Buscar

2016 Simulado Comentado - MEGE - MP SC - 218p

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 218 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 218 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 218 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUCIONAL 
 
O Curso Mege adota um modelo completamente diferenciado de ensino jurídico, em 
que procura individualizar sua atuação para cada candidato, com atuações em fases e 
concursos específicos – com a mentalidade de personalizar o estudo através de 
treinamentos, suporte, envio de materiais inéditos, videoconferências para aulas 
expositivas coletivas, videoconferências individuais (professor e aluno) para correções 
de atividades, planejamento de estudo e desempenho de atividades voltadas para a 
realidade de cada desafio. Cada proposta é especificada para aquilo que a Equipe 
considera como o mais apropriado para cada realidade. Com essa dinâmica o Mege 
tornou-se um recordista de aprovações. 
A Equipe é formada por Professores com experiência em preparatórios para carreiras 
jurídicas; Ex-examinadores de concursos para Magistratura, Ministério Público e 
Defensoria Pública; Juízes de Direito; Promotores de Justiça; Defensores Públicos; 
Autores de obras jurídicas; Doutores; Mestres; Especialistas; Pesquisadores; em uma 
verdadeira fusão de experiências e conhecimentos em prol da especialização de ensino 
(notadamente, no fortalecimento do conteúdo jurídico). 
A equipe MEGE auxiliou inúmeros candidatos a lograrem êxito nos certames mais 
variados. A excelência no trabalho realizado e a individualização de orientação ao 
aluno revelam-se nos altos índices de aprovações. Para fins de informações sobre 
resultados homologados seguem os dados de aprovações mais significativos do Mege 
entre 2015 e Maio de 2016: 
27 Juízes de Direito no TJ-PE (1º, 2º e 3º lugares na Prova Oral do concurso); 19 Juízes 
de Direito no TJ-RR; 10 Juízes de Direito no TJ-SP; 26 Juízes de Direito no TJ-RN (1º 
lugar geral no concurso); 26 Juízes de Direito no TJ-PA; 7 Juízes de Direito no TJ-DFT; 9 
Juízes de Direito no TJ-CE (2º e 3º lugares na Prova Oral do concurso); 2 Juízes Federais 
no TRF-4; 28 Promotores de Justiça no MP-PA (1º lugar na prova oral e 1º lugar na 
prova de tribuna); 15 Promotores de Justiça no MP-AM; 3 Promotores de Justiça do 
MP-SP; 7 Promotores de Justiça no MP-BA; 28 Defensores Públicos na DPE-PB (1º lugar 
geral no concurso, 4 entre os 6 primeiros lugares do certame na prova oral); 23 
Defensores Públicos na DPE-MS; 17 Defensores Públicos na DPE-CE, 17 Defensores 
Públicos na DPE-PA; 21 Defensores Públicos na DPE-MA; 67 Defensores Públicos na 
DPE-RN; 
Atuamos, nesse momento, com turmas de primeira fase (regular), segunda fase e 
provas orais específicas. É importante ressaltar que a mentalidade de personalização 
de ensino, sempre com limitação de vagas, associada à pesquisa aplicada para cada 
banca, cada fase e sempre com a intenção de anteciparmos questões e temas de 
prova, o que ocorre com frequência, tem sido motivo de obtenção, corriqueiramente, 
das primeiras colocações no certames em que atuamos. 
 
 
 
 
O Simulado comentado neste material foi produzido para servir como uma ferramenta 
de estudo para a 1ª fase do MP-SC. Nas questões seguem palpites de temas e 
explicações pontuais sobre possíveis assuntos a serem apresentados pela banca 
examinadora. O trabalho foi realizado após pesquisa de banca realizada pelo corpo 
docente e visa auxiliar como um norte do que pode ser a essência da próxima prova. 
Boa revisão para todos! 
 
EQUIPE MEGE (1ª FASE DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL) 
 
COORDENAÇÃO 
ANDRÉ ZECH SYLVESTRE. Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado Ceará, 
desde setembro de 2014, aprovado em 13o lugar (2011 – FCC); Procurador do Estado 
de São Paulo, de junho de 2010 a setembro de 2014, aprovado em 21o lugar no XX 
Concurso de Ingresso (2009 - FCC), tendo tomado posse aos 23 anos; Aprovado em 1o 
lugar (2008 – CESPE) para o cargo de Analista Judiciário - Área Judiciária, do Tribunal 
de Justiça do Estado do Ceará, ainda durante a graduação; Graduado, com abreviação 
do curso por extraordinário aproveitamento nos estudos (art. 47, §2o, da Lei federal n. 
9.394/1996), pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR, em 2009; Mestrando, desde 
2014, em Direito Financeiro pela Universidade de São Paulo - USP, com créditos 
concluídos (2013 - FUVEST/USP). 
 
PROFESSORES 
1. ADALBERTO FERREIRA DE SOUZA JUNIOR. Promotor de Justiça do Ministério Público 
do Estado do Mato Grosso. Pós-Graduado em Processo Penal e Processo Civil pela 
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 
2. ALEXANDRE BRASILEIRO DE QUEIROZ. Promotor de Justiça do Ministério Público do 
Estado de Minas Gerais; Ex-Procurador Federal da Advocacia-Geral da União; 
Graduado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. 
3. CÍNTIA CAMPOS DA SILVA Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Feira 
de Santana; Aprovada nos concursos públicos para os cargos de Promotor de Justiça 
do Ministério Público dos Estados de Alagoas, Pernambuco e da Bahia; Aprovada para 
o cargo de Defensora Pública do Estado do Piauí; Aprovada para o cargo de Advogada 
do Conselho Regional de Administração da Bahia; Aprovada para o cargo de Analista 
de Processos Administrativos – Advogado da Companhia de Desenvolvimento Urbano 
do Estado da Bahia – CONDER. 
4. EDUARDO VELLOSO ROOS. Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de 
São Paulo (desde 2016). Ex-Delegado de Polícia no Estado de São Paulo (2012/2015). 
Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP. 
 
 
 
5. FERNANDO FERREIRA ABREU. Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais 
(2001). Coordenador do Procon Estadual do Estado de Minas Gerais. Professor de 
Direito Penal e Processo Penal com experiência em graduação e cursinho preparatório 
para carreiras jurídicas (2001 a 2010). Graduado em Direito pela Universidade Federal 
de Uberlândia (2000). 
6. JULIANA RODRIGUES BARBOSA. Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de 
Pernambuco; Aprovada para o cargo de Promotora de Justiça do Ministério Público do 
Estado do Pará e da Bahia (8º lugar, aguardando nomeação). Aprovada para o cargo de 
Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (7º lugar, nomeada e 
empossada). Aprovada para o cargo de analista judiciário do Ministério Público da 
União em 2010, ainda durante graduação; Pós-graduada em Direito Processual Civil 
pela Escola da Magistratura de São Paulo; Pós-graduada em Direito Constitucional e 
Administrativo pela Escola Paulista de Direito; Graduada em Direito pela Universidade 
Presbiteriana Mackenzie/SP. 
7. MARIA ANITA ARARUNA CORRÊA. Graduada em Direito pela Universidade de 
Fortaleza (2012.2); Especialista em Direito Penal e Processual Penal (2014); Aprovada 
para Promotora de Justiça do Estado da Bahia (2° lugar); Aprovada no VI concurso para 
a Defensoria Pública da União (não tomou posse por não ter os 3 anos de prática 
jurídica); Aprovada para Delegada de Polícia do Estado do Ceará; Aprovada para 
Analista Judiciário - Execução de Mandados do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará 
(em exercício ); Aprovada Procuradora do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do 
Ceará ( 1° lugar); Aprovada para Analista do TRF 5. 
8. SANDRO HENRIQUE HALFELD BARROS. Promotor de Justiça no Ministério Público do 
Goiás (aprovado no 57º Concurso – 2014); aprovado Promotor de Justiça no Ministério 
Público do Tocantins (Cespe/Unb, 2013); aprovado Delegado de Polícia Civil em Minas 
Gerais; Especialista em Direito Público pelo Centro Universitário Metodista Izabela 
Hendrix (IMIH, 2006); Especialista em Direito Eleitoral pela PUC Minas (2009); 
Doutorando em Direto Penal pela Universidade de Buenos Aires, Argentina.
 
