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Rivisão bibliográfica avaliação andrológica

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 GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ 
 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ 
 CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA EM ANIMAIS 
DOMÉSTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Corrente 
 2021 
 
 
 
 
 
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 GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ 
 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ 
 CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA 
 
 
 TASSIS CASTRO DOS SANTOS ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA EM ANIMAIS 
DOMÉSTICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Corrente-Pi 
 2021 
 
 
 
 
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 GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ 
 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ 
 CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA 
 
 
TASSIS CASTRO DOS SANTOS ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO ANDROLÓGICA EM ANIMAIS 
DOMÉSTICOS 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como pré-requisito para 
avaliação e obtenção de nota na disciplina de 
Reprodução Animal do Curso de Bacharelado 
em Zootecnia, da Universidade Estadual do 
Piauí – UESPI, Campus Jesualdo Cavalcanti. 
 Profa.: Me. Morgana Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corrente-Pi 
Fevereiro de 2021 
 
 
 
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 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ 
 CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA 
 
 
SUMÁRIO 
 Capa.................................................................................................................................1 
 Apresentação...................................................................................................................2 
 Contra capa......................................................................................................................3 
 Sumário...........................................................................................................................4 
 Indrodução.......................................................................................................................5 
1.1 Conceito............................................................................................................................5 
Desenvolvimento..............................................................................................................5 
2.1 Fases.................................................................................................................................5 
2.2 Coleta de sêmen................................................................................................................6 
2.3 Aspecto do sêmen.............................................................................................................7 
2.4 Motilidade........................................................................................................................7 
2.5 Vigor.................................................................................................................................8 
2.6 Concentração espermática................................................................................................8 
2.7 Morfologia........................................................................................................................9 
2.8 Envase..............................................................................................................................9 
 
 Considerações finais.........................................................................................................9 
 Referências.....................................................................................................................10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Introdução 
 
 Para realizar uma avaliação andrológica é necessário a presença de um técnico, capacitado e 
experiente, uma estrutura mínima na fazenda, incluindo o tronco de contenção, para animais de 
grande porte ou uma outra forma de conter o animal para a avaliação clínica especialmente quando 
se faz coleta de sêmen utilizando métodos que varia de espécie. A importância do exame 
andrológico está no impacto direto que os reprodutores têm sobre a fertilidade do animal. 
 A eficiência reprodutiva de animal é o principal motivo pelo qual necessita a realização do 
exame andrológico visando detectar qualquer problema que venha a impedir ou diminuir perdas na 
reprodução animal. O exame andrológico é uma ferramenta adequada para detectar e eliminar os 
bovinos machos estéreis e detetar, tratar ou eliminar os de fertilidade reduzida(M.V. Martins, et 
al.,2017). 
1.1 Conceito 
 O exame andrológico é um exame altamente específico, pois avalia tanto as condições 
clínicas gerais quanto as condições reprodutivas e deve ser realizado por médico veterinário. Pode 
ser dividido em duas etapas: exame clínico geral e exame específico. No exame clínico geral, 
avaliam-se as condições gerais de saúde, questiona-se o histórico do animal e os motivos pelo qual 
o exame está sendo realizado (exame de rotina ou existência de alguma queixa). No exame 
específico, avaliam-se os órgãos reprodutivos como testículos e epidídimos (inseridos na bolsa 
escrotal), glândulas anexas (por palpação retal), pênis e prepúcio (Embrapa gado corte – 2015). 
2. DESENVOLVIMENTO 
 2.1 Fases 
 Uma das primeiras fases do exame andrológico inicia-se no piquete onde o animal se 
encontra. A avaliação já começa durante o trajeto do animal ao se locomover. O animal só tem 
valor reprodutivo se conseguir cobrir a fêmea e produzir espermatozoides. Dessa forma, um dos 
primeiros parâmetros avaliados é o animal em movimento. Um animal com problema em se 
locomover pode-se identificar antes de conduzi-lo ao exame andrológico e tratar o suposto 
problema antes de realizar o exame. 
 O exame começa com a palpação dos testículos, do cordão espermático e do epidídimo do 
animal. Além da palpação, uma das fases mais importantes desse exame é a mensuração do 
tamanho testicular. Em ruminantes, por apresentarem testículo penduloso, em uma posição 
verticalizada, é possível através de uma única medida, a avaliação de circunferência escrotal, ter 
uma ideia de todo o volume do testículo do animal. 
 
