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Relações de Coordenação e Subordinação na Oração

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Aula 05
Português p/ IBGE - Temporários
(Recenseador) Com Videoaulas -
Pós-Edital
Autor:
Décio Terror Filho
Aula 05
10 de Março de 2020
05680807343 - Katia Marylia Gomes Monteiro Mota
 
 
 
 
 
1 
 
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ENTRE 
TERMOS DA ORAÇÃO. EMPREGO DOS SINAIS DE 
PONTUAÇÃO. 
Sumário 
1 – Princípios Gramaticais ................................................................................................................................................ 2 
2 – Estrutura básica da oração ........................................................................................................................................... 4 
1 - Regência .................................................................................................................................................................. 6 
3 – Diferença entre subordinação e coordenação dos termos.......................................................................................... 10 
2 – Objeto direto e Objeto indireto ............................................................................................................................. 12 
2.2.1 Objeto direto .................................................................................................................................................. 12 
2.2.3 Objeto indireto ............................................................................................................................................... 18 
3 - Predicativo ............................................................................................................................................................. 22 
4 – Complemento nominal .......................................................................................................................................... 29 
2.4.1 Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal .................................................................. 30 
5 – Agente da passiva .................................................................................................................................................. 38 
6 - Aposto .................................................................................................................................................................... 39 
7 - Vocativo ................................................................................................................................................................. 48 
8 – Adjunto adverbial .................................................................................................................................................. 49 
9 – Pontuação com adjunto adverbial “solto” ............................................................................................................. 57 
1.3.2 Pontuação com adjunto adverbial “solto” ...................................................................................................... 57 
10 – Palavras denotativas ............................................................................................................................................ 65 
4 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................................................................ 77 
5 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................................... 79 
6 – Gabarito ................................................................................................................................................................... 103 
Décio Terror Filho
Aula 05
Português p/ IBGE - Temporários (Recenseador) Com Videoaulas - Pós-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
1326852
05680807343 - Katia Marylia Gomes Monteiro Mota
 
 
 
 
 
2 
 
 
Olá, pessoal! 
Nesta aula, falaremos das classes de palavras! 
Mas, para entendermos as classes de palavras, vamos observar alguns princípios gramaticais. 
1 – PRINCÍPIOS GRAMATICAIS 
A gramática normativa divide-se em três estruturas básicas: a morfologia, a sintaxe e a semântica. 
 O valor semântico é o sentido que o vocábulo terá no contexto da frase. A base de seu estudo são os 
sinônimos (mesmo sentido), antônimos (sentido oposto), polissemia (palavra de vários sentidos), sentido 
figurado, figuras de linguagem etc. 
A morfologia é tudo que norteia o vocábulo em si: a fonologia (som da palavra), a estrutura da 
palavra, a ortografia, a acentuação gráfica e as classes de palavras. Estas classes são os nomes dos vocábulos 
dentro de uma frase. Esses vocábulos podem ser: 
a) substantivo (dá nome aos seres); 
b) artigo (determina o substantivo); 
c) adjetivo (caracteriza o substantivo); 
d) advérbio (modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio); 
e) pronome (substitui ou acompanha um termo substantivo); 
f) verbo (transmite processos, como ação, atividade intelectual, desejo, etc); 
g) conjunção (liga orações ou palavras); 
h) preposição (liga orações, palavras ou inicia complementos); 
i) numeral (quantifica, ordena, multiplica ou divide os seres); 
j) interjeição (marca exclamações). 
Essas classes de palavras normalmente ocupam uma função sintática, que é o seu desempenho 
dentro de uma oração. 
Uma classe gramatical pode desempenhar várias funções sintáticas, dependendo do contexto em que 
é inserida. Um substantivo, por exemplo, pode desempenhar as funções de sujeito, objeto direto, objeto 
indireto, complemento nominal, predicativo, vocativo, aposto, agente da passiva. Já um adjetivo pode, além 
das funções de predicativo e aposto, desempenhar a de adjunto adnominal. O advérbio ocupa unicamente 
a função de adjunto adverbial. Das classes gramaticais, as que não possuem funções sintáticas são o verbo, 
a conjunção, a preposição e a interjeição. 
 
Veja um quadro que estrutura melhor essa explicação: 
Décio Terror Filho
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3 
 
Classe de Palavras Função sintática 
 
 
 
Substantivo 
 
 
 
(valor substantivo) 
 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
 
Adjetivo 
 
(valor adjetivo) 
Aposto 
Adjunto adnominal 
Predicativo 
Artigo (valor adjetivo) Adjunto adnominal 
Pronome 
 
 
 
(valor substantivo) 
 
 
 
 
 
(valor adjetivo) 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
Aposto 
Adjunto adnominal 
Predicativo 
Numeral 
 
 
 
(valor substantivo) 
 
 
 
 
 
(valor adjetivo) 
Núcleo do sujeito 
Núcleo do objeto direto 
Núcleo do objeto indireto 
Núcleo do complemento nominal 
Núcleo do aposto 
Núcleo do predicativo 
Núcleo do agente da passiva 
Vocativo 
Aposto 
Adjunto adnominal 
Predicativo 
Advérbio Adjunto adverbial 
Verbo 
Preposição 
Conjunção 
Interjeição 
 (sem função sintática) 
 
Décio Terror Filho
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4 
 
Naturalmente, você não tem que decorar esse quadro, ele é apenas um elemento de consulta, para 
que você compreenda melhor a diferença entre morfologia, semântica e sintaxe; pois, quando a prova junta 
os conteúdos numa só questão, isso ajudará muito. 
Assim, esta aula trabalha a morfologia, especificando as classes de palavras. 
Partamos do princípio de que, na Língua Portuguesa, há dez classes de palavras (substantivo, adjetivo, 
advérbio, verbo, pronome, artigo, numeral, interjeição, preposição e conjunção). 
O assuntoé vasto, mas percebemos que as questões se concentram basicamente nas classes “artigo”, 
“substantivo”, “adjetivo”, “advérbio”, “verbo”, “pronome”, “conjunção” e “preposição”. 
Como a conjunção tem relação direta com os valores das orações que elas precedem, tal classe é 
vista em aulas de sintaxe do período. 
Há uma aula específica de pronomes, pois o assunto é vasto. 
Há aula específica de verbos, pois esse assunto também é bem vasto. 
Após termos tido uma noção geral das classes de palavras, vamos tratar de cada uma. 
2 – ESTRUTURA BÁSICA DA ORAÇÃO 
Olá, pessoal! 
 A sintaxe trabalha o desempenho de cada palavra na oração. Assim, as palavras vão se juntar 
para ter uma função sintática e serão consideradas termos da oração. Veremos isso com muita calma nesta 
aula, pois isso é muito importante para vários outros assuntos, dentre eles a pontuação. 
Falaremos da sintaxe da oração, com a seguinte pergunta: 
O que é sintaxe? 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. Cabe entender basicamente que 
uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se flexiona de acordo com o sujeito (de quem se 
fala) e relaciona-se com o predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. 
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na estrutura SVO 
(sujeito→verbo→complemento). 
 
Décio Terror Filho
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5 
 
 
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no verbo. A partir dele, 
reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer aqui que você decore todos os termos da oração, 
basta entendê-los, pois a banca CESPE tem uma forma bem própria de cobrar isso em prova. 
Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. Isso ocorreu porque eles dizem 
respeito a um termo, que é o sujeito “O candidato”. Se ele está no singular, é natural que o verbo também 
esteja. Já que o verbo se flexiona de acordo com o sujeito, a gramática dá o nome a isso de “concordância 
verbal”. Há um capítulo que trata só deste assunto em qualquer gramática por aí. 
Mas há tanta regra de concordância, será que temos que decorar tudo? 
Definitivamente não! Você deve entender quem é o sujeito, qual é o tipo, para saber 
flexionar o verbo. Então nada daquela decoreba da concordância verbal, para esta banca. 
 
