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edições câmara Câmara dos Deputados LEGISLAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO 6ª EDIÇÃO INCLUI Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) Plano Nacional de Educação (PNE) Lei do Fundeb Lei de Cotas de Ingresso nas Universidades Lei do Estágio – 2008 Lei do Fundef Lei da Mensalidade Escolar Lei do Fies Lei do Prouni Lei do Projovem Lei Berenice Piana Câmara dos Deputados LEGISLAÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO Câmara dos Deputados 56ª Legislatura | 2019-2023 Presidente Rodrigo Maia 1º Vice-Presidente Marcos Pereira 2º Vice-Presidente Luciano Bivar 1ª Secretária Soraya Santos 2º Secretário Mário Heringer 3º Secretário Expedito Netto 4º Secretário André Fufuca Suplentes de secretários 1º Suplente Rafael Motta 2ª Suplente Geovania de Sá 3º Suplente Isnaldo Bulhões Jr. 4º Suplente Paulão Secretário-Geral da Mesa Leonardo Augusto de Andrade Barbosa Diretor-Geral Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida Câmara dos Deputados LEGISLAÇÃO SOBRE. EDUCAÇÃO 6ª EDIÇÃO Ana Valeska Amaral Gomes (organizadora) Edição atualizada até 27/10/2020 edições câmara Câmara dos Deputados Diretoria Legislativa: Afrísio de Souza Vieira Lima Filho Consultoria Legislativa: Luciana da Silva Teixeira Centro de Documentação e Informação: André Freire da Silva Coordenação Edições Câmara: Ana Lígia Mendes Coordenação de Organização da Informação Legislativa: Frederico Silveira dos Santos Editora: Luisa Souto Preparação e revisão: Danielle Ribeiro e Sandra Serra Projeto gráfico: Leandro Sacramento e Luiz Eduardo Maklouf Diagramação: Giselle Sousa e Leandro Sacramento Nota do editor: as normas legais constantes desta publicação foram consultadas no Sistema de Legis- lação Informatizada (Legin) da Câmara dos Deputados. Título até a 4ª edição: Legislação brasileira sobre educação. 2009, 1ª edição; 2013, 2ª edição; 2015, 3ª edição; 2017, 4ª edição; 2019, 5ª edição; 2020, 6ª edição. Linha Legislativo; Série Legislação. Série Legislação n. 9 e-book Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação. Bibliotecária: Fabyola Lima Madeira – CRB1: 2109 Legislação sobre educação [recurso eletrônico] / Ana Valeska Amaral (organizadora). – 6. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2020. -- (Série legislação ; n. 9) Versão e-book. “Edição atualizada até 27/10/2020”. Modo de acesso: livraria.camara.leg.br Disponível, também, em formato impresso. ISBN 978-85-402-0809-4 1. Educação, legislação, Brasil, coletânea. I. Amaral, Ana Valeska. II. Brasil. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. II. Série. CDU 37(81)(094) ISBN 978-85-402-0809-4 (e-book) Direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem prévia autorização da Edições Câmara. Venda exclusiva pela Edições Câmara. Câmara dos Deputados Centro de Documentação e Informação – Cedi Coordenação Edições Câmara – Coedi Palácio do Congresso Nacional – Anexo 2 – Térreo Praça dos Três Poderes – Brasília (DF) – CEP 70160-900 Telefone: (61) 3216-5833 livraria.camara.leg.br SUMÁRIO CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ............................................................................10 [Dispositivos constitucionais referentes a educação]. CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (NOVA YORK, 2007) ........................16 [Dispositivo referente a educação]. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 .................................................................................................17 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB) Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007 ......................................................................................................39 (Lei do Fundeb) Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei nº 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências. LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014 ......................................................................................................53 (Plano Nacional de Educação – PNE) Aprova o Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. LEGISLAÇÃO CORRELATA ..............................................................................................................................75 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 ........................................................................................................75 (Estatuto da Criança e do Adolescente) Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências. LEI Nº 9.424, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996 .................................................................................................77 (Lei do Fundef) Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, na forma prevista no art. 60, § 7º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras providências. LEI Nº 9.870, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999 ................................................................................................78 (Lei da Mensalidade Escolar) Dispõe sobre o valor total das anuidades escolares e dá outras providências. LEI Nº 10.260, DE 12 DE JULHO DE 2001 ......................................................................................................80 (Lei do Fies) Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior e dá outras providências. LEI Nº 10.861, DE 14 DE ABRIL DE 2004 ......................................................................................................104 (Lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior) Institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e dá outras providências. LEI Nº 10.880, DE 9 DE JUNHO DE 2004 ......................................................................................................108 (Lei do Pnate) Institui o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE) e o Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, dispõe sobre o repasse de recursos financeiros do Programa Brasil Alfabetizado, altera o art. 4º da Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e dá outras providências. LEI Nº 11.096, DE 13 DE JANEIRO DE 2005 .................................................................................................111 (Lei do Prouni) Institui o Programa Universidade para Todos (Prouni), regula a atuação de entidades beneficentes de assistência social no ensino superior; altera a Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004, e dá outras providências. LEI Nº 11.128, DE 28 DE JUNHO DE 2005 ....................................................................................................116 Dispõe sobre o Programa Universidade para Todos (Prouni) e altera o inciso I do art. 2º da Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. LEI Nº 11.692, DE 10 DE JUNHO DE 2008 ....................................................................................................117 (Lei do Projovem – 2008) Dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), instituído pela Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005; altera a Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004; revoga dispositivos das Leis nos 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, 10.748, de 22 de outubro de 2003, 10.940, de 27 de agosto de 2004, 11.129, de 30 de junho de 2005, e 11.180, de 23 de setembro de 2005; e dá outras providências. LEI Nº 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008 ....................................................................................................120 (Lei do Piso Salarial) Regulamenta a alínea e do inciso III docaput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008 .............................................................................................121 (Lei do Estágio – 2008) Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008 .............................................................................................125 (Lei da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. LEI Nº 11.947, DE 16 