 
1 
CURSO MEGE 
 
E-mail: primeirafase@mege.com.br 
concursos@mege.com.br 
Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) 
Telefone fixo: (99) 932143200 
Material: Gabarito Preliminar comentado (Simulado MP-SC) 
Turma: Regular de 1ª fase para Ministério Público 
Autores: Professores da TurmaRegular de 1ª fase para Ministério Público 
 
 
PROCESSO SELETIVO PREAMBULAR OBJETIVO 
(GABARITO PRELIMINAR COMENTADO) 
FASE MATUTINA 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
01 ª QUESTÃO: 
( ) São gratuitos a todos os brasileiros nos termos da Constituição Federal o registro 
civil de nascimento, certidão de óbito e as ações de habeas corpus e habeas data 
GABARITO: FALSO 
Dispõe a Constituição Federal, em seu artigo 5º inciso LXXVII – “são gratuitas as ações 
de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da 
cidadania”. A gratuidade para os atos necessários ao exercício da cidadania se dará na 
formada lei, ou seja, exige-se norma infraconstitucional para que tenha materialização 
prática. Tal normatização já foi criada, e corresponde às Leis 9.265/96 e 9.534/97. 
Dispõe, ainda, em seu inciso LXXVI – “são gratuitos para os reconhecidamente pobres, 
na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito”. 
Neste sentido, a questão exigia que o candidato conheça que somente aos 
reconhecidamente pobres é gratuito o registro civil de nascimento e certidão de óbito 
e não a todos os brasileiros, conforme trouxe o enunciado em tela. 
Dicas rápidas sobre o assunto: inciso LXVlll do art. 5° da CF, segundo o qual conceder-
se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de 
poder, traz uma norma constitucional de eficácia plena, dotada, pois, de aplicabilidade 
direta, imediata e integral, que não necessita de lei infraconstitucional para torná-la 
aplicável e nem admite lei infraconstitucional que lhe restrinja o conteúdo. 
 
 
2 
O habeas corpus não admite revolvimento do contexto fático probatório. 
STF: "O habeas corpus é medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a 
quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal, haja vista a possibilidade 
destes resultarem em constrangimento à liberdade do investigado. Com base nesse 
entendimento, a Turma, resolvendo questão de ordem (,,.),Alegava-se, na espécie, 
ofensa ao art. 5°, LXVlll, da CF, ao fundamento de que a decisão que determinara a 
quebra de sigilos não ameaçaria o imediato direito de locomoção do paciente, 
consoante exigido constitucionalmente"(AI 573623 QO/RJ, julgado em 2006 e relatado 
pelo Ministro Gilmar Mendes) 
Admite-se a impetração de habeas corpus contra ato de particular. Assim é a lição da 
doutrina,que ilustra o cabimento: "contra o médico que ilegalmente promove a 
retenção de paciente no hospitalou contra o fazendeiro que não libera o colono da 
fazenda" (CUNHA, Rogério Sanches; LORENZATO, Gustavo Müller; FERRAZ, Maurício 
Lins e PINTO, Ronaldo Batista. Processo Penal Prático. 2 ed. Salvador: Juspodivm,2007, 
p. 180). 
Os estrangeiros podem se utilizar do habeas corpus. 
Nos termos da Súmula nº 693 do STF: "Não cabe habeas corpus contra decisão 
condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a 
que a pena pecuniária seja a única cominada". 
Súmula n° 694 consigna expressamente que: "Não cabe habeas corpus contra a 
imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função 
pública". 
Segundo o STF, o habeas corpus é meio processual destinado à proteção do direito de 
ir e vir ameaçado por ilegalidade ou abuso de poder. Daí a impropriedade desse 
instrumento processual para solver controvérsia cível. Ainda que se admita que a ação 
de improbidade administrativa tem natureza penal, não há como trancá-la em habeas 
corpus,porquanto as sanções previstas na Lei 8.429/1992 não consubstanciam risco à 
liberdade de locomoção." {HC100.244-AgR, julgado em 2009 e relatado pelo Ministro 
Eros Grau). 
Segundo a Súmula 395do STF, não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto 
seja resolver sobre o ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de 
locomoção. 
Conforme a Súmula 695 do STF,não cabe habeas corpus quando já extinta a pena 
privativa de liberdade. 
A doutrina e a jurisprudência predominantes, a pessoa jurídica pode impetrar habeas 
corpus apenas se for em favor de pessoa física. A pessoa jurídica não poderia impetrar 
a ação em seu favor porque ela não teria liberdade ambulatorial(de ir e vir) ameaçada 
ou violada. 
 
 
3 
Conforme art. 5º, XXXIV, "b", da CF, são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas,para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Entretanto, não sendo 
atendido o pedido de certidão por ilegalidade ou abuso de poder, em regra será 
cabível o mandado de segurança(art. 5º, LXIX, da CF). O habeas data fica restrito às 
situações em que se busca o reconhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante (e não apenas de interesse pessoal), constante de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público. 
O habeas data também é admissível para a retificação de dados constantes de 
registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público 
quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
No procedimento do habeas data não há o denominado reexame necessário ou 
recurso de ofício. 
Nos termos do art. 1º, § 2º, da Lei 12.016/09, não cabe mandado de segurança contra 
os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, 
de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. 
Segundo a Súmula 627 do STF, no mandado de segurança contra a nomeação de 
magistrado da competência do presidente da república, este é considerado autoridade 
coatora, ainda que o fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em fase 
anterior do procedimento. 
É tranquilo o entendimento doutrinário e jurisprudencial quanto ao cabimento 
demandado de Injunção contra o Presidente da República. 
 
02 ª QUESTÃO 
( ) É garantido o direito a creches e pré escolas aos crianças até 4 anos de idade 
Resposta: FALSO 
A Constituição Federal prevê no artigo 7, inciso XXV que a “assistência gratuita aos 
filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e 
pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)”. 
Ressalte-se que a lei de diretrizes e bases – lei 9394 dispõe que: 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a 
garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
 
4 
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada 
pela Lei nº 12.796, de 2013) 
O direito à creche é contextualizado dentre os direitos sociais. 
Prescreve o art. 208, IV da Constituição da República que: 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; 
O ECA, por seu turno, repete quase literalmente o dispositivo. 
Há volumoso e unânime entendimento jurisprudencial reconhecendo a obrigação do 
Poder Público em oferecer o atendimento educacional. Ressalte-se que o 
entendimento é que tal disposição não é meramente programática e deve ser 
implementada pelo Poder Executivo. 
O Ministério Público propõe diariamente ações civis públicas em defesa dos menores 
desprovidos de atendimento emcreche e escolas. A ação em tela é possível ainda que 
na defesa de uma só criança, já que direito indisponível desta. Inclusive, a omissão dos 
responsáveis e pais em matriculá-los na escola viola o Eca e pode configurar crime de 
abandono de incapaz, previsto no Código Penal. Discute-se a possibilidade de ensino 
em casa, domiciliar, como ocorre nos Estados Unidos. Entende-se que tal modalidade 
de ensino viola frontalmente a legislação respectiva e não é permitida no Brasil. 
 
03 ª QUESTÃO 
( ) A Constituição Federal não prevê expressamente o direito ao reconhecimento 
das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
Resposta: FALSO 
A Constituição Federal prevê expressamente: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores 
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VI - 
irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo”. 
Dispõe o art. 611 da CLT, in verbis: 
“Convenção coletiva de trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou 
mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam 
condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às 
relações individuais de trabalho” 
Nos termos do § 1º do art. 611 da CLT: 
 
 
5 
“É facultado aos sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar 
acordos coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria 
econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou 
das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho”. 
O candidato deve se atentar que a prova do MPSC possui muitas disposições de lei/da 
Constituição da República quase que literal e com mudanças sutis nas questões e 
alternativas. 
 