 
 
 
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 Após a avaliação testicular, a segunda etapa é a avaliação das glândulas sexuais acessórias. O 
bovino tem a vesícula seminal como a principal glândula anexa do aparelho reprodutor. Ela quem 
produz boa parte do plasma seminal, que compõe o sêmen (mistura do plasma seminal com os 
espermatozoides). 
 Além da vesícula seminal, faz-se a palpação das ampolas dos ductos deferentes, que 
representam uma glândula sexual acessória muito menor em termos de dimensões, sendo um pouco 
mais difícil de ser palpada. Por outro lado, em situações em que essa glândula sofre algum processo 
patológico, é possível identificá-la através da palpação retal com bastante nitidez. 
 Outra etapa da avaliação clínica envolve a avaliação da região prepucial do animal, onde 
primeiramente se avalia o comprimento da prega prepucial. De uma maneira geral, não é 
interessante que os outros tenhamo prepúcio muito comprido, o que favorece as patologias de 
origem traumática, podendo gerar infecções. O ideal é que o animal tenha um prepúcio médio. 
(Educapoint) 
2.2 coleta de sêmen 
 O exame clínico-reprodutivo do animal, exames complementares - como a ultrassonografia 
testicular, a coleta de sêmen com vagina artificial, excitação mecânica ou eletroejaculação. São 
apresentados, com riqueza de detalhes, os aspectos físicos e morfológicos do sêmen, assim como as 
metodologias de coletas do sêmen, quais são e como quantificar os defeitos espermáticos, bem 
como seus impactos na fertilidade. 
 A utilização da vagina artificial corresponde à melhor técnica de colheita, pois simula a 
cópula natural; método utilizado para a maioria das espécies como bovinos, equinos, caprinos, 
ovinos, caninos, entre outros; vagina artificial é composta por um tubo rígido com válvula, mucosa 
de borracha, cone flexível e tubo de colheita, recoberto por capa de térmica; através da válvula do 
tubo coloca-se a água a temperatura de 39-45°C e regula-se a pressão; a temperatura interna deve 
estar entre 39 e 42°C; vantagens: obtêm sêmen de melhor qualidade e com menor risco de 
contaminação no ambiente; desvantagem: necessidade de treino para os machos doadores. 
 Utilização da eletroejaculação método consiste em induzir a passagem de uma corrente 
alternada pela medula ao nível da 4ª vértebra lombar, este estímulo produz a ejaculação; o 
eletroejaculador é inserido no reto, com eletrodos em forma de anéis ou longitudinais que irão 
promover a estimulação elétrica; a eletroejaculação é particularmente indicada para colheita de 
machos de diferentes espécies nos quais a colheita por vagina artificial não é possível; 
desvantagens: estresse no animal e maior diluição seminal quando comparado à colheita com 
vagina artificial (eletroejaculador aumenta a secreção das glândulas sexuais acessórias). 
 
 
 
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 Excitação mecânica foi um método utilizado por L. Spalanzani (1780) para a obtenção de 
sêmen de cão; a técnica consiste na excitação manual do corpo do pênis; mais utilizado em caninos 
e suínos; suínos → método da mão enluvada(O sêmen suíno é composto de três frações distintas: 
fração pré-espermática: translúcida; fração rica em espermatozoides: esbranquiçada e opaca; fração 
pós-espermática: translúcida) ; desvantagens: método restrito a animais mansos e treinados e 
oferece um risco potencial de contaminação do sêmen por sujidades do ambiente. 
 Outros métodos de coletas coma em aves por exemplo, massagem abdominal; camundongos 
retirada do epidídimo e ducto deferente e em peixes massagem abdominal. 
2.3 Aspecto do sêmen 
 Quanto ao aspecto e volume varia de acordo a espécie. A coloração uniforme e aparência 
opaca/cremosa (indica alta concentração espermática). O volume é utilizado para cálculo da dose 
espermática (estimativa do número total de células). 
Volume médio ejaculado: 
Bovino: 5 – 8 mL; 
Ovino: 0,8 – 1,2 mL; 
Caprino: 0,8 – 1,2 mL; 
Suíno: 150 – 200 mL; 
Equino: 60 – 100 mL; 
Galo: 0,2 – 0,5 mL. 
 Avaliação visual, na qual o aspecto pode ser classificado em aquoso, seroso, sero-leitoso 
leitoso e leitoso denso, sendo que essa classificação apresenta relação com a concentração 
espermática. O sêmen normal presenta uma coloração esbranquiçada ou acinzentada. A cor amarela 
apresenta infecção; vermelha apresenta hemácias e transparente indica pouca concentração de 
espermatozoides. O odor é característico do sêmen, independente da espécie, e o ph 6,8 a 7,8. 
Quanto ao aspecto e volume do sêmen, devem apresentar coloração uniforme e aparência 
opaca/cremosa. Este é o melhor indicativo da alta concentração espermática. O volume é utilizado 
para cálculo da dose espermática, estimando o número total de células. (IBS - Instituto 
BioSistêmico). 
 