Vimos, simplificadamente, a relação do sujeito com o verbo, chamada de concordância verbal. Na 
aula 3, aprofundaremos nisso. 
Agora, vamos trabalhar a relação do verbo dentro do predicado. Nas frases de 1 a 4, os verbos 
“realizou”, “duvidou”, “enviou” e “tem” necessitam dos vocábulos posteriores para terem sentido na oração, 
por exemplo: realizou o quê?, duvidou de quê?, enviou o quê? a quem?, tem o quê? 
1. O candidato realizou a prova. 
2. duvidou do gabarito. 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
4. tem certeza de sua aprovação. 
5. viajou. 
6. estava tranquilo. 
Sujeito Predicado 
1. O candidato realizou a prova. 
2. duvidou do gabarito. 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
4. tem certeza de sua aprovação. 
5. viajou. 
6. estava tranquilo. 
Sujeito Predicado 
Regência Verbal 
Décio Terror Filho
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6 
 
Assim, você vai notar que eles dependem dos termos subsequentes para terem sentido. Isso ocorre 
porque o sentido deve transitar do verbo para o complemento. Por isso falamos que o verbo é transitivo. 
Sozinho, não consegue transmitir todo o sentido, necessitando de um complemento. Dessa forma, os termos 
“a prova”, “do gabarito”, “recursos”, “à banca examinadora” e “certeza” completam o sentido destes verbos. 
Para facilitar o entendimento, podemos dizer que a preposição seria um obstáculo. Havendo uma 
preposição, o trânsito é indireto. Retirando-se a preposição, o trânsito é livre, direto. 
Então observe o verbo “realizou”. Ele não exige preposição. Assim, o termo que vem em seguida é 
seu complemento verbal direto. Já o complemento do verbo “duvidou” é indireto, pois o trânsito está 
dificultado (indireto) tendo em vista a preposição “de”. 
Já que, na frase 1, há complemento verbal direto, o verbo “realizou” é chamado de transitivo direto 
(VTD). Na frase 2, como há preposição exigida pelo verbo “duvidou”, diz-se que este verbo é transitivo 
indireto (VTI) e seu complemento é indireto. Na frase 3, há dois complementos exigidos pelo verbo: 
um(direto) e outro(indireto). 
A gramática dá o nome a todo complemento verbal de objeto, por isso o complemento verbal direto 
é o objeto direto (OD) e o complemento verbal indireto é o objeto indireto(OI). 
1 - Regência 
Como entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois necessita de um complemento 
verbal, a gramática dá o nome a este processo de “Regência”, pois ele exige, rege o complemento. Se é um 
verbo que exige, é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo na gramática que trabalha só isso: 
Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), a qual aprofundaremos nas próximas aulas. 
Mas agora cabe apenas entender a estrutura abaixo. 
Veja: 
 
Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter transitividade. Nomes como 
certeza, obediência, dúvida, longe, perto, fiel, etc são chamados de transitivos porque necessitam de um 
complemento para terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a alguém ou a 
algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é fiel a algo ou a alguém. 
1. O candidato realizou a prova. 
2. duvidou do gabarito. 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
Sujeito Predicado 
VTDI + OD + OI 
VTI + OI 
VTD + OD 
Regência Verbal 
Décio Terror Filho
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Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual é chamado de 
complemento nominal (CN). 
Note que os complementos são elementos exigidos por verbo ou nome. Assim, são termos 
subordinados. 
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito na frase; por exemplo, se 
queremos dizer que alguém reside muito distante, podemos dizer que ele mora longe. Neste caso o nome 
“longe” deixou de ser transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por isso não 
devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o complemento não está explícito, não 
temos de identificá-lo. 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do verbo. Se há um nome que exige 
complemento, então temos a Regência Nominal. 
Veja a frase 4 na próxima página: 
 
Note que o verbo “tem” é transitivo direto e “certeza” é o objeto direto. A expressão “de sua 
aprovação” não complementa o verbo, ela complementa o nome “certeza”: certeza de sua aprovação. 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para descobrirmos quais preposições iniciam 
o complemento nominal. 
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 (VTD + OD + CN). 
Agora, vamos à oração 5. Note que o verbo “viajou” não exige nenhum complemento verbal. Então 
não há transitividade. Se quisermos uma estrutura posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais 
circunstâncias. A essas circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o candidato 
viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como viajou, a causa da viagem. Tudo isso são 
circunstâncias, as quais possuem o valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, 
mas há mais e veremos isso adiante.Então veja como ficaria: 
 
VTD + OD + CN 
4. O candidato tem certeza de sua aprovação. 
Sujeito Predicado 
Regência Nominal 
O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. 
Sujeito VI Adj Adv 
Lugar 
Adj Adv 
Tempo 
Adj Adv 
Modo 
Adj Adv 
Causa 
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O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode aparecer junto a qualquer verbo. 
Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos inserir o adjunto adverbial de tempo “ontem”. Na frase 4, 
poderíamos inserir o adjunto adverbial de causa: “devido a seu estudo”. 
 
Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e sem transitividade (VI). Toda vez 
que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do 
predicado, assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: 
 
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e complemento nominal em todos 
eles. 
Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação. 
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. 
O termo “tranquilo” caracteriza o sujeito “O candidato”, por isso se flexiona de acordo com ele. O verbo 
“estava” serve para ligar esta característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo 
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
O predicativo serve normalmente para caracterizar o sujeito e por isso se flexiona de acordo com ele. 
Se o sujeito fosse “candidata”, naturalmente o predicativo seria “tranquila". A essa flexão de um predicativo 
em relação ao sujeito damos o nome de Concordância Nominal. Na gramática, há um capítulo só para a 
concordância nominal, e a flexão do predicativo em relação ao sujeito é um dos pontos principais, mas isso 
veremos em nossas próximas aulas. 
O predicativo sempre será núcleo do predicado, por causa disso seu predicado é chamado de 
Predicado Nominal, com a seguinte estrutura: 
 
O predicativo não ocorre somente no predicado nominal, ele também pode fazer parte do predicado 
verbo-nominal; e isso será visto adiante. Por enquanto, é importante entender a seguinte estrutura: 
VTD+OD 
VTI+OI 
VTDI+OD
+OI 
VI 
Predicado 
Verbal 
Predicado 
Nominal 
 
VL 
 
Predicativo 
 
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9 
 
 
 
Pronto, reconhecemos os tipos de verbos, agora falaremos um pouco sobre o sujeito. Ele é um termo 
da oração do qual se declara alguma coisa. Possui um núcleo (palavra de valor substantivo) e geralmente 
algumas palavras de valor adjetivo que servem para caracterizá-lo. 
Veja a oração abaixo: 
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. 
 
O verbo de ligação “foram” e o predicativo “excelentes” flexionaram-se no plural porque o 
substantivo “viagens” está no plural. Esse substantivo, por ser a palavra principal dentro do sujeito e não ser 
antecedido de preposição, possui a função sintática de núcleo do sujeito. Ele leva o verbo “foram” a 
concordar com ele (concordância verbal) e o predicativo “excelentes” também (concordância nominal). Além 
disso, dentro do sujeito, há palavras que servem para caracterizá-lo: “As”, “primeiras” e “de Joaquim”. Essas 
palavras têm a função sintática de adjunto adnominal, cujo papel é caracterizar o núcleo e se flexionar de 
acordo com ele (concordância nominal). Note que, dentro do sujeito, apenas a expressão “de Joaquim” não 
sofreu flexão, isso porque é uma locução; assim a preposição (de) e o sentido impedem essa flexão. 
 
1. O candidato realizou a prova. 
2. duvidou do gabarito. 
3. enviou recursos à banca examinadora. 
 
4. tem certeza de sua aprovação. 
5. viajou. 
6. estava tranquilo. 
Sujeito Predicado 
Regência Verbal 
Regência Verbal 
Regência Nominal 
Regência Verbal 
Predicado 
Verbal 
Predicado 
nominal 
VTD + OD 
VTI + OI 
VTDI + OD + OI 
VTD + OD + CN 
VI 
VL + Predicativo 
sujeito Predicado nominal 
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Veja as funções sintáticas: 
 
 Com base no que vimos até agora, percebemos a estrutura básica dos predicados verbal (VTD + OD; 
VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI) e nominal (VL + predicativo). Portanto, podemos observar que não pode haver 
vírgula entre sujeito, verbo e complementos. Observe as orações anteriores. Elas não possuem vírgula, 
justamente porque são constituídas de termos básicos da oração. 
Atente ao fato de que os objetos direto e indireto servem para completar o sentido do verbo e o 
complemento nominal serve para completar o sentido do nome. Lembre-se também de que o predicativo 
existe para caracterizar o sujeito. 
3 – DIFERENÇA ENTRE SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO 
DOS TERMOS 
O termo subordinado é aquele que depende de outro para ter sentido. Assim, complemento verbal 
ou nominal são termos subordinados. 
 
Cada termo tem seu núcleo (palavra mais importante). Havendo mais de um núcleo, passamos a ter 
uma relação de coordenação: 
 
 O termo “A indústria e o comércio” é o sujeito composto (os núcleos “indústria” e “comércio” estão 
coordenados), o verbo “absorvem” é transitivo direto e o termo “muitos profissionais de nível superior e 
técnico” é o objeto direto (termo subordinado), cujo núcleo é “profissionais”, e os termos “muitos”, “de nível 
Concordância nominal Concordância nominal 
predicativo verbo de 
ligação 
Adj Adn núcleo Adj Adn Adj Adn 
Predicado nominal 
Concordância verbal 
sujeito 
As primeiras viagens de Joaquim foram excelentes. 
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superior e técnico” são os adjuntos adnominais. Dentro deste adjunto adnominal, há termos enumerados, 
coordenados: “superior” e “técnico”. 
 