DE JUNHO DE 2009 ....................................................................................................131 (Lei da Alimentação Escolar) Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica; altera as Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, 11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20 de julho de 2007; revoga dispositivos da Medida Provisória nº 2.178-36, de 24 de agosto de 2001, e a Lei nº 8.913, de 12 de julho de 1994; e dá outras providências. LEI Nº 12.513, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 ...............................................................................................137 Institui o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); altera as Leis nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, que regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial e institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), nº 8.212, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre a organização da Seguridade Social e institui Plano de Custeio, nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, e nº 11.129, de 30 de junho de 2005, que institui o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem); e dá outras providências. LEI Nº 12.695, DE 25 DE JULHO DE 2012 ....................................................................................................143 Dispõe sobre o apoio técnico ou financeiro da União no âmbito do Plano de Ações Articuladas; altera a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, para incluir os polos presenciais do sistema Universidade Aberta do Brasil na assistência financeira do Programa Dinheiro Direto na Escola; altera a Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, para contemplar com recursos do Fundeb as instituições comunitárias que atuam na educação do campo; altera a Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004, para dispor sobre a assistência financeira da União no âmbito do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos; altera a Lei nº 8.405, de 9 de janeiro de 1992; e dá outras providências. LEI Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012 ..................................................................................................145 (Lei de Cotas de Ingresso nas Universidades) Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. LEI Nº 12.722, DE 3 DE OUTUBRO DE 2012 .................................................................................................146 Altera as Leis nos 10.836, de 9 de janeiro de 2004, 12.462, de 4 de agosto de 2011, e 11.977, de 7 de julho de 2009; dispõe sobre o apoio financeiro da União aos Municípios e ao Distrito Federal para ampliação da oferta da educação infantil; e dá outras providências. LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012 .............................................................................................149 (Lei Berenice Piana) Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art. 98 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015 ......................................................................................................149 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência) Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). LEI Nº 13.185, DE 6 DE NOVEMBRO DE 2015 ..............................................................................................151 Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). LEI Nº 13.257, DE 8 DE MARÇO DE 2016 ......................................................................................................152 (Marco Legal da Primeira Infância) Dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a Lei nº 11.770, de 9 de setembro de 2008, e a Lei nº 12.662, de 5 de junho de 2012. LEI Nº 13.415, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2017 .............................................................................................154 Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. LEI Nº 13.882, DE 8 DE OUTUBRO DE 2019 .................................................................................................155 Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para garantir a matrícula dos dependentes da mulher vítima de violência doméstica e familiar em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio. LEI Nº 13.935, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2019 .............................................................................................156 Dispõe sobre a prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas redes públicas de educação básica. DECRETO Nº 3.276, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999 ......................................................................................156 Dispõe sobre a formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, e dá outras providências. DECRETO Nº 5.154, DE 23 DE JULHO DE 2004 ...........................................................................................157 Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. DECRETO Nº 5.800, DE 8 DE JUNHO DE 2006 .............................................................................................159 Dispõe sobre o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). DECRETO Nº 6.003, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 ....................................................................................160 Regulamenta a arrecadação, a fiscalização e a cobrança da contribuição social do salário-educação, a que se referem o art. 212, § 5º, da Constituição, e as Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e 9.766, de 18 de dezembro de 1998, e dá outras providências. DECRETO Nº 6.253,DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007 ...................................................................................163 Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), regulamenta a Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, e dá outras providências. DECRETO Nº 6.861, DE 27 DE MAIO DE 2009 ..............................................................................................167 Dispõe sobre a Educação Escolar Indígena, define sua organização em territórios etnoeducacionais, e dá outras providências. DECRETO Nº 6.986, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009 ......................................................................................169 Regulamenta os arts. 11, 12 e 13 da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, para disciplinar o processo de escolha de dirigentes no âmbito destes Institutos. DECRETO Nº 7.352, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010 .....................................................................................171 Dispõe sobre a política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). DECRETO Nº 7.589, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 ......................................................................................175 Institui a Rede e-Tec Brasil. DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 ...................................................................................176 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. DECRETO Nº 7.626, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011 ...................................................................................178 Institui o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional. DECRETO Nº 7.790, DE 15 DE AGOSTO DE 2012 .........................................................................................179 Dispõe sobre financiamento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). DECRETO Nº 7.824, DE 11 DE OUTUBRO DE 2012 ......................................................................................180 Regulamenta a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. DECRETO Nº 8.752, DE 9 DE MAIO DE 2016 ................................................................................................182 Dispõe sobre a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação Básica. DECRETO Nº 9.057, DE 25 DE MAIO DE 2017 ..............................................................................................187 Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017 ....................................................................................190 Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino. DECRETO Nº 9.427, DE 28 DE JUNHO DE 2018 ...........................................................................................209 Reserva aos negros trinta por cento das vagas oferecidas nas seleções para estágio no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. DECRETO Nº 9.432, DE 29 DE JUNHO DE 2018 ...........................................................................................210 Regulamenta a Política Nacional de Avaliação e Exames da Educação Básica. DECRETO Nº 9.765, DE 11 DE ABRIL DE 2019 .............................................................................................211 Institui a Política Nacional de Alfabetização. DECRETO Nº 10.134, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2019 .................................................................................213 Dispõe sobre a qualificação da política de fomento aos estabelecimentos da rede pública de educação infantil no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República. DECRETO Nº 10.151, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2019 ....................................................................................214 Institui o Programa Ciência na Escola. DECRETO Nº 10.162, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2019 ....................................................................................215 Institui a Distinção Honorífica dos Heróis do Povo Brasileiro – Educação e o Memorial dos Heróis do Povo Brasileiro – Educação. LISTA DE OUTRAS NORMAS E INFORMAÇÕES DE INTERESSE ...................................................................216 10 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (Publicada no DOU de 5/10/1988) [Dispositivos constitucionais referentes a educação]. [...] TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO [...] CAPÍTULO VI – DA INTERVENÇÃO Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: [...] VII – assegurar a observância dos seguintes prin- cípios constitucionais: [...] e) aplicação do mínimo exigido da receita re- sultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Alínea acrescida pela EC nº 14, de 1996, e com redação dada pela EC nº 29, de 2000) Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Terri- tório Federal, exceto quando: [...] III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvol- vimento do ensino e nas ações e serviços públi- cos de saúde; (Inciso com redação dada pela EC nº 29, de 2000) [...] TÍTULO VIII – DA ORDEM SOCIAL [...] CAPÍTULO III – DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO Seção I – Da Educação Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao ple- no desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e per- manência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções peda- gógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabele- cimentos oficiais; V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de car- reira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Inciso com redação dada pela EC nº 53, de 2006) VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade; VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal; (Inciso acrescido pela EC nº 53, de 2006) IX – garantia do direito à educação e à apren- dizagem ao longo da vida. (Inciso acrescido pela EC nº 108, de 2020, com produção de efeitos financeiros a par- tir de 1º/1/2021) Parágrafo único. A lei disporá sobre as catego- rias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo pa- ra a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Dis- trito Federal e dos Municípios. (Parágrafo único acres- cido pela EC nº 53, de 2006) Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão fi- nanceira e patrimonial, e obedecerão ao princí- pio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. § 1º É facultado às universidades admitir profes- sores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Parágrafo acrescido pela EC nº 11, de 1996) § 2º O disposto nesteartigo aplica-se às institui- ções de pesquisa científica e tecnológica. (Parágrafo acrescido pela EC nº 11, de 1996) Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, asse- gurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (In- ciso com redação dada pela EC nº 59, de 2009) II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Inciso com redação dada pela EC nº 14, de 1996) 11 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Inciso com redação dada pela EC nº 53, de 2006) V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a ca- pacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de progra- mas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (In- ciso com redação dada pela EC nº 59, de 2009) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular, impor- ta responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, aten- didas as seguintes condições: I – cumprimento das normas gerais da educa- ção nacional; II – autorização e avaliação de qualidade pelo poder público. Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar for- mação básica comum e respeito aos valores cultu- rais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das es- colas públicas de ensino fundamental. § 2º O ensino fundamental regular será minis- trado em língua portuguesa, assegurada às comu- nidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de apren- dizagem. Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colabo- ração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de en- sino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em maté- ria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. (Parágrafo com redação dada pela EC nº 14, de 1996) § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Pará- grafo com redação dada pela EC nº 14, de 1996) § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prio- ritariamente no ensino fundamental e médio. (Pa- rágrafo acrescido pela EC nº 14, de 1996) § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- pios definirão formas de colaboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a equi- dade do ensino obrigatório. (Parágrafo acrescido pe- la EC nº 14, de 1996, e com redação dada pela EC nº 108, de 2020, com produção de efeitos financeiros a partir de 1º/1/2021) § 5º A educação básica pública atenderá prio- ritariamente ao ensino regular. (Parágrafo acrescido pela EC nº 53, de 2006) § 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão ação redistributiva em rela- ção a suas escolas. (Parágrafo acrescido pela EC nº 108, de 2020, com produção de efeitos financeiros a partir de 1º/1/2021) § 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste artigo considerará as condições ade- quadas de oferta e terá como referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de colaboração na forma disposta em lei comple- mentar, conforme o parágrafo único do art. 23 des- ta Constituição. (Parágrafo acrescido pela EC nº 108, de 2020, com produção de efeitos financeiros a partir de 1º/1/2021) Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. § 1º A parcela da arrecadação de impostos trans- ferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respecti- vos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. 