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NARIZ - ESTRUTURA E FUNÇÃO

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NARIZ 
O nariz é a parte do sistema respiratório situada acima do palato duro, contendo o órgão 
periférico do olfato. Inclui a parte externa do nariz e a cavidade nasal, que é dividida em 
cavidades direita e esquerda pelo septo nasal. As funções do nariz são olfato, respiração, 
filtração de poeira, umidificação do ar inspirado, além de recepção e eliminação de secreções 
dos seios paranasais e ductos lacrimonasais. 
PARTE EXTERNA DO NARIZ 
A parte externa do nariz é a parte visível que se projeta da face; seu esqueleto é 
principalmente cartilagíneo. O tamanho e o formato dos narizes variam muito, principalmente por 
causa das diferenças nessas cartilagens. O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice 
(ponta) do nariz. A face inferior do nariz é perfurada por duas aberturas piriformes (L. em forma 
de pera), as narinas (aberturas nasais anteriores), que são limitadas lateralmente pelas asas do 
nariz. A parte óssea superior do nariz, inclusive sua raiz, é coberta por pele fina. 
A pele sobre a parte cartilagínea do nariz é coberta por pele mais espessa, que contém 
muitas glândulas sebáceas. A pele estende-se até o vestíbulo do nariz, onde tem um número 
variável de pelos rígidos (vibrissas). Como geralmente estão úmidos, esses pelos filtram 
partículas de poeira do ar que entra na cavidade nasal. A junção da pele e da túnica mucosa 
está além da área que tem pelos. 
ESQUELETO DO NARIZ 
O esqueleto de sustentação do nariz é formado por osso e cartilagem hialina. A parte 
óssea do nariz consiste em ossos nasais, processos frontais das maxilas, parte nasal do frontal 
e sua espinha nasal, e partes ósseas do septo nasal. A parte cartilagínea do nariz é formada 
por cinco cartilagens principais: duas cartilagens laterais, duas cartilagens alares e uma 
cartilagem do septo. As cartilagens alares, em forma de U, são livres e móveis; dilatam ou 
estreitam as narinas quando há contração dos músculos que atuam sobre o nariz. 
SEPTO NASAL 
O septo nasal divide a câmara do nariz em duas cavidades nasais. O septo tem uma parte 
óssea e uma parte cartilagínea móvel flexível. Os principais componentes do septo nasal são a 
lâmina perpendicular do etmoide, o vômer e a cartilagem do septo. A fina lâmina perpendicular 
do etmoide, que forma a parte superior do septo nasal, desce a partir da lâmina cribriforme e 
continua superiormente a essa lâmina como a crista etmoidal. O vômer, um osso fino e plano, 
forma a parte posteroinferior do septo nasal, com alguma contribuição das cristas nasais da 
maxila e do palatino. A cartilagem do septo tem uma articulação do tipo macho e fêmea com 
as margens do septo ósseo. 
 
Nariz. A. Anatomia de superfície do nariz. O nariz está fixado à fronte por sua raiz. A margem arredondada entre o ápice 
e a raiz é o dorso. B. As cartilagens do nariz são retraídas inferiormente para expor as cartilagens sesamoides. As 
cartilagens nasais laterais são fixadas por suturas aos ossos nasais e são contínuas com a cartilagem septal. 
CAVIDADES NASAIS 
O termo cavidade nasal refere-se a toda a cavidade ou à metade direita ou esquerda, 
dependendo do contexto. A entrada da cavidade nasal é anterior, através das narinas. Abre-se 
posteriormente na parte nasal da faringe através dos cóanos. É revestida por túnica mucosa, 
com exceção do vestíbulo nasal, que é revestido por pele 
 
Paredes lateral e medial (septal) do lado direito da cavidade nasal. As paredes são separadas e mostradas como 
páginas adjacentes de um livro. A vista medial mostra a parede lateral direita da cavidade nasal, e a vista lateral mostra 
o septo nasal. O septo nasal tem uma parte rígida (óssea) profunda (posterior), onde é protegido, e uma parte mole ou 
móvel superficial (anterior), em especial na parte externa do nariz, mais vulnerável. 
 