1. (CESPE / IHVDF Médico – 2018) 
Fragmento do texto: Quando estava com sete anos, acordei com os olhos inchados, e meu pai me levou ao 
pediatra. Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em 
frente parou e a molecada correu até nós. Queriam saber se era verdade que os médicos davam injeções 
enormes na bunda das crianças. 
O sujeito da forma verbal “parou” (linha 3) é “fábrica” (linha 2). 
Comentário: Note que sujeito é termo de quem o verbo fala e, via de regra, não é precedido de preposição. 
Note que o termo preposicionado “da fábrica” é apenas adjunto adnominal do núcleo “porta”. Na realidade, 
o sujeito de “parou” é “o futebol”. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
2. (CESPE / CGM de João Pessoa Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: Servir a Deus significava, para ela, cuidar dos enfermos, e especialmente dos enfermos 
hospitalizados. Naquela época, os hospitais curavam tão pouco e eram tão perigosos (por causa da sujeira, 
do risco de infecção) que os ricos preferiam tratar-se em casa. Hospitalizados eram só os pobres, e Florence 
preparou-se para cuidar deles, praticando com os indigentes que viviam próximos à sua casa. Viajou por toda 
a Europa, visitando hospitais. 
A inserção de uma vírgula logo após o termo “Hospitalizados” (linha 3) manteria a correção gramatical do 
texto. 
Comentário: O termo “os pobres” é o sujeito, “eram” é o verbo de ligação e “hospitalizados” é o predicativo 
do sujeito. Assim, não cabe vírgula entre o predicativo e o verbo de ligaçãoe a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
3. (CESPE / TRE BA 2017 Técnico – 2017) 
Fragmento do texto: Os votos nulos, por sua vez, são aqueles que, somados aos votos em branco, compõem 
a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como denominou o Tribunal Superior Eleitoral, votos apolíticos. 
Logo, os votos em branco e os nulos são votos que, a princípio, não produzem resultado nem influenciam no 
resultado do pleito. Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor que apresentar voto em branco ou 
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12 
 
nulo pode fazê-lo por diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a postura dos que votam em 
branco quanto a dos que votam nulo, pois o resultado final é o mesmo: invalidar o voto. Assim sendo, não é 
razoável diferenciar o voto em branco do voto nulo. Deve-se considerar a essência do ato, a sua real 
motivação, que é a invalidação. É evidente que não se sabe, ao certo, a razão que motiva cada eleitor a votar 
em branco ou nulo; entretanto, em ambos os casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto por ele dado. 
Assinale a opção que apresenta termo que desempenha a mesma função sintática que “a razão” (linha 8), 
no texto. 
a) “o mesmo” (linha 6). 
b) “votos estéreis” (linha 2). 
c) “o Tribunal Superior Eleitoral” (linha 2). 
d) “dúvida” (linha 9). 
e) “resultado” (linha 3). 
Comentário: Veremos na aula de concordância que, quando o verbo transitivo direto ligar-se ao pronome 
“se”, este é chamado de apassivador e o termo não preposicionado será o sujeito paciente. Assim, “sabe” é 
seguido do pronome apassivador “se” e “a razão” é o sujeito paciente. Mas tudo veremos com mais 
aprofundamento na aula de concordância, ok?! 
 Agora, devemos achar a alternativa em que o termo destacado também ocupe a função de sujeito. 
 Na alternativa (A), o termo “o mesmo” ocupa a função de predicativo. Note que o verbo “é” é de 
ligação e “o resultado final” é o sujeito. 
 Na alternativa (B), o termo “votos estéreis” é apenas o adjunto adnominal do núcleo “categoria”. 
 A alternativa (C) é a correta, pois o termo “o Tribunal Superior Eleitoral” é o sujeito do verbo 
“denominou”. 
 Na alternativa (D), veremos na aula de concordância que o verbo “há”, no sentido de existir, é 
impessoal, isto é, não tem sujeito, e o termo não preposicionado “dúvida” é o objeto direto. 
 Na alternativa (E), o verbo “produzem” é transitivo direto e “resultado” é o objeto direto. 
Gabarito: C 
2 – Objeto direto e Objeto indireto 
2.2.1 Objeto direto 
Vimos que esse termo é o complemento de um verbo transitivo direto. Ele tem como núcleo um 
substantivo ou palavra de valor substantivo. 
Perdi os documentos. 
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Note que “documentos” é o núcleo (palavra mais importante do termo) do objeto direto e é um 
substantivo. O objeto direto se apresenta de diferentes formas. 
I - Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase, antecipa-se o objeto, 
colocando-o no início da frase, e depois é repetido por meio de um pronome oblíquo átono. A esse objeto 
repetido damos o nome de objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção no diálogo, como 
um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua postura diante do fato: 
- O que você acha desta roupa? 
- Essa roupa, ninguém a quer. 
A expressão “Essa roupa” é o objeto direto e o pronome “a” é o objeto direto pleonástico. Neste caso, 
ocorre a vírgula. 
II - Objeto direto preposicionado: aquele cuja preposição não é exigência do verbo, que é transitivo 
direto, mas ocorre por ênfase, para se evitar ambiguidade ou por necessidade do próprio complemento. 
Amo a Deus. (ênfase) 
Cumpri com a minha palavra. (ênfase) 
Ele puxou da espada. (ênfase) 
Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade) 
Ninguém entende a mim. (necessidade do pronome “mim”) 
Note que os verbos amar, cumprir, puxar, atingir e entender não regem preposição, porque são 
transitivos diretos. Normalmente as provas perguntam se foram esses verbos que exigiram a preposição, 
mas nesses casos não foram eles que a exigiram. 
Nos três primeiros exemplos, perceba que pode haver a seguinte estrutura oracional: Amo Deus; 
Cumpri a minha palavra; Ele puxou a espada. A inserção da preposição, então, não foi exigida pelo verbo, 
ela apenas enfatiza o complemento. 
No quarto exemplo, se não houvesse a preposição “A” no início da expressão “Aos mais 
desfavorecidos”, certamente o leitor teria dificuldade em identificar o sujeito (Essas medidas atingiram os 
mais desfavorecidos ou os mais desfavorecidos atingiram essas medidas?). Essa dupla possibilidade de 
interpretação é chamada de ambiguidade. Numa situação formal, deve-se evitar essa ambiguidade para que 
o texto seja o mais claro possível. 
No último exemplo, tem-se o pronome pessoal oblíquo tônico “mim”. Se não houvesse a preposição, 
esse pronome deveria ser oblíquo átono “me”. Isso será visto na aula de pronomes. 
III - Objeto direto interno (ou cognato): 
Foi visto que verbos intransitivos são aqueles que, por terem sentido completo, não reclamam um 
complemento (objeto). É comum, no entanto, o emprego desses verbos com um objeto, representado por 
um substantivo da mesma área semântica do verbo. Muitas vezes, o complemento tem o radical do verbo: 
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Ele vive uma vida feliz. Dormi o sono dos justos. 
“Os sonhos mais lindos sonhei....” “E rir o meu riso...” 
 Essas estruturas são admissíveis em composições de canções, poemas ou prosas com fundo literário. 
Numa linguagem objetiva, com fundamentação argumentativa, essa construção deve ser evitada. 
IV – Os pronomes oblíquos átonos “me”, “te”, “se”, “o”, “a”, “os”, “as”, “nos”, “vos” cumprem a 
função sintática de objeto direto: Comprei um carro (comprei-o.). 
Vamos a algumas questões! 
 
