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SP4 genética - Doenças cromossômicas

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PERGUNTAS
1- DEFINA OS TIPOS DE DOENÇAS CROMOSSÔMICAS (NUMERO/ESTRUTURA)
ANOMALIAS NUMÉRICAS
· As mutações numéricas são, ainda, subdivididas em aneuploidias (tem-se um aumento ou uma perda de um ou mais cromossomos) e euploidias (o aumento ou a perda será em lotes cromossômicos completos, também conhecidos como genomas)
· Aneuploidias: são consequências de erros na distribuição dos cromossomos durante a divisão celular. 
· Geralmente são causadoras de distúrbios, como, por exemplo:
Síndrome de Down (Trissomia do 21)                                         	
à ♂ 45A, XY (21) / ♀ 45A, XX (21)
· O indivíduo possui um cromossomo a mais no par 21.
·  A síndrome de Down é o principal fator de retardo mental nos dias atuais e não escolhe etnia ou sexo. É uma síndrome compatível com a vida que apresenta mais de 50 sinais característicos.
 O indivíduo apresenta:
· Obesidade
· Língua grande
· Prega palmar única
· Grande separação entre o hálux e o segundo dedo
· Retardo mental
· Associado a Alzheimer
· Homens estéreis e mulheres potencialmente férteis.
· Dentição irregular
·  Face achatada
· Olhos esticados
·  Problemas cardíacos congênitos
· Menor expectativa de vida
Síndrome de Turner (MONOSSOMIA do X- corpúsculo de baar) 
·  ♀ 44A, X0
Mulheres que possuem um cromossomo X a menos. 
· Obesidade
·  Baixa Estatura
·  Retardo Mental
· Seio estufado
· Estéril
· Não possui corpúsculo de Barr
· Pescoço curto
· Gônadas atrofiadas
· Euploidias: se dão no momento em que os cromossomos são duplicados e a célula não se divide. 	 
→ Os erros nos processos de separação dos cromossomos ocorridos na divisão celular, na mitose ou na meiose (não disjunções), podem resultar em células ou indivíduos com constituição cromossômica numericamente errada.
→ Ocorrem quando uma pessoa tem uma ou mais cópias adicionais de um cromossomo (uma cópia a mais significa trissomia e duas cópias a mais, tetrassomia) ou não tem um cromossomo (monossomia). A trissomia pode afetar qualquer um dos 23 cromossomos pareados, mas as trissomias mais comuns são a trissomia 21 (síndrome de Down), trissomia 18 e trissomia 13. Essas anomalias são visíveis ao microscópio na cariotipagem.
 
→ DIAGNÓSTICO
- Aparência clínica
- Testes citogenéticos por cariotipagem, análise FISH e/ou análise cromossômica por microarranjo
- Testes para eventos associados
 
Síndrome de Klinefelter à ♂ 44A, XXY/ 47,XXY 
Homens que nascem com um X a mais (apresenta um corpúsculo de Barr). O indivíduo apresenta:
· Ginecomastia
· Comportamento delicado
· Menos pêlos
· Gônadas atrofiadas
· Braços alongados em relação ao corpo
· Azoospermia
· Retardo mental leve
· Menor expectativa de vida
· Esterilidade
 
 
ANOMALIAS DE ESTRUTURA 	 	 	
· Translocações (anomalias nas quais um cromossomo inteiro ou um segmento de cromossomos se ligam inapropriadamente a outros cromossomos)
· Deleções e duplicações de várias partes cromossômicas
→ Os cromossomos podem se quebrar acidentalmente. No entanto, podem se ressoldar, reconstituindo, sem defeito, o cromossomo de que se originaram. Ainda, a extremidade de um fragmento pode se unir à ponta de outro fragmento oriundo de cromossomo diverso, formando, assim, um cromossomo anômalo. Vários agentes físicos, químicos e biológicos podem aumentar a frequência de quebras nos cromossomos e, portanto, provocar lesões transitórias ou permanentes do cariótipo.
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS 	
São alterações que não alteram o número de cromossomos da célula, mas sim, a estrutura íntima de cada um dos envolvidos nesse tipo de mutação.
·          Deleção (deficiência): o cromossomo perde genes.
·          Duplicação: o cromossomo duplica alguns genes.
·          Inversão paracêntrica: ocorre permutação nos genes e não envolve o centrômero.
·          Inversão pericêntrica: ocorre permutação nos genes envolvendo o centrômero.
·          Translocação simples (inversão): um cromossomo cede genes para outro não-homólogo.
Translocação recíproca: cromossomos não homólogos trocam genes
EXEMPLO DE ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS: 
SÍNDROME DE CRI-DU-CHAT (DELEÇÃO) 46, XX, 5P- /masc: 46, XY, 5p-
Anomalia Cromossômica causada pela perda do braço curto do cromossomo 5 - Síndrome 5p- (menos) (material genetico) 
- SINAIS E SINTOMAS:
Os indivíduos afetados também têm formatos faciais peculiares, incluindo má formação da laringe (miado do gato), olhos bem separados (hipertelorismo), orelhas baixas, mandíbula pequena e face arredondada. Algumas crianças com a síndrome cri-du-chat nascem com defeitos cardíacos.
· assimetria facial
· microcefalia (cabeça pequena)
· má formação da laringe (daí o choro parecido com miado de gato)
· hipertelorismo ocular
· hipotonia (tônus muscular deficiente),
· fenda palpebral antimongoloide (canto interno dos olhos mais altos do que o externo)
· pregas epicânticas
· orelhas mal formadas e de implantação baixa
· dedos longos
· atrofia dos membros que ocasiona retardamento neuromotor e retardamento 
· mental acentuado.
Trissomia do X(47, XXX)
Anormalidade que resulta em um cromossomo x extra em algumas mulheres)
Sindrome de Patau (trissomia do 13): Múltiplas anomalias congênitas 
Sintomas: fenda palatina
Sindrome de Edwards (trissomia do 18): deficiência no crescimento e na parte intelectual.
2- ESTRUTURAS BÁSICAS DO CROMOSSOMO (APROFUNDAR)
· Os cromossomos, como já dito, são formados por DNA e proteínas associadas, um complexo chamado de cromatina. As proteínas associadas ajudam a enrolar a molécula de DNA, reduzindo seu comprimento. Na cromatina, observamos a presença, principalmente, das proteínas denominadas de histonas.
· Quando a célula entra em divisão celular, verificamos alterações na estrutura da cromatina, que se torna altamente compactada, formando o que chamamos de cromossomos. Na fase de metáfase, observa-se o período de maior condensação, sendo possível contar e analisar melhor os cromossomos.
· A posição do centrômero permite classificá-lo em metacêntrico (centrômero na posição mediana), submetacêntrico (centrômero deslocado para um dos braços do cromossomo), acrocêntrico (centrômero localizado mais próximo da extremidade) e telocêntrico (o centrômero localiza-se muito próximo da extremidade, dando a ideia de que o cromossomo possui apenas um braço);
 