2.4 Motilidade 
 Para avaliar motilidade e vigor do sêmen é necessário exame de motilidade que deve ser 
realizado em microscópio óptico, através de uma gota de sêmen entre lâmina e lamínula, com 
objetivo de avaliar a porcentagem de espermatozoides que estão em movimento. Sendo que para 
avaliação da motilidade total, é considerado um percentual de todos os espermatozoides que estão 
 
 
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se movimentando e para avaliação da motilidade progressiva, é considerado um percentual apenas 
dos espermatozoides que apresentam movimento retilíneo (WOELDERS, 1990). 
 Análise Computadorizada de Motilidade: 
 Sistema de Análise Espermática Computadorizado – CASA: 
Sistema automatizado (hardware e software) para visualizar e digitalizar imagens sucessivas dos 
espermatozoides; 
Processa, analisa e fornece informações da cinética individual das células e valores estatísticos; 
Têm sido propostos e aplicados na tentativa de minimizar os efeitos da avaliação subjetiva do 
sêmen. (Embrapa 2015) 
Estimativa subjetiva da viabilidade e qualidade espermática; 
Análise realizada em microscópio óptico; 
Avaliação pode ser dificultada em altas concentrações espermáticas; 
10 a 20µL de sêmen são colocados entre lâmina e lamínula; 
Motilidade: células móveis são contadas e estimado o percentual; 
Vigor: velocidade que as células atravessam o campo e formam ondas; 
Motilidade média do ejaculado é 70 a 90%. 
2.5 Vigor 
 O vigor é um parâmetro que avalia a qualidade e intensidade do movimento espermático, 
levando em consideração o tipo e a direção do movimento. O vigor é normalmente estabelecido 
com base em um uma variação de 0 a 5 e corresponde aos espermatozoides que, estão se 
movimentando progressivamente sempre levando em consideração a velocidade do movimento. 
(AX et al., 2004). 
2.6 Concentração espermática 
 As formas de avaliar a concentração espermática são poucas. Análise do formato, do 
tamanho do espermatozoide, de sua cauda e a peça intermediária que liga estas porções, entre elas 
estão: o espermiodensímetro, o espectrofotômetro e a câmara de Neubauer, sendo que essa ultima é 
a mais utilizada (BEARDEN & FUQUAY, 1997b). Pode ser determinada por hemocitômetro e 
espectrofotômetro. Sêmen deve ser diluído em formol salina ou água par a facilitar a contagem 
(10X - 100X); Rotineiramente é utilizada Câmara de Neubauer para contagem celular. 
Concentração média espermática milhões/mL : 
Bovino: 800 – 2000 x 106 sptz/mL; 
Ovino: 2000 – 6000 x 106 sptz/mL; 
Caprino: 2500 – 5000 x 106 sptz/mL; 
Suíno: 200 – 300 x 106 sptz/mL; 
 
 
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Equino: 150 – 300 x 106 sptz/mL; 
Galo: 3000 – 7000 x 106 sptz/mL. 
2.7 Morfologia 
 Onde é possível classificar os espermatozoides em normal e anormal, além de identificar a 
localização dessas alterações, que podem ser: defeito de peça intermediária, cauda enrolada, 
alterações no tamanho e formato da cabeça, presença de vacúolos e outras anomalias assim como a 
estimativa do percentual de células normais e das patológicas. 
Amostra é diluída e conservada em formol salina. 
Avaliação através de esfregaço e coloração (Hematoxilina-eosina ou Giemsa, Rosa de Bengala). 
100 a 200 sptz devem ser avaliados. 
Espermatozoides morfologicamente normais: 
Bovino: 65 – 95%; 
Ovino: 80 – 95%; 
Caprino: 80 – 95%; 
Suíno: 70 – 90%; 
Equino: 60 – 90%; 
Galo: 85 – 90%. 
2.8 Envase 
 É uma biotécnica da reprodução que tem por finalidade realizar a avaliação e processamento 
do sêmen de um determinado reprodutor para congelação, envase e posterior uso em I.A. Divide-se 
em: coleta de sêmen; avaliaçãodo sêmen quanto a cor, odor, volume, aspecto, ph, turbilhonamento; 
lavagem do sêmen; diluição do sêmen; envasamento; congelamento do sêmen e posteriormente, o 
descongelamento do sêmen para realizar a inseminação de fato. 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 No entanto, o exame andrológico é altamente específico, pois avalia tanto as condições clínicas 
gerais quanto as condições reprodutivas. E mostra o quão importante o acompanhamento de um 
técnico qualificado em um sistema de reprodução animal. 
 
 
 
 
 
 
 
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 REFERÊNCIAS: 
WOELDERS, H. Overview of in vitro methods for evaluation of semen quality. Reproduction in 
Domestic Animals. Supplement. v. 1, p. 145-164. 1990. 
X, R. L.; DALLY, M. R.; DIDION, B.A.; LENZ, R. W.; LOVE, C.C.; VARNER, D. D.; HAFEZ, 
B.; BELLIN, M. E.; Avaliação do Sêmen. In: HAFEZ, E.S.E.; HAFEZ, B. Reprodução Animal. 
7º ED. Barueri: Manole, 2004. Cap.25, p. 369-379. 
BEARDEN, H.J.; FUQUAY, J.W. Semen evaluation. In: BEARDEN, H.J.; FUQUAY, J.W. 
Applied Animal Reproduction. 4th Ed.New Jersey: Prentice Hall, Cap. 15, p.159-170,1997b. 
M.V. MARTINS, J. VÁRSEA RODRIGUES, S. DUARTE e J.N. CARVALHO. Baixa fertilidade 
em touros no interior centro e sul de Portugal (Resultados de exames andrológicos em bovinos). 
Sociedade de ciências agrárias de Portugal.

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