04 ª QUESTÃO 
( ) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:I - tiver cancelada 
sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional;II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de 
nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela 
norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; 
Resposta: VERDADEIRO 
Dispõe a Constituição Federal – artigo 12: “§ 4º - Será declarada a perda da 
nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra 
nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão 
nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de 
naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, 
como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos 
civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)”. 
Os efeitos jurídicos de sentença transitada em julgado que trate da perda da 
nacionalidade brasileira são personalíssimos, não podendo se estender, portanto, a 
terceiros. 
A perda de nacionalidade, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, é 
procedimento judicial (art. 12, § 4º, I, da CF). Uadi Lammêgo Bulos esclarece que a 
"ação de cancelamento de naturalização é proposta pelo Ministério Público Federal. 
Os direitos políticos e os partidos políticos também são direitos fundamentais, 
notadamente por estarem incluídos no Título lI da CF, denominado como "dos direitos 
e garantias fundamentais". 
O mandado de injunção é um remédio constitucional que serve para atacar o 
problema da falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania (art. 5º, LXXI, da CF). Não há previsão constitucional ou legal 
 
 
6 
sobre a impetração de mandado de injunção em favor de terceiro, apesar de o STF já 
ter admitido o mandado de injunção coletivo 
A nacionalidade secundária é adquirida por meio da naturalização, que pode ser 
requerida tanto pelo apátrida (sem nacionalidade) como pelo estrangeiro. Existem dois 
tipos de naturalização: i. Naturalização Ordinária ou comum (art. 12, li, "a", da CF: os 
que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de 
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade 
moral) e; ii. Naturalização Extraordinária (os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e 
sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira). Apenas na 
Naturalização Ordinária é que, mesmo que os estrangeiros e apátridas satisfaçam os 
requisitos para a obtenção da naturalização, o Poder Executivo dispõe de competência 
discricionária para concedê-la ou não. Na Naturalização Extraordinária, preenchidos os 
requisitos, não há discricionariedade para a concessão da naturalização. 
 
05 ª QUESTÃO 
( ) militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:I - se contar 
menos de dez anos de serviço, deverá passar a inatividade; II - se contar mais de dez 
anos de serviço, deverá ser afastado. 
Resposta: FALSA 
Dispõe a Constituição Federal- artigo 14: § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as 
seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
O militar alistável é o que não esteja cumprindo serviço militar obrigatório, consoante 
art. 14, § 2º, da CF). 
 
06 ª QUESTÃO 
( ) É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará 
nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II 
- incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto 
durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 
alternativa; 
Resposta: FALSO 
 
 
7 
Dispõe o artigo 15 da Constituição Federal que: Art. 15. É vedada a cassação de direitos 
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
De acordo com a jurisprudência dominante do Tribunal Superior Eleitoral, a absolvição 
criminal imprópria transitada em julgado, com aplicação de medida de segurança a 
indivíduo inimputável, ainda que não reconhecida formalmente a respectiva 
incapacidade civil absoluta, é só por si causa apta para a suspensão dos direitos 
políticos (Processo nº 19.297/ TSE, julgado em 2006). 
Segundo a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, a suspensão dos 
direitos políticos, enquanto efeito da condenação criminal transitada em julgado, 
persiste mesmo no curso do período de prova da suspensão condicional da pena 
(sursis), consoante RMS 22.470-AgR, julgado em 2006 e RE 577.012-AgR, julgado em 
2010. 
No RE 179.502/SP, Rei. Min. Moreira Alves, firmou-se o entendimento segundo o qual 
não é o recolhimento do condenado à prisão que justifica a suspensão de seusdireitos 
políticos, mas o juízo de reprovabilidade expresso na condenação. 
 
07 ª QUESTÃO 
( )Segundo a Constituição Estadual, o Poder Judiciário assegurará preferência no 
julgamento do habeas-corpus, do mandado de segurança e de injunção, do habeas-
data, da ação direta de inconstitucionalidade, popular, indenizatória por erro judiciário 
e da decorrente de atos de improbidade administrativa. 
Resposta: VERDADEIRO 
Leia a Constituição do Estado do concurso que irá prestar. Seja diligente. 
Segue link da Constituição do Estado de Santa Catarina. 
http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/legislacao 
http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/consituicao_compilada_20
15-09-14_0.pdf 
 
 
8 
O artigo 4 inciso V tem a seguinte redação: “o Poder Judiciário assegurará preferência 
no julgamento do “habeas-corpus”, do mandado de segurança e de injunção, do 
“habeas-data”, da ação direta de inconstitucionalidade, popular, indenizar por erro 
judiciário e da decorrente de atos de improbidade administrativa”. 
A Constituição do Estado de Santa Catarina, no art. 4°, inciso V, prevê a necessidade do 
Poder Judiciário assegurar preferência no julgamento do"habeas corpus", do mandado 
de segurança e de injunção, do "habeas-data", da ação direta de inconstitucionalidade, 
popular, indenizar por erro judiciário e da decorrente de atos de improbidade 
administrativa, mas não no da ação civil pública. 
 
08 ª QUESTÃO 
( ) Segundo a Constituição Estadual, são crimes de responsabilidade os atos do 
Governador do Estado que atentem contra a Constituição Federal, contra a 
Constituição Estadual e especialmente contra: I - a existência da União, Estado ou 
Município; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério 
Público; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança 
interna do Estado e dos Municípios; V - a probidade na administração pública; VI - a lei 
orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais 
Resposta: VERDADEIRO 
Dispõe a Constituição Estadual em seu artigo 72, abaixo colacionado, que: 
Art. 72. São crimes de responsabilidade os atos do Governador do Estado que atentem 
contra a Constituição Federal, contra a Constituição Estadual e especialmente contra: 
I - a existência da União, Estado ou Município; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do Estado e dos Municípios; 
V - a probidade na administração pública; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. As normas de processo e julgamento desses crimes serão definidas 
em lei especial. 
 
 
 
 
 
9 
09 ª QUESTÃO 
( ) A Constituição Estadual não traz expressamente em seu bojo foro especial para 
os Secretários de Estado em crimes comuns e de responsabilidade, razão pela qual não 
gozam de tal prerrogativa processual. 
Resposta: FALSO 
A Constituição Estadual traz previsão a respeito, a seguir colada: 
Art. 75. Os Secretários de Estado serão, nos crimes comuns e de responsabilidade, 
processados e julgados pelo Tribunal de Justiça e, nos conexos com os do Governador, 
pelo órgão competente para o processo e julgamento deste, ressalvada a competência 
dos órgãos judiciários federais. 
Parágrafo único. São crimes de responsabilidade dos Secretários de Estado os referidos 
no art. 72 e os demais previstos nesta Constituição, entre os quais se inclui o não 
comparecimento, sem justa causa, a Assembléia Legislativa, quando convocado 
 
10 ª QUESTÃO 
( ) São órgãos do Poder Judiciário do Estado a Câmara Regional de Chapecó 
Resposta: VERDADEIRO 
A Constituição do Estado dispõe que: Art. 77. São órgãos do Poder Judiciário do 
Estado: 
I - o Tribunal de Justiça; 
II - os Tribunais do Júri; 
III - os Juízes de Direito e os Juízes Substitutos; 
IV - a Justiça Militar; 
V - os Juizados Especiais e as Turmas de Recursos; 
VI - a Câmara Regional de Chapecó; 
VII - os Juízes de Paz; 
VIII - outros órgãos instituídos em lei. (Redação dada pela EC/56, de 2010). 
ADI STF 4626/11 (inciso VI do Art. 77) aguardando julgamento. 
 
11 ª QUESTÃO 
( ) É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de 
dotação orçamentária necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de 
 
 
10 
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciais apresentados até 
1° de julho, para pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus 
valores atualizados monetariamente. 
Resposta: VERDADEIRO 
A Constituição do Estado em seu artigo 81 dispõe: 
Art. 81. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 
§ 1° O Tribunal de Justiça elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 2° A exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela 
Fazenda Estadual ou Municipal, em virtude de condenação judicial, serão feitos 
exclusivamente na ordem cronológica da apresentação dos precatórios e a conta dos 
respectivos créditos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
§ 3° É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba 
necessária ao pagamento de seus débitos constantes de precatórios judiciais 
apresentados até 12 de julho, data em que seus valores serão atualizados, fazendo-se 
o pagamento até o final do exercício seguinte. – REVOGADO!!!! 
§ 3° É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de 
dotação orçamentária necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de 
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciais apresentados até 
1° de julho, para pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus 
valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela EC/38, de 2004). 
 
