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Alterações no ciclo estral

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Distúrbios endócrinos que afetam o sistema 
reprodutor feminino.
Alterações no ciclo estral das cadelas
Ryan Mariano Costa
19111411-5
4 semestre matutino
Marina S. Romano
INTRODUÇÃO: O QUE É NORMAL?? 
 A cadela é uma espécie monocíclica, não sazonal, poliovulatória, submetida a elevadas concentrações de hormônios esteróides durante muito tempo, com início da vida reprodutiva de 8 a 10 meses, podendo variar mais a depender da raça, condição
nutricional, podendo chegar a cerca de dois anos nas raças maiores como Dogue
Alemão. Os animais apresentam no primeiro ciclo, um proestro e estro, mais curto do que cadelas já adultas. Seu ciclo estral tem a duração m édia de seis meses, podendo variar de 4 a 10 meses, dividido em proestro, estro, metaestro-diestro, porém neste último a divisão só é nítida utilizando-se a citologia vaginal, onde o metaestro é o estágio logo após o estro, apresentando um número muito grande de leucócitos no esfregaço.
 
FASES DO CICLO ESTRAL:
 PROESTRO: O proestro é definido como estágio do ciclo estral onde as mudança s são visualmente reconhecidas, o correndo descargas sanguinolentas e o intumescimento da vulva. O proestro tem duração média de nove dias, podendo variar de 0 a
27 dias. Nesta fase a cadela atrai o macho, porém não é receptiva, mostrando os dentes, rosnando ou sentando quando o macho se aproxima para tentativa de cópula. A atração ao macho é devido à feromônios presentes na urina, nas secreções de vagina e da glândula perianal. Com relação aos aspectos endocrinológicos é no proestro que a concentração sérica de estrógeno aumenta, alcançando os valores máximos, As concentrações de progesterona permanecem em valores basais do início até próximo ao fim do proestro, neste momento as concentrações começam a se elevar, este aumento é relacionado à luteinização dos folículos pré-ovulatórios, mesmo antes das ovulações. No final do proestro há também um aumento nas concentrações de testosterona, porém este evento não é bem esclarecido, ficando o questionamento, este aumento necessário para que a cadela demonstre os sinais de estro ou é apenas relacionado ao aumento da esteroideogênese. O LH aumenta sua pulsatibilidade no final do proestro, ocorrendo o pico da sua concentração, justamente na transição desta fase para o estro.
 ESTRO: O estro é o estágio caracterizado por aceitação do macho por parte da fêmea e a presença de mais de 80% células superficiais, sendo o momento de máxima proliferação do epitélio vaginal. A vulva continua edemaciada , a descarga sanguinolenta cessa, porém algumas cadelas continuam, embora em quantidade diminuída. A duração média desta fase também é de nove dias, variando de 4 a 24 dias. A aceitação da fêmea ao macho acontece após a concentração de estrógeno começar a diminuir e a de progesterona começar a subir, este declínio na concentração do estrógeno precede e influencia o pico de LH que ocorre próximo ao início do estro eleva a ovulação. O pico de LH ocorre de 24 a 96 horas do início do estro, baixando logo em seguida. A ovulação ocorre aproximadamente dois a três dias após o pico pré-ovulatório de LH, ou seja, cerca de três a sete dias após início do estro, isto variando conforme a raça. Como comentado anteriormente, o aumento gradual das concentrações de progesterona é resultado de uma luteinização prévia dos folículos pré-ovulatórios, aumentando rapidamente após o pico de LH, previamente a ovulação, esta situação é uma característica inerente a espécie, sendo aparentemente a única a exibir estro com aumento da progesterona, provavelmente isto ocorre em associação aos valores de estrógeno, pois à medida que ocorre desaparecimento dos sinais de estro, o estrógeno desce a níveis basais e a progesterona vai aumentando cada vez mais até a chegada do metaestro-diestro. Este aumento gradual de p rogesterona em associação com a citologia vaginal e comportamento de estro podem ser utilizados para estimar o tempo de ovulação, observando aumento de dois a três dias antes da ovulação, justamente dois a três dias após o pico de LH, estando à progesterona em um nível de 5 a 10 n g/mL no momento da ovulação. Portanto no momento em que a citologia vaginal possui contagem de mais de 80% de células superficiais e a cadela aceita o macho, considera-se o início do estro, a partir do momento que as concentrações de progesterona passam de 5 ng/mL, será o momento ovulatório, ocorrendo também a intersecção entre as concentrações de LH e de estrógeno, caindo, e as de progesterona subindo.
METAESTRO-DIESTRO: A diferenciação entre metaestro e diestro na cadela só é observada na citologia vaginal, onde no esfregaço, encontra-se um elevado número de leucócitos, isto devido a uma mobilização destas células para o aparelho genitourinário e uma exacerbação desta resposta após a cópula. Após este período inicial do metaestro, a citologia vaginal de diestro é caracterizada por células parabasais e intermediárias pequenas. Esta mudança no aspecto citológico ocorre três dias antes do fim da aceitação do macho e cerca de cinco a sete dias após a ovulação. As con centraões de progesterona aumentam rapidamente de 15 para 90 ng/mL de 15 até 30 dias após pico de LH, sendo semelhantes em fêmeas gestantes, não gestantes ou histerectomizadas no diestro. A regressão do corpo lúteo na cadela aparenta ser mais por um envelhecimento desta estrutura do que por uma ação direta de prostaglandina F2α.
ANESTRO: O anestro é a fase de “quiescência” no ciclo estral, sendo nesta fase onde o endométrio irá se preparar para outro ciclo normal. A vulva apresenta tamanho reduzido, sem presença de corrimento. A presença de células parabasais e intermediárias pequenas na totalidade no esfregaço vaginal. A oscilação nas concentrações de estrógeno nas cadelas não foi bem esclarecida. O LH aumenta a pulsatilidade apenas no final desta fase que levará ao aparecimento do próximo proestro. O anestro tem a duração média de 4 meses e meio.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES RELACIONADAS AO CICLO ESTRAL
Hiperplasia Vaginal
 A hiperplasia vaginal é uma condição observada em algumas cadelas por conta de uma resposta exagerada a ação do estrógeno na proliferação e edemaciação vaginal, sendo observada nas fases de proestro e estro. Esta alteração leva ao prolapso vaginal com maior frequência em fêmeas jovens. Este prolapso não deve ser reduzido, nem se consegue com facilidade. Esta condição só reverterá a partir do momento em que o
estimulo do estrógeno cessar. 
 
