Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSTITUCIONAL O Curso Mege adota um modelo completamente diferenciado de ensino jurídico, em que procura individualizar sua atuação para cada candidato, com atuações em fases e concursos específicos – com a mentalidade de personalizar o estudo através de treinamentos, suporte, envio de materiais inéditos, videoconferências para aulas expositivas coletivas, videoconferências individuais (professor e aluno) para correções de atividades, planejamento de estudo e desempenho de atividades voltadas para a realidade de cada desafio. Cada proposta é especificada para aquilo que a Equipe considera como o mais apropriado para cada realidade. Com essa dinâmica o Mege tornou-se um recordista de aprovações. A Equipe é formada por Professores com experiência em preparatórios para carreiras jurídicas; Ex-examinadores de concursos para Magistratura, Ministério Público e Defensoria Pública; Juízes de Direito; Promotores de Justiça; Defensores Públicos; Autores de obras jurídicas; Doutores; Mestres; Especialistas; Pesquisadores; em uma verdadeira fusão de experiências e conhecimentos em prol da especialização de ensino (notadamente, no fortalecimento do conteúdo jurídico). A equipe MEGE auxiliou inúmeros candidatos a lograrem êxito nos certames mais variados. A excelência no trabalho realizado e a individualização de orientação ao aluno revelam-se nos altos índices de aprovações. Para fins de informações sobre resultados homologados seguem os dados de aprovações mais significativos do Mege entre 2015 e Maio de 2016: 27 Juízes de Direito no TJ-PE (1º, 2º e 3º lugares na Prova Oral do concurso); 19 Juízes de Direito no TJ-RR; 10 Juízes de Direito no TJ-SP; 26 Juízes de Direito no TJ-RN (1º lugar geral no concurso); 26 Juízes de Direito no TJ-PA; 7 Juízes de Direito no TJ-DFT; 9 Juízes de Direito no TJ-CE (2º e 3º lugares na Prova Oral do concurso); 2 Juízes Federais no TRF-4; 28 Promotores de Justiça no MP-PA (1º lugar na prova oral e 1º lugar na prova de tribuna); 15 Promotores de Justiça no MP-AM; 3 Promotores de Justiça do MP-SP; 7 Promotores de Justiça no MP-BA; 28 Defensores Públicos na DPE-PB (1º lugar geral no concurso, 4 entre os 6 primeiros lugares do certame na prova oral); 23 Defensores Públicos na DPE-MS; 17 Defensores Públicos na DPE-CE, 17 Defensores Públicos na DPE-PA; 21 Defensores Públicos na DPE-MA; 67 Defensores Públicos na DPE-RN; Atuamos, nesse momento, com turmas de primeira fase (regular), segunda fase e provas orais específicas. É importante ressaltar que a mentalidade de personalização de ensino, sempre com limitação de vagas, associada à pesquisa aplicada para cada banca, cada fase e sempre com a intenção de anteciparmos questões e temas de prova, o que ocorre com frequência, tem sido motivo de obtenção, corriqueiramente, das primeiras colocações no certames em que atuamos. O Simulado comentado neste material foi produzido para servir como uma ferramenta de estudo para a 1ª fase do MP-SC. Nas questões seguem palpites de temas e explicações pontuais sobre possíveis assuntos a serem apresentados pela banca examinadora. O trabalho foi realizado após pesquisa de banca realizada pelo corpo docente e visa auxiliar como um norte do que pode ser a essência da próxima prova. Boa revisão para todos! EQUIPE MEGE (1ª FASE DE MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL) COORDENAÇÃO ANDRÉ ZECH SYLVESTRE. Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado Ceará, desde setembro de 2014, aprovado em 13o lugar (2011 – FCC); Procurador do Estado de São Paulo, de junho de 2010 a setembro de 2014, aprovado em 21o lugar no XX Concurso de Ingresso (2009 - FCC), tendo tomado posse aos 23 anos; Aprovado em 1o lugar (2008 – CESPE) para o cargo de Analista Judiciário - Área Judiciária, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, ainda durante a graduação; Graduado, com abreviação do curso por extraordinário aproveitamento nos estudos (art. 47, §2o, da Lei federal n. 9.394/1996), pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR, em 2009; Mestrando, desde 2014, em Direito Financeiro pela Universidade de São Paulo - USP, com créditos concluídos (2013 - FUVEST/USP). PROFESSORES 1. ADALBERTO FERREIRA DE SOUZA JUNIOR. Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado do Mato Grosso. Pós-Graduado em Processo Penal e Processo Civil pela Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 2. ALEXANDRE BRASILEIRO DE QUEIROZ. Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais; Ex-Procurador Federal da Advocacia-Geral da União; Graduado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. 3. CÍNTIA CAMPOS DA SILVA Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Feira de Santana; Aprovada nos concursos públicos para os cargos de Promotor de Justiça do Ministério Público dos Estados de Alagoas, Pernambuco e da Bahia; Aprovada para o cargo de Defensora Pública do Estado do Piauí; Aprovada para o cargo de Advogada do Conselho Regional de Administração da Bahia; Aprovada para o cargo de Analista de Processos Administrativos – Advogado da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER. 4. EDUARDO VELLOSO ROOS. Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo (desde 2016). Ex-Delegado de Polícia no Estado de São Paulo (2012/2015). Graduado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP. 5. FERNANDO FERREIRA ABREU. Promotor de Justiça do Estado de Minas Gerais (2001). Coordenador do Procon Estadual do Estado de Minas Gerais. Professor de Direito Penal e Processo Penal com experiência em graduação e cursinho preparatório para carreiras jurídicas (2001 a 2010). Graduado em Direito pela Universidade Federal de Uberlândia (2000). 6. JULIANA RODRIGUES BARBOSA. Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco; Aprovada para o cargo de Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Pará e da Bahia (8º lugar, aguardando nomeação). Aprovada para o cargo de Juíza de Direito do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (7º lugar, nomeada e empossada). Aprovada para o cargo de analista judiciário do Ministério Público da União em 2010, ainda durante graduação; Pós-graduada em Direito Processual Civil pela Escola da Magistratura de São Paulo; Pós-graduada em Direito Constitucional e Administrativo pela Escola Paulista de Direito; Graduada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP. 7. MARIA ANITA ARARUNA CORRÊA. Graduada em Direito pela Universidade de Fortaleza (2012.2); Especialista em Direito Penal e Processual Penal (2014); Aprovada para Promotora de Justiça do Estado da Bahia (2° lugar); Aprovada no VI concurso para a Defensoria Pública da União (não tomou posse por não ter os 3 anos de prática jurídica); Aprovada para Delegada de Polícia do Estado do Ceará; Aprovada para Analista Judiciário - Execução de Mandados do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (em exercício ); Aprovada Procuradora do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará ( 1° lugar); Aprovada para Analista do TRF 5. 8. SANDRO HENRIQUE HALFELD BARROS. Promotor de Justiça no Ministério Público do Goiás (aprovado no 57º Concurso – 2014); aprovado Promotor de Justiça no Ministério Público do Tocantins (Cespe/Unb, 2013); aprovado Delegado de Polícia Civil em Minas Gerais; Especialista em Direito Público pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix (IMIH, 2006); Especialista em Direito Eleitoral pela PUC Minas (2009); Doutorando em Direto Penal pela Universidade de Buenos Aires, Argentina. 