 
Parede lateral da cavidade nasal da metade direita da cabeça. A. As conchas nasais inferior e média, que se curvam 
em sentido medial e inferior a partir da parede lateral, dividem a parede em três partes quase iguais e cobrem os meatos 
nasais inferior e médio, respectivamente. A concha nasal superior é pequena e anterior ao seio esfenoidal e a concha 
nasal média tem margem inferior angulada e termina abaixo do seio esfenoidal. A concha nasal inferior tem margem 
inferior ligeiramente curva e termina abaixo da concha nasal média, cerca de 1 cm anterior ao óstio da tuba auditiva (a 
largura aproximada da lâmina medial do processo pterigoide). 
 
B. Esta dissecção da parede lateral da cavidade nasal mostra as comunicações através da parede lateral da cavidade 
nasal. As partes das conchas nasais superior, média e inferior são seccionadas. O seio esfenoidal ocupa o corpo do 
esfenoide; seu óstio, superior à região média da parede anterior, abre-se no recesso esfenoetmoidal. Os óstios das 
células etmoidais posteriores, médias e anteriores abrem-se no meato superior, meato médio e hiato semilunar, 
respectivamente. 
A túnica mucosa do nariz está firmemente unida ao periósteo e pericôndrio dos ossos e 
cartilagens que sustentam o nariz. A túnica mucosa é contínua com o revestimento de todas as 
câmaras com as quais as cavidades nasais se comunicam: a parte nasal da faringe na parte 
posterior, os seios paranasais nas partes superior e lateral, e o saco lacrimal e a túnica conjuntiva 
na parte superior. Os dois terços inferiores da túnica mucosa do nariz correspondem à área 
respiratória e o terço superior é a área olfatória. O ar que passa sobre a área respiratória é 
aquecido e umedecido antes de atravessar o restante das vias respiratórias superiores até os 
pulmões. A área olfatória contém o órgão periférico do olfato; a aspiração leva ar até essa área. 
LIMITES DAS CAVIDADES NASAIS 
As cavidades nasais têm teto, assoalho e paredes medial e lateral. 
 O teto das cavidades nasais é curvo e estreito, com exceção da extremidade 
posterior, onde o corpo do esfenoide, que é oco, forma o teto. É dividido em três 
partes (frontonasal, etmoidal e esfenoidal), nomeadas de acordo com os ossos 
que formam cada parte. 
 O assoalho das cavidades nasais é mais largo do que o teto e é formado pelos 
processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais do palatino. 
 A parede medial das cavidades nasais é formada pelo septo nasal. 
 As paredes laterais das cavidades nasais são irregulares em razão de três lâminas 
ósseas, as conchas nasais, que se projetam inferiormente, como persianas. 
CARACTERÍSTICAS DAS CAVIDADES NASAIS 
As conchas nasais (superior, média e inferior) curvam-se em sentido inferomedial, 
pendendo da parede lateral como persianas ou cortinas curtas. As conchas ou turbinados de 
muitos mamíferos (sobretudo de mamíferos corredores e daqueles que vivem em ambientes 
hostis) são estruturas muito convolutas, semelhantes a rolos, que oferecem uma grande área de 
superfície para troca de calor. Tanto seres humanos com conchas nasais simples, semelhantes 
a lâminas, quanto animais com conchas complexas, têm um recesso ou meato nasal (passagem 
na cavidade nasal) sob cada formação óssea. Assim, a cavidade nasal é dividida em cinco 
passagens: um recesso esfenoetmoidal posterossuperior, três meatos nasais laterais (superior, 
médio e inferior) e um meato nasal comum medial, no qual se abrem as quatro passagens 
laterais. A concha nasal inferior é a mais longa e mais larga das conchas, sendo formada por 
um osso independente (de mesmo nome, concha nasal inferior) coberto por uma túnica mucosa 
que contém grandes espaços vasculares que aumentam e controlam o calibre da cavidade nasal. 
As conchas nasais média e superior são processos mediais do etmoide. A infecção ou irritação 
da túnica mucosa pode ocasionar o rápido surgimento de edema, com obstrução de uma ou mais 
vias nasais daquele lado. 
