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MICROBIOLOGIA GERAL GENÉTICA BACTERIANA CROMOSSOMOS: estrutura densa no interior das células que carrega as informações hereditárias (DNA). Unidade de hereditariedade: gene (segmento de DNA). Expressão dos genes – genótipo: determinam o fenótipo (propriedades potenciais x propriedades reais). BACTÉRIAS: Cromossomo único – única molécula de DNA. DNA fita dupla e circular (enrolado, espiralado e compactado. PLASMÍDEOS: moléculas de DNA fita dupla; menores que o cromossomo; pode se multiplicar independentemente do cromossomo; genes associados a funções especializadas (degradação de substância, síntese de pigmento, fixação de nitrogênio...) TRANSPOSONS (genes saltadores ou sequências de inserção): elementos genéticos móveis ; informação para sua própria migração; com ou sem genes para funções especializadas (resistência à antibióticos); não contem informação para sua própria replicação. Podem afetar a expressão de outros genes (plasmídeo ou cromossomo); inserção com padrão randômico, ou seja, quase sempre provocam mutações. ESTRUTURA DO DNA E RNA: DNA (ácido desoxiribonucléico): fita dupla com bases complementares emparelhadas por pontes de hidrogênio. Bases púricas: Adenina e Guanina Bases pirimídicas: Citosina, Timina (DNA) e Uracil (RNA). Base + fosfo-2’-desoxirribose (grupo fosfato + pentose) = nucleotídeo Pentose + base = nucleosídeo RNA (ácido ribonucléico): ocorre mais frequentemente na forma de filamento único. Timina é substituída por Uracil; Três tipos de RNA: RNAm, RNAt e RNAr. O mRNA: contém a informação genética para a sequência de aminoácidos. tRNA: identifica e transporta as moléculas de aminoácidos até o ribossomo rRNA: 50% da massa dos ribossomos, proporciona as condições para a síntese protéica Sequência de nucleotídeos com orientação química: Extremidade 5’: grupo fosfato ligado ao 5C (carbono 5’) do açúcar Extremidade 3’: hidroxila ligada ao 3C (carbono 3’) do açúcar Leitura no sentido 5-3. GENOMA BACTERIANO: Ausência de um complemento diplóide de genes; Uso de quase todo o genoma na codificação e na regulação, podendo ocorrer superposição; Colinearidade dos genes com seus produtos protéicos; Tendência de apresentar genes codificando funções relacionadas agrupados (operons); 88% regiões codificadoras e 1% genes codificadores de rRNA e tRNA. ~10% regiões regulatórias (promotor, operador, origem em termino da replicação) OPERON: um ou mais genes estruturais expressos a partir de um promotor específico. Operons com muitos genes estruturais são chamados policistrônicos. Exemplo: cromossomo de E. coli, cada uma das fitas contém cerca de 5 milhões de bases. A informação está dividida em unidades de várias centenas de bases – genes. TRANSFERÊNCIA DE INFORMAÇÃO: Informação do DNA é utilizada: molde Guia e replicação do DNA – preparação para a divisão celular. Direciona a síntese de proteínas: transcrição e tradução REPLICAÇÃO: DNA cromossômico duplica-se antes do processo de divisão celular (transferência vertical de genes). É semiconservativa – cada molécula filha contém um filamento original. Simétrica e bidirecional, a partir de uma origem única – 2 forquilhas de replicação. Processo requer enzimas; Direção da síntese é sempre no sentido 5’ – 3’; fita com polimerização contínua; fita com polimerização descontínua – fragmentos de Okasaki DNA-polimerase I: retira os primers e substitui por nucleotídeos Ligase: ligação dos fragmentos Replicação do DNA plasmidial é semelhante, exceto que, em alguns casos pode ser unidirecional; Transposons: replicação depende de sua integração física com um replicon bacteriano. EXPRESSÃO DOS GENES: Síntese de proteínas: constante para realizar os processos vitais; toda informação genética: na sequência linear das 4 bases – estrutura primária de toda proteína: quantidade e sequência dos aminoácidos (20 aa). TRANSCRIÇÃO: Pontes de H entre as bases são rompidas (enzimas): sequências de DNA não pareadas servem de molde. Somente uma fita (DNA) direciona a síntese de RNAm; RNAm é transcrito em quantidade precisa: de acordo com a necessidade celular para uma proteína específica; São necessários nucleotídeos contendo ligações fosfato de alta energia (reações subsequentes) Enzima responsável pela transcrição: RNA polimerase; Procariotos: uma única RNA polimerase Para iniciar a transcrição, a RNA polimerase deve reconhecer um local específico onde começará a síntese: promotor Funções da RNA polimerase: • Reconhecer o promotor • Desnaturar o DNA expondo a sequência a ser copiada • Manter as fitas de DNA separadas na região da síntese • Manter o híbrido DNA:RNA estável • Renaturar o DNA na região imediatamente posterior à síntese • Terminar a síntese do RNA RNA POLIMERASE: • liga-se ao promotor (sequência consenso) • realiza a síntese da fita de RNA complementar a fita molde • termina em uma região chamada terminador (sequência consenso) Procariotos: transcrição e tradução é acoplada (não possuem envoltório nuclear). TRADUÇÃO: Tradução (ribossomos): converte a informação na forma de trincas (códons) de nucleotídeos em aminoácidos que darão origem a uma proteína. Início da tradução: subunidade 30S liga-se ao códon de iniciação AUG (com raras exceções), logo em seguida o met-tRNAe a subunidade 50S ligam- se ao complexo 30SmRNA. RNAt: formado por 75 a 80 nucleotídeos, a molécula se dobra sobre si mesma, formando várias voltas que são estabilizadas pelo pareamento de bases complementares. Cada RNAt possui um anticódon (3 bases) e um sítio de ligação para um aminoácido (especificado pelo códon). Tradução termina quando o ribossomo encontra um códon de terminação, que não codifica nenhum aminoácido: UGA, UAG e UAA. Após a tradução as proteínas ainda têm que passar por algumas modificações para que possam exercer adequadamente suas funções. CÓDIGO GENÉTICO: Relação entre a sequência de bases no DNA e a sequência de aminoácidos na proteína. CARACTERÍSTICAS: • Pareamento códon:anticódon • Degeneração – um mesmo aminoácido pode ser codificado por vários códons diferentes • Não ambiguidade – cada códon corresponde a somente um aminoácido • Universalidade – o código genético é o mesmo para todos os organismos • Utilização preferencial de códons (codon usage)
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