1 CURSO MEGE E-mail: primeirafase@mege.com.br concursos@mege.com.br Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) Telefone fixo: (99) 932143200 Material: Gabarito Preliminar comentado (Simulado MP-SC) Turma: Regular de 1ª fase para Ministério Público Autores: Professores da TurmaRegular de 1ª fase para Ministério Público PROCESSO SELETIVO PREAMBULAR OBJETIVO (GABARITO PRELIMINAR COMENTADO) FASE MATUTINA DIREITO CONSTITUCIONAL 01 ª QUESTÃO: ( ) São gratuitos a todos os brasileiros nos termos da Constituição Federal o registro civil de nascimento, certidão de óbito e as ações de habeas corpus e habeas data GABARITO: FALSO Dispõe a Constituição Federal, em seu artigo 5º inciso LXXVII – “são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania”. A gratuidade para os atos necessários ao exercício da cidadania se dará na formada lei, ou seja, exige-se norma infraconstitucional para que tenha materialização prática. Tal normatização já foi criada, e corresponde às Leis 9.265/96 e 9.534/97. Dispõe, ainda, em seu inciso LXXVI – “são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito”. Neste sentido, a questão exigia que o candidato conheça que somente aos reconhecidamente pobres é gratuito o registro civil de nascimento e certidão de óbito e não a todos os brasileiros, conforme trouxe o enunciado em tela. Dicas rápidas sobre o assunto: inciso LXVlll do art. 5° da CF, segundo o qual conceder- se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, traz uma norma constitucional de eficácia plena, dotada, pois, de aplicabilidade direta, imediata e integral, que não necessita de lei infraconstitucional para torná-la aplicável e nem admite lei infraconstitucional que lhe restrinja o conteúdo. 2 O habeas corpus não admite revolvimento do contexto fático probatório. STF: "O habeas corpus é medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal, haja vista a possibilidade destes resultarem em constrangimento à liberdade do investigado. Com base nesse entendimento, a Turma, resolvendo questão de ordem (,,.),Alegava-se, na espécie, ofensa ao art. 5°, LXVlll, da CF, ao fundamento de que a decisão que determinara a quebra de sigilos não ameaçaria o imediato direito de locomoção do paciente, consoante exigido constitucionalmente"(AI 573623 QO/RJ, julgado em 2006 e relatado pelo Ministro Gilmar Mendes) Admite-se a impetração de habeas corpus contra ato de particular. Assim é a lição da doutrina,que ilustra o cabimento: "contra o médico que ilegalmente promove a retenção de paciente no hospitalou contra o fazendeiro que não libera o colono da fazenda" (CUNHA, Rogério Sanches; LORENZATO, Gustavo Müller; FERRAZ, Maurício Lins e PINTO, Ronaldo Batista. Processo Penal Prático. 2 ed. Salvador: Juspodivm,2007, p. 180). Os estrangeiros podem se utilizar do habeas corpus. Nos termos da Súmula nº 693 do STF: "Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada". Súmula n° 694 consigna expressamente que: "Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública". Segundo o STF, o habeas corpus é meio processual destinado à proteção do direito de ir e vir ameaçado por ilegalidade ou abuso de poder. Daí a impropriedade desse instrumento processual para solver controvérsia cível. Ainda que se admita que a ação de improbidade administrativa tem natureza penal, não há como trancá-la em habeas corpus,porquanto as sanções previstas na Lei 8.429/1992 não consubstanciam risco à liberdade de locomoção." {HC100.244-AgR, julgado em 2009 e relatado pelo Ministro Eros Grau). Segundo a Súmula 395do STF, não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre o ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção. Conforme a Súmula 695 do STF,não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. A doutrina e a jurisprudência predominantes, a pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus apenas se for em favor de pessoa física. A pessoa jurídica não poderia impetrar a ação em seu favor porque ela não teria liberdade ambulatorial(de ir e vir) ameaçada ou violada. 3 Conforme art. 5º, XXXIV, "b", da CF, são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas,para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Entretanto, não sendo atendido o pedido de certidão por ilegalidade ou abuso de poder, em regra será cabível o mandado de segurança(art. 5º, LXIX, da CF). O habeas data fica restrito às situações em que se busca o reconhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (e não apenas de interesse pessoal), constante de dados de entidades governamentais ou de caráter público. O habeas data também é admissível para a retificação de dados constantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. No procedimento do habeas data não há o denominado reexame necessário ou recurso de ofício. Nos termos do art. 1º, § 2º, da Lei 12.016/09, não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. Segundo a Súmula 627 do STF, no mandado de segurança contra a nomeação de magistrado da competência do presidente da república, este é considerado autoridade coatora, ainda que o fundamento da impetração seja nulidade ocorrida em fase anterior do procedimento. É tranquilo o entendimento doutrinário e jurisprudencial quanto ao cabimento demandado de Injunção contra o Presidente da República. 02 ª QUESTÃO ( ) É garantido o direito a creches e pré escolas aos crianças até 4 anos de idade Resposta: FALSO A Constituição Federal prevê no artigo 7, inciso XXV que a “assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)”. Ressalte-se que a lei de diretrizes e bases – lei 9394 dispõe que: Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 4 b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) O direito à creche é contextualizado dentre os direitos sociais. Prescreve o art. 208, IV da Constituição da República que: Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; O ECA, por seu turno, repete quase literalmente o dispositivo. Há volumoso e unânime entendimento jurisprudencial reconhecendo a obrigação do Poder Público em oferecer o atendimento educacional. Ressalte-se que o entendimento é que tal disposição não é meramente programática e deve ser implementada pelo Poder Executivo. O Ministério Público propõe diariamente ações civis públicas em defesa dos menores desprovidos de atendimento emcreche e escolas. A ação em tela é possível ainda que na defesa de uma só criança, já que direito indisponível desta. Inclusive, a omissão dos responsáveis e pais em matriculá-los na escola viola o Eca e pode configurar crime de abandono de incapaz, previsto no Código Penal. Discute-se a possibilidade de ensino em casa, domiciliar, como ocorre nos Estados Unidos. Entende-se que tal modalidade de ensino viola frontalmente a legislação respectiva e não é permitida no Brasil. 03 ª QUESTÃO ( ) A Constituição Federal não prevê expressamente o direito ao reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; Resposta: FALSO A Constituição Federal prevê expressamente: “Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo”. Dispõe o art. 611 da CLT, in verbis: “Convenção coletiva de trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho” Nos termos do § 1º do art. 611 da CLT: 5 “É facultado aos sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar acordos coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho”. O candidato deve se atentar que a prova do MPSC possui muitas disposições de lei/da Constituição da República quase que literal e com mudanças sutis nas questões e alternativas. 