O recesso esfenoetmoidal, situado superoposteriormente à concha nasal superior, 
recebe a abertura do seio esfenoidal, uma cavidade cheia de ar no corpo do esfenoide. O meato 
nasal superior é uma passagem estreita entre as conchas nasais superiore média, no qual se 
abrem os seios etmoidais posteriores por meio de um ou mais orifícios. O meato nasal médio é 
mais longo e mais profundo do que o superior. A parte anterossuperior dessa passagem leva a 
uma abertura afunilada, o infundíbulo etmoidal, através do qual se comunica com o seio frontal. 
A passagem que segue inferiormente de cada seio frontal até o infundíbulo é o ducto frontonasal. 
O hiato semilunar é um sulco semicircular no qual se abre o seio frontal. A bolha etmoidal, 
uma elevação arredondada superior ao hiato, é visível quando a concha média é removida. A 
bolha é formada por células etmoidais médias que formam os seios etmoidais. 
O meato nasal inferior é uma passagem horizontal situada em posição inferolateral à 
concha nasal inferior. O ducto lacrimonasal, que drena lágrimas do saco lacrimal, abre-se na 
parte anterior desse meato. O meato nasal comum é a parte medial da cavidade nasal entre as 
conchas e o septo nasal, no qual se abrem os recessos laterais e o meato. 
VASCULATURA E INERVAÇÃO DO NARIZ 
A irrigação arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal tem cinco procedências: 
1. Artéria etmoidal anterior (da artéria oftálmica) 
2. Artéria etmoidal posterior (da artéria oftálmica) 
3. Artéria esfenopalatina (da artéria maxilar) 
4. Artéria palatina maior (da artéria maxilar) 
5. Ramo septal da artéria labial superior (da artéria facial). 
As três primeiras artérias dividem-se em ramos lateral e medial (septal). A artéria palatina 
maior chega ao septo via canal incisivo através da região anterior do palato duro. A parte anterior 
do septo nasal é a sede de um plexo arterial anastomótico do qual participam todas as cinco 
artérias que vascularizam o septo (área de Kiesselbach). O nariz também recebe sangue da 
primeira e quinta artérias citadas anteriormente, além de ramos nasais da artéria infraorbital e 
ramos nasais laterais da artéria facial. 
Um rico plexo venoso submucoso situado profundamente à túnica mucosa do nariz 
proporciona drenagem venosa do nariz por meio das veias esfenopalatina, facial e oftálmica. O 
plexo venoso é uma parte importante do sistema termorregulador do corpo, trocando calor e 
aquecendo o ar antes de entrar nos pulmões. O sangue venoso do nariz drena principalmente 
para a veia facial através das veias angular e nasal lateral. Entretanto, lembre-se de que ele está 
localizado no “triângulo perigoso” da face em razão das comunicações com o seio cavernoso 
(venoso da dura-máter). 
Em relação à inervação do nariz, a túnica mucosa do nariz pode ser dividida em partes 
posteroinferior e anterossuperior por uma linha oblíqua que atravessa aproximadamente a 
espinha nasal anterior e o recesso esfenoetmoidal. A inervação da região posteroinferior da 
túnica mucosa do nariz é feita principalmente pelo nervo maxilar, através do nervo nasopalatino 
para o septo nasal, e os ramos nasal lateral superior posterior e nasal lateral inferior do nervo 
palatino maior até a parede lateral. A inervação da porção anterossuperior provém do nervo 
oftálmico (NC V1) através dos nervos etmoidais anterior e posterior, ramos do nervo 
nasociliar. A maior parte do nariz (dorso e ápice) também é suprida pelo NC V1 (via nervo 
infratroclear e ramo nasal externo do nervo etmoidal anterior), mas as asas são supridas pelos 
ramos nasais do nervo infraorbital (NC V2). Os nervos olfatórios, associados ao olfato, 
originam-se de células no epitélio olfatório na parte superior das paredes lateral e septal da 
cavidade nasal. Os processos centrais dessas células (que formam o nervo olfatório) atravessam 
a lâmina cribriforme e terminam no bulbo olfatório, a expansão rostral do trato olfatório. 
 