12 ª QUESTÃO 
( ) A Constituição Estadual prevê que os titulares de Fundações, Autarquias e 
Empresas Públicas, nos crimes de responsabilidade serão julgados pelo Tribunal de 
Justiça. Tal artigo teve a inconstitucionalidade arguida, mas a Ação respectiva resultou 
no julgamento da Constitucionalidade do referido dispositivo. 
Resposta: FALSO 
Constituição Estadual prevê que: Artigo 83, inciso XI, b) nos crimes comuns e de 
responsabilidade, os secretários de Estado, salvo a hipótese prevista no art. 75, os 
juízes e os membros do Ministério Público, os prefeitos, bem como os titulares de 
fundações, autarquias e empresas públicas, nos crimes de responsabilidade, ressalvada 
a competência da Justiça Eleitoral. 
A Adi 3279- Cezar Peluso julgou inconstitucional tal dispositivo. 
 
 
11 
SEGUE EMENTA: “EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Art. 41, caput e § 
2º, da Constituição do Estado de Santa Catarina, com a redação das ECs nº 28/2002 e 
nº 53/2010. Competência legislativa. Caracterização de hipóteses de crime de 
responsabilidade. Ausência injustificada de secretário de Estado a convocação da 
Assembléia Legislativa. Não atendimento, pelo governador, secretário de Estado ou 
titular de fundação, empresa pública ou sociedade de economias mista, a pedido de 
informações da Assembléia. Cominação de tipificação criminosa. Inadmissibilidade. 
Violação a competência legislativa exclusiva da União. Inobservância, ademais, dos 
limites do modelo constitucional federal. Confusão entre agentes políticos e titularesde entidades da administração pública indireta. Ofensa aos arts. 2º, 22, I, 25, 50, caput 
e § 2º, da CF. Ação julgada procedente, com pronúncia de inconstitucionalidade do art. 
83, XI, “b”, da Constituição estadual, por arrastamento. Precedentes.”. 
Link para leitura do voto: 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1738847 
 
13ª QUESTÃO 
( ) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo 
repúdio ao racismo. 
Resposta: VERDADEIRO 
A alternativa está em conformidade com o art. 4º, VIII, da CF: 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios: 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
 
14ª QUESTÃO 
( ) As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados apenas na esfera judicial. 
Resposta: FALSO 
A alternativa não está em conformidade com o art. 5º, XXI, da CF, uma vez que a 
representação também pode ocorrer na esfera administrativa: 
Art. 5º. XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 
 
 
 
 
12 
15ª QUESTÃO 
( ) As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios podem requisitar diretamente das instituições financeiras 
informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes. 
Resposta: VERDADERO 
A alternativa está em conformidade com o atual posicionamento do STF externado em 
julgamento conjunto das ADI`s 2390, 2386, 2397 e 2859 e do RE 601.314 (repercussão 
geral). 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. SIGILO BANCÁRIO. FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES 
SOBRE MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA DE CONTRIBUINTES, PELAS INSTITUIÇÕES 
FINANCEIRAS, DIRETAMENTE AO FISCO, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL (LEI 
COMPLEMENTAR 105/2001). POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI 10.174/2001 PARA 
APURAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES A EXERCÍCIOS ANTERIORES AO DE 
SUA VIGÊNCIA. RELEVÂNCIA JURÍDICA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE 
REPERCUSSÃO GERAL. (RE 601314 RG, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, 
julgado em 22/10/2009, DJe-218 DIVULG 19-11-2009 PUBLIC 20-11-2009 EMENT VOL-
02383-07 PP-01422 ) 
 
16ª QUESTÃO 
( ) O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão 
ser reeleitos para períodos subsequentes. 
Resposta: FALSO 
A alternativa não está em conformidade com o art. 14, §5º, da CF, uma vez que a 
reeleição somente pode ocorrer para um único período subsequente. 
Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 
 
17ª QUESTÃO 
( ) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. O direito à nomeação, 
contudo, pressupõe previsão de vagas no edital do concurso, não alcançando a feitura 
de cadastro de candidatos à ocupação do cargo, quando se tem simples expectativa de 
direito. 
 
 
13 
Resposta: VERDADEIRO 
A alternativa está em conformidade com a Constituição Federal e com o atual 
posicionamento do Supremo Tribunal Federal: 
Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia 
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
MANDADO DE SEGURANÇA – CONCURSO PÚBLICO – OPORTUNIDADE. Versando a 
impetração concurso público, a adequação não prescinde de este último, à data do 
ajuizamento, estar em vigor. CONCURSO PÚBLICO – NOMEAÇÃO – DIREITO SUBJETIVO. 
O direito à nomeação pressupõe previsão de vagas no edital do concurso, não 
alcançando a feitura de cadastro de candidatos à ocupação do cargo, quando se tem 
simples expectativa de direito. (MS 31708, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira 
Turma, julgado em 19/05/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe -107 DIVULG 03-06-2015 
PUBLIC 05-06-2015) 
 
18ª QUESTÃO 
( ) O Defensor Público-Geral da União possui legitimidade para propor ação direta de 
inconstitucionalidade, a ação declaratória de constitucionalidade e a edição, a revisão 
ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante. 
Resposta: FALSO 
 
A alternativa não está em conformidade com o art. 103, da CF, que não lista o 
Defensor Público-Geral da União como legitimado para propor ADIN e ADC 
 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
 
I - o Presidente da República; 
 
II - a Mesa do Senado Federal; 
 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; 
 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
 
V - o Governador de Estado; 
 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
 
 
14 
 
VI - o Procurador-Geral da República; 
 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 
19ª QUESTÃO 
( ) Compete ao STJ, em recurso ordinário, julgar válido ato de governo local 
contestado em face de lei federal. 
Resposta: FALSO 
A alternativa não está em conformidade com o art. 105, II, da CF, uma vez que o 
recurso previsto para hipótese é o recurso especial. 
Art. 105. III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última 
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal 
 
20ª QUESTÃO 
( ) É função institucional do Ministério Público promover, privativamente, o inquérito 
civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. 
Resposta: FALSO 
A alternativa não está em conformidade com o art. 129, III, da CF, uma vez que o texto 
de lei não traz o vocábulo “privativamente”. 
Art. 129. III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos; 
 
21ª QUESTÃO 
( ) Membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos fora do âmbito 
da instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério. 
 
 
15 
Resposta: VERDADEIRO 
A alternativa está em conformidade com o atual posicionamento do Supremo Tribunal 
Federal 
Exercício do cargo de Ministro de Estado por membro do Ministério Público e 
vedações constitucionais - 1 
Membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos, fora do âmbito da 
instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério. Com base nesse 
entendimento, o Plenário julgou parcialmente procedente o pedido formulado em 
arguição de descumprimento de preceito fundamental para declarar a 
inconstitucionalidade da Resolução 72/2011, do CNMP, e determinar a exoneração dos 
ocupantes de cargos em desconformidade com a interpretação fixada, no prazo de até 
20 dias após a publicação da ata do julgamento. No caso, o descumprimento de 
preceitosfundamentais teria ocorrido por atos normativos e atos concretos. No plano 
normativo, por ato do CNMP, que derrogara resolução que tratava das vedações ao 
exercício de cargo ou função pública por membro do Ministério Público. No plano 
concreto, por atos de nomeação de membros do Ministério Público para ocupar cargos 
fora da instituição e, em especial, a nomeação de procurador de justiça para o cargo 
de Ministro de Estado da Justiça. Inicialmente, o Tribunal, por maioria, conheceu da 
arguição. O pedido estaria ancorado em suposta violação a preceitos fundamentais da 
independência dos Poderes (CF, art. 2º e art. 60, §4º, III) e da independência funcional 
do Ministério Público (CF, art. 127, §1º) consubstanciados na vedação aos promotores 
e procuradores de exercerem “qualquer outra função pública, salvo uma de 
magistério” (CF, art. 128, §5º, II, “d”). Além disso, tendo em vista o caráter 
acentuadamente objetivo da arguição de descumprimento de preceito fundamental, o 
juízo de subsidiariedade levaria em conta, especialmente, os demais processos 
objetivos já consolidados no sistema constitucional. Assim, ante a inexistência de 
processo de índole objetiva apto a solver, de uma vez por todas, a controvérsia 
constitucional, não haveria como deixar de reconhecer a admissibilidade da arguição 
de descumprimento de preceito fundamental. Isso porque as ações originárias e o 
recurso extraordinário não seriam capazes de resolver a controvérsia constitucional de 
forma geral, definitiva e imediata. Vencido o Ministro Marco Aurélio, que não conhecia 
da ação e indeferia a medida cautelar. Assinalava que haveria meio próprio para 
afastar do cenário jurídico a designação de procurador de justiça para figurar como 
Ministro de Estado. Na espécie, já se teria ajuizado ação popular para esse fim. Da 
mesma forma, seria cabível ação direta de inconstitucionalidade para atacar a 
resolução do CNMP. Vencido, em menor extensão, o Ministro Edson Fachin, que não 
conhecia da arguição de preceito fundamental quanto ao pedido de declaração de 
inconstitucionalidade da mencionada resolução, diante do não atendimento do 
princípio da subsidiariedade. ADPF 388/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 9.3.2016. (ADPF-
388) informativo 817. 
 