04 ª QUESTÃO ( ) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; Resposta: VERDADEIRO Dispõe a Constituição Federal – artigo 12: “§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)”. Os efeitos jurídicos de sentença transitada em julgado que trate da perda da nacionalidade brasileira são personalíssimos, não podendo se estender, portanto, a terceiros. A perda de nacionalidade, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional, é procedimento judicial (art. 12, § 4º, I, da CF). Uadi Lammêgo Bulos esclarece que a "ação de cancelamento de naturalização é proposta pelo Ministério Público Federal. Os direitos políticos e os partidos políticos também são direitos fundamentais, notadamente por estarem incluídos no Título lI da CF, denominado como "dos direitos e garantias fundamentais". O mandado de injunção é um remédio constitucional que serve para atacar o problema da falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (art. 5º, LXXI, da CF). Não há previsão constitucional ou legal 6 sobre a impetração de mandado de injunção em favor de terceiro, apesar de o STF já ter admitido o mandado de injunção coletivo A nacionalidade secundária é adquirida por meio da naturalização, que pode ser requerida tanto pelo apátrida (sem nacionalidade) como pelo estrangeiro. Existem dois tipos de naturalização: i. Naturalização Ordinária ou comum (art. 12, li, "a", da CF: os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral) e; ii. Naturalização Extraordinária (os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira). Apenas na Naturalização Ordinária é que, mesmo que os estrangeiros e apátridas satisfaçam os requisitos para a obtenção da naturalização, o Poder Executivo dispõe de competência discricionária para concedê-la ou não. Na Naturalização Extraordinária, preenchidos os requisitos, não há discricionariedade para a concessão da naturalização. 05 ª QUESTÃO ( ) militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá passar a inatividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, deverá ser afastado. Resposta: FALSA Dispõe a Constituição Federal- artigo 14: § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. O militar alistável é o que não esteja cumprindo serviço militar obrigatório, consoante art. 14, § 2º, da CF). 06 ª QUESTÃO ( ) É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa; Resposta: FALSO 7 Dispõe o artigo 15 da Constituição Federal que: Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. De acordo com a jurisprudência dominante do Tribunal Superior Eleitoral, a absolvição criminal imprópria transitada em julgado, com aplicação de medida de segurança a indivíduo inimputável, ainda que não reconhecida formalmente a respectiva incapacidade civil absoluta, é só por si causa apta para a suspensão dos direitos políticos (Processo nº 19.297/ TSE, julgado em 2006). Segundo a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, a suspensão dos direitos políticos, enquanto efeito da condenação criminal transitada em julgado, persiste mesmo no curso do período de prova da suspensão condicional da pena (sursis), consoante RMS 22.470-AgR, julgado em 2006 e RE 577.012-AgR, julgado em 2010. No RE 179.502/SP, Rei. Min. Moreira Alves, firmou-se o entendimento segundo o qual não é o recolhimento do condenado à prisão que justifica a suspensão de seusdireitos políticos, mas o juízo de reprovabilidade expresso na condenação. 07 ª QUESTÃO ( )Segundo a Constituição Estadual, o Poder Judiciário assegurará preferência no julgamento do habeas-corpus, do mandado de segurança e de injunção, do habeas- data, da ação direta de inconstitucionalidade, popular, indenizatória por erro judiciário e da decorrente de atos de improbidade administrativa. Resposta: VERDADEIRO Leia a Constituição do Estado do concurso que irá prestar. Seja diligente. Segue link da Constituição do Estado de Santa Catarina. http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/legislacao http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc/sites/default/files/consituicao_compilada_20 15-09-14_0.pdf 8 O artigo 4 inciso V tem a seguinte redação: “o Poder Judiciário assegurará preferência no julgamento do “habeas-corpus”, do mandado de segurança e de injunção, do “habeas-data”, da ação direta de inconstitucionalidade, popular, indenizar por erro judiciário e da decorrente de atos de improbidade administrativa”. A Constituição do Estado de Santa Catarina, no art. 4°, inciso V, prevê a necessidade do Poder Judiciário assegurar preferência no julgamento do"habeas corpus", do mandado de segurança e de injunção, do "habeas-data", da ação direta de inconstitucionalidade, popular, indenizar por erro judiciário e da decorrente de atos de improbidade administrativa, mas não no da ação civil pública. 08 ª QUESTÃO ( ) Segundo a Constituição Estadual, são crimes de responsabilidade os atos do Governador do Estado que atentem contra a Constituição Federal, contra a Constituição Estadual e especialmente contra: I - a existência da União, Estado ou Município; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do Estado e dos Municípios; V - a probidade na administração pública; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais Resposta: VERDADEIRO Dispõe a Constituição Estadual em seu artigo 72, abaixo colacionado, que: Art. 72. São crimes de responsabilidade os atos do Governador do Estado que atentem contra a Constituição Federal, contra a Constituição Estadual e especialmente contra: I - a existência da União, Estado ou Município; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do Estado e dos Municípios; V - a probidade na administração pública; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. As normas de processo e julgamento desses crimes serão definidas em lei especial. 9 09 ª QUESTÃO ( ) A Constituição Estadual não traz expressamente em seu bojo foro especial para os Secretários de Estado em crimes comuns e de responsabilidade, razão pela qual não gozam de tal prerrogativa processual. Resposta: FALSO A Constituição Estadual traz previsão a respeito, a seguir colada: Art. 75. Os Secretários de Estado serão, nos crimes comuns e de responsabilidade, processados e julgados pelo Tribunal de Justiça e, nos conexos com os do Governador, pelo órgão competente para o processo e julgamento deste, ressalvada a competência dos órgãos judiciários federais. Parágrafo único. São crimes de responsabilidade dos Secretários de Estado os referidos no art. 72 e os demais previstos nesta Constituição, entre os quais se inclui o não comparecimento, sem justa causa, a Assembléia Legislativa, quando convocado 10 ª QUESTÃO ( ) São órgãos do Poder Judiciário do Estado a Câmara Regional de Chapecó Resposta: VERDADEIRO A Constituição do Estado dispõe que: Art. 77. São órgãos do Poder Judiciário do Estado: I - o Tribunal de Justiça; II - os Tribunais do Júri; III - os Juízes de Direito e os Juízes Substitutos; IV - a Justiça Militar; V - os Juizados Especiais e as Turmas de Recursos; VI - a Câmara Regional de Chapecó; VII - os Juízes de Paz; VIII - outros órgãos instituídos em lei. (Redação dada pela EC/56, de 2010). ADI STF 4626/11 (inciso VI do Art. 77) aguardando julgamento. 11 ª QUESTÃO ( ) É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de dotação orçamentária necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de 10 sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciais apresentados até 1° de julho, para pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. Resposta: VERDADEIRO A Constituição do Estado em seu artigo 81 dispõe: Art. 81. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. § 1° O Tribunal de Justiça elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2° A exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Estadual ou Municipal, em virtude de condenação judicial, serão feitos exclusivamente na ordem cronológica da apresentação dos precatórios e a conta dos respectivos créditos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. § 3° É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos constantes de precatórios judiciais apresentados até 12 de julho, data em que seus valores serão atualizados, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte. – REVOGADO!!!! § 3° É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de dotação orçamentária necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciais apresentados até 1° de julho, para pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela EC/38, de 2004). 12 ª QUESTÃO ( ) A Constituição Estadual prevê que os titulares de Fundações, Autarquias e Empresas Públicas, nos crimes de responsabilidade serão julgados pelo Tribunal de Justiça. Tal artigo teve a inconstitucionalidade arguida, mas a Ação respectiva resultou no julgamento da Constitucionalidade do referido dispositivo. Resposta: FALSO Constituição Estadual prevê que: Artigo 83, inciso XI, b) nos crimes comuns e de responsabilidade, os secretários de Estado, salvo a hipótese prevista no art. 75, os juízes e os membros do Ministério Público, os prefeitos, bem como os titulares de fundações, autarquias e empresas públicas, nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. A Adi 3279- Cezar Peluso julgou inconstitucional tal dispositivo. 