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PSICOLOGIA JURIDICA

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13/10/2020 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=484C203A244FB5F19DC2C671017D5F665AF593C456DDA5EE2522A06389072295C… 1/14
Psicologia Judiciária
Aula 1 - O papel do Psicólogo no contexto jurídico
INTRODUÇÃO
A Psicologia no contexto jurídico fundamenta-se no percurso histórico de um conjunto de intervenções especializadas no âmbito das necessidades do
Estado de Direito, por meio da aplicação de determinados princípios psicológicos e métodos periciais na investigação de testemunhos, avaliação de
per�s e processos psicopatológicos e no entendimento de fenômenos psicológicos instalados ou manifestados nas relações das pessoas com a Justiça
e com as instituições judiciárias.
Dar relevância a esses dados históricos é importante para desenvolvermos uma re�exão sobre a prática pro�ssional da Psicologia junto às instituições
do Direito e sobre as mudanças que têm ocorrido, principalmente, após 1980, indicando novas perspectivas para o decorrer do século XXI.
Destaca-se a necessidade de conhecer determinadas terminologias da área jurídica e a importância de um trabalho interdisciplinar, junto a advogados,
juízes, promotores, assistentes sociais e sociólogos. Esse é o grande desa�o da psicologia jurídica: não �car limitada aos conhecimentos advindos da
ciência psicológica e trocar conhecimentos com ciências a�ns, buscando redimensionar a compreensão do agir humano, considerando os aspectos
legais, afetivos e comportamentais.
Nesta aula, estudaremos a inserção do psicólogo no contexto jurídico. A Psicologia é de grande relevância ao ordenamento jurídico brasileiro, pois visa
obter maior compreensão do comportamento do ser humano, para melhorar a solução dos litígios no contexto jurídico. Apresentaremos a história da
inserção da Psicologia junto ao Direito, de uma forma geral e contextualizada no Brasil. Serão abordadas as atribuições do psicólogo nesta área,
determinadas pelo Conselho Federal de Psicologia e que não mais estão restritas à avaliação psicológica.
OBJETIVOS
13/10/2020 Disciplina Portal
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Compreender a história da inserção da Psicologia junto ao Direito.
Conhecer o percurso da Psicologia jurídica no Brasil.
Identi�car as atribuições do psicólogo jurídico, determinadas pelo Conselho Federal de Psicologia.
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PRIMÓRDIOS DA PSICOLOGIA JURÍDICA
Vamos relembrar um pouco de História. Da Idade Média (glossário) ao século XVIII vão sendo construídos os ideais liberais da sociedade burguesa, que
vão constituir os princípios do Direito Moderno - homem, sujeito da razão, livre e igual aos demais.
O processo de fragmentação desse mundo, processo especí�co das sociedades ocidentais - constrói novas explicações para o mundo que vão superar
os signi�cados dados pela religião. Surge o mundo moderno que quebra a tradição que se fundamenta na religião e nas posições estáveis. O mundo é
dinâmico, é um mundo em movimento. O homem é, agora, um ser moral, independente, autônomo, senhor do livre-arbítrio. Ele é um sujeito jurídico,
portador da razão, que estabelece suas relações com os outros a partir de contratos sociais. A visão de mundo tem como eixo central o individualismo.
(glossário)
 
O Homem Vitruviano - Leonardo da Vinci - Acervo da Galeria Accademia - Veneza.
Fonte:
A obra de Leonardo da Vinci “Homem Vitruviano”, é considerada um símbolo do humanismo pois valoriza o homem em primeiro lugar, e isso é uma
característica muito importante do humanismo, e também retrata como o homem é puro.
O indivíduo-cidadão é sujeito da razão. Livre-arbítrio e razão se interligam. No entanto, a a�rmação da igualdade, que é parte da natureza humana
redescoberta, produz a necessidade de pensar as diferenças. Mesmo que a igualdade jurídica esteja garantida, a diferença entre os indivíduos reside na
sua interioridade. Portanto, temos dois entendimentos da natureza humana. Um, como razão, que a�rma a igualdade entre os homens, possibilitando a
Fonte: Maisei Raman / Shutterstock, Denis Cristo / Shutterstock e MarijaPiliponyte / Shutterstock
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vida em sociedade; outro, aponta uma desigualdade que está fora da sociedade, é biológica.
 