Corte coronal da metade direita da cabeça. A. O desenho de orientação ilustra o plano do corte. Observe a relação 
da órbita, cavidade nasal e seios paranasais. O conteúdo da órbita, aí incluídos os quatro músculos retos e a fáscia que 
os une, forma um círculo (um cone quando visto em três dimensões) ao redor da parte posterior (fundo) do bulbo do olho. 
B. Radiografia do crânio mostrando a cavidade nasal e os seios paranasais. As letras referem-se às estruturas 
identificadas na parte A. 
SEIOS PARANASAIS 
Os seios paranasais são extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal 
para os seguintes ossos do crânio: frontal, etmoide, esfenoide e maxila. São nomeados de 
acordo com os ossos nos quais estão localizados. Os seios continuam a invadir o osso adjacente, 
e extensões acentuadas são comuns nos crânios de idosos. 
SEIOS FRONTAIS 
Os seios frontais direito e esquerdo estão entre as lâminas externa e interna do frontal, 
posteriormente aos arcos superciliares e à raiz do nariz. Em geral, os seios frontais são 
detectáveis em crianças até os 7 anos. Cada seio drena através de um ducto frontonasal para 
o infundíbulo etmoidal, que se abre no hiato semilunar do meato nasal médio. Os seios frontais 
são inervados por ramos dos nervos supraorbitais (NC V1). 
 
 
 
Irrigação arterial da cavidade nasal. Vista em livro aberto das paredes lateral e medial do lado direito da cavidade 
nasal. A “página” esquerda mostra a parede lateral da cavidade nasal. A artéria esfenopalatina (um ramo da artéria 
maxilar) e a artéria etmoidal anterior (um ramo da artéria oftálmica) são as artérias mais importantes da cavidade nasal. 
A “página” direita mostra o septo nasal. Há anastomose de quatro a cinco artérias nomeadas que irrigam o septo na parte 
anteroinferior do septo nasal (área de Kiesselbach, laranja), uma área comumente relacionada com a epistaxe crônica. 
Os seios frontais direito e esquerdo raramente têm tamanhos iguais e, em geral, o septo 
entre eles não está totalmente situado no plano mediano. Os seios frontais variam em tamanho 
de cerca de 5 mm a grandes espaços que se estendem lateralmente até as asas maiores do 
esfenoide. Muitas vezes um seio frontal tem duas partes: uma parte vertical na escama frontal e 
uma parte horizontal na parte orbital do frontal. Uma ou ambas as partes podem ser grandes ou 
pequenas. Quando a parte supraorbital é grande, o teto forma o assoalho da fossa anterior do 
crânio e o assoalho forma o teto da órbita. 
 
Inervação da cavidade nasal. Vista em livro aberto das paredes lateral e medial (septal) do lado direito da cavidade 
nasal. Uma linha tracejada extrapolada aproximadamente a partir do recesso esfenoetmoidal até o ápice do nariz 
demarca os territórios dos nervos oftálmico (NC V1) e maxilar (NC V2) para suprir a sensibilidade geral da parede lateral 
e do septo nasal. O nervo olfatório (NC I) é distribuído para a túnica mucosa olfatória superiormente no nível da concha 
nasal superior na parede lateral e no septo nasal. 
CÉLULAS ETMOIDAIS 
As células etmoidais são pequenas invaginações da túnica mucosa dos meatos nasais 
médio e superior para o etmoide entre a cavidade nasal e a órbita. Em geral, as células etmoidais 
não são visíveis em radiografias simples antes de 2 anos de idade, mas são reconhecíveis em 
imagens de TC. As células etmoidais anteriores drenam direta ou indiretamente para o meato 
nasal médio através do infundíbulo etmoidal. As células etmoidais médias abrem-se 
diretamente no meato médio e às vezes são denominadas “células bolhosas” porque formam a 
bolha etmoidal, uma saliência na margem superior do hiato semilunar. As células etmoidais 
posteriores abrem-se diretamente no meato superior. As células etmoidais são supridas pelos 
ramos etmoidais anterior e posterior dos nervos nasociliares (NC V1). 
 