11 SEGUE EMENTA: “EMENTA: INCONSTITUCIONALIDADE. Ação direta. Art. 41, caput e § 2º, da Constituição do Estado de Santa Catarina, com a redação das ECs nº 28/2002 e nº 53/2010. Competência legislativa. Caracterização de hipóteses de crime de responsabilidade. Ausência injustificada de secretário de Estado a convocação da Assembléia Legislativa. Não atendimento, pelo governador, secretário de Estado ou titular de fundação, empresa pública ou sociedade de economias mista, a pedido de informações da Assembléia. Cominação de tipificação criminosa. Inadmissibilidade. Violação a competência legislativa exclusiva da União. Inobservância, ademais, dos limites do modelo constitucional federal. Confusão entre agentes políticos e titularesde entidades da administração pública indireta. Ofensa aos arts. 2º, 22, I, 25, 50, caput e § 2º, da CF. Ação julgada procedente, com pronúncia de inconstitucionalidade do art. 83, XI, “b”, da Constituição estadual, por arrastamento. Precedentes.”. Link para leitura do voto: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1738847 13ª QUESTÃO ( ) A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo repúdio ao racismo. Resposta: VERDADEIRO A alternativa está em conformidade com o art. 4º, VIII, da CF: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo. 14ª QUESTÃO ( ) As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados apenas na esfera judicial. Resposta: FALSO A alternativa não está em conformidade com o art. 5º, XXI, da CF, uma vez que a representação também pode ocorrer na esfera administrativa: Art. 5º. XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 12 15ª QUESTÃO ( ) As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios podem requisitar diretamente das instituições financeiras informações sobre as movimentações bancárias dos contribuintes. Resposta: VERDADERO A alternativa está em conformidade com o atual posicionamento do STF externado em julgamento conjunto das ADI`s 2390, 2386, 2397 e 2859 e do RE 601.314 (repercussão geral). EMENTA: CONSTITUCIONAL. SIGILO BANCÁRIO. FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES SOBRE MOVIMENTAÇÃO BANCÁRIA DE CONTRIBUINTES, PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, DIRETAMENTE AO FISCO, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL (LEI COMPLEMENTAR 105/2001). POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI 10.174/2001 PARA APURAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS REFERENTES A EXERCÍCIOS ANTERIORES AO DE SUA VIGÊNCIA. RELEVÂNCIA JURÍDICA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. (RE 601314 RG, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, julgado em 22/10/2009, DJe-218 DIVULG 19-11-2009 PUBLIC 20-11-2009 EMENT VOL- 02383-07 PP-01422 ) 16ª QUESTÃO ( ) O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para períodos subsequentes. Resposta: FALSO A alternativa não está em conformidade com o art. 14, §5º, da CF, uma vez que a reeleição somente pode ocorrer para um único período subsequente. Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. 17ª QUESTÃO ( ) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. O direito à nomeação, contudo, pressupõe previsão de vagas no edital do concurso, não alcançando a feitura de cadastro de candidatos à ocupação do cargo, quando se tem simples expectativa de direito. 13 Resposta: VERDADEIRO A alternativa está em conformidade com a Constituição Federal e com o atual posicionamento do Supremo Tribunal Federal: Art. 37, II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; MANDADO DE SEGURANÇA – CONCURSO PÚBLICO – OPORTUNIDADE. Versando a impetração concurso público, a adequação não prescinde de este último, à data do ajuizamento, estar em vigor. CONCURSO PÚBLICO – NOMEAÇÃO – DIREITO SUBJETIVO. O direito à nomeação pressupõe previsão de vagas no edital do concurso, não alcançando a feitura de cadastro de candidatos à ocupação do cargo, quando se tem simples expectativa de direito. (MS 31708, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 19/05/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe -107 DIVULG 03-06-2015 PUBLIC 05-06-2015) 18ª QUESTÃO ( ) O Defensor Público-Geral da União possui legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, a ação declaratória de constitucionalidade e a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante. Resposta: FALSO A alternativa não está em conformidade com o art. 103, da CF, que não lista o Defensor Público-Geral da União como legitimado para propor ADIN e ADC Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 14 VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 19ª QUESTÃO ( ) Compete ao STJ, em recurso ordinário, julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal. Resposta: FALSO A alternativa não está em conformidade com o art. 105, II, da CF, uma vez que o recurso previsto para hipótese é o recurso especial. Art. 105. III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal 20ª QUESTÃO ( ) É função institucional do Ministério Público promover, privativamente, o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Resposta: FALSO A alternativa não está em conformidade com o art. 129, III, da CF, uma vez que o texto de lei não traz o vocábulo “privativamente”. Art. 129. III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 21ª QUESTÃO ( ) Membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos fora do âmbito da instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério. 15 Resposta: VERDADEIRO A alternativa está em conformidade com o atual posicionamento do Supremo Tribunal Federal Exercício do cargo de Ministro de Estado por membro do Ministério Público e vedações constitucionais - 1 Membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos, fora do âmbito da instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério. Com base nesse entendimento, o Plenário julgou parcialmente procedente o pedido formulado em arguição de descumprimento de preceito fundamental para declarar a inconstitucionalidade da Resolução 72/2011, do CNMP, e determinar a exoneração dos ocupantes de cargos em desconformidade com a interpretação fixada, no prazo de até 20 dias após a publicação da ata do julgamento. No caso, o descumprimento de preceitosfundamentais teria ocorrido por atos normativos e atos concretos. No plano normativo, por ato do CNMP, que derrogara resolução que tratava das vedações ao exercício de cargo ou função pública por membro do Ministério Público. No plano concreto, por atos de nomeação de membros do Ministério Público para ocupar cargos fora da instituição e, em especial, a nomeação de procurador de justiça para o cargo de Ministro de Estado da Justiça. Inicialmente, o Tribunal, por maioria, conheceu da arguição. O pedido estaria ancorado em suposta violação a preceitos fundamentais da independência dos Poderes (CF, art. 2º e art. 60, §4º, III) e da independência funcional do Ministério Público (CF, art. 127, §1º) consubstanciados na vedação aos promotores e procuradores de exercerem “qualquer outra função pública, salvo uma de magistério” (CF, art. 128, §5º, II, “d”). Além disso, tendo em vista o caráter acentuadamente objetivo da arguição de descumprimento de preceito fundamental, o juízo de subsidiariedade levaria em conta, especialmente, os demais processos objetivos já consolidados no sistema constitucional. Assim, ante a inexistência de processo de índole objetiva apto a solver, de uma vez por todas, a controvérsia constitucional, não haveria como deixar de reconhecer a admissibilidade da arguição de descumprimento de preceito fundamental. Isso porque as ações originárias e o recurso extraordinário não seriam capazes de resolver a controvérsia constitucional de forma geral, definitiva e imediata. Vencido o Ministro Marco Aurélio, que não conhecia da ação e indeferia a medida cautelar. Assinalava que haveria meio próprio para afastar do cenário jurídico a designação de procurador de justiça para figurar como Ministro de Estado. Na espécie, já se teria ajuizado ação popular para esse fim. Da mesma forma, seria cabível ação direta de inconstitucionalidade para atacar a resolução do CNMP. Vencido, em menor extensão, o Ministro Edson Fachin, que não conhecia da arguição de preceito fundamental quanto ao pedido de declaração de inconstitucionalidade da mencionada resolução, diante do não atendimento do princípio da subsidiariedade. ADPF 388/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 9.3.2016. (ADPF- 388) informativo 817. 