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Métodos Usuais de Avaliação de Empresas

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Métodos Usuais de Avaliação de Empresas
Claudir
Giovane
Guilherme
 Leonardo
Sady
CONCEITOS INICIAS
A avaliação de empresas envolve não somente variáveis objetivas como preço de ações e o próprio patrimônio das empresas, mas também variáveis subjetivas como credibilidade no mercado, valor da marca da empresa ou de seus produtos etc.
As avaliações de entidades ou negócios dependem, em grande parte, das expectativas futuras de desempenho.
(MULLER, TELÓ, 2003)
CONCEITOS INICIAIS 
O valor de um empreendimento varia conforme benefícios líquidos que esperamos dela extrair no presente e futuro, podendo assim essa avaliação assumir dois pressupostos: descontinuidade e continuidade.
Um aspecto que deveria estar evidenciado nos relatórios, era um novo grupo de itens patrimoniais, o capital intelectual, pois segundo ele a contabilidade esta voltada exclusivamente nos capitais físicos e monetários, onde esse capital intelectual seria composto por ativos intangíveis, sendo subdividido:
 
 SVEIBY (1997)
CAPITAL INTELECTUAL
Competência das pessoas: seria a capacidade dos empregados gerar ativos intangíveis e tangíveis, em uma variedade de situações;
Estrutura interna: seria em relação ao conhecimento na organização, incluindo sistemas, modelos, criados pelos empregados da empresa, e a estrutura externa seria o conhecimento gerado pelas relações entre empresa;
agentes externos, tais como clientes, fornecedores, margem de reputação da companhia. 
atividade baseadas no conhecimento, como química, informática, e telecomunicações. 
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Avaliação por contábil
Este é um método pouco utilizado para empresas em funcionamento nominal e com projeções de crescimentos futuros, por não considerar fatores que afetam o valor de venda uma empresa, como o posicionamento no mercado, evolução de faturamento, resultados acumulados e outros, que não aparecem nas demonstrações contábeis.
Avaliação por contábil
Em geral, este modelo se aplica de forma mais prática para venda de empresas que não estão em operação e que possuem um ativo imobilizado de grande expressão. Um exemplo são industrias paralisadas ou pátios industriais, visto que,é uma imagem estática com base nos ativos físicos da empresa.
Avaliação por Liquidação
Considera a venda de todos os bens listados no balanço, como imóveis, máquinas e equipamentos. A partir disso, soma-se o dinheiro disponível obtendo-se um resultado, do qual desconta-se todas as dívidas para obter o valor da empresa. Este método é simples de se calcular, porém, limita-se aos imobilizados e não considera outras informações como, por exemplo, a carteira atual de clientes da empresa.
Fluxo de caixa livre
O modelo do fluxo de caixa livre ou free cash flow utiliza o denominado fluxo de caixa operacional, que é o fluxo de caixa gerado pelas operações normais da empresa, desconsiderando empréstimos. É o montante financeiro que estará disponível para investimentos em ativos fixos e necessidades de capital de giro.
Para calcular o fluxo de caixa futuro, deve-se prever o volume de caixa a ser recebido e que deve ser pago em cada período. Pode-se dizer que é, basicamente, a abordagem da elaboração do orçamento de caixa. 
Entretanto, na avaliação de empresas, há a necessidade de previsão dos fluxos de caixa em períodos maiores do que nos orçamentos de caixa.
A contabilidade tradicional não traz essa informação diretamente em seus relatórios, usando apenas as provisões e alocando receitas, custos e despesas, usando mecanismos arbitrários em muitos casos. 
Essa face da contabilidade distorce a percepção apropriada quando se calcula o fluxo de caixa, pois para o cálculo do valor da empresa devem-se considerar como caixa os valores a receber e a pagar efetivos e não apenas provisionados segundo critérios definidos pela empresa ou parametrizados pela legislação. 
Para calcular o fluxo de caixa livre, deve-se desconsiderar o financiamento das operações da empresa e direcionar o enfoque sobre o resultado financeiro dos ativos da empresa após a tributação, extraindo da contabilidade para período os investimentos necessários para a continuidade das operações.
Abordagem do Valor Contábil Ajustado (ou Abordagem Patrimonialista)
O Valor Contábil é a mais direta abordagem do valor de uma empresa e baseia-se nas informações fornecidas pelo Balanço. 
A fraqueza deste método é que o valor dos ativos e passivos é baseado em seus custos históricos, não levando em conta fatores como inflação e obsolescência, e podem divergir muito de seus valores de mercado. 