12 § 2º Para efeito do cumprimento do disposto no caput deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recur- sos aplicados na forma do art. 213. § 3º A distribuição dos recursos públicos assegu- rará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universa- lização, garantia de padrão de qualidade e equi- dade, nos termos do plano nacional de educação. (Parágrafo com redação dada pela EC nº 59, de 2009) § 4º Os programas suplementares de alimenta- ção e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamen- tários. § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Parágrafo com redação dada pela EC nº 53, de 2006) § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecada- ção da contribuição social do salário-educação se- rão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas res- pectivas redes públicas de ensino. (Parágrafo acres- cido pela EC nº 53, de 2006) § 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ 5º e 6º deste artigo para pagamento de aposentadorias e de pensões. (Parágrafo acrescido pela EC nº 108, de 2020, com produção de efeitos financei- ros a partir de 1º/1/2021) § 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos, serão redefinidos os percentuais refe- ridos no caput deste artigo e no inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recursos vincula- dos à manutenção e ao desenvolvimento do ensi- no, bem como os recursos subvinculados aos fun- dos de que trata o art. 212-A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente pratica- das. (Parágrafo acrescido pela EC nº 108, de 2020, com pro- dução de efeitos financeiros a partir de 1º/1/2021) § 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e de controle das despesas com edu- cação nas esferas estadual, distrital e municipal. (Parágrafo acrescido pela EC nº 108, de 2020, com produção de efeitos financeiros a partir de 1º/1/2021) Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios destinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 desta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais, respeitadas as seguintes dis- posições: I – a distribuição dos recursos e de responsabi- lidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada mediante a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de natureza contábil; II – os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20% (vinte por cen- to) dos recursos a que se referem os incisosI, II e III do caput do art. 155, o inciso II do caput do art. 157, os incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as alíneas a e b do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição; III – os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo serão distribuídos entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da educação básica presencial matriculados nas res- pectivas redes, nos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição, observadas as ponderações referidas na alínea a do inciso X do caput e no § 2º deste artigo; IV – a União complementará os recursos dos fundos a que se refere o inciso II do caput deste artigo; V – a complementação da União será equivalen- te a, no mínimo, 23% (vinte e três por cento) do to- tal de recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, distribuída da seguinte forma: a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de ca- da Estado e do Distrito Federal, sempre que o valor anual por aluno (VAAF), nos termos do inciso III do caput deste artigo, não alcançar o mínimo defini- do nacionalmente; b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco déci- mos) pontos percentuais em cada rede pública de ensino municipal, estadual ou distrital, sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), referido no inciso VI do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido nacionalmente; c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais nas redes públicas que, cumpridas condicionalidades de melhoria de gestão previs- tas em lei, alcançarem evolução de indicadores a 13 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL serem definidos, de atendimento e melhoria da aprendizagem com redução das desigualdades, nos termos do sistema nacional de avaliação da educação básica; VI – o VAAT será calculado, na forma da lei de que trata o inciso X do caput deste artigo, com ba- se nos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e de transferências vinculadas à educação, observado o disposto no § 1º e consideradas as matrículas nos termos do inciso III do caput deste artigo; VII – os recursos de que tratam os incisos II e IV do caput deste artigo serão aplicados pelos Estados e pelos Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, con- forme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição; VIII – a vinculação de recursos à manutenção e ao desenvolvimento do ensino estabelecida no art. 212 desta Constituição suportará, no máximo, 30% (trinta por cento) da complementação da União, considerados para os fins deste inciso os valores previstos no inciso V do caput deste artigo; IX – o disposto no caput do art. 160 desta Cons- tituição aplica-se aos recursos referidos nos inci- sos II e IV do caput deste artigo, e seu descumpri- mento pela autoridade competente importará em crime de responsabilidade; X – a lei disporá, observadas as garantias esta- belecidas nos incisos I, II, III e IV do caput e no § 1º do art. 208 e as metas pertinentes do plano nacio- nal de educação, nos termos previstos no art. 214 desta Constituição, sobre: a) a organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo e a distribuição proporcional de seus recursos, as diferenças e as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas, mo- dalidades, duração da jornada e tipos de estabe- lecimento de ensino, observados as respectivas especificidades e os insumos necessários para a garantia de sua qualidade; b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do in- ciso III do caput deste artigo e do VAAT referido no inciso VI do caput deste artigo; c) a forma de cálculo para distribuição prevista na alínea c do inciso V do caput deste artigo; d) a transparência, o monitoramento, a fisca- lização e o controle interno, externo e social dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo, assegurada a criação, a autonomia, a manutenção e a consolidação de conselhos de acompanha- mento e controle social, admitida sua integração aos conselhos de educação; e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por parte do órgão responsável, dos efeitos redis- tributivos, da melhoria dos indicadores educacio- nais e da ampliação do atendimento; XI – proporção não inferior a 70% (setenta por cento) de cada fundo referido no inciso I do caput deste artigo, excluídos os recursos de que trata a alínea c do inciso V do caput deste artigo, será destinada ao pagamento dos profissionais da edu- cação básica em efetivo exercício, observado, em relação aos recursos previstos na alínea b do inci- so V do caput deste artigo, o percentual mínimo de 15% (quinze por cento) para despesas de capital; XII – lei específica disporá sobre o piso salarial profissional nacional para os profissionais do ma- gistério da educação básica pública; XIII – a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 desta Constituição para a comple- mentação da União ao Fundeb, referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada. § 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste artigo, deverá considerar, além dos re- cursos previstos no inciso II do caput deste artigo, pelo menos, as seguintes disponibilidades: I – receitas de Estados, do Distrito Federal e de Municípios vinculadas à manutenção e ao desen- volvimento do ensino não integrantes dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo; II – cotas estaduais e municipais da arrecadação do salário-educação de que trata o § 6º do art. 212 desta Constituição; III – complementação da União transferida a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios nos ter- mos da alínea a do inciso V do caput deste artigo. § 2º Além das ponderações previstas na alínea a do inciso X do caput deste artigo, a lei definirá outras relativas ao nível socioeconômico dos edu- candos e aos indicadores de disponibilidade de recursos vinculados à educação e de potencial de arrecadação tributária de cada ente federado, bem como seus prazos de implementação. § 3º Será destinada à educação infantil a pro- porção de 50% (cinquenta por cento) dos recur- sos globais a que se refere a alínea b do inciso V do caput deste artigo, nos termos da lei. (Artigo 14 acrescido pela EC nº 108, de 2020, com produção de efei- tos financeiros a partir de 