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Centro Universitário UNIRG Curso de Enfermagem – 9º Período Enfermagem em Saúde Mental – Teoria. Prof. Esp. Nara Resende Enfermeira REFORMA PSIQUIÁTRICA E RAPS CONTEXTO HISTÓRICO REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL VAMOS LÁ? REFORMA PSIQUIÁTRICA BRASILEIRA O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do “movimento sanitário”, nos anos 70, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, eqüidade na oferta dos serviços, e protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e produção de tecnologias de cuidado. CONGRESSO BRASILEIRO DE TRABALHADORES MENTAIS 1º FASE Denúncia sobre o tratamento dos pacientes Divulgado pelos jovens profissionais dos Hosp. Psiquiátricos do Rio de Janeiro 1970 – DITADURA MILITAR/CRÍTICA DO ASILO/MERCANTILIZAÇÃO DA LOUCURA 1973 1979 2º FASE TRANSFORMAÇÃO DO SISTEMA ASILAR AMPLIAÇÃO DE ATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL FORA DOS HOSPITAIS 1980 1984 1988 SEGUNDA FASE EXCLUIA A MAIORIA DA POPULAÇÃO POBRE E TRANSFORMAVA A LOUCURA EM MERCADORIA Nara Resende Azevedo (NRA) - 1980 1984 1988 SEGUNDA FASE MOVIMENTO NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL (MNLA) Objetivo: “Por uma sociedade sem manicômios” 1980 1984 1988 TERCEIRA FASE CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL 1988 1990 1992 TERCEIRA FASE CRIAÇÃO DO SUS 1988 1990 1992 TERCEIRA FASE CRIAÇÃO DO SUS REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL SUBSTITUIÇÃO MODELO HOSPITALOCÊNTRICO 1988 1990 1992 TERCEIRA FASE CRIAÇÃO DO SUS 1988 1990 1992 QUARTA FASE 1988 1990 1992 DÉCADA DE 1980 Época marcada por um processo de redemocratização do país, após duas décadas de Regime Militar. Movimento pela Reforma Sanitária: 8º Conferência Nacional de Saúde (1886); Constituição Federal, promulgada em 1988; Em 1987, acontece a 1 Conferência Nacional de Saúde Mental e o 2 º Encontro de Trabalhadores em Saúde Mental; MOMENTO DE LUTA ANTIMANICOMIAL, não só mudanças de estruturas físicas, mas também ideológicas. DÉCADA DE 1990 Portarias nº 189/1991 e 224/1992, do Ministério da Saúde institucionalizaram a reforma psiquiátrica, regulamentando nacionalmente o CAPS e o NAPS; 1990 1991 1992 1990 1991 1992 PSIQUIATRIA NO SÉCULO XXI Em 2001, a Lei 10.216 de Paulo Delgado é sancionada no país, redirecionando a assistência em saúde mental e privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária; III Conferência de Saúde Mental; 2002: Criação do Programa Nacional de Avaliação dos Serviços Hospitalares (PNASH)/Psiquiátricos; Lei 10780/2003, conhecida como ‘’ Lei do Programa de Volta para Casa’’. SÉCULO MARCADO POR LEGISLAÇÕES QUE SOLIDIFICAM A REFORMA PSIQUIÁTRICA 2001 2002 2003 Portaria 224/1992 DIRETRIZES: princípios, responsabilidade da gestão local; participação social; equipe multiprofissional; diversidade de métodos e técnicas terapêuticas; continuidade da atenção em vários níveis; NORMAS (FUNCIONAMENTO, ESTRUTURA, ATIVIDADES, EQUIPE MULTIPROFISSIONAL E FINANCIAMENTO); -ATENDIMENTO AMBULATORIAL: unidade básica, centro de saúde e ambulatório; NAPs e CAPs; -ATENDIMENTO HOSPITALAR: Hospital – Dia; Serviço de Urgência Psiquiátrica em hospital geral; Leito ou unidade psiquiátrica em hospital geral (máximo de 30); Hospital Especializado em Psiquiatria; 2001 2002 2003 LEI 10.2015/2001 DE PAULO DELGADO Proteção dos direitos dos portadores de transtornos mentais; Direcionamento do modelo assistencial em saúde mental; Prevê punição em caso de internação involuntária arbitrária. Art 1º Direitos e proteção assegurados sem discriminação; Art 2º Garantia de atendimento (melhor respeito e humanidade, proteção contra abuso, sigilo); Art 3º Responsabilidade do Estado; Art 4º Internação somente quando insuficientes recursos extras; Art 5º Garantia de reabilitação psicossocial assistida; Art 6º Tipos de Internação Psiquiátrica – voluntária, involuntária e compulsória; Art 7 º Autorização pessoal de