Além disso existem ativos intangíveis valiosos como, por exemplo, marcas, redes de relacionamentos, seus recursos humanos, a reputação da empresa, etc. (chamados por CORNELL e SHAPIRO, 1987, de "capital organizacional") não refletidos no Balanço.
Para fazer com que o valor de livro se aproxime do valor de mercado é necessário fazer alguns ajustes no Balanço. As duas formas de ajuste mais comuns são de estimar os ativos da empresa pelos seus custos de reposição ou pelos seus valores de liquidação.
O valor da empresa nesta abordagem pode ser feito de duas maneiras:
a) diretamente, somando-se o valor de livro do capital próprio (o patrimônio líquido)
b) indiretamente, somando-se os ativos totais e subtraindo-se os passivos circulantes mais o exigível a longo prazo.
Abordagem por Comparação Direta
Esta abordagem, também chamada de avaliação relativa, baseia-se no princípio da teoria econômica (e no senso comum) que diz que ativos semelhantes deveriam ter preços semelhantes. 
Com isso, uma maneira de se avaliar uma empresa seria achar outra empresa idêntica, ou pelo menos comparável, que tenha sido negociada entre um comprador e um vendedor razoavelmente bem informados. Esta abordagem funciona bem, por exemplo, na avaliação de imóveis.
Abordagem da Avaliação dos Fluxos de Caixa Descontados
A abordagem dos fluxos de caixa descontados é uma variante do método mais genérico dos Retornos Futuros descontados a Valor Presente, que se baseia na teoria de que o valor de um negócio depende dos benefícios futuros que ele irá produzir (denominados em termos de fluxos de caixa ou lucros), descontados a um valor presente usando-se uma taxa de desconto apropriada que reflita os riscos inerentes aos fluxos estimados.
Metodologia do Valor Patrimonial de Mercado
Caso esta metodologia passe a ser utilizada para a determinação do Valor da Empresa, a condicionante é que os valores contábeis do Ativo, Passivo e PL sejam compatíveis aos seus valores de mercado. Isso pressupõe a reavaliação e a atualização dos valores dos ativos e passivos, considerando os efeitos de depreciação, amortização, exaustão, inflação, taxa de juros, paridade cambial, etc.
As três primeiras variáveis aplicam-se aos elementos do ativo imobilizado que são: Depreciação, Amortização e Exaustão.
Baseando-se nessa metodologia, o valor de mercado da empresa é expresso pela equação: 
Valor da Empresa( PL) = Valor do Ativo Total Ajustado – Valor do Passivo Total Ajustado
 Avaliação com base no Economic Value Added (EVA)
 Desenvolvido pela Stern Stewart & CO, e é possível obter o valor de uma empresa com base no seu lucro econômico, através da formula:
 Valor da Empresa = Valor Presente dos EVA Futuros +Capital Empregado. Calcula-se e projeta-se os EVA futuros.
 Valor econômico da empresa
 É fundamental a diferenciação do que representa o Valor Econômico da Empresa e o Valor da Empresa para seu Acionista.COPELAND, KOLLER e MURRIN, pode-se definir:
 Valor Econômico da Empresa = Valor Presente dos Fluxos de Caixa + Valor Residual ou Valor da Perpetuidade + Valor de Mercado dos Ativos não Operacionais
 Valor da Empresa para o Acionista = Valor Econômico da Empresa – Valor de Mercado dos Passivos de Longo Prazo(Capital de Terceiros Oneroso)
 O valor de uma empresa,
apurado nesse método,é determinado pelo fluxo de caixa futuro de suas operações.Caso possua ativos não empregados nas atividades operacionais, estes ativos devem ter seu valor de mercado somados ao valor econômico da empresa, assim devem ser deduzidos o valor dos passivos não operacionais, pois não contribuem para o fluxo de caixa operacional.
 O processo determinado por magistrado, efetuado por perito contábil,determina para fins judiciais, o valor das quotas ou ações de uma sociedade em funcionamento ou em marcha.Não são de natureza jurídica, mas sim analisar a metodologia de avaliação judicial de sociedades, a jurisprudência consolidada em demandas jurídicas, em decorrência de dissidências societárias, 
 Os procedimentos básicos para elaboração do cálculo do Goodwill, pode-se definir Balanço de Determinação como sendo um balanço patrimonial especial, elaborado para fins judiciais por perito contábil, a partir de balanço patrimonial oficial da empresa, que não afeta a contabilidade e é utilizado para determinar o montante dos haveres que cabe ao sócio dissidente, excluído ou falecido. Os procedimentos estão fundamentados na NBC-T-4, dois princípios avaliatórios de ativos e passivos devem nortear os trabalhos da perícia e a elaboração do Balanço de Determinação, o Valor de Mercado é considerado o preço do ativo à vista praticado, devem ter como base transação mais recente, cotação em bolsa e outras evidências disponíveis e confiáveis