1º/1/2021) Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, de- finidas em lei, que: I – comprovem finalidade não lucrativa e apli- quem seus excedentes financeiros em educação; II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confes- sional, ou ao poder público, no caso de encerra- mento de suas atividades. § 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o poder público obrigado a investir priori- tariamente na expansão de sua rede na localidade. § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Parágrafo com reda- ção dada pela EC nº 85, de 2015, republicada no DOU de 3/3/2015) Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regi- me de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para asse- gurar a manutenção e desenvolvimento do ensi- no em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públi- cos das diferentes esferas federativasque condu- zam a: (Caput do artigo com redação dada pela EC nº 59, de 2009) I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – melhoria da qualidade do ensino; IV – formação para o trabalho; V – promoção humanística, científica e tecno- lógica do País; VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Inciso acrescido pela EC nº 59, de 2009) [...] ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS [...] Art. 60. Até o 14º (décimo quarto) ano a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, os Es- tados, o Distrito Federal e os Municípios destina- rão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento da educação básica e à remune- ração condigna dos trabalhadores da educação, respeitadas as seguintes disposições: I – a distribuição dos recursos e de responsabi- lidades entre o Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissio- nais da Educação (Fundeb), de natureza contábil; II – os Fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão constituídos por 20% (vinte por cento) dos recursos a que se referem os incisos I, II e III do art. 155; o inciso II do caput do art. 157; os inci- sos II, III e IV do caput do art. 158; e as alíneas a e b do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, e distribuídos entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalida- des da educação básica presencial, matriculados nas respectivas redes, nos respectivos âmbitos de atuação prioritária estabelecidos nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal; III – observadas as garantias estabelecidas nos incisos I, II, III e IV do caput do art. 208 da Consti- tuição Federal e as metas de universalização da educação básica estabelecidas no Plano Nacional de Educação, a lei disporá sobre: a) a organização dos Fundos, a distribuição pro- porcional de seus recursos, as diferenças e as pon- derações quanto ao valor anual por aluno entre etapas e modalidades da educação básica e tipos de estabelecimento de ensino; b) a forma de cálculo do valor anual mínimo por aluno; c) os percentuais máximos de apropriação dos recursos dos Fundos pelas diversas etapas e modalidades da educação básica, observados os arts. 208 e 214 da Constituição Federal, bem como as metas do Plano Nacional de Educação; d) a fiscalização e o controle dos Fundos; 15 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL e) prazo para fixar, em lei específica, piso sala- rial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica; IV – os recursos recebidos à conta dos Fundos instituídos nos termos do inciso I do caput deste artigo serão aplicados pelos Estados e Municípios exclusivamente nos respectivos âmbitos de atua- ção prioritária, conforme estabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição Federal; V – a União complementará os recursos dos Fun- dos a que se refere o inciso II do caput deste artigo sempre que, no Distrito Federal e em cada Estado, o valor por aluno não alcançar o mínimo defini- do nacionalmente, fixado em observância ao dis- posto no inciso VII do caput deste artigo, vedada a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212 da Constituição Federal; VI – até 10% (dez por cento) da complementa- ção da União prevista no inciso V do caput deste artigo poderá ser distribuída para os Fundos por meio de programas direcionados para a melhoria da qualidade da educação, na forma da lei a que se refere o inciso III do caput deste artigo; VII – a complementação da União de que trata o inciso V do caput deste artigo será de, no mínimo: a) R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais), no primeiro ano de vigência dos Fundos; b) R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais), no segundo ano de vigência dos Fundos; c) R$ 4.500.000.000,00 (quatro bilhões e quinhen- tos milhões de reais), no terceiro ano de vigência dos Fundos; d) 10% (dez por cento) do total dos recursos a que se refere o inciso II do caput deste artigo, a par- tir do quarto ano de vigência dos Fundos; VIII – a vinculação de recursos à manutenção e desenvolvimento do ensino estabelecida no art. 212 da Constituição Federal suportará, no má- ximo, 30% (trinta por cento) da complementação da União, considerando-se para os fins deste inci- so os valores previstos no inciso VII do caput des- te artigo; IX – os valores a que se referem as alíneas a, b, e c do inciso VII do caput deste artigo serão atuali- zados, anualmente, a partir da promulgação desta Emenda Constitucional, de forma a preservar, em caráter permanente, o valor real da complemen- tação da União; X – aplica-se à complementação da União o dis- posto no art. 160 da Constituição Federal; XI – o não cumprimento do disposto nos inci- sos V e VII do caput deste artigo importará crime de responsabilidade da autoridade competente; XII – proporção não inferior a 60% (sessenta por cento) de cada Fundo referido no inciso I do caput deste artigo será destinada ao pagamento dos pro- fissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício. § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão assegurar, no financiamento da educação básica, a melhoria da qualidade de ensino, de forma a garantir padrão mínimo defini- do nacionalmente. § 2º O valor por aluno do ensino fundamental, no Fundo de cada Estado e do Distrito Federal, não poderá ser inferior ao praticado no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do En- sino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), no ano anterior à vigência desta Emen- da Constitucional. § 3º O valor anual mínimo por aluno do ensino fundamental, no âmbito do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valo- rização dos Profissionais da Educação (Fundeb), não poderá ser inferior ao valor mínimo fixado na- cionalmente no ano anterior ao da vigência desta Emenda Constitucional. § 4º Para efeito de distribuição de recursos dos Fundos a que se refere o inciso I do caput deste arti- go, levar-se-á em conta a totalidade das matrículas no ensino fundamental e considerar-se-á para a educação infantil, para o ensino médio e para a educação de jovens e adultos 1/3 (um terço) das matrículas no primeiro ano, 2/3 (dois terços) no se- gundo ano e sua totalidade a partir do terceiro ano. § 5º A porcentagem dos recursos de constituição dos Fundos, conforme o inciso II do caput deste ar- tigo, será alcançada gradativamente nos primeiros 3 (três) anos de vigência dos Fundos, da seguinte forma: I – no caso dos impostos e transferências cons- tantes do inciso II do caput do art. 155; do inciso IV do caput do art. 158; e das alíneas a e b do inciso I e do inciso II do caput do art. 159 da Constituição Federal: a) 16,66% (dezesseis inteiros e sessenta e seis centésimos por cento), no primeiro ano; b) 18,33% (dezoito inteiros e trinta e três centé- simos por cento), no segundo ano; c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro ano; 16 II – no caso dos impostos e transferências cons- tantes dos incisos I e III do caput do art. 155; do inciso II do caput do art. 157; e dos incisos II e III do caput do art. 158 da Constituição Federal: a) 6,66% (seis inteiros e sessenta e seis centési- mos por cento), no primeiro ano; b) 13,33% (treze inteiros e trinta e três centési- mos por cento), no segundo