16 22ª QUESTÃO ( ) Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores ao prazo da licença- gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. É possível, contudo, em relação à licença-adotante, fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. Resposta: FALSO A alternativa não está em conformidade com o recente posicionamento do Supremo Tribunal Federal: Os prazos da licença-adotante não podem ser inferiores aos prazos da licença- gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença- adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada. Com base nessa orientação, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário em que discutida a possibilidade de lei instituir prazos diferenciados para a concessão de licença-maternidade às servidoras gestantes e às adotantes. Reconheceu o direito da recorrente, servidora pública, ao prazo remanescente da licença parental, a fim de que o tempo total de fruição do benefício, computado o período já gozado, seja de 180 dias de afastamento remunerado, correspondentes aos 120 dias de licença, previstos no art. 7º, XVIII, da CF, acrescidos dos 60 dias de prorrogação, nos termos da lei. De início, o Colegiado afirmou que a Constituição trouxera inovações a respeito do tema. Uma delas, a superação da ideia de família tradicional, hierarquizada, liderada pelo homem, chefe da sociedade conjugal. Fora criada uma noção de família mais igualitária, que não apenas resulta do casamento. Além disso, ela não é mais voltada para proteger o patrimônio, mas para cultivar e manter laços afetivos. Outra mudança diz respeito à igualdade entre os filhos, que tinham regime jurídico diferenciado, a depender de suas origens. Por fim, fora estabelecido, no art. 7º, XVIII, da CF, a licença à gestante como um direito social. No que se refere à legislação infraconstitucional, o Tribunal explicou sua evolução até o quadro atual, em que há duas situações distintas: para servidoras públicas, regidas de acordo com a Lei 8.112/1990, a licença-maternidade, para gestantes, é de 120 dias. Para adotantes, a licença-maternidade é de 90 dias, para crianças menores de 1 ano, e de 30 dias, para maiores de 1 ano. Por outro lado, para trabalhadoras da iniciativa privada, regidas de acordo com a CLT, a licença-gestante é equiparada à licença- adotante, e não há diferenciação em virtude da idade da criança adotada. Com o advento da Lei 11.770/2008, passara a ser previsto o direito de prorrogação da licença- maternidade em até 50%, tanto para servidoras públicas quanto para trabalhadoras do setor privado. RE 778889/PE, rel. Min. Roberto Barroso, 10.3.2016. (RE-778889) inf. 817. 17 23ª QUESTÃO ( ) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. Resposta: VERDADEIRO A alternativa está em conformidade com o art. 19, I, da CF: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 24ª QUESTÃO ( ) O ensino religioso, de matrícula obrigatória, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. Resposta: FALSO A alternativa está em conformidade com o art. 210, §1º, da CF: Art. 210, §1º. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. DIREITO ADMINISTRATIVO 25ª QUESTÃO: ( ) À luz da hodierna compreensão do princípio da legalidade, a célebre lição, cunhada por Hely Lopes Meirelles, com base na doutrina de Guido Zanobini, de que “enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza” merece temperamentos. A atuação administrativa, muito além da mera execução mecânica da lei, deve ser pautada pela observância do Direito, no que se convencionou denominar de “bloco de legalidade”. Resposta: VERDADEIRO Questão que exige conhecimentos doutrinários acerca da hodierna feição do princípio da legalidade. Segundo Rafael Carvalho de Rezende Oliveira (Curso de Direito Administrativo, Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método; out. 2013, p. 27) “a legalidade não é o único 18 parâmetro da ação estatal que deve se conformar às demais normas consagradas no ordenamento jurídico. A legalidade encontra-se inserida no denominado princípio da juridicidade que exige a submissão da atuação administrativa à lei e ao Direito (art. 2º, parágrafo único, I, da Lei 9.784/1999). Em vez de simples adequação da atuação administrativa a uma lei específica, exige-se a compatibilidade dessa atuação com o chamado ‘bloco de legalidade’”. Nas palavras de Luis Roberto Barroso (O Novo Direito Constitucional Brasileiro: contribuições para a construção teórica e prática da jurisdição constitucional no Brasil, Belo Horizonte: Fórum, 2012, p. 383): “a vinculação da Administração Pública passou a se dar em relação a um blocomais amplo de juridicidade, que congrega não apenas as leis formais, mas também, e sobretudo, a Constituição. Assim, mesmo na ausência de ordem ou autorização específica de lei formal, a Administração poderá estar obrigada a agir por conta de imposições diretamente extraídas do texto constitucional”. A edição da Súmula Vinculante n. 13 pode ser apontada como aplicação do princípio da juridicidade, entendendo o STF pela desnecessidade da existência de lei expressa que regule a proibição ao nepotismo, “tendo em conta a expressiva densidade axiológica e a elevada carga normativa que encerram os princípios contidos no caput do art. 37 da CF”, segundo asseverou o Min. Ricardo Lewandowski, no RE 579.951/RS. 26ª QUESTÃO ( ) Em seu sentido subjetivo confunde-se a Administração Pública com as pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem atividade administrativa, pertencentes ao Poder Executivo, único que exerce, propriamente, a função administrativa. Resposta: FALSO Exige a questão o conhecimento de distinção clássica da doutrina de Direito Administrativo. A expressão Administração Pública pode ser empregada tanto no sentido subjetivo (formal ou orgânico), a significar as pessoas, os órgãos e os agentes públicos que exercem atividades administrativas, como, também, no sentido objetivo (material ou funcional), traduzindo a própria função ou atividade administrativa. Deve-se destacar dois pontos acerca da assertiva em foco: a. É possível a criação de entidades administrativas no âmbito do Poder Judiciário e Legislativo; b. Todos os Poderes exercem, em alguma medida, a função administrativa, não se podendo, pois, afirmar que o Poder Executivo é o único que exerce tal função. 