A Metodologia de cálculo do balanço de determinação para elaboração do Balanço de Determinação são as disponibilidades que são saldos em caixa e contas correntes, moeda estrangeira, aplicações financeiras, outros ativos financeiros, avaliações dos Itens não monetários que são estoques, e são sempre avaliados a valor de mercado, os investimentos permanentes que as empresas são avaliadas pelo valor de mercado do patrimônio líquido na data base, o imobilizado que são avaliados a preços de mercado, o ativo diferido que com base no custo de aplicação ou investimento, deduzidos das respectivas amortizações até a data base, as contingências que são todas ativas e passivas conhecidas, originárias de todos os campos jurídicos devem ser consideradas, avaliadas por advogados e consignadas no Balanço de Determinação. Como resultado dos cálculos, apura o valor patrimônio líquido a valores de mercado, quantifica o valor de capital necessário para se reconstituir a empresa no estado em que se encontra.
Diferenças entre a avaliação de PMEs e de grandes empresas
Pequenos negócios têm em geral um nível de tratamento contábil pouco profissional, usualmente não auditado ou revisto.
É mais comum uma contabilidade em regime de caixa do que em regime de competência.
A análise dos lucros nas pequenas empresas são frequentemente mostradas antes de impostos, enquanto que nas grandes empresas os lucros são após os impostos.
Os dados históricos das operações são geralmente mais curtos e não tão confiáveis do que em grandes empresas.
 Quanto menor a empresa, menor a quantidade de dados de comparação com empresas similares que sejam publicamente disponíveis.
Os proprietários e os administradores (e até os funcionários) em geral são as mesmas pessoas nas empresas pequenas. Deve-se levar em consideração se o sucesso do negócio não depende em grande parte de habilidades pessoais dos mesmos e que pode "ir embora" com a transferência de proprietário.
A compensação dos proprietários de uma pequena empresa é uma variável muito importante e geralmente segue os lucros ou fluxo de caixa da empresa e não as taxas de mercado.
A compra e venda de pequenas empresas é feita por outras motivações que as de investimento estritamente financeiro.
Pequenos negócios têm em geral uma estrutura de capital mais simples.
Avaliação com Base em Empresas Similares
Este método está fundamentado na teoria econômica que diz que ativos semelhantes deveriam ter valores semelhantes, onde Trata-se de um método de avaliação comparativo entre empresas similares àquela que está sendo avaliada.
Esta comparação pode ser realizada através de transações similares, como mencionado, ou indicadores financeiros, como o índice P/L (preço / lucro por ação), desta forma: P(preço da ação) /L (lucro por ação) = K (fator), portanto, P = K x L
Avaliação através de múltiplos
Existem diversos possíveis múltiplos que podem ser adotados para avaliação de empresas. Mas este artigo apresentação os mais usuais:
Múltiplos de Fluxo de Caixa Operacional: este método é calculado com base no EBITDA, ou seja, os ganhos operacionais antes dos juros, impostos, depreciação e amortização. Sendo o valor da empresa determinado pela multiplicação do EBTIDA por uma variável apurada em transações semelhantes no mesmo setor de atuação da empresa avaliada.
Múltiplos de Faturamento: Neste método o lucro contábil e a geração de caixa são substituídos pelo faturamento da empresa, tornando irrelevante as demais informações sobre os demais itens do resultado do exercício.
Outros Múltiplos: Alguns autores mencionam a possibilidade de se utilizar neste método outros multiplicadores como Lucros ou Payback, no entanto, dadas as limitações qualitativas destas variáveis, estes procedimentos são pouco usuais.
Avaliação com base no valor das ações em bolsa de valores 
Trata-se de um método válido para sociedades anônimas de capital aberto e onde as ações não apenas sejam negociadas em bolsa de valores, mas também tenham expressiva liquidez de mercado, que garanta ao seu preço um valor sujeito a poucas oscilações.
Calculado pela seguinte equação:
Valor da empresa= (cotações das ações ordinárias X qtde. ações ordinárias emitidas) + (cotações das ações preferenciais X qtde. ações preferenciais emitidas) 
Ação ordinaria: que garante a quem a possui o direito a voto e à participação nas decisões da companhia
Ação preferencial: preferencia no recebimento de valores como distribuição de lucros. 
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Vantagens	 	 
		Dados sobre o desempenho	Oportunidade de investimento para novas investidoras
		Mostrar se o negocio é viável	
			Avaliação dos gestores em gerar riqueza para os acionistas
		Melhorar condições competitivas	
		Analise de projetos de investimento	
		Determinar preço de compra e venda de ações	Ferramenta de gestão
	 