→ Partes do cromossomo
Quando observamos um cromossomo na metáfase, é possível observar estruturas importantes:
·         Centrômero: regiões de constrição primária do cromossomo. Nesse local, localiza-se o cinetócoro, uma estrutura formada por proteínas que garantem a conexão das cromátides irmãs (cada cópia do cromossomo duplicado) no fuso mitótico. O centrômero permite dividir o cromossomo em braços, os quais podem ter tamanhos diferentes a depender da posição do centrômero. Quando observamos um cromossomo não duplicado, é possível perceber a presença de um centrômero e dois braços.
·       Telômeros: regiões encontradas na extremidade dos cromossomos. Neles não há genes, sendo encontradas apenas pequenas repetições de nucleotídeos. A função dos telômeros é garantir a proteção.
CARIOGRAMA: Representação dos cromossomos como o centrômero, tamanho do braço, localização e bandeamento.
IDIOGRAMA: Representação do cariótipo conjunto, mostrando o cariótipo como um todo. (É possível diferenciar melhor a eucromatina e héterocromatina)
 
Classificação: cromossomo, braço do cromossomo, região, banda (ponto), sub-banda.
 
· No caso específico da síndrome de DiGeorge ou síndrome de deleção 22q11.2, você deve ler 22q11.2 como "braço longo do cromossomo 22, na região 1, banda 1, sub-banda 2". Ou seja, "22" refere-se ao cromossomo, "q" refere-se ao braço longo (se for o braço curto do cromossomo, você deve usar "p", do termo francês petit; "q" não tem origem alguma, tendo sido selecionado simplesmente por ser a letra imediatamente posterior a "p" no alfabeto latino), o primeiro "1" refere-se à região, o segundo "1" refere-se à banda e o "2" refere-se à sub-banda (lembre-se que a numeração da sub-banda vem separada da numeração da banda por um ponto). Assim, na notação de um loci gênico
completo, você usa a seguinte ordem: cromossomo, braço do cromossomo, região, banda (ponto), sub-banda.
3- DEFINA: 
· MICROCEFALIA
A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, o que prejudica o seu desenvolvimento mental, porque os ossos da cabeça, que ao nascimento estão separados, se unem muito cedo, impedindo que o cérebro cresça e desenvolva suas capacidades normalmente.
· MICROGnATIA
Micrognatia é definida como a deformação da mandíbula inferior, que é menor do que o normal. Uma criança com micrognatia tem a mandíbula inferior muito mais curta do que o resto do rosto.
 Apesar de ser um sintoma comum na infância, a micrognatia pode aparecer mais tarde. Ela ocorre principalmente em crianças que nascem com certas condições genéticas, como Trissomia 13 e progeria.
 Em alguns casos, esse problema desaparece conforme a criança cresce e se desenvolve. Em casos mais graves, a micrognatia pode causar má-oclusão dos dentes e problemas com alimentação.
· HIPERTELORISMO
·        O termo Hipertelorismo significa o aumento da distância entre duas partes do corpo, e o Hipertelorismo ocular caracteriza-se por um afastamento exagerado entre as órbitas, mais do que o considerado normal, podendo estar associado a outras deformações craniofaciais.
·         Esta condição tem graus diferentes de gravidade e ocorre devido a uma alteração congénita e está geralmente associada a outras doenças genéticas, como Síndrome de Apert, Down ou Crouzon, por exemplo.
·         O tratamento geralmente é feito por razões estéticas e consiste numa cirurgia em que as órbitas são deslocadas para a sua posição normal. 
4- COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DESSAS DOENÇAS 
- Análise Cromossômica
- Bandagem
- Análise do cariótipo
- Análise cromossômica por microarranjo
No diagnóstico pré-natal, com a obtenção do cariótipo do feto a partir de vilosidade coriônica, líquido amniótico e sangue de cordão umbilical, pode ser definido um diagnóstico diante de alguma suspeita ou indicação médica prévia, e assim preparar o casal diante de alguma alteração, bem como estabelecer tratamentos precoces quando possível.

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