 
 
Sentavio / Shutterstock, etraveler / Shutterstock e Michele Paccione / Shutterstock
Com a primazia do conhecimento biológico, busca-se explicar aquilo que está além da sociedade, possibilitando até explicar os comportamentos
humanos. Nesta época, aparecem estudos importantes como a Frenologia (glossário) de Gall e a Antropologia Criminal de Cesare Lombroso (glossário),
a�rmando que a criminalidade era um fenômeno hereditário.
A Psiquiatria, estudo sobre a loucura, com Pinel (glossário) (foto), no século XVIII, ganha um espírito iluminista que, ao longo do século XIX, agrega o seu
conhecimento às teorias da degenerescência, que ligam a loucura individual à degeneração racial.
 
Fonte: Wikipedia
Atenção
, A esse conceito de degeneração junta-se a explicação dos distúrbios morais, que explicam os atos desviantes da norma social. Há uma disputa entre os saberes
médico e jurídico, segundo Foucault (1996). Há uma psiquiatrização do crime porque obtém-se a verdade jurídica a partir do exame do criminoso, de suas motivações
e intenções. Esse exame toma o lugar do testemunho do criminoso, que passa a ser secundário ao conhecimento especializado. Surgem, também, diferentes maneiras
para organizar a individualidade humana, como o exame, a medida, a análise e a classi�cação.
Nesse contexto cientí�co, surgem algumas ciências, entre elas, a Psicologia, que apresenta fronteiras entre a Filoso�a e a Biologia.
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Tetiana Savaryn / Shutterstock
Para ler mais sobre a trajetória cientí�ca da psicologia, clique aqui. (glossário)
PSICOLOGIA DO TESTEMUNHO
Nenhum testemunho é perfeito, mas por meio dos instrumentos de análise psicológica é possível avaliar certo grau de �dedignidade do relato da
testemunha através dos seguintes fatores:
Percepção
 
 
Abert / Shutterstock, WEB-DESIGN / Shutterstock, Fomalgaut / Shutterstock, vladwel / Shutterstock, siridhata / Shutterstock e Design Seed / Shutterstock
Memória
Decorrente de condições orgânicas, estado do observador, crenças, novas informações, emoções dolorosas e repressão. O estado emocional interfere na
lembrança da memória da seguinte maneira:
 
 
LighteniR / Shutterstock, e EgudinKa / Shutterstock
Outros fatores dizem respeito à expressão dos fatos que podem estar ligados à falta de inteligência verbal, ao ambiente da sala de audiência, aos tipos
de perguntas e à linguagem usada pelo interrogador. Embora a testemunha não deva fazer juízos de valor sobre os fatos, vários processos, na maioria
inconscientes, interferem na percepção, armazenamento e exteriorização das informações.
Esses diversos fatores, entre outros que não foram contemplados aqui, de ordem psicológica, in�uenciam diretamente na qualidade do testemunho.
Todo evento presenciado passa pelo �ltro interpretativo de cada pessoa e é composto por seus conhecimentos prévios, sentimentos e expectativas. E as
interferências não param por aí.
De acordo com o que você acabou de ler, responda:
Os comentários de outras pessoas sobre o acontecimento, a mídia e/ou novas informações podem interferir na qualidade do testemunho de uma
pessoa?
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON866/galeria/aula1/docs/a01_03_01.pdf
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Resposta Correta
Ao Direito interessa a realidade efetiva dos fatos, mas nem sempre ocorre uma relação direta com a realidade psíquica das testemunhas. Um mesmo
fato pode gerar diferentes interpretações, porque cada indivíduo possui uma forma particular de entender o mundo. O que a mente percebe e retém dos
acontecimentos depende de fatores internos e externos, que são:
Fatores internos
O próprio aparelho sensorial de cada pessoa e os conteúdos emocionais dos indivíduos que, em grande parte, escapam à
sua consciência.
Fatores externos
Como os contextos social e cultural, se combinam com aqueles fatores internos para formar a realidade psíquica de cada
um.
Estudos acerca dos sistemas de interrogatório, os fatos delitivos, a detecção de falsos testemunhos, as amnésias simuladas e os testemunhos de
crianças impulsionaram a ascensão da então denominada Psicologia do Testemunho (GARRIDO, 1994).
É importante entender que esses fatos não invalidam a utilização dos instrumentos de análise psicológica para que possam favorecer a compreensão da
verdade perseguida pelo Direito. Embora a prova testemunhal seja o meio mais inseguro, em muitos processos ela se constitui o principal fundamento da
decisão que resolve a controvérsia.
Nesse sentido, é fundamental que os pro�ssionais do Direito possam entender a extensão com que ocorrem as interferências emocionais sobre o
testemunho, aumentando as chances de melhor atuação com as testemunhas, obtendo delas um relato que seja mais próximo possível da realidade.
PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL
 