Complexo hiperplasia endometrial cística - piometra
 O complexo hiperplasia endometrial cística – piometra é uma doença aguda ou crônica característica de cadelas adultas em diestro. Tendo uma incidência muito grande em cadelas idosas. Em contraposição a hiperplasia vaginal, que é uma alteração mediada exclusivamente pelo estrógeno, a piometra é uma alteração uterina mediada pela
progesterona, após uma ação inicial ao estrógeno, sendo uma alteração secundária a
hiperplasia endometrial cística, no estro a cérvix se abre ocorrendo a contaminação
ascendente pelas bactérias da flora vaginal, com a maior prevalência da Escherichiacoli.
O estrógeno promove o crescimento, aumento de vascularização e edema do endométrio, logo em seguida a progesterona estimula a proliferação e atividade secretória por parte das glândulas endometriais e inibe a contratilidade endometrial. A cadela tem como característica ser exposta a níveis muito altos de progesterona durante um período elevado, aumentando o risco de desenvolver esta enfermidade à medida que os ciclos vão sucedendo. A administração exógena de progesterona aumenta, ainda mais, a atividade secretória das glândulas endometriais, levando as fêmeas expostas aos anticoncepcionais à base progesterona a desenvolverem o complexo.
Pseudociese ou Pseudogestação
 Esta é uma alteração exclusiva de cadelas não gestantes em diestro, nesta fase há o
predomínio da progesterona, como visto anteriormente. O desencadeamento da pseudociese é atribuído ao aumento das concentrações de prolactina junto com asensibilidade de cada cadela a este hormônio, associado ao declínio rápido nas concentrações de progesterona ao fim do diestro. A prolactina é um hormônio neuropeptídeo da mesma forma que o GnRH, porém é produzido pelas células lactotróficas da adenohipófise ou hipófise anterior, sendo que sua secreção sofre estimulo a partir da supressão da dopamina. É a prolactina que promove a preparação da glândula mamária, desencadeando a progressão intra-acinar para intracanalicular, assim como o comportamento materno canino. Os sinais clínicos da pseudociese são: comportamentos pré, peri e pós-parto; comportamento de “ninho”; adoção de objetos inanimados, das mais variadas formas, desde ursinhos de pelúcia até pneus, filhotes de outras fêmeas, com excessivo carinho, atenção, proteção e defesa; lambedura das mamas; agressividade; distensão mamária; produção e secreção láctea; ganho de peso e/ou anorexia.
1
Bibliografia:
Www.vetsmart.com.br/alterações-endócrinas-cadelas
Www.pubvet.com.br/hiperplasia-vaginal-e-piometra
Www.vetsmart.com.bt/cicloestral
MARTINS, L. R. ; LOPES, M. D. Pseudociese canina Revista Brasileira Reprodução
Animal v.29, n.3/4, p.137-141, 2005.

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