 
 
Desvantagens
 	 
Confiar em projeções	Nos três modelos de fluxos descontados: dividendos, lucros e fluxos de caixa livre é necessário um grande esforço do analista em estimar os fluxos futuros.
		 
A avaliação errada pode acarretar em perdas significativas para uma empresa.	
		 
Barreiras de entradas	
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Estudo de caso
Wagner Peixoto de Paiva 2001
Wagner procurou a aplicação dos conceitos na avaliação de uma empresa de porte médio na área da saúde, baseando-se nos demonstrativos financeiros de 1998 e 1999 e realizando-se entrevistas com os proprietários e alguns grupos de funcionários. 
A empresa é um hospital geral de médio porte localizada no ABC Paulista, caracterizada como uma sociedade civil de cotas limitadas, sendo os proprietários os próprios administradores.
Conforme a análise dos demonstrativos financeiros e entrevistas com o contador e com os proprietários, obtiveram-se as observações da situação econômico-financeira da empresa.
 Em resumo, a empresa tem uma boa estrutura operacional montada e bom potencial de geração de negócios na região, porém se apresenta em sérias dificuldades financeiras.
Após aplicou os diversos modelos de avaliação de PMEs, e determinou-se os valores.
a) Métodos Patrimonialistas
a.1. Valor Contábil Puro
R$36.000,00 (valor de livro) 
a.2. Valor Contábil Ajustado
R$1.400.000,00 (estimando-se os valores que seriam atuais para os Ativos Totais e subtraindo-se o Passivo atual)
 
a.3. Valor de Substituição
R$ 9.000.000,00 (estimativa extremamente difícil de ser efetuada pela complexidade e variedade dos ativos envolvidos que deveriam ser adquiridos novos)
a.4. Valor de Mercado dos Ativos
Usando-se informações de agentes especializados neste tipo de negócio
sobre o preço efetivo de venda:
R$6.000.000,00
 
a.5. Valor de Liquidação
Considerou-se uma diminuição de 50% do valor de mercado dos ativos quando ocorre a liquidação da empresa:
R$3.000.000,00
 
b) Métodos Comparativos
Não foi possível fazer análises comparativas de valor pois, não foram
encontrados indicadores de valor específicos de empresas "comparáveis".
 
c) Modelo de Fluxos de Caixa Descontado
Segundo os proprietários, existem algumas soluções jurídicas de médio e longo prazo para a dívida e algumas medidas estão sendo tomadas em relação à diminuição das despesas operacionais atuais. Além disso, existe uma capacidade inativa que pode ser reutilizada com estratégias comerciais junto aos convênios. Com estas suposições e algumas outras premissas foram projetados os fluxos de caixa dos próximos 5 anos. Utilizou-se uma taxa de desconto alta compatível com o elevado risco do empreendimento.
O valor calculado foi: R$7.200.000,00
Estudo de caso
Wagner Peixoto de Paiva 2001
Foi concluído assim então que fazendo-se uma avaliação global dos diversos valores e fatores, do ponto de vista de um avaliador neutro, o valor da empresa, em 1 de setembro de 1999, poderia ser estimado entre 6 e 7 milhões de Reais.
Evidenciou-se a grande variância entre os valores obtidos através dos diferentes métodos de avaliação (valores entre 36 mil e 9 milhões de Reais). Isto apoia a teoria sobre a avaliação como um processo para se determinar um valor em uma data específica e não um "preço final".

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