 
Andrew Krasovitckii / Shutterstock
Fonte: Cozy nook / Shutterstock
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Atenção
, Em relação à área acadêmica, cabe citar que a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi pioneira em relação à Psicologia Jurídica. Foi criada, em 1980,
uma área de concentração dentro do curso de especialização em Psicologia Clínica, denominada “Psicodiagnóstico para Fins Jurídicos”. Seis anos mais tarde, passou
por uma reformulação e tornou-se um curso independente do Departamento de Clínica, fazendo parte do Departamento de Psicologia Social (ALTOÉ, 2001), sendo
denominado de Psicologia Jurídica.
ATRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO JURÍDICO NO BRASIL
Para que você conheça o trabalho do psicólogo jurídico no Brasil é preciso entender que nesta área há uma predominância das atividades de confecções
de laudos, pareceres e relatórios, pressupondo-se que compete a essa Psicologia uma atividade primordialmente avaliativa e de subsídio aos
magistrados.
Agora, responda:
O psicólogo, ao concluir o processo da avaliação, pode levantar propostas para os con�itos apresentados?
Sim
Não
Justi�cativa
O psicólogo pode determinar os procedimentos jurídicos que deverão ser tomados?
Sim
Não
Justi�cativa
O psicólogo pode sugerir e/ou indicar possibilidades de solução da questão apresentada pela situação judicial?
Sim
Não
Justi�cativa
Entretanto, nem sempre o trabalho do psicólogo jurídico está ligado à questão da avaliação e consequente elaboração de documentos, conforme é
estabelecido pelo documento denominado Atribuições Pro�ssionais do Psicólogo no Brasil que foi uma contribuição do Conselho Federal de Psicologia
ao Ministério do Trabalho para integrar o Catálogo Brasileiro de Ocupações, enviado em 17 de outubro de 1992 e válido até hoje. Vejamos:
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1. Assessora na formulação, revisão e execução de leis. 
2. Colabora na formulação e implantação das políticas de cidadania e direitos humanos. 
3. Realiza pesquisa visando a construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do Direito. 
4. Avalia as condições intelectuais e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em conexão processos jurídicos, seja por de�ciência
mental e insanidade, testamentos contestados, aceitação em lares adotivos, posse e guarda de crianças ou determinação da
responsabilidade legal por atos criminosos. 
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5. Atua como perito judicial nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho, da família, da criança e do adolescente, elaborando laudos,
pareceres e perícias a serem anexados aos processos. 
6. Elabora petições que serão juntadas ao processo, sempre que solicitar alguma providência, ou haja necessidade de comunicar-se com o
juiz, durante a execução da perícia. 
7. Eventualmente participa de audiência para esclarecer aspectos técnicos em Psicologia que possam necessitar de maiores informações a
leigos ou leitores do trabalho pericial psicológico (juízes, curadores e advogados). 
8. Elabora laudos, relatórios e pareceres, colaborando não só com a ordem jurídica como com o indivíduo envolvido com a Justiça, através da
avaliação das personalidades destes e fornecendo subsídios ao processo judicial quando solicitado por uma autoridade competente,
podendo utilizar-se de consulta aos processos e coletar dados considerar necessários a elaboração do estudo psicológico. 
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9. Realiza atendimento psicológico através de trabalho acessível e comprometido com a busca de decisões próprias na organização familiar
dos que recorrem a Varas de Família para a resolução de questões. 
10. Realiza atendimento a crianças envolvidas em situações que chegam às Instituições de Direito, visando a preservação de sua saúde
mental, bem como presta atendimento e orientação a detentos e seus familiares. 
11. Participa da elaboração e execução de programas sócio educativos destinados a criança de rua, abandonadas ou infratoras. 