4. (CESPE / IFF Cargos de nível superior – 2018) 
Fragmento do texto: Exatos 35 anos antes de o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionar a atual Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996, João Goulart, então recém-alçado à presidência 
do país sob o arranjo do parlamentarismo, promulgou a primeira LDB brasileira. A assinatura de Goulart saiu 
estampada no Diário Oficial da União em 21/12/1961, mais de treze anos após a apresentação do primeiro 
projeto da lei educacional ao parlamento brasileiro. 
No texto o termo “a primeira LDB brasileira” (ℓ.3) exerce a função sintática de 
a) sujeito. 
b) predicado. 
c) objeto direto. 
d) objeto indireto. 
e) adjunto adverbial. 
Comentário: O verbo “promulgou” é transitivo direto, o termo “João Goulart” é o sujeito e “a primeira LDB 
brasileira” é o objeto direto. Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
5. (CESPE / IHVDF Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: Quase sempre, condutores, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos saem em 
disparada, ambulância cortando o trânsito, sirenes ligadas, para atender a alguém que nunca viram. Mas 
podem chegar à cena e encontrar um amigo. Estão preparados. 
Na linha 3, os termos “um amigo” e “preparados” exercem a mesma função sintática nos períodos em que 
se inserem. 
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Comentário: O verbo “encontrar” é transitivo direto e “umamigo” é o objeto direto; já o verbo “Estão” é de 
ligação e “preparados” é o predicativo. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
6. (CESPE / TRE TO Analista – 2017) 
Fragmento de texto: Quer dizer: apesar de o uso do voto ser ancestral, a organização do sistema eleitoral 
tem origem no século XVII, com o surgimento de governos representativos na Europa e na América do Norte. 
É o sistema eleitoral que diz como é escolhido um representante ou decidida uma questão. 
Na linha 3, o termo “o sistema eleitoral” exerce a função de sujeito da locução verbal “é escolhido” (linha 3). 
Comentário: A expressão “o sistema eleitoral” não tem relação com a locução verbal “é escolhido”, pois 
ambas expressões estão em orações diferentes. Note que esta locução verbal tem relação com o sujeito “um 
representante”. Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
7. (CESPE / TRE PE Analista – 2017) 
Fragmento do texto: No quadro da democracia liberal, cidadania corresponde ao conjunto das liberdades 
individuais — os chamados direitos civis de locomoção, pensamento e expressão, integridade física, 
associação etc. O advento da democracia social acrescentou, àqueles direitos do indivíduo, os direitos 
trabalhistas ou direitos a prestações de natureza social reclamadas ao Estado (educação, saúde, seguridade 
e previdência). 
No texto, a expressão “os direitos trabalhistas” (ℓ. 3 e 4) 
a) restringe a referência da expressão “direitos do indivíduo” (ℓ. 3). 
b) exerce a função de sujeito da forma verbal “acrescentou” (ℓ. 3). 
c) exemplifica os “direitos do indivíduo” (ℓ. 3). 
d) exerce a função de aposto. 
e) exerce a função de complemento direto da forma verbal “acrescentou” (ℓ. 3). 
Comentário: O verbo “acrescentou” (linha 3) é transitivo direto e indireto. Equivocadamente, o autor utilizou 
a dupla vírgula para separar o objeto indireto “àqueles direitos do indivíduo” e o termo “os direitos 
trabalhistas ou direitos” é o objeto direto composto. 
 Assim, a alternativa (E) é a correta, pois o termo “os direitos trabalhistas” completa o sentido do 
verbo “acrescentou”, por isso é o complemento direto da forma verbal “acrescentou”. 
Gabarito: E 
 
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8. (CESPE / Prefeitura de São Paulo Assistente Gestão – 2016) 
Fragmento do texto: Há cidades, entretanto, que já existem há bastante tempo. (...) 
 Nem mesmo o berço histórico da cidade existe mais, arrasado devido à destruição do Morro do 
Castelo em 1922. (...) 
 Há outros exemplos. Olinda, fundada em 1537, orgulha-se de ser patrimônio cultural da humanidade, 
mas esse título não lhe foi conferido em razão dos testemunhos que sobraram da cidade antiga, em grande 
parte substituída por construções em estilo eclético ou art déco do início do século passado. (...) 
 Em suma, não é muito comum encontrarem-se vestígios materiais do passado nas cidades brasileiras, 
mesmo naquelas que já existem há bastante tempo. (...) 
 Independentemente de qual tenha sido o estoque de materialidades históricas que tenham 
conseguido salvar da destruição, as cidades do país vêm hoje engajando-se decisivamente em um 
movimento de preservação do que sobrou de seu passado, em uma indicação flagrante de que muita coisa 
mudou na forma como a sociedade brasileira se relaciona com as suas memórias. 
Assinale a opção que apresenta um termo que exerce a função de objeto direto na oração do texto I em que 
ocorre. 
a) “esse título” (linha 4) 
b) “o berço histórico da cidade” (linha 2) 
c) “vestígios materiais do passado” (linha 7) 
d) “muita coisa” (linha 11) 
e) “cidades” (linha 1) 
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois “esse título” ocupa a função de sujeito de “foi conferido”. 
 A alternativa (B) está errada, pois “o berço histórico da cidade” ocupa a função de sujeito do verbo 
“existe”. 
 A alternativa (C) está errada, pois “vestígios materiais do passado” ocupa a função de sujeito do verbo 
“encontrarem”. 
 A alternativa (D) está errada, pois “muita coisa” ocupa a função de sujeito do verbo “mudou”. 
 A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “Há” está no sentido de existir. Na aula de concordância, 
vemos que esse verbo não possui sujeito. Ele é transitivo direto e o termo “cidades” é apenas o objeto direto. 
Gabarito: E 
9. (CESPE / TRE PI Analista Judiciário – 2016) 
Fragmento do texto: O que talvez atraia seja a simplicidade do modelo — sem contar, naturalmente, o fato 
de que a alteração tende a beneficiar os grandes partidos. Hoje, o número de cadeiras a que uma agremiação 
tem direito na Câmara dos Deputados guarda relação com o total de sufrágios recebidos pela sigla (ou 
coligação). Figuras desconhecidas podem obter uma vaga no Poder Legislativo graças ao voto de legenda e 
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ao desempenho de seus aliados, célebres ou não. Nada disso ocorre sob o distritão. Funcionando como um 
pleito majoritário, o formato premia os candidatos mais populares de uma circunscrição. 
Os termos “grandes” (linha 2) e “mais” (linha 6) desempenham a função de adjuntos adnominais nas orações 
em que aparecem. 
Comentário: Na linha 2, o verbo “beneficiar” é transitivo direto e o termo “os grandes partidos” é o objeto 
direto, cujo núcleo é “partidos” e os termos “os” e “grandes” são os adjuntos adnominais. 
 Na linha 6, o verbo “premia” é transitivo direto e o termo “os candidatos mais populares de uma 
circunscrição” é o objeto direto, cujo núcleo é “candidatos” e os adjuntos adnominais são “os”, “populares” 
e “de uma circunscrição”. Observe que o vocábulo “mais” modifica o adjetivo “populares”. Assim, é um 
advérbio, ocupando a função de adjunto adverbial de intensidade. 
 Por tudo isso, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
10. (CESPE / TRE PI Analista Judiciário – 2016) 
Fragmento do texto: Figuras desconhecidas podem obter uma vaga no Poder Legislativo graças ao voto de 
legenda e ao desempenho de seus aliados, célebres ou não. Nada disso ocorre sob o distritão. Funcionando 
como um pleito majoritário, o formato premia os candidatos mais populares de uma circunscrição. Como 
consequência, votos dados a um determinado postulante são pessoais e intransferíveis. 
Os particípios “desconhecidas” (linha 1) e “dados” (linha 4) exercem funções sintáticas distintas nas orações 
em que ocorrem. 
Comentário: Na linha 1, a locução verbal “podem obter” tem como sujeito o termo “Figuras desconhecidas”, 
cujo núcleo é “Figuras” e o adjunto adnominal é “desconhecidas”. 
 Na linha 4, o verbo de ligação “são” tem como sujeito o termo “votos dados”, cujo núcleo é “votos” 
e o adjunto adnominal é “dados”. 
 Como a questão afirma que as funções sintáticas são diferentes, está errada. 
Gabarito: E 
11. (CESPE / DPU Analista – 2016) 
Fragmento do texto: A partir de então, a chamada assistência judiciária praticamente evoluiu junto com o 
direito pátrio. Sua importância atravessou os séculos, e ela passou a ser garantida nas cartas constitucionais. 
Na linha 2, o pronome “Sua” delimita o significado do substantivo “importância”, funcionando, na oração em 
que ocorre, como um termo acessório. 
Comentário: Na linha 2, o verbo “atravessou” tem como sujeito o termo “Sua importância”, cujo núcleo é 
“importância” e o adjunto adnominal é “Sua”. 
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 É papel do adjunto adnominal ser caracterizador que delimita o significado do núcleo. O adjunto 
adnominal é um termo acessório da oração, por isso a afirmação está correta.Gabarito: C 
12. (CESPE / Médico Perito INSS – 2009) 
Fragmento do texto: O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém-
reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram 
confrontos generalizados. 
A expressão “confrontos generalizados” desempenha a função sintática de complemento de “ocorreram”. 
Comentário: A expressão “confrontos generalizados” não completa o sentido do verbo “ocorreram”, porque 
ela não é um complemento verbal. Na realidade, essa expressão é o sujeito deste verbo. 
 Note que o verbo “ocorreram” está se flexionando no plural, justamente por concordar com o seu 
sujeito “confrontos generalizados”. 
 Nesta questão, na realidade, a banca quis induzir o candidato a pensar que “confrontos 
generalizados” fosse o objeto direto (quando afirmou que este termo completa o sentido do verbo). 
 Assim, não temos que decorar os termos da oração, mas entender o seu emprego. Um sujeito não 
completa o sentido do verbo. Esse papel é dos complementos verbais. Eles, sim, são usados na linguagem 
justamente para isso. 
Gabarito: E 
2.2.3 Objeto indireto 
O objeto indireto pode também ser pleonástico: repetição, por meio de um pronome oblíquo, do 
objeto indireto. 
 Ao amigo, não lhe peça tal coisa. 
 Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são “me, te, lhe, nos, vos, lhes”: 
Eu obedeci ao meu pai. Eu lhe obedeci. 
 