 
Seios paranasais. A. Os seios paranasais do lado direito foram abertos por via nasal e identificados por cores. Uma 
célula etmoidal anterior (rosa) está invadindo a díploe do frontal para se tornar um seio frontal. Um ramo (seta tracejada) 
invade a lâmina orbital do frontal. O seio esfenoidal nesta amostra é amplo, estendendo-se (1) posteriormente, 
inferiormente à hipófise, até o clivo; (2) lateralmente, abaixo do nervo óptico (NC II), até o processo clinóide anterior;e 
(3) inferiormente ao processo pterigoide, mas deixando o canal pterigoideo e elevando-se como uma crista sobre o 
assoalho do seio. O seio maxilar é piramidal. B. Radiografia do crânio mostra densidades aéreas (áreas escuras) 
associadas aos seios paranasais, cavidade nasal, cavidade oral e faringe. As letras são definidas na parte A. 
 
Seios paranasais II. O desenho de orientação mostra o plano do corte apresentado nas duas partes. A. O etmoide 
ocupa uma posição central, com seu componente horizontal formando a parte central da fossa anterior do crânio 
superiormente e o teto da cavidade nasal inferiormente. As células etmoidais permitem a fixação às conchas nasais 
superior e média e formam parte da parede medial da órbita; a lâmina perpendicular do etmoide forma parte do septo 
nasal. O seio maxilar forma a parte inferior da parede lateral do nariz e tem uma parede em comum com a órbita. A 
concha nasal média abriga o hiato semilunar no qual se abre o óstio maxilar (seta). B. A imagem de TC mostra cavidades 
cheias de ar apresentadas no corte anatômico na parte A. (Cortesia do Dr. D. Armstrong, Associate Professor of Medical 
Imaging, University of Toronto, Toronto, Ontario, Canada.) 
SEIOS ESFENOIDAIS 
Os seios esfenoidais estão localizados no corpo do esfenoide, mas podem estender-se 
até as asas deste. São divididos de modo desigual e separados por um septo ósseo. Em razão 
dessa substancial pneumatização (formação de células aéreas), o corpo do esfenoide é frágil. 
Apenas lâminas finas de osso separam os seios de várias estruturas importantes: os nervos 
ópticos e o quiasma óptico, a hipófise, as artérias carótidas internas e os seios cavernosos. Os 
seios esfenoidais são derivados de uma célula etmoidal posterior que começa a invadir o 
esfenoide por volta dos 2 anos de idade. Em algumas pessoas, algumas células etmoidais 
posteriores invadem o esfenoide, dando origem a vários seios esfenoidais que se abrem 
separadamente no recesso esfenoetmoidal (Figura 7.103A). As artérias etmoidais posteriores e 
os nervos etmoidais posteriores que acompanham as artérias suprem os seios esfenoidais. 
SEIOS MAXILARES 
Os seios maxilares são os maiores seios paranasais. Ocupam os corpos das maxilas e 
se comunicam com o meato nasal médio. O ápice do seio maxilar estende-se em direção ao 
zigomático e muitas vezes chega até ele. A base do seio maxilar forma a parte inferior da parede 
lateral da cavidade nasal. O teto do seio maxilar é formado pelo assoalho da órbita. O assoalho 
do seio maxilar é formado pela parte alveolar da maxila. Muitas vezes as raízes dos dentes 
maxilares, sobretudo dos dois primeiros molares, produzem elevações cônicas no assoalho do 
seio. Cada seio maxilar drena através de uma ou mais aberturas, o óstio maxilar, para o meato 
nasal médio da cavidade nasal por meio do hiato semilunar. A irrigação arterial do seio maxilar 
procede principalmente de ramos alveolares superiores da artéria maxilar; entretanto, ramos 
das artérias palatinas descendente e maior irrigam o assoalho do seio. A inervação do seio 
maxilar é feita pelos nervos alveolares superiores anterior, médio e posterior, que são ramos 
do nervo maxilar. 
FRATURAS DO NARIZ 
Em face da proeminência do nariz, as fraturas dos ossos nasais são comuns em acidentes 
automobilísticos e esportes de contato (exceto se forem usados protetores faciais). As fraturas 
geralmente resultam em deformação do nariz, sobretudo quando decorrentes de força lateral, 
pelo cotovelo de uma pessoa, por exemplo; geralmente há epistaxe (sangramento nasal). Nas 
fraturas graves, a ruptura dos ossos e cartilagens resulta em deslocamento do nariz. Quando a 
lesão é causada por um golpe direto, também pode haver fratura da lâmina cribriforme do 
etmoide. 
DESVIO DO SEPTO NASAL 
É comum o desvio do septo nasal para um lado (Figura B7.40). Pode ser consequência 
de tocotraumatismo, porém, na maioria das vezes, o desvio ocorre durante a adolescência e a 
vida adulta por traumatismo (p. ex., durante uma luta de soco). Às vezes o desvio é tão acentuado 
que o septo nasal toca a parede lateral da cavidade nasal e não raro causa obstrução respiratória 
ou exacerba o ronco. O desvio pode ser corrigido cirurgicamente. 
RINITE 
Há edema e inflamação da mucosa nasal (rinite) durante infecções respiratórias altas 
graves e reações alérgicas (p. ex., polinose ou alergia a pólens). O edema da mucosa é imediato 
em face de sua vascularização. As infecções das cavidades nasais podem se disseminar para: 
 Fossa anterior do crânio através da lâmina cribriforme 
 Parte nasal da faringe e tecidos moles retrofaríngeos 
 Orelha média através da tuba auditiva, que une a cavidade timpânica à parte nasal 
da faringe 
 Seios paranasais 
 Aparelho lacrimal e conjuntiva. 
EPISTAXE 
A epistaxe é relativamente comum em razão da abundante vascularização da mucosa 
nasal. Na maioria dos casos, a causa é o traumatismo e a hemorragia provém de uma área no 
terço anterior do nariz (área de Kiesselbach). A epistaxe também está associada a infecções e 
hipertensão arterial. A perda de sangue pelo nariz decorre da ruptura de artérias. A epistaxe leve 
também pode ser causada pela introdução de objetos no nariz, rompendo as veias no vestíbulo. 
SINUSITE 
Como os seios paranasais são contínuos com as cavidades nasais através de óstios que 
se abrem neles, a infecção pode disseminar-se das cavidades nasais, causando inflamação e 
edema da mucosa dos seios paranasais (sinusite) e dor local. Às vezes há inflamação de vários 
seios (pansinusite), e o edema da mucosa pode obstruir uma ou mais aberturas dos seios para 
as cavidades nasais. 
 