ano; c) 20% (vinte por cento), a partir do terceiro ano. § 6º (Revogado) § 7º (Revogado) (Artigo com redação dada pela EC nº 53, de 2006) [...] Art. 107. Ficam estabelecidos, para cada exercí- cio, limites individualizados para as despesas pri- márias: (Caput do artigo acrescido pela EC nº 95, de 2016) I – doPoder Executivo; (Inciso acrescido pela EC nº 95, de 2016) II – do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Conselho Nacional de Jus- tiça, da Justiça do Trabalho, da Justiça Federal, da Justiça Militar da União, da Justiça Eleitoral e da Justiça do Distrito Federal e Territórios, no âmbito do Poder Judiciário; (Inciso acrescido pela EC nº 95, de 2016) III – do Senado Federal, da Câmara dos Depu- tados e do Tribunal de Contas da União, no âmbi- to do Poder Legislativo; (Inciso acrescido pela EC nº 95, de 2016) IV – do Ministério Público da União e do Conse- lho Nacional do Ministério Público; e (Inciso acresci- do pela EC nº 95, de 2016) V – da Defensoria Pública da União. (Inciso acres- cido pela EC nº 95, de 2016) [...] § 6º Não se incluem na base de cálculo e nos li- mites estabelecidos neste artigo: (Parágrafo acrescido pela EC nº 95, de 2016) I – transferências constitucionais estabelecidas no § 1º do art. 20, no inciso III do parágrafo único do art. 146, no § 5º do art. 153, no art. 157, nos inci- sos I e II do art. 158, no art. 159 e no § 6º do art. 212, as despesas referentes ao inciso XIV do caput do art. 21, todos da Constituição Federal, e as com- plementações de que tratam os incisos V e VII do caput do art. 60, deste Ato das Disposições Cons- titucionais Transitórias; (Inciso acrescido pela EC nº 95, de 2016) [...] CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (NOVA YORK, 2007) (Aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186 de 9/7/2008 e promulgada pelo Decreto nº 6.949, de 25/8/2009) [Dispositivo referente a educação]. [...] Artigo 24 – Educação 1. Os Estados-Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência à educação. Para efeti- var esse direito sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, os Estados-Partes assegurarão sistema educacional inclusivo em to- dos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida, com os seguintes objetivos: a) o pleno desenvolvimento do potencial huma- no e do senso de dignidade e autoestima, além do fortalecimento do respeito pelos direitos huma- nos, pelas liberdades fundamentais e pela diver- sidade humana; b) o máximo desenvolvimento possível da per- sonalidade e dos talentos e da criatividade das pessoas com deficiência, assim como de suas ha- bilidades físicas e intelectuais; c) a participação efetiva das pessoas com defi- ciência em uma sociedade livre. 2. Para a realização desse direito, os Estados- -Partes assegurarão que: a) as pessoas com deficiência não sejam excluí- das do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário, sob ale- gação de deficiência; b) as pessoas com deficiência possam ter aces- so ao ensino primário inclusivo, de qualidade e gratuito, e ao ensino secundário, em igualdade de condições com as demais pessoas na comuni- dade em que vivem; c) adaptações razoáveis de acordo com as ne- cessidades individuais sejam providenciadas; d) as pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional ge- ral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; e) medidas de apoio individualizadas e efetivas sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena. 3. Os Estados-Partes assegurarão às pessoas com deficiência a possibilidade de adquirir as competências práticas e sociais necessárias de 17 LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 modo a facilitar às pessoas com deficiência sua plena e igual participação no sistema de ensino e na vida em comunidade. Para tanto, os Estados- -Partes tomarão medidas apropriadas, incluindo: a) facilitação do aprendizado do braile, escrita alternativa, modos, meios e formatos de comuni- cação aumentativa e alternativa, e habilidades de orientação e mobilidade, além de facilitação do apoio e aconselhamento de pares; b) facilitação do aprendizado da língua de sinais e promoção da identidade linguística da comuni- dade surda; c) garantia de que a educação de pessoas, em particular crianças cegas, surdocegas e surdas, se- ja ministrada nas línguas e nos modos e meios de comunicação mais adequados ao indivíduo e em ambientes que favoreçam ao máximo seu desen- volvimento acadêmico e social. 4. A fim de contribuir para o exercício desse di- reito, os Estados-Partes tomarão medidas apropri- adas para empregar professores, inclusive profes- sores com deficiência, habilitados para o ensino da língua de sinais e/ou do braile, e para capaci- tar profissionais e equipes atuantes em todos os níveis de ensino. Essa capacitação incorporará a conscientização da deficiência e a utilização de modos, meios e formatos apropriados de comu- nicação aumentativa e alternativa, e técnicas e materiais pedagógicos, como apoios para pessoas com deficiência. 5. Os Estados-Partes assegurarão que as pes- soas com deficiência possam ter acesso ao ensi- no superior em geral, treinamento profissional de acordo com sua vocação, educação para adultos e formação continuada, sem discriminação e em igualdade de condições. Para tanto, os Estados- -Partes assegurarão a provisão de adaptações ra- zoáveis para pessoas com deficiência. [...] LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB) (Publicada no DOU de 23/12/1996) Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I – DA EDUCAÇÃO Art. 1º A educação abrange os processos formati- vos que se desenvolvem na vida familiar, na con- vivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e or- ganizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e a prática social. TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu prepa- ro para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos se- guintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e per- manência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pe- dagógicas; IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; V – coexistência de instituições públicas e pri- vadas de ensino; VI – gratuidade do ensino público em estabele- cimentos oficiais; VII – valorização do profissional da educação escolar; VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX – garantia de padrão de qualidade; X – valorização da experiência extraescolar; XI – vinculação entre a educação escolar, o tra- balho e as práticas sociais; XII – consideração com a diversidade étnico- -racial; (Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) XIII – garantia do direito à educação e à apren- dizagem ao longo da vida. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.632, de 6/3/2018) TÍTULO III – DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: 18 I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, orga- nizada da seguinte forma: (Caput do inciso com reda- ção dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) a) pré-escola; (Alínea acrescida pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) b) ensino fundamental; (Alínea acrescida pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) c) ensino médio; (Alínea acrescidapela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) II – educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) III – atendimento educacional especializado gra- tuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, eta- pas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) IV – acesso público e gratuito aos ensinos funda- mental e médio para todos os que não os concluí- ram na idade própria; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a ca- pacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – oferta de educação escolar regular para jo- vens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilida- des, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de progra- mas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (In- ciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade míni- mas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-apren- dizagem; X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Inciso acresci- do pela Lei nº 11.700, de 13/6/2008, publicada no DOU de 16/6/2008, em vigor em 1º de janeiro do ano subsequente ao de sua publicação) Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da edu- cação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo pro- longado, conforme dispuser o Poder Público em re- gulamento, na esfera de sua competência federati- va. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.716, de 24/9/2018) Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cida- dão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Pú- blico, acionar o poder público para exigi-lo. (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) § 1º O poder público, na esfera de sua compe- tência federativa, deverá: (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) I – recensear anualmente as crianças e adoles- centes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) II – fazer-lhes a chamada pública; III – zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência a escola. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Po- der Público assegurará em primeiro lugar o aces- so ao ensino obrigatório, nos termos deste arti- go, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. § 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensi- no obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade. § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatorie- dade de ensino, o Poder Público criará formas al- ternativas de acesso aos diferentes níveis de ensi- no, independentemente da escolarização anterior. Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) 19 LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendi- das as seguintes condições: I – cumprimento das normas gerais da educa- ção nacional e do respectivo sistema de ensino; II – autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; III – capacidade de autofinanciamento, ressalva- do o previsto no art. 213 da Constituição Federal. Art. 7º-A. Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, de qual- quer nível, é assegurado, no exercício da liberdade de consciência e de crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que, se- gundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades, devendo-se-lhe atri- buir, a critério da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição Federal: I – prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realizada em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro horário agendado com sua anuência expressa; II – trabalho escrito ou outra modalidade de ati- vidade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino. § 1º A prestação alternativa deverá observar os parâmetros curriculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno. § 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo substituirá a obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do registro de frequência. § 3º As instituições de ensino implementarão progressivamente, no prazo de 2 (dois) anos, as providências e adaptações necessárias à adequa- ção de seu funcionamento às medidas previstas neste artigo. § 4º O disposto neste artigo não se aplica ao en- sino militar a que se refere o art. 83 desta Lei. (Artigo acrescido pela Lei nº 13.796, de 3/1/2019, em vigor 60 dias após a publicação) TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colabora- ção, os respectivos sistemas de ensino. § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação as demais instâncias educacionais. § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei. Art. 9º A União incumbir-se-á de: I – elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal de ensino e o dos Territórios; III – prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; IV – estabelecer, em colaboração com os Esta- dos, o Distrito Federal e os Municípios, competên- cias e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum; IV-A – estabelecer, em colaboração com os Esta- dos, o Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e atendimento, na educação básica e na educa- ção superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.234, de 29/12/2015) V – coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; VI – assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os siste- mas de ensino, objetivando a definição de priori- dades e a melhoriada qualidade do ensino; VII – baixar normas gerais sobre cursos de gra- duação e pós-graduação; VIII – assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a coo- peração dos sistemas que tiverem responsabilida- de sobre este nível de ensino; IX – autorizar, reconhecer, credenciar, supervi- sionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabele- cimentos do seu sistema de ensino. 20 § 1º Na estrutura educacional, haverá um Con- selho Nacional de Educação, com funções nor- mativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. § 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e infor- mações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. § 3º As atribuições constantes do inciso IX pode- rão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino; II – definir, com os Municípios, formas de cola- boração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; III – elaborar e executar políticas e planos edu- cacionais, em consonância com as diretrizes e pla- nos nacionais de educação, integrando e coorde- nando as suas ações e as dos seus Municípios; IV – autorizar, reconhecer, credenciar, supervi- sionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabele- cimentos do seu sistema de ensino; V – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; VI – assegurar o ensino fundamental e ofere- cer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.061, de 27/10/2009, publicada no DOU de 28/10/2009, em vigor em 1º de janeiro do ano subsequente ao de sua publicação) VII – assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Inciso acrescido pela Lei nº 10.709, de 31/7/2003, publicada no DOU de 1º/8/2003, em vigor 45 dias após a publicação) Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se- -ão as competências referentes aos Estados e aos Municípios. Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III – baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV – autorizar, credenciar e supervisionar os es- tabelecimentos do seu sistema de ensino; V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino funda- mental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas ple- namente as necessidades de sua área de compe- tência e com recursos acima dos percentuais mí- nimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino; VI – assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Inciso acrescido pela Lei nº 10.709, de 31/7/2003, publicada no DOU de 1º/8/2003, em vigor 45 dias após a publicação) Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de en- sino ou compor com ele um sistema único de edu- cação básica. Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeita- das as normas comuns e as do seu sistema de en- sino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; II – administrar seu pessoal e seus recursos ma- teriais e financeiros; III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV – velar pelo cumprimento do plano de traba- lho de cada docente; V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI – articular-se com as famílias e a comunida- de, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alu- nos, bem como sobre a execução da proposta pe- dagógica da escola; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.013, de 6/8/2009) VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Municí- pio a relação dos alunos que apresentem quan- tidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (Inciso acrescido pe- la Lei nº 10.287, de 20/9/2001, e com redação dada pela Lei nº 13.803, de 10/1/2019) 21 LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 IX – promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de vio- lência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.663, de 14/5/2018) X – estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas; (Inciso acrescido pela Lei nº 13.663, de 14/5/2018) XI – promover ambiente escolar seguro, adotan- do estratégias de prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.840, de 5/6/2019) Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta peda- gógica do estabelecimento de ensino; II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segun- do a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III – zelar pela aprendizagem dos alunos; IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V – ministrar os dias letivos e horas-aula esta- belecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as nor- mas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculia- ridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e lo- cal em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às uni- dades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pe- dagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financei- ro público. Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: I – as instituições de ensino mantidas pela União; II – as instituições de educação superior manti- das pela iniciativa privada; (Inciso com redação dada pela Lei nº 13.868, de 3/9/2019) III – os órgãos federais de educação. Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: I – as instituições de ensino mantidas, respecti- vamente, pelo Poder Público estadual e pelo Dis- trito Federal; II – as instituições de educação superior manti- das pelo Poder Público municipal; III – as instituições de ensino fundamental e mé- dio criadas e mantidas pela iniciativa privada; IV – os órgãos de educação estaduais e do Dis- trito Federal, respectivamente. Parágrafo único. No Distrito Federal, as institui- ções de educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino. Art. 18. Os sistemas municipais de ensino com- preendem: I – as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil mantidas pelo Poder Públi- co municipal; II – as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada; III – os órgãos municipais de educação. Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas seguintes categorias ad- ministrativas: I – públicas, assim entendidas as criadas ou in- corporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público; II –privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado; III – comunitárias, na forma da lei. (Inciso acresci- do pela Lei nº 13.868, de 3/9/2019) § 1º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste artigo podem qua- lificar-se como confessionais, atendidas a orienta- ção confessional e a ideologia específicas. (Parágra- fo acrescido pela Lei nº 13.868, de 3/9/2019) § 2º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III do caput deste artigo podem ser certificadas como filantrópicas, na forma da lei. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.868, de 3/9/2019) Art. 20. (Revogado pela Lei nº 13.868, de 3/9/2019) TÍTULO V – DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO CAPÍTULO I – DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I – educação básica, formada pela educação in- fantil, ensino fundamental e ensino médio; II – educação superior. 22 CAPÍTULO II – DA EDUCAÇÃO BÁSICA Seção I – Das Disposições Gerais Art. 22. A educação básica tem por finalidades de- senvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidada- nia e fornecer-lhe meios para progredir no traba- lho e em estudos posteriores. Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, al- ternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de or- ganização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, in- clusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e eco- nômicas, a critério do respectivo sistema de ensi- no, sem com isso reduzir o número de horas leti- vas previsto nesta Lei. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamen- tal e médio, será organizada de acordo com as se- guintes regras comuns: I – a carga horária mínima anual será de oitocen- tas horas para o ensino fundamental e para o ensi- no médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; (Inciso com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017) II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos proceden- tes de outras escolas; c) independentemente de escolarização ante- rior, mediante avaliação feita pela escola, que de- fina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou eta- pa adequada, conforme regulamentação do res- pectivo sistema de ensino; III – nos estabelecimentos que adotam a pro- gressão regular por série, o regimento escolar po- de admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo, obser- vadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV – poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equiva- lentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros compo- nentes curriculares; V – a verificação do rendimento escolar obser- vará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempe- nho do aluno, com prevalência dos aspectos qua- litativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas sé- ries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disci- plinados pelas instituições de ensino em seus re- gimentos; VI – o controle de frequência fica a cargo da es- cola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; VII – cabe a cada instituição de ensino expedir his- tóricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatro- centas horas, devendo os sistemas de ensino ofe- recer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017. (Parágrafo único acrescido pela Medida Provisória nº 746, de 22/9/2016, transformado em § 1º e com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017) § 2º Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e adultos e de en- sino noturno regular, adequado às condições do educando, conforme o inciso VI do art. 4º. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017) Art. 25. Será objetivo permanente das autorida- des responsáveis alcançar relação adequada entre 23 LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das ca- racterísticas regionais e locais, estabelecer parâ- metro para atendimento do disposto neste artigo. Art. 26. Os currículos da educação infantil, do en- sino fundamental e do ensino médio devem ter ba- se nacional comum, a ser complementada, em ca- da sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4/4/2013) § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e po- lítica, especialmente do Brasil. § 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente cur- ricular obrigatório da educação básica. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 13.415, de 16/2/2017) § 3º A educação física, integrada à proposta pe- dagógica da escola, é componente curricular obri- gatório da educação básica, sendo sua prática fa- cultativa ao aluno: (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º/12/2003, em vigor no ano letivo seguinte) I – que cumpra jornada de trabalho igual ou su- perior a seis horas; (Inciso acrescido pela Lei nº 10.793, de 1º/12/2003, publicada no DOU de 2/12/2003, em vigor no ano letivo seguinte ao de sua publicação) II – maior de trinta anos de idade; (Inciso acresci- do pela Lei nº 10.793, de 1º/12/2003, publicada no DOU de 2/12/2003, em vigor no ano letivo seguinte ao de sua pu- blicação) III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Inciso acrescido pela Lei nº 10.793, de 1º/12/2003, publicada no DOU de 2/12/2003, em vigor no ano letivo seguinte ao de sua publicação) IV – amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Inciso acrescido pela Lei nº 10.793, de 1º/12/2003, publicada no DOU de 2/12/2003, em vigor no ano letivo seguinte ao de sua publicação) V – (Vetado na Lei nº 10.793, de 1º/12/2003, publicada no DOU de 2/12/2003, em vigor no ano letivo seguinte ao de sua publicação) VI – que tenha prole. (Inciso acrescido pela Lei nº 10.793, de 1º/12/2003, publicada no DOU de 2/12/2003, em vigor no ano letivo seguinte
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