admissão e alta, se internação voluntária. Art 8 º Internação psiquiátrica voluntária ou involuntária: - Involuntária: comunicar ao MP até 72h; O término da internação involuntária, se dá por solicitação escrita do familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecida pelo especialista responsável pelo tratamento; Art 9 º Internação Compulsória: determinada pela\ legislação vigente, pelo juiz competente que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários. Art 10 º Em caso de Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência. Art 11 º Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde. 3% da população 5 milhões de pessoas; Transtornos Mentais Severos; Necessitam de Cuidados contínuos; 9% da população 15 milhões de pessoas; Transtornos Mentais menos graves; Necessitam de atendimento eventua;l 6 a 8% da população 11 milhões de pessoas; Transtornos Mentais devido à álcool e outras drogas; Necessitam de atendimento regular; 56% das ESF promovem: “alguma ação em saúde mental”. ALGUNS DADOS... ONDE ESTÁ O HOSPITAL PSIQUIÁTRICO??? MAS... Lei Paulo Delgado 10216 (1989/2001) extinção gradual dos Hospitais Psiquiátricos e criação de Serviços Substitutivos que funcionam a partir de outra lógica de cuidado (inclusão e reinserção social, individualização...); ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ESPECIALIZADA/CAPS ESTRATÉGIAS DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO: - Serviços residenciais terapêuticos; - Programa de Volta para Casa; - REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL: -Programas de emprego e renda; Empreendimentos solidários e Cooperação social. ATENÇÃO RESIDENCIAL DE CARATER TRANSITÓRIO: - Unidade de acolhimento adulto e infatojuvenil; -Comunidades terapêuticas. ATENÇÃO HOSPITALAR: Leitos/enfermaria em hospital geral; - Serviço hospitalar de referência; ATENÇÃO DE URGÊNCIA/EMERGÊNCIA: SAMU, UPA 24H, UBS... CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS): vinte SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS/SRT: PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA: CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Reforma Psiquiátrica passou por vários períodos históricos de lutas e reivindicações para que o usuário desse sistema pudesse ser reconhecido como cidadão e sujeito com potencialidades, onde, juntamente com a comunidade pudesse promover as ações de tratamento, saindo do antigo modelo de internação, onde o usuário era reduzido a um mero portador de um transtorno com a sua cidadania diminuída; Foram significativas as conquistas que a Reforma Psiquiátrica alcançou ao longo dos anos, conseguindo se articular em rede de ações que visa a promoção da saúde mental pelos vários aspectos que formam o indivíduo: a família, a cultura em que vive e a sociedade onde está inserido; Foram muitas as conquistas e quebras de barreiras que a Reforma Psiquiátrica alcançou, mas como esse sujeito continua em evolução, irão surgir novos desafios para a saúde mental, o que mostra que a Reforma Psiquiátrica continua a evoluir, e a compreensão da sua gênese nos dará apontamentos para os caminhos futuros. BIBLIOGRAFIA: Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial de Saúde (OMS) ; https://www.almg.gov.br/export/sites/default/acompanhe/eventos/hotsites/2016/encontro_internacional_saude/documentos/textos_referencia/00_palavra_dos_organizadores.pdf, acesso: 01/03/2020 ás 10:00hs. SOUSA, Kennedy Lucas de Paulo; COSTA, Ana Flávia Calixto da. Análise Histórica da Reforma Psiquiátrica e os seus Desdobramentos como Forma de Tratamento Atual. Psicologado, [S.l.]. (2019). Disponível em https://psicologado.com.br/psicopatologia/psiquiatria/analise-historica-da-reforma-psiquiatrica-e-os-seus-desdobramentos-como-forma-de-tratamento-atual . Acesso em 18 Ago 2020. OBRIGADAA! FUUUI! Captured with Snagit 13.1.1.7662 Microphone - Microfone (Realtek High Definition Audio)
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