jurídica e Direito Penal; Psicologia 
Judicial ou do Testemunho; Psicologia Penitenciária; Psicologia Policial e das Forças 
Armadas; Vitimologia, importantíssima nos casos de violência doméstica contra a 
mulher, e Mediação. Quanto a essa, cabe ressaltar o espaço significativa que vem 
ganhando nos processos judiciais, visto que dá a possibilidade de as próprias partes 
solucionar seu conflito, com ajuda de um terceiro imparcial que será o mediador. 
Por fim, a autora destaca o grande espaço que a Psicologia Jurídica tem 
para crescer no Brasil. Considerando que a maioria dos psicólogos jurídicos atuam nos 
setores mais tradicionais, resumindo-se naqueles envolvendo infância e juventude, 
família e psicologia penitenciária, há grande necessidade de desenvolver áreas mais 
recentes, como as que envolvem proteção a testemunhas, os magistrados, os direitos 
humanos, as autópsias, entre outros. O fato é que a Psicologia Jurídica necessita não só 
do aumento do número de profissionais, mas também na qualidade do trabalho 
desenvolvido por eles e na produção e publicação de conhecimento, buscando enriquecer 
o valor científico da ciência e lhe dar mais eficiência prática. 
 
 
Referências: 
FRANÇA, Fátima. Reflexões sobre Psicologia Jurídica e seu panorama 
no Brasil. Psicologia Teórica e Prática, São Paulo - SP, 6 (I), 73-80, 2004.

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