19 27ª QUESTÃO ( ) Entende o Supremo Tribunal Federal, em interpretação do art. 37, inciso XX, da CF-88 (“depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada”) que a criação de subsidiária de sociedade de economia mista depende, em cada caso, de autorização por lei específica, não bastando a autorização genérica para tal fim constante da lei que autorizou a criação de determinada sociedade de economia. Resposta: FALSO Trata a assertiva de questão há muito consolidada pela jurisprudência do STF (Info 341): Julgado improcedente o pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Partido dos Trabalhadores - PT, Partido Democrático Trabalhista - PDT, Partido Comunista do Brasil - PC do B e Partido Socialista Brasileiro - PSB contra os artigos 64 e 65 da Lei 9.478/97, que dispõe sobre a política energética nacional e as atividades relativas ao monopólio do petróleo; institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo, e dá outras providências ("Art. 64. Para o estrito cumprimento de atividades de seu objeto social que integrem a indústria do petróleo, fica a PETROBRÁS autorizada a constituir subsidiárias, as quais poderão associar-se, majoritária ou minoritariamente, a outras empresas. Art. 65. A PETROBRÁS deverá constituir uma subsidiária com atribuições específicas de operar e construir seus dutos, terminais marítimos e embarcações para transporte de petróleo, seus derivados e gás natural, ficando facultado a essa subsidiária associar-se, majoritária ou minoritariamente, a outras empresas."). O Tribunal, afastando a alegação das autoras de que seria necessária a autorização específica do Congresso Nacional para a instituição de cada uma das subsidiárias de uma mesma entidade, considerou que a autorização legislativa para a criação de subsidiárias de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública, a que se refere o inciso XX do art. 37 da CF, possui caráter genérico, tendo sido satisfeita a necessidade de autorização, portanto, pela delegação referida na Lei impugnada. O Min. Carlos Britto, por sua vez, em seu voto, entendeu que a exigência específica a que se refere o inciso XIX do art. 37 dependeria de cada caso, uma vez que o Estado, ao criar uma subsidiária, estaria adentrando espaço reservado à iniciativa privada. No entanto, tratando-se o caso concreto de subsidiária de produto, cuja produção e comercialização foram excluídas da iniciativa privada, em face do monopólio conferido à União pelo art. 177 da CF, acompanhou a conclusão do voto do Min. Maurício Corrêa, julgando improcedente o pedido (CF, art. 37: "XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação... XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação 20 de qualquer delas em empresa privada;").Precedente citado: ADI 1840 MC/DF (DJU de 11.9.98). ADI 1649/DF, rel. Min. Maurício Corrêa, 24.3.2004.(ADI-1649) 28ª QUESTÃO ( ) Enquanto na desconcentração ocorre a transferência da atividade administrativa para outra pessoa, física ou jurídica, integrante ou não do aparelho estatal, na descentralização há simples distribuição interna de atividades dentro de uma mesma pessoa jurídica. Resposta: FALSO Trata-se de classificação consagrada pela doutrina. Há na assertiva inversão dos conceitos: Desconcentração – distribuição interna de atividades DENTRO DE UMA MESMA PESSOA JURÍDICA. Descentralização – transferência da atividade administrativa PARA OUTRA PESSOA, física ou jurídica, integrante ou não do aparelho estatal. 29ª QUESTÃO ( ) A vinculação (controle ou tutela) entre as entidades administrativas e o ente central é decorrência do poder hierárquico. Resposta: FALSO Questão doutrinária. Não confunda vinculação (controle ou tutela) com subordinação (hierarquia): Tutela – decorre da DESCENTRALIZAÇÃO, pressupondo, assim, a EXISTÊNCIA DE DUAS PESSOAS JURÍDICAS. Subordinação – decorre da DESCONCENTRAÇÃO, ocorrendo, pois, NO INTERIOR DE UMA MESMA PESSOA. Observação: A prova de Direito Administrativo do MPSC costuma exigir majoritariamente “letra de lei”, com alguns questionamentos – em menor número – acerca de classificações doutrinárias clássicas e consolidadas. Praticamente não cobra jurisprudência (o que não significa, por óbvio, não possa passar a fazê-lo). 21 30ª QUESTÃO ( ) Segundo a Lei de regência (11.107-2005), “o consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado”, não podendo a União participar de consórcio celebrado com determinado Município sem que o Estado em cujo território se situar a edilidade também esteja participando. Resposta: VERDADEIRO Trata-se de assertiva que se limita a reproduzir a “letra da lei”: Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. § 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. § 2º A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. § 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS. Observação: A Lei dos Consórcios possui apenas 20 artigos e, quando cobrada, limita- se a reproduzir o texto legal, valendo, assim, a leitura com atençãopara seus principais aspectos. 31ª QUESTÃO ( ) Os convênios administrativos possuem, entre suas características marcantes, a personalidade jurídica emergente da celebração do ajuste, bem assim a inexistência de interesses contrapostos, isto é, buscam os partícipes, por meio dele, a consecução de determinada finalidade comum. Resposta: FALSO Diferente dos consórcios administrativos, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM PERSONALIDADE JURÍDICA EMERGENTE DOS CONVÊNIOS. No mais: está correta a questão. Difere o convênio, ademais, do contrato administrativo, pois neste há interesses contrapostos. 32ª QUESTÃO ( ) Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a indenização pela cobertura vegetal, de forma destacada da terra nua, está condicionada à efetiva comprovação da exploração econômica lícita dos recursos vegetais. Demais disso, não enseja indenização ao proprietário do solo a desapropriação de jazidas de substâncias 22 minerais (areia, pedregulho e 'rachão'), de emprego imediato na construção civil, sem concessão, autorização ou licenciamento para serem exploradas pelo expropriado. Resposta: VERDADEIRO Trata-se de questão que exige entendimento jurisprudencial do STJ: ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DESAPROPRIAÇÃO POR UTILIDADE PÚBLICA. COBERTURA VEGETAL. JAZIDA DE ARGILA. INDENIZAÇÃO EM SEPARADO. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PRÉVIA EXPLORAÇÃO LÍCITA. VALOR DA INDENIZAÇÃO. CRITÉRIOS ADOTADOS NA ORIGEM. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. I. É firme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que "A indenização pela cobertura vegetal, de forma destacada da terra nua, está condicionada à efetiva comprovação da exploração econômica lícita dos recursos vegetais" (STJ, EREsp 251.315/SP, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 18/06/2010). II. Da mesma forma, o Superior Tribunal de Justiça possui entendimento no sentido de que "Não enseja indenização ao proprietário do solo a desapropriação de jazidas de substâncias minerais (areia, pedregulho e 'rachão'), de emprego imediato na construção civil, sem concessão, autorização ou licenciamento para serem exploradas pelo expropriado" (STJ, REsp 41.122/SP, Rel. Ministro DEMÓCRITO REINALDO, PRIMEIRA TURMA, DJ de 20/02/95). Em igual sentido: STJ, REsp 996.203/SP, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 21/03/2011; REsp 518.744/RN, Rel. Ministro LUIX FUX, PRIMEIRA TURMA, DJ de 25/02/2004. III. No caso, não tendo sido demonstrada, pelos agravantes, a existência de exploração lícita da cobertura florestal ou da jazida de argila existentes no imóvel, inviável sua indenização em separado. IV. Quanto às demais alegações dos agravantes, infirmar os fundamentos do acórdão recorrido, no sentido de que o valor fixado pela sentença é o que melhor reflete o princípio da justa indenização, demandaria o reexame de matéria fática, o que é vedado, em Recurso Especial, nos termos da Súmula 7/STJ. V. Agravo Regimental improvido. (STJ - AgRg no REsp: 1336913 MS 2012/0147416-9, Relator: Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, Data de Julgamento: 24/02/2015, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 05/03/2015) 23 33ª QUESTÃO ( ) Entende-se por “Direito de Extensão” o direito de o proprietário exigir que a desapropriação parcial se transforme em total quando a parte remanescente, de forma isolada, não possuir valoração ou utilidade econômica razoável. Resposta: VERDADEIRO Trata-se de definição doutrinária consagrada. Segundo Rafael Carvalho Rezende Oliveira (Ob. Cit., p. 563-564), “o direito de extensão pode ser considerado um remédio contra a desapropriação indireta, uma que o Poder Público, ao desapropriar formalmente parte do terreno, deixando para o proprietário parte irrisória que, isoladamente, não possui qualquer utilidade econômica (ex.: não é possível instituir lote), realiza, concretamente, a desapropriação integral do bem. Ou seja: a integralidade do bem é desapropriada, mas ocorre o pagamento parcial da indenização. A parte do bem que não foi objeto da desapropriação regular restou retirada, indiretamente e sem o devido processo legal, do proprietário (desapropriação indireta). Em conseqüência, o proprietário, ao invocar o direito de extensão, faz com que o Poder Público realize a indenização integral do bem”. Destaca-se que o direito de extensão pode ser invocado pelo réu em sua contestação, considerando envolver, a bem da verdade, discussão acerca do preço mesmo da indenização (art. 20, DL 3.365-1941). Nesse sentido: STJ, 2ª T., REsp 816.535-SP, Rel. Min Castro Meira, DJ 16.02.2007. 