12. Orienta a administração e os colegiados do sistema penitenciário, sob o ponto de vista psicológico, quanto as tarefas educativas e
pro�ssionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais. 
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13. Assessora autoridades judiciais no encaminhamento à terapias psicológicas, quando necessário. 
14. Participa da elaboração e do processo de Execução Penal e assessorar a administração dos estabelecimentos penais quanto a
formulação da política penal e no treinamento de pessoal para aplicá-la. 
15. Atua em pesquisas e programas de prevenção à violência e desenvolve estudos e pesquisas sobre a pesquisa criminal, construindo ou
adaptando instrumentos de investigação psicológica. 
DOCUMENTOS ELABORADOS PELO PSICÓLOGO
Para �nalizarmos nosso conhecimento da Psicologia aplicada ao Direito, muito falamos sobre as avaliações que se tornaram, durante muito tempo, uma
prática extremamente valorizada em relação ao trabalho do psicólogo.
O processo de avaliação psicológica utiliza-se dos instrumentais técnicos:
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Artistdesign13 / Shutterstock
Atenção
, Estes se con�guram como métodos e técnicas psicológicas para a coleta de dados, estudos e interpretações de informações a respeito das pessoas ou grupos
atendidos. É importante que você saiba que as avaliações e seus documentos formam procedimentos gerais da prática psicológica. Na área Jurídica, os documentos
elaborados pelo psicólogo são considerados como “provas” processuais, isto é, elementos que corroboram para a elucidação de controvérsias e para decisões
judiciais.
A Resolução 007 de 2003 (glossário), do Conselho Federal de Psicologia, instituiu o Manual de Elaboração de Documentos Escritosproduzidos pelo
psicólogo. É claro que o pro�ssional ligado à área do Direito não terá de saber sobre a elaboração destes documentos, no entanto é recomendado que
tenha conhecimento da existência destes documentos e sua utilização, para que possa, nos casos em que atua e se for necessário, solicitar ao psicólogo
o documento mais pertinente. Vamos estudar, resumidamente, cada um destes documentos.
DECLARAÇÃO
É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionados ao atendimento
psicológico, com a �nalidade de declarar: 
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando necessário; 
b) Acompanhamento psicológico do atendido; 
c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou horários).
ATESTADO PSICOLÓGICO
É um documento expedido pelo psicólogo que certi�ca uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como
�nalidade a�rmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com �ns de: 
a) Justi�car faltas e/ou impedimentos do solicitante; 
b) Justi�car estar apto ou não para atividades especí�cas, após realização de um processo de avaliação psicológica,
dentro do rigor técnico e ético que subscreve esta Resolução; 
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na a�rmação.
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas
determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo
documento, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas,
dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial
técnico-�losó�co e cientí�co adotado pelo psicólogo.
PARECER
É um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser
indicativo ou conclusivo.
O parecer tem como �nalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de
uma avaliação especializada, de uma “questão-problema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão,
sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
Para �nalizarmos o assunto desta aula, clique aqui (galeria/aula1/docs/a01_08_02.pdf) e leia a entrevista com a 
Professora Doutora em Psicologia Elsa de Mattos, professora de Psicologia Jurídica 
e consultora da PsicoJuris - Núcleo de Psicologia Jurídica.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON866/galeria/aula1/docs/a01_08_01.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON866/galeria/aula1/docs/a01_08_02.pdf
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ATIVIDADE