 
 
16 
22ª QUESTÃO 
( ) Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença-
gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. É possível, contudo, em 
relação à licença-adotante, fixar prazos diversos em função da idade da criança 
adotada. 
Resposta: FALSO 
A alternativa não está em conformidade com o recente posicionamento do Supremo 
Tribunal Federal: 
Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores aos prazos da licença-
gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença-
adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. 
Com base nessa orientação, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso 
extraordinário em que discutida a possibilidade de lei instituir prazos diferenciados 
para a concessão de licença-maternidade às servidoras gestantes e às adotantes. 
Reconheceu o direito da recorrente, servidora pública, ao prazo remanescente da 
licença parental, a fim de que o tempo total de fruição do benefício, computado o 
período já gozado, seja de 180 dias de afastamento remunerado, correspondentes aos 
120 dias de licença, previstos no art. 7º, XVIII, da CF, acrescidos dos 60 dias de 
prorrogação, nos termos da lei. De início, o Colegiado afirmou que a Constituição 
trouxera inovações a respeito do tema. Uma delas, a superação da ideia de família 
tradicional, hierarquizada, liderada pelo homem, chefe da sociedade conjugal. Fora 
criada uma noção de família mais igualitária, que não apenas resulta do casamento. 
Além disso, ela não é mais voltada para proteger o patrimônio, mas para cultivar e 
manter laços afetivos. Outra mudança diz respeito à igualdade entre os filhos, que 
tinham regime jurídico diferenciado, a depender de suas origens. Por fim, fora 
estabelecido, no art. 7º, XVIII, da CF, a licença à gestante como um direito social. No 
que se refere à legislação infraconstitucional, o Tribunal explicou sua evolução até o 
quadro atual, em que há duas situações distintas: para servidoras públicas, regidas de 
acordo com a Lei 8.112/1990, a licença-maternidade, para gestantes, é de 120 dias. 
Para adotantes, a licença-maternidade é de 90 dias, para crianças menores de 1 ano, e 
de 30 dias, para maiores de 1 ano. Por outro lado, para trabalhadoras da iniciativa 
privada, regidas de acordo com a CLT, a licença-gestante é equiparada à licença-
adotante, e não há diferenciação em virtude da idade da criança adotada. Com o 
advento da Lei 11.770/2008, passara a ser previsto o direito de prorrogação da licença-
maternidade em até 50%, tanto para servidoras públicas quanto para trabalhadoras do 
setor privado. RE 778889/PE, rel. Min. Roberto Barroso, 10.3.2016. (RE-778889) inf. 
817. 
 
 
 
 
17 
23ª QUESTÃO 
( ) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. 
Resposta: VERDADEIRO 
A alternativa está em conformidade com o art. 19, I, da CF: 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência 
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 
 
24ª QUESTÃO 
( ) O ensino religioso, de matrícula obrigatória, constituirá disciplina dos horários 
normais das escolas públicas de ensino fundamental. 
Resposta: FALSO 
A alternativa está em conformidade com o art. 210, §1º, da CF: 
Art. 210, §1º. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos 
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
25ª QUESTÃO: 
( ) À luz da hodierna compreensão do princípio da legalidade, a célebre lição, 
cunhada por Hely Lopes Meirelles, com base na doutrina de Guido Zanobini, de que 
“enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na 
Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza” merece 
temperamentos. A atuação administrativa, muito além da mera execução mecânica da 
lei, deve ser pautada pela observância do Direito, no que se convencionou denominar 
de “bloco de legalidade”. 
Resposta: VERDADEIRO 
Questão que exige conhecimentos doutrinários acerca da hodierna feição do princípio 
da legalidade. 
Segundo Rafael Carvalho de Rezende Oliveira (Curso de Direito Administrativo, Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: Método; out. 2013, p. 27) “a legalidade não é o único 
 
 
18 
parâmetro da ação estatal que deve se conformar às demais normas consagradas no 
ordenamento jurídico. A legalidade encontra-se inserida no denominado princípio da 
juridicidade que exige a submissão da atuação administrativa à lei e ao Direito (art. 2º, 
parágrafo único, I, da Lei 9.784/1999). Em vez de simples adequação da atuação 
administrativa a uma lei específica, exige-se a compatibilidade dessa atuação com o 
chamado ‘bloco de legalidade’”. 
Nas palavras de Luis Roberto Barroso (O Novo Direito Constitucional Brasileiro: 
contribuições para a construção teórica e prática da jurisdição constitucional no 
Brasil, Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 383): “a vinculação da Administração Pública 
passou a se dar em relação a um blocomais amplo de juridicidade, que congrega 
não apenas as leis formais, mas também, e sobretudo, a Constituição. Assim, 
mesmo na ausência de ordem ou autorização específica de lei formal, a 
Administração poderá estar obrigada a agir por conta de imposições diretamente 
extraídas do texto constitucional”. 
A edição da Súmula Vinculante n. 13 pode ser apontada como aplicação do princípio 
da juridicidade, entendendo o STF pela desnecessidade da existência de lei expressa 
que regule a proibição ao nepotismo, “tendo em conta a expressiva densidade 
axiológica e a elevada carga normativa que encerram os princípios contidos no caput 
do art. 37 da CF”, segundo asseverou o Min. Ricardo Lewandowski, no RE 579.951/RS. 
 
26ª QUESTÃO 
( ) Em seu sentido subjetivo confunde-se a Administração Pública com as pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem atividade administrativa, 
pertencentes ao Poder Executivo, único que exerce, propriamente, a função 
administrativa. 
Resposta: FALSO 
Exige a questão o conhecimento de distinção clássica da doutrina de Direito 
Administrativo. 
A expressão Administração Pública pode ser empregada tanto no sentido subjetivo 
(formal ou orgânico), a significar as pessoas, os órgãos e os agentes públicos que 
exercem atividades administrativas, como, também, no sentido objetivo (material ou 
funcional), traduzindo a própria função ou atividade administrativa. 
Deve-se destacar dois pontos acerca da assertiva em foco: 
a. É possível a criação de entidades administrativas no âmbito do Poder Judiciário 
e Legislativo; 
b. Todos os Poderes exercem, em alguma medida, a função administrativa, não se 
podendo, pois, afirmar que o Poder Executivo é o único que exerce tal função. 
 