 
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13. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018) 
Fragmento do texto: O Juca era da categoria das chamadas pessoas sensíveis, dessas a que tudo lhes toca e 
tange. Se a gente lhe perguntasse: “Como vais, Juca?”, ao que qualquer pessoa normal responderia “Bem, 
obrigado!” — com o Juca a coisa não era assim tão simples. 
Caso seja suprimido o pronome “lhes” (linha 1), a correção gramatical do texto será mantida, embora o 
trecho se torne menos enfático. 
Comentário: É sabido que os verbos “tocar” e “tanger” são transitivos diretos (tocar algo, tanger algo). Mas 
também se admite “tocar a”, “tanger a”, e o próprio texto nos mostra isso. Entende-se do texto que tudo 
toca e tange a essas pessoas sensíveis. Note que os verbos “toca” e “tange” se encontram no singular porque 
concordam com o sujeito “tudo”. 
 Assim, temos certeza de que tais verbos têm como objeto indireto, neste contexto, o termo “a que”. 
Esse é enfatizado pelo pronome “lhes”, na função de objeto indireto pleonástico, cujo papel estilístico é de 
ênfase. 
 Note: ele não é obrigatório, por isso pode ser excluído da oração, sem comprometer a 
gramaticalidade, apenas tornando o trecho menos enfático. 
 Assim, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
14. (CESPE / TCE PA nível superior – 2016) 
Fragmento do texto: A Constituição Federal prevê que cabe ao presidente prestar contas anualmente ao 
Poder Legislativo. Por simetria, tal obrigação estende-se ao governador do estado e aos prefeitos municipais. 
O termo “ao Poder Legislativo” (linhas 1 e 2) exerce a função de complemento da forma verbal “prevê” (linha 
1). 
Comentário: A afirmativa está errada, pois a expressão “ao Poder Legislativo” se encontra na oração do 
verbo “prestar”. Assim, o verbo “prestar” é transitivo direto e indireto, o termo “contas” é o objeto direto e 
“ao Poder Legislativo” é o complemento verbal indireto, isto é, objeto indireto, do verbo “prestar”, e não de 
“prevê”. 
Gabarito: E 
 
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15. (CESPE / CNJ Analista Judiciário – 2013) 
Fragmento do texto: Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de um 
paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-saber que estrutura discursos de 
dominação. Assim, não basta proteger o cidadão do poder com o simples contraditório processual e a ampla 
defesa, abstratamente assegurados na Constituição. 
Na linha 3, o termo “do poder” relaciona-se sintaticamente com o termo “o cidadão”, modificando-o. 
Comentário: Com esta afirmação, a banca CESPE tentou induzir o candidato a pensar que os termos “do 
poder” e “o cidadão” possuem uma relação de dependência, de subordinação. Mas isso não ocorreu. O verbo 
“proteger” é impessoal, isto é, não se refere a um sujeito. Tal verbo é transitivo direto e indireto, o termo “o 
cidadão” é o objeto direto e “do poder” é o objeto indireto. Assim, ambos os termos complementam o 
sentido do verbo, e não há relação sintática entre eles. 
Gabarito: E 
16. (CESPE / MPU Técnico – 2013) 
Fragmento do texto: Dependerá da adesão dos demais ministros o êxito de um apelo feito pelo presidente 
do Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja extinta a prática de esconder os nomes de investigados em 
inquéritos criminais na mais alta corte do país. 
Na linha 1, a expressão “o êxito” exerce função sintática de complemento direto da forma verbal 
“Dependerá”. 
Comentário: O verbo “dependerá” é transitivo indireto. Seu objeto indireto é o termo “da adesão dos demais 
ministros”, e o sujeito é o termo “o êxito de um apelo”. 
 Sabendo-se que o complemento direto de um verbo é o objeto direto, percebemos que a afirmativa 
está errada, pois “o êxito” é sujeito. 
Gabarito: E 
17. (CESPE / ABIN nível médio – 2010) 
Fragmento do texto: Tais dilemas decorrem, por exemplo, da tensão entre a necessidade de segredo 
governamental e o princípio do acesso público à informação ou, ainda, do fato de não se poder reduzir a 
segurança estatal à segurança individual, e vice-versa. 
A retirada da preposição de em “do fato” (linha 2) — que passaria a o fato — implicaria prejuízo à estrutura 
sintática do texto. 
Comentário: Aproveitarei esta questão para enfatizar a diferença entre subordinação e coordenação de 
termos. 
 A seta ( ) mostra uma relação de dependência (subordinação), do termo posterior com o anterior. 
Já a organização por linhas diferentes marca a enumeração, coordenação. 
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Tais dilemas decorrem da tensão entre a necessidade de segredo governamental 
 e 
o princípio do acesso público à informação 
ou 
 do fato de não se poder reduzir a segurança estatal à segurança individual, 
 e 
 vice-versa. 
 O verbo “decorrem” é transitivo indireto e a expressão “da tensão entre a necessidade de segredo 
governamental e o princípio do acesso público à informação ou, ainda, do fato de não se poder reduzir a 
segurança estatal à segurança individual” completa o sentido deste verbo (relação de subordinação). Veja 
que a expressão “do fato” está coordenada à expressão “da tensão”, pois as duas são exigidas pelo verbo 
“decorrem”. Essas duas expressões são ligadas pela conjunção alternativa “ou” e formam o objeto indireto 
composto. 
 Com a retirada da preposição “de”, o substantivo “fato” deixaria de ser o segundo núcleo desse objeto 
indireto e passaria a se ligar à preposição “entre”, o que tornaria a estrutura truncada. A conjunção “e” liga 
apenas os dois substantivos “necessidade” e “princípio”. 
 Por tudo isso, a exclusão da preposição realmente implicaria prejuízo à sintaxe e, assim, a questão 
está correta 
Gabarito: C 
18. (CESPE / ABIN nível superior – 2008) 
Fragmento do texto: Em uma visão fenomenológica, os chamados estados da mente perante a verdade 
podem ser descritos como o tipo de experiênciavivida pelo analista de inteligência no contato com o 
fenômeno acompanhado. Assim sendo, os fatos analisados não podem ser dissociados daquele que produz 
o conhecimento. Quando a mente se posiciona perante a verdade, o que de fato ocorre é um processo ativo 
de auto-regulação entre uma pessoa, seus conhecimentos preexistentes (a priori) e um novo fato que se 
apresenta. 
Subentende-se, pelas relações de sentido que se estabelecem no texto, que “daquele” (linha 3) retoma, por 
coesão, “fenômeno” (linha 3), precedido pela preposição de, exigida por “dissociados” (linha 3). 
Comentário: A preposição “de” realmente é exigida pelo particípio “dissociados”. Porém, o pronome 
demonstrativo “daquele” retoma, por recurso anafórico, “fatos”. Naturalmente haveria dúvida, pois 
“daquele” encontra-se no singular e “fatos”, no plural. Porém a preposição “de” marca a parte de algo, assim 
se entende que os fatos analisados não podem ser dissociados daquele (específico, restrito) que produz o 
conhecimento. Por isso, pode-se flexionar no singular. 
Gabarito: E 
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3 - Predicativo 
Esse termo se liga ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É representado 
por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo, numeral e pronome. 
A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal, respectivamente. Nestes 
exemplos, note que o grupo à esquerda é constituído de verbos de ligação mais os predicativos. É fácil 
perceber o predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, que o predicativo também se flexionará, 
pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há predicação verbal. Os vocábulos que vêm após os 
verbos não se flexionam por causa do sujeito, pois são complementos verbais ou adjuntos adverbiais: 
 
Agora, veremos o predicado verbo-nominal. Ele é composto do predicado verbal, o qual possui como 
núcleo um verbo transitivo ou intransitivo, mais um predicativo do sujeito ou do objeto, os quais veremos 
mais especificamente. 
I - Predicativo do sujeito (pode ocorrer num predicado nominal ou verbo-nominal) 
A estrutura do predicado nominal é: verbo de ligação mais predicativo. Assim, 
 
Ele continua enfermo. 
Eu sou feliz. 
Minha vida é maravilhosa. 
sujeito Verbo de 
ligação 
predicativo do sujeito 
predicado nominal 
 
 
 O candidato está tranquilo. O candidato está na sala. 
 Os candidatos estão tranquilos. Os candidatos estão na sala. 
 Bom filho torna-se bom pai. Bom filho torna a casa. 
 Bons filhos tornam-se bons pais. Bons filhos tornam a casa. 
 A aula permanece difícil. A aula permanecerá no feriado. 
 As aulas permanecem difíceis. As aulas permanecerão no feriado. 
 Ela ficou triste. Ela ficou na praia. 
 Elas ficaram tristes. Elas ficaram na praia. 
 O paciente acha-se acamado. O estudante achou o local de prova. 
 Os pacientes acham-se acamados. Os estudantes acharam o local de prova. 
 