Concurso de Provas e Títulos para Concessão do Título de Especialista em Psicologia e seu respectivo registro - CFP - 2010
Psicologia e Direito, apesar de terem um mesmo objeto de interesse, divergem quanto aos métodos de aproximação e compreensão do comportamento
humano (Rovinski, 2007).
Avalie as seguintes a�rmativas quanto às diferenças de paradigmas entre estas duas disciplinas.
I. O Direito necessita trabalhar com o conceito de livre-arbítrio, enquanto a Psicologia estuda os determinismos da conduta. 
II. Juristas necessitam trabalhar com graus de certeza sobre a previsibilidade de conduta que a Psicologia não consegue oferecer. 
III. O pluralismo das teorias psicológicas favorece a integração com o Direito, pois possibilita diferentes opções de interpretação da conduta. 
IV. Psicologia e Direito diferem em relação a seus propósitos, cabendo ao Direito a proteção da ordem pública.
Assinale a resposta correta:
Todas as a�rmações.
Apenas as a�rmações I, II e III.
Apenas as a�rmações I, II e IV.
Apenas as a�rmações I e II.
Nenhuma das a�rmações.
Justi�cativa
Glossário
IDADE MÉDIA
A Idade Média é um período da história da Europa entre os séculos V e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e termina durante a transição para a
Idade Moderna. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Média (https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Média) Acesso em: 11 mar. 2017.
INDIVIDUALISMO
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia
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Individualismo é um conceito político, moral e social que exprime a a�rmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou ao Estado. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Individualismo (https://pt.wikipedia.org/wiki/Individualismo) Acesso em: 11 mar. 2017.
FRENOLOGIA
Frenologia (do Grego: φρήν, phrēn, "mente"; e λόγος, logos, "lógica ou estudo") é uma teoria que reivindica ser capaz de determinar o caráter, características da
personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça (lendo "caroços ou protuberâncias"). Desenvolvido por médico alemão Franz Joseph Gall por volta de
1800, e muito popular no século XIX, está agora desacreditada e classi�cada como uma pseudociência. A Frenologia, contudo, recebeu crédito como uma protociência
por contribuir com a ciência médica com as ideias de que o cérebro é o órgão da mente e áreas especí�cas do cérebro estão relacionadas com determinadas funções
do cérebro humano. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Frenologia (https://pt.wikipedia.org/wiki/Frenologia) Acesso em: 11 mar. 2017.
CESARE LOMBROSO
É creditado como sendo o criador da antropologia criminal e suas ideias inovadoras deram nascimento à Escola Positiva de Direito Penal, mais precisamente à que se
refere ao positivismo evolucionista, que baseava sua interpretação em fatos e investigações cientí�cas. Lombroso ansiou detectar as causas da criminalidade, e o fez
através de pesquisas cientí�co-empíricas das características físicas, �siológicas e psicológicas do indivíduo criminoso. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cesare_Lombroso (https://pt.wikipedia.org/wiki/Cesare_Lombroso) Acesso em: 11 mar. 2017.
PHILLIPPE PINEL
Considerado por muitos o pai da psiquiatria. Notabilizou-se por ter considerado que os seres humanos que sofriam de perturbações mentais eram doentes e que ao
contrário do que acontecia na época, deviam ser tratados como doentes e não de forma violenta. Foi o primeiro médico a tentar descrever e classi�car algumas
perturbações mentais, demência precoce ou esquizofrenia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Philippe_Pinel (https://pt.wikipedia.org/wiki/Philippe_Pinel)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Individualismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Frenologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cesare_Lombroso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Philippe_Pinel

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