 
 
 
INFECÇÃO DAS CÉLULAS ETMOIDAIS 
Em caso de obstrução à drenagem nasal, as infecções das células etmoidais podem se 
propagar através da frágil parede medial da órbita. As infecções graves que têm essa origem 
podem causar cegueira, pois algumas células etmoidais posteriores situam-se próximo do canal 
óptico, que dá passagem ao nervo óptico e à artéria oftálmica. A disseminação de infecção 
dessas células também poderia afetar a bainha de dura-máter do nervo óptico, causando neurite 
óptica. 
INFECÇÃO DOS SEIOS MAXILARES 
Os seios maxilares são os mais frequentemente infectados, provavelmente porque seus 
óstios costumam ser pequenos e estão situados em posição alta nas paredes superomediais 
(Figura 7.108). A congestão da mucosa do seio costuma causar obstrução dos óstios maxilares. 
Em face da localização alta dos óstios, na posição de cabeça ereta a drenagem dos seios só é 
possível quando eles estão cheios. Como os óstios dos seios direito e esquerdo situam-se nas 
regiões mediais (i. e., estão voltados um para o outro), quando a pessoa está em decúbito lateral 
só há drenagem do seio superior (p. ex., o seio direito na posição de decúbito lateral esquerdo). 
Um resfriado ou alergia de ambos os seios pode resultar em noites rolando de um lado para 
outro na tentativa de drenar os seios maxilares. Um seio maxilar pode ser canulado e drenado 
introduzindo-se uma cânula pelas narinas e através do óstio maxilar até o seio. 
RELAÇÃO ENTRE OS DENTES E O SEIO MAXILAR 
A proximidade entre os três dentes molares maxilares e o assoalho do seio maxilar pode 
causar graves problemas. Durante a retirada de um dente molar, pode haver fratura de uma raiz 
do dente. Se não forem usados métodos apropriados de retirada, um fragmento da raiz pode ser 
levado para cima e entrar no seio maxilar. Assim, pode ser criada uma comunicação entre a 
cavidade oral e o seio maxilar e haver uma infecção. Como os nervos alveolares superiores 
(ramos do nervo maxilar) suprem os dentes maxilares e a mucosa dos seios maxilares, a 
inflamação da túnica mucosa do seio é frequentemente acompanhada por sensação de dor de 
dente (dentes molares). 
TRANSILUMINAÇÃO DOS SEIOS 
A transiluminação dos seios maxilares é realizada em uma sala escura. Um feixe de luz 
forte é concentrado na boca do paciente sobre um lado do palato duro ou firmementecontra a 
bochecha. A luz atravessa o seio maxilar e apresenta-se como uma luminescência fosca, em 
forma de meia-lua, inferior à órbita. Se um seio contiver excesso de líquido, massa ou 
espessamento da mucosa, a luminescência diminui. Os seios frontais também podem ser 
transiluminados dirigindo-se a luz em sentido superior sob a face medial do supercílio, o que 
normalmente produz um brilho superior à órbita. Em face da grande variação no desenvolvimento 
dos seios, o padrão e a extensão da iluminação do seio diferem de uma pessoa para outra 
(Swartz, 2009). 
 