 
 
19 
27ª QUESTÃO 
( ) Entende o Supremo Tribunal Federal, em interpretação do art. 37, inciso XX, da 
CF-88 (“depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das 
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer 
delas em empresa privada”) que a criação de subsidiária de sociedade de economia 
mista depende, em cada caso, de autorização por lei específica, não bastando a 
autorização genérica para tal fim constante da lei que autorizou a criação de 
determinada sociedade de economia. 
Resposta: FALSO 
Trata a assertiva de questão há muito consolidada pela jurisprudência do STF (Info 
341): 
Julgado improcedente o pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Partido dos 
Trabalhadores - PT, Partido Democrático Trabalhista - PDT, Partido Comunista do Brasil 
- PC do B e Partido Socialista Brasileiro - PSB contra os artigos 64 e 65 da Lei 9.478/97, 
que dispõe sobre a política energética nacional e as atividades relativas ao monopólio 
do petróleo; institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do 
Petróleo, e dá outras providências ("Art. 64. Para o estrito cumprimento de atividades 
de seu objeto social que integrem a indústria do petróleo, fica a PETROBRÁS autorizada 
a constituir subsidiárias, as quais poderão associar-se, majoritária ou 
minoritariamente, a outras empresas. Art. 65. A PETROBRÁS deverá constituir uma 
subsidiária com atribuições específicas de operar e construir seus dutos, terminais 
marítimos e embarcações para transporte de petróleo, seus derivados e gás natural, 
ficando facultado a essa subsidiária associar-se, majoritária ou minoritariamente, a 
outras empresas."). O Tribunal, afastando a alegação das autoras de que seria 
necessária a autorização específica do Congresso Nacional para a instituição de cada 
uma das subsidiárias de uma mesma entidade, considerou que a autorização 
legislativa para a criação de subsidiárias de empresa pública, sociedade de economia 
mista, autarquia ou fundação pública, a que se refere o inciso XX do art. 37 da CF, 
possui caráter genérico, tendo sido satisfeita a necessidade de autorização, portanto, 
pela delegação referida na Lei impugnada. O Min. Carlos Britto, por sua vez, em seu 
voto, entendeu que a exigência específica a que se refere o inciso XIX do art. 37 
dependeria de cada caso, uma vez que o Estado, ao criar uma subsidiária, estaria 
adentrando espaço reservado à iniciativa privada. No entanto, tratando-se o caso 
concreto de subsidiária de produto, cuja produção e comercialização foram excluídas 
da iniciativa privada, em face do monopólio conferido à União pelo art. 177 da CF, 
acompanhou a conclusão do voto do Min. Maurício Corrêa, julgando improcedente o 
pedido (CF, art. 37: "XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação... XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de 
subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação 
 
 
20 
de qualquer delas em empresa privada;").Precedente citado: ADI 1840 MC/DF (DJU de 
11.9.98). 
ADI 1649/DF, rel. Min. Maurício Corrêa, 24.3.2004.(ADI-1649) 
 
28ª QUESTÃO 
( ) Enquanto na desconcentração ocorre a transferência da atividade administrativa 
para outra pessoa, física ou jurídica, integrante ou não do aparelho estatal, na 
descentralização há simples distribuição interna de atividades dentro de uma mesma 
pessoa jurídica. 
Resposta: FALSO 
Trata-se de classificação consagrada pela doutrina. 
Há na assertiva inversão dos conceitos: 
Desconcentração – distribuição interna de atividades DENTRO DE UMA MESMA 
PESSOA JURÍDICA. 
Descentralização – transferência da atividade administrativa PARA OUTRA PESSOA, 
física ou jurídica, integrante ou não do aparelho estatal. 
 
29ª QUESTÃO 
( ) A vinculação (controle ou tutela) entre as entidades administrativas e o ente 
central é decorrência do poder hierárquico. 
Resposta: FALSO 
Questão doutrinária. 
Não confunda vinculação (controle ou tutela) com subordinação (hierarquia): 
Tutela – decorre da DESCENTRALIZAÇÃO, pressupondo, assim, a EXISTÊNCIA DE DUAS 
PESSOAS JURÍDICAS. 
Subordinação – decorre da DESCONCENTRAÇÃO, ocorrendo, pois, NO INTERIOR DE 
UMA MESMA PESSOA. 
Observação: A prova de Direito Administrativo do MPSC costuma exigir 
majoritariamente “letra de lei”, com alguns questionamentos – em menor número – 
acerca de classificações doutrinárias clássicas e consolidadas. Praticamente não cobra 
jurisprudência (o que não significa, por óbvio, não possa passar a fazê-lo). 
 
 
 
 
21 
30ª QUESTÃO 
( ) Segundo a Lei de regência (11.107-2005), “o consórcio público constituirá 
associação pública ou pessoa jurídica de direito privado”, não podendo a União 
participar de consórcio celebrado com determinado Município sem que o Estado em 
cujo território se situar a edilidade também esteja participando. 
Resposta: VERDADEIRO 
Trata-se de assertiva que se limita a reproduzir a “letra da lei”: 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de 
interesse comum e dá outras providências. 
§ 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado. 
§ 2º A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte 
todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. 
§ 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, 
diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS. 
Observação: A Lei dos Consórcios possui apenas 20 artigos e, quando cobrada, limita-
se a reproduzir o texto legal, valendo, assim, a leitura com atençãopara seus principais 
aspectos. 
 
31ª QUESTÃO 
( ) Os convênios administrativos possuem, entre suas características marcantes, a 
personalidade jurídica emergente da celebração do ajuste, bem assim a inexistência de 
interesses contrapostos, isto é, buscam os partícipes, por meio dele, a consecução de 
determinada finalidade comum. 
Resposta: FALSO 
Diferente dos consórcios administrativos, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PERSONALIDADE 
JURÍDICA EMERGENTE DOS CONVÊNIOS. No mais: está correta a questão. Difere o 
convênio, ademais, do contrato administrativo, pois neste há interesses contrapostos. 
 
32ª QUESTÃO 
( ) Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a indenização pela 
cobertura vegetal, de forma destacada da terra nua, está condicionada à efetiva 
comprovação da exploração econômica lícita dos recursos vegetais. Demais disso, não 
enseja indenização ao proprietário do solo a desapropriação de jazidas de substâncias 
 
 
22 
minerais (areia, pedregulho e 'rachão'), de emprego imediato na construção civil, sem 
concessão, autorização ou licenciamento para serem exploradas pelo expropriado. 
Resposta: VERDADEIRO 
Trata-se de questão que exige entendimento jurisprudencial do STJ: 
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DESAPROPRIAÇÃO 
POR UTILIDADE PÚBLICA. COBERTURA VEGETAL. JAZIDA DE ARGILA. INDENIZAÇÃO EM 
SEPARADO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PRÉVIA EXPLORAÇÃO LÍCITA. VALOR DA 
INDENIZAÇÃO. CRITÉRIOS ADOTADOS NA ORIGEM. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. 
SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. 
 I. É firme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que "A 
indenização pela cobertura vegetal, de forma destacada da terra nua, está 
condicionada à efetiva comprovação da exploração econômica lícita dos recursos 
vegetais" (STJ, EREsp 251.315/SP, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA 
SEÇÃO, DJe 18/06/2010). 
II. Da mesma forma, o Superior Tribunal de Justiça possui entendimento no sentido de 
que "Não enseja indenização ao proprietário do solo a desapropriação de jazidas de 
substâncias minerais (areia, pedregulho e 'rachão'), de emprego imediato na 
construção civil, sem concessão, autorização ou licenciamento para serem exploradas 
pelo expropriado" (STJ, REsp 41.122/SP, Rel. Ministro DEMÓCRITO REINALDO, 
PRIMEIRA TURMA, DJ de 20/02/95). Em igual sentido: STJ, REsp 996.203/SP, Rel. 
Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 21/03/2011; REsp 
518.744/RN, Rel. Ministro LUIX FUX, PRIMEIRA TURMA, DJ de 25/02/2004. 
III. No caso, não tendo sido demonstrada, pelos agravantes, a existência de exploração 
lícita da cobertura florestal ou da jazida de argila existentes no imóvel, inviável sua 
indenização em separado. 
IV. Quanto às demais alegações dos agravantes, infirmar os fundamentos do acórdão 
recorrido, no sentido de que o valor fixado pela sentença é o que melhor reflete o 
princípio da justa indenização, demandaria o reexame de matéria fática, o que é 
vedado, em Recurso Especial, nos termos da Súmula 7/STJ. V. Agravo Regimental 
improvido. 
(STJ - AgRg no REsp: 1336913 MS 2012/0147416-9, Relator: Ministra ASSUSETE 
MAGALHÃES, Data de Julgamento: 24/02/2015, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de 
Publicação: DJe 05/03/2015) 
 
 
 
 
 