34ª QUESTÃO ( ) Não há falar em retrocessão se ao bem expropriado for dada destinação que atende ao interesse público, ainda que diversa da inicialmente prevista no decreto expropriatório. Resposta: VERDADEIRO Aborda a assertiva tanto questão doutrinária como jurisprudencial. Entende-se por retrocessão “o direito de o expropriado exigir a devolução do bem desapropriado que não foi utilizado pelo Poder Público para atender o interesse público” (Rafael Carvalho Rezende Oliveira, p. 573). A retrocessão pressupõe a tresdestinação (desvio de finalidade por parte do Poder Público, que se afasta do interesse que motivou a desapropriação), dividindo-se em a) tresdestinação lícita - o Poder Público satisfaz interesse público diverso daquele previsto no decreto expropriatório, v.g., construção de hospital no lugar de uma escola; e 24 b) tresdestinação ilícita - não há atendimento de qualquer interesse público, v.g., alienação do bem expropriado. Entende o STJ que apenas a tresdestinação ilícita acarreta a retrocessão: “Cuida-se de recurso interposto contra acórdão do TJ--SP que entendeu não haver desvio de finalidade se o órgão expropriante dá outra destinação de interesse público ao imóvel expropriado. Para a Min. Relatora não há falar em retrocessão se ao bem expropriado for dada destinação que atende ao interesse público, ainda que diversa da inicialmente prevista no decreto expropriatório. A Ministra Relatora aduziu que a esse tipo de situação a doutrina vem dando o nome de ‘tredestinação lícita’ – aquela que ocorre quando, persistindo o interesse público, o expropriante dispensa ao bem desapropriado destino diverso do que planejara no início. Assim, tendo em vista a manutenção da finalidade pública peculiar às desapropriações, a Turma negou provimento ao recurso” (Precedentes citados: REsp 710.065-SP, DJ 6--6--2005, e REsp 800.108--SP, DJ 20--3--2006. REsp 968.414--SP, Rel. Min. Denise Arruda, julgado em 11--9--2007) 35ª QUESTÃO: ( ) No que tange às PPP`s, não obstante disponha a Lei que a contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada, faculta-se, nos termos do contrato, seja efetuado o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. Resposta: VERDADEIRO Questão que se limita a reproduzir o texto legal. Art. 7º A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do contrato de parceria público-privada. § 1º É facultado à administração pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativaa parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria público-privada. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012) § 2º O aporte de recursos de que trata o § 2o do art. 6o, quando realizado durante a fase dos investimentos a cargo do parceiro privado, deverá guardar proporcionalidade com as etapas efetivamente executadas. (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012). 25 36ª QUESTÃO ( ) A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato. Resposta: VERDADEIRO Questão que se limita a reproduzir o texto legal. Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: (...) § 3o A empresa de prestação de serviços técnicos especializados que apresente relação de integrantes de seu corpo técnico em procedimento licitatório ou como elemento de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação, ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes realizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato. Observação: A Lei de Licitações vem sendo bastante cobrada nos concursos do MPSC. Nos últimos dois certames foram exigidas 6 questões (Concurso XXXVIII) e 4 questões (Concurso XXXIX) a respeito do tema. As questões mesclam texto legal com classificações doutrinárias consagradas (licitação fracassada, dispensada, dispensável etc.). 37ª QUESTÃO ( ) Incidem os efeitos materiais da revelia contra o Poder Público na hipótese em que, devidamente citado, deixa de contestar o pedido do autor, sempre que estiver em litígio uma obrigação de direito privado firmada pela Administração Pública, e não um contrato genuinamente administrativo. Resposta: VERDADEIRO Assertiva que aborda entendimento jurisprudencial. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. INCIDÊNCIA DOS EFEITOS MATERIAIS DA REVELIA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO. Incidem os efeitos materiais da revelia contra o Poder Público na hipótese em que, devidamente citado, deixa de contestar o pedido do autor, sempre que estiver em litígio uma obrigação de direito privado firmada pela Administração Pública, e não um contrato genuinamente administrativo. Segundo os arts. 319 e 320, II, ambos do CPC, se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor, não induzindo a revelia esse efeito se o litígio versar sobre direitos indisponíveis. A 26 Administração Pública celebra não só contratos regidos pelo direito público (contratos administrativos), mas também contratos de direito privado em que não se faz presente a superioridade do Poder Público frente ao particular (contratos da administração), embora em ambos o móvel da contratação seja o interesse público. A supremacia do interesse público ou sua indisponibilidade não justifica que a Administração não cumpra suas obrigações contratuais e, quando judicializadas, não conteste a ação sem que lhe sejam atribuídos os ônus ordinários de sua inércia, não sendo possível afastar os efeitos materiais da revelia sempre que estiver em debate contrato regido predominantemente pelo direito privado, situação na qual a Administração ocupa o mesmo degrau do outro contratante, sob pena de se permitir que a superioridade no âmbito processual acabe por desnaturar a própria relação jurídica contratual firmada. A inadimplência contratual do Estado atende apenas a uma ilegítima e deformada feição do interesse público secundário de conferir benefícios à Administração em detrimento dos interesses não menos legítimos dos particulares, circunstância não tutelada pela limitação dos efeitos da revelia prevista no art. 320, II, do CPC. Dessa forma, o reconhecimento da dívida contratual não significa disposição de direitos indisponíveis; pois, além de o cumprimento do contrato ser um dever que satisfaz o interesse público de não ter o Estado como inadimplente, se realmente o direito fosse indisponível, não seria possível a renúncia tácita da prescrição com o pagamento administrativo da dívida fulminada pelo tempo. (STJ, 4ª T., REsp 1.084.745-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 6/11/2012) 38ª QUESTÃO ( ) As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala. Resposta: VERDADEIRO Assertiva que se limita a reproduzir o texto legal. Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: (...) § 1º As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos 27 disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem perda da economia de escala. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 39ª QUESTÃO ( ) Embora o poder discricionário confira certa liberdade à autoridade pública para decidir sobre o aspecto meritório (motivo e objeto) do ato administrativo, é certa também a possibilidade do controle judicial sobre os excessos praticados no aparente uso da discricionariedade administrativa. Para tanto, têm sido aplicados os princípios da finalidade pública, da razoabilidade e da proporcionalidade, sendo considerados ilegais os atos administrativos que não os respeitem. Resposta: VERDADEIRO Não mais se discute atualmente a possibilidade retratada na questão, sendo pacífica a possibilidade de controle jurisdicional, nos moldes delineados pela assertiva. 