 
 Predicados nominais Predicados verbais 
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A estrutura do predicado verbo-nominal é: 
 
O predicativo é constituído de adjetivo restritivo, que acumula uma característica chamada de 
transitória, pois depende da ação verbal para produzir o sentido desejado. Veja: 
Ela confirmou temerosa o crime. 
sujeito VTD predicativo do 
sujeito 
objeto 
direto 
 predicado verbo-nominal 
Durante ou após o ato de confirmar, ela ficou temerosa. Isso é a característica transitória do sujeito. 
Esta característica pode se deslocar na oração, desde que se separe por vírgula para não se confundir com o 
adjunto adnominal: 
Ela, temerosa, confirmou o crime. 
Temerosa, ela confirmou o crime. 
Ela confirmou o crime temerosa. 
Sabendo-se que o adjunto adnominal é o termo adjetivo de valor restritivo que está junto ao núcleo, 
note que a vírgula foi necessária nos dois primeiros exemplos para não se confundir predicativo com adjunto 
adnominal, pois o adjetivo “temerosa” está próximo ao núcleo do sujeito “ela”. No último exemplo, a vírgula 
não foi usada justamente porque não se confunde o predicativo do sujeito com o adjunto adnominal, haja 
vista que o adjetivo “temerosa” está distante do núcleo do sujeito. 
II - Predicativo do objeto direto (só pode ocorrer no predicado verbo-nominal) 
Carlos deixou Ana zangada. 
sujeito VTD OD predicativo do 
OD 
 predicado verbo-nominal 
 
Da mesma forma, a característica “zangada” ocorre após o ato de deixar. Por isso é transitória. 
VTD+OD 
VTI+OI 
VTDI+OD
+OI 
VI 
Predicado 
Verbal 
Predicativo 
 
Predicado 
Verbo-nominal 
 
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III - Predicativo do objeto indireto (só pode ocorrer no predicado verbo-nominal) 
Gosto de meu filho sempre limpo 
VTI OI adjunto 
adverbial 
de tempo 
predicativo 
do OI 
 predicado verbo-nominal 
Note que o predicativo pode ser introduzido por preposição: 
Chamei-o de louco. 
 
19. (CESPE / SLU DF Analista de Gestão 2019) 
Fragmento do texto: Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se. Fez o sinal de “não” nas fuças do 
pobre cantor e retirou-se protestando em voz alta. 
O deslocamento do termo “furiosa” (linha 1) para imediatamente após a forma verbal “levantou-se” (linha 
1) manteria a coerência do texto. 
Comentário: A questão trabalha o valor do predicativo do sujeito dentro de um predicado verbo-
nominal. 
 Na estrutura original “uma senhora furiosa levantou-se”, há o sujeito “uma senhora furiosa”, 
cujo núcleo é “senhora” e “furiosa” é o adjunto adnominal, o qual transmite uma característica 
restritiva ao sujeito, isto é, dentre várias senhoras, citamos aquela que se encontrava furiosa. 
 Como deslocamento, passamos a ter um predicativo dentro de um predicado verbo-nominal, 
o qual passa a transmitir, como vimos na teoria, um valor de característica transitória, isto é, 
entende-se que essa senhora levantou-se e se mostrou furiosa. 
 Como a questão apenas pediu a manutenção da coerência, da lógica, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
20. (CESPE / PM AL Soldado 2018) 
Fragmento do texto: Sem a mãe, a casa veio a ser um lugar provisório. Uma estação com indecifrável 
plataforma, onde espreitávamos um cargueiro para ignorado destino. Não se desata com delicadeza o nó 
que nos amarra à mãe. Impossível adivinhar, ao certo, a direção do nosso bilhete de partida. Sem poder 
recuar, os trilhos corriam exatos diante de nossos corações imprecisos. 
Seriam preservadas a coerência e a correção gramatical do texto caso o vocábulo “exatos” (linha 4) fosse 
isolado por vírgulas. 
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Comentário: Na oração “os trilhos corriam exatos diante de nossos corações imprecisos”, há o predicado 
verbo-nominal, pois o verbo “corriam” é intransitivo e “exatos” é o predicativo sujeito. 
 É fato que, se o predicativo do sujeito, dentro de um predicado verbo-nominal, se posicionar próximo 
ao núcleo do sujeito, a vírgula é obrigatória. Porém, se tal termo continuar na sua posição normal, cabevírgula por ênfase. Assim, a afirmação está correta. Compare: 
Sem poder recuar, os trilhos corriam exatos diante de nossos corações imprecisos. 
Sem poder recuar, os trilhos corriam, exatos, diante de nossos corações imprecisos. 
Gabarito: C 
21. (CESPE / EMAP Nível Superior – 2018) 
Fragmento do texto: Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de 
acompanhar o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado 
automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de TV, sensores 
ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e apresentação de dados. Todos 
esses sensores operam integrados em um centro de controle, ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, 
identificar e monitorar o tráfego marítimo, adotar ações de combate à poluição, planejar a movimentação 
de embarcações e divulgar informações ao navegante. 
O sentido do texto seria preservado se o trecho “Todos esses sensores operam integrados em um centro de 
controle” (linhas 4 e 5) fosse substituído por: Todos esses sensores integrados operam em um centro de 
controle. 
Comentário: O deslocamento do adjetivo “integrados” claramente fez mudar o sentido e você já percebeu 
pelo contexto, não é mesmo? 
 Mas vamos confirmar isso pelo que entendemos da função sintática do predicativo do sujeito, dentro 
de um predicado verbo-nominal. 
 Na oração “Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle”, há o sujeito “Todos 
esses sensores”, o verbo transitivo intransitivo “operam”, o adjunto adverbial de lugar “em um centro de 
controle” e o predicativo do sujeito “integrados”. 
 Como há verbo intransitivo e predicativo, notamos que há um predicado verbo-nominal, e o 
predicativo é empregado com característica transitória: todos esses sensores operam em um centro de 
controle e estão integrados. 
 Havendo o deslocamento do predicativo para junto do núcleo do sujeito, para preservar o sentido, 
deve haver o emprego de dupla vírgula: 
Todos esses sensores, integrados, operam em um centro de controle. 
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 Como a questão não inseriu a dupla vírgula, tal adjetivo passa a ser um adjunto adnominal, o qual 
passa a uma característica restritiva, delimitadora de sentido. Assim, passamos a entender que esses 
sensores já eram integrados e agora estão operando. Perceba: 
Todos esses sensores integrados operam em um centro de controle. 
 Por tudo isso, notamos que a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
22. (CESPE / CGM de João Pessoa Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: A questão sociológica que o “jeitinho” apresenta, porém, é outra. Ela mostra uma 
relação ruim com a lei geral, com a norma desenhada para todos os cidadãos, com o pressuposto de que 
essa regra universal produz legalidade e cidadania. Eu pago meus impostos integralmente e, por isso, posso 
exigir dos funcionários públicos do meu país. Agora, se eu dou um jeito nos meus impostos porque o 
delegado da receita federal é meu amigo ou parente e faz a tal “vista grossa”, aí temos o “jeitinho” virando 
corrupção. 
Em “temos o ‘jeitinho’ virando corrupção” (linha 5 e 6), os termos ‘jeitinho’ e “corrupção” funcionam como 
complementos diretos da forma verbal “temos”. 
Comentário: Pela afirmação, a banca nos quer induzir a pensar que os termos “jeitinho” e “corrupção” 
seriam objetos diretos do verbo “temos”. Porém, percebemos que o termo “o jeitinho” é, sim, objeto direto 
do verbo “temos”, mas “corrupção” é o predicativo do sujeito e “virando” é apenas um verbo de ligação. 
 Assim, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
23. (CESPE / TCE PA nível superior – 2016) 
Fragmento do texto: Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por 
alguma razão, não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições 
atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei. 
Na linha 2, o termo “mais rigorosa” funciona como um predicativo do termo “a lei”. 
Comentário: A afirmativa está correta, haja vista que o verbo “tornar” é transitivo direto, o termo “a lei” é o 
objeto direto e “rigorosa” é o predicativo do objeto direto. Na realidade, o advérbio “mais” não faz parte do 
predicativo, por ocupar o papel de adjunto adverbial de intensidade. 
 Mas a banca tem deixado os intensificadores como parte do termo sintático. Por isso, ela confirmou 
a afirmativa como correta. 
Gabarito: C 
 