 
23 
33ª QUESTÃO 
( ) Entende-se por “Direito de Extensão” o direito de o proprietário exigir que a 
desapropriação parcial se transforme em total quando a parte remanescente, de 
forma isolada, não possuir valoração ou utilidade econômica razoável. 
Resposta: VERDADEIRO 
Trata-se de definição doutrinária consagrada. 
Segundo Rafael Carvalho Rezende Oliveira (Ob. Cit., p. 563-564), “o direito de extensão 
pode ser considerado um remédio contra a desapropriação indireta, uma que o Poder 
Público, ao desapropriar formalmente parte do terreno, deixando para o proprietário 
parte irrisória que, isoladamente, não possui qualquer utilidade econômica (ex.: não é 
possível instituir lote), realiza, concretamente, a desapropriação integral do bem. Ou 
seja: a integralidade do bem é desapropriada, mas ocorre o pagamento parcial da 
indenização. A parte do bem que não foi objeto da desapropriação regular restou 
retirada, indiretamente e sem o devido processo legal, do proprietário (desapropriação 
indireta). Em conseqüência, o proprietário, ao invocar o direito de extensão, faz com 
que o Poder Público realize a indenização integral do bem”. 
Destaca-se que o direito de extensão pode ser invocado pelo réu em sua contestação, 
considerando envolver, a bem da verdade, discussão acerca do preço mesmo da 
indenização (art. 20, DL 3.365-1941). Nesse sentido: STJ, 2ª T., REsp 816.535-SP, Rel. 
Min Castro Meira, DJ 16.02.2007. 
 
34ª QUESTÃO 
( ) Não há falar em retrocessão se ao bem expropriado for dada destinação que 
atende ao interesse público, ainda que diversa da inicialmente prevista no decreto 
expropriatório. 
Resposta: VERDADEIRO 
Aborda a assertiva tanto questão doutrinária como jurisprudencial. 
Entende-se por retrocessão “o direito de o expropriado exigir a devolução do bem 
desapropriado que não foi utilizado pelo Poder Público para atender o interesse 
público” (Rafael Carvalho Rezende Oliveira, p. 573). 
A retrocessão pressupõe a tresdestinação (desvio de finalidade por parte do Poder 
Público, que se afasta do interesse que motivou a desapropriação), dividindo-se em 
a) tresdestinação lícita - o Poder Público satisfaz interesse público diverso daquele 
previsto no decreto expropriatório, v.g., construção de hospital no lugar de uma 
escola; e 
 
 
24 
b) tresdestinação ilícita - não há atendimento de qualquer interesse público, v.g., 
alienação do bem expropriado. 
Entende o STJ que apenas a tresdestinação ilícita acarreta a retrocessão: 
“Cuida-se de recurso interposto contra acórdão do TJ--SP que entendeu não haver 
desvio de finalidade se o órgão expropriante dá outra destinação de interesse público 
ao imóvel expropriado. Para a Min. Relatora não há falar em retrocessão se ao bem 
expropriado for dada destinação que atende ao interesse público, ainda que diversa 
da inicialmente prevista no decreto expropriatório. A Ministra Relatora aduziu que a 
esse tipo de situação a doutrina vem dando o nome de ‘tredestinação lícita’ – aquela 
que ocorre quando, persistindo o interesse público, o expropriante dispensa ao bem 
desapropriado destino diverso do que planejara no início. Assim, tendo em vista a 
manutenção da finalidade pública peculiar às desapropriações, a Turma negou 
provimento ao recurso” (Precedentes citados: REsp 710.065­-SP, DJ 6--6--2005, e REsp 
800.108--SP, DJ 20--3--2006. REsp 968.414--SP, Rel. Min. Denise Arruda, julgado em 
11--9--2007) 
 
35ª QUESTÃO: 
( ) No que tange às PPP`s, não obstante disponha a Lei que a contraprestação da 
Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço 
objeto do contrato de parceria público-privada, faculta-se, nos termos do contrato, 
seja efetuado o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço 
objeto do contrato de parceria público-privada. 
Resposta: VERDADEIRO 
Questão que se limita a reproduzir o texto legal. 
Art. 7º A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida 
da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. 
Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar 
o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do 
contrato de parceria público-privada. 
§ 1º É facultado à administração pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento 
da contraprestação relativaa parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria 
público-privada. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012) 
§ 2º O aporte de recursos de que trata o § 2o do art. 6o, quando realizado durante a 
fase dos investimentos a cargo do parceiro privado, deverá guardar proporcionalidade 
com as etapas efetivamente executadas. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012). 
 
 
 
25 
36ª QUESTÃO 
( ) A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente 
relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como 
elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a 
garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto 
do contrato. 
Resposta: VERDADEIRO 
Questão que se limita a reproduzir o texto legal. 
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais 
especializados os trabalhos relativos a: 
(...) 
§ 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação 
de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de 
justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que 
os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato. 
Observação: A Lei de Licitações vem sendo bastante cobrada nos concursos do MPSC. 
Nos últimos dois certames foram exigidas 6 questões (Concurso XXXVIII) e 4 questões 
(Concurso XXXIX) a respeito do tema. As questões mesclam texto legal com 
classificações doutrinárias consagradas (licitação fracassada, dispensada, dispensável 
etc.). 
 
37ª QUESTÃO 
( ) Incidem os efeitos materiais da revelia contra o Poder Público na hipótese em que, 
devidamente citado, deixa de contestar o pedido do autor, sempre que estiver em 
litígio uma obrigação de direito privado firmada pela Administração Pública, e não um 
contrato genuinamente administrativo. 
Resposta: VERDADEIRO 
Assertiva que aborda entendimento jurisprudencial. 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. INCIDÊNCIA DOS EFEITOS MATERIAIS DA REVELIA CONTRA 
A FAZENDA PÚBLICA EM CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO. 
Incidem os efeitos materiais da revelia contra o Poder Público na hipótese em que, 
devidamente citado, deixa de contestar o pedido do autor, sempre que estiver em 
litígio uma obrigação de direito privado firmada pela Administração Pública, e não um 
contrato genuinamente administrativo. Segundo os arts. 319 e 320, II, ambos do CPC, 
se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, 
não induzindo a revelia esse efeito se o litígio versar sobre direitos indisponíveis. A 
 
 
26 
Administração Pública celebra não só contratos regidos pelo direito público (contratos 
administrativos), mas também contratos de direito privado em que não se faz presente 
a superioridade do Poder Público frente ao particular (contratos da administração), 
embora em ambos o móvel da contratação seja o interesse público. A supremacia do 
interesse público ou sua indisponibilidade não justifica que a Administração não 
cumpra suas obrigações contratuais e, quando judicializadas, não conteste a ação sem 
que lhe sejam atribuídos os ônus ordinários de sua inércia, não sendo possível afastar 
os efeitos materiais da revelia sempre que estiver em debate contrato regido 
predominantemente pelo direito privado, situação na qual a Administração ocupa o 
mesmo degrau do outro contratante, sob pena de se permitir que a superioridade no 
âmbito processual acabe por desnaturar a própria relação jurídica contratual firmada. 
A inadimplência contratual do Estado atende apenas a uma ilegítima e deformada 
feição do interesse público secundário de conferir benefícios à Administração em 
detrimento dos interesses não menos legítimos dos particulares, circunstância não 
tutelada pela limitação dos efeitos da revelia prevista no art. 320, II, do CPC. Dessa 
forma, o reconhecimento da dívida contratual não significa disposição de direitos 
indisponíveis; pois, além de o cumprimento do contrato ser um dever que satisfaz o 
interesse público de não ter o Estado como inadimplente, se realmente o direito fosse 
indisponível, não seria possível a renúncia tácita da prescrição com o pagamento 
administrativo da dívida fulminada pelo tempo. 
(STJ, 4ª T., REsp 1.084.745-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 6/11/2012) 
 
38ª QUESTÃO 
( ) As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em 
tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, 
procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos 
disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de 
escala. 
Resposta: VERDADEIRO 
Assertiva que se limita a reproduzir o texto legal. 
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior 
serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado 
da contratação: 
(...) 
§ 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em 
tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, 
procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos 
 
 
27 
disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de 
escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
 
39ª QUESTÃO 
( ) Embora o poder discricionário confira certa liberdade à autoridade pública para 
decidir sobre o aspecto meritório (motivo e objeto) do ato administrativo, é certa 
também a possibilidade do controle judicial sobre os excessos praticados no aparente 
uso da discricionariedade administrativa. Para tanto, têm sido aplicados os princípios 
da finalidade pública, da razoabilidade e da proporcionalidade, sendo considerados 
ilegais os atos administrativos que não os respeitem. 
Resposta: VERDADEIRO 
Não mais se discute atualmente a possibilidade retratada na questão, sendo pacífica a 
possibilidade de controle jurisdicional, nos moldes delineados pela assertiva. 
 