40ª QUESTÃO ( ) Nos contratos regidos pela Lei feral n. 12.462-2011 (RDC), poderá ser admitido o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a mediação, para dirimir conflitos decorrentes da sua execução ou a ela relacionados. Resposta: VERDADEIRO Trata-se de “letra de lei”: Art. 44-A. Nos contratos regidos por esta Lei, poderá ser admitido o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, e a mediação, para dirimir conflitos decorrentes da sua execução ou a ela relacionados. (Incluído pela Lei nº 13.190, de 2015) 41ª QUESTÃO ( ) Não obstante sua vitaliciedade entende o Superior Tribunal de Justiça ser possível a condenação de membro do Ministério Público à pena de perda da função pública prevista no art. 12 da Lei 8.429/92, dispensando, pois, o ajuizamento de ação cível específica para perda do cargo, isto é, bastará a sentença proferida neste sentido no âmbito de uma ação civil pública por improbidade administrativa. Resposta: VERDADEIRO 28 Questão jurisprudencial. De acordo com síntese extraída do sítio “Dizer o Direito”: O membro do Ministério Público pode ser processado e condenado por ato de improbidade administrativa, com fundamento na Lei 8.429/92, inclusive recebendo apena de perda da função pública. Caso o membro do MP pratique ato de improbidade, haverá duas hipóteses possíveis: • Ser instaurado contra ele processo administrativo de que trata a lei da carreira (LC 75/93: MPU / Lei 8.625/93: MPE) e, ao final, o PGR ou o PGJ ajuizar ação civil de perda do cargo em desfavor do membro. • Ser proposta ação de improbidade administrativa, nos termos da Lei 8.429/92. Neste caso, não existe legitimidade exclusiva do PGR ou PGJ. A ação poderá ser proposta até mesmo por um Promotor de Justiça (no caso do MPE) ou Procurador da República (MPF) que atue em 1ª instância. (STJ. 1ª Turma. REsp 1.191.613-MG, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 19/3/2015 (Info 560). 42ª QUESTÃO ( ) João, detento cumprindo pena na penitenciária estadual localizada em Florianópolis, foi encontrado morto em sua cela. Realizada a necropsia, concluiu-se que a morte ocorreu por asfixia mecânica (enforcamento), sem que tenha sido possível saber, contudo, se em decorrência de homicídio ou suicídio. Neste caso, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, o Estado de Santa Catarina é responsável pela morte do detento. Resposta: VERDADEIRO Entendimento jurisprudencial do STF (Informativo 819): Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da CF, o Estado é responsável pela morte de detento. Essa a conclusão do Plenário, que desproveu recurso extraordinário em que discutida a responsabilidade civil objetiva do Estado por morte de preso em estabelecimento penitenciário. No caso, o falecimento ocorrera por asfixia mecânica, e o Estado-Membro alegava que, havendo indícios de suicídio, não seria possível impor-lhe o dever absoluto de guarda da integridade física de pessoa sob sua custódia. O Colegiado asseverou que a responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em seu art. 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, uma vez rejeitada a teoria do risco integral. Assim, a omissão do Estado reclama nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nas hipóteses em que o Poder Público ostenta o dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado 29 danoso. Além disso, é dever do Estado e direito subjetivo do preso a execução da pena de forma humanizada, garantindo-se-lhe os direitos fundamentais, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral. Esse dever constitucional de proteção ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal. Por essa razão, nas situações em que não seja possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade. Afasta-se, assim, a responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se a teoria do risco integral, ao arrepio do texto constitucional. A morte do detento pode ocorrer por várias causas, como homicídio, suicídio, acidente ou morte natural, não sendo sempre possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis. Portanto, a responsabilidade civil estatal fica excluída nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o resultado danoso. Na espécie, entretanto, o tribunal “a quo” não assentara haver causa capaz de romper o nexo de causalidade da omissão do Estado-Membro com o óbito. Correta, portanto, a decisão impositiva de responsabilidade civil estatal. RE 841526/RS, rel. Min. Luiz Fux, 30.3.2016. (RE-841526) 43ª QUESTÃO ( ) Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo de origem, tendo em vista a sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou a reintegração do servidor ao cargo. Resposta: VERDADEIRO Além de consagrada na doutrina, a conceituação referida encontra-se prevista no art. 29 da Lei federal n. 8.112-90: “Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante”. 44ª QUESTÃO ( ) A caducidade é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada não é mais tolerada pela nova legislação. Resposta: VERDADEIRO De acordo com Rafael Carvalho Rezende Oliveira, “a caducidade é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada não é mais tolerada pela nova legislação. O ato administrativo, no caso, é editado regularmente, mas torna-se ilegal em virtude da alteração legislativa. Vale dizer: a caducidade justifica-se pela ilegalidade superveniente que não é imputada à atuação do administrado (Ed.: caducidade da 30 autorização de uso da calçada editada em favor de determinado restaurante quando a nova legislação proíbe o uso privativo de calçadas por estabelecimentos comerciais). Atenção!!! A caducidade incide exclusivamente sobre os atos discricionários e precários, que não geram direitos subjetivos aos particulares, pois os atos vinculados geram direito adquirido ao administrado que deve ser protegido mesmo na hipótese de superveniência de nova legislação, na forma do art. 5º, XXXVI, da CRFB. Não confunda!!! Enquanto a caducidade do ATO pressupõe ILEGALIDADE SUPERVENIENTE do ATO, NÃO IMPUTADA AO ADMINISTRADO, a caducidade do CONTRATO de concessão de serviços públicos fundamenta-se no DESCUMPRIMENTO DO CONTRATO OU DAS NORMAS JURÍDICAS PELO CONCESSIONÁRIO, possuindo natureza sancionatória (art. 38, da Lei 8.987-1995). CADUCIDADE – CONTRATO DE CONCESSÃO -> Sanção pelo descumprimento por parte do concessionário (particular) do contrato ou das normas jurídicas que regulamentam a concessão; CADUCIDADE – ATO ADMINISTRATIVO -> Não é sanção, fundamentando-se na ilegalidade Superveniente do ato, diante de alteração legislativa. DIREITO TRIBUTÁRIO 45ª QUESTÃO ( ) Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. Assim, nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU, de modo que ao legislador municipal cabe eleger o sujeito passivo do tributo, contemplando qualquer das situações previstas no CTN. Definindo a lei como contribuinte o proprietário, o titular do domínio útil, ou o possuidor a qualquer título, pode a autoridade administrativa optar por um ou por outro visando a facilitar o procedimento de arrecadação. Resposta: VERDADEIRO Cuida-se de questão que retrata entendimento proferido em sede de recursos repetitivos pelo STJ: 31 1. Segundo o art. 34 do CTN, consideram-se contribuintes do IPTU o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. 2. A jurisprudência desta Corte Superior é no sentido de que tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do imóvel quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento do IPTU.[...] 3. "Ao legislador municipal cabe eleger o sujeito passivo do tributo, contemplando qualquer das situações previstas no
Compartilhar