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24. (CESPE / BSF nível superior – 2014) 
Fragmento do texto: O próprio microblogue Twitter, intensamente debatido na mídia por sua 
contribuição à concisão, de certa forma cristalizou a tendência à escrita de textos enxutos. Anos antes 
de o microblogue cair na preferência de internautas no mundo inteiro, os blogues já ocupavam um lugar 
privilegiado na Internet, que pela primeira vez oferecia aos usuários a possibilidade de escrever, editar e 
publicar seus próprios textos. 
 A partir daí, navegar pela Internet deixou de ser um ato solitário, em que o usuário apenas entrava 
nas páginas e lia seus conteúdos. Com os recursos de interação cada vez mais expandidos, qualquer sítio é 
um convite a comentários, críticas e observações, o que obrigou os internautas a desenvolverem discursos 
de improviso e a defender seus pontos de vista. 
Os trechos “a tendência à escrita a textos enxutos” (linha 2), “um ato solitário” (linha 6) e “discursos de 
improviso” (linhas 8 e 9) desempenham a mesma função sintática nas orações em que estão inseridos. 
Comentário: O verbo “cristalizou” e transitivo direto e o termo “a tendência à escrita de textos enxutos” é o 
objeto direto. 
 O verbo “ser” é de ligação. Assim, “um ato solitário” é o predicativo. 
 O verbo “desenvolverem” e transitivo direto e o termo “discursos de improviso” é o objeto direto. 
 Assim, essas expressões não desempenham a mesma função sintática. 
Gabarito: E 
25. (CESPE / Assembleia Legislativa ES nível superior – 2011) 
Evaristo de Moraes, com a autoridade de quem foi não apenas republicano histórico, mas ativo membro da 
propaganda republicana, ao relembrar as mais remotas origens do movimento republicano no Brasil — não 
das ideias republicanas, cujas primeiras manifestações são encontráveis ainda na colônia, mas do movimento 
republicano organizado —, declarou que foi a frustração que a inopinada troca de gabinetes em 1869, com 
o completo desrespeito das regras então vigentes, impôs aos membros mais radicais do partido liberal que 
levou à cisão desse partido, dando origem tanto ao partido liberal radical quanto ao partido republicano. 
Com relação ao emprego dos sinais de pontuação, seria mantida a correção gramatical do texto se a vírgula 
logo após o adjetivo “histórico” (linha 1) fosse excluída e se inserisse uma vírgula imediatamente após a 
forma verbal “foi” (linha 1). 
Comentário: O verbo “foi” é de ligação, o sujeito é o pronome “quem” e o predicativo composto é o termo 
“não apenas republicano histórico, mas ativo membro da propaganda republicana”. Note que não pode 
haver vírgula entre sujeito, verbo de ligação e predicativo. 
 Já a expressão correlativa de adição “não apenas...mas” (que será vista adiante), a qual une os dois 
elementos internos do predicativo do sujeito, pode ser dividida por vírgula, facultativamente. 
 Assim, pode-se retirar a vírgula após “histórico”; mas não se pode inserir a vírgula após o verbo de 
ligação “foi”. 
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Gabarito: E 
26. (CESPE / ABIN nível médio – 2010) 
Fragmento do texto: Os sistemas de inteligência são uma realidade concreta na máquina governamental 
contemporânea, necessários para a manutenção do poder e da capacidade estatal. Entretanto, representam 
também uma fonte permanente de risco. Se, por um lado, são úteis para que o Estado compreenda seu 
ambiente e seja capaz de avaliar atuais ou potenciais adversários, podem, por outro, tornar-se ameaçadores 
e perigosos para os próprios cidadãos se forem pouco regulados e controlados. 
Os adjetivos “úteis” (linha 3), “atuais” (linha 4) e “perigosos” (linha 5) caracterizam os “sistemas de 
inteligência” (linha 1). 
Comentário: Veja que agora a questão não usa a expressão “completar o sentido”, que cabe aos 
complementos verbais e nominal. Ela usa a expressão “caracterizam”, função típica do adjunto adnominal e 
do predicativo. 
 Esta questão cobrou a relação de subordinação e o paralelismo, isto é, a coordenação. Se todos os 
adjetivos enumerados na questão caracterizassem um só termo, haveria a coordenação; porém, não é isso 
que ocorre no texto. Os adjetivos “úteis” e “perigosos” são predicativos do sujeito e se referem a “Os 
sistemas de inteligência”. Portanto, qualificam esse sujeito. Já o adjetivo “atuais” é adjunto adnominal de 
“adversários”, qualificando-o. Portanto, a afirmativa da questão está errada, pois o referente não é o mesmo 
para todos os adjetivos. 
Gabarito: E 
27. (CESPE / Médico Perito INSS – 2009) 
Julgue a frase quanto à correção gramatical: 
O fato de haver vacinação compulsória, foi apenas mais um dos elementos para que a população do Rio, 
insatisfeita com o “bota-abaixo” e insuflada pela imprensa, se revoltasse. 
Comentário: Vimos que é importante reconhecer os termos básicos da oração para que se evite a separação 
deles por vírgula. Justamente isso foi cobrado nesta questão. 
 Perceba que a vírgula antes do verbo “foi” separou o sujeito do seu predicado. Por isso há erro 
gramatical. 
Gabarito: E 
28. (CESPE / Tribunal de Contas TO nível superior – 2009) 
No trecho “Meu pai era um homem bonito com muitas namoradas”, o sintagma “um homem bonito com 
muitas namoradas” complementa o sentido do verbo. 
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Comentário: O sintagma “um homem bonito com muitas namoradas” não complementa o sentido do verbo 
por não ser complemento verbal (objeto direto ou indireto), na realidade ele caracteriza o sujeito “Meu pai”, 
por ser o predicativo do sujeito. 
 Note que o verbo “ser” (“era”) é tipicamente um verbo de ligação. 
Gabarito: E 
4 – Complemento nominal 
Como vimos no início da aula, a transitividade não é privilégio dos verbos: há também nomes 
(substantivos, adjetivos e advérbios) transitivos. Isso significa que determinados substantivos, adjetivos e 
advérbios se fazem acompanhar de complementos. Esses complementos são chamados de complementos 
nominais e são sempre introduzidos por preposição: 
1) complemento nominal de um substantivo: 
Você fez uma boa leitura do texto. 
sujeito VTD objeto direto complemento nominal 
 Predicado verbal 
Note que o substantivo “leitura” é o nome da ação de “ler”. Como é natural o verbo ser transitivo, o 
substantivo também fica transitivo. 
Observe: 
Você leu o texto. 
sujeito VTD objeto 
direto 
 Predicado verbal 
 
Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto) 
Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal) 
2) complemento nominal de um adjetivo: 
Você precisa ser fiel aos seus ideais. 
sujeito locução verbal 
de ligação 
adjetivo na 
função de 
predicativo 
complemento nominal 
 Predicado nominal 
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 Quem é fiel é fiel a alguém ou a alguma coisa. Assim, o adjetivo “fiel” é transitivo, ou seja, necessita 
de complemento. 
 