40ª QUESTÃO 
( ) Nos contratos regidos pela Lei feral n. 12.462-2011 (RDC), poderá ser admitido o 
emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a 
ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de 
setembro de 1996, e a mediação, para dirimir conflitos decorrentes da sua execução 
ou a ela relacionados. 
Resposta: VERDADEIRO 
Trata-se de “letra de lei”: 
Art. 44-A. Nos contratos regidos por esta Lei, poderá ser admitido o emprego dos 
mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada 
no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 
1996, e a mediação, para dirimir conflitos decorrentes da sua execução ou a ela 
relacionados. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015) 
 
41ª QUESTÃO 
( ) Não obstante sua vitaliciedade entende o Superior Tribunal de Justiça ser possível 
a condenação de membro do Ministério Público à pena de perda da função pública 
prevista no art. 12 da Lei 8.429/92, dispensando, pois, o ajuizamento de ação cível 
específica para perda do cargo, isto é, bastará a sentença proferida neste sentido no 
âmbito de uma ação civil pública por improbidade administrativa. 
Resposta: VERDADEIRO 
 
 
28 
Questão jurisprudencial. 
De acordo com síntese extraída do sítio “Dizer o Direito”: 
O membro do Ministério Público pode ser processado e condenado por ato de 
improbidade administrativa, com fundamento na Lei 8.429/92, inclusive recebendo apena de perda da função pública. 
Caso o membro do MP pratique ato de improbidade, haverá duas hipóteses possíveis: 
• Ser instaurado contra ele processo administrativo de que trata a lei da 
carreira (LC 75/93: MPU / Lei 8.625/93: MPE) e, ao final, o PGR ou o PGJ 
ajuizar ação civil de perda do cargo em desfavor do membro. 
• Ser proposta ação de improbidade administrativa, nos termos da Lei 
8.429/92. Neste caso, não existe legitimidade exclusiva do PGR ou PGJ. A 
ação poderá ser proposta até mesmo por um Promotor de Justiça (no caso 
do MPE) ou Procurador da República (MPF) que atue em 1ª instância. 
(STJ. 1ª Turma. REsp 1.191.613-MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 
19/3/2015 (Info 560). 
 
42ª QUESTÃO 
( ) João, detento cumprindo pena na penitenciária estadual localizada em 
Florianópolis, foi encontrado morto em sua cela. Realizada a necropsia, concluiu-se 
que a morte ocorreu por asfixia mecânica (enforcamento), sem que tenha sido possível 
saber, contudo, se em decorrência de homicídio ou suicídio. Neste caso, segundo 
entendimento do Supremo Tribunal Federal, o Estado de Santa Catarina é responsável 
pela morte do detento. 
Resposta: VERDADEIRO 
Entendimento jurisprudencial do STF (Informativo 819): 
Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, 
da CF, o Estado é responsável pela morte de detento. Essa a conclusão do Plenário, que 
desproveu recurso extraordinário em que discutida a responsabilidade civil objetiva do 
Estado por morte de preso em estabelecimento penitenciário. No caso, o falecimento 
ocorrera por asfixia mecânica, e o Estado-Membro alegava que, havendo indícios de 
suicídio, não seria possível impor-lhe o dever absoluto de guarda da integridade física 
de pessoa sob sua custódia. O Colegiado asseverou que a responsabilidade civil estatal, 
segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, 
tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, uma vez 
rejeitada a teoria do risco integral. Assim, a omissão do Estado reclama nexo de 
causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nas hipóteses em que o Poder 
Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado 
 
 
29 
danoso. Além disso, é dever do Estado e direito subjetivo do preso a execução da pena 
de forma humanizada, garantindo-se-lhe os direitos fundamentais, e o de ter 
preservada a sua incolumidade física e moral. Esse dever constitucional de proteção ao 
detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de 
garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da 
responsabilidade civil objetiva estatal. Por essa razão, nas situações em que não seja 
possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o 
preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade. Afasta-se, assim, a 
responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se a teoria do risco integral, ao 
arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode ocorrer por várias causas, 
como homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, não sendo sempre possível ao 
Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. Portanto, a 
responsabilidade civil estatal fica excluída nas hipóteses em que o Poder Público 
comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de 
causalidade da sua omissão com o resultado danoso. Na espécie, entretanto, o tribunal 
“a quo” não assentara haver causa capaz de romper o nexo de causalidade da omissão 
do Estado-Membro com o óbito. Correta, portanto, a decisão impositiva de 
responsabilidade civil estatal. RE 841526/RS, rel. Min. Luiz Fux, 30.3.2016. (RE-841526) 
 
43ª QUESTÃO 
( ) Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo de origem, tendo em vista a 
sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou a reintegração do 
servidor ao cargo. 
Resposta: VERDADEIRO 
Além de consagrada na doutrina, a conceituação referida encontra-se prevista no art. 
29 da Lei federal n. 8.112-90: “Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao 
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório 
relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante”. 
 
44ª QUESTÃO 
( ) A caducidade é a extinção do ato administrativo quando a situação nele 
contemplada não é mais tolerada pela nova legislação. 
Resposta: VERDADEIRO 
De acordo com Rafael Carvalho Rezende Oliveira, “a caducidade é a extinção do ato 
administrativo quando a situação nele contemplada não é mais tolerada pela nova 
legislação. O ato administrativo, no caso, é editado regularmente, mas torna-se ilegal 
em virtude da alteração legislativa. Vale dizer: a caducidade justifica-se pela ilegalidade 
superveniente que não é imputada à atuação do administrado (Ed.: caducidade da 
 
 
30 
autorização de uso da calçada editada em favor de determinado restaurante quando a 
nova legislação proíbe o uso privativo de calçadas por estabelecimentos comerciais). 
Atenção!!! 
A caducidade incide exclusivamente sobre os atos discricionários e precários, que não 
geram direitos subjetivos aos particulares, pois os atos vinculados geram direito 
adquirido ao administrado que deve ser protegido mesmo na hipótese de 
superveniência de nova legislação, na forma do art. 5º, XXXVI, da CRFB. 
Não confunda!!! 
Enquanto a caducidade do ATO pressupõe ILEGALIDADE SUPERVENIENTE do ATO, NÃO 
IMPUTADA AO ADMINISTRADO, a caducidade do CONTRATO de concessão de serviços 
públicos fundamenta-se no DESCUMPRIMENTO DO CONTRATO OU DAS NORMAS 
JURÍDICAS PELO CONCESSIONÁRIO, possuindo natureza sancionatória (art. 38, da Lei 
8.987-1995). 
CADUCIDADE – CONTRATO DE CONCESSÃO -> Sanção pelo descumprimento por parte 
do concessionário (particular) do contrato ou das normas jurídicas que regulamentam 
a concessão; 
CADUCIDADE – ATO ADMINISTRATIVO -> Não é sanção, fundamentando-se na 
ilegalidade Superveniente do ato, diante de alteração legislativa. 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
45ª QUESTÃO 
( ) Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o proprietário do 
imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. Assim, nos 
termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, tanto o promitente 
comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu 
proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no 
Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU, de modo 
que ao legislador municipal cabe eleger o sujeito passivo do tributo, contemplando 
qualquer das situações previstas no CTN. Definindo a lei como contribuinte o 
proprietário, o titular do domínio útil, ou o possuidor a qualquer título, pode a 
autoridade administrativa optar por um ou por outro visando a facilitar o 
procedimento de arrecadação. 
Resposta: VERDADEIRO 
Cuida-se de questão que retrata entendimento proferido em sede de recursos 
repetitivos pelo STJ: 
 
 
31 
1. Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o proprietário do 
imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. 
2. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que tanto o promitente 
comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu 
proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no 
Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU.[...] 
3. "Ao legislador municipal cabe eleger o sujeito passivo do tributo, contemplando 
qualquer das situações previstas no

Continue navegando