 
A. Transiluminação do seio maxilar 
 
 
 
B. Transiluminação do seio frontal 
 
POSTOS-CHAVE 
NARIZ 
O nariz é o sistema de ventilação que atravessa a cabeça, permitindo o fluxo de ar entre 
o ambiente externo e o sistemarespiratório inferior (pulmões). - À medida que atravessa o nariz, 
o ar tem sua composição química analisada (potencialização do olfato e do paladar), é aquecido, 
umidificado e filtrado para os pulmões. Ao sair, o calor e a umidade são liberados com ele. - O 
nariz também é uma via de drenagem para o muco e o líquido lacrimal. 
Esqueleto do nariz: A cavidade nasal, que se abre anteriormente através das narinas, é 
subdividida por um septo nasal mediano. - A parte externa protrusa do nariz e o septo anterior 
são beneficiados pela flexibilidade proporcionada por um esqueleto cartilaginoso, reduzindo o 
risco de fraturas nasais. - Com exceção do septo e do assoalho, as paredes da cavidade nasal 
são altamente pneumatizadas pelos seios paranasais e suas paredes laterais têm conchas. 
Cavidades nasais: Tanto os seios quanto as conchas nasais aumentam a área de 
superfície secretora para troca de umidade e calor. - Praticamente todas as superfícies são 
cobertas por mucosa secretora, vascularizada e espessa, cuja parte anterossuperior (inclusive a 
da maioria dos seios paranasais) é suprida pela artéria e nervo oftálmicos (NC V1), e a parte 
posteroinferior (inclusive a do seio maxilar) pela artéria e nervo maxilares (NC V2). - A mucosa 
do teto e as áreas adjacentes das paredes e do septo também recebem inervação sensitiva 
especial do nervo olfatório (NC I). - Posteriormente, a cavidade nasal é contínua com a parte 
nasal da faringe através dos cóanos; o palato mole atua como válvula ou portão que controla o 
acesso de entrada e saída das vias nasais. - O osso e a mucosa das paredes laterais dessa 
passagem são perfurados por aberturas dos ductos lacrimonasais, os seios paranasais e a tuba 
auditiva. - Apenas o osso é perfurado pelo forame pterigopalatino, dando passagem às estruturas 
neurovasculares para a túnica mucosa do nariz. 
Seios paranasais: Os seios paranasais são nomeados de acordo com os ossos que 
ocupam. - O seio maxilar é o maior. - A maioria dos seios paranasais se abre no meato nasal 
médio, mas os seios esfenoidais entram no recesso esfenoetmoidal.

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