3) Complemento nominal de advérbio: 
Você mora perto de Maria. 
Sujeito verbo 
intransitivo 
advérbio na função de 
adjunto adverbial de 
lugar 
complemento 
nominal 
 Predicado verbal 
Note que o advérbio “perto” necessita de um complemento: perto de algo ou de alguém. Podemos 
dizer que o complemento nominal é mais uma função substantiva da oração: nos casos citados 
anteriormente, o núcleo dos complementos é um substantivo (texto, ideais, Maria). Pronomes e numerais 
substantivos, assim como qualquer palavra substantivada, podem desempenhar essa função. Observe o 
pronome “lhe” atuando como complemento nominal na oração seguinte: 
Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa. 
 (fiel a alguém) 
Observe que o complemento nominal não se relaciona diretamente com o verbo da oração, e sim 
com um nome que pode desempenhar as mais diversas funções. 
A realização do projeto é necessária à população carente. 
Adj. 
Adn 
núcleo complemento 
nominal 
VL predicativo do 
sujeito 
complemento nominal 
sujeito predicado nominal 
A banca CESPE não cobra os nomes dos termos na prova; mas, em seu estudo, você pode ficar na 
dúvida quanto à diferenciação entre o adjunto adnominal e o complemento nominal. Segue a regra geral. 
2.4.1 Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal 
O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser confundido com o complemento 
nominal. Normalmente não haverá dúvida, pois, segundo o que foi visto, o adjunto adnominal é constituído 
de vocábulo de valor restritivo que caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o complemento 
nominal é termo que completa o sentido de um nome. Há dúvida quando os dois termos são 
preposicionados. Por exemplo: 
A leitura do livro é instigante. A leitura do aluno foi boa. 
 Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios: 
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1º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O termo preposicionado caracteriza o substantivo. O termo preposicionado complementa um 
substantivo, adjetivo ou advérbio. 
 Assim, em orações como “Estava cheio de problemas.”, “Moro perto de você.”, logo no primeiro 
critério, já saberíamos que “de problemas” e “de você” são complementos nominais, pois completam o 
sentido do adjetivo “cheio” e do advérbio “perto”, respectivamente. 
2º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O substantivo caracterizado pode ser concreto ou 
abstrato. 
O substantivo complementado deve ser abstrato. 
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de uma ação (corrida, pesca) ou 
de uma característica (tristeza, igualdade) e que o substantivo concreto é o nome de um ser independente, 
que conseguimos visualizar, pegar (casa, copo). Nas orações “Trouxe copos de vidro.” e “Vi a casa de pedra.”, 
os termos “de vidro” e “de pedra” são adjuntos adnominais, pois caracterizam os substantivos concretos 
“copos” e “casa”, respectivamente. 
3º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O termo preposicionado é agente. O termo preposicionado é paciente. 
Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo sublinhados são agentes, 
automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se pacientes, serão complementos nominais. Veja: 
Adjuntos adnominais: 
O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama) 
A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou) 
A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu) 
Complementosnominais: 
O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada) 
A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado) 
A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido) 
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29. (CESPE / PGE PE Analista Administrativo de Procuradoria 2019) 
Fragmento do texto: O desejo por igualdade em nossos dias, ensejado pela Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão, marco da modernidade, segundo Axel Honneth, advém de uma busca por 
autorrespeito. Para Honneth, houve uma conversão de demandas por distribuição igualitária em demandas 
por mais dignidade e respeito. O autor descreve o campo de ação social como o lócus marcado pela 
permanente luta entre os sujeitos por conservação e reconhecimento. O conflito, diz ele, força os sujeitos a 
se reconhecerem mutuamente e impulsiona a criação de uma rede normativa. 
A inserção de vírgula após a expressão “entre os sujeitos” (linha 5) manteria a correção gramatical e os 
sentidos do texto. 
Comentário: Com base no gabarito preliminar, a banca fez uma interpretação de que seria possível inserir a 
vírgula entre os termos “entre os sujeitos” e “por conservação e reconhecimento”, julgando, em princípio, 
que o termo “por conservação e reconhecimento” seria adjunto adverbial. Porém, há se perceber que o 
substantivo “luta” é abstrato e é derivado do verbo “lutar”. 
 Assim, como o termo preposicionado “por conservação e reconhecimento” tem valor paciente, é 
complemento nominal, e não adjunto adverbial. 
 Assim, a resposta correta seria a impossibilidade da inserção da vírgula, e o gabarito “ERRADO”. Como 
muitos candidatos entraram com recurso, a banca decidiu anulá-la para evitar prejuízo aos candidatos, 
afirmando que “A inserção da vírgula referida no item implicaria ambiguidade ao texto, fato que prejudicou 
o julgamento do item.”. 
Gabarito: ANULADA 
30. (CESPE / PC SE Delegado de Polícia 2018) 
Fragmento do texto: A unidade surgiu como delegacia especializada em setembro de 2004. Agentes e 
delegados de atendimento a grupos vulneráveis realizam atendimento às vítimas, centralizam 
procedimentos relativos a crimes contra o público vulnerável registrados em outras delegacias, abrem 
inquéritos e termos circunstanciados e fazem investigações de queixas. 
Os termos “a crimes contra o público” (ℓ. 3) e “de queixas” (ℓ. 4) complementam, respectivamente, os 
termos “relativos” e “investigações”. 
Comentário: Lembre-se de que o termo que complementa sentido de nome é o complemento nominal, por 
isso a questão, ao afirmar que os termos “a crimes contra o público” (ℓ. 3) e “de queixas” (ℓ. 4) 
complementam, respectivamente, os termos “relativos” e “investigações”, naturalmente declara que esses 
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termos são os complementos nominais do adjetivo “relativos” e do substantivo “investigações”, 
respectivamente. 
 Note que o adjetivo “relativos” rege a preposição “a”. Assim, conforme o critério 1 da diferença entre 
adjunto adnominal e complemento nominal, o termo “a crimes contra o público” é o complemento nominal. 
 O substantivo abstrato “investigações” rege a preposição “de”. Assim, conforme o critério 3 da 
diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal, o termo “de queixas” tem valor paciente (as 
queixas são investigadas) e é o complemento nominal. 
 Por tudo isso, a afirmação está correta. 
Gabarito: C 
31. (CESPE / MPU Analista 2018) 
Fragmento do texto: Os mecanismos que reproduzem as desigualdades devem ser revelados de forma que 
se possibilite seu enfrentamento pela sociedade civil por meio da cidadania ativa, buscando-se o 
aprofundamento da democracia e a garantia da justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos. 
Os termos “de gênero” (linha 3), “da igualdade racial” (linha 3) e “dos direitos humanos” (linha 3) 
complementam a palavra “justiça” (linha 3). 
Comentário: O termo que complementa sentido de nome é o complemento nominal. Assim, a questão 
afirma que os termos “de gênero” (linha 3), “da igualdade racial” (linhas 3 e 4) e “dos direitos humanos” são 
complementos nominais do substantivo “justiça”. 
 Na realidade, é o substantivo abstrato “garantia” que rege o termo paciente “da justiça de gênero, 
da igualdade racial e dos direitos humanos”. Assim, conforme o critério 3, entendemos que esse termo “da 
justiça de gênero, da igualdade racial e dos direitos humanos” é o complemento nominal composto, cujos 
núcleos são “justiça”, “igualdade” e “direitos”. Os termos “de gênero”, “racial” e “humanos” são os adjuntos 
adnominais. 
 Assim, a afirmação está errada, porque “justiça” é apenas o primeiro núcleo do complemento 
nominal, e o termo “de gênero” é adjunto adnominal e não complemento nominal. 
Gabarito: E 
32. (CESPE / PM AL Soldado 2018) 
Fragmento do texto: Dói. Dói muito. Dói pelo corpo inteiro. Principia nas unhas, passa pelos cabelos, contagia 
os ossos, penaliza a memória e se estende pela altura da pele. 
Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto caso o adjetivo “inteiro” (l.1) fosse substituído 
por inteiramente. 
Comentário: Note que “pelo corpo inteiro” é um adjunto adverbial, cujo núcleo é o substantivo “corpo” e 
o adjetivo “inteiro” é um adjunto adnominal. 
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 Note que tal termo serve para delimitar o sentido do substantivo “corpo”. 
 Com a troca pelo advérbio “inteiramente”, não haveria mais uma caracterização do substantivo, mas 
a modificação do verbo, transmitindo uma circunstância de modo. 
 Portanto, haveria correção gramatical, mas haveria mudança de sentido, por isso a afirmação está 
errada. 
Gabarito: E 
33. (CESPE / EMAP Cargos de nível médio – 2018) 
Fragmento do texto: A crescente internacionalização da economia, decorrente, principalmente, da redução 
de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e dos grandes avanços 
nas comunicações, tem exigido mudanças efetivas na atuação do comércio internacional. 
O emprego da preposição de introduzindo “das inovações” (linha 2) é exigido pela presença de “decorrente” 
(linha 1), sendo as inovações uma das quatro causas da crescente internacionalização mencionadas no texto. 
Comentário: Como a questão afirma que o emprego da preposição de introduzindo “das inovações” (linha 
2) é exigido pela presença de “decorrente”, ela quer nos induzir a pensar que “das inovações” seria o 
complemento nominal de “decorrente”, mas isso está errado. 
 Na realidade, o adjetivo “decorrente” rege a preposição “de”, a qual inicia o complemento nominal 
composto “da redução de barreiras ao comércio mundial, da maior velocidade das inovações tecnológicas e 
dos grandes avanços nas comunicações”. Note que os núcleos desse complemento são “redução”, 
“velocidade” e “avanços”. Assim, “das inovações tecnológicas” é apenas o adjunto adnominal, o qual delimita 
e caracteriza o núcleo “velocidade”. 
 Portanto, a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
34. (CESPE / Instituto Rio Branco Diplomata – 2016) 
Fragmento do texto: O relato, como o filme, dá conta do trágico percurso de Uirá, da tribo Urubu-Kaapor, 
no Maranhão deste século, o qual um dia fica iñaron quando, após muitas desgraças comuns ao destino dos 
índios brasileiros, como fome, espoliação, epidemias, perseguições, perde também um dos filhos 
Os termos “trágico” (linha 1), “de Uirá” (linha 1) e “deste século” (linha 2) exercem a mesma função sintática, 
na

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